4
ASSIGNATURA ANNUAL Brazil ^°°° PAGAMENTO ADIAKTAO0 PUBLICA-SE NOS DIAS 1 E 15 DE CADA MEZ PEBÍO._»BG© 80 VOLBJCBONISTA -H>_ ASSIGNATURA ANNUAL Estrangeiro . . 68000 PAGAMENTO ADIANTADO PUBLICA-SE NOS DIAS 1 E 15 DF, CADA MEZ Toda . correspondência deve sef dirigia a - F. A. XAVIER PINHEIRO - Rim do Regente n. 19, 2- andar. Anno VflBB Braxil B* So ._©*-faaicii,b ÍSíM_> —- -Pcvereii,o 85 W. «-i I_XB»B_BHBS-iVB,Bí Sao agentes desta folha": No Pará, o Sr. José Maria da Silva Basto. Na Cachoeira (Estado da Bahin). o Sr. Francisco Xavier Vieira Gomes. Na cidade do Rio Grande do Sul, o Sr. capitãoPaiiljno Pompilio de Araújo Pi- nheiro. Èin S. Paulo, o Sr. G. da S. Batuira, rua Layâpés n. 20. Em Santos (3. Paulo), o Sr. Benedicto José de Souza Júnior, rua da Constituição n. m. Em Campinas, o Sr. Silviuo Ribeiro, rua Trése de Maio n. 47. Em Campos, o Sr. Aflbnso Machado de Faria, rua do Rosário n. 42 A. As asngnaturas deste, periódico come- çam em qualquer dia, e terminam sempre a 31 Dezembro. Um nr«Ífift^r-.-.^^-^^^^i_ Era obediência á solicitação que, no artigo em outro logar transcripto, f«z nossa ajfectuosa irmã e deaicada con- sócia Mme. Autoinette Bourdin,trans- ladámos para nossas colurnnas o sen projecto. Si é real que a verdadeira fraterni- dade existe, quando se abre inteira e completamente o coração, sem qne nèllè perdure um pensamento siquer occnlto, devemos nesta occasião'prin- cipalmente dar provas de todo o nosso espirito fraterno para cora irmã tão dedicada k propaganda das verdades que proclamamos. Consistirão taes provas em desvendar a.s objecções que pairam em nosso espirito, e que pa- recém querer, com insistência, inva- lidar o projecto de nossa irmã. Estamos certos de que o zelo com . que a nossa consocm se afadiga era prol do desenvolvimento rápido do Spiritismo, com a publicação das muitas obras qne honram a nossa bi- "bliotheca, de aitigos der rareados pela imprensa spirita, dá-lhe tal au- toridade e supremacia que verá nas duvidas dos seus humildes confrades do Brazil o desejo de acertar. Du- ¦vidas que nos abalançamosa externar pela incitação do trecho em que se diz ter esta primeira publicação por fim submetter,o projecto aos spiritas detodosos pauospara lhes pedir con- gelbos...» Poi.. hera si reconhecemo- nos desautorizados para aconselhar, não podemos nem devemos,entretanto, recolher-nos ao silencio, quando o nosso foro intimo brada : perigo- O spiritismo; conforme o organisou e apresentou ao mundo aquelle a quem nos honramos com chamar Mestre, é um corpo de doutrina que abrange tão .elevados princípios pbi- lòsópliicos ou sociaes que elles os bastam para orientar todas as idéas no mundo «cientifico^ no mun Io reli- gioso, no mundo político ; é por isso que Kardec jamais teve em vista ser chefe de urna escolhi philosophica, ou creador de uma nova seita, digam o que disserem os seus inimigos. Em prova disto ver-s--á reproduzida em todas as suas obras a alBrinação de que é o spiritismo uma bandeira a sombra da qual podem se acolher os sectários de todos os credos, os parti- darios do todas as escollas : em outros termos, tem o Spiritismo os caracteres ._!_ uaii vfv_iüli_ftde-,-i^-l-c -VJ_le.-ar:.q.aiã.™- cões as quaes não pôde derrocar nun o tempo nem o espaço. Mal andaríamos nós, os suecessores daquelle espirito de escolha, si, con- trariando as suas vistas, praticas- semos actos em que se po lesse en- chergar o intento de levantar, com os destroços das velhas seitas religiosas, uma nova religião. Escombros são es- comhros ; com materiaes gastos já,não se podem construir alicerces eternos- Por isso 6 que sem [ire nos soam mal aos 'ouvidos, c cremos que desagrada- velmente impressionarão ao altissitno espirito que na terra se chamou Ki- vail, as expressões que se pretende á força adraittir : baptisado spirita, ca- samento spirita. enterro spirita, ban- deira spirita ! Bem sabemos que é louvável o in- tento : um mais apertado congraça- mento enfe todos os confrades. Mas outra não era a intenção dos lundu- dores das diversas religiões, quando formularam os ritnaes que seus sacer- dotes .deviam ministrar por oceasião daquelles grandes actos da vida, que avoecaram para seus respectivos credos. Si é verdade que todas as religiões têm o mesmo fundo, como todas têm mais ou menos as mesmas formulas, qua Se cederam reciprocamente com as modificações çpmportaveis com as épocas ecomasidyosimchrasiasethno- lógicas, isto é, com o tempo e com o meie! não é menos certo que muitas não existem e as outras tendera a isto. Ora o spiritismo não pôde ser uma obra perecível. Succede.ndo áquellas idéas de en- terra spirita, etc, a da fundação de umàfcasa, onde se pòdessem recolher, além de outras «as-pessoas qne são olj?imâas asiipportarovasio e aba- nalmade da vida mundana », somos inserisi vel mente arrastados a pensar nos conventos, instituição budhica e catholica que o sopro da civilisação tende felizmente a varrer da superfície da terra 1 Poder-se-á dizer, é certo, que tra- ta-sl de um recolhimento temporário, de um momento de descaneo ás lutas da vida. Mas recordemo-nos de .que assim mesmo é que foram os pri- mordios da instituição raonacal : de prii.cipio era uma temporada de re- pou ), era que a alma ia se entregar a<> ffrmusel pr.uer da contemplação ! Fugir de dar o primeiro passo é, pois, nora obra de razão como de obe- diencia á lição da historia. A vida é a luta constante : tal o destino do homem neste planeta. Fu- gir-lhe é cobardia de que mais tarde ter-se-á de arrepender o espirito, quando tiver de recomeçar. Lutemos, portanto, sem desmaios no foco das paixões, no meio dos homens, porque é a dòr e o soffriinento o cadinho em que se sublima o espirito. Não ha -| rogresso sem dòr: subir é soffrer, subir é lutar. O projectado recolhimento tem tam- bem por fim « a correspondência dos seres im mor taes com os exilados da terra e ao mesmo tempo o desenvolvi- mento da medi um nidade, que da a calma e a coragem para supportar as provas da existência presente. » Sempre lemos nas obras do Mestre, sempre ouvimos da bocea dos espíritos que as com ni única ções são tanto mais elevadas quanto mais merecem os que as obtém. Terá merecimento quem, fugindo ás lutas, que deve resigna- mente supportar, foge egualmente ás oceasiões de praticar o bem, de dar o exemplo da caridade e do amor do próximo ? Merecerá aquelle que, iso- h.ndo-se do mundo, em c ijo seio se encarnou para progredir, toma o lápis para conviver com o mundo espi- ritual ? Que ordem de espíritos é dado julgar se communicPrão ? E' digno porventura de sab/' io o operário inac" tivo e ocioso que se furta ao trabalho? Demais, serão estes mesmos que irão « prestar cuidados magnéticos para aliviar os que soffrerem mental e physicainente ? » Não será de receiar que a inanidade mental se generalise por todo o recolhimento 1 Vamos para a luta, mistiiremo-nos com a sociedade ; assim é que pro- grediremos e faremos progredir : tal a nossa missão. C o n«i'e * s o Internacional Njilritu c -Ettjpiritiialista PRIMEIRA SECÇÃO SPIRITISMO E F.SPIRITUALISMO Spiritismo 1." A doutrina spirita lig-a-se-in- ~> timamente aos dados hoje conhecidos da Sciencia e da Philosophia. 2.° As investigações de todos os observadores tendem a demonstrar sujierabundantementtj que o Spiri- tismo subministra provas irrecusáveis da perpetuidade do eu consciente, e das relações dos vivos com os mortos. 3* Essas aflirmações apoiam-se nas experiências feitas segundo os me- tirados experimentaes da sciencia po- sitiva, pelos homens mais eminentes de todos os paizes. -1.° Apoiam-se tambem nos altos principios de uma philosophia racio- nal, que liga a mais superior razão ás mais elevadas aspirações da alma. 5.° O Spiritismo offerece uma base realmente esta\el para uma moral das mais elevadas, fundada no egpi- rito de solidariedade e de justiça, que faz de todos os homens órgãos de um mes no corpo, constituindo uma unidade vivente. Reencarnação 1.° A grande maioria das escolas spiritas auirma que a evolução do homem não pode fazer-se senão por meio de reencarnações snecessivas de seu principio superior : anima. 2.° Entre duas encarnações, a alma ac impanhada do perispirito, conserva intacta a personalidade do desincar- nado. Esta personalidade é completa, isto é : dotada de memória, intelli- gencia e vontade. 3." A encarnação seguinte é deter- minada pela soinma dos méritos ad- ipiiridos na existência anterior, sem retrogradação possível. 4." A alma encarnada conserva inconscientemente lembrança de suas 3* i pp ¦ w. y,y-m& iPPs ¦H?

W. «-imemoria.bn.br/pdf/830127/per830127_1890_00174.pdf · assignatura annual brazil ^°°° pagamento adiaktao0 publica-se nos dias 1 e 15 de cada mez pebÍo._»bg© 80 volbjcbonista-h>_

  • Upload
    others

  • View
    3

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

  • ASSIGNATURA ANNUAL

    Brazil ^°°°

    PAGAMENTO ADIAKTAO0

    PUBLICA-SE NOS DIAS 1 E 15 DECADA MEZ

    PEBÍO._»BG© 80 VOLBJCBONISTA

    -H>_

    ASSIGNATURA ANNUAL

    Estrangeiro . . 68000

    PAGAMENTO ADIANTADO

    PUBLICA-SE NOS DIAS 1 E 15 DF,CADA MEZ

    Toda . correspondência deve sef dirigia a - F. A. XAVIER PINHEIRO - Rim do Regente n. 19, 2- andar.

    Anno VflBB Braxil — B* So ._©*-faaicii,b — ÍSíM_> —- -Pcvereii,o — 85 W. «-i

    I_XB»B_BHBS-iVB,Bí

    Sao agentes desta folha":

    No Pará, o Sr. José Maria da Silva Basto.

    Na Cachoeira (Estado da Bahin). o Sr.

    Francisco Xavier Vieira Gomes.

    Na cidade do Rio Grande do Sul, o Sr.

    capitãoPaiiljno Pompilio de Araújo Pi-

    nheiro.Èin S. Paulo, o Sr. G. da S. Batuira,

    rua Layâpés n. 20.

    Em Santos (3. Paulo), o Sr. Benedicto

    José de Souza Júnior, rua da Constituiçãon. m.

    Em Campinas, o Sr. Silviuo Ribeiro,rua Trése de Maio n. 47.

    Em Campos, o Sr. Aflbnso Machado de

    Faria, rua do Rosário n. 42 A.

    As asngnaturas deste, periódico come-

    çam em qualquer dia, e terminam sempre

    a 31 Dezembro.

    Um nr«Ífift^r-.-.^^-^^^^i_

    Era obediência á solicitação que, no

    artigo em outro logar transcripto, f«z

    nossa ajfectuosa irmã e deaicada con-

    sócia Mme. Autoinette Bourdin,trans-

    ladámos para nossas colurnnas o sen

    projecto.Si é real que a verdadeira fraterni-

    dade só existe, quando se abre inteira

    e completamente o coração, sem qnenèllè perdure um pensamento siquer

    occnlto, devemos nesta occasião'prin-

    cipalmente dar provas de todo o nosso

    espirito fraterno para cora irmã tão

    dedicada k propaganda das verdades

    que proclamamos. Consistirão taes

    provas em desvendar a.s objecções que

    pairam em nosso espirito, e que pa-recém querer, com insistência, inva-

    lidar o projecto de nossa irmã.

    Estamos certos de que o zelo com

    . que a nossa consocm se afadiga era

    prol do desenvolvimento rápido do

    Spiritismo, com a publicação já das

    muitas obras qne honram a nossa bi-"bliotheca,

    já de aitigos der rareados

    pela imprensa spirita, dá-lhe tal au-

    toridade e supremacia que verá nas

    duvidas dos seus humildes confrades

    do Brazil o só desejo de acertar. Du-¦vidas que nos abalançamosa externar

    pela incitação do trecho em que se

    diz ,« ter esta primeira publicação porfim submetter,o projecto aos spiritas

    detodosos pauospara lhes pedir con-

    gelbos...» Poi.. hera si reconhecemo-

    nos desautorizados para aconselhar,

    não podemos nem devemos,entretanto,recolher-nos ao silencio, quando o

    nosso foro intimo brada : perigo-O spiritismo; conforme o organisou

    e apresentou ao mundo aquelle a

    quem nos honramos com chamar

    Mestre, é um corpo de doutrina queabrange tão .elevados princípios pbi-lòsópliicos ou sociaes que elles os

    bastam para orientar todas as idéas

    no mundo «cientifico^ no mun Io reli-

    gioso, no mundo político ; é por isso

    que Kardec jamais teve em vista ser

    chefe de urna escolhi philosophica, ou

    creador de uma nova seita, digam o

    que disserem os seus inimigos. Em

    prova disto ver-s--á reproduzida em

    todas as suas obras a alBrinação de

    que é o spiritismo uma bandeira a

    sombra da qual podem se acolher os

    sectários de todos os credos, os parti-darios do todas as escollas : em outros

    termos, tem o Spiritismo os caracteres._!_ uaii vfv_iüli_ftde-,-i^-l-c -VJ_le.-ar:.q.aiã.™-

    cões as quaes não pôde derrocar nun

    o tempo nem o espaço.

    Mal andaríamos nós, os suecessores

    daquelle espirito de escolha, si, con-

    trariando as suas vistas, praticas-semos actos em que se po lesse en-

    chergar o intento de levantar, com os

    destroços das velhas seitas religiosas,

    uma nova religião. Escombros são es-

    comhros ; com materiaes gastos já,nãose podem construir alicerces eternos-

    Por isso 6 que sem [ire nos soam mal

    aos 'ouvidos, c cremos que desagrada-

    velmente impressionarão ao altissitno

    espirito que na terra se chamou Ki-

    vail, as expressões que se pretende á

    força adraittir : baptisado spirita, ca-

    samento spirita. enterro spirita, ban-

    deira spirita !

    Bem sabemos que é louvável o in-

    tento : um mais apertado congraça-

    mento enfe todos os confrades. Mas

    outra não era a intenção dos lundu-

    dores das diversas religiões, quandoformularam os ritnaes que seus sacer-

    dotes .deviam ministrar por oceasião

    daquelles grandes actos da vida,

    que avoecaram para seus respectivos

    credos.Si é verdade que todas as religiões

    têm o mesmo fundo, como todas têm

    mais ou menos as mesmas formulas,

    qua Se cederam reciprocamente com

    as modificações çpmportaveis com as

    épocas ecomasidyosimchrasiasethno-

    lógicas, isto é, com o tempo e com o

    meie! — não é menos certo que muitas

    já não existem e as outras tendera a

    isto. Ora o spiritismo não pôde ser

    uma obra perecível.Succede.ndo áquellas idéas de en-

    terra spirita, etc, a da fundação de

    umàfcasa, onde se pòdessem recolher,

    além de outras «as-pessoas qne são

    olj?imâas asiipportarovasio e aba-

    nalmade da vida mundana », somos

    inserisi vel mente arrastados a pensarnos conventos, instituição budhica e

    catholica que o sopro da civilisação

    tende felizmente a varrer da superfície

    da terra 1

    Poder-se-á dizer, é certo, que tra-

    ta-sl de um recolhimento temporário,

    de um momento de descaneo ás lutas

    da vida. Mas recordemo-nos de .que

    assim mesmo é que foram os pri-mordios da instituição raonacal : de

    prii.cipio era uma temporada de re-

    pou ), era que a alma ia se entregara ffrmusel pr.uer da contemplação !

    Fugir de dar o primeiro passo é, pois,nora só obra de razão como de obe-

    diencia á lição da historia.

    A vida é a luta constante : tal o

    destino do homem neste planeta. Fu-

    gir-lhe é cobardia de que mais

    tarde ter-se-á de arrepender o espirito,

    quando tiver de recomeçar. Lutemos,

    portanto, sem desmaios no foco das

    paixões, no meio dos homens, porqueé a dòr e o soffriinento o cadinho em

    que se sublima o espirito. Não ha

    -| rogresso sem dòr: subir é soffrer,

    subir é lutar.

    O projectado recolhimento tem tam-

    bem por fim « a correspondência dos

    seres im mor taes com os exilados da

    terra e ao mesmo tempo o desenvolvi-

    mento da medi um nidade, que da a

    calma e a coragem para supportar as

    provas da existência presente. »

    Sempre lemos nas obras do Mestre,

    sempre ouvimos da bocea dos espíritos

    que as com ni única ções são tanto mais

    elevadas quanto mais merecem os queas obtém. Terá merecimento quem,fugindo ás lutas, que deve resigna-

    mente supportar, foge egualmente ás

    oceasiões de praticar o bem, de dar o

    exemplo da caridade e do amor do

    próximo ? Merecerá aquelle que, iso-

    h.ndo-se do mundo, em c ijo seio se

    encarnou para progredir, toma o lápis

    para só conviver com o mundo espi-

    ritual ?

    Que ordem de espíritos é dado

    julgar se communicPrão ? E' digno

    porventura de sab/' io o operário inac"tivo e ocioso que se furta ao trabalho?Demais, serão estes mesmos que irão« prestar cuidados magnéticos paraaliviar os que soffrerem mental e

    physicainente ? » Não será de receiar

    que a inanidade mental se generalisepor todo o recolhimento 1

    Vamos para a luta, mistiiremo-noscom a sociedade ; assim é que pro-grediremos e faremos progredir : tala nossa missão.

    C o n«i'e * s o InternacionalNjilritu c -Ettjpiritiialista

    PRIMEIRA SECÇÃO

    SPIRITISMO E F.SPIRITUALISMO

    Spiritismo

    1." A doutrina spirita lig-a-se-in- ~>timamente aos dados hoje conhecidosda Sciencia e da Philosophia.

    2.° As investigações de todos osobservadores tendem a demonstrarsujierabundantementtj que o Spiri-tismo subministra provas irrecusáveisda perpetuidade do eu consciente, edas relações dos vivos com os mortos.

    3* Essas aflirmações apoiam-se nasexperiências feitas segundo os me-tirados experimentaes da sciencia po-sitiva, pelos homens mais eminentesde todos os paizes.

    -1.° Apoiam-se tambem nos altos

    principios de uma philosophia racio-nal, que liga a mais superior razãoás mais elevadas aspirações da alma.

    5.° O Spiritismo offerece uma baserealmente esta\el para uma moraldas mais elevadas, fundada no egpi-rito de solidariedade e de justiça,que faz de todos os homens órgãos deum mes no corpo, constituindo umaunidade vivente.

    Reencarnação

    1.° A grande maioria das escolasspiritas auirma que a evolução dohomem não pode fazer-se senão pormeio de reencarnações snecessivas deseu principio superior : anima.

    2.° Entre duas encarnações, a almaac impanhada do perispirito, conservaintacta a personalidade do desincar-nado. Esta personalidade é completa,isto é : dotada de memória, intelli-

    gencia e vontade.3." A encarnação seguinte é deter-

    minada pela soinma dos méritos ad-ipiiridos na existência anterior, semretrogradação possível.

    4." A alma encarnada conservainconscientemente lembrança de suas

    3*

    i pp

    ¦ w.

    y,y-m&

    iPPs¦H?

  • !*,-è

    7

    l&KrOttilAI»on — i»00 — Fevereiro — 15

    anteriores acquisições, cujo conjunctoformam as idéas innatas.

    5.° Estas idéas ou imagens, queconstituem o conjuncto dos méritos edeméritos das existências anteriores,são os factores do organismo materialo as fontes directas do seu porvir.

    6.° Sem embargo, tim grande nu-mero de spiritas e espiritualistas con-stitue uma escola que tem direito atodos cs respeitos de seus irmãos, aqual nega a reencarnação sem queisto altere a doutrina geral admittidapelos spiritas.

    7." E' útil a todos conhecerem osargumentos de uma e de outra escola.

    Medíuynnidade

    1." O médium é o 3er intermediárioao mundo visível e ao invisível, pormeio do qual tem logar as coramuni-cações entre aqnelles dous mundos.

    2.° O médium, instrumento muidelicado e irresponsável deve ser cer-cado de cuidados por ser sujeito a in-fluenciíis boas ou más.

    3." Deve o médium, por constantesestudos, preparar-se para sua missão,porque quanto mais perfeito é o in-strumento melhores serão as commn-menções obtidas.

    4.* Oscircurastántes influem fluidi-camente sobre as manifestações. Porconseguinte, é indispensável obterpreviamente a homogeneidade depensamento entre as pessoas pre-sentes, verdadeiro ambiente de in-fluencias boas ou más. Esta honioge-neidade deve ser conservada, toman-do-se precauções para que o médiumnão receba influencia estranha.

    5." Todos os spiritas sabem quecertos charlatães podem ensaiar aimitação dos verdadeiros phenome-nos, fazendo-se passar por mediums.Nossos irmãos não devem vacilar ja-mais, mesmo no interesse da causa,em desmascarar esses impostores. Osmediums retribuídos são impellidosa produzirem artificialmente os phe-nornenos que não podem obter pelafaculdade medianimica.

    Não sendo o médium mais que uminstrumento passivo, jamais pode deantemão estar seguro de que se apre-seutarão os phenomenos.

    Phenomenos

    Fluidos

    1." Os mediums podem ser, e fre-quente men te o são, excel lentes som-nambulos.

    2." O médium vidente é um laçovivo entre o spiritismò e o magne-tis nio, e demonstra no terreno psy-cinco, a identidade de ambas as dou-trinas.

    3.° Os invisíveis podem actuar nomédium, ou nos circumstantes, comoo magnetisador visível sobre o seusomnambulo. Neste caso os Unidosproduzidos são análogos aos magne-ticos.

    4.° O Spiritismò, tanto como oMagnetismo proclama a existênciareal dos fluidos invisíveis esparsospelo Universo.

    [Continiia]

    dicto José de Souza Júnior, esforçadospirita a quem daqui enviamos nossoscordiaes agradecimentos, pelo auxi-

    lio que nos. vem prestar, servindo denosso intermediário para com os spi-ritas santisfas. E' a elle que se de-vem dirigir para tudo quanto inte-ressar ao Reformador.

    Itláxau

    1." Os phenomenos obtidos nas ses-soes spiritas são de tres ordens :

    Physicos (movimentos de objectosmateriaes, transportes).

    Psvchicos (encarnacões).Kluidicos (materialisações, escripta

    directá, debuxos, etc).2.° Os phenomenos physicos podem

    ser comprovados scientificamente pormeio de apparelhos de physica oureactivos chi micos ordinários -expe-rièncias de Cròokes).

    3.° A photographia spirita é uminstrumento de prova real, tomadasas necessárias precauções. Assigna-Íamos ao publico as novas experien-cias proseguidas nestes últimos cincoannos pelo Capitão Vol pi sobre esteassumpto. Até o presente nenhumphotographo pôde imitar aquellasphotographias, apezar do grande pre-mio a quem o alcançar.

    4." Os moldes de formas materiali-sadas constituem também excellentebase de observação, tomando se asdevidas precauções e lavrando-se decada vez uma acta detalhada, assig-nada pelos circumstantes.

    5." Recommendaraos a todos os spi-ritas que façam acta em regra, sem-pre que obtiverem phenomenos ver-dadeiraraente interessantes.

    O conjuncto dessas actas consti-tuirá uma base de affirmação tãoifolidi quanto inegável.

    l«'ederaeão SpãtrituBrazileira

    Esteve interessante a sessão de 7de Fevereiro, em que ainda se oecupoua Sociedade com o estudo da Revela-ção. O tempo, que foi escasso paraos dmnais assumptos da ordem dodia, foi quasi todo preenchido pelodiscurso de um dos confrades, que,oppondo-se à opinião que outro ma-nifeslára em passadas reuniões, pro-curou demonstrar com a letra doVelho Testamento a verdade da revê-lação. As bases da argumentaçãodeste confrade foram contrariadas poroutro, que julgou-se obrigado a tratardo assumpto ua primeira reunião,para a qual ficou organisada a se-guinte ordem do dia :

    1.' Parte. —Haverá revelação ?2.' Parte.—Ha espíritos propostos ?3/ Parte. — Discussão do Cap. 5.°

    do Lív. 2o do Livro dos Espíritos, eleitura do Cap. 6.° do mesmo livro.

    E1 de crer que, tratando-se de ques-toes de tal transcedencia, consigamosver reunidos em nossa sala de tra-balhos quantos se interessam pelodesenvolvimento do Spiritismò.

    Periódico novo

    Acabami-s de receber de Madrid oBoletin Oficial dei Instituto Eipnote-rdpieo Espanol, revista quinzenal pu-blicada sob o.s aupicios do Dr. ('ondede Das. São seus collaboradores osmais importantes professores da Ea-culdade de França, Suissa, Itália eHtspanha, como os Srs. Bernheim,Barety, Ochorowicz, Luys, Sené,-Pe-losi, etc.

    A dedicação apaixonada com que oConde de Das se entrega ás investiga-ções hypnoticas fazem presumir quek presente revista terá peio menos aimportância que ganhou a que ante-cedentemente redigia o Sr. de Das.

    Fazendo votos que assim seja, con-fessamo-nos gratos peia remessa, ecompromettemo-nos a não faltar áperra uta..

    amigos até a epocha presente.— Iufluencia das revelações.

    7.' Conferência.— Do perispirtio.— Sua intervenção nos phenomenosnoi mães da vida.— Phenomenos desuggestão, bypnotismo, magnetismoespiritismo.— O perispirito na des-encaruação ou vida imponderável.

    8.' Conferência.— Do destino indi-vidual humano e do destino colle-ctivo.— Têm alma os planetas? —Desenvolvimento desta doutrina. —Solidariedade das humanidades pia-neta ri as.

    .9." Conferência.— Considerações so-ciologioas deduzidas da doutrina spi-rifa.— Deveres e direitos.— Justiçamoral. — Asgtandes reformas sociaes.— A. humanidade do futuro.

    Ajipendice ás con fer em cias.— A altasciencia. — Extracto da obra .ásOrUgens e os fins.

    Centro Spirita do Itraill

    Em sua sessão de 2 do corrente, oCentro Spirita encetou o estudo dathese apresentada na sessão anterior ,concebida nos seguintes termos :« Corno e quando se deve evocar es-

    pintos? » Oecupou em primeiro logara attenção geral o proponente, querespondendo ao quando, disse — sem-

    pre ; e ao como, em circumstaticiasdependentes do meio e do anterior

    preparo espiritual ; finalisou aífir-mando que o êxito favorável depen-dia do fim útil e louvável. Segui-rarn-se outros oradores que abunda-ram mais ou menos nas mes.smasidéas.

    Uni livro

    Recebemos de Madrid dous exem-plares da obra, que acaba de ver aluz da publicidade sob o titulo Confe-re7icias sob Cosmologia, Antropologiay Sociologia bajo ei critério espiritua-lista cieiilifico, Foram estas conferem-cias feitas na Sociedad EspiritualistaEspanola no anno acadêmico de 1887-88 pelo seu presidente Dr. D. Anas-tacio Garcia López. O só nome desteesforçado propagandista, cuja vastaerudição se patentêa em sua obra, éjâ um elogio ao livro recentementeapparecido. Para se convencer,porém,do seu critério scientifico, cumpre queos investigadores,spiritas ou não,pro-curem lêl-o. Os primeiros nelies eu-centrarão verdades, que são mais nmaforma porque se podem apresentar assuas habituaes experimentações ; ossegundos terão nelle a prova ile que ospiritismò tem todos os característicosdas verdades «cientificas, que só seadquirem pela experimentação e ob-servação, isto é, por idênticos pro-cessos aos empregados para a acquisi-ção das demais verdades.

    Para e.stes últimos será sobretudouma verdadeira revelação a confe-rencia que trata do perispirito, ele-mento que vem explicar muitos factospsychologicos, physiologicos e patim-lógicos, até aqui desconhecidos emsuas causas. Recoramendamos, pois, atodos o livro do Dr. Garcia López,a quem daqui com os nossos agra-decimentos enviamos parabéns. E,para que melhor se avalie o contextodo volume, para aqui transladamosas matérias de que se oecupa :

    Prólogo.7.' Conferência.— Preliminares.2." Conferência.— Constituição e

    revoluções do globo terrestre — Ap-parição e desenvolvimento da vidaorgânica.

    Novo agente

    Ternos a satisfação de annunciaraos nossos confrades de Santos que énosso agente nesta cidade o Sr. Bene-

    Origem e natu-

    Ageiiere ?

    Damos hoje publicidade á carta deum nosso confrade, que muito nosmerece, já pela sua probidade de spi-rita, ja pelos esforços que emprega na

    propaganda da verdade. Sua palavraé digna, pois, de todo o credito. En-tretánto são tão extraordinários osfactos referidos, e tão fora dos com-mtimmente observados, que só devemser àcceifos com toda a reserva. Poucoainda conhecendo as leis do mundoespiritual, não devemos re.geitar osfactos que não nossamos explicar ;antes convém registral-os, para que ofuturo tenha abundante raesse em quepossa respigar.

    No caso oceurrente só o que o Sr.Allan Kardec chamou agenere pôdealgum tanto explicar tão prodigiosamanifestação. No emtanto ficam aindaoceultas na -• nevoas do desconhecido asvarias minudencias com qne elle é re-ferido.

    Seja como fôr, fique registrado ofacto.

    3." Conferência.reza da alma humana.

    4.° Conferência.— Do apparecimeii-to do homem e das raças humanas.

    5 ' Conferência.— Das reencarna-ções

    G." Conferência.— Desenvolvimentoda civilisação desde os tempos mais

    iíxeanjiBo* de transporte

    O Sr. C, empregado na Estrada deFen o Central, pessoa de bom caracter,procurou-nos para saber o que deviafazer afim d_e haver um relógio quelhe fora tirado com ouiros objectos,de um modo singular, que passou aexpor.

    No dia 4 de Janeiro, estando com afamilia cm Cupertino, onde residia,começaram a ver cahirem laranjas detuna laranjeira um pouco distante,gritando uma menina, afilhada de C ,que estava fazendo aquella devasta-cão um homem baixo, cheio de corpo,vermelho, e vertido de calças de brnnriscado, com camisa de chita, sempaletot.

    Ninguém via o tal homem, que amenina aceu-ou, em segui Ia, de estararrancando uma pimenteira juntoda casa, o que realmente todos viram,sendo a planta levada pelo ar para oalto de um morro, a enjosopé demoraa casa.

    No dia seguinte viu-se um pedaçode carne secca ser levado da cosinha,bradando sempre a menina qne era otal homem.

    Aos gritos, deixou-a ficar no ter-reiro, mas com pouco mais de temposaccou de um par de calças e de uma

    - Ki~t

  • mwoHtu tüftftsfc 1800 — fevereiro £

    toalha de mãos, qué foram levadaspelo morro acima, dizendo a men naque as levava ao hombro.

    No dia de Reis tirou um desperta-dor e uma estatueta de cima de ummovei, porém depois trouxe-os a seuslogares.

    A' vista de todos, o, tendo já car-ré-gado com o relógio do dono da casa,levou o de um seu visitante, que ocollocou de propósito na parede, di-zendo.:: que queria ver tiral-ú.

    A menina annüncioüa aproximaçãodo homem, que ninguém via—e orelógio do incrédulo foi para o morro.

    Outros casos se deram, em pre-sença de pessoas qne estão pro raptasa attestal-Os, e por elles a família re-solveu-se a deixar a casa, tendo per-didos de tudo o que foi levado, so-mente os dons relógios e o par decalças arrebatado com a toalha.

    (J Sr. O. procurou o grupo Discipu-los de Antônio de Padua, pura verseeste colhia do espirito indicaçõessobre o logar onde poderia encontraros relógios, e es membros daquellegrupo, comquanto não fosse de seumister occnpar-se daqiièllas cousas,prestaram-se a fazer nma sessão, naesperança de colherem um médiumvidente e ura de transporte.

    Effectivãmente teve logar a sessãono dia 25 de Janeiro, apresentando-seó espirito, qne disse: ter feito aquillopara chamar a attenção do dono dacasa para a verdade do Spiritismo —e não lhe ter devolvido os relógiospor ter faltado o iluido necessário aeste phenoiheno.

    A menina, que eslava presente, nãovio mais o espirito, (Ponde a perda de

    ,«,um dos motivos da sessão — e a provade que pode-se ter videncia transi-tona.

    Do espirito colheu-.se, porém, queos fluidos para o transporte lhe eramfornecidos por uma in ilher da casavisinha que mandaram procurar.

    IltÉMllliProjcçío de um íJcíbIto «i

  • &' . V'.-•¦ ¦

    «a ^f9Ê+"***ff+-'REFORMA IIOIl — iSftO — Fevereiro — 15

    meítido, e o fez com toda a me3tria.Assim continuou por muitos mezesde fôrma que por aquellas immedia-

    Ções não havia lavrador cujos camposandassem mais bem cultivados e quemais produzissem; sendo invejado portodos os visinhos, que, por despeito,murmuravam dotal criado, murmúrioeste que chegou aos ouvidos de seuspatrões, que também já andavam des-confiados cora o viver excêntrico deseu criado.

    Foi a mulher desse lavrador quemprimeiro procurou espiar o viver uiys-tirioso delle ; para o que certo diadirigio-se ella para o campo que ocriado devia então lavrar ; escondeu-do-se entre o matto em logar que pôdeobservar o que elle fazia. Então podever o seguinte : Mal tocou meio diano sino da Egreja da aldeia o criadofincou a aguilhada na terra, des-prendeu os bois do arado e pol-'os apastar, elle dirigio-se para um logarermo junto de uma gruta, de ondesahiam línguas de fogo, sobre asquaes elle se deitou, conservando-seassim durante algum tempo, até que,apagado esse fogo, levantou-se elle,sacudiu-se e tornou a recomeçar seutrabalho, até de noite, quando veiopara a casa de seus patrões.

    A mulher do lavrador, horrorisadacora o que viu.jveio contar ao marido,o qual não acreditou o que lhe dissesua mulher.

    Esta afirmava a verdade do qnetinha visto, e tanto fez, que resolveuo marido a ir ver o que ella lhe adir-raava ter visto, facto este que, sou-berarn mais tarde, o criado invariável-mente fazia todos os dias. Então foi olavrador, viu e convenceu-se, resul-tando disso variadas conjecturas sobre

    que poderia ser o tal criado que nãoomia e deitava-se sobre o fogo semse queimar, acabando sempre a.s suasrazões por supporem que era o diaboé não ura homem o tal criado.

    Resolveram interrogal-o.Elle confessou o seguinte :

    " Sou .o. homem por quem suaafilhada jurou que nunci perdoaria árainha alma. »Elle confessou mais que um dia

    ouviu uma voz que lhe dizia :— Estásoondemnado ao fogo, emquanto nãoobtiverdes o perdão daquella que feztal juramento, e sóobtendo-o entrarásno céo 1

    Os patrões que até aquelle momentonão tinham mais foliado com a afi-

    liada, mandaram chamal-a, e, con-tando-lhe o occorrido, pediram que.perdoasse ao homem que só nãocasou com ella por ter fallecido.

    Ella continuou resistindo, e repe-tirido novamente o juramento feito —que nunca perdoaria a alma do homemqne tinha sido a cau?a da sua des-graça. A madrinha, instando comella, lhe disse : E si elle próprio tepedisse perdão ? perdoar-lhe-ias ?

    « Sim, só si elle me viesse do outromundo pedir », respondeu ella.

    A madrinha chama o criado queapparece, e de joelhos roga á desven-turada o —perdão. Ella, vendo-o,reconheceu-o,e, dando um grito, per-doou-o, mas acto continuo caiu fulmi-nada, ficando-lhe o rosto negro comosi fôra queimado por pólvora. Aomesmo tempo o criado desapparecia.

    Rio de Janeiro, 31 de Janeiro de1890.

    F. A. Xavier Pinheiro.

    Comiiiiiuicacito

    SOMNAMBUL1CA PELO MÉDIUM D. BaLBINA

    em Io de Fevereiro de 1890.

    Meu pai, aqui estou entre vós comooutr'ora bom e forte, prompto para

    ¦i""

    as luctas espirituaes,ainda que tenhasido extremamente fraco para as luctasterrenas ; por isso fez o Senhor baixarsobre o seu indigno servo o manto dasua misericórdia, acolhendo-mé amo-rosa e paternalmente em seu seio,antes que as torpezas humanas podes-sem ter influencia era meu tenro co-ração.

    Alegra-ine ver-te resigmado; provasassim com a crença vigoroso a fé nabondade e justiça

    'do Senhor. Deus

    não erra ; agradeçamos tudo o que doceu nos vier, porque é sempre para onosso bem.Que é a morte? Uma transformação

    necessária para o nosso progresso. * Si

    é ella antecipada quasi sempre porcruéis soffrimentos materiaes, éque oespirito precisa iuctar com as dores emtodos os sentidos, para que a suagloria seja completa, e jpara que a suacoragem seja experimentada.

    Si assim não fora, nio poderíamoster esperança firme no futuro, nãoteríamos confiança em nos sos esforços,e por isso, repito ainda : Deus não erra,a sua providencia é infallivel.

    Infelizmente não posso dar-te am-pios esclarecimentos mas quero des-crever o passamento, como me é per-mittido.

    Sois lançado por uma fatalidade auma caudalosa corrente; inconscien-temente esforçae-vos por desembara-raçar-vos das águas. Nesta lueta quan-tos soffrimentos experiméuiareis ? E'o que acontece ao espirito.

    0 corpo que lhe é destinado para asua manifestação estraga-se, ou por-que a missão do espirito estejo con-cluida, ou porque o homem sujeito amuitas fraquezas destroe barbara-mente os órgãos com tanta perfeiçãoconstruídos pela vontade, divina e ne-cessarios á inevitável manifestaçãoda intelligencia.

    O espirito procura deixar o instru-mento porque ahi sente-se mal, comoos homens, em uma casa arruinada;esforça-se inconscientemente paradesembaraçar-se do corpo. Talvez ai-guera julgue absurda a idéa que apre-sento : mas também vedes que acreança esforça-se para realisar o nas-cimento, e não tem deste acto con-sciencia.

    A' medida que o perespirito des-prende-se, os soffrimentos materiaesdesapparecem ; e, sem que possamoscomprehender, achaino-nos de súbitoera ura mundo ao principio desconhe-cido ; porém a intelligencia pertur-bada toma pouco a pouco seu estadoprimitivo, e, em logar de acharrao-nos proscriptos, isolados, sentimosincom para vel prazer vendo nos cer-cados de amigos que nos felicitam ecobrem-nos de bênçãos, si voltamosvictoriosos,ou que choram e suspiramabraçando-nos si trazemos a conscien-cia carregada de iuiquidades.

    Louvo a Deus : sou ura desses espi-ritos que despertara tranquillòs, e sóesperara felicidades. Nio comprehen-dia nada ao principio ; sentia-me ai-livíado e julgava descançar, dandograças a Deus, sentindo um leve tor-por que attribuia ás conseqüênciasdos sorfrimeotos por que havia pas-sado... Decorreram-se 42 horas, entãoé que a presença de alguns seres queeu julgava nunca mais ver fez que euprocurasse comprehender aquella mu-dança inesperada.

    Suas palavras e carinhos excitaramem mira qualquer duvida sobre o meuestado. Eusinaram-rae a dar graçasao Creador, e, desde esse momento,só procuro ser agradável a Deus deamor, a Jesus e a todos os irmãos quetão amorosamente acolheram-me.

    Meu pai, abençoa a memória do teufilho

    Alberto.

    « flíova Éra »

    (aos sr*. assignantes)

    Não podendo nem devendo conti-nuar mais como gerente do jornalNova Era, por ra >ti vos estranhosá minha boa vontade na missão quedeveria ter esse jornal, venho, pe-dindo desculpa ás pessoas que meauxiliaram, especialmente ao con-spicuo rodact or-chefe deste periódico,declarar-lhes que de hoje em diantenão me assiste responsabilidade ai-guina.

    Desejando melhor sorte ao queme substituir, sou seu confrade

    Nelson de Faria.

    O Magnetismo Animal

    por J. Jesupret pilho.

    traduzido e offerecido ao Reformadorpor Flori mundo Torres Oalindo

    AO LEITOR

    Achareis talvez extranho que umdesconhecido lance mão da penha paravir defender o magnetismo.

    E' preciso ser muito audacioso,direis vós, para atrever-se a entrarera liça ifutna questão, que é tãoárdua, tão controversa como esta domagnetismo animal.

    Não tenho esta pretenção. Nãosendo nem sábio, nem litterato es-crevi esta pequena brochura cora aintenção de espalhar na classe menosfavorecida uma sciencia, que eu con-sidero como eminentem jnte humani-taria.

    Como o povo quasi que não temtempo para ler os numerosos e volu-mosos escriptos, que tem sido publi-cados a favor ou contra o magnetimo,reuni em algumas paginas, conden-sei, por assim dizer os principaes ele-mentos desta antiga sciencia cora ofira de pol-a ao alcance de todos.

    Espero que me levareis era contaesta modesta intenção, e acolhereisfavoravelmente este opusculo', que en-trego hoje á publicidade.

    J. Jesupret Filho. I

    CAPITULO I

    O SOBRENATURAL E O MAGNETISMO ANIMAL

    0sobrenatural,esta necessidade queleva o homem a consolar-se das tristesrealidades da vida por ficçoes poéticas,tem sempre exercido sobre os povosuma grande influencia.

    Desde um tempo iramemorarial eem to Ias as épocas, os homens tèmtido prophetas, sybillas, poetas, quesouberam,por esforços de imaginação,fazer intervir entes supra-terreMres', namaior parte dos phenomenos naturaese physicos.

    D'bi a origen dos deuses e dasdeusas do paganismo, dos demônios edos santos do catholicismo, das fadas,dos trasgos e duendes da idade média!

    Era geral nos tempos de ignorânciaa crença no sobrenatural. Também

    disto resultou que o- povo, impellidosempre para o maravilhoso, acreditouna magia, na demanologia, na feiti-caria ; de todos os lados, attribuiram-se a causas sobrenaturaes os aconteci-mentos mais ordinários da vida.

    Não são ainda em nossos dias umassumpto de admiração ou de temorsupersticioso a attracão magnética doiman, as propriedades do fluido elec-tricô, as maravilhas da mechanica eda physica ?

    A sciencia hoje não admitte maismilagres, porque só se baseia emfactos palpáveis e positivos.Para o sábio o maravilhoso não émais do que um phenomeno natbra-lissimo. Elle só admitte uma cousa, eé que tudo no universo é sujeito a leisimrautáyeis, que obedecera a causasnaturaes. E' por isso que elle regeitainexoravelmente os phenomenos qua-lificados, sem razão de milagres, queclassifica na série das leis physicas ouphysiologicas, que regem não só omundo material mas também o mundoespiritual.

    Embalde os theologos procuram in-trincheirar-se atraz da idéa de que —os milagres e os prodígios provam aexistência de um ente supremo ; ophilosopho espiritualista prova-lheshoje que é, pelo contrario, ua ordeme harmonia da natureza quo se achao Creador.

    A ordem universal, que rege nãosomente o mundo que habitamos, masainda eà^e bilhões de soes e de pia-netas espalhados com profusão no in-finito, é um milagre muito maior doque seria a intervenção da. divindademudando por um capricho iucompre-hensivel as leis da natureza. Desdeentão o maravilhoso não é mais, anossos olhos, que um facto do domi-nio da lei commum. .

    Abster-nos-emos, porém de tacharde loucura certos factos oceultos, sóporque não foram bastante estudados:queremos fallar dos phenomenos doMagnetismo e d»-€5{nriti-mi0v

    [Continua).

    KtiíFOttllAOOlt

    Sendo repetidos os pedidos de col-lecção de annos anteriores do nosso

    periódico, a Federação Spirita Bra-zileira resolveu mandar colleccionaros 5 primeiros annos do Reformadorem um volume encadernado, ao preçode 10,>000, certa de assim melhorsatisfazer aos confrades que deseja-rem possuir tal collecção.

    cis.vrnoSPIRITA 9>0 BRAZIL

    Sessão em 16 de Fevereiro

    O Centro Mpiritn do Rraziltemi» tido diíliculdadcs parareunir uunicro suíliciente derepresentantes para as suassessões mie são aliás muitoespaçadas, visto «gue só se •dito uo 1° e 8? domingos decada mese. solicita a iuter-vciiçáo dos grupos para queesses se laçam representarcom assiduidade pelos seusrespectivos representantes.A próxima sessão terá lograramanhã ás 11 horas.

    $

    Typographia do Rbfobmadob.