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O terramoto de 1755 de joão m

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O terramoto de 1755O terramoto de 1755

Trabalho realizado por:Trabalho realizado por:João MiguelJoão Miguel

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Data - 1 de novembro de 1755, Dia de Todos os Santos (O terramoto deu-se há 257 anos)

Magnitude - 8,5 - 9,5 na escala de Richter Epicentro - no mar, entre 150 a 500 quilómetros a

sudoeste de Lisboa.

Vítimas- as estimativas variam entre os 10 000 e os 90 000 mortos em Lisboa.

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O sismo de 1755, também conhecido por Terramoto de 1755,

ocorreu no dia 1 de novembro de 1755, resultando na destruição

quase completa da cidade de Lisboa, e atingindo ainda grande

parte do litoral do Algarve. O sismo foi seguido de um tsunami -

que se crê tenha atingido a altura de 20 metros - e de múltiplos

incêndios tendo feito certamente mais de 10 mil mortos.

Os geólogos estimam que o sismo de 1755 atingiu a magnitude

de 9 na escala de Richter.

O terramoto de Lisboa teve um enorme impacto político e

socioeconómico na sociedade portuguesa do século XVIII.sociedade portuguesa do século XVIII.

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O sismo foi acompanhado por um maremoto ( Tsunami ).

O maremoto varreu o Terreiro do Paço e um gigantesco incêndio que, durante 6 dias, completaram o cenário de destruição de toda a Baixa de Lisboa.

Lisboa já havia sentido muitos terramotos, oito no século XIV, cinco no século XVI, incluindo o de 1531 que destruiu 1.500 casas, e o de 1597 que destruiu três ruas, e três no século XVI. No século XVIII foram mencionados os terramotos de 1724 e 1750. Este último precisamente no dia da morte de D. João V, mas ambos de consequências menores. Em 1755, ruíram importantes edifícios, como o Teatro da Ópera, o palácio do duque de Cadaval, o palácio real e o Arquivo da Torre do Tombo cujos documentos foram salvos, o mesmo não acontecendo com as bibliotecas dos Dominicanos e dos Franciscanos.

Foi neste contexto de tragédia e confusão que Sebastião José de Carvalho e Melo revelou as suas grandes capacidades de chefia e organização ao encarregar-se da restituição da ordem; enquanto as pessoas influentes e a própria família real se afastavam de Lisboa, Sebastião José de Carvalho e Melo (Marquês de Pombal) passou à prática a política de enterrar os mortos e cuidar dos vivos.Impediu a fuga da população ao providenciar socorros e ao distribuir alimentos. Puniu severamente os que se dedicavam ao roubo de habitações e de imediato começou a pensar na reconstrução de Lisboa.

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O nascimento da SISMOLOGIAO nascimento da SISMOLOGIA

A competência do ministro não se limitou à ação de reconstrução da cidade. O Marquês de Pombal ordenou um inquérito, enviado a todas as paróquias do país para apurar a ocorrência e efeitos do terramoto. O questionário incluía as seguintes questões:

Quanto tempo durou o terramoto? Quantas réplicas se sentiram? Que tipo de danos causou o terramoto? Os animais tiveram comportamento estranho? Que aconteceu nos poços? As respostas estão ainda arquivadas na Torre do Tombo. Através das respostas do

inquérito foi possível aos cientistas da atualidade recolherem dados fiáveis e reconstituírem o fenómeno numa perspetiva cientifica. O inquérito do Marquês do Pombal foi a primeira iniciativa de descrição objetiva no campo da sismologia, razão pela qual é considerado um precursor da ciência da sismologia.

As causas geológicas do terramoto e da atividade sísmica na região de Lisboa são

ainda causa de debate científico, existindo indícios geológicos da ocorrência de grandes abalos sísmicos com uma periodicidade de aproximadamente 300 anos.

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Notícia recente TVINotícia recente TVI

«Os maiores especialistas portugueses em sismos avisam que Portugal pode sofrer, a qualquer momento, um terramoto e um tsunami semelhantes aos que vimos no Japão e que vai matar dezenas de milhar de pessoas porque o país não está preparado. A Sociedade Portuguesa de Engenharia Sísmica, num documento a que a TVI teve acesso, avisa que em Portugal nem sequer os hospitais estão preparados para um sismo.

Portugal sofreu em 1755 um terramoto de magnitude 8,5 a 9, semelhante ao do Japão. E é uma certeza científica que vai repetir-se a qualquer momento. «Pode ser amanhã, pode ser depois de amanhã. É errado pensar que só será em 2755», disse à TVI Maria Ana Viana Baptista, geofísica.

O Laboratório Nacional de Engenharia, em 2005, previu que o grande terramoto vai matar entre 17 mil e 27 mil pessoas, mas essa estimativa peca por defeito. O grande problema está na falta de resistência da maioria dos edifícios portugueses, ao contrário do que acontece no Japão, explica Mário Lopes, professor do Instituto Superior Técnico.

«Conhecendo a cidade de Lisboa, receio que possamos ter riscos acentuados em mais de 50 por cento dos edifícios da cidade», disse João Appleton, engenheiro civil.

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O Algarve, o Litoral Alentejano e a grande Lisboa, serão gravemente afetados pelo sismo que pode acontecer a qualquer momento. Como no Japão, as zonas costeiras e as margens do Tejo vão voltar a sofrer o impacto mortífero de uma onda gigante.

Em Julho de 2010 todos os partidos votaram, por unanimidade, uma recomendação ao governo, para que se crie com urgência um plano nacional com vários pontos decisivos: redução da vulnerabilidade sísmica das infraestruturas hospitalares, escolares, industriais, governamentais, de transportes, energia, património histórico e zonas históricas dos núcleos urbanos. A resolução recomendava ainda ao governo o reforço do controlo da qualidade dos edifícios novos e a obrigatoriedade de segurança estrutural anti-sísmica nos programas de reabilitação urbana.

Oito meses depois, o governo não fez nada: limitou-se a propor um modelo de seguros, para indemnizar os prejuízos materiais dos sismos. A Sociedade Portuguesa de Engenharia Sísmica, num parecer enviado ao parlamento, reagiu com indignação: «A opção do governo é ineficiente, eticamente condenável porque não se preocupa com a salvaguarda da vida humana e contraria a resolução da Assembleia da República».

A verdade é esta: quando o sismo chegar, a Assembleia da República vai ficar de pé, porque recebeu obras de reforço anti-sísmico. Mas os principais hospitais de Lisboa, por exemplo, deverão colapsar.»