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O TERRÍVEL ESTADO DOS - O ESTANDARTE DE CRISTOoestandartedecristo.com/data/OTerrCuvelEstadoDosNC… ·  · 2015-06-01Traduzido do original em Inglês ... Paulo e Silas, embora agora

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O TERRÍVEL ESTADO DOS

NÃO-CONVERTIDOS

Issuu.com/oEstandarteDeCristo

Traduzido do original em Inglês

Natural Men in a Dreadful Condition

By Jonathan Edwards

Via: CCEL.org

(Christian Classics Ethereal Library)

Tradução por Tiago Cunha

Revisão e Capa por William Teixeira

1ª Edição: Fevereiro de 2015

Salvo indicação em contrário, as citações bíblicas usadas nesta tradução são da versão Almeida

Revista e Atualizada | ARA • Copyright © 1988, 1993 Sociedade Bíblica do Brasil.

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O Terrível Estado Dos Não-Convertidos Por Jonathan Edwards

“Então, o carcereiro, tendo pedido uma luz, entrou precipitadamente e, trêmulo,

prostrou-se diante de Paulo e Silas. Depois, trazendo-os para fora, disse: Senhores,

que devo fazer para que seja salvo?” (Atos 16:29-30)

Temos aqui e no contexto um relato da conversão do carcereiro, que é uma das mais nota-

veis nas Escrituras. Ele, anteriormente, parece não apenas ter estado completamente in-

sensível às coisas da Religião, mas ter sido um perseguidor, tendo perseguido estes mes-

mos homens, Paulo e Silas, embora agora venha a eles de forma tão urgente, perguntando-

lhes o que devia fazer para ser salvo. Lemos no contexto que todos os magistrados e mul-

tidões da cidade juntaram-se a uma em um tumulto contra Paulo e Silas, arrebatando-os, e

lançando-os na prisão, encarregando o carcereiro da sua guarda. Imediatamente ele os

lançou na prisão interior, e prendeu seus pés ao tronco. E é provável que não tenha agido

assim meramente como um servo ou instrumento dos magistrados, mas que tenha se

juntado com o resto do povo na sua fúria contra os apóstolos, e que assim o fez induzido

por sua própria vontade, bem como pelas ordens dos magistrados, o que o fez executar

suas ordens com tal rigor.

Mas quando, à meia noite, Paulo e Silas oravam e cantavam louvores, repentinamente hou-

ve um grande terremoto, e Deus abriu de forma tão maravilhosa as portas da prisão, e todas

as cadeias foram afrouxadas, o carcereiro ficou extremamente aterrorizado, e, em uma

espécie de desespero, estava prestes a se matar. Mas Paulo e Silas gritaram para ele: “Não

te faças mal algum, pois estamos todos aqui”. Então, pediu uma luz, e saltou dentro [ARC],

como temos o relato no texto. Podemos observar:

1. O objeto de sua preocupação. Ele está ansioso acerca de sua salvação: está aterrorizado

por sua culpa, especialmente por sua culpa no maltrato destes ministros de Cristo. Está

preocupado em escapar desse estado de culpa, o estado miserável que se encontrava de-

vido ao pecado.

2. O senso que tem do horror do seu estado atual. Isto ele manifesta de diversas maneiras:

1. Por sua grande pressa em escapar desse estado. Por seu afã em inquirir o que deve

fazer. Ele parece estar tolhido pela mais premente preocupação, sensível à sua presente

necessidade de libertação, sem qualquer adiamento. Antes, estava quieto e seguro em seu

estado natural; mas agora seus olhos foram abertos, está na mais urgente pressa. Se a

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casa estivesse em chamas sobre sua cabeça, não poderia ter sido mais diligente, ou estar

mais apressado. Se apenas tivesse andado, poderia logo ter chegado a Paulo e Silas, para

perguntar-lhes o que devia fazer. Mas estava em grande pressa para andar apenas, ou

correr, pois saltou; pulou para o lugar em que estavam. Ele fugia da ira. Fugia do fogo da

justiça Divina, e por isso apressava-se, como alguém que foge pela sua vida.

2. Pelo seu comportamento e gesto diante de Paulo e Silas. Ele se prostrou. Que tenha se

prostrado diante daqueles a quem havia perseguido, e atirado à prisão interior, e prendido

os pés ao tronco, mostra qual era o estado de sua mente. Mostra alguma grande perturba-

ção, que o alterou de tal maneira que o levou a isto. Estava, por assim dizer, despedaçado

pela perturbação de sua mente, em um senso do horror de sua condição.

3. Sua maneira urgente de inquiri-los acerca do que devia fazer para escapar desta condi-

ção miserável: “Senhores, que devo fazer para ser salvo?”. Estava tão perturbado, que foi

levado a se dispor a qualquer coisa; ter a salvação em qualquer termo, e por qualquer meio,

mesmo que difícil; foi levado, por assim dizer, a escrever uma fórmula, e entregá-la a Deus,

para que Ele prescrevesse seus próprios termos.

DOUTRINA: Os que estão em um estado natural, estão em uma condição terrível.

Isto me esforçarei para provar por uma consideração particular do estado e condição das

pessoas não regeneradas.

I. Quanto ao seu estado atual neste mundo.

II. Quanto às suas relações com o mundo futuro.

I. A condição daqueles que não são convertidos é terrível no mundo presente.

Primeiro. Devido ao estado depravado de suas naturezas. Os homens, quando vêm ao

mundo, têm naturezas terrivelmente depravadas. O homem, em seu estado primitivo, era

uma peça nobre de habilidade Divina; mas, pela Queda, está horrivelmente desfigurado. É

triste pensar que uma criatura tão excelente deva estar tão arruinada. O horror desta con-

dição, na qual se encontram os não-convertidos neste respeito, prova-se pelo seguinte:

1. O horror de sua depravação evidencia-se pelo fato de serem tão insensivelmente cegos

e ignorantes. Deus deu ao homem a faculdade da razão e do entendimento, que é uma

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nobre faculdade. Por ela, ele se diferencia de todas as outras criaturas inferiores. É exal-

tado em sua natureza acima delas, e é, neste aspecto, semelhante aos anjos, capacitado

a conhecer a Deus, e conhecer as coisas eternas e espirituais. Deus lhe deu entendimento

para este fim, para que O pudesse conhecer, e conhecer as coisas celestiais, e o fez capaz

de compreendê-las como quaisquer outras. Mas o homem degradou a si mesmo, e perdeu

sua glória neste respeito. Tornou-se ignorante da excelência de Deus à maneira das pró-

prias feras. Seu entendimento está cheio de obscuridade; sua mente está cega; está com-

pletamente cego para as coisas espirituais. Os homens são ignorantes de Deus, e igno-

rantes de Cristo, ignorantes do caminho da salvação, ignorantes de sua própria felicidade,

cegos em meio a mais brilhante e clara luz, ignorantes sob todas as formas de instrução.

Romanos 3:17: “Desconheceram o caminho da paz”. Isaías 27:11: “Não é povo de entendi-

mento”. Jeremias 4:22: “O meu povo está louco, já não me conhece; são filhos néscios e

não inteligentes”. Salmos 95:10-11: “É povo de coração transviado, não conhece os meus

caminhos. Por isso, jurei na minha ira: não entrarão no meu descanso”; 1 Coríntios 15:34:

“Alguns ainda não têm conhecimento de Deus; isto digo para vergonha vossa”.

Há um espírito de ateísmo prevalecendo nos corações dos homens; uma estranha disposi-

ção para duvidar da própria existência de Deus, e do outro mundo, e de qualquer coisa que

não possa ser vista com os olhos físicos. Salmos 14:1: “Diz o insensato no seu coração,

não há Deus”. Não percebem que Deus os vê, quando pecam, e os chamará a prestar

contas por isso. E, portanto, se podem esconder os pecados dos olhos dos homens, não

se preocupam, e são ousados em cometê-los. Salmos 94:7-9: “E dizem: O SENHOR não o

verá; nem para isso atentará o Deus de Jacó. Atendei, ó brutais dentre o povo; e vós, lou-

cos, quando sereis sábios? Aquele que fez o ouvido, não ouvirá? E o que formou o olho,

não verá? [ARC]”. Salmos 73:11: “E diz: Como sabe Deus? Acaso, há conhecimento no Al-

tíssimo?”. São tão insensivelmente incrédulos das coisas futuras, do céu e do inferno, que

comumente preferem correr o risco da condenação a serem convencidos. São estupida-

mente insensíveis da importância das coisas eternas. Como é difícil levá-los à fé, e dar-lhes

real convicção de que ser feliz por toda a eternidade é melhor que todos os outros bens; e

ser miserável por toda eternidade, debaixo da ira de Deus, é pior que todo mal. Os homens

mostram-se insensíveis o suficiente nas coisas temporais, porém muito mais nas espiri-

tuais. Lucas 12:56: “Hipócritas, sabeis interpretar o aspecto da terra e do céu e, entretanto,

não sabeis discernir esta época?”. São muito engenhosos para o mal; mas rudes naquelas

coisas que mais os importam. Jeremias 4:22: “São sábios para o mal e não sabem fazer o

bem”. Os ímpios se mostram mais tolos e insensíveis para o que lhes é melhor, do que os

brutos. Isaías 1:3: “O boi conhece o seu possuidor, e o jumento, o dono da sua manjedoura;

mas Israel não tem conhecimento, o meu povo não entende”. Jeremias 8:7: “Até a cegonha

no céu conhece as suas estações; a rola, a andorinha e o grou observam o tempo da sua

arribação; mas o meu povo não conhece o juízo do SENHOR”.

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2. Não há bem algum neles. Romanos 7:18: “Em mim, isto é, na minha carne, não habita

bem algum”. Não há neles nenhum princípio que os disponha a qualquer coisa boa. Os

não-convertidos não têm princípio mais elevado em seus corações do que o amor-próprio.

E nisso não excedem os demônios. Estes amam a si mesmos, e sua própria felicidade, e

temem sua própria miséria. E não vão mais longe. Seriam tão religiosos quanto os melhores

dos não-convertidos, se estivessem nas mesmas circunstâncias. Seriam tão moralistas, e

orariam com o mesmo fervor a Deus, e sofreriam o mesmo tanto pela salvação, se hou-

vesse oportunidades semelhantes. E, assim como não há bom princípio nos corações dos

não-convertidos, também nunca há quaisquer bons exercícios do coração, nunca um bom

pensamento, ou mover de coração neles. Particularmente, neles não há amor por Deus.

Jamais tiveram o mínimo grau de amor pelo Ser infinitamente glorioso. Jamais tiveram o

mínimo respeito verdadeiro pelo Ser que os criou, e em cujas mãos está sua respiração, e

de quem procedem todas as suas misericórdias. Conquanto, às vezes, possam parecer fa-

zer coisas por respeito a Deus, e revestem o rosto como se O honrassem, e altamente O

estimassem, tudo não passa de hipocrisia. Mesmo que haja um exterior limpo, são como

sepulcros caiados; por dentro não há nada senão putrefação e podridão. Não têm amor por

Cristo, o glorioso Filho de Deus, que é tão digno de seu amor, e que mostrou graça tão

maravilhosa pelos pecadores ao morrer por eles. Jamais fizeram qualquer coisa por res-

peito verdadeiro ao Redentor do mundo, desde que nasceram. Jamais produziram quais-

quer frutos a esse Deus que os criou, e em quem vivem, movem-se e tem seu ser. Jamais

responderam de alguma forma ao fim para o qual foram criados. Têm, até agora, vivido

completamente em vão, e sem nenhum propósito. Jamais obedeceram com sinceridade a

um mandamento de Deus; nunca moveram um dedo motivados por um espírito verdadeiro

de obediência a Ele, que os fez para servi-lO. E quando pareceram, externamente, concor-

dar com os mandamentos de Deus, em seus corações não o fizeram. Jamais obedeceram

movidos por um espírito de sujeição a Deus, ou por qualquer disposição em obedecê-lO,

mas meramente foram levados a isso pelo medo, ou de alguma forma influenciados por

seus interesses mundanos. Jamais deram a Deus a honra de nenhum de Seus atributos.

Nunca Lhe deram a honra de Sua autoridade, obedecendo-Lhe. Jamais Lhe deram a honra

por Sua soberania, submetendo-se a Ele. Jamais Lhe deram a honra de Sua santidade e

misericórdia, amando-O. Nunca Lhe deram a honra por Sua suficiência e fidelidade, confi-

ando nEle; mas olharam para Deus como Alguém indigno de ser crido e confiado, e o tra-

taram como se fosse um mentiroso: 1 João 5:10: “Aquele que não dá crédito a Deus o faz

mentiroso”. Eles jamais agradeceram de coração a Deus por uma simples misericórdia

recebida em toda sua vida, embora Ele os tenha sustentado, e tenham vivido debaixo de

Sua liberalidade. Jamais agradeceram genuinamente a Cristo por ter vindo ao mundo, e

morrido para lhes dar a oportunidade de serem salvos. Jamais lhe mostrariam alguma grati-

dão a ponto de recebê-lO, quando bateu em suas portas; mas sempre lha fecharam, embo-

ra tenha batido sem nenhum outro propósito senão o de oferecer-Se para ser seu Salvador.

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Jamais tiveram qualquer desejo verdadeiro por Deus ou Cristo em toda a sua vida. Quando

Deus se ofereceu para ser sua porção, e Cristo, para ser o amigo de suas almas, não os

desejaram. Jamais quiseram ter Deus e Cristo como sua porção. Prefeririam, ao contrário,

estar sem eles, se pudessem evitar o inferno sem Sua companhia. Jamais tiveram um pen-

samento honroso sobre Deus. Sempre estimaram as coisas terrenas antes dEle. E, apesar

de tudo o que ouviram nos mandamentos de Deus e de Cristo, sempre preferiram um

pequeno ganho mundano ou um prazer pecaminoso a eles.

3. Os não-convertidos estão em uma condição terrível devido à horrível impiedade que há

neles.

1. O pecado possui uma natureza terrível, e isso se dá porque é cometido contra um Deus

infinitamente grande e santo. Há na natureza do homem inimizade, desprezo e rebelião

contra Deus. O pecado se levanta como um inimigo do Altíssimo. É terrível para a criatura

ser inimiga do Criador, ou ter no coração algo como uma inimizade, como ficará bem claro,

se considerarmos a diferença que há entre Deus e a criatura, e como as criaturas, com-

paradas a Ele, são como o pó da balança, como nada, menos do que nada, um vácuo. Há

um mal infinito no pecado. Se víssemos a centésima parte do mal que há no pecado, isso

nos tornaria sensíveis que aqueles que têm qualquer pecado, ainda que seja mínimo, estão

em uma condição terrível.

2. Os corações dos não-convertidos estão completamente cheios de pecado. Se tivessem

apenas um pecado neles, seria suficiente para tornar suas condições muito terríveis. Mas

têm não apenas um pecado, mas todo tipo de pecado. Há todo tipo de desejo carnal. O co-

ração é um mero poço de pecado, uma fonte de corrupção, de onde emerge todo tipo de

córregos imundos. Marcos 7:21-22: “Porque de dentro, do coração dos homens, é que

procedem os maus desígnios, a prostituição, os furtos, os homicídios, os adultérios, a ava-

reza, as malícias, o dolo, a lascívia, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura”. Não há um

desejo maligno no coração do Diabo, que não esteja no coração do homem. Os homens

naturais são à imagem do Diabo. A imagem de Deus é demolida, e a imagem do Diabo é

estampada nele. Deus graciosamente se agrada em restringir a impiedade dos homens,

especialmente pelo temor e respeito que têm pelos seus créditos e reputações, e pela

educação. Não fosse tais restrições, não haveria tipo de impiedade que os homens não co-

meteriam, quando lhes viessem ao encontro. A prática daquelas coisas que os homens

agora, à simples menção, prontamente ficam chocados quando ouvem o relato, seria co-

mum e geral; e a terra seria um tipo de inferno. Se não temesse, o que o homem natural

não faria? Mateus 10:17: “acautelai-vos dos homens”. Os homens têm não apenas todo

tipo de luxúria, e disposições ímpias e perversas em seus corações, mas as têm em um

grau desesperador. Não há apenas o orgulho, mas um grau fantástico dele: orgulho tal que

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o dispõe a colocar-se acima até mesmo do trono do próprio Deus. Os corações dos não-

convertidos são meras sarjetas de sensualidade. O homem se tornou como as feras ao

colocar sua felicidade nas diversões sensuais. O coração está cheio das paixões mais re-

pugnantes. Suas almas são mais vis e abomináveis que a de qualquer réptil. Se Deus abris-

se uma janela no coração, de forma que pudéssemos contemplar o seu interior, seria o

espetáculo mais repugnante que já se viu sob nossos olhos. Não há apenas malícia nos

corações dos homens naturais, mas uma fonte dela. Os homens merecem, portanto, a

linguagem aplicada a eles por Cristo em Mateus 3.7: “Raça de víboras, quem vos induziu a

fugir da ira vindoura?” e Mateus 23:33: “Serpentes, raça de víboras!”. Eles, não fosse pelo

medo e outras restrições, não apenas cometeriam toda sorte de pecado, mas a que grau,

a que distância não procederiam! O que impede um homem natural de abertamente blas-

femar contra Deus, como faz qualquer um dos demônios; sim, de destroná-lO, se fosse

possível, e não houvesse o medo e outras restrições no caminho? Sim, não aconteceria

isto com muitos dos que agora aparecem com um rosto justo, falando muito de Deus, e com

muitas pretensões de adorá-lO e servi-lO? A grande impiedade dos homens naturais apa-

rece abundantemente nos pecados que cometem, não obstante todas estas restrições.

Todo homem natural, se refletir, pode ver o suficiente para mostrar-lhe como é excessi-

vamente pecador. O pecado flui do coração com tanta constância como a água flui de uma

fonte. Jeremias 6:7: “Como o poço conserva frescas as suas águas, assim ela, a sua malí-

cia”. E esta impiedade, que abunda desta maneira nos corações, tem domínio sobre eles.

São escravos dela: Romanos 7:14: “eu, todavia, sou carnal, vendido à escravidão do peca-

do”. Estão de tal maneira debaixo do pecado, que são conduzidos por suas luxúrias em um

curso contra suas próprias consciências, e contra seu próprio interesse. Apressam-se em

direção à própria ruína, e isso ao mesmo tempo em que suas próprias razões lhes advertem

que isto provavelmente será sua perdição. 2 Pedro 2:14: “Insaciáveis no pecado”. Devido

ao fato dos ímpios estarem de tal maneira sob o poder do pecado, o coração humano é

descrito como desesperadamente corrupto em Jeremias 17:9 e Efésios 2:1 diz: “[estáveis]

mortos nos vossos delitos e pecados”.

3. Os corações dos não-convertidos são terrivelmente endurecidos e incorrigíveis. Nada, a

não ser o poder de Deus, os moverá. Apegar-se-ão ao pecado, e continuarão nele, acon-

teça o que acontecer. Provérbios 27:22: “Ainda que pises o insensato com mão de gral en-

tre grãos pilados de cevada, não se vai dele a sua estultícia”. Não há nada que abale seus

corações, e nada que os leve à obediência: quer sejam misericórdias ou aflições, ameaças

ou chamados e convites da graça, reprovação ou paciência e longanimidade, ou conselhos

e exortações paternais. Isaías 26:10: “Ainda que se mostre favor ao perverso, nem por isso

aprende a justiça; até na terra da retidão ele comete a iniquidade e não atenta para a

majestade do SENHOR”.

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Em segundo lugar: O estado relativo dos não-convertidos é terrível. Isso será evidente se

considerarmos:

1. Seu estado relativo com respeito a Deus; e isso porque:

1. Eles estão sem Deus no mundo. Não têm interesse ou parte com Deus: Ele não é o Deus

deles. Ele próprio declarou que não o seria (Oséias 1:9). Deus e os crentes têm uma relação

pactual mútua e direito um ao outro. Eles são o Seu povo, e Ele é o Deus deles. Mas não

é o Deus pactual daqueles que estão em um estado natural. Há uma grande alienação e

estranhamento entre Deus e os ímpios: Ele não é seu pai e porção, não têm nada com que

possam questioná-lO, não têm direito a nenhum de Seus atributos. O crente pode reivin-

dicar um direito no poder de Deus, em Sua sabedoria e santidade, Sua graça e amor. Tudo

é renovado para ele, em seu benefício. Mas o não-convertido não pode reivindicar direito

algum a qualquer das perfeições de Deus. Não têm Deus para defendê-los e protegê-los

neste mundo mau: para defendê-los do pecado, de Satanás ou de qualquer mal. Não têm

Deus para guiá-los e orientá-los em quaisquer dúvidas ou dificuldades, para confortá-los e

apoiar suas mentes nas aflições. Estão sem Deus em todos as suas ocupações, em todos

os negócios que realizam, em seus assuntos familiares, e em todas os seus projetos

pessoais, nas suas preocupações exteriores e nas preocupações de suas almas.

Como poderia uma criatura ser mais miserável do que estando separada de seu Criador, e

não ter um Deus a quem possa chamar de seu? É miserável, de fato, aquele que vagueia

pelo mundo, sem um Deus para velar por si, e ser seu guia e protetor, e abençoá-lo nos

seus afazeres. A própria luz da natureza ensina que o Deus de um homem é seu tudo.

Juízes 18:24: “Os deuses que eu fiz me tomastes; que mais me resta?”. Não há senão um

Deus, e não têm direito algum a Ele. Estão sem aquele Deus, cuja vontade deve determinar

sua inteira existência, tanto aqui quanto na eternidade. Que os não-convertidos estão sem

Deus mostra que estão sujeitos a todo tipo de mal. Estão sujeito ao poder do Diabo, ao

poder de todo tipo de tentação, pois não têm Deus para protegê-los. Estão sujeitos a ser

seduzidos e enganados pelas opiniões errôneas, e a abraçarem doutrinas condenadas.

Não é possível enganar os santos desta maneira. Mas os não-convertidos podem ser

enganados. Podem tornar-se papistas, ou pagãos ou ateus. Nada que tenham pode livrá-

los disso. Estão sujeitos a ser entregues à dureza judicial de Deus no coração. Eles a mere-

cem, e, uma vez que Deus não é o seu Deus, não têm certeza se não lhes aplicará esse

terrível julgamento. Como estão sem Deus no mundo, estão sujeitos a cometer todo tipo de

pecado, e, até mesmo, o pecado imperdoável. Não podem ter certeza se não vão cometê-

lo. Estão sujeitos a construir uma falsa esperança do Céu, e, com essa esperança, irem ao

inferno. Estão sujeitos a morrer insensíveis e estúpidos, como muitos morrem. Estão

sujeitos a morrer da mesma maneira que morreram Judas e Saul, sem temor do inferno.

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Não estão seguros disso. Estão sujeitos a todo tipo de engano, uma vez que estão sem

Deus. Não podem dizer o que poderá lhes suceder, nem quando estão seguros de qualquer

coisa. Não estão seguros nem por um momento. Dez mil enganos fatais podem recair sobre

eles, e torná-los miseráveis para sempre.

Os que têm Deus por seu Deus estão livres de tais males. Não é possível que recaiam so-

bre eles. Deus é seu Deus pactual, e têm sua promessa fiel de ser seu refúgio. Mas quantos

enganos há que não possam recair sobre os não-convertidos? Quaisquer esperanças que

tiverem poderão ser desapontadas. Qualquer perspectiva ingênua que possa aparente-

mente haver de sua conversão e salvação, pode desvanecer. Podem fazer grandes pro-

gressos em direção ao reino de Deus, e, ainda assim, falhar no final. Podem parecer estar

em um estado deveras esperançoso de serem convertidos, e, ainda assim, jamais o serem.

Um homem natural não tem segurança alguma. Não está seguro de bem nenhum, nem de

escapar de qualquer mal. É, portanto, terrível a condição na qual se encontra o não-

convertido. Os que estão no seu estado natural estão perdidos. Desviaram-se de Deus, e

são como ovelhas perdidas, que se desviaram do seu pastor. São pobres criaturas desam-

paradas, em um deserto cheio de uivos, sem pastor para protegê-las ou guiá-las. Estão

desolados, e expostos a inúmeros enganos fatais.

2. Estão não apenas sem Deus, mas a Sua ira permanece sobre eles, João 3.36: “O que,

todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira

de Deus”. Não há paz entre Deus e eles, mas Deus está irado com eles, diariamente. Não

está apenas irado, mas o está num grau terrível. Há um fogo aceso na ira de Deus: ela está

em chamas. A ira permanece sobre eles, que, se fosse ela executada, os lançaria no mais

profundo inferno, e os tornaria miseráveis por toda eternidade. Provocaram o Santo de

Israel à ira. Deus sempre esteve irado com eles, desde que começaram a pecar: tem sido

provocado diariamente, e mais e mais, a cada hora. A chama de sua ira está continuamente

ardendo. Provocaram a Deus mais do que muitos no inferno, e com maior frequência. Aon-

de quer que vão, convivem com a terrível ira de Deus sobre si. Comem, bebem e dormem

debaixo de Sua ira. Como é terrível, portanto, a condição em que estão! É muito triste para

a criatura ter a ira do seu Criador sobre si. Essa ira de Deus é algo infinitamente terrível. A

ira de um rei é como o rugido de um leão; mas o que é a ira de um rei, que não é senão um

verme do pó, comparada à ira do Deus infinitamente grande e terrível? Como é horrível

estar debaixo da ira do Ser Primeiro, o Ser dos seres, o grande Criador e poderoso dono

dos céus e da terra! Como é terrível para uma pessoa estar debaixo da ira de Deus, que

lhe deu a existência, e em quem se move e existe, que é onipresente e sem o qual ela não

pode dar um passo, nem um suspiro! Os não-convertidos, além de estarem debaixo de ira,

estão debaixo de maldição. A ira e a maldição de Deus estão continuamente sobre eles.

Não podem ter um conforto razoável, portanto, em qualquer de suas diversões, pois nada

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sabem, senão que elas lhes são dadas em ira, e serão amaldiçoados por elas, e não aben-

çoados. Como é dito em Jó 18.15: “Espalhar-se-á enxofre sobre a sua habitação”. Como

podem, então, ter algum conforto em suas refeições, ou posses, quando nada sabem senão

que isso lhes é dado para prepará-los para a execução?

II. O estado relativo deles se mostrará terrível, se considerarmos como estão relacionados

ao Diabo.

1. Os que estão em um estado natural são filhos do Diabo. Assim como os santos são filhos

de Deus, os ímpios são filhos do Diabo: 1 João 3:10: “Nisto são manifestos os filhos de

Deus e os filhos do Diabo”. Mateus 13:38-39: “o campo é o mundo; a boa semente são os

filhos do reino; o joio são os filhos do maligno; o inimigo que o semeou é o Diabo”. João

8:44: “Vós sois do Diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos”. São, por

assim dizer, descendência do Diabo; procedem dele: 1 João 3:8: “Aquele que pratica o pe-

cado procede do Diabo”. Assim como Adão gerou um filho à sua semelhança, os ímpios

são à imagem e semelhança do Diabo. Eles reconhecem esta relação, e se consideram

filhos do Diabo, consentindo que ele seja seu pai. Sujeitam-se a ele, ouvem os seus con-

selhos, como os filhos ouvem os conselhos de um pai. Ele os ensina a imitá-lo, e a fazer

como ele faz, assim como as crianças aprendem a imitar seus pais. João 8:38: “Eu falo das

coisas que vi junto de meu Pai; vós, porém, fazeis o que vistes em vosso pai”. Como é terrí-

vel este estado! Como é horrível ser um filho do Diabo, o espírito das trevas, o príncipe do

inferno, esse ímpio, maligno e cruel espírito! Ter alguma relação com ele é mui terrível. Se-

ria considerado algo medonho e assustador o mero encontro com o Diabo, aparecendo ele

em uma forma visível para alguém. Como é terrível, então, ser seu filho; como é assustador

para qualquer pessoa ter o Diabo por seu pai!

2. Eles são cativos e servos do Diabo. O homem, antes da queda, estava em um estado de

liberdade; mas, agora, caiu nas mãos de satanás. O Diabo foi vitorioso, e o tomou cativo.

Os homens naturais estão em posse de satanás, e estão sob seu domínio. São conduzidos

por ele em sujeição à sua vontade, para seguirem suas instruções, e fazerem o que ele or-

dena, 2 Timóteo 2:16: “Tendo sido feitos cativos por ele para cumprirem a sua vontade”. O

Diabo governa sobre os ímpios. São todos seus escravos, e o servem com trabalhos força-

dos. Isto mostra que sua condição é terrível. Os homens consideram um estado de vida

infeliz ser um escravo; e, especialmente, ser escravo de um senhor mau, de alguém que

seja duro, implacável e cruel. Quão miseráveis consideramos aqueles que caíram nas mãos

dos turcos, ou outras nações bárbaras semelhantes, sendo destinados à mais baixa e cruel

escravidão, e tratados pior do que o gado! Mas o que é ser tomado cativo pelo Diabo, o

príncipe do inferno, e ser escravo dele? Não seria melhor ser escravo de qualquer um na

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terra a ser seu escravo? O Diabo é, de todos os senhores, o mais cruel, e trata os seus

servos da pior maneira. Coloca-os na realização dos mais vis serviços, os mais desonrosos

no mundo. Nada é mais desonroso que a prática do pecado. O Diabo põe seus servos para

realizarem obras que os degrada abaixo da dignidade da natureza humana. Devem tornar-

se semelhantes às feras para fazer esse serviço e servir às suas concupiscências imundas.

E, além da vileza do trabalho, é um trabalho árduo. O Diabo os escraviza às custas de sua

própria paz de consciência, e, com frequência, às custas de suas reputações, de suas pos-

ses, e encurtando seus dias. O Diabo é um senhor cruel, pois o serviço a que submete seus

escravos os destrói. Ele os põe em trabalhos forçados, dia e noite, para trabalharem em

suas próprias ruínas. Jamais pretende lhes recompensar por suas lidas, mas estas servem

para edificar sua destruição eterna. Serve para acumular combustível e chamas de fogo

para eles mesmos serem atormentados por toda a eternidade.

3. A alma de um não-convertido é a habitação do Diabo. Ele é não apenas pai deles, e seu

chefe, mas habita neles. É terrível para um homem ter o Diabo nas cercanias, visitando-o

com frequência. Mas é ainda mais terrível tê-lo habitando com um homem, e aceitar sua

habitação; e é ainda terrível tê-lo consigo, habitando no coração. Mas é isto que ocorre com

o não-convertido. Ele tem o Diabo habitando no seu coração. Assim como a alma de um

justo é a habitação do Espírito de Deus, a alma de um ímpio é a habitação de espíritos

imundos. Assim como a alma de um justo é o templo de Deus, a alma do ímpio é a sinagoga

de Satanás. Ela é chamada na Escritura de casa de Satanás, e palácio de Satanás, Mateus

12:27: “Ou como pode alguém entrar na casa do valente”, querendo dizer, o Diabo. E Lucas

11:21: “Quando o valente, bem armado, guarda a sua própria casa, ficam em segurança

todos os seus bens”. Satanás não apenas vive, mas reina, no coração do ímpio. Não ape-

nas fez sua morada lá, mas estabeleceu seu trono. O coração de um ímpio é lugar de en-

contro do Diabo. As portas do seu coração estão abertas aos demônios. Têm livre acesso

a ele, embora esteja fechado para Deus e Jesus Cristo. Há muitos demônios, sem dúvidas,

que se relacionam com um ímpio, e seu coração é lugar de encontro deles. A alma de um

ímpio é, como se diz da Babilônia, a habitação dos demônios, e a casa de todo espírito

imundo, e um ninho de toda ave imunda e odiosa. Assim, terrível é a condição de um ho-

mem natural por causa da relação em que ele está com o Diabo.

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Batismo de Crentes por Imersão, Um Distintivo

Neotestamentário e Batista — William R. Downing

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Carta de George Whitefield a John Wesley Sobre a

Doutrina da Eleição

Cessacionismo, Provando que os Dons Carismáticos

Cessaram — Peter Masters

Como Saber se Sou um Eleito? ou A Percepção da

Eleição — A. W. Pink

Como Ser uma Mulher de Deus? — Paul Washer

Como Toda a Doutrina da Predestinação é corrompida

pelos Arminianos — J. Owen

Confissão de Fé Batista de 1689

Conversão — John Gill

Cristo É Tudo Em Todos — Jeremiah Burroughs

Cristo, Totalmente Desejável — John Flavel

Defesa do Calvinismo, Uma — C. H. Spurgeon

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Discipulado no T empo dos Puritanos, O — W. Bevins

Doutrina da Eleição, A — A. W. Pink

Eleição & Vocação — R. M. M’Cheyne

Eleição Particular — C. H. Spurgeon

Especial Origem da Instituição da Igreja Evangélica, A —

J. Owen

Evangelismo Moderno — A. W. Pink

Excelência de Cristo, A — J. Edwards

Gloriosa Predestinação, A — C. H. Spurgeon

Guia Para a Oração Fervorosa, Um — A. W. Pink

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dos Pecadores, A — A. W. Pink

Jesus! – C. H. Spurgeon

Justificação, Propiciação e Declaração — C. H. Spurgeon

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2 Coríntios 4

1 Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos;

2 Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem

falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem,

na presença de Deus, pela manifestação da verdade. 3 Mas, se ainda o nosso evangelho está

encoberto, para os que se perdem está encoberto. 4 Nos quais o deus deste século cegou os

entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória

de Cristo, que é a imagem de Deus. 5 Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo

Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. 6 Porque Deus,

que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações,

para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. 7 Temos, porém,

este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós. 8 Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados.

9 Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos;

10 Trazendo sempre

por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus

se manifeste também nos nossos corpos; 11

E assim nós, que vivemos, estamos sempre

entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na

nossa carne mortal. 12

De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida. 13

E temos

portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também,

por isso também falamos. 14

Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará

também por Jesus, e nos apresentará convosco. 15

Porque tudo isto é por amor de vós, para

que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de

Deus. 16

Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o

interior, contudo, se renova de dia em dia. 17

Porque a nossa leve e momentânea tribulação

produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; 18

Não atentando nós nas coisas

que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se

não veem são eternas.