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B___ 1 ^**«_#._-. •"_> . i ¦ ¦ <_•<*_?*¦**_ s. . Director : J. E. DE MACEDO SOARES .1 l"# ¦ Anno III —- Numero 483 Rio de Janeiro, Terça-feira, 18 de Fevereiro de 1930 Numero avulso 100 réis 0 GOVERNO DO RIO G. DO SUL JAMAIS PEDIU AUXILIO A' REGIÃO MILITAR A CHACINA DE VICTORIA Uma ballela que não passa de ridici-^ "y. .oração CHEGOU HONTEM A CARAVANA CHEFIADA PELO DEPUTADO GERALDO VIANNA - IMPRESSIONANTE NARRAÇÃO DO .R. EVARISTO DE MORAES E INCISIVAS PALAVRAS DO SENADOR PIRES REBELLO O COMMUNIS- MO BÁRBARO DUAS FIMIAS DE TROTSKY MAR- XYRIZADAS PELOS SOVIETS É_ Pela manha ile nontera chegou no Rio de regresso da sua brilhante excursão pelos Estados do Rio de Janeiro e Es- pirito Santo, a caravana liberal •lie- fiada pelo deputado Geraldo Vianna. Foram proveitosos os resultados des- sa jornada de patriotismo, muito em- bora tivesse de enfrentar a_ violen- cias de um govr no, que levou a sua atrocidade ao ponto de mobilizar ti força do Estado contra o povo, m_- tando para mais de 20 pessoas e feriu- do cerca dc 60. Fizeram parte dessa caravana, entre outra, proceres da Alliança, o sr. Eva- rlsto de Moraes, conhecido criminalis- ta, jornalista e orador, a cujos esíor- ços, em prol das candidaturas Getulio , Vargas-João Pessoa, muito deve a Al* liança Liberal. Cedo, ainda, procurámos o sr. Evi- risto de Moraes, em sua residência, onde fomos recebidos por s. s.. que, para logo adivinhando o movei da nos- sa visita, nos informou do seguinte: PALAVRAS DO SR. EVARISTO DE MORAES —A primeira Impressão a transmit- tlr é a do contraste entre a attltude do amistosa palestra que se limitava a cumprir ordens, o que não podia mo- dificar a situação, desistimos de fa- lar, t.legraphan<_o ao presidente do Estado o nosso legitimo protesto. O presidente em exercido _o Rio C-, do Sul, sr. Oswaldo Aranha. fl O denutado Lindolfo Collor recebeu, hontem, o seguinte telegramma do palácio do governo do Rio Grande do Sul: "PORTO ALEGRE, 17 Circulam ahi noticias de que o dr. Oswaldo Aranha, logo que assumiu o gover- no do Estado, procurou o commandante de»ta região militar, «.licitando-lhe au- xilio para a manutenção da ordem publica, visto não contar com o apoio da Brigada Militar, em face de actos de indisciplina que se teriam verificado. :«n quar- ^ teia da referida força. De ordem superior, pe- ço desmentir taes ballelas, que não passam de ridícula exploração. Affectuosas saudações. ANTUNES DA CUNHA, official de gabinete". A CHEGADA A VICTORIA Excedeu a recepção em Victoria a quantos poderíamos ter previsto, ma- ximé attendendo aos boatos terrotslas oue nos acompanhavam. ' Verdadeira multidão nos acompa- nhou através das ruas da cidade entre Reclamações até o Magestlc Hotel, onde nas devíamos hospedar. ¦ Convocamos o nosso comicio para o nia seguinte, ás 20 horas, no local de- signado pela policia, escadarias do convento e egreja do Carmo. Convém dizer que íôra nomeado na- ' quelle dia ou na véspera um delegado militar para a capital do Espirito Santo... Na hora agra_ada saiam do hotel os caravaneiros e, depois de breve es- tadia na sede esplrito-santense da Al- liança Liberal, nos dirigimos para o lo- cal determinado. Não exaggero afflr- rnando que era superior na nossa che- em Vlctorla aponta como mais respon- savel pelos lamentáveis aconteoimen- tos, Não o conseguimos. Em summa. nunca suppuz que a 15 horas de trem e a tres de avião, desta capital, pudesse depurar uma menta- lldade tão retrograda como a que ori- enta a politica dominante no Espirito Santo. Anima-me, entrctfinto, uma es- perança bem fundada e é esta: os ex- cessos reaccionarios, levados a taes ex- treinos estimularão os brios daquella povo trabalhador e soffredor, que sa- berá nas urnas, a de março, exer- cer merecida represália, contrariando os propósitos autocraticos daquelles que o tyranizain. A seguir voltou o sr. Evaristo a falar no Itinerário: De Victorla partimos ante-hon- tem para Cachociro, e dali, liontem, ãs 8 horas, fomos almoçar e repousar em Muquy, a convite gentil do _r. Geraldo Vianna. Em Muquy verificámos que tudo quanto a bella cidade tem de progres- so, conforto e hyglene é devido ao sr. Geraldo Vianna. Em Muquy tomámos o nocturno que te, sabido que no trem vinham os ca- ravaneiros, renovaram-se as acclama- ções. Estamos muito gratos á socie- dade de todas as cidades e outros lo- gares que percorremos, pela carinho- sa acolhida com quo fomos distingui- dos, observando por toda a parte a intervenção das famílias nas rece- pções e nos comidos. E assim termina o sr. Evaristo de Moraes a narrativa dos lamentáveis acontecimentos de Victoria, cuja uni- ca responsabilidade cabe ao sr. Aris- teu de Aguiar, o déspota, cuja cons- ciência não mais terá um instante de tranquillidade, tal a monstruosida- de do seu crime. Procurámos, em seguida, o illustre senador Pires Rebello, para ouvir a opinião de s. ex. sobre os luetuosos acontecimentos de Victoria. S. ex. resumiu nas seguintes pala- vras, o juízo que formou do povo e do governo do Espírito Santo: "Nunca vi governo tão pequeno, em face de um povo tão altivo e in- domito. O governo admitte a pos- sibilidade de perder a eleição em Vi- ctorla. E'perderá. Soou definitivamente a A REACÇÃO ALLEMà CONTRA A ACEITAÇÃO DO PLANO YOUNG BERLIM. 17 O chefe nacionalls- ta, sr. Hugenberg e o sr. Ernest Ober- fohren foram recebidos, em audiência especial, pelo presidente da Republica, general Hindenburg. Durante a conferência, os senhores Hugenberg e Oberfohren interrogaram o general Hindenburg a respeito do aceordo de Haya e do plano Young. REGRESSOU AO CHILE 0 MI- NISTRO ORREGO LUCO SANTIAGO, 17 Chegou a esta ca- pitai, o sr. Luiz Arrego Luco, ministro do Chile, em Montevidéo. O distineto diplomata veiu acompa- nhado de sua família. DEMITTIU-SE 0 GA- BINETETARDIEU A SUA DERROTA NA CÂMARA, POR 286 VOTOS CONTRA 281 PARIS, 17 Na sessão de hoje, da Câmara, o ministério chefiado pelo sr. Trotsky BERLIM, 17 Os jornaes berllnezes •nunciam que, como vingança pela publicação feita por Trotsky, das suas memórias, os dirigentes do governo dos Sovietó fizeram prender uma filha do ex-commlssario da Guerra. Adeantam os mesmos jornaes que outra filha do organizador do exerci- to vermelho, presa anteriormente pe- los intolerantes chefes do governo com- munista, fallecera na prisão, victima- da pela tuberculose. AS ELEIÇÕES NO PARA' O PROFESSOR URUNO LOBO MOSTRA MVKRGENCIAS ENTRE O GOVERNO E O JUIZ FEDERAL NA CONTAGEM DO ELEITORADO O prof. Bruno Lobo enviou hontem *. Commlssfto Executiva da Alliança Llbcrnl o seguinte telegramma quo transcrevemoi sem commentarloa: "PARA", 15 Obtive do iulz federa, uma ccrtldfto descriminada doa elcitore_ do Estado. Ha no Estado do Paru 91.11?. eleitores, sendo vlnto mil cento o vlnt. seis em Belém; cm CametA fi.515, em Bra- gança, 4.163 em Breve, 4.029, em Abaeté 3.366, em Ingenapeossu' 3.170, om BCgul- da outras cidades oom numero menor de eleitores, num total de clncoenta e dois municípios exlstom 305 secções eleitoraes. O governo do Estado annuncla, entretan- to, novas cifras, em desaccordo com os números fornecidos pelo juiz federal. São essas falsa. InformaçOos enviadas pelo sr. Castello, om telogramnifi,, asslgnado pelo Juiz Xavier de Carvalho» <_._os esses for- necldos pelo governo dov__do. (».) Bruno Lobo." A COMEDIA DO DESARMA- MENTO... SEGUIRAM, PARA LONDRES, OS REPRESENTANTES DA FRANÇA, NA CONFERÊNCIA NAVAL PARIS, 17 Acompanhado pelo sr. Boisset, chefe do gabinete do sr. Tar- dieu, seguiu, para Londres, o sr. Lcy- gues, ministro da Marinha. O sr. Boisset o o sr. Leygues vão á capital ingleza representar a França na Conferência Naval. •'. 9 r. Ei CONQUISTANDO 0 RECORD DE ALTITUDE MMWM>W__8.__!!__. _W>.___BVIiW'. <!lt<itl->w'1!ttltl**-',M1* Um bello aspecto da recepção popular feita á Caravana Geraldo Viann. em Victoria :._•_ ®_â_ í» m mm .-. O sr. André Tardicu _. *•_ Tardieu, que se encontra enfer- mo, íoi derrotado por 286 votos contra 2_ 1, O ministério apresentou ao governo t pedido de demissão collectiva. sltuaclonismo do Estado do Rio e a at- titude do situacionismo do Estado do Espirito Santo. Como era natural, paramos em Cam- pos, onde, no dia. seguinte, se realizou um comicio concorrldissimo, na praga do Rosário, sem que notássemos a pri- sença da policia, qu.r civil, quer mili- tar. Cumpre reconhecer que alguns ora- dores levaram ao extremo a violência de linguagem, aliás, sem ataques inju- riosos. Unindo-nos a João Guimarães, César Tinoeo, Godofredo Tinoeo e Carlos Fonseca, partimos, no dia seguinte, pa- ra Itaperuna, onde outro grande comi- cio se realizou, nas mesmas condições de perfeita ordem e sem nenhuma in- terrupção, mesmo indirecta, de qual- quer elemento policial. O mesmo se repetiu em Natividade e em Porciuncula. Devíamos nos reunir dois dias d.- pois aos outros caravaneiros, em Ca- choeiro do Itapemirim. Em ali chegando, não encontrámos os nossos companheiros, que estavam em Veado, mas desde logo ficámos sa- bendo que ali se dera o primeiro contacto com a intolerância politico- administrativa. Os nossos companheiros tinham si- do intimados, com a presença de nu- merosa força armada, a não realizar um comicio no local por elles escolhi- do, e sim em outro muito afastado do centro da cidade, entre uma egreja e 'um cemitério, no que condescende- ram para evitar o premeditado morti- cinio. Resolvido que faríamos eu e Luiz Franco um comicio, fui logo informa- do de que se permittiria falasse um orador, tendo-se principalmente em vista evitar que, chegendo ainda a tempo, tomasse parle no comicio o deputado estadual opposicionista Fer- nando dc Abreu, contra quem o se- cretario do Interior rio Espirito San- to, sr. Mir..beau Pimentel, nutre ódio que se não disfarça. Fomos, eu e Luiz Franco, falar ao capitão Braulio Doria, que em Ca- choeira representava a.s duas policias, civil e militar, pois o delegado se ha- via demittidò nobremente dois dias antes. ] Affirmando, o capitão Doria em gada a oito mil pessoas o auditório que nos aguardava. Fez a apresentação dos caravaneiros o provecto advogado e notável orador sr. Thiers Velloso e, depois de profe- nr ligeiras palavras, o sr. Geraldo Vianna apresentou ao auditório a jo- ven professora senhorita Lygia Silva, que proferiu breve, mas incisiva ora- ção. Devo aqui salientar que desde que nos approximamos da escadaria do Carmo tambem se approximou da multidão que se espraiava em baixo um piquete de soldados de cavallaria commandados por mn tenente ou ca- pitão,. E, a proporção que se iam sue- cedendo os discursos, o capitão acom- panhado da ordenança, fazia trotar o seu animal como passando em revista á mesma multidão e a tropa cada vez mais se acercava do auditório. Falaram ainda o industrial Jeremias Sandoval, o sr. Barros Júnior, o jor- nalista Aurélio Porto, o sr. Luiz Fran- co. Eu tambem^ falei. A chacina policial da qual resultou a morte de 20 pessoas e o ferimento de 60, quando orava o senador Pires Re- bello e, precisamente na oceasião em que elle verberava o facto de não ter sido reconhecido o sr. Felix Pacheco, roubando-sc-lhe 10.000 votos, os cavai- larianos policiaes investiram contra o povo e do meio delles partiram os pri- meiros tiros na direcção da escadaria e das paredes do convento. Comprehende-se o que suecedeu: correrias, gritos, protestos, lamentos de feridos. Cessada essa primeira fuzila- lia, por falta de munição e tendo sitío arrombada a porta do convento, aco- lheram-se ali muitas pessoas, que tinham escapado ás balas daquelles ja- nizaros, deitando-se ao chão, protegi- cios pelos balaustres da escadaria. Quando parecia que tudo tinha ces- sado. voltaram os soldados sem mon- tadas, e repetiram-se as scenas vanda- iicas. Espalharam-se depois pelas ruas centraes da cidade, caçando transeun- tes. coagindo toda a gente a se deixar revistar, não respeitando senhoras. Procurámos nos entender, pelo tele- phone, varias vezes, com o sr. Aristeu de Aguiar, governador do Estado, e eom o seu secretario do Interior, sr. Mirabeau Pimentel, que toda a gente passando em Campos, nos trouxe a es- ta capital, onde ainda chegámos hoje, ás 8 horas. No percurso, até certa hora da nol- hora' crepusciíiàr das (K)_Tnáç5es oll- garchicas. E, ao mesmo tempo, a hora do po- vo".- O AVIADOR ZIMMERLEY ATTINGID Ji ALTURA DE MAIS DE 27.500 PE'S NOVA YORK, 17 Annunclam d*e St Louls que, em prova assistida ofílclalmcn- te, o aviador Zimmerley, voando em um aeroplano de sport, ascendeu a uma altu- ra de mais de 27.500 pós, batendo assim o record de altitude. Até agora, o record official de altltu- de, cm apparelhos do typo do de Zlmmer- ley, pertencia ao aviador allemAo Paul Baumer, que o alcançou attlnglndo a altl- tude de 22.250 pis.' 1 # W ' ' 3 1 liHiimimiiiiHiiiiiiiHnmiiiiiniiiimiiHii uiuiuiuiimiHMMmilllimHlimillllllllllllllllllllllIlHIlllHIIIIIIIIIIIIIIIIIUJJJLt erderam, mesmo a vergonha SR. MACHADO COELHO Ií! ESPERA MAIS TREZENTOS ELEITO- nD_Íf a ULTIMA HORA I Aa iii I-V _ m A VARA ELEITORAL CONTINUA TRABALHANDO DIA E NOITE PARA OS AMIGOS DA CHAPA OFFICIALF TRcontestavelmente, atravessa- mos um periodo de absoluta in- sensibilidade moral. Jamais se viu tanto desplante, tanto desrespeito pela opinião publica. Em reportagem sensacional de- nunciamos as immoralidades que estavam sendo praticadas na Va- ra Eleitoral, tão somente para ser- vir aos interesses do governo. Contamos que, por sua excessi- va condescendência, o juiz rece- bera de presente um automóvel "Chrysler". Apontamos innumeras fraudes, citando livros, números e até as paginas desses livros, onde taes fraudes poderiam ser verifica-'| das. Isso, em outra época, que não esta de absoluta deliquescen- Í__M_MM___t_______wi__»a__-_muniu ¦__ ¦< I I ^^Iflffli^iiilillili^iil ___! MII«_____r«««i,í V9x3mrr^-sni__*_<___^/.__.e_:_cs ._*.-...¦___ ._*-_ .;.-. _~ _r..' cia moral que atravessamos, se- ria o bastante para que se tomas- sem todas as providencias que o caso exige. Mas, assim não se deu. O juiz, um magistrado, passeia, livre- mente, no automóvel que todo o mundo aponta como sendo o fru- to de sua protecção á fraude, sem se preoecupar com o dever ^ue cumpre de se defender, cabal- mente, o que mostra o seu pon- co caso pelo juizo que se possa fazer de sua condueta. Pensávamos, ao menos, que to- massem maiores precauções, que '. cessassem os abusos, as'^violaçq _fr-, da lei ou que, ao m«a "______! passasserj^jS?. /.__!___ ¦__ l v _ w _ «Ji __¦_¦ O , _ iz da Vara. x-._f. »_.* __ ,. í-í).' _ÜÍ_.~ r. ' . ¦ ... . -_ .-#.' •gera|p?_J8!SpF-1. 1 __3^__^^^^:?"1V,; v '¦"•¦•¦'•-¦ I *'"'"'¦! ¦¦ :__¦ _:«!_b__ '.':."_:. v ______¦¦ _ _*:..'"'_*_. __ls '.-.;5 ¦ :ix I I .. . - . s.

imemoria.bn.br/pdf/093092/per093092_1930_00483.pdfUma ballela que não passa de ridici-^ "y. .oração CHEGOU HONTEM A CARAVANA CHEFIADA PELO DEPUTADO GERALDO VIANNA - IMPRESSIONANTE

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    O ministério apresentou ao governot pedido de demissão collectiva.

    sltuaclonismo do Estado do Rio e a at-titude do situacionismo do Estado doEspirito Santo.

    Como era natural, paramos em Cam-pos, onde, no dia. seguinte, se realizouum comicio concorrldissimo, na pragado Rosário, sem que notássemos a pri-sença da policia, qu.r civil, quer mili-tar. Cumpre reconhecer que alguns ora-dores levaram ao extremo a violênciade linguagem, aliás, sem ataques inju-riosos.

    Unindo-nos a João Guimarães, CésarTinoeo, Godofredo Tinoeo e CarlosFonseca, partimos, no dia seguinte, pa-ra Itaperuna, onde outro grande comi-cio se realizou, nas mesmas condiçõesde perfeita ordem e sem nenhuma in-terrupção, mesmo indirecta, de qual-quer elemento policial.

    O mesmo se repetiu em Natividadee em Porciuncula.

    Devíamos nos reunir dois dias d.-pois aos outros caravaneiros, em Ca-choeiro do Itapemirim.

    Em ali chegando, não encontrámosos nossos companheiros, que estavamem Veado, mas desde logo ficámos sa-bendo que ali já se dera o primeirocontacto com a intolerância politico-administrativa.

    Os nossos companheiros tinham si-do intimados, com a presença de nu-merosa força armada, a não realizarum comicio no local por elles escolhi-do, e sim em outro muito afastado docentro da cidade, entre uma egrejae 'um cemitério, no que condescende-ram para evitar o premeditado morti-cinio.

    Resolvido que faríamos eu e LuizFranco um comicio, fui logo informa-do de que só se permittiria falasse umorador, tendo-se principalmente emvista evitar que, chegendo ainda atempo, tomasse parle no comicio odeputado estadual opposicionista Fer-nando dc Abreu, contra quem o se-cretario do Interior rio Espirito San-to, sr. Mir..beau Pimentel, nutre ódioque se não disfarça.

    Fomos, eu e Luiz Franco, falar aocapitão Braulio Doria, que em Ca-choeira representava a.s duas policias,civil e militar, pois o delegado se ha-via demittidò nobremente dois diasantes.

    ] Affirmando, o capitão Doria em

    gada a oito mil pessoas o auditório quenos aguardava.

    Fez a apresentação dos caravaneiroso provecto advogado e notável oradorsr. Thiers Velloso e, depois de profe-nr ligeiras palavras, o sr. GeraldoVianna apresentou ao auditório a jo-ven professora senhorita Lygia Silva,que proferiu breve, mas incisiva ora-ção.

    Devo aqui salientar que desde quenos approximamos da escadaria doCarmo tambem se approximou damultidão que se espraiava em baixoum piquete de soldados de cavallariacommandados por mn tenente ou ca-pitão,. E, a proporção que se iam sue-cedendo os discursos, o capitão acom-panhado da ordenança, fazia trotar oseu animal como passando em revistaá mesma multidão e a tropa cada vezmais se acercava do auditório.

    Falaram ainda o industrial JeremiasSandoval, o sr. Barros Júnior, o jor-nalista Aurélio Porto, o sr. Luiz Fran-co. Eu tambem^ falei.

    A chacina policial da qual resultoua morte de 20 pessoas e o ferimento de60, quando orava o senador Pires Re-bello e, precisamente na oceasião emque elle verberava o facto de não tersido reconhecido o sr. Felix Pacheco,roubando-sc-lhe 10.000 votos, os cavai-larianos policiaes investiram contra opovo e do meio delles partiram os pri-meiros tiros na direcção da escadariae das paredes do convento.

    Comprehende-se o que suecedeu:correrias, gritos, protestos, lamentos deferidos. Cessada essa primeira fuzila-lia, por falta de munição e tendo sitíoarrombada a porta do convento, aco-lheram-se ali muitas pessoas, que játinham escapado ás balas daquelles ja-nizaros, deitando-se ao chão, protegi-cios pelos balaustres da escadaria.

    Quando parecia que tudo tinha ces-sado. voltaram os soldados sem mon-tadas, e repetiram-se as scenas vanda-iicas. Espalharam-se depois pelas ruascentraes da cidade, caçando transeun-tes. coagindo toda a gente a se deixarrevistar, não respeitando senhoras.

    Procurámos nos entender, pelo tele-phone, varias vezes, com o sr. Aristeude Aguiar, governador do Estado, eeom o seu secretario do Interior, sr.Mirabeau Pimentel, que toda a gente

    passando em Campos, nos trouxe a es-ta capital, onde ainda chegámos hoje,ás 8 horas.

    No percurso, até certa hora da nol-

    hora' crepusciíiàr das (K)_Tnáç5es oll-garchicas.

    E, ao mesmo tempo, a hora do po-vo".-

    O AVIADOR ZIMMERLEY ATTINGID JiALTURA DE MAIS DE 27.500 PE'S

    NOVA YORK, 17 — Annunclam d*e StLouls que, em prova assistida ofílclalmcn-te, o aviador Zimmerley, voando em umaeroplano de sport, ascendeu a uma altu-ra de mais de 27.500 pós, batendo assimo record de altitude.

    Até agora, o record official de altltu-de, cm apparelhos do typo do de Zlmmer-ley, pertencia ao aviador allemAo PaulBaumer, que o alcançou attlnglndo a altl-tude de 22.250 pis. '

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    erderam, mesmo a vergonhaSR. MACHADO COELHO Ií! ESPERA MAIS TREZENTOS ELEITO-

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    A VARA ELEITORAL CONTINUA TRABALHANDO DIA E NOITE PARA OS AMIGOS DACHAPA OFFICIAL F

    TRcontestavelmente, atravessa-mos um periodo de absoluta in-sensibilidade moral.

    Jamais se viu tanto desplante,tanto desrespeito pela opiniãopublica.

    Em reportagem sensacional de-nunciamos as immoralidades queestavam sendo praticadas na Va-ra Eleitoral, tão somente para ser-vir aos interesses do governo.Contamos que, por sua excessi-va condescendência, o juiz rece-bera de presente um automóvel"Chrysler".

    Apontamos innumeras fraudes,citando livros, números e até aspaginas desses livros, onde taesfraudes poderiam ser verifica-'|das.

    Isso, em outra época, quenão esta de absoluta deliquescen-

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    NOTAS E COMMENTARIOS2¦«WMMWM>M__-|_--W---H-_M--_BBB__«H3^

    EXEMPLO OUE DEVE SER IMITADODiário Carioca — Terça-feira, 18 de Fevereiro de 1930 BRASIL E EXTERIOR

    ."¦ m_i ESPECIAL PARA O "DIÁRIO NACIONAL" E

    "DIÁRIO CARIOCA"Dizem de Minas que, findo o

    inquérito relativo aos suecessosde Montes Claros, o proprie sr.secretario da Segurança Publi-ca, solicitou ao jui_ municipal,fesse decretada a prisfio pre-ventiva dos Indiciados presos.

    Embora, nio se conheçam ostermos do relatório policialnem a infldelldade, as suas

    principaes conclusões, pôde,desde j», admlttir-se, comocerto, deante daquella noticia,ter sido afastada, definitiva-mente, a, hypothese de se tra-tar de nm crime político, semo que, o pedido de prisão teria.sido formulado perante o _nl_8federal, e nunca perante as au-toridades judiciarias Incaes-

    Semelhante desfecho aosacontecimentos é de molde *satisfazer a opinião publica etem dupla valia: — nâo só des-mente a campanha de diffa-maçã» em que se aptoure en«volver o governo de Minas, co-mo realça, com maior desta-que, ainda, % figura soberanae empolgante á. Antônio Car-lw

    Seria, extremamente coiiíor-tsdor, para todos quantos pre-tam o bom nome do Brasil,ver o exemplo de Minas, imi-tado pelos outros Estados, so-bretttdo, pelo do Espirito San-to, ondo verdadeira carniftcl-na se cansummou, segundo tes-temunko de pessoa da maiorIdoneidade, com o concurso daforça das autoridades policiaes.

    O Inquérito feito em MontesCl-.ro», com a assistência do dr.procurador da Republica, espe-

    cialmenlc designado para, "cem

    as necessárias garantias", se-ffuil-o em todos os seus traml-tes, não pôde soffrer qualquerpecha de parcialidade. Nas suasmalhas caíram partidários dasituação loflal, cuja responsa-bllldadc tem attenuantes res-peltaveis, mas que, nem por is-so, deviam ficar Impunes.

    Foi tão severo, até, o procedi-mento das autoridades minei-ras, em relação a elles, que sóconseguiram escapar da prl-são... os jagunços allicladospelos opposlclonlstas.

    0 BRASIL ECONÔMICO E COMMERCIALA importação de madeiras do Pará para o Japão

    toneladas no valor de 122.785.329 dcFmk

    E' de crer, portanto, que ogoverno federal não dê ouvidosaos politiqueiros porta-vozes deintrigas em proveito próprio, osquaes pretendem, a todo ocusto, deturpar a paz de Mi"nas, na illusão de que a victo.ria lhes dará as posições politi*.cas se no prelio pacifico dasurnas, jamais obteriam.

    No dia em que, após aconte-cimentos como os verificadosnos últimos dias, nko mais in*tl.ig.i-cm as autoridades sc quemos promoveu é grego ou troya-no, uma era nova surgirá paraa redempção politica do Brasil,

    Calcule, quem me lê, que to-dos os fraudadores de eleiçõessejam punidos com a mesmaImparcialidade que caracter]-¦/.ou a acção das autoridades mi-nciras em Montes Claros. Pou-cas seriam as cadelas para con-

    ' tel-os.Mas, em compensação, (ue

    futuro de paz e dc prosperidadenão ficaria assegurado * nos-s* terraí

    VICENTE KÂO

    A firma japoneza K. Otsuca, deYokohama, Importadora de madeiras,attendendo a que as viagens dos vapo-res Japonezes vão se tornando regu-lares para o Brasil e que as relaçõescommer ..laes entre os dois palzes vãose estreitando cada vez mols, pediu AAssociação Commercial do Pará a listados exportadores de madeiras dessaregião, bem cemo amostras desse pro-dueto, acompanhadas de todos os da-dos que facilitem uma importaçãomaior, com referencias a dimensões epreços, C1F Yokohama, em mil réis oudollares.A PKOXIMA SAFRA DE LARANJAS

    E A SUA EXPORTAÇÃOO Ministério da Agricultura iniciou

    as providencias no sentido de assentarmedidas cobre a próxima saíra de la-ranjas, especialmente no tocante á fis-calização dos pomares, embalagem eprincipalmente sobre a parte reícren-te A exportação.O BRASIL EXPORTARA' FRUTAS

    PARA A FINLÂNDIA ?A importação de frutas na Finlândia

    vem registrando um augmento sensi-vel. A média do crescimento de umanno sobre o outro tem sido calculadaentre 20 °|° e 25 °|\ As ultimas esta-tistlcos remettidas pelo consulado doBrasil em Helsingfors registram 15.927

    As frutas frescas são em geral lm-portadas na Finlândia em grades; asem conserva são accondlcionadas emlatas e as crystallzadas em caixas demadeira.

    O mercado finlandcz não ,exige ne-nhuma particularidade além da boaconservação e do bom accondiciona-rnento das frutas importadas.

    Naturalmente as de melhor qualida-de encontram maior aceitação. Oconsulado informa que o mercado fin-landes, offerece possibilidades para alaranja, banana o abacaxi do Brasil,tanto para as frutas frescas como emconserva ou em doces. Ha firmas deHelsingfors que desejam receber pe-quenas partidas em consignação.Cada fruta paga um imposto diffe-rente e a Finlândia concede reducçãotíe direitos aduaneiros a cerca de vin-te paizes, com os quaes tem tratadoscie commercio. Entre esses palzes estãoincluidos os seus octuaes fornecedores.

    O imposto sobre laranjas é de Fmk.15.00 por 1 kilo; sobre bananas, Fmk.2.50; sobre frutas crystallzadas, Fmk.2.50; sobre frutas em conserva, Fmk.30.00. Quando, porém, importadas dospaizes com os quaes a Finlândia temtratado de commercio, esses artigospagam apenas, respectivamente, Fmk.0.75, Fmk. 0.50, Fmk. 1.37 e Fmk.10.00.

    WM!ll!li;]|ll!ll!lfHillliH!llimillillllllMllIIHIIIlillllllIllU!llilIli;iilllllllllUillUllllll

    REGISTRO INTERNACIONALA DEMISSÃO DO GABINETE TARDIEU \

    AZEVEDO AMARAL

    Recorda-te, Estado!...AGRITINO

    (Especial para o

    NAZARETH"Diário Carioca' e "O Combate")

    .imiimminiii._.imiiniiiiiniiiiniiiiimiinimn iiiniimiiiimDEPUTADO SIMÕES LOPES

    Í'V '_/

    OS LIVROS QUE APPARECEMUMA CONFORTADORA MANIFES-

    TAÇAO DE SOLIDARIEDADE

    A Irmandade do S. Sacramento deS. Francisco de Paula de Pelotas, di-liglu ao deputado Simões Lopes o se-guinte officio:"PELOTAS, 31 dc janeiro de 1930.

    Exmo. sr. dr. Ildefonso Simões Lo-pes.A Mesa da Irmandade do SS. Sa-eramento e S. Francisco de Paula dePelota;; lamenta o triste acontecimentooue veiu ferir tão profundamente ossentimentos de v. ex. e encher de pe-_ar sua família e seus numerosos ami-gos.

    Ligados a v. ex. por laços de amlza-ds -ç sentimentos de admiração inspi-vados na sua vida, que tem sido umaluminosa e permanente lição de civis-mo, honradez e dedicação aos interes-ees de nossa terra, não podemos dei-var de sentir com v. er.. o pezar dessasituação creadà por uma ocçurrenciainelut&vel e estranha aos fidalgos egenerosos sentimentos de sua alma.

    Aceite pois, v. cx. o conforto denossa solidariedade na sua grande ma-sua c a certeza de que as nossas pre-fes se elevam a Deus Nosso Senhor porque o illumine e o assista nestas hoiasüfi amarga provação.

    Deus Guarde a V. ex.Monsenhor Sylvano de Souza ca-

    pellão da Irmandade.*Joaqu_m Augusto de Assumpçao, pte-sidente.

    Florentlno Paradela, Io secretario.Salvador Mariano Cerbino, thesou-

    lCJosé Grumalel, adjunto-thesourciro.

    Mesarlos — Eleuterio Pereira Pinto,Firmo da Silva Braga, João Moreirada Costa, Orviedo Campos, GastãoFernandes Duval, Raphael Mazza.

    Í3_;

    0 TEMPO

    iPrevisoe- para o periodo das 18! Horaade hontem ás 18 horas dc hoje

    Districto Federal e Nictheroy —

    bempo: ameaçador, passando a imitartel chuvas e alguma* probabilidadesle trovoadas. Temperatura: ligeiro de-êltnlo A noite e novamente em ascen-são de dia Ventos: variáveis e frescospor vezes.

    Estado do Rio de Janeiro - Tempo:ameaçador, passando a instável, .mi-vas e trovoadas. Temperatura: ligeirodeclínio á noite c novamente cm ac-censão de dia.

    Estados do Snl — Tempo: em stsralinstável, chuvas c trovoadas esparsas.Temperatura: estável. Ventos: de sul aléste frescos por veies.

    "ÜRASIL, TERRA DA PROMISSAO*,POR LUIZ GUIMARÃES FILHOO nosso ministro plenipotenciario em

    Madrid e membro da Academia Bra-fileira de Letras, sr. Luiz GuimarãesFilho, acaba de mandar imprimir sua,conferência realizada, ha pouco, naAssociação dos Empregados no Com-mercio e que obedece ao thema: "Bra-sil, terra da promissão", a qual foi vi-vãmente apreciada.

    O autor de "Samurais e Mandarins"tem assim a opportunidade de offere-cer â mocidade brasileira em lindaplaquette, mais um trabalho de valor,de sua penna elegante, num estudo sin-cero sobre a grandeza do Brasil e numcombate enérgico á falsa propagandaque no estrangeiro se íez ao nossopaiz.

    NOTICIAS DIVERSAS DOSESTADOS

    Informam de Santos que, devido âintensidade das chuvas que têm caldonaquella cidade, volta a preoecupar apopulação santista, a possibilidade denovos desabamentos no Monte Serrat.

    Adeantam as referidas noticias queo Monte Serrat se encontra nas mes-mas condições em que se apresentavaem março de 1928, isto é, desprovidodas obras de segurança, tão ampla-mente annunciadas.

    Noticias de Belém dizem que o juizfederal concedeu uma ordem de "ha-beas-corpus" ao ex-pagador da Dele-gacia Fiscal daquella capital, que seachou envolvido num recente desfal-que ali verificado.

    O ex-pagador está intimado a en-trar com a importância de 82 contosde réis, para os cofres daquella repar-tição federal.

    Annunciam de Porto Alegre que,depois de estar encalhado 19 dias, ovapor "Itaquicê" foi desencalhado,devendo seguir brevemente para estacapital.

    Dizem de Petropolis que, promovi-da pelo Brasil Kennel Club, realizou-se. ante-hontem, naquella cidade, noPalácio de Crystal, uma nova exhibi-ção da Primeira Exposição Canina dePetropolis.

    O cão de nome Fox, da raça SaoBernardo e de propriedade da sra.Nair de Tcfíé Hermes da Fonseca,levantou o "Grande Prêmio de HonraCriação Nacional".

    0 JUIZ DE MENORES NA ES-COLA 15 DE NOVEMBRO

    Quem, hofc, tiver um contacto, m;s-mo ligeiro, com o povo pernambucano,logo recolherá a certeza de que essag.nte valorosa está prestes a insere-ver, no mármore eterno da sua histo-ria de sacrifícios e realizações admi-ravels, mais uma pagina reíulgmtede civismo.

    Vive Pernambuco, sob um regimendc compressão ainda mais odiosa quea de uso e abuso, nos tempos que pre-cederam, muito tíe perto, o advento domaiíchal Dantas Barreto. O sr. Es-taclo Coimbra, ao que parece, faz de-rlvar apenas de não haver sufficien-temente suppliciado o povo, aquellaescapula muito pouco heróica e muitomenos elegante, pelos fundos do Pala-cio das Princesas, numa barcaça cujaserventia era conduzir abacaxis ao Re-cífe e o destino comp-lliu a aceitar acarga de um governador em fuga, atéo esconderijo de Barreiros. E firmenessa convicção, disposto a uma vin-gança terrível contra os que, na suap'essoa, castigaram as erros do rosis-mo, vem infligindo ao povo uma hu-milhante perseguição descontinuada,repontando nas mais atrozes e vergo-nhosas investidas contra os direitosdo homem. Professa o incansável exhi-bidor de boas roupas e melhores gra-vatas a qpinião de que os povos comoos polvos, para não estragarem o pa-ladar dos que os devoram, devem, antes,ser batidos, até o amoU.cimento pro-plciador da boa digestão das gastre-nomos. Dahi a rudeza de inspector requarteirão do secido passado, com queesse "Petronio retardatario", como oqualificou o presidenta João Pessoa,vem tratando os retardatarios. Hojeno Recife, só os indivíduos dispostos atudo, os que não consideram os peri-gos das quaes estão cercados, mani-festam sobre os desatinos que caracte-rizam o actual governo do Estado. E'que a cada canto, ha espiões pagos como dinlveiro do povo. para captaremtudo quanto se diz não em favor ciocacique, transmitthvm o escutado aquem de tudo quer saber e servirem,assim, de instrumentos A perseguiçãode homens dignos.

    Quando a Caravana Liberal aporl-.uâ Recife, a prudência de alguns ami-gos andou soprando aos ouvidos doscaravaneiros que usavam lenço verme-lho, não descessem á terra com elle. Apolicia não tolerava a cxhibição desseglorioso symbolo das Insurreições con-tra a tyrannla e costumava arrebatai-o, sem consideração de espécie algu-ma, de quem o conduzisse. Todos ac-cordaram em que não seria oíferecido

    aos e.sbirfa. do estacismo qualquerpretexto á violências que viessem com-prometter a finalidade da nossa pero-grinação pelos rinc&es do Norte dopaiz.' Aconteceu, no entanto, que opróprio povo pernambucano, como numdesafio destemeroso aos detentores dopoder, acolheu a Caravana, empunhan-do bandeirolas vermelhas e fazendotremular ao vento lenços da mesmacór. Das sacadas e dos automóveis, emtodo o percurso do pi'estito, senhoras,senl.orlnh.vs e crianças, agitavam comoílammulas de combate, lenços e chalésrubros e o que sahia da boca da mu-iher pernambucana era o grito de guer-ra aos oligarchas, o appello ardenteá violência contra a violência, a evo-cação do nome de Liüz Carlos Prestes.Essa exaltação, tolerada, a principio,pelo governador, num resquício de con-sideração pelos s'eus antigos collegasde Parlamento que faziam parte daCaravana, acabou determinando o des-encadear de criminosas violências,quando aos ouvidos do soba do Pala-cio das Princezas chegou a noticia d-que, em todo o interior pernambucanoaté onde fizera escutar a palavradas predicadores de um Brasil novo,as multidões se levantavam, cheias deenthusiasmo, dispostas á victoria libe-ral, nas umas, ou ao triumpho, pelarevolução, assim a fraude tente des-virtuar a expressão do pleito de l.}de março.

    Nada disso desviará, porém, o cursodos acontecimentos. VI, em Goyana.a policia de armas embaladas, para ln-tlmidação do povo, e senti que, na ter-ra do abolicionista João Alfredo o tioanti-intervenclonista Manoel Borba,as nossas palavras de conselho ao povopara respeitar autoridades dentro dalei mas não tol.ral-as fora delia, ecoa-ram na alma goyanense, cem a rc_j-nancia que teria a sua própria voz; etnGaranhuns. o povo não fugiu, quandoa misrarabilidade moral de um chefetearmou braços assassinos e os fez des-fecharem as suas armas contra Luzardoe companheiros de Caravana; em Re-cife. quando após ã conferência doleader gancho, a policia espaldeirou opovo inerme, não houve o "sauft qulpehfc" das multidõss aterrorizadas.

    Veja o sr. Estacio Coimbra, nessesfactos, os symptomas do fim de gover-no que o espara, se persistir na violei'-cia. O ardor cívico que electriza a al-ma do povo pernambucano c o mesmode 1911. B para que tudo se assemelh.,hoje, como então, o candidato ao go-verno do Estado é o velho e gloriosoDantas Barreto...

    A noticia do pedido de demissãocollcctlva dc gabinete Tardíeu segue-se aos boatot. commentadcwj ante-hon-tem neste registro e dos quae3 Já sepodia deprehender que as difficulda-des politicas, habilmente ladeadas pelochefe do actual governo, se haviamtornado afinal Insuperáveis. Ao cabode quasi quatro mezes de exercício dopoder, sem contar com maioria pro-pria e permanente na Câmara, o sr,Tardieu parece ter afinal suecumbidoá acção tonai, dos seus adversários,que vinham procurando desfecharcontra o ministério um golpe declsl-vo. A renuncia collectlva do gabineteantes de um voto parlamentar hostil,indica bem caracteristicamente o cs-pirito c os method03 do presidente doconselho demissionário, que assim sepoupa ao cííelto dramático do umaderrota.

    A queda do ministério francês offe-rece, neste momento, duplo Interesse.De um lado estão os questões da po-litlca interna, postas em foco pela cn-se, emquanto do outro se apresentamas conseqüências internacionaes deuma mudança de governo em Fra..-ça, exactamente quando os trabalhosda Conferência Naval de Londres pa-tram cm uma phase aguda. Náo éfácil formular previsões sobre a ma-neira como a crise pessa vir & serresolvida. A desorganização do regi-men de partidos que, através dc todaa historia da Terceira Republica, semanteve, e_ssegurando a existênciamais ou menos ephemera de mlnlste-rios apoiados por combinações tran-sitorias de grupos parlamentares, che-gou a um ponto, em que se tornacada vez mais difficil constituir umgoverno, a cuja frente não se acheuma personalidade de bastante valorpessoal, para exercer effeito magno-

    tico sobre as forças Indisciplinadadaa facções, que se vão gradualmentdissolvendo. Ainda está bem viva \lembrança do que oceorreu em ou*tubro passado, quando o collapso a<ministério Briand occaslontíu uma./crise, que manteve, durante quasiduas semanas, a França sem govei-jno. Aa tremendas difficuldades, corrique se riu entào defrontado o prcJsidente Doumergue e que chegaram idespertar viva ansiedade nos clrculoide maior responsabilidade na politlcifranceza, só foram então superada!pela acção enérgica de um homemcomo o sr. Tardieu, cuja influenciapessoal podia supprir os elementos,que faltavam para uma solução dopreblema dentro dos termos rigorososda interpretação parlamentarista doregimen constitucional. E' possivel,portanto, antecipar o rumo que osacontecimentos vão tomar, caso nãoseja viável um accordo das "esquer-das", uma vez que, excluído o sr. Tar-dieu e afastado pelo seu estado desaúde o sr. Polncaré, não se depara,no momento, em França, quem tenhacapacidade pessoal para conseguir oapoio da Câmara pelos methodos comque o presidente do conselho demis-slonario poude conservar-se no poderpor cento e tantos dias.

    Quanto ao lado Internacional dasituação, as probabilidades são aindamais indefiniveis. Mesmo quando umgabinete formado nas condições deli-codas, que o momento politico vemcriar, adoptasse, cm relação aos pro-blemas submettidos á Conferência deLondres, os pontos de vista formula-dos pelo ministério Tardieu, . impro-vavel que um governo cm taes con-dições dispuzesse de sufficlente pres-tigio, para sustentar, naquella re-união internacional, a posição já aliconquistada pela delegação franceza.

    HillHllilUULiLUUUUMilIlUIXÜIillIlIlUIllir.lIlHUJlUUUUnUIIlIUUJIIIMUKllIlUlUII

    PERDERAM MESMOÂVERGONHA

    m

    SerriTO especial para o trajecto rado-viário Rio-S. Paulo

    Previsões pare o serviço das 18 horasde hontem ás 18 horas de hoje:

    Tempo: entre instável e ameaçador¦¦(¦/¦ stóíüyas e algumas probabilidades-'-pi-V-v;. Temperatura: ligeiro de-'-,.,j ' —.-\de dia. Ventos:¦*' ¦¦"tfr*.r»wí? sul,

    Esteve hontem em visita, na Escola lodc Novembro, o novo Jul_ de menores, sr.Saboya Lima. que ac acha Interinamenteno desempenho des.as funeções, o qualse íez acompanhar do sr. Pinho Duarte,curador do referido Jutzo.

    Longa íol a visita do sr. £.'aboya Lima,tendo percorrido todas as depend.nelasdaquelle estabelecimento de ensino, dandonos quo o acompanhavam a sua optimaImpressão por quanto observou drs eííl-

    (Continuação da 1« pagina).se cm desafiar o povo, em diruma demonstração de absolutodesprezo pelo seu julgamento.

    A fraude continua abertamente e, apesar de estar trancado oalistamento eleitoral, ainda hojese alista gente. E, para isso, tra*balha-se dia e noite, sem cessar.

    FACTOS CONCRETOSNós não aceusamos no ar, eni

    vão, pelo prazer de accusar.:O sr. Souza Pinto — o velho

    — que esteve na Detenção, en-volvido no caso do desfalque daRecebedoria, com um irmão dodeputado Mario Piragibe, e ou-tros, vae, diariamente, ao carto-rio do Juizo Eleitoral, retirar ti-tulos de eleitores para o sr. Hen-rique Lage e assigna, no canhoto(lá está), pelos referidos eleito-res.

    QUEIMANDO OS ÚLTIMOSCARTUCHOS

    O pessoal que deu o carro estafirme em cima do juiz, que nãotem uma folga. A vara trabalhadia e noite, para 03 que morre-ram na subscripção. E o juiz sódá despachos nos processos dosamigos.

    O DEPUTADO MACHADOCOELHO ANDA COM-

    PRANDO GENTE

    AVISO flO PUBLICODesde o dia 20, á venda na

    CflSfl LOPES FECESAvenida Rio Branco, 138

    CAFÉ' CAMPEÃOE —

    Eni todas as casas de primeira ordem

    A ULTIMA P6 iTlUatlolll *" Telephonc 2 - 3818

    um E

    Coelho, logo depois de reconhe-cido, foi o primeiro a declaraique se elegeu á custa do seu carodinheiro. Não é, pois, segredopara ninguém, dizer-se, nesta ho-ra, uma coisa que é o próprio in-teressado que propala: os seusvetos custam dinheiro, são com-prados e bem pagos.

    O sr. Machado Coelho, sentin-do-se fraco e certo da sua derro-ta, arranjou, á ultima hora, umgrupo de cerca de 300 cidadãosque se candidataram a eleitores,mas que tiveram presos seus pro-cessos, por falta de documentos,não logrando, assim, ser inseri*ptos. Pois, á ultima hora, depoisde publicada a lista dos eleitores,foram arranjados os documento?que faltavam e a Vara está trabalhando para dar por promptosmais esses 300 homens.

    UMA NOVA LISTA

    O "Diário Official", ao queestamos informados, publicará,nas vésperas das eleições, urnanova lista, por ordem do ministroda Justiça. Essa lista trará a no-ta: reproduz-se por ter saido comincorrecções. E, nessa oceasião,surgirão m'-.is uns 500 nomes dcaleitores forjados á ultima hora,

    ! com attestados c carteiras do

    PEQUENAS NOTICIAS DOEXTERIOR

    O ministério das Finanças de Por-tugal acaba ;de abrir um credito es-pecial de dois mil contas, afim de at-tender ás despesas com a próxima vi-sita, aquelle palz, do rei Affonso XIII.

    Noticias de Lisboa acerescentamque o soberano hespanhol, segundoInformações provenientes de Madrid,mostra-se desejoso de adiar a sua vi-sita para o próximo mez de abril.

    Noticias de Lisboa informam que,naquella capital, manifestou-se umviolento incêndio nas usinas metal-lurgicas de Poço do Bispo. Os estra-gos causados são consideráveis.

    Annunciam de Roma. que o casa-mento da senhorita Kdda Mussolinicom o conde Galcazzo Giano será ce-lebrado na primavera, com toda asimplicidade, na capella particular daVilla Torlonia ou em Paris, na egre-ja de Santa Thereza.

    Informam de Marselha que os avia-dores franceaes Costes e Codos con-seguiram bater o record de dlstan-cia e permanência no ar, _om cargade mil kilos, cobrindo a dist -"," de3.375 kilometros e permanecendo noar dezoito horas, um minuto e vintesegundos. ,

    E..se record estava em poder dos al-lemães. que o conseguiram cobrindo2.310 kilometros, com a permanênciano ar de quatorze horas, trinta e umminutos e vinte segundos.

    Estrada de Ferro Rio

    DIREITOS AUTORAES

    / I

    _4«3_

    O próprio deputado Machado ¦ Lloyd Brasileiro e com documen-

    tos dadOuro.

    Ahi e3tá umado estado adesrespeito á soberania populai.

    documentaçãoque chegamos, de

    TJMA RECTIFICAÇAO INDISPENSÁVEL

    O nosso collaborador e companheiro dcredacç&o Campos de Medeiros, pede-nos apublicação destas linhas:

    . "Existe nesta cidade um hebdomadáriolntltuladn "O Movimento". E' Jornal Ju-lista, redigido por ferroviários.

    Todos comprehendem bem porque esseperiódico é JullGta... S.l-o-la getulista,se o sr. Qetullo fo.se o candidato do go-verno. Depois que certos espíritos aceita-ram a velha sentença "o poder 6 o po-der", sem se lembrarem de quo a Historiadesmente esse conceito conimodlsta, nâofalta quem sempre 3e colloque ao lado dascandidaturas offlciaes. Julgam que. poressa fôrma, podem colher maiores vanta-gens. E como as classes menos favoreci-dos süo sempre as mais perseguidas quan-do tomam attitudes contrarias acu pode-rosos do dia, os seU3 leaderes Julgam queas defendem melhor, elevando panegyrlcoaaquelles que Julgam, que presumem ve-nham a ser os poderosos de amanha..

    Essas attitudes, portanto, náo repre-sentam, ostou certo, o sentimento Intimodos que as tomam; esses eternos soffre-dores sc mostram amigos dos seus algo-zeo, tio somente para que lhes diminuamas torturas, ue náo as eliminarem dctodo.

    Se n'"0 Movimento" eu n&o tivesse al-guns amigos pessoaes, ds longos annos, caoa quaes multo preso, acreditaria que ti-vease havido maldade na publicação deuns verr>*>s com este titulo "Tudo pasta",allAs bem conhecidos, publicados no nu-mero ds 15 do corrente e uo qual puzerama minha asslgnutura. E como não queroque me supponham uni plaglarlo — poisque eti.es versos não são dc minha auto-ria — precl.o seja publicada esta declara-ção, para que ae não acredito que hou-veose eu me inculcado autor do que não .meu. Estou certo que foi um amigo quempublicou esses versos, acreditando seremde minha lavra e na intenção única dome ser agradável; mas, seja como fôr, ní.opoderia silenciar sobre o facto. Asrade-ço a bondosa intenção, mas não possoaceitar a autoria que se me attrlbue deum trabalho que a outrem pertence."

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    VIDA CAKJLUUA Diário Carioca — Terça-feira, 18 de Fevereiro de 1930 FACTOS DIVERSOS 3

    OS PREPAROS BELLICOS DO GOYERHO CONTRAMINAS E PARAHYBA O deputado Salles Filho f

    5

    aia ao povo mineiroFoi mandado organizar mais um batalhão no 12° tfcgi-mento e uma companhia com metralhadoras no 22 B. C.

    O governo não se dcscura quanto aosseus propósitos bellicos contra MinasGeraes e, Já agora, tambem contra aParahyba.

    Os contingentes de praças transferi-das das varias unidades da 1* região,além dos voluntários vindos do Norte,continuam sendo encaminhados paraa 4* região, afim de irem completandoos effectivos desfalcados dos corpossubordinados a esse commando.

    Correspondendo a essas medidas,multo material bellico, tambem temsido enviado para Minas. |

    Com respeito a guarnicão de BelloHorizonte, o general Nestor Passos au-torizou o general Azevedo Costa, a darorganização a mais um batalhão, no12" regimento de infantaria, ali aquar-tel ado.

    Para a Parahyba, o ministro daGuerra fez seguir, com urgência, nosabbado, o novo commandante e de-mais officiaes que irão substituir osque ali serviam no 22" batalhão de ca-çadores.

    Ao commandante da 7» região, sobcuja jurisdicção está o 22° B. C, foi or-denado dar organização a mais umacompanhia nessa unidade, com umasecção de metralhadoras, cujo arma-mento seguiu a bordo do navio em quefoi a nova offieialidade referida, assimcomo copiosa munição, não só para aguarnicão da Parahyba, como dos de- o minisfro %o-,otrgestão do sr. Costa Azevedo, ficoubem evidenciado que não ha Inte-resso para os produetores em fi-xar preços, ainda mesmo que se-Jam superiores aos actuaes, pois, aocontrario, essa fixação dc preçosImporlarla cm sacrifício dos pro-duetores, para beneficiar exclusiva-

    mente os armazenarios, que fica-riam de do posse de grandes"stocks" adquiridos a Ínfimos pre-ços.

    O sr. Costa Azevedo, -- prose-guindo na sua argumentação con-tra a proposta paulista — declarouque Catende, por exemplo, que jàfabricou 300.000 saccos, vendidosao preço do momento, terá que fa-brlcar ainda 100.000 saccos, o quetalvez não lhe seja possível, tendocm vista a antecipação do inver-no, quo impede o prosegulmentoda colheita.

    Terminando, o sr. Costa Azevedoacha, na sua carta, quo é temerl-daoe assumir um compromisso quereprchjema, além do mais, um du-pio sacrifico, dc quantidade e dopreço.

    Dessa fôrma, ficou resolvido quea carta do sr. Costa Azevedo fossesubmcttida a votação, o que se deunuma reunião presidida pelo sr.Joaquim Bandeira, ex-secretarlo daFazenda do Estado, sendo a mesmacarta approvada.

    Filei WProcure "A CAPITAL"e faça a sua propostapara comprar A PRA-SO em 10 prestações.

    O novo adjuneto de enge* nharia da 3a RegiãoO capitão Armando Dupols Ferreira foi

    designado para o logar de adjunto do ser-viço de engenharia da 3» região militar.

    CARNAVAL|AN[Apm|R0D0

    SEMPRE A MARCAVICTORIOSA

    RODOFERFUME FINÍSSIMO

    E SUAVE

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    EDITORIAES Diário Carioca — Terça-feira, IS de Fevereiro cie 1930 ASSUMPTOS EM FOCO

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    Diário CariocaUedactor-chefc

    SALLES FILÜO

    EXPEDIENTE

    18 DE FEVEREIRO DE 1930

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    ruflei-ítc te.i-_-r_P.il_o. "DIÁRIO CARIOCA"

    | Dlrector — 2—301..Gerente — ;!—3023.x.lephonea: j A.t..ii,.tHU;«tn., — z—08!H.,| Redacçã» — 2—1353.

    i. Offlclnaa — 2—0824AsaiaNATtmAB

    P*ra o Brasil i*n»t> «okkjuBemetrtxe .... aotowi

    K_tr_ njeiro:Anno 70.0OCSemestre .... 35yi__.

    Yen-U tnil-t 100 ceu. interior, 200 rèU

    .u.?" **¦*«¦' etn ,**eiinta » a»» «ecçlo de publl-eicitde pas...» para a serenei» do 'Dlarlo üario-5? . ¦*"¦» Quem o» era. annunoiaute-j dever».•sra_w c__**«c.a__.e___e, cru poi intermédio de «eu*tíHSSSt.f *Bl"a__Vl* _*utt"*«a«*". Coda • matéria•¦•«riírentt a publicações.

    Rio. 13 de Junho de is*.

    _.._.jfi__a°_*W*1"***«t0 d» Ruropa, reassumiu tstuncçOe* de nosso cobrador o ar. Louren.o Ams-ral, unlco autorlaado a .aze» recebltnentoo eco no-•me do "Dlarlo Carioca",aUCCUtt&AU KM 8. PAULODirector: Paulo Duarte.

    __ r._^ep' ¦-''onime.-lal: oclaviu itorboiaR. Libero Badarô n. 0-2» and. - Tel. l~3210

    AGENCIAS OC ANNTJKCIOS AUTORIZADA».*Bcletlca. Asencis wm, roreig Ad«-**ru_r.i.H,fwpreaa Americana de Publicidade. Agencia XoteUdt.. Aaenclae Walter Thompeon!

    ,..nü,Uí

  • THEATKU Diário Carioca — Terça-feira, 18 de Fevereiro de 1930 CINEMA 5"Innocentes Perigosas" é uma sátira forte á falsa moralidade socialNUNCA SE DEVE DUVIDAR DA FORÇA DE UMRAPAZ, QUANDO ELLE ESTÁ APAIXONADO...

    .«aCada corpo de mulher,no deserto, é um frascode perfume que só sepôde sentir partindo-o...

    Nas suas visões cheias de belleza eespectaculosidade e nos seus grandesconjuntos cheios de esplendor e de en-cantos sumptuarlos, "A Canção doDeserto" vem nos mostrar, a par domais lindo romance ~e cinematogra-phia, as mais lindas telas pintadas nocelluloide. Detendo-se o pensamentonos quadros formosíssimos que o filmnos ofíerece, a gente sente no fundoda. alma o reflexo daquelles quadrosInundados de um esquisito perfume ebanhados de um estranho e irresisti-irei poder mystico.

    Aquellas areias infindas, perdendo-se nas distancias e encontrando-se láao longo, na linha do horizonte, comoo céo; aquellas palmeiras erguidas aquie ali, os braços erguidas para esse mes-mo céo, como a implorar-lhe a cie-mencia, do seu sol causticante; aquel-les homens na apparencia bárbaros,mas, no intimo, docemente sentimen-taes, e aquellas mulheres diabólicas,que tém, na elasticidade do corpo, oveneno das víboras, e, no calor dosbeijos, o melhor bem do mundo — exer-cem, sobre o espirito da gente, íascl-nação que seria só absorvente se nãoíosse perturbadora.

    Sente-se, naquillo tudo, que se nosamontua aos olhos, a vida, o amor e opeccado e a rebeldia do Deserto... Maso que ahi está dito seria o bastantepara impressionar se a "Canção doDeserto" não tivesse, a par desses as-pectos de tão delicadas subtilezas, ou-tros primores e valores outros, que senão sobrepujam aquelles, a elles secomparam, como a orgia do luxo e odesperdício de conforto e de riquezaque dominam o.s palácios dos Sultões,os seus interiores e, sobretudo, os seusharens — os viveiros de mulheres quese dlvinizam... peccando.

    "A Canção do Deserto", o grandeorgulho do programma First National,exhibe aos nossos olhos maravilhados,todo o esplendor de ouro e prata, ves-tindo os almofadões mais caros e osmais caros divans ou envolvendo osmais convidativos coxins e as mais de-liciosas poltronas e animando a vidae de brilho as jarrões mais custosos emil e um objectos custosos em meio aum mundo de tapeçarias as mais fi-nas — sente-se que naquellas para-gens longínquas, em que o sol é Rei,e cada homem é um Rei tambem — oluxo e o conforto attingiram a seuapogeu... E' toda assim, a pelliculaque breve a First National offereceránão só para embriagar os nossos sen-tidos e banhar a nossa alma de umaemoção nova e differente, como, tam-bem. para nos mostrar o trlumpho daopereta na cinematographia e a gloriade dois grandes nomes da Broadway:Carlota King e John Boles...

    Do mesmo modo como odirector da companhia duvi-dou da capacidade de EddieQuillan para vencer no pai-co, qualquer de nós teria du-vidado tambem.

    Moço como elle é, criançacomo se mostra com a suaconstante jovialidade, nin-guem poderia julgal-o capazde levar á victoria um nume-ro qualquer lançado por elle.Havia, porém uma coisa quetodo mundo ignorava: é queo rapaz estava apaixonado.

    De que não é capaz um jo-ven apaixonado? Foi por issoque Eddie fez o que fez.

    Louquinho por Lina Bas-quette, sabendo que depen-dia do triumpho que alcan-casse o casar-se ou não coma pequena, eil-o a quebrarlanças pela victoria, fir-memente resolvido a chegarao final. . .

    Esse romance, nol-o conta"Leis do Coração", o filmque está no Império.

    E' uma obra agradável,fina, cheia de pasagens inte-ressantes que proporcionaráao nosso publico, semduvida, momentos de com-pleto prazer.

    Esta alta comedia tem o mérito de repellir, por duas horas, ®

    todo o rnáo humor, mostrando uma abundância estranha de pro-ducção artística, com uma, enscenação cheia de boas idéas agra-

    daveis e divertidas.Seis dansarinas despedidas, chegam, justamente, a tempo

    de tirar de um embaraço a directora de um asylo de Magdalenas

    arrependidas, necessitado de 'peccadoras"

    para uma inspecção

    annunciada para o dia seguinte. Na criação de ingênua, e no prin-cipal papel, Jenny Jugo, tem um talento especial de adornar peque-nos sentimentos, de fôrma que a atmosphera que a cerca, torna-seempolgante. As demais interpretes, ao lado de Jenny Jugo, sãotodas esbeltas e lindas e representam, com capricho, e bom humor.Faz o galã o conhecido Georg Alexander, e, na direcção de scena,actua Hans Behrendt."Innocentes Perigosas", o lindo film musicado do Pro-gramma Urania, que o Rialto exhibirá brevemente, está cheio debrincadeiras que dão oceasião para gostosas gargalhadas.iiiiiiiiiiiHiiiiiiiimiiiiiiiiiiiiiiiiiiiJiiiHiiiiiiiiiiiiniiHiiiniiiiiniiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii

    COMEÇOU, HONTEM, UMA NOVA PHASE DAGRANDE LUTA ENTRE OS SEXOS

    EDMUND GOLDING, UMDIRECTOR PRODIGIOSO

    A valsa do amorEstão terminadas as filmagens, noò

    ateliers de cinematographia sonora emNeubabelsberg, desta segunda su zv-producção Erich Pommer

    "Ufaton".super - film confeccionado em co-pias allemã e inglez tem como prin-cipaes interpretes Lillan Harvey eGeorge Alexander. Wllly Frltsch Cdsubstituído na versão ingleza pelo "O-ven actor anglo-americano John Bat-ton. Desta pellicula tambem foi feita

    i uma copia silenciosa.

    Um director decinema necessita,sempre e em to*dos os casos pos-suir o u t r o s co-nheciiuentos alomdos d*e sua *or.>-fissão , Assim,preci::a ter noçõessobre vários as-sumptos, s e *n i opor isso mesmo,considei ado, amadas pessoas maiscultas que entranum studio.

    Edmund Goul-ding, porém, queteve a direcçãc oe"Tudo peloamor ", o proxi-mo film de GloriaSwanson, pareçaque superou co-das os demais.Elle '.screvou nhistoria dessaproducção, fez-lhe o scenarió, di-rigiu-a, e, aindamais, com pozuma das cançõesque Gloria Bwan-son, com voz ad-miravel, canta emuma das partesdo film. Assim,íoi elle director.

    lttMmmmtm_t_____tt____m^mitüwa__mwranl

    1Afl>jJr>. ... . . ... I ......

    ra, umaperfeitae umcompleto

    unidadeno filmsuecesso

    . A òUfi

    Gloria Swanson, estrella da UnitedArtista, voltará com "Tudo peloAmor", ás nossas lélas. O CineEldorado exhibe o film, dentro dc

    algumas semanas.

    autor, scenarista.e compositor. 4d i f f e rentes as-

    sumptos, tratadospor elle, resultan-do. desí.a manei-

    direcção mereceupor parte de todosos críticos grau-des elogios, sendoelle pocie dizer-seum dos factoresprincipies do sue-cesso e cio agra-do que tal ¦«¦li-cuia i,'òleve."Tudo pelo a-mor", é um Hn-do conto de amor,vivido pela n ais

    lia e n*> pIb-gante 'ie todus usestrellas, que, ammarav.Jhosas toi-lettes, surge ten-tadora e cheid deencantos. O CineEldoraao ini, iaráas exhlbiçõcs dns-te novo e reoei*-ti---—-o trabalhode Gloria Swat.-son na semanade 31 de março.

    A United Ar-tists, com e.;tefilm, dará inicioás suas grandesactividades, esteanno.

    QUER GANHAR SEMPRE NA LOTERIA?A Astrogologla ollercce-lhe tioje a RIQDEZA. Apro-

    velte-a sem demora o conseguira FORTUNA & FELICM-DADE. Orienta ndo-me pela data do nascimento de cada

    pessoa, descobrirei o modo seguro que. com minhas ex-perlenclas todos podem ganhar na loteria,

    sem perder uma so vez.Milhares de attestados provam as minhas palavras. Mande

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    flfiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiMiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiniiiiniiiiiiiiiiiuiiJiiiiiiiiiiiiiiiiimiii

    PODE HAVER UM AVIADOR MAIS LOUCO DEP LINDBERG?

    Segundo se diz, a loucura aviatoria fez ponto final ao ai-

    cançar Lindberg. Depois que o aviador solitário voou até á Luropa.só, e sem reclame, fazendo o que nunca outros tinham sido capazesde fazer, parece incrivel a toda gente que alguém possa levar aloucura mais longe, fazendo mais do que elle fez.

    Não obstante, ha um homem que, modesto, embora, secompromette a maravilhar os seus contemporâneos, deixando-osboquiabertos com as coisas que se julga capaz de fazer, mettido emum avião. Eese homem, é William Boyd, louro como Lindberg,severo como aquelle, arrojado como elle e um poucochinho maissorridente.

    William Boyd, segundo está annunciado, fará exhibição pu-blica da sua capacidade voadora, no cinema Império, nos primeirosdias da semana vindoura, apparecendo como heroe de um movi-mentadissimo film que se chama exactamente

    "Loucuras de umaviador". Marie Prevost, a sapeca da tela, é a causadora de todasas loucuras qua William Boyd vae fazer.

    "'

    "De Amor se Vive, deAmor se Morre", o film quepresentemente oecupa o car-taz do Capitólio e que tevehontem o seu primeiro dia deexhibição, é nada mais nadamenos do que a exposição deuma phase nova dessa gran-de luta dos sexos, que come-çou com a infância do mun-do e que se vem eternizandoatravés os tempos.

    Mas, como sempre ha ma-neiras novas de fazer todasas coisas, vale a pena que onosso publico veja e admire aforma como é possível, den-tro de um thema de certomodo velho, fazer novidadessensacionaes.

    Ha quatro figuras no ro-mance: um marido, uma mu-lher, uma filha e um amante.São, logicamente, as quatroinvariáveis figuras de cente-nas de outros romances. Mas,como é que, essas figuras semovimentam ? Como é queellas agem, arrastadas pelodrama? Isso é que importaver e isso justamente é quedeixará o nosso publico ad-mirado se elle fôr ao Capito-lio assistir esse trabalho emque Suzy Vernon e HenryEdwards agem admirável-mente.

    John Gilbert emcaras da alma'

    Gloria

    "Mas-

    . no

    Explica-se bem o suecesso imm-m-soque desde hontem vem alcançando oGloria. E' que ali se está exhibinc-**um V de John Gll i. o .H-.sla q ::-rido das r.-.as platéas. Como heroede "Mascaras da alma" elle se nosmostra o conquistador de sempre, ;.*amado das mulheres... E vemos tia-da Alma Rubens e a linda Eva ¦nnBerne ss apaixonarem por elle..."Mascara da alma" é um lilm forte,da Metro '"V'dwyn, e John Gliberttem nelle um papel bem a molde doseu caracter e seu temperamento, epor isso que quando apresentado pe.aprimeira vez alcançou um formidávelsuecesso, sendo que agora ainda maioro será, dado ás enchentes que hontem— apesar da chuva — obteve o Cio-ria.

    A liga dos tresO manuscripto desta nova pellicuia

    da Ufa para o programma Urania loiescrlpto por Victor Abel, actuando >-mo director de scena Hans T*ehrendt.Nos principaes papeis: Jerny Jugo,Enriio Benfer, Ernest Stahl-Naclibauer, Raimendo von Riehl e Michaelvon Newllnsky.

    19.900 AlumnosA matricula da Escola Remin-

    gton attingiu, hontem, este nu-mero. E* uma elevada cifra quebem evidencia a efficiencia deseus methodos. Matrículas aber-tas. Rua 7 de Setembro, nume-ros 67 e 59.

    AvisoRESTAURANT RIO-L1SBOA

    O proprietário participa á susdistineta clientella que mudou o¦eu estabelecimento para a Trr-veasa do Ouvidor, n.° 12 (Anti-ga Sachet).

    DUAS SORTES GRANDES!UMA PAGA E JA' OUTRA

    VENDIDA!!Foi o que se verificou no felizardo"Ao Mundo Loterico" — rua do Ouvi-

    dor, 139, que em "reprise" vendeu asorte grande de hontem, que coube aobilhete n. 27984 premiado com 20:0348,assim como toda a dezena de ns. 27981a 27990, todas vendidos em seu ar chi-feliz balcão, onde ainda sexta-feira ul-tima vendeu a sorte grande de n. 1*363-1.que foi ali paga hontem ao sr. d;*.Eloy Henrique Flores, cirurgião-den-tista, residente á rua Meyer, 98, VillaFlores, que recebeu 20:064$000, ficandoo referido bilhete em exposição junta-mente com as approximações, na vi-trine do "Ao Mundo Loterico" quetambem hontem pagou 1/10 do bilhete,n. 3215 premiado com a sorte grandede 100:000$ e extrahida quinta-feiraultima, sendo seu portador o sr. Ma-noel Victorino, residente á rua SáoFrancisco Xavier n. 635, que ali rece-beu immediatamente e sem o menor"desconto. Para hoje são esperados os50:000$ da Federal por 10$. fracções a1$. com 2 números em cada bilhete emais 10 finaes e 25:000$ por 1$600.meios 800 réis, ou estas duas sortnsgrandes dentro dos afamados envelop-pes "Mascotte" ao preço de 11$600 emais 200:000$ em 4 prêmios de 50:000$custando os inteiros 30$, fracções á3$, com mais 10 finaes duplos que aãodireito á restituição da metade dopreço acquisitivo, vantagens offetT.ei-

    exclusivamente pelo "Ao MundodasLoterico' rua do Ouvidor, 139.

    Curso de iiclioppliiaA Escola Remington acaba de

    organizar este curso que será diri-gido por professor especialista.Matriculas abertas. Rua 7 de Se-tembro, n.° 67 e 59.

    -¦¦¦¦•tiiiiitiiimimmtimtiiiimiiimiiiiiw^

    Artistas na vida — Ar-tistas no palco — Comovemos em "O grande

    suecesso"Muitas vezes suecede que um. homem iou

    uma mulher') tem de representar, no palco,o mesmo papel que representa na vida real.Não os casos communs em quc o ser humanoreproduz a scetia da própria vida. Esses sãonaturaes, porque se reproduzem milhões devezes. Mais não c raro sueceder que alguémseja chamado a representar para o theatro,como para o cinema, o mesmo papel que temno mundo.

    E' o caso de William Francis Dugan.Talvez o leitor ou a leitora não o conheçam,mas podemos informar aqui tratar-se de um¦joven escriptor de talento, cujas peças thea-traes criaram, fama. Um dia, Ralph Ince, oconhecido director de scena, o viu quando,dirigindo uma scena de peça sua, elle tomouo logar do artista. E' que o papel era de umescriptor, e Dugan sentindo-o dentro de si,não achava que o interprete lhe desse vida.Ralph Ince tinha um film, "O Grande Sue-cesso", com um papel semelhante. Elle pro-poz ao escriptor deixar, por alguns dias, asua penna e tomar o papel de artista, e Du-

    gan aceitou. Eil-o que agora surge, nesse

    film da F. B. O., ao lado dc Joe E .Brqwne das duas Gertrude — a Astor e a Osmstead— um quartetto magnífico, que o ProgrammaMàtarazzo está apresentando, no

    "Palácio

    Theatro", da Companhia Brasil Cinemalo-

    graphica."O Grande Suecesso" — c preciso quese note. possue, além do mais, um enredo de

    grande dramaticidade, de scenas empolgantes,de momentos verdadeiramente lacinantes, que

    prendem por completo a attenção do. espe-ctaáor.

    A "Casa dos Artistas,f eos seus amigos

    UM LAMENTÁVEL CONFRONTO: OEMPRESÁRIO DEL MAURO E 0

    EMPRESÁRIO NEVES

    Um grupo de artistas theatraes pro-curou a redacção do DIÁRIO CARIO-CA, pedindo-nos tornássemos publicoa grafiáo de que todos estavam pos-suidos pela gentileza e bondade do em-presario Del Mauro, do Circo Holdelm.na festa que naquelle circo se realizouem prol da Cc — dos Artistas.

    A!im nnt ,r á benemérita insti-tui-*ão a receita bruta do festival, doseu bolso pessoal entregou, não peque-na importância, em resultado dumavenda em leilão, feita pelos seus ar-tistas.

    As mesmas pessoas lamentaram que.num antlpathico contraste, o empresa-rio sr. Antônio Neves, do Recreio, semostrasse tão hostil á benemérita col-lectividade, que é, hoje, o amparo dostrabalhadores de theatro, no Brasil,não só impedindo que o actor Mesqui-tinha, seu contratado, tomasse parteno festival, como prohibindo que áporta do seu velho e desmanteladotheatro se collocassem cartazes da tes-ta da Casa dos Artistas, affirmandoque taes cartazes davam azar.

    O DTARIO CARIOCA dá'publicaçãoa este protesto, por lhe merecerem to-da a confiança os informadores.

    E, neste Cfuso, lamenta que tal tenh:,suecedido e que, em tão insólito pro-cedlmento, tenham consentido, seiíiprotesto, os artistas que trabalham noRecrio, que não estão livres de, ama-nhã. baterem á porta da instituiçãoque deixam assim espezinhar.

    f -1IIIIIII1IHIIIIIIII

    Adeus MascotteEsta deliciosa alta-comedia da U-.'£

    ji para o programma Urania com Liiian- Harvey, Igo Sym e Harry Halm. íer-do estreado ultimamente, em Ams-

    nterdam, alcançou os maiores elogioò daimprensa hollandeza-

    Avant-scéneJayme Costa, com a sua com-

    panhia, está trabalhando, em-quanto não parte para a suaexcursão ao norte, nos salôssdos cinemas-theajíros dos su-burbios.

    E' uma defesa e já sobre ellatemos feito considerações nes-te logar. A organização dumcircuito suburbano para as nos-sas companhias de comedia 6uma grande necessidade. E es-sa necessidade origina-se na ra-zão principal da falta de fre-quencia nos theatros do cen-tro da cidade: a dispersão ciopovo na habitação do DistrictoFederal.

    E a prova de que assim é, es-tá no suecesso que, em geral,acompanha a estadia, emborarápida, das differentes compa-nhias, nos subúrbios da capi-tal. A conhecida artista sra.Maria Castro fez alguns mezer.de indiscutível triumpho numtheatro-cinema de subúrbio, le-vando, desde as comédias ga-rotas do sr. Tojeiro, ás "DuasOrphãs", e outros trastes ar-cheologicos.

    Isto demonstra, ainda, outraverdade, ainda aos mais cegos.,o publico não é refractario iotheatro de declamacão. porquea elle concorre, nos pequenostheatros, que lhe ficam pertode casa. Do que elle não temcoragem, é de vir á cidade, pa-ra ver theatro. que o obrigaráa chegar a casa lá pela mad**u-gada.

    Já que não se conseguemtransportes mais rápidos e maiscommodos. demos-lhe, pelo me-nos, theatro ao pé clc casa.

    A. G.

    MWBMBBWBMMMBMM

    Theatros nos Estados

    EM S. PAULO

    Procopio, que, nos princípios do mezpróximo teremos no Rio, deu, ao pu-blico de São Paulo, mais uma come-dia — "O delírio da bolsa" — comediaallemã, traduzida pelo sr. Oswaldo deAbreu Fialho.

    O grande artista patrício fará a suafesta artística, no próximo dia 23, coma comedia húngara — "Cheguei nahora" — traduzida pelo sr. Renée deCastro.

    No "Theatro de Mentira", quefuneciona no Cinema Pedro II, devesubir, hoje, á scena, a revuette "Co-cktail Synchronizado".

    Um film sonoro emlatim

    E' intuito da Sociedade AmericanaClássica confeccionar um film em ia-tim, cujo argumento seja calcado da"Eneida", a celebre obra de Vergi-lio. Não se espera grande .suecesso -labilheteria para esta producção, por issoa referida sociedade explica, qi ; o seuplano é mais um complemento para odesenvolvimento da p.áfnn-ko e >&amizade internacionaes. Esta produ-cção, destinada i estar prompta coroceasião da: Lestas comm:-mòrativas.bimillsnarias do inspirado poeta ia-tino, deverá custar cerca de um *ni-lhão de dollares.

    A ultima companhia

    A eterna figura do ho-mem que ê capaz de ma-

    tar meio mundo. ..Não ha um só, entre nós, que nao co-

    nheça, intima ou cerinioniosamente, vm su-jeito valentão, um homem que arrota faca-das e respira tiros de revolver,- um typo ca-paz de se alimentar com farofa de pólvora ebeber sangue humano. Esses typos, essas fi-guras, existem sempre, em todas as partes domundo, onde quer que tenha chegado a famade que os homens valentes são os preferi-dos das mulheres.

    Pois justamente a historia de uma dessasfiguras, de um desses typos, é que vamos teroceasião de apreciar segunda-feira próxima,quando a Paramount começar a exhibir, nó"Capitólio", "o Capitão Mata Sete", um mo-vimentaáo film da Pathé De Mille.

    No caso vertente, ou seja no film, o ma-tamouros é Rod La Rooque. Elle dá bempara o trabalho, diga-se de passagem. Em-bora seja um pptimo artista dramático, comcapacidade para muito criar, sobram-lhetambem méritos para a comedia e elle sabeviver ás mil maravilhas o seu typo, escan-ãalizanáo com a sua bravura os que o vêeme deixando tambem doidinha de amor porelle uma pequena do outro mundo, Sue Ca-rol, uma pequena que, afinal de contas, se-ria capaz de fazer um heroe de qualquer denós outros.

    "O Capitão Mata Sete" é um bom film.mormente para esta época, em que nenhumde nós, preoecupado com o Carnaval, gostamuito de andar vendo films que exijam gym-nastica mental muito forte. Dahi a certezaque alimentamos de que o nosso publico vaeapreciar bastante a nova criação de Red LaRocque.

    Esta nova super-producção "Ufaton"dirigida por Joe May e enscenada poiKurt Benhardt, ofíerece ': ''as scenasde vários combates militares tanto 3,0 Iar livre como perto de um veiho mai-nho de vento. Trata-se de um impor- 'tante film com argumento histórico. Jp.pparec-L-rdo como principal Interprcie

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    6 SOCIEDADE - MUSICA Diário Carioca - Terça-feira, 18 de Fevereiro de 1930 RELIbiüES E CRENÇAS

    0 SR. SALLES FILHO FALA AO POVO MINEIRO'{Continuação da 3' pagina). da questão,.segue-se_a_determinaç&o

    próprias relações politicas entre aquellanação c os paizes que a adoptassnm".Mas não adeanta insistirmos neste as-sumpto. Em face da crise, o que o nossopatriotismo exige é que procuremosenfrental-a com o propósito firme dedefender os interesses do paiz. Sob estecritério cila têm dc ser apreciada emrelação ás suas conseqüências imme-diatas c aos meios de attenual-a e emrelação ás conseqüências mais afasta-das, ás quaes já alludi, afflrmando anecessidade de medidas e de reformasradicaes. A crise actual sendo essen-cialmehte devida a super-producçaoreclama a intervenção do poder pu-blico afim dc facilitar a diminuiçãodos "stocks". Nesse sentido suggeri amedida que me parecia adequada, con-.substanciada no projecto que autoriza-va o Poder Executivo a effectuar umaoperação cie credito na importância de500 mil contos, em papel, ou quantiaequivalente em ouro. Com esse au_i-lio as instituições da defesa do ^afeadquiriam o café retido nos armazénsreguladores, pagando a difíerença en-tre os adeatamentos já feitos e o va-lor do custo da producção, na base de803 por sacca de 00 kilos, accrcscidodo lucro dc 25 "I", ou sejam na baseI otal de 100S por sacca, Uma outra dis-posição do projecto determina que o."stock;.", assim adquiridos, serão op-portuhamente collocados nos merca-dos estrangeiros pelas instituições dadefesa do café, em condições que res-guardem os interesses da economia na-cional. ficando ellas cgualmente ob:i-gadas a vender parte dos "stocks" ad-quiridos, para consumo da nossa popu-lação, pelo preço do custo. Essa in-lervenção não se deu, até hoje, e o go-verno federal, como o governo de SãoPaulo, nada fizeram em favor da la-voura caféeira. no transe angustiosoque ella, atravessa.

    Na mesma época em que éramos co-Ihidos pela nossa crise uma >utr.,idêntica, de natureza financeira, desa-bou, sobre os Estados Unidos. Imme-diatamente o presidente Hoover, numdiscurso proferido perante _00 pessoas,representantes do commercio e da in-dustria. indicou corajosamente 'resmeios de remediar as conseqüênciasdo pânico do mercado dc valores e,graças á sua attitude, rapidamente asituação se normalizou.

    O problema nacional, meus senhorespoder-se-Ia dizer que está eonsubstan-ciado no programma do "ConselnoNacional Econômico da França", quevem de scr publicado e. no qual, estádelineado o que ali se chama o "Pro-gramma de Aperfeiçoamento da Appa-relhagem Nacional". O programmabrasileiro ha de ser estabelecido umdia. nas bases que propuz ã Câmara,indicando a nomeação de uma com-missão especial pnra elaborar um pro-jecto de lei orgânica, que eonsubstan-ciará o programma econômico de apoioe protecção á producção nacional.

    Haveis de permittir que vos remu-more as termos em que o justifiquei,tão certo estou dc que fora do caminhoindicado, de que seguindo os methodosempyricos até aqui adoptados, cada vezmais nos affastaremos dos grandes_estinos que a natureza reservou aoBrasil, exposto inconscientemente ás

    . vissicitudes de um combate no campoeconômico, onde a derrota é o esina-gamento, é a eliminação. Era assimmeus senhores que eu justificava omeu projecto:

    "A consolidação, em uma lei orga-nica, das medidas que se impõem paradefesa da producção nacional decorrenâo somente do espirito do art. 34 daConstituição, como cbcciece á orienta-çáo geral do pensamento contempora-neo na matéria.

    Uma das lições mais definitivas quea guerra deixou foi a da necessidadede abandonar-se o ponto de vista cx-(remo da antiga escola econômicaque condemnava, em absoluto, a intervenção do Estado na esphera das

    dos "meios 'da m-ganização «cientifica

    rias diííerentes fôrmas de producção,de modo a baratear-lhe o custo, per-_itrinclo-.se. assim, aos produetores aSbtenX de lucros remuneradores somneclssidade do expediente do recurso,semi re precário, e, em ultima anal se,

    . m re contraproducente, ca alta arti-flcia. dos preços. A este lado da de-esi da producção prendem-se as que-

    stões technicas da organização eco-

    Vida Mundana C_r t _r__ _r_ _r_ _r*_r_i _r^"__7_0¥!___ F^T*

    !_ . R _>____»\# íi -__ _______ JL ^_. A* « «¦<ii|im|i__MM_^arn____BM______^__B___aa__wwi

    _3C_a_.t____X.-__

    nomica do trai.alho agrário _ inau.-•a 1 do aproveitamento, pela aduba-Sm e fertilização artificial das temaexhaustas, da irrigação das zonas o ri-das drenagem das regiões pantanosas,etc, etc.

    Além desses aspectos geraes da or-canização systematlea da producçãolecrescem. é claro, os problemas pc-culiares ás actividades produetornsmais importantes do paiz e que devemmerecer attenção especial. Com pi o-mentar á elaboração dos meio de toi-nar mais efflcientes a producção estoa pesquiza dos methodos mais re cio-naes, mais práticos e mais vantajososde attender a um cutro problemaegualrnente capital no caco. Cumpre aoEstado estabelecer as bases de um sys-tema de credito agrário e industrial,sem o qual a agricultura, a pecuária cas actividades industrlaes do paiz per-mancecrão sempre em situação preca-ria c mesmo insustentável.

    Parallclamcnte a esse conjunto demedidas que devem constituir a ocga-nização systematica da producção, epreciso cuidar da outra face da quês-tão concretizada na protecção dos in-teresses commerciaes dos nossos pro-duetores. Para isso o governo deve ia-zer estudar exhaustivamente . quês-tão do nosso commercio externo, afimde podermos assentar um plano de oe-fe.a dos nossos produetos nos merca-dos consumidores, plano que deve le-var em linha de conta não somenteos interesses especiaes em jogo comoos effeitos das medidas adptadas soboutros aspectos da economia nacionale sobre as próprias conveniências poli-ticas da Republica. Erros e impruden-cias, nesse terreno, além üc compro-meterem a efficacia do plano, podemdar logar a represálias profundanun-te ruinosas dos interessados brasuei-ros. Sem entrar em minúcias que se-riam inopportunas, nesta phase daquestão, póde-se. entretanto, dcsr.e je..assignalar que a-orientação da nossafutura politica çommercial deve * .sar,sobretudo, o estabelecimento de relaçõestão dlrcctas quanto possíveis, entre osnossos portos exportadores e os m.r*cados que sáo os verdadeiros consumi-dores dos nossos produetos. A este as-sumpto prende-se logicamente o pro-blema das linhas directa- de navega-ção entre o Brasil c áquelles paizesconsumidores, bem como a organizaçãoefflciente de uma propaganda com-merclal estrictamente technica. Umplano de defesa econômica do paiz.concebido e executado de necordo comas linhas geraes visadas nessa indica-ção. será o primeiro passo para ummovimento coherente, systematico epermanente de estimulo e protecção aproducção e de defesa dos interessescommerciaes dos nossos produetores.Uma grande medida geral dessa na-tureza impõe-se. não somente no de-ver que cabe ao Congresso Nacional deregulamentar o art. 34, n. 5, da Consti-tuição como uma indispensável pro-videncla para iniciarmos e manterm.sa defesa dos nassos interesses economi-cos por methodos racionaes e sclenti-ficos que se tornam imprescendiyeisem uma época em que as tentativaspara resolver problemas dessa magni-tude. por processos empíricos, leva fa-talmente á ruina e á impossibilidadede conquistar a emancipação economi-ca, sem a qual, nos nossos dias, a in-dependência nacional é uma sombra,sem significação e sem valor. E, no ca-so especial do Brasil, onde sob as ap-

    . parencias de uma grande unidade me-- ral, racial e lingüística sobrevivem pc-rigesos germens de desunião por pns-

    CHRONIQUETAAssisti, domingo, a uma reunião dc

    arte encantadora. Ao plano, mlle. X.interpretou, adviiravclmente. Ciiopin,Becthovcn c Debussy. A declamaçáo,hoje considerada complemento indis-pensavel dos hábitos cultos, não fal-lou. Jeune-filies elegantes disseramversos dos melhores poetas nacionaes,franceses . hespanhoes. Tambem acanção brasileira esteve ali, muitobem representada. A senhorita Z.,com aquclla maravilhosa sonoridadede voz, cantou coisas deliciosas.

    A assistência ia de encantamentocm encantamento. Uma finíssima es-pir it uai idade dominava Iodos.

    Mus, festas como essas, constituem! doces hiatos, cxcepe.õcs gratíssimas nu

    vida mundana da cidade. Agora o quesc quer c dansar, saracotear ao somda primeira victrola que apparcca,

    suando por todos os poros, indiffc-rente ás ardencias deste verão insup-portavel c ameaçando lemerariamen-te o bem estar individual...

    No entanto, náo sabemos por quese verifica esse phenomeno. O Riopossue tanta gente elegante c culta,tanto salão luxuoso...

    A senhora Santos Lobo e algumasoutras mais não sc esquecem, feliz-mente, dc suas recepções. E' o con-solo que resta...

    CiALANNIVERSARIOS

    Fazem annos hoje:Eras : Aclcllu Franco do Nascimento,

    Maria Alcântara Pimentel e Oliva tle..infAiina Fernandes; srtas.: Helena Cio-mes Carneiro, Julieta Pires Babnla, Ma-rlna Leite e Roslta de Carvalho; srs.: Au-tonio Pinto do Carmo, Nelson MartinsC(irlo_, Humberto Padllhn Sobrinho, Arls-tides Avrcs da Silveira. Osmuncio Portoda Cunha, Anselmo Ferreira Netto, Paulode Magalhães Nascente O ODEON. "Adoração", com Antônio Moreno; PALÁCIO, "O grande suecesso", do programma Matarazzo; GLORIA, "Mascaras da Al-Que UNemâ VAMub iiüjci ma", tia Metro Gokhvyn Maycr; CINE ELDORADO,n" 13, com Clicstcr Conklin; IMPÉRIO, "Leis do "A Dama das Çati.ç|jíi. ", «om Norma Talmadge; THEATRO SAO .TOSE. "Taxicoração", tia raramount; RIALTO, "A maravilhosa mentira tle Nina Petrowna".

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    FESTAS POPULARESCARNAVAL Diário Carioca

    — Terça-feira, 18 de Fevereiro de 1930 ,

    ^mJP £**&, WyL i jM #B"Jm __ ^.^--^r-sx-calli1TAÇA LUETYL

    Os srs. Varges & Varges,do Instituto p. H., offerece-ram. ao DIÁRIO CARIO-CA, uma bellissima taça,denominada LUE I Y L,afim de ser offerecida aorancho, bloco ou grupo,que melhor cantar a mar-cha LUETYL, letra e mu-sica do consagrado maestroFreire Júnior.

    A rica taça será, breve-mente, exposta.

    O DIÁRIO CARIOCAnomeará uma commissão

    para o julgamento.As entidades carnava-

    lescas que quizerem con-correr á TAÇA LUETYL,

    poderão procurar, nestaredacção, a letra e a mu-sica.

    A letra, de Freire Ju-nior, ê a seguinte:

    I

    Os rapazes que se metteni[hoje em dia

    No prazer, na orgia! No

    (prazer, na orgia!Devem ter o sangue bem

    [purificado,E tomar cuidado! E to-

    [mar cuidado!

    Estribilho

    ( Luetyl! Luetyl!( Tem curado muitos

    Bis ( [centos, muitos mil( O maior(

    A /Ausica Bregeira e CarnavalescaPíxínguínha--o Rei da flauta, fala ao

    "Díarío Carioca"

    UM POUCO DE HISTORIA DO TEMPO DO ONÇA E 0 MODO DE PENSAR DO GRANDE ARTISTA

    depurativoIdo Brasil.

    u

    Tod

    D

    a moça que deseja se[casar

    eve observar! Deve ob-[servar!

    Se aquelle que pretende a[sua mão

    E' um homem são! E' um

    [homem são!

    Estribilho

    ( Luetyl! Luetyl!( Tem curado muitos

    Bis ( [centos, muitos mil

    ( O maior depurativo[do Brasil.

    Já tivemos occaslao de tratar datransição do samba, nesta Folianopolis.

    Isto aqui é a terra da Promlssão, epor que ?

    Chrlsto é íilho de Deus e Deus nas-ceu aqui.

    Depois de um passeio a Europa, pas-sou tres dias na Bahia, mas não gos-lou. Tinha muita egreja é verdade,mas... (sempre o maldito mas...) nãohavia por lã nenhuma galeria PradoJúnior, para allivio dos apertados...

    Elle embarcou apressado para cá,aqui chegado a 20 de dezembro, istoha 1930 annos...

    Assistiu o rancho dc pastorinhas dodr. Mello Moraes e no dia 25, Christonasceu. Nasceu na Bahia, mas, na Ba-hia de Guanabara !...

    Eis a razão por que isto ao*ui é aterra das surpresas e que chegou atransformar em intendentes o Luiz deOliveira, o Laginestra, o Octavio Bran-dão e o Minervino, que é agora o can-ciidato de Moscou, á presidência daRepublica Brasileira !

    Não ha terra mais prodigiosa, do queesta em que Canninha, "engole umbocadinho de cabeça de notas" e o"João da Gente" escreve magníficasimitações, (quasl copias, "ipsis verbi")cios trabalhos alheios !...

    E faz bem o illustre musicista, por-que do seu bestunto, Momo muito es-nora c a industria dos sambas tam-bem...

    Vá "sambolicanicnte" offerecendo a-ssuas composições aos graúdos comoRomero Zander e outros, afim de náosair ria raia e cair na linha da E. F,C. B...

    No meio da macacada, porém, umnome se destaca — é o do AlfredoVinna — o "Pichingulnha".

    O "Pichinguinha" é uma novidade.E' uma novidade em ré maior, o que

    é equivalente a uma si-micnlchea ap-plicada no "trio" de qualquer .sambado "Canninha" !

    O creoulo não é sopa, náo...E quando bota o já histórico canu-

    rio de prata na boca e sapeca aquellebeiço... adeus Anuinha !...

    Não engole cabeça de nota como osambestra autor de "Esta Nega qucmi dá" !... Qual o que !

    Engole a nota inteira, porque na fa-milia quem náo sabe musica toca vi-trola.

    O velho Vianna sabia musica atedebaixo dágua e o seu maior dese.ioera ter uma banda de musica cm casa,constituída só dc seus filhos.

    Quando em 1370, Luiz de Camões ogrande vate portuguez autor daquelleode histórico denominado: "Pescoçopisado", dedicado ao sr. Mello Vianna.visitou o Brasil, o Viannão era em-pregado nos Telcgraphos e morava narua Padre Miguelino. em Catumby.

    Para agradecer a homenagem ores-tada pelo poeta lusitano ao seu mel-lovioso amigo, correligionário e quasiparente, o pae do Pichinguinha, oífe-receu ao autor de "Lusíadas", um có-po dágua... ardente.

    Reuniu-se então todo o pessoal cfoi quando o "Pichinguinha" fez a suaestréa auspiciosa tocando o solo da"Maria Cachucha", numa flauta debambu, sem chaves, sob a regência doconsagrado professor "Irineu Batina",que foi quem lhe botou a chupeta mu-sical na boca e ensinou o "China" Coirmão do "Pichinguinha", que tinha amania, em Buenos Aires, de só tomarbanhos de extractos) a cantar comcara de quem estava chorando c tocarviolão cemo gente grande.•Y- * *

    "Pichinguinha" é um dos precuv-sores da nossa musica carnavalesca, oda musica bregeira no exterior.

    Na America e na Europa elle fez to-do o mundo curvar-se ante o Brasil,tocando com sentimento e alma de ar-lista aqulllo que é nosso e só por nóspôde ser executado.

    E' realmente o Rei da Flauta.No inundo, bem poucos saberão o»

    segredos e manejarão tão fácil e ha-bilmonte aquelle mágico instrumentocomo o nosso joven patrício A. Vianna.

    E' o maior vulto dos flautistas e oexpoente máximo dos flauteadores...

    Todos os outroc executores de flautadeante do "Pichinguinha", represen-tam um "sopro forçado num fer mat.-.prolongado" do genial artista...

    Muito modesto e leal (sem allusão aoconde) tem na vida somente estaspreoecupações: sua velha extremadamãe, a sua flauta, o seu saxofone, oseu balneário no porto de Maria An-gri, os seus amigos e os seus sambas.

    Não entende nada de politica.Ha dias lhe pediram um voto — para— Getulio — e elle muito intrigado dis-

    se ao Amphilophio:Está vendo você O "Getulio da

    Praia", vae deixar de ser guarda mu-nicipal, para ser presidente da Repu-bllca !...

    O Amphilophio pòz os pontos nos iireforçou o pedido, convenceu o "Pi-chingulnha" que prometteu votar, mas.quando fôr eleitor...

    Quando, hontem, o procurámos parasaber da evolução da nossa musica po-pular, assim se manifestou o grandemusicista:

    A evolução da musica popular,veiu com a do violão e foi Catullo daPaixão Cearense o precursor com ogrande auxilio de Irineu de Almeida cAnacleto de Medeiros de saudosisrj-mas memórias.

    Depois que Catullo officializou o vio-lão e introduziu-o nos salões, nes thea-tros a musica bregeira, as marchascarnavalescas e os. sambas evoluíram.O senhor já deve ter notado, que asletras já vão sendo mais aperfeiçoadas,já não ha tanta tolice e tanta boba-gem...Ma*, ainda ha muita...

    Sim. o inundo não se fez num dia."Piano", "piano"...Maestro, vamos deixar o "piano"

    e passemos para a bateria, expulsai!-do da raia, a toque de caixa, os sam-bcstrns pretenciosos e os sambestasburrificos...

    Tempo, ao tempo...Quc composições tém produzido?

    Qual é a sua predilecta?

    nho a evolução. No anno passado ba-Li muito o "Samba de Negro".

    E, este anno?Acompanho o povo — e "O Ga-

    vião Calçudo". A musica é minha c aletra é de Cícero dc Almeida (Bahia-ninho). Oihe só o estribilho;

    Chorei, porqueFiquei sem meu amò.O Gavião marvadoBateu aza foi com cilaE me deixou.

    E' o maior suecesso do anno.Náo resta duvida que agradou e

    tanto é popular que toda a. cidade co-tihcce c canta o "Gavião".E que nos diz das suas viagens aointerior e exterior do paiz?

    Só posso dizer, que sendo nós oscomponentes dos "Oito Batutas", osque desbravamos estes caminhos, fo-mos sempre bem recebidos e indica-mos aos nossos collegas a estrada quedeviam seguir, indicando-lhes as pra-ças. O Romeu gostou tanto, que esque-ceu a sua pátria, preferindo os contra-tos vantajosos.

    E vocês, os tiveram?A' bessa! Mas a pátria distante,

    a saudade da família e dos amigos, nãoha dinheiro quc pague ou recompense."Si" "lá" vivíamos bem. nos causava"dó" ver a nossa familia como "rc"de uma saudade lnfinda, sem o "sol"que lhes illumina a vida. Eu

    "lá" forame considerava um "lá"-"mi"-gerado,que não tinha pena dos seus.Pretende viajar ainda?

    Só mesmo com um contrato mui-to vantajoso. Negocio muito seguro quonão fique na máo como o SalvadorCorreia, que, afinal, deixou de ser"Embaixador", para ser "Bohemio" eacabou ficando U& mão e com o pan-deiro na mão, sem ter onde metter amáo no pandeiro.

    Neste momento chegou o Amphllo-phio e fomos tomar — n melhor dastres — por ser de cada um a bebidlnhacie sua preferencia.

    VAGALUME

    Petroleo-SoberanaOFFERTA DE UM BELLO

    PREMIO AO "DIÁRIOCARIOCA"

    E' realmente vallosissimo, o

    premio que ao "Diário Cario-

    ca" offereccu o sr. J. Gll Lou-renço, distineto c conhecido in-dustrial, fabricante dos produ-ctos "Soberana".

    O "Petróleo Soberana" é umexcellcnte preparado de agrada-vel perfume c dc effeito segurocontra, a caspa e a queda docabcllo. . .

    O "Petróleo Soberana" 6 In-dispensável i qualquer toucador,mesmo como perfume, e | cie-mento conservador do cabello,tornando-o liso, negro e lusicuo.

    Eis o premio quc scra distri-buido na batalha dc conlctti do"Diano Carioca".

    Hontem. o sr. J. Gll Lourcn-ço vciu nos trazer os seis vidrosciue constituem o precioso pre-mio.

    —-=-21

    LUlUlUILUIlllllll.

    DEMOCRÁTICOS— Não lenho predilecções. Acompa-

    CONGRESSO DOS!FENIANOS

    O POMPOSO BALE DO GRUPO DOSPROMPTOS

    Em poucas palavras — foi o sueco!Os "senadores" podem se julgar

    vtetoriosos, com o grande e pomposobaile de sabbado, organizado peloGrupo dos Promptos.

    Promptos é um modo de dizer, por-que, quem está

    "apitando", como ma-duro, quem está a

    "neiié" ou a "ti-

    nir", não faz festa como a de sabba-do. no Congresso das Fenianos.

    O vasto salão de dansas, lindamen-te ornamentado, pelo primoroso artis-ta Miguel Bilota, apresentava um as-pecto dos maiores dias dos congres-sistas, que não pouparam esforços pa-ra que a sabbatina fosse como real-mente foi, um grande suecesso, umverdadeiro acontecimento nos an-naes" do "Senado".

    Mauro, Leal, Alberto, Cavanellas eoutros maioraes, estiveram sempreá postos, desfazendo-se em attençoesprincipalmente para com os repre-sentantes da imprensa.

    Os "Turunas de Botafogo" abri-lhantaram a imponente festa, execu-tando os mais buliçosos números doseu variadissimo repertório, sob a ba-tuta "amestrada" do

    "Sete Coroas .que está decididamente fazendo jus aum curto estagio na pensão JuhanoMoreira.

    Club Haddock Lobo

    A RABADA SUCCO DO GRUPO DOSVASSOURAS — A GRANDE PAS-

    SEATA DOS "CARAPICÚS"

    Os "carapicús", componentes doGrupo dos Vassouras, triumpharamem toda a linha.

    O repetéco de domingo, foi umgrande suecesso, pois o "Castello" re-uniu o que de melhor existe no mun-do'bohemio.

    O "grude" foi servido ás 17 horas,quando deram um basta no

    "Zé Pe-reira".

    O pessoal avançou com appetite de-voiudor na sucpulenta rabada, prepa-rada pelo "Bahlano"."Phantasma", "Chantecler", "Car-ta Branca", "Fla-Flu"', "Conde deMaracujá" e os demais domadores da"Águia, Altaneira".

    A's 21 horas, quando todos já seachavam fartamente "lubrificados",foi organizada a grande passeata, que,sem favor nenhum, pode ser julgadaa maior e mais bella dos treinos car-navalescos da presente temporada.

    O povo, como sempre, recebeu os"carapicús" com as maiores demons-trações de sympathia e enthusiasmo,náo cessando de acclamal-os.

    Depois da passeata, o baile, queprolongou-se até alta madrugada.

    O GRANDIOSO TAILE DE SAB-BADO PRÓXIMO

    No próximo sabbado, o querido clubHaddock Lobo, realizará um grandio-so baile a fantasia promovido por uniaesforçada commissão de sócios, a cujafrente da qual se acham os inconlun-diveis haddocklobenses. srs. Álvaro deAndrade, Djalma de Souza, João deDeus Freitas, Amando Freitas, ÁlvaroPereira e outros. . .

    O palacete aonde se acha mstalladaa sede do club, apresentará nesse tiadeslumbrante ornamentação quer in-terna quer externamente c duas oi-chestras animarão rs dansas que soraoiniciadas às 22 horas.

    Os associados que desejarem convi .-sdeverão solicital-os, com antecedênciaá secretaria do club. aonde estão

    - -.rioentregues os ingressos especiaes paraesta festa.

    O traje exigido e completo, de pre-f^rencia branco ou fantasias dlstin-ctas- O brilhante programma com queo pujante Club Haddock Lobo comme-morará este anno o reinado de Mornoserá encerrado com um imponente D&l-le a fantasia que será realizado no io-mingo de carnaval, promovido pela

    •?•-

    íectorià, que está desde já. tomandoprovidencias no sentido de revestir . .*oareunião de um brilhantismo incom-mu nu

    Turma Ella

    AUGMENTA DIA A DIA O ENTHU-SIASMO TELA FESTA DEDICADA

    AO VAGALUMEEm continuação á grande batalha

    que o DIÁRIO CARIOCA realiza nodia 24 na Praça Tiradentes, a TurmaElla... realiza um grande baile nos sa-lões da rua Visconde Rio Branco n. 53,e Vagalume, o nosso chronista :arna-valesco terá neste dia a sua consagra-ção.

    Consagração esta tão merecida quan-to será o fulgor desta noite de encan-tos que se denomina: "Rio-Veneza".

    A's 0 horas da noite, Álvaro Fonse-ca o archiduquf! da Folia, annunciaráá multidão que encherá os vastos sa-lões a chegada triumphal de S. M.Momo.

    Mais teremos um Momo futurista,um Momo que dansa "charleston", umMomo que traja almofadinha, que em-punhará a rica taça, que José Fran-cisco Freitas offerecerà ao bloco quena batalha da Praça Tiradentes me-lhor cantar a canção de sua autoria"Capricho de mulher".

    E nos salões estes caprichos terão rc-percursão das bellas e encantadorasfadas: Alice de Castro. Abigail Rocha.Juriith Britto, Juracy Moraes, RosanaSylvia, Romana da Fuzarca, Maria daPenha. Franeisca de Oliveira, DagnurjSilva e Djanira Lopes.

    BATALHA DE CONFETTI NA PRAÇA TIRA-DENTES, ABRANGENDO AS RUAS YISC. RIOBRANCO, GOMES FREIRE E CONSTITUIÇÃO

    ÂfrHESõES AO "DIÁRIO CARIOCA""Diário Carioca", eommemorando a entrada

    da "semana-magra", fará realizar uma grande ba-talha de confetti, no domingo, 23 de fevereiro —7 dias antes do Carnaval,'— na Praça Tiradentes,abrangendo ás ruas Visconde Rio Branco, GomesFreire c Constituição.

    Haverá prêmios, para: Blocos, Grupos, Choros,.Sociedades, mascaras avulsas e carros ornamen-tados.

    Varias banchis de musica abrilhantarão a so-berba festa — a maior batalha de confetti desteanno.

    Já emprestaram a sua adhesão ao "Diário Ca-rioca' : Pierrots da Caverna, Congresso dos Fenia-nos, Bola Preta, Exoeisior, Appollo Club, ModeloClub e Pae Thomé, de Piedade; Turunas de Botafo-go, Mamma na Burra, Cavadores do Infinito, Su-ruru' de Capote e Língua do Povo, Você Vae e Sa-binas, do Club dos Fenianos.

    As sociedades que desejarem concorrer paramaior brilhantismo da grande festa deverão enviaras suas aclhesões ao "Diário Carioca".

    FEMANOSA SABOROSA FEIJOADA DA 4'EDIÇÃO DO GRUPO DAS SABINAS

    Já era de esperar o suecesso .A 4* edição das Sabinas, illustrada

    com uma saborosa, porca e completis-sima feijoada, valeu por uma gran-de victoria para o pavilhão alvi-rtí-bro do glorioso e tradicional Club dosFenianos.

    Foi effectivamente uma festa forado commum, em que reinaram a ale-gria e o enthusiasmo, ficando evi-denciado que os queridos "Sabinas"têm "chodó"...

    A fuzarca começou ás 15 horas,quando o "Poleiro" foi franqueado eos "angorás" começaram um ensurde-cedor "Zé Pereira".

    A"s 17 horas, o "Poleiro" regorgi-tava de sócios, convidados e princi-palmente de "sabinas".

    Foi então quando o Vizeu mandouque o "Novidades" dissesse ao

    "Cha-by" que mandasse tocar:

    "rancho —avançar

    E o pessoal, com grande disposiçãoavançou numa soberba e emporcalha-de, feijoada, pondo cada um em pro-va o valor do seu garfo.

    Houve quem "bisasse"...Depois da "bola" e para fazer o"chiló", o pessoal entrou nos reque-

    bros do maxixe.O Vizeu, o "Novidades", o "Cha-

    bv", o "Braço Forte", (o dos Fenia-nos) e outros batutas do "Poleiro" fi-zeram as honras da casa e cumula-ram os convidados das mais captivan-tes gentilezas.

    Sabbado e domingo tem mais.

    João Caetanon BTinCESSO DE UMA PEIXAUA°SaldSsa

    pelxada ! Ah ! sc o Wa-sliln-eton o nolso sóbrio presidente, sou-K que o Gambá era um mago.

    umbatuta^ cozinha. ff^JStro para temperar a sua tradicional,',lárpeixadrmcllior,,nuito me-*%^t?

  • "Ü^- ^W^-rÇr nFW tt^MxÍ*rit$*.Í-t- *-

    SPORTS EM GERAL Diário Carioca — Terça-feira, 18 de Fevereiro de 1930SPORTS EM GERAL

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    a «,.I

    o s primeirosna DÍscítía do i

    jo gos do Campeonato de Water-Polo,se R Club. não terminaram bem"lumínen

    ®-

    Fluminenses "ver-sus" Cariocas

    UM EMPATE DE 3 A 3, ENTREO COMBINADO DE NICTHE-ROY E O COMBINADO AME-

    RICA-S. CHRISTOVAOEm Nictheroy, um combina-

    do de jogadores do São Chris-tivão e do Amerlca desta capi-tal, empatou com o combinadolocal, no jogo realizado do-mingo ultimo.

    Poi juiz da pugna o sr. Ho-mero Arcuri, do Syrio, e osteams tinham esta constitui-ção:

    NICTHEROYENSES: — Car-los — Luiz — Bibi — Evevar-do — Oscarino — Luciano —Binha — Clovls — Elviro —Manoel — Calau.

    CARIOCAS: — Lauro — ZéLuiz — Mosqueira — Hermo-genes — João — Ernesto —Tinduca — Doca — Sobral —Bahiano — Miro.

    Os pontos cariocas foram fei-tos por Doca, Sobral e Goulart,que substituiu Sobral, no se-gundo tempo. Os do combina-do nictheroyense foram obti-dos por Calau, Manoelzinho eClovis.

    Um incidente entre o arbitroe jogadores locaes empanou obrilho da contenda, o que é delamentar.

    O C R. Botafogo venceu o Vasco da Gama-O C Regatasdo Flamengo derrotou o Internacional de Regatas - Não serealizou o encontro Guanabara x Boqueirão do Passeio

    No campo do FundiçãoNacional

    O BARRA MANSA DERROTOU OCOMBINADO VV. S. J, P.

    Este jogo transcorreu sob grand"enthusiasmo.

    O campeão sul-fluminense ondeactuam grandes players como Al-berto, do São Christovão e algunsoutros, venceu o Combinado W. .'".J. P., p'ela contagem de 3 a 2.

    A team carioca careceu de jogode conjunto, fazendo os seus com-ponentes, jogo todo individual, dan-do a victoria merecida do clubEstado do Rio de Janeiro.

    Não terminou bem a primeira tarde do

    nosso water-polo na piscina do Fluminen-se Football Club.

    Annunciados seis jogos, para serem

    disputados dentro de um horário muitoapertado, o penúltimo desses jogos, já noi-

    te, cerca das 19 horas, teve de ser suspen-so, em virtude da inconveniente actuaçãode um arbitro, que confundiu, lastimável-mente, energia com parcialidade, provocan-do, com isso, uma irritação de ânimos que,explodindo primeiro entre jogadores menoscalmos, estava prestes a envolver a assis-tencia. . .

    Esta foi pouco numerosa e muito pa-ciente.

    Aturou o desenrolar de prelios nadainteressantes, repletos de faltas e golpes il-Iicitos dos contendores e de péssimas actua-

    ções dos árbitros, desde as 15 horas, comum calor de estufa, que faz no pavilhãoaquático tricolor, até noite fechada, já sob

    o clarão dos focos electricos, quando se

    desavieram players dos segundos quadrosdo Guanabara e do Boqueirão do Passeio,

    que desandaram a descompor-se e esbor-doar-se,

    "charivari" esse que levou o re-

    presentante da Federação a suspender a reu-nião. . .

    O publico saiu logrado em mais de

    partida e meia do programma, mas, não

    protestou, porque, se não houvesse essa me-dida de prudência, certo, elle sairia, talvez,logrado no jantar. . . E, o que é mais, pos-sivelmente, teria presenceado scenas maisdesagradáveis do que as já registradas eprovocadas pela severidade

    "sui-generis"

    de um juiz que, agindo como agiu, jamaisendireitará o nosso infeliz polo aquático!

    Esse juiz foi o principal culpado doespectaculo lamentável com que se assigna-lou a ida do salutar sport para o tanque na-tatorio do Fluminense.

    A elle cabe a responsabilidade desse

    descalabro inicial do water-polo no ambiente que lhe vem de ser dado, com o intuitolouvável de ver se logra melhorar de vida..

    Mas, cada vez mais cresce, em nós, aconvicção de que nem esse ambiente, nem asleis

    "regeneradoras" lograrão endireitar,dar prestigio, elevar o water-polo regional,

    quando os homens são os mesmos, os víciosos mesmos e os árbitros, ao invés de seretncompetentes, criteriosos e justos, só vêm es-ses mesmos homens e esses mesmos viciosde um lado, quando todo mundo está aasis-tindo aos agarramentos de parte a parte,está vendo que

    "guanabarinos" e "garra-

    fas" rivalizafYi em fouls, em jogo pouco lim-po, querendo vencer pela brutalidade, paranão perder pela lealdade I

    Mas, deixemos de mais palavras, queestas roubam o nosso espaço e nada conse-guem.

    O nosso water-polo, com taes jogado-res e taes juizes, é, positivamente, um casoperdido!

    do

    ASSOCIAÇÃO CATHOLICA DE ES-COTEÍROS DE S. BENTO

    Os escoteiros que formam a garbo-sa e disciplinada tropa escoteira deS. Bento, realizam amanhã, mais umensaio de football e technica eseo-,eira, na praça cte sport do Gymnasiode S. Bento.

    O Grupo Escoteiro de S. Bento, co-mo todos sabem, é um dos mais anti-gos do Brasil, fundado pelo padred. Henrique, sr. Peixoto Fortuna eoutros escotistas d'e destaque.AS ACTIVIDADES DO 10° GRUPO

    DO MAR'«¦ A 11 dc janeiro

    A's 15 horas já estávamos todos nasede e promptos para sair. Como,porém, além dos signaes de tempomáo e ventos perigosos para peque-nas embaveaçü-es, se desenhava e avo-lumava no céo o temporal immmen-te, nós aguardávamos o desfecho da-quella súbita transfiguração do sce-nario.

    O chefe havia feito tomar as me-didas do panno. bancadas, coxia, es-coras e outros melhoramentos a se-rem introduzidos no nosso barco. Derepente, rugindo, inundando,