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Bíbliolhôca Nacional. 4$F ...y•y^i*' y,,-vi-- y ¦nffrfr.y- B H EhíwJ BHI Cl »^7 v;7 "* '.'7-'- i ÍM1I BI FSBMl^M Sf lllfl ilSIiil» PUBLICAÇÃO QUINZENAL Anuo 11 BSi a/il Itio de Janeiro 1884 Maio i N. 35 EXPEDIENTE Ás pessoas que tèm solicitado assigna- turas, pedimos a'ibondade, de as mandar satisfazer, para não soffrerem interrupção na remessa da folha. A CÀTAfcEPSSA Em um dos nossos números últimos chamámos a attenção dos nossos lei- fores, para diversos factos de ca tale- psia acontecidos na Europa ultima- mente, sem esperarmos que tão de pressa tivéssemos de fallar de algum dado mesmo entre nós. Em dias do mez passado, na cidade de Petropoíis, ia o Sr. Diniz, victima de um accidente d'esses, ser dado á se- pultura, quando começou a apresentar siü-naes de ain Ia não estar morto. ^Perguntamos: Se o seu despertar não viesse tão a tempo, se o facto do sepultamento se houvesse cphsü- mado, sobre quem devia recahir toda a culpa rTesse assassinato ? De quem se devia queixar sua des- olada familia, quando, no acto da exhumacão de seus restos, se encon- trassem provas de ter elle sido enter- rado vivo t E' preciso que estudemos este mal. A catalepsia não e mais que uma conseqüência de grandes perdas de fluido vital ou nervoso, sem que, com- tudo, tenha havido uni completo es- coamento d'elle, facto que se pro- duz na morte._ N^quelle estado, as palpitnçoes que nos denunciam a vida, não estão suspensas, mas somente são tão fracas eme escapam á nossa apreciação. Ora, se nos fôr possível fornecer ao eataleptico, em cujo corpo ainda não começou a desorganisacão, que e uma conseqüência da morte, uma por- cão d'asse fluido que lhe falta, im me- diatamente as manifestações da vida n'elle se nos tornarão apreciáveis.^ Levante-se embora contra nos a maioria da classe medica; apoiando- nos nas v&liosissimasopiniões,dos Drs, Dixon, Wilkinson, Voyld, Mathesou, Lords Lython e Skresosbtty, Itym. Byne, dos Drs. Charcot, Burcq, Du- montpallier e Brenaud, nós diremos: o magnetismo animal é uma reali- dade; nosso corpo encerra uma porção de fluido animalisado que pode pela nossa vontade ser transmittido, em parte, aos indivíduos que nos cercam; e esse fluido é um poderoso agente therapeutico. Porque não tenta o emprego d esse meio, o medico que não tem certeza, se o enfermo de cuja cura se encarre- gára, está realmente morto ? Se soubesseis as ancias mortae-?, as agonias desse pobre, espirito que Uido está veüdo c ouvindo, sem ler a torça de transmittir ao seu corpo algum mo- Timento que demonstre que a separa- cão ainda se não effectuou, estamos certos que não trepídarieis em cmpre- gar todos os meios, para obrardes com segurança em taes emergências. lia poucos annos ainda, uma Se- nhora da nossa sociedade, em uma viagem que fizera á Europa, foi ata- cada d'èssé mal ; (>¦ ella informou-nos do que então se passava em si. Ella ouvia tudo, sen espirito se de batia em uma agonia terrivel por não poder dizer que não estava ainda sepa- rado do corpo. Todos os médicos que iam a bordo julgayam-u'a morta e condemnavam- n'a a ser lançada ao mar ; felizmente, porém, para ella um medico italiano levantou-se, único, contra tal sen- tença, e teve a paciência de esperar sete dias que a enferma voltasse a si. Em ultimo recurso, nos dirigimos a- vás, mães, esposas e filhas que, des- esperadas, vos limitaes a chorar o inesperado passamento, dos entes que vos são tão caros 1 Tende coragem 1 Se o medicore- .cusar-se a lançar mão d'este ultimo recurso, fazei-o vós mesmas ; collocai uma das vossas mãos na região do co- ração e a outra sobre a fronte d1 aquelle que suppondes morto, erguei a Deus vossas mentes e, com todo o amor de que fordes capazes, pedi-lhe que parte do fluido que vos anima, seja commu- niciida aquelle sobre quem operaes ; fazei- o e, se n'elle ainda a vida não estiver extincta, disso obtereis, não duvidai, patentes signaes. A perda de fluido que então soffre- reis, não vos prejudicará, pois com toda facilidade o vosso organismo são elaborará novo, com os elementos que recebe do ar. PROtfA^AÇlÒ Temos inutilmente esperado que o Apóstolo annuncie, que em todas as igrejas se vão fazer preces, para des- aggravo da religião offendida na Ca- pefía imperial, no dia de Sexta Feira Maior. Elle que nunca deixa de recorrer a esse meio, tão próprio para fazer effeito, quando, sem malícia e sob a inspecção da policia, a mocidade pro- cura divertir-se nos dias de carnaval; esqueceu-se agora de fazer o mesmo, quando o templo foi profanado,quando os mais sagrados preceitos da moral do Christo foram calcados aos pés por aquelle que, por sua idade e posição na igreja, mais que ninguém, devia respeital-os, para ter o direito de exi- «rir is-iial respeito da parte dos ou- tros. Foi contristador o facto a que nos referimos. No dia em que os catholicos cor- riam presurosos ao templo para orar, em commemoração dos soffrimentos diquelle a quemDeus encarregara de trazer aos homens sua palavra santa; no dia em que os fieis contrictos espe- ravam ouvir a voz ungida do seu pas- toiyiconselhando-lheso amor e o per- dão das injurias,foram encontrar o pul- pito transformado em tribuna política, donde um homem violento edominado pelo despeito e o desejo de uma in- qualliftcavel vingança, atirava os mais pesados insultos aos poderes constituídos, á sociedade em geral, cuja falta única está em não saber castigai-o como merece. Pedimos ao collega que diga a seu chefe que tanto orgulho assenta mal, naquelle que se diz representante dos humildes discípulos de Jesus, dos po- bres pescadores daGaliléa. Dizei-lhe, com a mesma rude fran- queza de que elle usa, que, se a sua opinião é muito valiosa nas questões encerradas nos limites do que, acerca da religião, ensina o catholicistno; elle ainda nos não tem fornecido ele- mentos, para que o consideremos j mestre nas questões civis; casos em 'que a sua opinião tem tanto valor, como a de qualquer outro que não tenha feito estudos especiaes a tal -•respeito. Dizei-lhe ainda que, mesmo que elle estivesse nas condições de dar lições a todos sobre tudo, o lugar e o dia que escolheu foram os menos pro- prios, para fallar sobre assumptos es- tranhos ao grande facto que se com- memorava, para declarar diante de todos, quando ninguém lhe pedia tal declaração, que elle prefere os bens da terra aos bens do céo. São signaes próprios dos tempos que vamos atravessando. Avante, dignos representantes do pharisaisino; trabalhai porque não fazeis mais que pulverisar essas pe- dras com que o catholicisuio tem pro- curado pôr tropeços á marcha da religião do Nazareno. A hora da justiça vem perto; ap- proxima-se o dia prestardes con- tas do que tendes feito, perante o tribunal de Deus, ainda que não acre- diteis que exista outro Deus além do vosso Papa. Vamosl o Ghristianismo puro, o Christianismo do Christo ha de tri- umphar na luta: apezar da protecção que vos concedam as potências da lerra. Chamamos a attenção dos Augustos Representantes da Nação, que breve se vão reunir, sobre o facto que se passou na sexta feira santa; facto que torna bem patentes as.pretenções da cúria romana, e mostra que devemos adoptar enérgicas medidas para liber- tar a nossa sociedade dessa interven- cão d es in o ra Usado ra. O «eis a níhs dono Apresentamos aos nossos leitores o seguinte trecho de um sermão, pre- ga^lo em nina igreja de Madri d pelo Padre Mon, lilho do Conde dei Pinar, e filiado na Companhia de Jesus: « . . . Não, meus queados irmãos; não venho a este púlpito e nunca irei a algum outro coin o intuito de ata- car a liberdade. Como 1 Se a liberdade é eminente- mente christã ; se ella foi por Christo proclamada do cimo do Calvário 1 A igreja, a verdadeira igreja que bem interpreta a doutrina do Crucifi- cado, não odeia á liberdade: pelo con- trario, a quer e a proclama. ^ Nem a igreja, nem o pontificado antigo ou moderno pode condemuar esta ou aquella forma de governo. Tanto lhe servem as monarchias como as republicas. A vida da igreja e seu domínio sao puramente espirituaes. » Isso 1 Assim deviam pensar todos os padres e frades catholicos, se desejas- sem que se propagasse pelo mundo a doutrina do Christo. Quctttilo Nocinl * Por decreto de 5 de Dezembro ul- timo foi creada em Hespanha uma Commissâo extraordinária, para jul- gar de todas as questões que se refiram á melhora ou bem estar das classes operárias, tanto agricolas como indus- triaes, e que affectem as relações en- tre o capital e o trabalho. Às attribuições d'essa Coininissão parecem-nos muito, latas, para que a experiência não as faça restringir com o correr dos tempos. Ella pode crear caixas de soecorro para os inválidos do trabalho, impor contribuição ás sociedades operárias, legislar sobre as relações que devem prendel-as umas ás outras ; julgar da hygiene e salubridade das officinas, da segurança dos apparelhos n'ella empregados, e da responsabilidade dos sinistros que oceorram. Sentimos não ter espaço para tran- screver o decreto que temos á vista. Uma cousa porém n'isso nos alegra, é vêr que a Hespanha busca levantar uma barreira entre a prepotência dos ricos capitalistas e os míseros opera- rios, que com tanto trabalho ganham o pão para suas famílias. Ao (C Apóstolo i> Dous motivos nos levaram a não mexer com o collega, emquanto durasse o magno conflictò produzido pela desamortisação dos bens das ordens religiosas do Brazil : não aumentar as penas do afilieto e empregar- mos em outras questões importantes, o tempo que, por suacondueta anti-religiosa e anti-patriotica, que veio provar exhu- berantementeo que a respeito ternos avan- cado, os catholicos nos dispensavam do gastar em novas demonstrações de não ser a sua religião a que nos foi legada pelo marthyrda Judea. () collega parece que se encommodou com o nosso silencio, e atirou-nos uma pedradinba em seu numero de 13 do pas- sado; ao que vamos dar ligeira resposta, esperando que com isso se não amotine. Suppõe o «Apóstolo» amesquinharoscre- ditos do Spiritismo, apresentando aos seus leitores um caso que, a se ter dado como elle conta, apenas mostra que também existem charlatães entre os que se intitu- Iam Spirítas. Nenhum de nós contesta isto; visto que aquelb s que não estão ainda bem convpe- netradds de sua elevada missão na terra, tudo podem abuzar; porém, porque alguns transformam o seu sublime após- tòlado cm um meio devida, e vendem os favores que de graça recebem, será justo que o Spiritismo partilhe da reprovação em que. elles encorrem? Por ter o collega achado « bello, subli- me, admirável e patbetico» o grosseiro embroglio com que, na sexta feira santa, 0 nosso diocesano mimoseou a seus ou- vintes na Capclla Imperial, devemos con- cluir que o Rosto Uttefano da sociedade fluminense tenha descido a tal ponto de depravacão ? Pelo facto de continuar a apresentar- se em publico, desmoralisando-se e des- moralisando a religião que diz professar, um padre catbolico que tem recebido desse publico inequívocas provas de des- affecto, a ponto de lhe. atirarem batatas quando estava pregando, concluirá o col- lega que todos os sectários do Catholi- cismo, devam igualmente merecer o qua- liflcativo de « os duriesimum? » Seria uma injustiça, e francamente lhe declaramos que. não o acompanhamos em taljuizo. Deixe de parte esses raros tactos, filhos da imperfeição dos homens, e venha dis- cutir comnôsco os princípios da moral spiríta; assim mostraremos ao mundo qual de nós procura seguir os ensinos do Christo.

* ÍM1I BI FSBMl^M Sf lllfl ilSIiil»memoria.bn.br/pdf/830127/per830127_1884_00035.pdfÁs pessoas que tèm solicitado assigna-turas, pedimos a'ibondade, de as mandar satisfazer, para

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Bíbliolhôca Nacional.

4$F...y•y^i*' y,,-vi--

y ¦nffrfr.y-

B H EhíwJ BHI Cl »^7

v;7 "* '.'7-'- i

ÍM1I BI FSBMl^M Sf lllfl ilSIiil»PUBLICAÇÃO QUINZENAL

Anuo 11 BSi a/il — Itio de Janeiro — 1884 — Maio — i N. 35

EXPEDIENTEÁs pessoas que tèm solicitado assigna-

turas, pedimos a'ibondade, de as mandarsatisfazer, para não soffrerem interrupçãona remessa da folha.

A CÀTAfcEPSSA

Em um dos nossos números últimoschamámos a attenção dos nossos lei-fores, para diversos factos de ca tale-

psia acontecidos na Europa ultima-mente, sem esperarmos que tão de

pressa tivéssemos de fallar de algumdado mesmo entre nós.

Em dias do mez passado, na cidadede Petropoíis, ia o Sr. Diniz, victimade um accidente d'esses, ser dado á se-

pultura, quando começou a apresentarsiü-naes de ain Ia não estar morto.^Perguntamos: Se o seu despertarnão viesse tão a tempo, se o factodo sepultamento se houvesse cphsü-mado, sobre quem devia recahir todaa culpa rTesse assassinato ?

De quem se devia queixar sua des-olada familia, quando, no acto daexhumacão de seus restos, se encon-trassem provas de ter elle sido enter-rado vivo t

E' preciso que estudemos este mal.A catalepsia não e mais que uma

conseqüência de grandes perdas de

fluido vital ou nervoso, sem que, com-tudo, tenha havido uni completo es-

coamento d'elle, facto que só se pro-duz na morte. _

N^quelle estado, as palpitnçoesque nos denunciam a vida, não estão

suspensas, mas somente são tão fracas

eme escapam á nossa apreciação.Ora, se nos fôr possível fornecer ao

eataleptico, em cujo corpo ainda não

começou a desorganisacão, que e só

uma conseqüência da morte, uma por-cão d'asse fluido que lhe falta, im me-

diatamente as manifestações da vida

n'elle se nos tornarão apreciáveis.^Levante-se embora contra nos a

maioria da classe medica; apoiando-nos nas v&liosissimasopiniões,dos Drs,Dixon, Wilkinson, Voyld, Mathesou,Lords Lython e Skresosbtty, Itym.

Byne, dos Drs. Charcot, Burcq, Du-

montpallier e Brenaud, nós diremos:o magnetismo animal é uma reali-dade; nosso corpo encerra uma porçãode fluido animalisado que pode pelanossa vontade ser transmittido, em

parte, aos indivíduos que nos cercam;e esse fluido é um poderoso agentetherapeutico.

Porque não tenta o emprego d essemeio, o medico que não tem certeza,se o enfermo de cuja cura se encarre-

gára, está realmente morto ?Se soubesseis as ancias mortae-?, as

agonias desse pobre, espirito que Uido

está veüdo c ouvindo, sem ler a torça

de transmittir ao seu corpo algum mo-

Timento que demonstre que a separa-cão ainda se não effectuou, estamoscertos que não trepídarieis em cmpre-

gar todos os meios, para obrardes com

segurança em taes emergências.lia poucos annos ainda, uma Se-

nhora da nossa sociedade, em umaviagem que fizera á Europa, foi ata-cada d'èssé mal ; (>¦ ella informou-nosdo que então se passava em si.

Ella ouvia tudo, sen espirito se debatia em uma agonia terrivel por nãopoder dizer que não estava ainda sepa-rado do corpo.

Todos os médicos que iam a bordojulgayam-u'a morta e condemnavam-n'a a ser lançada ao mar ; felizmente,porém, para ella um medico italianolevantou-se, único, contra tal sen-tença, e teve a paciência de esperarsete dias que a enferma voltasse a si.

Em ultimo recurso, nos dirigimos a-vás, mães, esposas e filhas que, des-esperadas, vos limitaes a chorar oinesperado passamento, dos entes quevos são tão caros 1

Tende coragem 1 Se o medicore-.cusar-se a lançar mão d'este ultimorecurso, fazei-o vós mesmas ; collocaiuma das vossas mãos na região do co-ração e a outra sobre a fronte d1 aquelleque suppondes morto, erguei a Deusvossas mentes e, com todo o amor de

que fordes capazes, pedi-lhe que partedo fluido que vos anima, seja commu-niciida aquelle sobre quem operaes ;fazei- o e, se n'elle ainda a vida nãoestiver extincta, disso obtereis, nãoduvidai, patentes signaes.

A perda de fluido que então soffre-reis, não vos prejudicará, pois comtoda facilidade o vosso organismo sãoelaborará novo, com os elementosque recebe do ar.

PROtfA^AÇlÒ

Temos inutilmente esperado que oApóstolo annuncie, que em todas asigrejas se vão fazer preces, para des-aggravo da religião offendida na Ca-

pefía imperial, no dia de Sexta FeiraMaior.

Elle que nunca deixa de recorrera esse meio, tão próprio para fazereffeito, quando, sem malícia e sob ainspecção da policia, a mocidade pro-cura divertir-se nos dias de carnaval;esqueceu-se agora de fazer o mesmo,

quando o templo foi profanado,quandoos mais sagrados preceitos da moraldo Christo foram calcados aos pés poraquelle que, por sua idade e posiçãona igreja, mais que ninguém, deviarespeital-os, para ter o direito de exi-«rir is-iial respeito da parte dos ou-tros.

Foi contristador o facto a que nosreferimos.

No dia em que os catholicos cor-riam presurosos ao templo para orar,em commemoração dos soffrimentosdiquelle a quemDeus encarregara detrazer aos homens sua palavra santa;no dia em que os fieis contrictos espe-ravam ouvir a voz ungida do seu pas-toiyiconselhando-lheso amor e o per-dão das injurias,foram encontrar o pul-pito transformado em tribuna política,donde um homem violento edominadopelo despeito e o desejo de uma in-qualliftcavel vingança, atirava osmais pesados insultos aos poderesconstituídos, á sociedade em geral,cuja falta única está em não sabercastigai-o como merece.

Pedimos ao collega que diga a seuchefe que tanto orgulho assenta mal,naquelle que se diz representante doshumildes discípulos de Jesus, dos po-bres pescadores daGaliléa.

Dizei-lhe, com a mesma rude fran-

queza de que elle usa, que, se a suaopinião é muito valiosa nas questõesencerradas nos limites do que, acercada religião, ensina o catholicistno;elle ainda nos não tem fornecido ele-mentos, para que o consideremos

j mestre nas questões civis; casos em'que a sua opinião tem tanto valor,

como a de qualquer outro que nãotenha feito estudos especiaes a tal

-•respeito.Dizei-lhe ainda que, mesmo que

elle estivesse nas condições de darlições a todos sobre tudo, o lugar e odia que escolheu foram os menos pro-prios, para fallar sobre assumptos es-tranhos ao grande facto que se com-memorava, para declarar diante detodos, quando ninguém lhe pedia taldeclaração, que elle prefere os bensda terra aos bens do céo.

São signaes próprios dos tempos quevamos atravessando.

Avante, dignos representantes do

pharisaisino; trabalhai porque nãofazeis mais que pulverisar essas pe-dras com que o catholicisuio tem pro-curado pôr tropeços á marcha dareligião do Nazareno.

A hora da justiça vem perto; ap-

proxima-se o dia dê prestardes con-tas do que tendes feito, perante otribunal de Deus, ainda que não acre-diteis que exista outro Deus além dovosso Papa.

Vamosl o Ghristianismo puro, oChristianismo do Christo ha de tri-umphar na luta: apezar da protecçãoque vos concedam as potências dalerra.

Chamamos a attenção dos AugustosRepresentantes da Nação, que brevese vão reunir, sobre o facto que se

passou na sexta feira santa; facto quetorna bem patentes as.pretenções dacúria romana, e mostra que devemosadoptar enérgicas medidas para liber-tar a nossa sociedade dessa interven-cão d es in o ra Usado ra.

O «eis a níhs dono

Apresentamos aos nossos leitores oseguinte trecho de um sermão, pre-ga^lo em nina igreja de Madri d peloPadre Mon, lilho do Conde dei Pinar,e filiado na Companhia de Jesus:

« . . . Não, meus queados irmãos;não venho a este púlpito e nunca ireia algum outro coin o intuito de ata-car a liberdade.

Como 1 Se a liberdade é eminente-mente christã ; se ella foi por Christo

proclamada do cimo do Calvário 1A igreja, a verdadeira igreja que

bem interpreta a doutrina do Crucifi-cado, não odeia á liberdade: pelo con-trario, a quer e a proclama. ^

Nem a igreja, nem o pontificadoantigo ou moderno pode condemuaresta ou aquella forma de governo.

Tanto lhe servem as monarchiascomo as republicas.

A vida da igreja e seu domínio sao

puramente espirituaes. »Isso 1 Assim deviam pensar todos os

padres e frades catholicos, se desejas-sem que se propagasse pelo mundo adoutrina do Christo.

Quctttilo Nocinl *

Por decreto de 5 de Dezembro ul-timo foi creada em Hespanha umaCommissâo extraordinária, para jul-gar de todas as questões que se refiramá melhora ou bem estar das classesoperárias, tanto agricolas como indus-triaes, e que affectem as relações en-tre o capital e o trabalho.

Às attribuições d'essa Coininissãoparecem-nos muito, latas, para que aexperiência não as faça restringir como correr dos tempos.

Ella pode crear caixas de soecorropara os inválidos do trabalho, imporcontribuição ás sociedades operárias,legislar sobre as relações que devemprendel-as umas ás outras ; julgar dahygiene e salubridade das officinas,da segurança dos apparelhos n'ellaempregados, e da responsabilidadedos sinistros que oceorram.

Sentimos não ter espaço para tran-screver o decreto que temos á vista.

Uma cousa porém n'isso nos alegra,é vêr que a Hespanha busca levantaruma barreira entre a prepotência dosricos capitalistas e os míseros opera-rios, que com tanto trabalho ganhamo pão para suas famílias.

Ao (C Apóstolo i>Dous motivos nos levaram a não mexer

com o collega, emquanto durasse o magnoconflictò produzido pela desamortisação dosbens das ordens religiosas do Brazil : nãoaumentar as penas do afilieto e empregar-mos em outras questões importantes, otempo que, por suacondueta anti-religiosae anti-patriotica, que veio provar exhu-berantementeo que a respeito ternos avan-cado, os catholicos nos dispensavam dogastar em novas demonstrações de não sera sua religião a que nos foi legada pelomarthyrda Judea.

() collega parece que se encommodoucom o nosso silencio, e atirou-nos umapedradinba em seu numero de 13 do pas-sado; ao que vamos dar ligeira resposta,esperando que com isso se não amotine.

Suppõe o «Apóstolo» amesquinharoscre-ditos do Spiritismo, apresentando aos seusleitores um caso que, a se ter dado comoelle conta, apenas mostra que tambémexistem charlatães entre os que se intitu-Iam Spirítas.

Nenhum de nós contesta isto; visto queaquelb s que não estão ainda bem convpe-netradds de sua elevada missão na terra,dé tudo podem abuzar; porém, porquealguns transformam o seu sublime após-tòlado cm um meio devida, e vendem osfavores que de graça recebem, será justoque o Spiritismo partilhe da reprovação emque. elles encorrem?

Por ter o collega achado « bello, subli-me, admirável e patbetico» o grosseiroembroglio com que, na sexta feira santa,0 nosso diocesano mimoseou a seus ou-vintes na Capclla Imperial, devemos con-cluir que o Rosto Uttefano da sociedadefluminense tenha descido a tal ponto dedepravacão ?

Pelo facto de continuar a apresentar-se em publico, desmoralisando-se e des-moralisando a religião que diz professar,um padre catbolico que já tem recebidodesse publico inequívocas provas de des-affecto, a ponto de lhe. atirarem batatasquando estava pregando, concluirá o col-lega que todos os sectários do Catholi-cismo, devam igualmente merecer o qua-liflcativo de « os duriesimum? »

Seria uma injustiça, e francamente lhedeclaramos que. não o acompanhamos emtaljuizo.

Deixe de parte esses raros tactos, filhosda imperfeição dos homens, e venha dis-cutir comnôsco os princípios da moralspiríta; só assim mostraremos ao mundoqual de nós procura seguir os ensinos doChristo.

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ASSIGNATURAS

PA.RA 0 INTKRIOR R EXTERIOR

Semestre c#°9

P A G AME NTO ADIA N T A D(I

Toda a correspondência deve ser diri-gida a

A. ktiliii» da Silva

120 RUA DA CARIOCA 120—«:»—

As assignaturas terminam em Junho eDezembro.

—<o)—

Os trabalhos de reconhecido interessegeral serão publicados gratuitamente.

brilhante, outro cujos elementos fi-

gura o hydrogenio, não sendo aíhclaos ou:ros conhecidos.

As nebulosas cllipticas são massasalongadas, em geral, muito fracaso diffusas nas bordas, atravessada-

de rotação era mais rápido que o damassa fluidica que o envolvia ; a qual,pela acção do ai trito, era obrigada aacompanharão nticleoem sua rotação.

Essa matéria existente fora do nu-cl"o central estava s íjoitn k força ai-

O MUNDO SIDERAI

\\

As nebulosas. — Somente as mau-

chás ' esbranquiçadas e luminosas

que os instrumentos não poderám re-

solver em estrellas, conservaram o

nome de nebulosas; é claro, porém,

que muitas dellas ainda poderão ser

excluídas desta classe, com o aperfei-

çoamento que forem tendo os instru-

mentos de observação.As nebulosas propriamente dietas

se dividem em três classes ou catego-

rias : as nebulosas planetárias, as

ellipticas e as irregulares.As primeiras devem seu nome ao

facto de se nos mostrarem com discos,

mais ou menos, claramente termina-

dos, brilhando com uma luz quasiuniforme como a de um planeta ; sua

côr é verde tirando sobre o azul.

O raio da nebulosa planetária do

Sagittario, collocada a 19" 36ra 3' de

ascensão recta e 14° 28' 52" de decli-

nação austral, é muito maior que o

da orbita do planeta Urano.Muitas vezes vê-se uma estrellá cer-

cada de matéria nebulosa de muito

grande diâmetro, o que, ás vezes, podeser um simples effeito de perspectiva,como o que Herschel observou em

,1774, ao norte da nebulosa de Orion :

eram duas pequenas estrellas cercadas

de nebulosidade.? circulares, apêndice

que lhes faltava quando foram obser-

vadas ern 1810: do que concluio-senão ser elle mais que um nevoeiro ou

matéria cósmica condensada, situado

muito aquém das duas estrellas, no

qual se reflectiam o* raios vindos dei-

Ias, semelhante ao que vemos na Loa

e nos outros astros, que se nos figu-ram cercados do uma aureola lurni-nosa, quando os observamos atravésde um nevoeiro.

Bâseando-nos nos estudos de Hers-chel, podemos dizer que, além da ma-teria diíVusa e luminosa por si mesma,existe no espaço a matéria tambémdiftusa, mas não irradiante e imper-feitamente diaphana; o que, sem du-vida, pode provir dos differentes gráosde condensação que toma o fluidouniversal.

Segundo sua analise espectral asnebulosas são massas gazosas de luz

por faixas obscuras, produzidas por j tractiva delle e á repulsiva, resul-

Unidos opacos ; íiellas a luz passa por j tanto da velocidade do movimento

todos os gráos de decrescimento, quan- I de rotação que aaiiiuiaVa; esta ul-

do se caminha do centro para as ex- j lima força, crescendo conno augmento

tremidades. I d° ril'l°. Venceu á primeira, que de-

Algumas, se nos apresentando de | crescia na razão inversa dos quadra-lado, parecem linhas luminosas ; ou- | dôg do mesmo raio, e,.então, a massa

trás, mostrando-se-nos de frente, tèuformas espiraladas, o qne nos denimcia a acção da força centrifuga, nes-ses montões de matéria rarefeita quevão concorrer para a formação de. tio-vos astros ou do novos systemas.

Esta ultima configuração exprimeuma realidade de fácil explicação :

Presas pela attracção ao núcleo cen-

trai. as matérias gazosas da nebulosa

são arrastadas em seu movimento de

roíaeão; porém a fraca cohesão d'

suas moléculas, a diminuição da força

at tractiva central com a distancia e a

resistência das camadas superiores

fazem que o movimento va tendo cada

vez menor velocidade, a medida quenos afastamos do centro buscando as

bordas da nebulosa; clahi esse aspecto

espiralado e turbilionario.As nebulosas irregulares não são

menos numerosas e celebres que as

precedentes; ellas lém formas muito

variadas, algumas se terminando

bruscamente de um lado, ao passo qu !

do outro se vão extinguindo por grã-dação insensível; outras encerram

espaços obscuros e nos apresentam as

! envolvente separou-se do núcleo, for-

j mando um ou muitos anrièis que con-linuaram a girar em torno delle, naaltura de seu equador onde a veloci-dado de rotação era maior, o paraonde a componente das duas forçasadversas arrastava as moléculas pe-sadas das outras regiões.

Esses anneis concentricos, concen-

.trando-so a matéria aó redor, do certos

pontos, se transformaram em nebu-lusas glòbuláres que, pelo resfria-mento, produziram os planetas e os•S«'

satellites. *" ^E' também quasi certo que, constt-.

tu ido assim uni systema, os cometas'atravessando-o, podem soffrer o gráod"e concentração precisa para, obeílife.

cendo á acção dos corpos em cujos

domínios penetraram, se transforma-remem planetasèsatellites; os quaes,em virtude do movimento de qne vi-

íiham animados, podem vir-nos apre-

sentar iimii excepção, uma anomalia,relativamente ao sentido em que semovem os outros astros do mesmosystema.

Isto nos pode dar uma explicação

formas bizarras, que affectam as nu- 1 razoável do movimento retrogrado dos

vens quando a coutadas pelos ventos.

Herschel catalogou 52 nebulosas.A observação faz, muitas vezes,

descobrir em uma nebulosa resolnvelsystemas de estrellas e de outras ne-

bulosas menores, como deu-se, com as

chamadas — Nuvens de Magalhães;

grandes manchas luminosas descre-

vendo uma orbita em torno do poloaustral, das quaes

-a maior cobre 42e a menor 10 gráos quadrados dasuperfície da abobada apparente do

céo.Em uma bella noite de. luar esta se

torna invisível e aquella perde muitode seu brilho.

J. lierscbel encontrou na maior ÕS2

estrellas. 201 nebulosas o 46 montões

estelíláres, elria menor 200 estrellas,.'17 nebulosas e 7 montões estellares.

Abuudandomas idéias de Herschel,sobre a transformação das nebulosasem estrellas e systemas, Laplacé ad-mittio que, na origem, o nosso sol e oscorpos qne circulam ao redor d'elle,formavam uma só nebulosa, animadade um movimento de rotação, em tornode uma linha que lhe ./passava pelocentro e se estendia .ijlém dos actuaeslimites da orbita do ultimo planeta donosso systema.

Em conseqüência de um resfria-mento progressivo, parto da matériadessa nebulosa condensou-se formando

ciei rrovenir, aum núcleo central, cujo movimento I Domingoytíol

dons primeiros satellites de Urano,caso esse movimento de oriente paraoccideiite fique bem demonstrado porobservações rigorosas.

A grande excentricidade, e inclina-

ção de. su<a orbita sobre o plano da* —

ecl iptica. nos fazem desconfiar que o pianeta Marte nos dá, no nosso systema,um exemplo do que acabamos deavançar, isto é, da transformação deum cometa em planeta,

'f -

,Assim a grande iei da transforma-

ção, da evoliTçã^) progressiva, que ve-mos no nosso mundo prender em laeòestreito os reinos mineral, vegetal.,.aniimaLe.Iwmiual, tem mais vastos

f. T * -et-

li mitos de accl >. envolvendo a crea-

cão inteira.»^Dos fluidos condensados nascem as

nebulosas (f*o.s cometas, que se trans-firmam -em systemas^ em planetas esatelliteSj^ue dè] ois se transformamem centras áttractivps cada vez mais

purificaáb^ircadaateez mnjs jii|lftos parao desempenho dasMtas rúuçções a queo Credor o.-f»de.stuiá#

Tudq^aminha, tudo se âe-;envolve,tudo se aperfeiçoa, sob • os -impulsos

benéficos da^ibrea creadora, únicaimmutavel'porque tem a perfeição detoda a eternidade

\ssumio a direccãu do jornal « La Luzdfd Provenir, a distlhcta spiríta 1). Amali*

\er.

(Continuação)

REGI! A Cl EB AL

« Em todas as enfermíaades acom-Píuihádas de pároxysmo ou de. redo-bre, e ellas são numerosas, a operaçãomagnética deve precedei' ao acçesso.

« Nas febres intermfttent.esi por •*•exemplo, é necessário que a operaçãopreceda, pelo menos, de duas horasao accesso febril ; mas nos casos deser os intervallos muito curtos, con-vem aprovoital-os logo.

« Estai seguros que neste caso vósnão fareis senão pouca cousa, se espe-rardes que a perturbação attinja a *'todo o sen desenvolvimento; estadoém que o magnetismo não pode termuita acção, porque aactividade queentão existe na circulação, contrariaaos vossos esforços.

« Ao passo que, quando'essa effer-vescencia está em preparação, ouquando osmateriaes da febre estão emrepouso, desarranjaes com certezasuas disposições, suas combinações, seo posso assim dizer.

H Vós avanç.aes ou retardaes o ins-tante da invasão ; alcançado es-ie pri-meiro triumpho, sereis senhor domal.

« Na maioria das affecções nervo-sas, e sobretudo tia epilepsia, a hys-teria, a catalepsia, etc, em que nadavos previne da approximação do ata-que, é, muitas vc.es, útil proyocal-o,e vós o podeis em muitas circhmstan-cias, actuando simplesmente sobre océrebro com essa intenção.; a rigidezdos membros convulsionados cessa fa-zeudo-se passes longLtíidinaes sobreas partes contrahidas.

« Essas crises magnéticas, quandorepetidas, produzem um abatimentoe um cariçãço que, como a sensibili-dade dolorosa dos músculos, depois devoltarem mesmo ao estado normal,desapparecem com o repouso.

« Em todas as affecções em que, porcausas íiaturaes ou mórbidas, a .sen-sibilidadé é vivamente excitada porperda de fluido, deveis proceder peloemprego de doses infinitamente pe-quenas; exceptuando-se só um caso,que é quando o próprio doente, emsomnambulismo, vos convide a pro-seguir.

<( Nos casos desesperados nada te-mel, trabalhai; a vida sôfvai, dai for-cas, operai durante cinco, senhoras,se o poder des. 5$

Descançai, recomeçai depois; e pore{j,te modo se produzirão, por vossosesforços, crises salutares, muito acimados recursos da'natureza só ; e a vidaque commiinicastes a esse corpo-ínori-bundo, fará voltaria elle aquella que,assustada com as desordens'que vã-mente ella procurara deter, abando-nava a luta, e deixava^domicilio qn.G/;um fogo interior minava surdamente *

e q ue j á a m e a ç a v a r u i n a.a .Em todas as enfermidades que.

passaram ao estado chronico, umahora de magnetisação basta para.#rnlapso de tempo de, ao menos,' dez lio-ras; ordinariamente dá-se um des-canço de vinte e quatro horas, e aobservação prova ser elle sufíiciehte.

•porém encurtando esse inte,r^;k>lo, otrabalho medicamentai é mais seusi-vel ea cura mais prompta.

(( Nas doenças escrofulosas e-^lvin-phaticas não deveis^terreceio dé ope-rar de mais; .é um terreno F^íó.queconvém aquecer; o quando ha";desor-dons-, como tumores brancos, engorn-i-tainento de glândulas, etrj';, et.c.^padaconseguireis com alguns ni|riutos demagnetisação; é por mezes quo.de veiscontar, e^# uma constância a todaprova.

x Na s$pffcesiteo das regras é ne-cessario rqieijár ''três

ou quatro diasantes da época natural, que as mu-lheres preseutem, sabem muito bemjndiçar, e se' fordes mal snecedidos'recomeçai no mez seguinte.

ItJIOBIllVIMtlt — ÍSS4-. Uai<» — i

A

<( Em todos os casos de enfermida-des de mulheres, o fluxo menstrualnão deve impedir a continuação dotratamento.

<( Os que escreveram o contrarioestavam em erro; muitas vezes mes-mo a natureza espera essa época eaproveita esse vehiculo para expeliu'os máteriaes viciados que, sem os es-forços que ajuntais aos seus. ellanão conseguiria lançar fora por essavia.

« Somente as hemorrhagias vosdevem inspirar receio; obrai entãocom cuidado, por tentativas.

« A vacuidade prolongada do es-tomago, como sua grande plenitude,quer no operador, quer no enfermo,sem impedir a acção, é desfavorável âmanifestação ostensiva dos effeitos.

« Vossos esforços de vontade devemser fortes e prolongados, para ter ef-ficacia.

« Se ti verdes conhecimentos demedicina, buscai o orgam principal-mente affectado, e dirigi p ira elle aspontas dos vossos dedos.

« Uma magnetisaçãü nas moléstiasagudas faz ordinariamente pouco, so-bretudo em casos extremos ; somenteno começo se pode reprimil-as, mu-dando-lhes os symptomas por algu-mas horas de magnetisação.

« Quando, porém, não vos bastemmais somente os effeitos curiosos, pro-longai a operação, repeti-a mesmocom curtos intervallos.

« Ficai certos que, qualquer queseja a gravidade do mal, se for possi-vel dar se uma crise, ella se dará, ese a natureza por si só, não pondeproduzil-a, com o vosso auxilio ellase desembaraçará do que a opprime.

(( Não esperai que a grangrena te-nha-se manifestado, que os órgãosestejam destruídos ou alterados pro-fundamente, nos tossidos que os con-stituem; chegado a este ponto, o malé irreparável.

DISSERTAÇÃO SPIRÍTA SOBUE A MEDIUNI-DADE CURADORÀ

Grupos de Chenee, Fevereiro de 1872Médium : Sr. Laurent

Deus foi pródigo com as suas crea-turas.

O homem, esse rei da creação, pos-sue em si o germen da vida.

Em certos meios e sob o império decertas influencias, elleemitte o fluidovital, que é sua própria vida.

Por seus braços estendidos sobreuma nessoa soffredora, elle o dirige,imbebe-lhe os organs enfraquecidosou lesados, satura-os de vida e resti-tue ao enfermo a coragem e a espe-rança.

Pela evocação, seu perispirito vaibeber no espaço; esse receptáculo dasforças vivas da natureza, esse luo-arde reunião de todos os Unidos puros,e recolhe a mãos cheias essa vida,essa seiva que elle cede aos que sof-frem.

O Espirito que elle evoca, o ajudanessa subtracção, o carrega de fluido,o que lhe permítte recomeçar sem es-gotar suas forças.

Amigos, pela mediunidade cura-dora, vós vos tornaes os dispènsadbresdas graças de Deus, porque ella éurna sacerdotisa da caridade.

Operai com calma, doçura, fe econfiança; nós estaremos sempre dis-postos a sustentar vossos fracos bra-ços e dar-vos a força dos primeirosapóstolos, que curavam com o simplescontacto.

Ah 1 porém, que fé possuia.n elles,que puros efíluvios attrahiam sobresi com um só pensamento bom, ecomo sua caridade christã os distribuíaa mãos cheias ; era a idade de ourodo cliristianismo!

Christo vos mostrou o exemplo;elle foi o primeiro a divulgar a me-diunidade curadora.

Sim, o puro dos puros veio á terra,não somente para regenerar a huma-nidade, como tambem para ensinar-lhe uma lei, que ficou desconhecida,mas que em pouco dominará : a leidos fluidos, suas substancias e suasforcas.—Dr. Demeure.

(Continua).

liii liux lvs|iiiêtfBslaFornos honrados pela illustrada Re-

dacção d'este importante periódicoquinzenal, dedicado aos estudos psy-chologicos e orgam official da Socie-dade Espiritista de Key-West, com oseu numero de 15 de Fevereiro ultimo.

Agradecemos a offerta e pedimossua permissão para permutarmos.

Cl Íris do PazEste importante jornal, orgam da Socie-

dade Sertoriana, publicou em 31 de Marçoum numero commemorativo ao anniversa-rio da desencarnação de Allan-Kardec.

A uiciliuuidadc de M?Ue lio-renem fook

O que se segue, é a traducção fielde cartas que appareeeram publica-das nos jornaes espiritualistas deLondres, formando uma continuaçãoaos estudos de W. Crooks que já im-blicámo.s.

Senhor.

Esforpei-me, quanto em mim esteve,para evitar toda a controvérsia, querfallando, quer escrevendo, acerca deum assdmpto, tão infkmmavel comoo dos phenomenos chamados spirítas.

Excepto em um pequeno numero decasos em que a posição eminente dosmeus adversários teria podido fazer,que se desse ao meu silencio motivosdifferentes dos reaes, nunca dei res-posta aos ataques e falsas interpreta-ções que contra mim dirigiram, porminha adhesão a esta causa.

As condições, porém, mudam quan-do com a publicação de algumas li-nhas eu posso desviar os golpes dainjusta suspeita, com que tentamferir álguem: e muito mais quandoesse alguém é uma dama, joven, sen-sivel e innocente.

Neste caso um dever imperioso meimpõe que, com todo o peso do meutestemunho, eu corra em favor da-quella que creio injustamente aceu-sada.

Entre todos os argumentos apresen-tados de um e outro lado, relativa-mente aos phenomenos obtidos pelamediunidade de Me,le Cook, vejo pou-cos factos estabelecidos, de modo aconduzir um leitor não prevenido adizer, a menos que elle não depositeplena confiança na opinião e na vera-cidade do narre dor : "Enfim, eis umaprova absoluta!,.

Vejo muitas asserções falsas, muitaexageração não intencional, conjectu-ras e supposíções intermináveis, ligei-ras insinuações de fraude, um poucode gracejo vulgar; mas ninguém quese apresente com uma affirmnção po-sitiva, baseada sobre a evidencia deseus próprios sentidos, de que o corpode Melle Cook se ache ou não no gabi-nete, quando a forma que dá a simesma o nome de Katie se mostra nacâmara.

E' nestes estreitos limites que aquestão deve ser encerrada.

Provada como um facto uma ou ou-tra das duas alternativas precedentes,

todas as outras questões subsidiáriasdeixarão de existir.

A prova, porém, deve ser absolutabaseada em raciocínio induetivo, ouaceita á vista da integridade dos sei-los, dos nós ou das costuras, apezarde eu ter razões para crer que, comoo amor, o agente desses phenomenosse ri das fechaduras.

Esperei que alguns dos amigos deMeIle Cook, que desde o começo acom-panharam suas sessões e foram nel-Ias tão altamente favorecidos, nasprovas que receberam, não deixariamde, antes de mim, correr com o seutestemunho em favor delia.

Como, porém, vejo que senão apre-sentam, tendo já decorrido efrea detres annos, seja-me permittido, a mimque não fui realmente admittido se-não uadecima primeira hora,expor umfacto por mim observado,em uma ses-são a que Mellc Cook me fizera convi-dar, e que teve lugar alguns diasdepois da oceorrencia desagradávelque deu nascimento a esta contro-versia.

A sessão teve lugar em casa de M.Lüxmore, e o gabinete era uma ante-sala separada por uma cortina dacâmara da frente, onde a assistênciase achava reunida.

Effectüádâ a formalidade ordináriada inspecção da câmara e examinadasas fechaduras, Me,,eCook penetrou nogabinete.

Pouco tempo depois a forma de Ka-tie appareceu ao lado da cortina,porém retirou-se logo, dizendo queseu médium estava soffrendo e nãopodia ser sepultado em um somnosuficientemente profundo, para queella, sem perigo, se podesse afastardelle.

Eu me achava collocado a algunspés da cortina, atraz da qual Mel"Cook estava sentada, quasi tocando-a;e freqüentemente eu podia ouvir seusgemidos e soluços, que demonstravamos seus soffrimentos.

Esse seu máo-estar continuou porintervallos, durante todo o tempo dasessão, c uma vez, quando a forma deKatie estava na câmara, diante demim, eu ouvi distinetamente o som deum soluço, idêntico aos que Melle Cooktinha jeito ouvir antes, e que partia dedelraz da cortina, onde ella se achavasentada.

Confesso que a figura que eu viaera notável de appareucia, de vida ede realidade e, tanto quanto a fraca

1 OUI1TIH

O QUARTO DA AVO'01'

A felicidade nu faitiiliii

m'11'. monniotOrdono-vp! que voa amou

mutuamente.(Evang. S. Joio, XV, 12).

TRADUZIDO POR U. G.

VIII

UM CHÁ NO QUARTO DA SUA. VaI.HRUM.

(Continuação)

A chaleira fazia ouvir seu murmúriohospitaleiro e Pedrinho, que tinha logoolhado desse lado, levantando-se nas pon-tinhas dos pés, advertio Carlos qne poralli haviam bons bolos.

Carlos já os tinha visto e tambem Ar-thur, n?o se fallando em Fanny.

Não tardou muito que uma conversaçãointeressante eanimida se travasse entretodas essas pessoas reunidas e ligadas porama felicidade commum.

O sizudo Raul foi obrigado a quebrarseu silencio habitual para responder ásnumerosas perguntas que lhe eram di ri-gidas ; elle o foz o mais laconicamento quelhe foi possível; porém, Artbur se encar-regava de süpprir a iusufliciencia dos de-talhes,-

Depois de conversar-se largamente so-bre o collegio, trabalho dos jovens estu-dantes, dos parentes e amigos de Pari/, daviagem a Baz, etc, houve como que uniaparada da qual Eliza aproveitou-se parucom Fannv tratarem do chá.

Tendo machinalmente aberto um álbum,Mathilde encontrou nelle vistas da Itália,as quaes percorreu com interesse tantomaior, que as narrações da Sra. de Gail-lacyaccudindo-lheá 'memória,

explicavame completavam a maior parte dessas gra-v viras.

Eliza e Fanny, approximando-se da rnezaredonda, emquanto o chá tomava cor, exa-minavam as vistas com Mathilde-.

As recordações das tres se coadjuvarammutuamente,' o que não impedio-as dereclamartfm muitas vezes o testimunho desua avó.

Dahi mil discripções novas, as quaes seajuntavam as recordações pessoaes da Sra.Valbrum que tinha tambem viajado na Ita-lia, porém, que pouco depois passou paraa Saissa por pedido de Arfchür.

O menino gostava, sobretudo, dizia elle,dos altos cumes, dos cimos brilhantes!

Sua mãe descreveu os com enthüsiasmo.Foi poucos mezes depois de seu casa-

mento que o Sr. Adolpho e ella tinhamvisitado a Suissa ; porém, as bellezas daiminutavel natureza têm o privilegio deproduzir impressões indeléveis.

A Sra. A' julgava rever as magníficaspaisagens cujos quadros descrevia;"o pas-sado voltava com elles e, no espTrituosodizer de Fanny, ella se aquecia nos gelei-ros da Suissa!

Raul mesmo foi arrastado pela animaçãocommunicativa de sua mãe : a necessidadede interrogar para saber mais, a felicidadede instruir-se vencendo as hesitações datimidez, faziam-lhe gosar assüntím pra-zer sem contrariedade.

Variadas annedoctas contribuíam comseu «que» agradável para este festim doespirito-

A Sra. A' contente por agradar seusfilhos adivinhava seus desejos.

— Não esquecestes, estou certa, Adol-pho, nosso lindo chalet de Claris, disseella.

Não, por certo, respondeu seu ma-rido; e ainda que o quizesse os nomes.deMathilde e Raul não o permittiriam. )Como, meu pai? disse Mathilde ad-mirada. •

Oh! contai-nos essa historia mamaiexclamaram Arthure Fanny.-- K' uma tão simples quão curta aven-tura, continuou ella.

« Durante a nossa estada no bello Can-tão de Claris, eu e vosso pai sozinhos, da-vamos longos passeios a pé para ver me-lhor e para ver juntos.« Já conhecíamos os lugares como seahitivéssemos estado" longos annos.

« Entretanto, um dia em que insteimuito com Adolpho para prolongarmosnosso passeio, fomos sorprehendidos poruma tempestade.

« Onde achar um abrigo nestes selvati.cos e inhospitos lugares?« Adolpho, assustado por minha causa,me recriminava já por ter desprezado tei-mosamente os primeiros indícios de mãotempo.

« Algumas nuvens ameaçavam tambemnossa lua de mel, quando'a Providenciapermittio que ao voltar um caminho, seoíTerec»sse de repente aos nossos olhos,u me lindachoupana,humildecabana suissa,mettidaem um recanto de valle.« Dei um grito de alegria; este refugiolibertador, salvava-nos dos perigos de tolaa espécie!

« Tranquillos e Satisfeitos, corremos á.cabana e ahi chegamos no momento emque a chuva, a trovoada e o vento desen-cadeavam-se com furor.

Mas a porta escava fechada : em vão ba-temos, chamamos em vão, ninguém res-pondeu-nos.

« Levado pela necessid ide, Adolpho ten-tou uma effracção, dizendo-me:« — Pagaremos os estragos.« A velha fechadura cedeu facilmente.

Entrámos!

« Eu não deixava de. receiar a voltadosdonos da casa e entretanto desejava quechegassem.« Esperando, eu examinava a modestahabitação : ella compunha-se de uma única

peça, contendo, apenas, alguns grosseirosmoveis; tudo era porém de um aceio ex-tremo.« Appriiximei-me de um berço collocado

junto á cama e machinalmente aüasteisuas cortinas de chita.« Fui tomada de sorprezal« Uma linda e pequena creaturinlia ahidormia tão profundamente que o ruído denossa invasão não parecia tel-a pertur-bado.« Adolpho que se approximára a umsignal meu, veio vel-o comigo.« Logo um mesmo pensamento assaltou-nos.« Que alegria seria a nossa quando con-

templassemos assim um anjinho — nosso!H — Como o chamaremos? perguntei eusorrindo a Adolpho.

« Uma disecussão alegre e terna estabe-leceu-se.

Cada um queria deixar ao outro a esco-lha desse nome, que nos parecia criaruma vida.« Por fim, dividimos a questão :« Adulpho deu o nome, sendo a criança

menino, e eu sendo—menina.Elle escolheu -Raul e eu-Mathilde.De repente o estrangeirinho dispertou :

nós o tínhamos esquecido.« Comrnovjda com seus gritos tomei-o

nos braços e puz-me a passear de um ladopara outro.

« Adolpho ajuda-me a acalental-o.« Riamos como duas crianças dessa

inesperada aprendizagem, quando umajoven e bonita eamponezaapparecou no li-raiar da porta.

« Ella parou estupfacta.

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luz que ahi reinava, me perinitliaobservar, suas feições assemelhavam-se ás de Melle. Cook; porém a provapositiva que me dava um outro dosmeus sentidos, de que um soluço par-tira de Melle. Cuok que estava nogabinete, quando Katié se mostravafora delle, era entretanto, tambémmuito forte, para poder tão facilmenteser repellida por uma simples suppo-sição do contrario, mesmo que estafosse bem sustentada.

Vossos leitores, Senhor, me conhe-cem e devem crer, como espero, qnenunca eu adopto precipitadamentetuna opinião, e jamais lhes pedireique, sem provas suflicientes, elles seachem de accordo comurgo.

Talvez seja exigir muito, o preten-der eu que o pequeno incidente queacabo de mencionar, tenha para ellesa mesma importância que tem paramim.

Unicamente peço que, aquelles quese inclinam a julgar com dureza Mlle.Cook, suspendam seu juizo, até queeu lhes apresente uma prova segura,que será suficiente para resolver aquestão.

Neste momento Melle. Cook se con-sagra exclusivamente a uma serie desessões privadas, a que não assistemsenão um ou dons amigos meus e eu.

Essas sessões provavelmente se pro-longarão por alguns mezes, e eu te-nho a promessa cíe que ahi me darãotodas as provas que eu desejar.

Ellas começaram ha algumas se-manas apenas, mas já me convencemplenamente da sinceridade e honesti-dade perfeitas de Melle. Cook, e inefazem esperar que as promessas queme fez Katie, serão cumpridas.

Agora tudo o que eu peço, é que osvossos leitores não presumam preci-pitadamente que, tudo o que, á pri-meira vista, parece duvidoso, impli-que necessariamente uma decepção,e que suspendam seu juizo acercadesses phenomenos, até que eu lhesfalle de novo.

Sou, etc, etc.WlLLIAM CltOOK^.

20, Moriiington Roàd, Londres.3 de Fevereiro de 1874.

de si»BB&arra^MOpon

ALLAN-KARDEC

con rum A VÃO 1)0

O QUE É O SPIRITISMO

OBSERVAÇÕES PRELIMINARES

1. E' ura erro crer-se que bastea certos incrédulos o testemunho dephenomenos extraordinários, paraque se tornem convictos.

Os que não admittein no homem aexistência de uma alma ou Espirito,também não aceitam-n'a fora d elle ;e portanto, assim negando a causa,negam justamente seus effeitos.

Elles se apresentam, quasi sempre,com uma idéia preconcebida, um par-tido fixo de negação que os desvia deuma observação séria e imparcial; elevantam questões é onjecções, a que(\ impossível résTJonder-se logo de ummodo completo, porque seria precisofazer-se, para cada um, uma espécie

-de curso, trazendo as cousas desde oprincipio.

Um estudo prévio tem para resul-tado evitar-se essas objecções que, namaioria, se originam da ignorânciada causa dos phenomenos, e das con-dições em que se produzem.

2. Quem não conhece o Spiritismo,se figura que se pode produzir phe-noraenos spirítas, como se faz umaexperiência dephysicaou dechiraica.

D'ahi a pretenção de sujeitàl-os âsua vontade, e a recusa de se collocar

ibretudo, emrociei-

io, a

qdri-

nas condições necessárias para [os observar.

Não adinittindo, como principiexistência e a intervenção dos K.tos ou, pelo menos, não conhecenuonem a sua natureza, nem o seu modode acção, esses indivíduos se compor-,tam como se estivessem se occüpando

VT

sentido, o !:seit começo ?

Se os quianparehcias

fugidioKlTHitMH.il

piri i isin >¦

elles saberiam o que -'He admi

tomassemseu juizo,

da ii atèria bruta ; e desde que nãocom 1 uei n ineobtém o que pedem

não ha Espirito.CoÍlòcandb-se om um ponto de vista

dirVereiite, cada um ooinprehenderáque, não sendo os Espiritos, maisque as almas dos homens, tudo.-; nÕsdepois da morte seremos Espiritos, e

que, nestas condições, não havemu.ide ter muita disposição a servir de

joguetes, para satisfação das tantasiasdos curiosos.

3. Ainda que certos phenomenospossam ser provocados, pelo f

intelligencici -i

acto delivres,

ílc áa ; e

provirem uelles não se acham absolutamdisposição de quem quer que •aquelle" que se diz capaz de obfel-bssempre que queira, só prova sua igno-rancia ou má fé.

E! preciso esperai-os, apau;lial-q|em sua passagem ; e muitas vezeg,$quando são menos esperados, que se,apresentam os

'factos inata iuteressaii-

tes e concludentes.Aquelle que seriamente deseja ins-fv

truir-se, deve, n'istó como em tudo,ter paciência e perseverança, e e dio-car-se nas condições indispensáveis ;sem o qne é melhor não se oecuparconi isso.

4. Nem sempre as reuniões em quése oecupam com as manifestações spi-

ei n boas condi coesri tas, se actiamseja para se obter resultados satistac-torios, seja para produzir a Convicção:de algumas mesmo, não podemos dei-xar de convir, os incrédulos sabemmenos convencidos, do qu# o eram

quando entraram, lançando em rostoaos que lhes faliam do caracter seriodo Spiritismo, as consas, muitas ve-zes, ridículas de que elles varam tes-te ni unhas.

Nisto elles não são mais lógicos que.aquelle que pretendesse julgar de uniaarte pelas primeiras provas de umaprendiz.de uma pessoa pela sua cari-catura, ou de uma tragédia por sua

parodia.Ü Spiritismo também tem seus

aprendizes; equeni quer esclarecer-se,não deve ir colher ensinos em uma sófonte, porque é só pelo exame ea

iruiar um

criticam, uaolira base de '

te e o

que rejeita, e não \be lançariam cmconta ó que elle repelle, em nome darazão e da expériençi t.

nos i?"sí,iurros

7. Os Espiritos não são, como ossuppõem muitos, uma classe á partena ereação, porém as almas, despidasde seu invólucro corporal, daquellesque viveram sobro, a terra ou em ou-tros mundos. .

'

Todo aquelle qne admitte a sobre-vivência, da alma ao corpo, admitte,pelo' mesmo motivo, a existência dosEspíritos ; negas* os Espíritos serianegar a alma.' •

.:.». Faz-se geralmente unia idéiamuito errônea do estado dos Espiritos;elles não são,como alguns acreditam,seres vagos e indefinidos, nem criam-mas semelhantes a fogos-fatuos, nempliantasmas como os pintam nos contosdas almas do outro mundo.

Srão seres semelhantes a nós, tendocomo nós um corpo, mas este fluidicoe invisível no estado normal.

0. Quando a alma está unida aocorpo durante a vida, ella$em umduplo envolucro : um pesado^lgros-seiro e destructivel,—o corpo; o^jmtrofluidico, leve o indestructivel, oha-uvàáo perispirito. «^

10. Ha pois. no homem tres.>.£pusasessenciaes ^'TpJ,-

1°, a alma ou Espirito, principiointelligente em que residem ofSpensa-mento, a, vontade e o senso-moral;

27 o corpo, envolucro material quepõe o Espirito ern relação com o mundoexterior;

3o, o perispirito. envolucro fluidico,

vivemos no meio do mundo dosiinente pequenos, de que não

yel, que povoa o espaço e no meio doqual nós vivemos,setii d'issodesconfiar,comoinfluisuspeitávamos, antes da invenção domicroscópio.

10. Os Espiritos não são, pois, entesabstráctos, vagos e indefinidos, masseres concretos e circumscriptos, aosquaes não falta mais que a faculdade"de ser vistos para se assemelhar aoshumanos ; donde se segue que se, emum dado momento, podesse ser levan-tado o v.cò que nol-os esconde, ellesformariam uma população nos cer-cando por toda parte.

(Continua).

rOC=

«T«!>llfiei>CIBCBtl $g>ÍB*8tft&

Esteve simplesmente esplêndida aconferência spirita realisada a 13 dopassado, em Queluz, província de SãoPaulo, pelo Sr. Joaquim Antônio deCampos.

Perante numeroso e selecto audito-rio o illustre conferente desenvolveuo thema — As três épocas da vida dahumanidade terrena são personificadasem Móysês, cm Jesus e no Spiritismo.

Já horas antes da annunciada a salaestava repleta de convidados.

No flui da festa foram destribuidosCatechismos e outras obras spirítas.

Congratulamo-nOjS oq.m,., o nosso il-lustrado confrade, pelo triumpho queacaba de proporcionar,à_causa santa

e defendemos.

leve, imponderável, servindo de laç< i eentre o Espirito e o

, porque e socomparação que seíuiso.

petobode

As reuniões frivolas tem o graveinconveniente de dar aos noviços, queas assistem, uma idéia falsa do carac-ter do Spiritismo.

Os, (pre só tem freqüentado a ren-niões d-essa espécie, não podem tomarao sério uma cousa que elles veèiii tra-tada com -pouca importância; pelospróprios q&e-se dizem adeptos.

Um estudo prévio lhes ensinará ajulgar do alcance do que vêem, a se-parar o que é bom do que é máo.

0. O mesmo raciocínio se aoplicaaos que/julgam o Spiriiismo, pêlo quedizem "*%é"rtas obras excêntricas, qued'elle não dão mais que uma idéia in-completae ridícula.

O Spimismo sério não pôde respon-der por aqiíeiles que o comprehendemmal, ou que o praticam de uni modocontrario aos seus preceitos; como nãoo faz a poesia por aquelles que produ-zem máos versos.

E' deplorável, dizem, que existamtaes obras, prejudicando a verdadeirasciencia. ^

Sem duvida, seria preferível, que sóas houvesse .topas; o maior nial, po-:rém, consiste em não-se darem ao tra-balho de estudal-á^odas.

Todas as artes, Iodas as sciencias,além disso, estão no mesmo caso.

Não vemos, sobre as cousas maissérias, apparecerern tratados absurdose cheios de erros ?

de intermediáriocorpo.

11. Quando o envolucro exteriorestá usado e não pode mais fiinccionar,cabe e o Espirito o abandona, corno ofrücto se despoja de sua casca, a arvorede sua cort.iça, a serpente de sua pélití,em uma palavra, como se deixa umvestido que já não pode servir ; é oque se chama, a morte.

12. X morte é apenas a destruiçãodo envolucro corporal, que a almaabandona, como o faz a borboleta coma suai rrysalidn, conservando porémseu corpo fluidico ou perispirito.

I3.r*\ morte do corpo desembaraçao Espirito do laço que o prende à teria.e o fazia soffrer; e uma vez libertadodesse.fardo, nio lhé resta mais que. oseu corpo ethereo, que lhe permittepercorrer o espaço e transpor as dis-tancias com a rapidez do pensamento.

11. A união da alma, do perispiritoedo corpo material eonstiuie o homem;e alma e' perispirito separados docorpo constituem o ser chamado 'Espi-.

rito.. 'Observação. — A alma é assim um

ser simples; o Espirito um ser duplo eo homem'um ser triplo.

Seria" mais exacto reservar a pala-vytxZcdnia para designar o principiointéljigente, e a Espirito para o sersemimaterial formado desse principioe do -corpo fluidico; mas como não sepoete conceber o principio intelligente.isolado de toda inaleria-, nem o péris-pi rito' sem ser animado pelo principiointelligente, as y\\h\y vò&yüma e Espi-rito são, no uso, indiferentemente em-pregadas urna pela outra ; è a figuraque consiste em tomar a parte pelotpdo, do mesmo modo porque se dizque uma cidade é povoada de tantasalmas, uma villa composta de tantosfogos; pliilosophicaiittíiite. porém, éessencial fazejfc-se a differença.

15. Os Espíritos revestidos de seuscorpos materiaes constituem a huma-nidade ou mundo coruOral visivel ;

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> -* '#-i*,CíIÒB*a«iíb f^jj&Bfíla IBra/i-

Icira

RESSA0 DE -í-K II DE ABI! II.

Gpm muito especial agrado foram re-coladas as congratulações dirigidas áFederação, relativamente á sua òrgàhí-saoão, pelas Sociedades : SciTorianá deEstudos Psychòlógicos (Huesca), Frater-hicláde e Oohstanciá Jhrcnos-Âyres) eEspiritista (Madrid).

Pelo Sr. Th 'souroiro fbí apresentadoo balancete do pri' eiro Irfmcsfie.

Os Ibemasde estudo foram : .Matéria-li-acoes dc espiritos: e se o cspi.ilo dohomem pode ou não progredir sem seencarnai'.

O QUE É é

sPÍBÍTÍSÍVIOIntrodueção ao conhecimehtoulo mundo

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