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1 O TRATO DO CONTEÚDO LUTAS: ANÁLISE DA PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO VEICULADO PELA REVISTA BRASILEIRA DE CIÊNCIAS DO ESPORTE (1979-2011) Franklin Jacinto da Silva* Eliane do Socorro de Sousa Aguiar** RESUMO O presente estudo objetiva compreender o trato do conteúdo lutas na produção do conhecimento, especificamente aquele veiculado pela Revista Brasileira de Ciências do Esporte (1979-2011). Caracteriza os estudos por autoria, instituição de origem, região geográfica; Verifica as principais temáticas evidenciadas nas pesquisas e realiza o mapeamento das principais lutas trabalhadas e o campo de intervenção das mesmas (escolar e não escolar). Utiliza a abordagem qualitativa, sendo uma pesquisa exploratória, valendo-se de um estudo bibliográfico e para interpretar os dados coletados, uma análise de conteúdo. Colabora para a compreensão qualificada do estágio de desenvolvimento desse conteúdo na produção do conhecimento. Palavras-chave: Lutas; Educação Física; Análise da produção do conhecimento. INTRODUÇÃO O presente estudo busca compreender o trato do conteúdo lutas no contexto da Educação Física. Visto que, acreditamos que este conteúdo é significativo, entretanto ainda percebemos que existe uma incompreensão do mesmo, tanto por parte de professores quanto de alunos, no sentido de entender esse conteúdo como capaz de proporcionar conhecimentos relevantes para a formação humana e social dos indivíduos. A aproximação com o tema de estudo deu-se em diferentes momentos da minha vida. Primeiramente, tive a experiência do Karatê, não nas aulas de Educação Física, mas como uma proposta alternativa na escola de ensino fundamental Anésia da Costa Chaves, onde estudei na cidade de Paragominas. Depois, ao ingressar no Curso de Educação Física da Universidade do Estado do Pará (CEDF/UEPA), ao cursar a disciplina Lutas, percebi que esse conteúdo era tratado de forma técnica e mecânica. Não sendo contemplado nas discussões e vivências proporcionadas na disciplina, princípios pedagógicos importantes para

O TRATO DO CONTEÚDO LUTAS: ANÁLISE DA PRODUÇÃO DO … · O presente estudo objetiva compreender o trato do conteúdo lutas na produção do conhecimento, especificamente aquele

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O TRATO DO CONTEÚDO LUTAS: ANÁLISE DA PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO VEICULADO PELA REVISTA BRASILEIRA DE CIÊNCIAS DO

ESPORTE (1979-2011)

Franklin Jacinto da Silva* Eliane do Socorro de Sousa Aguiar**

RESUMO

O presente estudo objetiva compreender o trato do conteúdo lutas na produção do conhecimento, especificamente aquele veiculado pela Revista Brasileira de Ciências do Esporte (1979-2011). Caracteriza os estudos por autoria, instituição de origem, região geográfica; Verifica as principais temáticas evidenciadas nas pesquisas e realiza o mapeamento das principais lutas trabalhadas e o campo de intervenção das mesmas (escolar e não escolar). Utiliza a abordagem qualitativa, sendo uma pesquisa exploratória, valendo-se de um estudo bibliográfico e para interpretar os dados coletados, uma análise de conteúdo. Colabora para a compreensão qualificada do estágio de desenvolvimento desse conteúdo na produção do conhecimento.

Palavras-chave: Lutas; Educação Física; Análise da produção do conhecimento.

INTRODUÇÃO

O presente estudo busca compreender o trato do conteúdo lutas no contexto

da Educação Física. Visto que, acreditamos que este conteúdo é significativo,

entretanto ainda percebemos que existe uma incompreensão do mesmo, tanto por

parte de professores quanto de alunos, no sentido de entender esse conteúdo como

capaz de proporcionar conhecimentos relevantes para a formação humana e social

dos indivíduos.

A aproximação com o tema de estudo deu-se em diferentes momentos da

minha vida. Primeiramente, tive a experiência do Karatê, não nas aulas de

Educação Física, mas como uma proposta alternativa na escola de ensino

fundamental Anésia da Costa Chaves, onde estudei na cidade de Paragominas.

Depois, ao ingressar no Curso de Educação Física da Universidade do Estado

do Pará (CEDF/UEPA), ao cursar a disciplina Lutas, percebi que esse conteúdo era

tratado de forma técnica e mecânica. Não sendo contemplado nas discussões e

vivências proporcionadas na disciplina, princípios pedagógicos importantes para

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compreender o ser humano em suas distintas dimensões – biológicas, sociais,

humanas e culturais. Sendo que tal disciplina pudesse nos auxiliar depois da

formação acadêmica, não apenas na escola, mas em todos os campos de

intervenção do professor de Educação Física, pois entendemos que independente

do espaço, a dimensão pedagógica deve acompanhar esse professor.

Outro momento que propiciou reflexões sobre o trato com o conteúdo lutas foi a

partir da disciplina Estágio Supervisionado, onde pudemos perceber a negação

desse conteúdo e observar que a maioria dos professores preza pela esportivização

das aulas de educação física, ou seja, há uma “prioridade dos conteúdos esportivos

em detrimento dos demais conhecimentos produzidos pela humanidade” (PARAISO,

2011, p.170). Temos acordo também com kunz (2004 p. 63) quando o mesmo afirma

que “O conceito de esporte que se vincula hoje a Educação Física é um conceito

restrito, pois se refere apenas ao esporte que tem como conteúdo o treino, a

competição, o atleta e o rendimento esportivo [...]”.

Para tanto, nossa compreensão de Educação Física vincula-se ao que defende

o Coletivo de Autores (1992), especificamente, quando apontam como conteúdos a

serem tratados pela Educação Física o esporte, a dança, as lutas, a ginástica e o

jogo. Mas como podemos perceber, o que tem predominado historicamente,

principalmente no contexto escolar, é a seleção de um único conteúdo – o esporte.

Desta forma, sendo negado os demais conhecimentos, que foram culturalmente

desenvolvidos e historicamente acumulados, dentre estes, nossa preocupação

prioritária vincula-se ao conteúdo das lutas.

Para realizar a apropriação e conhecimento do conteúdo em questão é que

buscamos em um periódico cientifico de grande circulação na área – RBCE –

elementos esclarecedores para saber o estágio de desenvolvimento das lutas.

Nesse sentido, a delimitação desse estudo volta-se para a análise do trato do

conteúdo lutas na produção do conhecimento veiculado na Revista Brasileira de

Ciências do Esporte (RBCE) no período de 1979 a 2011. Em que nossa pergunta

cientifica materializa-se a partir do quadro problemático explicitado e da delimitação

desse estudo, e assim, busca saber o seguinte: De que forma o conteúdo lutas é

tratado na produção do conhecimento veiculada pela RBCE no período de 1979 a

2011?

Para tanto, temos como objetivo geral: Analisar o trato do conteúdo lutas na

produção do conhecimento veiculado pela RBCE de 1979 a 2011. E como objetivos

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especificos: Identificar os estudos relacionados ao conteúdo lutas ao longo da

existência da RBCE (1979-2011), por autoria, instituição de origem e região

geográfica; Verificar as principais temáticas evidenciadas nas pesquisas; e Mapear

quais são as principais lutas trabalhadas e o campo de intervenção das mesmas

(escolar e/ou não escolar)

A pesquisa em questão é de suma importância para a compreensão do

conteúdo lutas, pois perspectiva apresentar o balanço da produção do conhecimento

sobre essa temática. Para isso, fundamenta-se nos constructos teóricos de Saviani

(1991) referentes à Monografia de base, que essencialmente significa a organização

do conhecimento, visando posteriormente estudos mais amplos e aprofundados. O

estudo visa organizar um banco de dados, para aqueles que queiram identificar

lacunas ou problemáticas significativas referentes a lutas, assim como pode ser

considerado uma boa fonte para se perceber o estágio de desenvolvimento desse

tema.

Para melhor compreensão do tema, dividimos a discussão do artigo da

seguinte forma: Inicialmente apresentamos as lutas no contexto geral, no que se

refere às problemáticas que esse conteúdo da Educação Física tem apresentado

como fatores determinantes que possam explicar por que o trato das lutas nos

diferentes ambientes educacionais é associado a violência. Em seguida,

explicitamos o material e métodos utilizados para a construção dessa pesquisa.

Depois, apresentamos os resultados e discussão dos dados coletados na RBCE,

sobre o conteúdo lutas. E por fim, temos a conclusão, momento que traçamos um

panorama geral do estudo e apontamos novas possibilidades de pesquisas.

1 O TRATO DO CONTEÚDO LUTAS: PROBLEMÁTICAS EVIDENCIADAS SOBRE ESSE CONTEÚDO

É Importante compreender o trato do conteúdo lutas na atualidade, devido as

distintas influencias que a mesma recebe, principalmente a midiática. Neste sentido,

vemos uma forte associação das lutas com a violência e até mesmo a compreensão

que atribui a ela um certo esvaziamento de sentido e significado. Para refletir sobre

isso, fazemos menção as Mixed Martial Arts (MMA), nomeclatura em inglês que

significa artes marciais mistas, que acabam por evidenciar muito esse fator de

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violência e pratica esvaziada. Consideramos que a veiculação das lutas, nos moldes

do MMA deturpa o que vem a ser realmente essa atividade e sua filosofia, uma vez

que, a mídia esta utilizando as lutas como esporte espetáculo, proporcionando

assim, uma ideia descontextualizada do que realmente estas representariam

socialmente e culturalmente. Isso acaba refletindo na forma como as pessoas

visualizam esse conteúdo, ou seja, associado aos atos de violência e as praticas

descontextualizadas. E não é isso que pensamos, pois segundo Lançanova (ano,

p.xx):

Importante é perceber o quanto e como as lutas e artes marciais estão presentes em nossa sociedade atualmente, os meios e as formas pelas quais chegam até nós. Podemos passar quase despercebidos das suas manifestações, esquecendo que são parte da cultura do movimento humano, historicamente produzidas e enriquecidas com a cultura dos seus povos de origem.

Para morais (2001), os desenhos animados, geram grandes influencias nos

telespectadores mirins, pois eles veem nos personagens uma grande identificação e

acham que podem ser iguais aos super-heróis, detendo suas habilidades de lutas e

suas forças, acham que quando crescerem poderão ser iguais aos personagens que

admiram.

As lutas sempre foram procuradas nas academias, com diversas finalidades

pelas pessoas, mais muitas delas acreditam que aprendendo uma luta poderão se

defender de ataques de outras pessoas e muitos também acham que sairão dando

“pancada” em todo mundo. Esse pensamento é bastante fortalecido, com o apoio da

mídia que vincula nos meios televisivos as lutas de forma deturpada, como já

mencionamos antes, associando estas a idéia de violência e pratica

descontextualizada. Para tanto, entendemos que os meios televisivos estão

promovendo aos espectadores uma imagem de esporte telespetáculo, que segundo

Betti (1997, p.34):

[...] a televisão, importa tanto a forma de mostrar o esporte, como seu conteúdo. Uma consequência imediata é a fragmentação e a distorção do fenômeno esportivo, pois a televisão seleciona imagens esportivas, e as interpreta para nós, propõe um certo "modelo" do que é "esporte" e "ser esportista".

Esse mesmo autor complementa afirmando que a televisão demonstra

posicionamentos no que se refere a “cultura de massa” ou da “indústria cultural”, se

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coloca como conservadora e alienante, gerando uma forma de dominação das

grandes massas, direcionando e manipulando a opinião das pessoas, promovendo

uma cultura de mercado, voltada para o processo capitalista (BETTI, 1997). Toda

essa manipulação da mídia gera nas pessoas uma consciência distorcida do

verdadeiro sentido das lutas o que elas realmente são e o que tem para oferecer

como cultura e também de filosofia, pois as artes marciais, na sua grande maioria

demonstram uma filosofia de vida que seria um espelho para aqueles que almejam

uma vida mais serena e compreensiva.

Devemos ressaltar que as lutas também fazem parte dos conteúdos que

devem ser ensinados na escola, pois estão inseridos em um contexto social, com os

alunos e professores. Portanto, o que vemos é a negação das praticas corporais de

maneira geral, e no caso especifico das lutas, e ao negarmos este e outros

conteúdos aos alunos, estamos privando o acesso ao conhecimento que foi

produzido, elaborado e desenvolvido pela humanidade, e que desta forma, fazem

parte da construção humana.

A grande pergunta que muitos professores fazem é se o conteúdo lutas não irá

trazer para o ambiente escolar mais violência, esse “medo” nos remete a pensar

como esses professores tratam às lutas, pois a luta a ser ensinada na escola não

deve ter como objetivo formar lutadores ou competidores e sim, proporcionar uma

vivência dessa cultura a partir de princípios pedagógicos. De acordo com Ramalho

(2002 apud AGUIAR, 2008, p.03)

É obvio que existem algumas modalidades esportivas discutíeis. Por isso, é bem difícil distinguir um conteúdo educativo que não nos remeta a pensar em violento como o boxe, no jiu-jitsu ou no chamado ‘vale-tudo’, por exemplo. Isso não constitui, contudo, que você possa ignorá-las.

Para colaborar, Alves Junior (2006, p. 7) afirma que “[...] devemos ter

consciência que qualquer atividade física esportiva ou não é nem nociva nem

virtuosa em si, ela transforma-se segundo o contexto”. O importante é ter definido

como e para que estamos utilizando as lutas. Temos que decidir qual caminho

queremos seguir, caso contrário os resultados obtidos podem ficar longe de serem

os pretendidos.

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MATERIAL E MÉTODOS

No presente estudo utilizamos a pesquisa qualitativa a partir da compreensão

de Minayo (2000) onde ela diz que são aquelas metodologias possíveis de

“incorporar a questão do SIGNIFICADO e da INTENCIONALIDADE como inerentes

aos atos, as relações e às estruturas sociais, sendo essas últimas tomadas tanto no

seu advento quanto na sua transformação, como construções humanas

significativas” (p. 10).

O estudo caracteriza-se por ser do tipo explicativo, pois segundo Gil (2007)

busca entender os fatores que são determinantes ou que auxiliem no processo da

realização dos fenômenos. Sendo que, este tipo de pesquisa é o que mais se

aproxima da realidade, porque procura explicar a razão e o porquê das coisas.

A partir da opção pelo tipo de estudo, essa pesquisa é do tipo bibliográfica, que

de acordo com Gil (1991), corresponde a uma pesquisa elaborada a partir de

material já publicado, constituído principalmente de livros, artigos de periódicos e

atualmente com material disponibilizado na Internet. Considerando essa acepção,

buscamos compreender como o conteúdo lutas foi tratado na produção do

conhecimento, especificamente aquela veiculada na RBCE de 1979 a 2011. A opção

por esse periódico cientifico, justifica-se pela consolidação e enorme

representatividade na área, por ela ser indexada em indicadores internacionais e

por isso reconhecida por sua grande qualidade no sistema Qualis/Capes1.

Para a realização da coleta de dados nos apropriamos do cd de 25 anos da

entidade, que compila a produção de 1979 a 2003. Em seguida buscamos no site:

www.rbceonline.org.br, conhecer o arquivo da revista referente ao período de 2004 a

2011, sendo que o levantamento de 32 anos de RBCE totalizou 105 edições.

Posteriormente, passamos para a seleção do material de análise. Para efeito

de delimitação, das 105 edições, analisamos apenas os artigos, devido a

originalidade e estrutura dos mesmos, e assim, descartando a análise de editoriais,

pontos de vista, relatos de experiência, resumo de teses e dissertações e resenhas.

1 Segundo a CAPES, o Qualis é a classificação referência dos veículos de publicação da produção

intelectual dos programas de pós-graduação stricto sensu no Brasil, que visa à fundamentação e o aperfeiçoamento dos indicadores que subsidiam o processo de avaliação do Sistema Nacional de Pós-Graduação (SNPG). Esta classificação materializa-se na listagem dos periódicos científicos, classificados por área de avaliação. Ver mais informações a respeito no sítio: http://www.capes.gov.br/avaliacao/qualis

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Após essa fase de leitura do material coletado, o próximo passo foi a analise

de conteúdo, que de acordo com Trivinõs (1987, p.161) divide-se da seguinte forma:

pré-análise (organização do material), descrição analítica dos dados (codificação,

classificação, categorização) e interpretação referencial (tratamento e reflexão).

A partir das etapas evidenciadas pelo autor elaboramos metodologicamente

os seguintes passos da pesquisa: 1) Identificação dos estudos referentes a lutas na

RBCE de 1979 a 2011; 2) Reconhecimento das edições da revista para identificar os

textos de interesse; 3) Leitura do material selecionado e analise do conteúdo; 4)

Organização dos dados coletados.

RESULTADO E DISCUSSÃO

A coleta de dados na RBCE (1979-2011) priorizou a seleção de artigos

científicos (APÊNDICE A), sendo que das 105 edições, identificamos apenas 11

artigos que tratam da discussão das lutas, em que apresento a seguir os indicadores

de analise: A) CARACTERIZAÇÃO DOS AUTORES: Identificar quem são os

autores dos trabalhos? Titulação? Se produzem individualmente, em dupla, em trio,

a partir de grupo de pesquisa? Seus vínculos institucionais? Seus estados e regiões

de origem? B) TEMÁTICAS EVIDENCIADAS NAS PESQUISAS: O que tem sido

pesquisado sobre o conteúdo lutas? Quais as temáticas mais pesquisadas? As

menos pesquisadas? C) LUTAS TRABALHADAS E O CAMPO DE INTERVEÇÃO:

identificar quais são as principais lutas trabalhadas nos distintos campos de

intervenção (escolar e não escolar);

A) CARACTERIZAÇÕES DOS AUTORES

Identificamos que a maioria dos estudos foi produzido individualmente

(APÊNCICE B). Onde, 05 autores produziram individualmente, 03 em dupla, 01 em

quarteto, 01 em quinteto e 01 sexteto. Podemos ainda verificar que a maioria dos

professores estão vinculados a universidades federais, totalizando 13 professores,

nas universidades estaduais 06 professores, nas universidades particulares 02, em

grupos de estudos 03, e ainda encontramos um atleta que participou da elaboração

de um artigo, não identificamos textos produzidos por professores da educação

básica. Podemos perceber que, alguns desses professores produziram tanto em

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universidades como em grupos de estudo. Verificamos ainda que, dos 11 artigos

encontrados nos periódicos da RBCE, 11 foram produzidos por Doutores, 06

Mestres, 02 Especialistas, 01 Graduado e 01 Atleta de Judô. Observamos ainda,

que a região Norte não teve nenhuma produção nesta linha de pesquisa, a região

Sudeste teve 03 produções, a Sul 03, Nordeste 03, Centro-Oeste 02.

B) TEMÁTICAS EVIDENCIADAS NAS PESQUISAS

Os artigos coletados na RBCE foram analisados a partir de categorias

elencadas a priori, que de acordo com Minayo (2008 p. 178) descreve que,

categorias são considerações classificatórias. Organiza-se através de meios

expressivos, onde se pensa os fatos de maneira hierarquizadas. As Categorias

Analíticas referem-se as relações históricas sociais que são fundamentais, que

servem de base teórica e direcionam para um conhecimento dos elementos

evidenciados nas suas formas mais amplas. Enquanto, que as Categorias

Operacionais são desenvolvidas com intuito de demonstrar a aproximação com o

objeto de análise. Para isso, levando em consideração a forma como serão

elaboradas essas pesquisas (na forma empírica), onde o objetivo e ressaltar e

analisar o trabalho de campo. Nas Categorias Empíricas, são desenvolvidas a

posteriori, quando observadas e compreendidas através de atores sociais, que

favoreceram para elaboração da construção de relação do grupo que esteja sendo

pesquisado (MINAYO, 2008).

Nesse estudo, a análise dos textos sobre o conteúdo lutas permitiu sua

organização em 04 categorias, identificadas da seguinte forma: luta e saúde; luta e

cultura; luta e educação; luta e história.

Dos 11 artigos encontrados na RBCE, 04 trataram das lutas e saúde, 03

abordaram as lutas e cultura, 02 trataram lutas e história e outras 02 lutas e

educação. Portanto, ficou evidente que as lutas foram mais discutidas em um

contexto voltado para a saúde e pouca abordada na questão educacional.

Verificamos através da análise de conteúdos extraídos da RBCE, que a maioria

dos artigos analisados, tratou do conteúdo lutas através de manifestações da luta e

cultura (APÊNDICE C), onde identificamos 06 artigos que tratavam desse conteúdo

de forma histórica (lutas e história) e por meio de relatos de alguns praticantes de

determinadas lutas, no caso dos artigos aqui encontrados a capoeira, 04 estavam

relacionados a luta e saúde, aptidão física, rendimento e treinamento de atletas e

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apenas 02, que tinham o cunho pedagógico estava relacionado a luta e educação,

com o objetivo de mostrar que a luta pode ser trabalhada no contexto escolar de

forma pedagógica e com o intuito de colaborar para a formação social, cultural e

intelectual do individuo.

C) LUTAS TRABALHADAS E O CAMPO DE INTERVENÇAO

Quando passamos para compreensão das lutas trabalhadas e o campo de

intervenção da mesma (escolar e não escolar), percebemos através dos 11 artigos

da RBCE, que tal conteúdo pode se tratado, nas escolas, academias, projetos

sociais, etc. Entretanto o que constatamos é que a maioria dos trabalhos estão

voltados para o ambiente não escolar, no caso dos 11 artigos analisados 07 tratam

as lutas em um contexto que não estava relacionado a escola e apenas 04 estavam

enfatizando esse conteúdo no ambiente escolar (APÊNDICE C).

Os estudos apontam a capoeira como a luta mais evidenciada (APÊNDICE C),

sendo que encontramos 07 trabalhos que discutiam a capoeira, 02 tratam do karatê,

01 do judô e 01 do Taekwondo.

Podemos notar que a capoeira é a luta mais tratada neste estudo. Onde se

esta sendo discutida mais no âmbito da cultura corporal e pouco relacionada ao

ensino – aprendizagem nas escolas.

A Educação Física brasileira precisa, assim, resgatar a capoeira enquanto manifestação cultural, ou seja, trabalhar com a sua historicidade, não desencarná-la do movimento cultural e político que a gerou. Esse alerta vale nos meios da Educação Física, inclusive para o judô que foi, entre nós, totalmente despojado de seus significados culturais, recebendo um tratamento exclusivamente técnico (COLETIVO DE AUTORES 1992, p.53).

O que percebemos é que a capoeira é bem evidenciada nos artigos

encontrados na RBCE. No entanto, sobre formas de relatos e histórias da sua

construção no Brasil. E assim, deixando de discutir uma capoeira que esteja inserida

no contexto geral e também mostrando como tratá-la no contexto escolar,

possibilitando uma socialização desse conteúdo e que possa somar para a formação

dos cidadãos.

CONCLUSÃO

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A presente pesquisa teve o intuito de averiguar como foi tratado o conteúdo

lutas em um periódico cientifico de grande circulação na área – RBCE – para

identificar, a partir dos eixos de análise elencados, o estágio de desenvolvimento da

produção do conhecimento do conteúdo em questão.

Nesse sentido, evidenciamos que as questões levantadas no inicio desse artigo

foram plenamente respondidas, sendo que, os objetivos propostos foram

contemplados nesse processo de desenvolvimento do estudo. Relatamos que nessa

caminhada investigativa, tivemos algumas dificuldades, pois nossa intenção inicial

era a compreensão do conteúdo lutas apenas no contexto escolar, mas conforme

fomos nos apropriando do material de análise, percebemos que não haveria material

suficiente para realizar uma análise consistente, por isso, resolvemos redimensionar

nosso questionamento e objetivos iniciais, para compreender a luta numa dimensão

mais abrangente.

O fato de não ter muita produção voltada para o trato da luta na escola, nos

pareceu uma problemática, que acabou confirmando uma impressão que nos

acompanha na vida pessoal e acadêmica, de que realmente esse conteúdo é

negado nesse ambiente, e de que há uma incompreensão referente ao trato do

mesmo. Mas redimensionar o estudo, não trouxe prejuízos ao mesmo, pois

acreditamos que visualizar a luta de forma abrangente ampliou as referencias, e

possibilitou um olhar critico e reflexivo para esse conteúdo, em que entendemos que

o mesmo deve ser foco de debates e pesquisas cientificas rigorosas, visto as

representações, incompreensões e lacunas existentes.

Diante disso, pensamos ser de extrema importância estudos que

problematizem o trato do conteúdo lutas na escola, que lutas são trabalhadas, e a

partir de que pressupostos teórico-filosóficos etc. Com isso, podemos dar uma

enorme contribuição para o desenvolvimento desse conteúdo, especificamente

aquele evidenciado no “chão da escola”.

The Tract Of Content Wrestling: Analysis Of The Production Of Knowledge Conveyed By The Journal Of Sport Sciences (1979-2011)

ABSTRACT

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This study aims to understand the struggles tract content in the production of knowledge. Analyzes the Journal of Sport Sciences (1979-2011). Characterizes the studies by author, institution, geographic region, theoretical orientations, leading labor struggles in the school context, the main pedagogical approaches that guide the physical education content dealing with struggles in physical education classes. Approach uses qualitative and exploratory research, using a bibliographical study and interpret the data collected, an analysis of content. Contributes to a qualified understanding of the developmental stage of the content in the production of knowledge.

Keywords: Wrestling. School Physical Education. Analysis of knowledge production.

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KUNZ, Elenor. Transformação Didática Pedagógico do Esporte. 6 ed. Ijuí: Unijuí, 2004. LAKATOS, Maria Eva. MARCONI, Maria de Andrade. Metodologia do trabalho cientifico /4 ed. São Paulo. revis. e Ampl. Atlas, 1992. LIBÂNEO, José Carlos. Didática: velhos e novos temas. São Paulo: Cortez, 1994– (Coleção magistério 2º grau. Série formação do professor). MINAYO M. C. S. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 11 ed. São Paulo: Hucitec, 2008, p. 107 – 108. MORAIS, Ana Lúcia de Oliveira. As crianças e a violência na Televisão. Fórum Média 6n.º 03 - novembro de 2001. Fórum estudante. [online] Disponível em: < http://www.ipv.pt/forumedia/3/3_fe5.htm >. Acesso em: 1º de Outubro de 2006. ORTEGA, E. M. As lutas e suas relações com a Educação Física escolar.1 v. Tese de Conclusão de Curso (Graduação) - Curso de Educação Física, Universidade Estadual de Campinas. Campinas, 1998. PARAISO, C. S. O trato com o conhecimento da ginástica: um estudo sobre possibilidades de superação. Motrivivência, ano XXIII, nº36, p.169-196, Jun.2011. RAMALHO, P. Luta, sinônimo de paz. In: Nova Escola, Belo Horizonte, Ed. 155, set. 2002. Disponível em:<www.novaescola.abril.uol.com.br>. Acesso em: 18 novembro 2011. SAVIANI, D. Concepção de Dissertação de Mestrado Centrada Na Idéia de

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Introdução a pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação.

São Paulo: Atlas, 1987, p. 73.

13

APÊNDICE A – ARTIGOS SOBRE O CONTEÚDO LUTAS

Nº ANO VOL./Nº/MÊS TITULO AUTORES

01 1995 Vol.16, Nº 3, Maio

O processo de escolarização da Capoeira no Brasil

José Luiz Ciqueira Falcão

Membro de corpo editorial da Motrivivência, Membro de corpo editorial da Revista do Centro de Educação da UFSM, Professor Adjunto III da Universidade Federal de Goiás, Membro de corpo editorial da Pensar a Prática (UFG) e Membro de corpo editorial do Movimento (UFRGS. Impresso).

02 2002 Vol. 23, N° 2, Janeiro

O ensino da Capoeira: por uma prática nagô

Luiz Vitor Castro Junior

Professor da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS)

Professor da Faculdade Social da Bahia (FSBA)

Aluno do Mestre João Pequeno de Pastinha desde 1986

José Sant´ Anna Sobrinho

Professor do Colégio Cleriston Andrade

03 2002 Vol 24, N° 1, Setembro

Avaliação da intensidade de esforço da luta de caratê por meio da monitorização da frequência cardíaca

Marcelo de Castro Cesar

Ídico Luiz Peligrinotti

Educação Física da UNIMEP – Núcleo de Performance Humana

Eduardo Silvestre Penatti

Graziela Augusta Chiavoloni

04 2002 Vol 24, N° 1, Setembro

Análise da suplementação nutricional dos atletas da seleção brasiliense de Karatê

Michel Santos da Silva

Especialista em Fisiologia do Exercício e Avaliação Morfofuncional

Michel Soares de Carvalho

Licenciado em Educação Física

05 2004 Vol. 25, N° 2, Janeiro

Capoeira Angola: olhares e toques cruzados entre historicidade e ancestralidade

Luiz Vitor Castro Junior

Professor da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS)

Professor da Faculdade Social da Bahia (FSBA)

Aluno do Mestre João Pequeno de Pastinha desde 1986

06 2004 Vol. 26, N° 1, Setembro

Sistematização da preparação física do judoca Mário Sabino: um estudo de caso do ano de 2003

Paulo Henrique da Silva Marques De Azevedo

Especialista em Fisiologia do Esforço – Universidade Federal de São Carlos

Alexandre Janotta Drigo

Faculdade de Educação Física da Universidade Estadual de Campinas

Grupo de Estudos dos Fundamentos Metodológicos do Treinamento Desportivo

Núcleo de Estudos e Pesquisa em Formação Profissional no Campo da Educação Física

Universidade Estadual Paulista – Rio Claro

Paulo Roberto de Oliveira

Faculdade de Educação Física – Universidade Estadual de Campinas

Grupo de Estudos dos Fundamentos Metodológicos do Treinamento Desportivo

Mauro César Gurgel de Alencar Carvalho

Judojô - Grupo de Estudos em Judô

Mário Sabino

Atleta da Seleção Brasileira de Judô

14

07 2006 Vol. 27, N° 2, Janeiro

Corpos, cultura, paradoxos: observações sobre o jogo de Capoeira

Muleka Mwewa

Licenciado em português e mestre em educação pela Universidade Federal de Santa Catarina

(UFSC); membro do Núcleo de Estudos e Pesquisas Educação e Sociedade Contemporânea.

Alexandre Fernandez Vaz

Doutor em Ciências Humanas e Sociais pela Universidade de Hannover, Alemanha;

professor do Programa de Pós-graduação em Educação da UFSC;

coordenador do Núcleo de Estudos e Pesquisas Educação e Sociedade Contemporânea;

pesquisador nível 2 do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) – Fundamentos da Educação

Apoio CNPq/Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Santa Catarina (Fapesc)/

Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes)

08 2006 Vol. 27, N° 2, Janeiro

O jogo da Capoeira em jogo José Luiz Cirqueira Falcão

Doutor em educação pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) (2004).

Professor adjunto da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Integrante do Grupo de Estudos da Capoeira (GECA) e

do Núcleo de Estudos Pedagógicos da Educação Física (NEPEF).

Sócio Pesquisador do Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte (CBCE).

09 2009 Vol. 30, N° 2, Janeiro

Alguns sentidos e significados da capoeira, da linguagem corporal, da educação física...

Gilbert de Oliveira Santos

Professor assistente da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri

10 2011 Vol. 33, N° 4, Outubro/

Dezembro

Capoeira nas aulas de educação física: alguns apontamentos sobre processos de ensino-aprendizado de professores

Paula Cristina da Costa Silva

Professora Adjunta do Centro de Educação Física e Desporto da Universidade Federal do Espírito Santo (CEFD/UFES)

Pesquisadora do PRÁXIS (CEFD/UFES) e LABORARTE (Faculdade de Educação/UNICAMP)

11 2011 Vol. 33, N° 4, Outubro/Dezem

bro

Incidência de lesões e desvios posturais em atletas de Taekwondo’

Aline Cavalheiro Tamborindeguy

Mestre em Ciências do Movimento Humano pela Escola de Educação Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (ESEF/UFRGS)

Doutoranda em Educação Física pelo Centro de Desportos da Universidade Federal de Santa Catarina (CDS/UFSC) (Florianópolis - Santa Catarina – Brasil)

Adriana Seára Tirloni

Mestre em Educação Física pelo Centro de Desportos da Universidade Federal de Santa Catarina (CDS/UFSC)

Doutoranda em Engenharia de Produção pelo Centro Tecnológico da Universidade Federal de Santa Catarina (CTC/UFSC).

Diogo Cunha dos Reis

Mestre em Educação Física pelo Centro de Desportos da Universidade Federal de Santa Catarina (CDS/UFSC)

Doutorando em Educação Física pelo Centro de Desportos

da Universidade Federal de Santa Catarina

(CDS/UFSC) (Florianópolis - Santa Catarina - Brasil)

Cíntia de La Rocha Freitas

Doutora em Ciências do Movimento Humano pela Escola de Educação Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (ESEF/UFRGS)

Professora adjunta do Centro de Desportos da Universidade Federal de Santa Catarina (CDS/UFSC)

15

Antônio Renato Pereira Moro

Doutor em Ciências do Movimento Humano pelo Centro de Educação Física e Desportos da Universidade Federal de Santa Maria (CDS/UFSM)

Professor associado do Centro de Desportos da Universidade

Federal de Santa Catarina (CDS/UFSC)

Saray Giovana dos Santos

Doutora em Engenharia de Produção pelo Centro Tecnológico da Universidade Federal de Santa Catarina (CTC/UFSC)

Professora Associada do Centro de Desportos da Universidade Federal de Santa Catarina (CDS/UFSC)

16

APÊNDICE B – CARACTERIZAÇÃO DOS AUTORES

AUTOR

INSTITUIÇÃO DE ORIGEM

(NA ÉPOCA QUE ESCREVEU O ARTIGO)

PÚBLICA/PRIVADA/GRUPO DE ESTUDO

TITULAÇÃO

REGIÃO GEOGRÁFICA

01

Paula Cristina da Costa Silva

Professora Adjunta do Centro de Educação Física e Desporto da

Universidade Federal do Espírito Santo (CEFD/UFES)

Pesquisadora do PRÁXIS (CEFD/UFES) e LABORARTE (Faculdade de Educação/UNICAMP)

Federal

Doutorado

Sudeste

02

Gilbert de Oliveira Santos

Professor assistente da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri

Federal

Doutorado

Sudeste

03

José Luiz Ciqueira Falcão

Membro de corpo editorial da Motrivivência, Membro de corpo editorial da Revista do Centro de Educação da UFSM, Professor Adjunto III da Universidade Federal de Goiás, Membro de corpo editorial da Pensar a Prática (UFG) e Membro de corpo editorial do Movimento (UFRGS. Impresso).

Federal

Doutorado

Centro-oeste

04

Luis Vitor Castro Júnior

Professor da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS)

Professor da Faculdade Social da Bahia (FSBA)

Aluno do Mestre João Pequeno de Pastinha desde 1986

Estadual

Mestrado

Nordeste

05

Marcelo de Castro Cesar

Ídico Luiz Peligrinotti

Eduardo Silvestre Penatti

Graziela Augusta Chiavoloni

Educação Física da UNIMEP – Núcleo de Performance Humana

Federal

Estadual

Particular

Particular

Doutorado

Doutorado

Mestrado

Mestrado

Sudeste

06

Aline Cavalheiro Tamborindeguy

Mestre em Ciências do Movimento Humano pela Escola de Educação Física da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul (ESEF/UFRGS)

Doutoranda em Educação Física pelo Centro de Desportos da Universidade Federal

de Santa Catarina (CDS/UFSC) (Florianópolis - Santa Catarina – Brasil)

Federal

Doutorado

17

Adriana Seára Tirloni

Diogo Cunha dos Reis

Cíntia de La Rocha Freitas

Antônio Renato Pereira Moro

Saray Giovana dos Santos

Mestre em Educação Física pelo Centro de Desportos da Universidade

Federal de Santa Catarina (CDS/UFSC)

Doutoranda em Engenharia de Produção pelo Centro Tecnológico

da Universidade Federal de Santa Catarina (CTC/UFSC).

Mestre em Educação Física pelo Centro de Desportos da Universidade

Federal de Santa Catarina (CDS/UFSC)

Doutorando em Educação Física pelo Centro de Desportos

da Universidade Federal de Santa Catarina

(CDS/UFSC) (Florianópolis - Santa Catarina - Brasil)

Doutora em Ciências do Movimento Humano pela Escola de Educação Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (ESEF/UFRGS)

Professora adjunta do Centro de Desportos da Universidade Federal

de Santa Catarina (CDS/UFSC)

Doutor em Ciências do Movimento Humano pelo Centro de Educação Física e

Desportos da Universidade Federal de Santa Maria (CDS/UFSM)

Professor associado do Centro de Desportos da Universidade

Federal de Santa Catarina (CDS/UFSC)

Doutora em Engenharia de Produção pelo Centro Tecnológico da Universidade Federal de Santa Catarina (CTC/UFSC)

Professora Associada do Centro de Desportos da Universidade Federal de Santa Catarina (CDS/UFSC)

Federal

Federal

Federal

Federal

Federal

Mestrado

Mestrado

Doutorado

Doutorado

Doutorado

Sul

07

Luiz Vitor Castro Junior

José Sant´ Anna Sobrinho

Professor auxiliar da Universidade Estadual de Feira de Santana – UEFS

Professor do Colégio Oficina

Professor auxiliar da Universidade Estadual de Feira de Santana – UEFS

Professor do Colégio Cleriston Andrade

Estadual

Estadual

Mestrado

Mestrado

Nordeste

18

08

José Luiz Ciqueira Falcão

Doutor em educação pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) (2004).

Professor adjunto da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Integrante do Grupo de Estudos da Capoeira (GECA) e

do Núcleo de Estudos Pedagógicos da Educação Física (NEPEF).

Sócio Pesquisador do Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte (CBCE).

Federal

Grupo de estudo

Doutorado

Nordeste

09

Muleka Mwewa

Alexandre Fernandez Vaz

Licenciado em português e mestre em educação pela Universidade Federal de Santa Catarina

(UFSC); membro do Núcleo de Estudos e Pesquisas Educação e Sociedade Contemporânea.

Doutor em Ciências Humanas e Sociais pela Universidade de Hannover, Alemanha;

professor do Programa de Pós-graduação em Educação da UFSC;

coordenador do Núcleo de Estudos e Pesquisas Educação e Sociedade Contemporânea;

pesquisador nível 2 do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) – Fundamentos da Educação

Apoio CNPq/Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Santa Catarina (Fapesc)/

Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes)

Federal

Federal

Mestrado

Doutorado

Sul

10

Paulo Henrique da Silva Marques de Azevedo

Alexandre Janotta Drigo

Paulo Roberto de Oliveira

Mauro César Gurgel de Alencar Carvalho

Especialista em Fisiologia do Esforço – Universidade Federal de São Carlos

Faculdade de Educação Física da Universidade Estadual de Campinas

Grupo de Estudos dos Fundamentos Metodológicos do Treinamento Desportivo

Núcleo de Estudos e Pesquisa em Formação Profissional no Campo da Educação Física

Universidade Estadual Paulista – Rio Claro

Faculdade de Educação Física – Universidade Estadual de Campinas

Grupo de Estudos dos Fundamentos Metodológicos do Treinamento Desportivo

Judojô - Grupo de Estudos em Judô

Federal

Estadual grupo de estudo

Estadual grupo de estudo

Grupos de estudos

Especialista

Doutorado

Doutorado

Mestrado

Sul

19

Mário Sabino

Atleta da Seleção Brasileira de Judô

Xxxxxxxxx

Estudante

11

Michel Santos da Silva

Michel Soares de Carvalho

Especialista em Fisiologia do Exercício e Avaliação Morfofuncional

Licenciado em Educação Física

Xxxxxxxxx

Xxxxxxxxx

Especialista

Graduado

Centro-Oeste

20

APÊNDICE C – LUTAS TRABALHADAS E O CAMPO DE INTERVENÇAO

Nº ANO VOL./Nº/MÊS TITULO CATEGORIA LUTAS CAMPOS DE INTERVENÇÃO

AUTORES

01 1995 Vol. 16, N° 3, Maio O Processo De Escolarização

Da Capoeira No Brasil

Luta e Cultura Capoeira Ambiente Escolar

José Luiz Ciqueira Falcão

02 2002 Vol. 23, N° 2, Janeiro

O Ensino Da Capoeira: Por Uma Prática

Nagô

Luta e

Saúde

Capoeira Ambiente Escolar

Luiz Vitor Castro Junior

José Sant´ Anna Sobrinho

03 2002 Vol. 24, N° 1, Setembro

Avaliação Da Intensidade De Esforço Da Luta De Caratê Por

Meio Da Monitorização Da Frequência

Cardíaca

Luta e Educação

Karatê Não Escolar (Testes

Laboratórias)

Marcelo de Castro Cesar

Ídico Luiz Peligrinotti

Eduardo Silvestre Penatti

Graziela Augusta Chiavoloni

04 2002 Vol. 24, N° 1, Setembro

Análise Da Suplementação Nutricional Dos

Atletas Da Seleção

Brasiliense De Karatê

Luta e

Saúde

Karatê Não Escolar (Análises por

meio de questionários)

Michel Santos da Silva

Michel Soares de Carvalháliseso

05 2004 Vol. 25, N° 2, Janeiro

Capoeira Angola: Olhares

E Toques Cruzados Entre Historicidade E Ancestralidade

Luta e Cultura Capoeira Ambiente Escolar

Luiz Vitor Castro Junior

06 2004 Vol. 26, N° /Setembro

Sistematização Da Preparação

Física Do Judoca Mário Sabino: Um

Estudo De Caso Do Ano De 2003

Luta e

Saúde

Judô Não Escolar (Estudo de

Caso)

Paulo Henrique da Silva Marques de Azevedo

Alexandre Janotta Drigo

Paulo Roberto de Oliveira

Mauro César Gurgel de Alencar Carvalho

Mário Sabino

07 2006 Vol. 27, N° 2, Janeiro

Corpos, Cultura, Paradoxos:

Observações Sobre O Jogo De Capoeira

Luta e Cultura Capoeira Não Escolar (Relatos)

Muleka Mwewa

Alexandre Fernandez Vaz

08 2006 Vol. 27, N° 2, Janeiro

O Jogo Da Copoeira Em

Jogo

Luta e Cultura Capoeira Não Escolar (Relatos)

José Luiz Cirqueira Falcão

09 2009 Vol. 30, N° 2, Janeiro

Alguns Sentidos E Significados

Da Capoeira, Da Linguagem

Corporal, Da Educação Física...

Luta e Cultura Capoeira Não Escolar (Relatos)

Gilbert de Oliveira Santos

10 2011 Vol. 33, N° 4, Outubro/Dezembro

Capoeira Nas Aulas De Educação

Física: Alguns Apontamentos

Sobre

Luta e Educação

Capoeira Ambiente Escolar

Paula Cristina da Costa Silva

21

Processos De Ensino-

Aprendizado De Professores

11

2011

Vol. 33, N° 4, Outubro/Dezembro

Incidência De Lesões E Desvios

Posturais Em Atletas De

Taekwondo’

Luta e

Saúde

Taekwondo

Não Escolar (Análises por

meio de questionários)

Aline Cavalheiro Tamborindeguy

Adriana Seára Tirloni

Diogo Cunha dos Reis

Cíntia de La Rocha Freitas

Antônio Renato Pereira Moro

Saray Giovana dos Santos