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Ivair Ximenes Lopes - [email protected] Página 1 de 24 O TEMPLO, O REI. Ivair Ximenes Lopes MM, MdM, PM, MEM e MRA - MR, ME Sup Conselho Maçonaria Criptica Sup Conselho Real Arco Grau 31° Supremo Conclave Rito Brasileiro Grau 22° Sub Conselho Rep. Fed. REAA Naviraí MS, 17 de janeiro de 2014.

O Templo e o Rei, Ivair Ximenes

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O TEMPLO, O REI.

Ivair Ximenes Lopes MM, MdM, PM, MEM e MRA - MR, ME

Sup Conselho Maçonaria Criptica Sup Conselho Real Arco

Grau 31° Supremo Conclave Rito Brasileiro Grau 22° Sub Conselho Rep. Fed. REAA

Naviraí MS, 17 de janeiro de 2014.

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O TEMPLO, O REI

INTRODUÇAO

Templo de Salomão ocupa posição de destaque na simbologia Maçônica, sendo uma

fonte marcante de símbolos, alegorias e lendas para arcabouço do ensino e do entendimento Maçônico. O primeiro templo de pedra, construído em Israel,

projetado por Davi e executado por Salomão que o construiu, juntamente com Hiram, rei de Tiro, auxiliado por Hiram Abiff, o grande arquiteto-construtor.

Presume-se, que foram construídos debaixo do

templo, uma série de câmaras secretas e túneis que não são mencionados nos livros sagrados, onde eram guardados antigos conhecimentos ancestrais (desde os

fenícios) sobre rituais, tesouros, projetos e chaves astronômicas “sobre Vênus em posição com o Sol, sobre os solstícios e equinócios1”.

Infere-se que tais “conhecimentos representam o

verdadeiro sentido filosófico de nosso ritual maçônico, com todos os nossos enigmas, mistérios, segredos e aparatus, que faziam de Salomão o mais sábio rei dos reis”2.

A existência do Templo de Salomão é um mito, mas o

Maçom não desprezará o repositório inesgotável de ensinamentos velados por alegorias que nos proporciona a história (ou lenda) da sua construção.

Não despreza, ao seu tempo, a tradição dos Maçons

operativos, só porque ainda não obteve provas concretas e irrefutáveis. Nem mesmo negará a tradição bíblica por insuficiência de escavações arqueológicas.

1 O LIVRO DE HIRAM – Cristhopher Knight e Robert Lomas. “Madras Editora – 2005 2 Idem obra citada 1

O

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Na obra de Jules Boucher3: “nós os Maçons não tentamos reconstruir o Templo de Salomão; é um símbolo, é o ideal jamais terminado, onde cada Maçom é uma pedra, preparada sem machado nem martelo no silêncio da meditação”.

As mais antigas referências ao Templo de Salomão,

que aparecem em documentos maçônicos, são aquelas referidas no Manuscrito Cooke, datado de 1410.

Essa Old Charge4, datada do começo do século XV,

é uma compilação de tradições orais mais antigas, cultivadas pelos maçons operativos ingleses, irlandeses escoceses, o que nos leva a crer que a tradição de utilizar a construção do templo hebraico como alegoria iniciática era bem mais antiga. Segundo Lionel Vibert5, essa tradição é oriunda da constituição que o Rei saxão Athelstan, no Século X, outorgara aos pedreiros livres da Inglaterra.

Diz o Manuscrito Cooke6 que a arte da Maçonaria

foi aprendida pelos israelitas quando eles habitaram o Egito. Depois, quando se estabeleceram na Palestina ela foi

desenvolvida de acordo com as tradições hebraicas, transformando-se numa arte iniciática, nos mesmos moldes adotados pelos egípcios.

3 Simbólica Maçônica Boucher, Jules; Editora: Pensamento. 4 A Maçonaria escocesa não possuiu Old Charges como a sua congênere inglesa. As poucas cópias encontradas foram visivelmente copiadas de fontes inglesas, e uma ou duas concitam ingenuamente os profissionais escoceses a serem leais ao Rei da Inglaterra. Os Estatutos de Schaw eram considerados na Escócia com a mesma veneração que os ingleses demonstravam aos seus Old Charges 5 LIONEL VIBERT, Past Master Quator Coronati Lodge No. 2076, England. Autor da Maçonaria antes da existência de Grandes Lojas e A História da Arte e é editor de Miscellanea Latomorum. Ele contribuiu papéis para o Ars Quator Coronati Lodge. 6 È o segundo documento mais antigo das Old Charges ou “Constituições Góticas da Maçonaria”, e o mais antigo a ser escrito em prosa. Contém algumas repetições, mas comparado ao Regius há também muito material novo, muito do qual é repetido em outras constituições. Após uma prece de ação de graças de abertura, o texto enumera as Sete Artes Liberais, dando prioridade à geometria, a qual é equiparada à maçonaria. Então segue o conto dos filhos de Lameque, expandido a partir do Livro do Gênesis. Jabal descobriu a geometria e tornou-se o Maçom Mestre de Caim. Jubal descobriu a música, Tubalcaim descobriu a metalurgia e a arte da forja, enquanto que sua irmã Naamá descobriu a tecelagem.

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Somente com o tempo ela adaptou-se á mística da religião de Israel, no sentido de que procurava-se refletir na arte de construir o modelo arquetípico do universo, segundo entendiam os sacerdotes hebreus que Deus fazia em relação ao mundo.

Segundo aquela Old Charge7, foi o rei Davi quem

iniciou a construção do templo de Jerusalém. Salomão lhe deu continuidade e o terminou. Diz ainda esse documento, Hiram era filho do rei de Tiro.

João Anatalino8 observa que “Evidentemente, as

informações contidas no Manuscrito Cooke não foram inspiradas nos textos bíblicos. Não se encontram ali quaisquer informações nesse sentido. Nem nos trabalhos de Flávio Josefo se encontra qualquer alusão ao fato de ter sido o rei Davi e não Salomão o inaugurador das tradições maçônicas. É possível que esse equivoco tenha se originado no fato da Bíblia atribuir a Davi a intenção de construir um templo para Jeová, embora jamais o tenha levado á cabo. Ao que parece, os maçons operativos não se importavam muito com a exatidão histórica, pois a primazia de Davi sobre as obras de construção do templo aparecem também em outras Velhas Regras, o que nos leva a crer que tal informação era tida como verídica por eles.”

Seguindo, me embrenhei na pesquisa, com intuito de

esclarecer alguns momentos e de sublinhar algumas passagens que julguei pessoalmente relevante. Mas, nas pesquisas de material sincero, esbarrei em várias licenciosidades.

Dentro deste contexto, me permito errar ao citar ou

afirmar coisa diversa, mas com o intuito de acertar.

7 As Old Charges são uma série de documentos históricos, anteriores a fundação da Grande Loja da Inglaterra, que serviam como estatutos e constituições para os chamados Maçons Operativos, aqueles que exerciam efetivamente a profissão de construtor. A partir de 1640 são documentados ingressos de maçons chamados especulativos, cuja natureza da palavra nos leva a um sentido mais contemplativo e simbólico, deixando assim de lado a necessidade do ofício de pedreiro para o ingresso na Ordem. Sir Robert Morray em 1641 e Elias Aschmole em 1646, são considerados os primeiros Especulativos documentados na história da Maçonaria. 8 ANATALINO, JOÂO, Conhecendo a Arte Real - A Maçonaria e suas Influências Históricas e Filosóficas, Editora Madras, 2010

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O escrito apresentando permeia o conhecimento simbólico, porquanto provido de entendimento mais enfático aquele que caminhou nos estudos e leituras, em especial nos graus superiores seja de diversos ritos, em especial o Rito de York e o Rito Escocês Antigo e Aceito, debruçando na correlação do Rito Brasileiro.

OLIVRODEECLESIASTES

endo o Livro de Eclesiastes considerado por historiadores, como escrito por Salomão9, cito

o relato: "lembra - te do teu criador na tua mocidade, antes que venham os maus dias; e cheguem os anos dos quais venham a dizer: não tenho neles contentamento"10. Importante permear a história bíblica. Quanto a ter

sido ou não escrito por Salomão, vide as remissões, sigo aquelas assertivas. Este versículo, citado, demonstra que, Salomão idoso

e sem forças, aconselhava os jovens a lembrar-se do Criador11. A experiência lhe

9 Livro de Eclesiastes não identifica diretamente o seu autor. Há alguns versículos que dão a entender que Salomão escreveu este livro. Existem alguns indícios no contexto que podem sugerir que uma outra pessoa escreveu o livro após a morte de Salomão, possivelmente centenas de anos mais tarde. Ainda assim, a crença convencional é que o autor era na verdade Salomão. 10 Bíblia: Eclesiastes 1:1 11 O reinado de Salomão, como rei de Israel, durou de cerca de 970 AC até cerca de 930 AC. O livro de Eclesiastes foi provavelmente escrito no final do seu reinado, em aproximadamente 935 AC. Entretanto, visto que o livro começa assim: “Palavras de Coélet, filho de Davi, rei em Jerusalém.” Por isso, durante algum tempo, alguns atribuíram à Salomão a autoria do livro (filho de Davi, que se tornou o segundo rei de Israel). Todavia, Coélet não é um nome próprio, mas provavelmente indica aquele que fala durante o culto, na assembleia, ou seja, o pregador. É daí que nasce o termo “Eclesiastes” (assembleia, igreja).

L

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tinha forjado ao longo do tempo e a sabedoria, aquela requeria a Javé, o permitia lecionar.

A história de Salomão é registrada no livro de Reis: 1

Reis 1:1-11 e Crônicas capítulos 28 à 29. Todos os textos registram o esplendor de seu reino. O relato de Reis, entretanto, também demonstra a

queda gradual do rei na apostasia12. Isso é demonstrado por meio da ênfase em três pronunciamentos de Deus, quando cada um deles introduz uma nova fase na vida de Salomão e mostra o julgamento do Senhor sobre o que acontecera.

Para entender a vida e a obra desse grande

personagem bíblico, divido, na forma citada por estudiosos, as quatro partes da vida de Salomão:

1. a garantia do trono para Salomão13; 2. a sabedoria de Salomão e suas realizações14; 3. a fama internacional de Salomão e a consequente

apostasia15; e 4. os oponentes de Salomão16.

Não sigo a ordem, mas no texto faço referências á

divisão apresentada.

Embora o livro mencione o rei (1,16), essa atribuição é mera ficção literária do autor, que põe suas reflexões sob o patrocínio de um nome ilustre, um dos sábios por excelência de Israel. É um método comum entre os escritores sagrados. Graças a aspectos linguísticos e à doutrina do livro, os exegetas têm certeza que ele foi escrito depois do Exílio em Babilônia (587 antes de Cristo), cerca de 400 anos depois da morte do rei Salomão. Muitos estudiosos dizem que o livro teria sido escrito no III século antes de Cristo, quando a Palestina era submetida pelos Ptolomeus. 12 APOSTASIA: o abandono e a negação da fé. Ou seja, a negação daquilo que se crê, ou melhor, que se cria. De uma forma bem simples, é a negação do ensino da Bíblia e o afastamento das pessoas da vontade de Deus. 13 Bíblia: 1 Reis 1-2 14 Bíblia: 1 Reis 3-8 15 Bíblia: 1 Reis 9:11-8 16 Bíblia: 1 Reis 11:9-43

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AGARANTIADOTRONO

Alomão, décimo filho de Davi e o segundo de Bate-Seba com o rei, pois o primeiro morreu, como castigo pelo pecado de adultério e

homicídio de Urias, marido dela17. A história, de como os filhos mais velhos de Davi,

morreram, antes de subirem ao trono, ocupa boa parte do relato da vida e morte deste rei18.

Num certo sentido, esse material justifica a

legitimidade da escolha de Salomão como sucessor de Davi, apesar de não ser o filho mais velho.

Os relatos da escolha de Salomão e sua coroação em

Crônicas e Reis enfatizam duas perspectivas diferentes. Em Crônicas19, ele é ungido rei numa solenidade pública. Ali, é declarado o sucessor de Davi divinamente escolhido. Essa, porém, não é a visão de 1 Reis 1, a qual descreve uma cerimônia bem diferente, realizada às pressas e sem qualquer preparativo prévio. Aqui temos uma contradição a vencer. Mas que fique

claro, a observação hermenêutica do texto, na palavra de doutrinadores sérios, tanto católicos quanto reformados é que há o cumprimento dos desígnios do Senhor.

17 Bíblia : 2 Salmo 11 18 Bíblia : 2 Salmo 10 e 1 Reis 2 19 Bíblia : 1 Crônicas 28 e 29

S

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SALOMAOASSUMEOTRONO.

avi o entregou, nas mãos do profeta Natã, para criá-lo (lembrando Samuel) e este lhe chamou Jedidias (amado do SENHOR)20.

Quando ele tinha aproximadamente dezessete anos de

idade, foi elevado ao trono por seu pai que se encontrava prestes a morrer, para por fim às pretensões de Adonias, mais velho do que Salomão. Antes de morrer, Davi lhe deu conselhos e instruções.

Adonias.

Embora Salomão estivesse já empossado no trono, Adonias ainda tinha ambições de tomar o seu lugar. Salomão havia sido magnânimo com ele, perdoando a sua insurreição contra Davi, e permitindo que ele voltasse para sua casa, dizendo que poderia viver em paz se fosse homem de bem, mas seria executado se fosse achada maldade nele.

Pouco tempo antes de morrer, o rei Davi havia

tomado para si uma mulher jovem e formosa, chamada Abisague, mas não tinha tido relações maritais com ela.

Adonias procurou Bate-Seba, mãe de Salomão, e

declarou que o reino teria sido dele, e que todo o Israel esperava que ele reinasse se não tivesse sido transferido para Salomão. Pediu a intermediação de Bate-Seba junto ao rei Salomão para que Abisague [mulher de Davi] lhe fosse dada por mulher, como uma espécie de compensação pela injustiça que lhe fora feita.

Salomão tomou a única providência cabível nesse

caso: mandou executá-lo.

Abiatar

Abiatar era o último descendente do sacerdote Eli, a quem o SENHOR havia declarado profeticamente através de Samuel que sua

20 Biblia: 2 Samuel 12:22-25.

D

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descendência não continuaria no sacerdócio por causa da maldade dos seus filhos, a quem ele não disciplinava.

Ainda jovem, Abiatar fora o único sacerdote a escapar

do massacre de sacerdotes na cidade de Nobe, refugiou-se com Davi e se tornou o sumo sacerdote permanecendo leal ao rei Davi durante a rebelião de Absalão.

Salomão expulsou Abiatar do templo por se ter

envolvido na conspiração de Adonias, mas poupou a sua vida em reconhecimento pelos serviços que havia prestado ao rei Davi.

Joabe

Antes de morrer, Davi havia instruído Salomão a usar sua sabedoria para não deixar que Joabe morresse em paz, pelo que havia feito a Davi (matando o indefeso Absalão) e por ter assassinado os comandantes Abner e Amasa de Israel, em tempo de paz.

Quando Joabe soube que Abiatar havia sido castigado

por sua parte na conspiração, Joabe procurou refúgio indo segurar os chifres do altar, seguindo o exemplo anterior de Adonias que fora em seguida poupado por Salomão.

Mas foi inútil: Salomão mandou executá-lo ali

mesmo. O altar de Deus não dava proteção aos que quebrassem a lei de Deus.

Simei

Simei havia traído o rei Davi quando da rebelião de Absalão, amaldiçoando-o e jogando pedras sobre ele. Mas ao voltar Davi triunfante, Simei se humilhou e pediu perdão. Davi então jurou que não o mataria por aquilo que ele havia feito.

Salomão mandou chamar Simei e o pôs sob prisão

domiciliar. Se ele saísse de Jerusalém ele incorreria na pena de morte. Simei se deu por satisfeito, mas três anos depois ele saiu e deu a Salomão o motivo que precisava para executá-lo, o que Salomão imediatamente fez.

De forma sucinta, descrevi a forma com que Salomão

dispôs logo no início do seu reino daqueles que haviam já revelado seu mau caráter e infidelidade durante o reino de Davi.

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Com isso ele firmou sua autoridade e abriu caminho

para um reino de paz e prosperidade.

SALOMAOEOSISRAELITAS.

epois de tantas provações e disciplinas para conseguirem entrar na terra e se estabelecerem,

os israelitas começam a experimentar o que significa ser uma nação cujo Deus é o Soberano. O reinado de Israel chega ao ápice com Salomão,

constituindo-se política e religiosamente, mas também vemos seus fracassos e como uma nação poderosa que se destrói até perder a sua principal herança, a terra prometida.

Os relatos sobre os reis demonstram como os homens

são inconstantes em sua busca a Deus e como o fato de ter um rei a frente não significa nada se o mesmo não tiver o temor a Deus. O monarca de Israel devia entender que a sua luta não era somente política, mas principalmente a de guiar o povo para a verdadeira vivencia e convivência com os princípios basilares desta tradição.

Todas as exortações dos líderes anteriores, como

Moisés, Josué e Davi, sobre adorar o Deus Único somente, pareciam demasiadamente repetitivas. Mas os livros de reis comprovam que tais pregações tinham coerência, pois o povo se afastava muito fácil, seguindo a outros deuses, tornando-se semelhantes aos povos pagãos.

Outro aspecto que será visto é a consequência de

“brincarem” com o pecado. O povo de Israel, assim como nós, parecia desleixado em muitos momentos e mostravam ter um coração dúbio para obedecerem a Deus, cultuando Javé e ao mesmo tempo deuses como Baal, cujo rito era extremamente sensual.

Talvez nos surpreendamos em como Salomão podia

deixar o SENHOR Deus de Israel para seguir e edificar santuários para esses

D

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deuses cananeus, depois de ter construído e consagrado21 um tão suntuoso templo para o verdadeiro Deus.

Caiu em tentação e adorava à deuses pagãos ou era

pernicioso com eles: 1. Astarote Deusa dos sidônios: chamada "rainha dos céus"22, frequentemente associada ao deus-sol Baal (Senhor). Ela eqüivale à deusa Semiramiz da Babilônia, como Baal ao deus-sol Ninrode. Também era chamada Istar, uma das grandes deusas dos assírios. 2. Milcom, ou Moloque (rei) Abominação dos amonitas: seu deus nacional, a quem se sacrificavam crianças que eram queimadas vivas. Seu símbolo era o fogo, e o peixe, símbolos também de Ninrode dos babilônios. Eqüivale ao Quemos dos moabitas.

A justificativa fica por conta de que Salomão procurava agradar as suas mulheres, que vinham de diversas regiões e adoravam vários deuses.

A origem desses deuses, como vemos, está na

Babilônia, fazendo parte da religião babilônica que é a mãe de todas as religiões pagãs do mundo (não judaico-cristãs). Os israelitas haviam sido prevenidos contra adorar outros deuses, particularmente Moloque23.

21 Sergio Cavalcante, João Pessoa, Paraíba, Brazil, MI, ARLS Schalon nº 6, jurisdicionada a Grande Loja Maçônica do Estado da Paraíba “De acordo com a bíblia, nem o Sumo Sacerdote nem o seu “Assistente” desempenharam qualquer papel na dedicação do Templo, e de fato, eles não são mencionados nesse contexto. Salomão presidiu sozinho; ele falou e fez a prece. (I Reis, 8, e II Crônicas, 6 e 7). Jaquim certamente não participou da dedicação. Caso tenha prestado algum serviço (e ele certamente não é mencionado nesse sentido), fê-lo apenas com a sua presença, do mesmo modo que os convidados “participaram” – graças a presença – em um casamento.” 22 Bíblia : Jeremias 44:25 23 Bíblia : Êxodo 20:1-6; Levítico 18:21; 20:1-5

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A autoria do livro de Reis é desconhecido e não há nenhuma pista de quem o tenha escrito. Podemos afirmar que existem mais de uma hipótese para a sua elaboração. Se foi obra de um só autor, o mesmo compilou diversas informações registradas nos livros da história dos reis de Israel e no Livro da história dos reis de Judá, ou seja, ele dependeu de outros autores.

Salomão é tido como o homem mais sábio e mais rico

que experimentou tudo de bom que esta vida pode oferecer. A história de Salomão é fascinante e trágica e nos mostra a triste realidade de nossa natureza tão corrupta.

Embora os livros Bíblicos aliste por nome alguns

homens e mulheres de fé O que aconteceu com Salomão quando morreu? A Bíblia responde: “Os dias que Salomão reinou em Jerusalém sobre todo o Israel foram quarenta anos. Salomão deitou-se então com os seus antepassados e foi enterrado na Cidade de Davi, seu pai24.”

Não se pode precisar aonde se encontra o seu corpo. Essa conclusão dá a entender que há uma

possibilidade de ressurreição para as pessoas sobre as quais as Escrituras dizem especificamente que ‘se deitaram com seus antepassados’.

SALOMAOUMABIOGRAFIAIMPORTANTE.

o décimo ano de seu reinado, ele começou a construção do Templo de Jerusalém, obra que

exigiu a força de trabalho de um enorme número de israelitas durante sete anos. Quando o templo ficou pronto, Salomão convocou os

principais líderes do povo e ordenou o translado da Arca da Aliança para o templo.

24 Bíblia: 1 Re 11.42, 43

N

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No dia do cortejo, que foi feito com grande pompa, em que todos os sacerdotes e levitas cantavam salmos e o povo festejava, foi imolado um imenso número de ovelhas e bois em sacrifício.

A Arca foi colocada no local chamado de Santo dos

Santos, sendo que aí somente uma vez por ano era permitida a entrada do Sumo Sacerdote. O templo era muito grande e muito bonito, conforme contam as Sagradas Escrituras. Com o passar do tempo, ele [o Templo] se tornou o referencial maior para o povo de Israel.

Além de tudo isso, Salomão executou várias outras

obras, como o palácio real e suas dependências e ainda fortificou as muralhas de Jerusalém e ergueu torres de vigia em diversos pontos. Todas essas obras demandaram elevados recursos os quais, mais tarde, iriam refletir em impostos para o povo.

Salomão se tornou conhecido por sua sabedoria, bem

como por ter tido um reinado longo e pacífico. Outro ponto marcante de seu reinado foi a prosperidade que ocorreu em seus dias e as abundantes riquezas.

O comércio foi impulsionado, sendo que os israelitas

estabeleceram laços comerciais com diversos povos vizinhos. No Golfo de Ácaba, ele mantinha uma frota de navios

comerciais muito bem equipada. Conforme narra a Escritura, os cedros utilizados na construção do templo foram importados do Líbano.

Apesar de seu reinado ter sido pacífico, ele manteve

seus exércitos bem equipados, principalmente com carros e cavalos de guerra. Ao contrário de seu pai, Salomão não foi e nem

precisou ser um grande líder guerreiro. A extensão territorial herdada de Davi foi mantida durante seu reinado.

Assim, ele se dedicou a desenvolver as atividades

comerciais e também industriais e a melhorar o sistema administrativo, bem como estabelecer e fortalecer as relações diplomáticas com os povos vizinhos.

Numa dessas alianças políticas que o levou a se unir a

Hiram Rei de Tiro.

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Noutra dessas alianças políticas que o levou a se

casar com a filha do faraó. No entanto no Livro de Reis, é mencionado que ele

possuía setecentas mulheres e trezentas concubinas. Naqueles tempos antigos, e ainda mais no oriente, isso era considerado normal e aceito por todos.

OSENHORAPARECEPELAULTIMAVEZASALOMAO.

Senhor se indignou com Salomão por causa da sua infidelidade, e lhe apareceu novamente, pela terceira e última vez, avisando que o reino

de Israel seria tirado do seu filho e dado ao seu servo, porque Salomão não havia cumprido com a sua parte da aliança feita após a dedicação do templo. Mas em consideração a Davi e por amor a Jerusalém

ele permitiria que a sua descendência ficasse com uma tribo (além da tribo de Judá que era a de Davi).

Cito que, de tempos em tempos surgia algum profeta

contrário a essas práticas do Rei e as condenavam veementemente. E foi devido a esses excessos, os quais conduziram o rei a práticas de idolatria que, já no fim de sua vida, Deus falou-lhe que seu reino seria dividido. E assim aconteceu.

Historias e lendas

Entretanto, ao longo dos séculos, várias histórias uma das mais conhecidas é a que narra como o sábio rei julgou a disputa de uma criança por duas mulheres que afirmavam cada uma ser a verdadeira mãe do bebê. Ele ordenou que a criança fosse partida ao meio.

Dessa forma, a verdadeira mãe se tornou conhecida,

pois somente esta seria capaz de ver seu filho entregue a outra pessoa, vivo, do que vê-lo morto. Outra história trata da visita da rainha de Sabá, um reino que existia na Arábia, a Jerusalém para conhecer a sabedoria do rei Salomão.

O

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A sabedoria.

O ponto central da história de Salomão está no sonho que ele teve, quando o Senhor apareceu-lhe e disse:

"Pede-me o que quiseres e eu te darei". A resposta de

Salomão foi: "Senhor, meu Deus, fizeste-me rei, a mim vosso servo! Sou ainda muito novo e inexperiente e o vosso povo é numeroso. Dai-me um coração dócil para que eu saiba governar".

Então, o Senhor disse-lhe: "Não me pedes longos

dias, nem riquezas, mas sabedoria para bem julgar. Vou atender o teu desejo. Dou-te sabedoria e inteligência como ninguém a teve, nem jamais terá. Dou-te também o que não me pediste: riquezas e glória. E se tu guardares os meus preceitos, como os guardou teu pai Davi, dar-te-ei longos anos de vida".

Deus prometeu ao seu servo Davi que o seu filho

Salomão, iria construir o templo para ele, porque ele não permitia que Davi, apesar de ser um homem segundo o seu próprio coração, construísse o templo porque tinha derramado muito sangue em suas jornadas.

Então Deus queria que Salomão fizesse esse templo e

prometeu que o reino dele seria para sempre na descendência de Davi e também se Salomão viesse a pecar seria castigado pelas leis e julgamentos dos homens sofrimentos e não por Deus.

AMORTEDOREISALOMAO.

morte de Salomão, esta assim descrita:

“41 Quanto ao restante dos atos de Salomão, e a tudo o que ele fez, e à sua sabedoria,

porventura não está escrito no livro dos atos de Salomão? 42 O tempo que Salomão reinou em Jerusalém sobre todo o Israel foi quarenta anos25.

25 O reino unido durou 120 anos, Saul governou 40 anos; Davi, 40 anos e Salomão 40 anos. Com a morte de Salomão assume o trono seu filho Roboão. Roboão tem como herança o descontentamento geral e uma paz conturbada. O reino divide-se, dez tribos formaram o reino do norte, chamado "Israel", estas seguem Jeroboão; e duas tribos, Judá e Benjamin, formaram o reino

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43 E Salomão dormiu com seus pais, e foi sepultado na cidade de Davi, seu pai; e Roboão, seu filho, reinou em seu lugar26.

Para responder esta pergunta nos dirigimos aos textos Bíblicos que narram os fatos e encontramos dois textos: No primeiro livro dos Reis capítulo 11 e 2 Crônicas 9.

APARECEMOSINIMIGOS.

ntecedendo a morte de Salomão, a paz que existia no reinado, e que lhe havia permitido dedicar todo o esforço da nação em atividades

pacíficas dando-lhe uma invejável prosperidade, começou a ser ameaçada pelos seus inimigos. "Para os perversos, diz o meu Deus, não há paz"27. Três deles vão resumidos aqui: 1. Hadade o Edomita.

Da linhagem real de Edom, ele havia fugido ainda

muito jovem para o Egito com alguns dos seus homens quando o rei Davi conquistara Edom.

Este era um território, atualmente da Jordânia, de

importância estratégica pois controlava o caminho para o mar Vermelho. Hadade casou-se com a cunhada do faraó, e voltou para Edom durante o reinado de Salomão, dando início a operações militares contra ele.

do Sul, chamado Judá, que fica com Roboão. O reino do norte durou pouco mais de 200 anos e foi destruído pela Assíria em 772 a. C.. O reino do Sul foi um pouco mais além de 300 anos e foi destruído pela Babilônia no período entre 605 e 587 a. C. 26 Bíblia: 1 Reis11, 41-43 27 Bíblia: Isaías 47:21

A

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2. Rezom, rei de Damasco

Bandoleiro, fugido de Zobá onde Davi havia feito um

morticínio, foi coroado rei de Damasco pelos seus homens. Ele agora reinava sobre a Síria e detestava Israel, fazendo-se seu adversário todos os dias de Salomão.

3. Jeroboão da tribo de Efraim28 Ainda jovem, tinha sido colocado por Salomão como

capataz de uma de suas obras percebendo que era homem valente e capaz, moço laborioso.

Um dia o profeta Aías revelou-lhe em segredo que o

SENHOR lhe daria dez tribos do reino de Israel por causa da idolatria de Salomão.

Pelos desígnios de Deus, apenas uma tribo (além de

Judá) ficaria com o filho de Salomão, assim afligindo a descendência de Davi, mas não para sempre: é uma profecia do reinado do descendente de Davi e do reinado de Davi no milênio.

Jeroboão e a sua descendência ficariam no trono das

dez tribos de Israel, depois da morte de Salomão, desde que ele e a sua descendência ouvissem e obedecessem ao Senhor em tudo, e andassem nos Seus caminhos, e fizessem o que era reto perante Ele, guardando os Seus estatutos e os seus mandamentos, como fez Davi.

Jeroboão, no entanto, talvez por impaciência levantou

a mão contra o rei Salomão, e este procurou matá-lo. Mas conseguiu fugir para o Egito onde foi bem acolhido pelo rei Sisaque.

28 Jeroboão, filho de Nebate, efraimita de Zereda, e cuja mãe era mulher viúva.

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Roboão29

Salomão morreu, e Roboão, seu filho, reinou em seu lugar. Por esse tempo, Jeroboão retornou do Egito e se uniu ao povo clamando ao novo rei por uma administração mais justa e humana.

A insensatez e a insensibilidade de Roboão diante do

pedido agravou o descontentamento do povo. Indignado pela dureza das palavras de Roboão, o

povo das tribos do Norte30 romperam com o rei, provocando uma rebelião generalizada, para em seguida, conforme a palavra do Senhor, fazerem de Jeroboão rei sobre eles.

Tal atitude só não causou um grande derramamento

de sangue por causa da intervenção divina31.

CONCLUSOES

“A glória de Deus é ocultar certas coisas; tentar descobri-las é a glória dos reis...32”

história de Salomão como é conhecida, teve um triste fim para alguém que foi querido por

Deus, e que recebeu sabedoria e inteligência para construir o Templo de Jerusalém sonho de seu pai Davi.

29 Filho de Salomão com Naamá, sua esposa amonita. Ele sucedeu a seu pai no trono, em 997 AEC, aos 41 anos, e reinou por 17 anos [o último rei da monarquia unida]. 30 As dez tribos do Norte sob a liderança de Jeroboão se rebelam e se unem constituindo um novo reinado – o do Norte, com a denominação de Israel. No Sul ficam apenas duas tribos apoiando o filho de Salomão, Roboão, a de Benjamim e a de Judá, constituindo o Reino do Sul sob a denominação de Judá. 31 Bíblia: 1 Rs 12-24. 32 Bíblia: Provérbios 25:2

A

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O envolvimento com mulheres estrangeiras o levou ao afastamento de Deus, e a pratica de cultos religiosos estrangeiros.

Salomão iniciou seu reinado de forma admirável gozou das ricas bênçãos de Deus, prosperando materialmente mais do que qualquer outro dos seus servos aqui na terra, embora Edom e Damasco tenham sido perdidas.

Mas, não conseguiu permanecer nos caminhos de Deus e ser fiel até a sua morte.

Tudo poderia ser diferente para Salomão se ele tivesse seguido o que ele próprio escreveu no seu livro de Eclesiastes:

"De tudo o que se tem ouvido, o principal é: Teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo homem. Porque Deus há de trazer a juízo todas as obras, até as que estão escondidas, quer sejam boas, quer sejam más".

A narrativa bíblica nos fornece poucos elementos para falarmos do tipo de morte de Salomão. O que sabemos é que depois de governar por 40 anos dormiu com seus pais e foi sepultado na cidade de Davi, o local também não é identificado.

Surge a indagação, dos motivos da maçonaria ter adotada a lenda do templo, que se de um lado e simples doutro confunde-se com a história da humanidade.

Andersom33 deu vida com as constituições e abarcou vários destes conhecimentos antigos.

33 Anderson nasceu em Aberdeen, e foi um Mestre de Artes do Colégio Marischal naquela cidade. Ele estava em Londres em 1710 e foi ministro de uma capela Presbiteriana na Swallow Street, Piccaldilly, até 1734. Ele também foi capelão do conde de Buchan, e como o Earl foi um nobre representante da Escócia a partir de 1714-1734, provavelmente foi durante esses anos que ele manteve um estabelecimento de Londres. Não há precisão se o Conde era maçom, embora seus filhos eram. Quando Anderson foi iniciado, não sabemos, mas pode ter sido no Aberdeen Lodge. Há uma notável semelhança entre a sua entrada nas Constituições de seu nome como "Mestre de uma Loja e autor deste livro", e na entrada no Aberdeen marca de livro, de "James Anderson, vidraceiro e Mason e escritor deste livro."

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James Anderson afirmaria no livro da Constituição34 (1723) que “os israelitas ao deixarem o Egito, formaram um Reino de Maçons”; que “sob a chefia de seu Grão-Mestre Moisés (…) reuniam-se frequentemente em loja regular, enquanto estavam no deserto”, etc. Vale a pena ler essas páginas da história lendária de nossa sublime Ordem contada por Anderson coma s devidas ressalvas.

De fato, realmente, Anderson apenas repetia velhas lições transmitidas por antigos documentos de maçons operários, reunidos para seu exame e síntese.

As Obrigações eram lidas na cerimônia de ingresso de um aprendiz na loja medieval (algo análogo à iniciação de nossos dias), para que o novo membro aprendesse a história da arte de construir e da associação que o recebia. Inteirava-se das regras de bom comportamento e das exigências morais a que deveria se conformar.

Outrossim, de alguma forma, esses antigos documentos serviam com finalidade análoga a das nossas atuais cartas constitutivas, emprestando regularidade à loja. Alguns detalhes e documentação: [in O Templo do Rei Salomão na Tradição Maçônica, Alex Horne (trad. Otávio M. Cajado, pref. De Harry Carr; Ed. Pensamento, S. Paulo, 9a. ed.,1997, cap. V., p. 59 e segs.)].

Para o maçom, ensina Boucher, “o Templo de Salomão não é considerado nem em sua realidade histórica, nem em sua acepção religiosa judaica, mas apenas em sua significação esotérica, tão profunda e tão bela”.

Sabemos que todas as esperanças de humanidade sempre convergem e se sustentam na justiça, perfeição e harmonia. Ou seja, no

Isso foi em 1670 e este James Anderson há dúvida se é outra pessoa. Infelizmente, que os minutos para o período exato em que poderíamos esperar para encontrar o nosso autor. Em qualquer caso, ele estava familiarizado com a terminologia escocês que ele sem dúvida tinha alguma participação na introdução para o Inglês Maçonaria. [Maçonaria antes da existência de Grandes Lojas]

34 in Reprodução das Constituições dos Franco-Maçons ou Constituições de Anderson de 1723, em inglês e português (trad. e introd. de João Nery Guimarães, Ed. Fraternidade S. Paulo, 1982).

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homem perfeito que um dia existiu no universo, e que permanece na memória celular da humanidade como um arquétipo a ser recuperado.

Esse estado do homem que se perdeu na história das civilizações em consequência do abandono da virtude em detrimento do orgulho.

O homem ao adquirir o conhecimento do bem e do mal, pensou ter mais poder que os deuses. A memória desse estado, entretanto, refugiou-se no inconsciente humano, reprimida pelos apelos á racionalidade e ás necessidades da vida profana.

Para recuperá-lo, é preciso reconstruir a sociedade, como já se fizera várias vezes, e continuou a ser feito com a alegoria Templo de Salomão, o qual foi destruído e reconstruído várias vezes.

Para isso, entretanto, há dois caminhos: necessário construir um homem novo, regenerado, purgado de seus vícios, morto para a vida profana, na melhor tradição iniciática, mas regenerado para uma nova vida pessoal e social, baseada numa nova ética e numa nova moral, fundamentadas num humanismo espiritualista que atendesse tanto a razão prática, quanto á sensibilidade mística do homem religioso ou recuperar o homem ancestral perfeito, que se perdeu nas brumas do tempo.

Quando o antigo edifício é derrubado, sobre seus alicerces, se constrói o novo.

Esse é o fundamento da alegoria que se presta para o desenvolvimento da metáfora maçônica.

A Maçonaria tem como projeto, a construção do novo homem. Esse novo homem seria um Hiram, pedreiro moral, construtor do novo Templo de Salomão, arquétipo da sociedade ideal desejada pelo Sublime Arquiteto do Universo.

A tradição iniciática sustenta e a doutrina cristã confirma, era preciso que o mestre morresse, para que seus seguidores nele renascessem como iniciados.

Dessa simbologia, que incorpora todas as antigas tradições, desde o mito de Osíris, até o sacrifício de Jesus Cristo, nasceu o Drama de Hiram, que é o Land-Mark mais significativo de toda a doutrina maçônica.

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Quem entendeu este pormenor construiu o novo edifício social.

Assim a lição do Rei e do Templo são carregadas de forte apelo moral e social, onde o humanismo e a edificação são sustentados no Senhor dos Mundos, o grande geômetra que a tudo governou [inclusive o Rei] e governa [as personas].

Naviraí MS, 17 de janeiro de 2014. Ivair Ximenes Lopes MM, MdM, PM, MEM e MRA - MR, ME Sup Conselho Maçonaria Criptica Sup Conselho Real Arco Grau 31° Supremo Conclave Rito Brasileiro Grau 22° Sub Conselho Rep. Fed. REAA Filiado ARLS 28 de Outubro,32 Grande Loja Maçonica do Mato Grosso do Sul [email protected]

blog.msmacom.com.br

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SUMARIO

INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 2 

O LIVRO DE ECLESIASTES ......................................................................................... 5 

A GARANTIA DO TRONO ............................................................................................ 7 

SALOMÃO ASSUME O TRONO. .................................................................................. 8 

Adonias. ........................................................................................................................ 8 

Abiatar .......................................................................................................................... 8 

Joabe ............................................................................................................................. 9 

Simei ............................................................................................................................. 9 

SALOMÃO E OS ISRAELITAS. .................................................................................. 10 

1.  Astarote ................................................................................................................ 11 

2.  Milcom, ou Moloque (rei) ................................................................................... 11 

SALOMÃO UMA BIOGRAFIA IMPORTANTE. ........................................................ 12 

O SENHOR APARECE PELA ÚLTIMA VEZ A SALOMÃO. ................................... 14 

Historias e lendas ........................................................................................................ 14 

A sabedoria. ................................................................................................................ 15 

A MORTE DO REI SALOMÃO. ................................................................................... 15 

APARECEM OS INIMIGOS. ........................................................................................ 16 

1.  Hadade o Edomita. ............................................................................................... 16 

2.  Rezom, rei de Damasco ....................................................................................... 17 

3.  Jeroboão da tribo de Efraim ................................................................................. 17 

Roboão ........................................................................................................................ 18 

CONCLUSÕES .............................................................................................................. 18 

SUMÁRIO ...................................................................................................................... 23 

BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................ 24 

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BIBLIOGRAFIA

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Douglas, Trad. João Bentes, 2ª ed., São Paulo: Vida Nova, 1995. Obras citadas no texto. LIONEL VIBERT, Past Master Quator Coronati

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Maçonaria e suas Influências Históricas e Filosóficas, Editora Madras, 2010 Cristhopher Knight e Robert Lomas, O Livro de

Hiram” –. “Madras Editora – 2005.” Boucher, Jules, Simbólica Maçônica, Editora:

Pensamento.