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    OTMULO

    I VAZIO

    l)i. M.H. OK HAAN

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    oTMULO

    VAZIO

    PorDr. M.R. DeHaan

    Imprensa Bat ista 9{eguCarLITERATURA EVANGLICA PARA O BRASIL

    Rua Kansas, 770 - Brooklin - 04558-002 - So Paulo - SP

    1992

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    Este pequeno livru, com sua mensagem de consolao, es-

    perana e exultante triunfo, dedicado memria do sau-doso irmo Paulo Carpenter, homem de Deus de coraomissionrio. Sua viva, Dona Amy, transmite a mensa-

    gem deste livrinho, fonte de consolo e vitria para suaprpria vida, ao querido povo brasileiro para seuencorajamento e edificao.

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    Captulo 1

    A MENSAGEM DO CRISTIANISMO

    Aqui, e em todo o mundo, os cristos comemo-ram o dia mais importante do calendrio cristo, apedra fundamental do Evangelho de Cristo, a res-posta de Deus pergunta sobre morte e julgamento.

    Esse dia, anualmente observado, chamase "Pscoa".Antes de considerar a importncia e o significado daressurreio de Cristo, desejamos tomar claros al-guns pontos que, julgamos, todos os cristos devemconhecer. No desejamos ser um crtico destrutivonem mesmo menosprezar a celebrao da Pscoa.Entretanto, devido profanao desse dia por mui-tos crentes, e interpretao errnea sobre as impli-caes da ressurreio de Cristo, desejamos removeralgumas idias sem base e sem significado, e tradi-es relacionadas a esse dia. Assim, apresentamossimplesmente estes fatos, sem nenhuma inteno deprivar qualquer pessoa das bnos atravs dos cul-

    tos desse dia.No h nenhum relato de que os discpulos ou osprimeiros cristos celebrassem a Pscoa ou qualqueroutra data especial do ano em comemorao res-surreio de Cristo. O primeiro dia de cada semanaera o dia da ressurreio para os primeiros cristos,dia em que eles se reuniam para a comunho e opartir do po. Os primeiros discpulos celebravam amorte e a ressurreio de Jesus, em memria de Sua

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    morte, mas no h a mais leve referncia a que sou-bessem algo a respeito do Natal ou da Pscoa. Essastradies so todas estranhas Bblia.

    No h, tambm, evidncia na Bblia de que osprimeiros cristos comemorassem uma poca deno-minada Quaresma ou observassem jejuns e "sextasfeiras santas". Essas prticas introduziramse sculosaps a ressurreio de Cristo. O mesmo pode serdito sobre as tradies concernentes aos coelhos e

    ovos de Pscoa, e outras supersties relacionadascom a festa.Apresentamos esses fatos para seu conhecimento.

    Para ns, cada primeiro dia da semana o Dia daRessurreio e, embora no faamos objeo a queuma vez por ano a ressurreio seja lembrada demodo especial, h o perigo de que nos esqueamos

    das suas grandes lies durante o resto do ano. Se oscrentes acham que devem comemorar em um dia oupoca especial a ressurreio de Cristo, nenhuma ob-

    jeo pode ser levantada. "Que cada um tenha opi-nio bem definida em sua prpria mente". Entretan-to, lembremonos, durante essa poca, de conservar

    o Cristo da ressurreio sempre no centro e no per-camos o verdadeiro significado do dia entre coelhos,ovos, etc...

    IMPORTNCIA DA RESSURREIO

    A mensagem do cristianismo a mensagem de

    um Salvador ressurreto. Nesse ponto o cristianismo nico e no pode ser includo entre as religies do

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    mundo. O cristianismo no uma religio; umavida. O cristianismo no uma religio; uma PES-SOA VIVA Cristo. O cristianismo o verdadei-

    ro cristianismo est completamente afastado e aci-ma de todas as relaes do mundo em um pontoimportante ELE POSSUI UM AUTOR E SENHORVIVO E RESSURRETO! Os fundadores de todas asreligies anteriores ao cristianismo morreram e ne-nhum deles ressuscitou. Os fundadores das religies

    modernas, se j no esto inurtos, logo estaro. Ape-nas o cristianismo tem um Chefe vivo no Cu, assen-tado mo direita de Deus. Embora outras religiespossam apresentar ensinos morais e ticos esplndi-dos, so ensinos de HOMENS MORTOS, mas o Cria-dor do cristianismo um Chefe vivo, Cristo.

    NENHUM OUTRO PODE PRETENDER ISSO

    Apenas o cristianismo pode se vangloriar de umAutor vivo; nenhuma outra religio pode pretenderisso. Nem mesmo os mais fanticos devotos das reli-gies do mundo ousam clamar ou afirmar que seus

    autores esto vivos hoje. Muitos pretendem que umdia eles voltaro, mas nenhum ensina que esto vi-vos hoje. A ressurreio de Jesus Cristo, portanto,coloca o cristianismo em uma situao nica. Sim,

    Jesus vive hoje! A doutrina da ressurreio de Cristo a pedra de esquina, que coroa toda a estrutura denossa f. E o baluarte do cristianismo, que o mantmunido. Coloquese Cristo novamente no tmulo etodo o plano da redeno se desintegra, tudo acaba,

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    e, como diz Paulo, "somos os mais infelizes de todosos homens". Todas as outras doutrinas das Escritu-ras esto inseparavelmente ligadas ressurreio. Re-

    tirese o Cristo vivo e o cristianismo morrer. Oua oque Paulo afirma a esse respeito:

    "E, se Cristo no ressuscitou, v a nossa pregaoe v a vossa f; e somos tidos por falsas testemu-

    nhas de Deus, porque temos asseverado contra Deus

    que ele ressuscitou a Cristo, ao qual ele no ressus-citou, se certo que os mortos no ressuscitam.Porque, se os mortos no ressuscitam, tambm Cris-to no ressuscitou. E, se Cristo no ressuscitou, v a vossa f, e ainda permaneceis nos vossos peca-dos. E ainda mais: os que dormiram em Cristo,

    pereceram. Se a nossa esperana em Cristo se limitaapenas a esta vida, somos os mais infelizes de todosos homens" (I Corntios 15:1419).

    TEMA DO EVANGELHO

    A ressurreio de Cristo o clmax do Evangelho.

    O Evangelho, de acordo com Paulo, a boa nova deque Cristo morreu, foi sepultado e ressuscitou dosmortos para nos salvar. O Evangelho no apenas amorte vicria de Cristo, pois isso uma parte delesomente. O clmax do Evangelho o fato de que

    Jesus no morreu apenas, mas ressuscitou dos mor-

    tos. O smbolo do Cristianismo no a cruz, ou umcrucifixo com um Cristo morto sobre a cruz. Umsmbolo muito mais adequado para nossa f crist

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    seria um tmulo vazio. Por esse motivo, cada ser-mo evanglico pregado pelos apstolos, Pedro, Pauloou qualquer outro, conforme registrado nas Escri-

    turas, inclua a RESSURREIO e dava nfase a ela.Muita pregao fervorosa e zelosa, hoje, falha por-que deixamos Jesus na cruz ou no tmulo. Um pre-gador pode louvar e exaltar a Jesus como o Filho deDeus, pregar o sermo mais ortodoxo a respeito deSua morte na cruz e assim mesmo falhar na obtenode resultados, se se detiver a e deixar Cristo morto.A ressurreio a prova da eficcia da morte deCristo, porque se um simples pecado permanecessesem expiao, Ele no poderia ter ressuscitado dotmulo. Sua ressurreio a prova de que TODOPECADO foi expiado na cruz. Lembrese de que "osalrio do pecado a morte". O salrio do PECADO

    no dos PECADOS! Um nico pecado merece amorte. Se, portanto, Jesus houvesse pago todos ospecados da humanidade, EXCETO UM, ainda esta-ria morto. Mas Ele ressuscitou e provou que HAVIATERMINADO a obra e que Deus estava reconcilia-do.

    A VIDA DO EVANGELHO

    A ressurreio de Cristo, portanto, d significadoa toda a histria da redeno. Sem a ressurreio,Seu nascimento no teria significado, Sua vida seriauma derrota, Sua morte nada mais do que uma tra-

    gdia horrvel, sem necessidade e, como diz Paulo:"E, se Cristo no ressuscitou, v a vossa f, e aindapermaneceis nos vossos pecados" (I Corntios 15:17).

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    A cruz sozinha no pode salvar ningum. A mortede Cristo apenas no teria poder para nos redimircompletamente! Com base na cruz do Calvrio va-

    zia, Deus poderia perdoar o pecador. Mas apenascom base no tmulo vazio poderamos ser justifica-dos e qualificados para a presena de Deus.

    Aqui, ento, est o Evangelho o Domnio deJesus na morte e ressurreio. A palavra "Evange-lho" significa "boas novas", as boas novas de que

    Jesus Cristo morreu e ressuscitou por pobres peca-dores perdidos. Mas essas duas caractersticas soigualmente essenciais e intil uma sem a outra. Amorte de Jesus sem Sua ressurreio intil, ao pas-so que a ressurreio sem a morte primeiro impos-svel. Paulo d nfase, portanto, parte peculiar quecada uma dessas, a morte e a ressurreio, desempe-

    nha em nossa salvao completa. Ele diz que Jesus"foi entregue por causa das nossas transgresses, eressuscitou por causa da nossa justificao" (Roma-nos 4:25).

    A morte de Cristo sozinha podia apenas expiar opecado. A ressurreio sozinha podia trazer a recon-

    ciliao. Ou, em outras palavras, a morte de Cristopoderia nos afastar do Inferno mas no poderia noslevar para o Cu. Entretanto a ressurreio de Cristotornanos aptos para ter novamente comunho comDeus. Pela morte de Cristo nossos pecados so pa-gos; pela ressurreio de Cristo somos vestidos comSua justia. Embora muito sutil, h uma diferena a.Se um homem for condenado a pagar Cr$ 400.000,00e a dez anos de priso por um crime cometido, natu-

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    ralmente ele ficar livre mediante o cumprimento dotempo de priso e pagamento da multa. Isso tudo oque a lei exige e, sendo tudo satisfeito, ela nada mais

    pode fazer. Ele ter que ficar livre. Entretanto, ain-da o mesmo homem, ainda culpado do crime, embo-ra a penalidade tenha sido paga. Ele no mais acei-tvel na boa sociedade, depois de pagar a penalida-de, do que antes. O mundo e os homens LEMBRARSEO sempre. Para que ele ficasse como se nuncahouvesse cometido o crime, teria que se tomar um

    homem diferente, e toda a lembrana e registro docrime teria que ser cancelada.

    Sim, o homem est livre para sair da priso, masno est livre para ser aceito em crculos respeit-veis. Mas Deus tem um meio de fazer exatamenteisso. Pela morte de Cristo, a penalidade do pecado

    paga e somos livres do Inferno. Se Jesus houvessemorrido por todos os pecados, e no houvesse res-suscitado, poderia libertarnos do Inferno, mas nun-ca poderamos ir para o Cu. Pela morte de Cristotemos nossa penalidade paga, se confiarmos nEle,mas ainda seremos apenas pecadores e criminososperdoados. Mas Jesus tambm ressuscitou e, por essa

    ressurreio, preparou uma PERFEITA JUSTIA, SuaPRPRIA justia; e, se crermos nEle, seremos vesti-dos com essa justia, de modo que todo o nosso pas-sado coberto e perdoado, o registro do pecado apagado e permanecemos diante de Deus na justiade Cristo, como se nunca houvssemos sido culpa-

    dos de um nico pecado. Isso, meu amigo, JUSTI-FICAO atravs de Seu sangue e ressurreio.Sim, Ele foi entregue por causa das nossas trans-

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    gresses graas a Deus por isso! Mas ainda hmais. Ele ressuscitou por causa da nossa justificao.Somos salvos da penalidade do pecado, quando cre-mos, como resultado de Sua morte. Somos salvospara o Cu e tornados aptos para a companhia deDeus atravs de Sua ressurreio e vida. H muitostrechos das Escrituras que tornam claro esse fato.Oua o trecho de Romanos 5:

    "Porque se ns, quando inimigos, fomos reconcilia-

    dos com Deus mediante a morte do seu Filho, mui-to mais, estando j reconciliados, seremos salvos

    pela sua vida" (Romanos 5:10).

    Que maravilhosa, que gloriosa salvao! Que re-deno perfeita atravs da MORTE E RESSURREI-O de nosso bendito Senhor! Como pode algumrecusar tal oferta de uma salvao gratuita? Deusno diz apenas: "Meu Filho morreu e pagou sua d-vida; voc agora um pecador perdoado". Mas dizainda: "Meu Filho tambm ressuscitou e providen-ciou uma justia que cobre todo o registro de seupecado e, agora, justificado pelo Seu sangue, voc

    no est apenas salvo do Inferno, mas tambm aptopara o Cu, vestido na justia de nosso Senhorressurreto". Quando Ele salva, faz de voc no ape-nas um pecador salvo, mas um SANTO justificado.Por que no confiar nEle e crer em Sua Palavra?

    "Se com a tua boca confessares a Jesus como Se-nhor, e em teu corao creres que Deus o ressusci-

    tou dentre os mortos, sers salvo" (Romanos 10:9).

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    Captulo 2

    M UITAS PROVA S INCO NTESTVEIS

    "Escrevi o primeiro livro, Tefilo, relatando todasas coisas que Jesus fez e ensinou, at ao dia em que,depois de haver dado mandamentos por intermdiodo Esprito Santo aos apstolos que escolhera, foi

    elevado s alturas. A estes tambm, depois de terpadecido, se apresentou vivo, com muitas provasincontestveis, aparecendolhes durante quarentadias e falando das coisas concernentes ao reino deDeus" (Atos 1:13).

    Gostaramos de chamar sua ateno especialmen-

    te para o versculo trs do primeiro captulo do Li-vro de Atos, no qual o Dr. Lucas diz que Jesus, "de-pois de ter padecido, se apresentou vivo com MUI-TAS PROVAS INCONTESTVEIS". Isso mais doque uma afirmao histrica. um desafio que Lucaslana para todos os crticos que haveriam de negar o

    sentido literal da ressurreio corprea do SenhorJesus Cristo. Ele faz essa afirmao muito admirvele assustadora de que Jesus estava vivo e fora vistopor uma grande multido de pessoas e, ainda, deque Sua ressurreio confirmada por um grandenmero de PROVAS INCONTESTVEIS. Quando

    consideramos as circunstncias, sob as quais foramproferidas estas palavras, vemos que elas se apresen-tam com uma nfase enorme. No vindo de uma

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    pessoa qualquer, mas do culto Dr. Lucas, exigem nos-sa ateno. Se fossem simplesmente a afirmao deum homem de instruo comum, sem mente de ten-

    dncia cientfica, poderia haver alguma desculpa paraignorlas, mas vindo de um homem que exercia aprofisso que sempre exige demonstrao e provaspositivas, verdadeiras e cientficas, devemos dar ou-vidos ao que significam MUITAS PROVAS IN-CONTESTVEIS! Novamente afirmamos que isso um grande desafio e tambm uma declarao impor-tante para ser feita em um mundo onde tudo que sobrenatural e miraculoso desvalorizado, despre-zado e geralmente negado. A afirmao tornase mui-to mais notvel quando nos lembramos de que suaspalavras no foram escritas um longo tempo ou s-culos depois de terse dado o acontecimento, mas

    foram registradas quando ainda estavam vivos osque poderiam ter feito investigaes e refutado essasdeclaraes, se no fossem verdadeiras. Muitos dosque haviam conhecido a Pessoa de Quem Lucas esta-va falando ainda estavam vivos, e poderiam tlasrefutado prontamente, e impedido que continuassem

    se espalhando, se no fossem absolutamente verda-deiras. Alm disso, a declarao no foi feita a pesso-as muito afastadas da cena ou do lugar onde os fatosse deram, mas entre as prprias pessoas que l seencontravam na ocasio. E, todavia, no h qualquerobjeo registrada, daquele tempo. Somente mais tar-de, tentativas modernas foram feitas para desmentira ressurreio de Cristo. Aqueles que viveram notempo de Lucas sabiam perfeitamente bem que no

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    poderiam negar absolutamente aquilo que era toevidente.

    SATANS ODEIA A RESSURREIO

    Hoje, dezenove sculos depois, nenhuma doutri-na das Escrituras tem sido mais persistentemente ata-cada do que a ressurreio corprea de n .sso Se-nhor. E no de se admirar, pois ela a doutrinachave de todo o cristianismo. Com a ressurreio de

    Jesus fica de p ou cai toda a estrutura da doutrina evida crists. Se a ressurreio fosse refutada (o que impossvel), todo o sistema do cristianismo despeda-arseia e teria menos crdito do que os mitos selva-gens dos antigos gregos e romanos. O diabo sabedisso tudo e, por esse motivo, seu primeiro e mais

    freqente ataque a respeito do cristianismo contraessas duas grandes verdades: o nascimento virginalde Jesus Cristo e Sua ressurreio corprea. Nessasduas grandes verdades apiase toda a estrutura denossa f crist. Destruase uma delas e ambas cairo,porque no poderia haver ressurreio sem nasci-

    mento virginal e, se no houver ressurreio pessoal,ento, naturalmente, como veremos, o nascimento vir-ginal tornase um absurdo.

    A ressurreio foi, portanto, um dos primeirosfatos que entrou em debate depois da crucificao.Quando os guardas foram ter com os inimigos deCristo, com a notcia do terremoto e da pedra remo-vida, estes prontamente perceberam o significado detudo. Imediatamente subornaram aqueles guardas

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    para dizerem que os discpulos haviam roubado ocorpo enquanto eles dormiam, procurando, assim,taxar de fraude ou mentira toda a pretenso da res-

    surreio de Cristo. A loucura dessa desculpa sertratada mais adiante neste livro e teremos outro exem-plo da loucura da infidelidade, embora ela goste dese alardear como intelectual. Mas, perante cada ne-gao, o Dr. Lucas diz: "Depois de ter padecido, seapresentou vivo, com MUITAS PROVAS INCONTES-TVEIS". Ele no enumera essas provas incontest-

    veis, supondo que as pessoas para quem estava es-crevendo estavam bastante familiarizados com aqui-lo a que ele se referira.

    NEGADO PERSISTENTEMENTE

    A ressurreio de Jesus no foi apenas a primeiraverdade negada depois de Sua morte na cruz, mastem sido a mais persistentemente negada atravs dossculos de cristianismo. Sobre Sua ressurreio des-cansa a veracidade e fidelidade de toda a Bblia, ahonestidade de Deus, o significado da morte de Cris-to, e todas as outras verdades a ela relacionadas. Se

    Jesus no ressuscitou, ento a Bblia uma mentira.Todas as profecias e tipos da ressurreio no VelhoTestamento falharam e no so verdadeiros. O pr-prio Jesus, que, em vrias ocasies, disse aos disc-pulos que ia no apenas morrer e ser sepultado, masque tambm haveria de ressuscitar no terceiro dia,

    estava completamente iludido ou era maldosamentedesonesto. Ento todos os escritores dos quatro Evan-

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    gelhos so culpados de falsa apresentao. Paulo, emvez de ser um escritor inspirado, um homem lou-co, conforme o acusaram. Refutese a ressurreio e

    nada ficar. Nela se apia toda a verdade primordiale preciosa que tem sido sustentada pela Igreja Cristdesde o seu incio. Da ressurreio de Jesus dependea autenticidade e inerrncia das Escrituras, Sua mor-te expiatria suficiente, Sua segunda vinda. De fato,cada verdade bblica permanece ou cai juntamentecom a ressurreio. E fcil entender, ento, por queSatans est to ansioso para destruir o fato da res-surreio do Senhor Jesus Cristo.

    UM FATO ESTABELECIDO

    Todavia, a despeito de todas as tentativas de Sa-

    tans, durante todos esses sculos, a ressurreio deJesus permanece como o fato melhor estabelecido emtoda a histria. H mais provas reais e verdadeirasde que Jesus ressuscitou, na realidade, do tmulo,do que para o fato de cjue Pedro Alvares Cabral des-cobriu o Brasil, de que a Independncia foi procla-

    mada a 7 de setembro ou de que o primeiro presi-dente da Repblica foi o Marechal Deodoro da Fon-seca. Assim, muitas provas infalveis esto disposi-o para que qualquer pessoa, que se disponha aestudlas, fique, de fato, convencida da sua realida-de. Se os cticos tosomente analisassem as provas,

    em vez de atacar a verdade, sem dvida ficariamconvencidos. Nestes estudos apresentaremos apenassete dessas provas infalveis. Qualquer uma dessas,

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    por si mesma, confirmar o fato da ressurreio, mastodas elas reunidas podem constituir um conjuntoprecioso de evidncias, de modo que somente o ig-norante obstinado no ficar convencido. Considera-remos apenas esses sete argumentos na seguinte or-dem:

    1 O Argumento da Lgica2 O Argumento da Coerncia3 O Argumento da Psicologia

    4 O Argumento da Filosofia5 O Argumento da Histria6 O Argumento da Experincia7 O Argumento da Autoridade

    Certamente muitas outras provas infalveis viro

    a sua mente ao estudar estas sete. Entretanto, soapresentadas estas, com orao, para que possam ser-vir para fortalecer algum que esteja fraco na f, etambm para que cheguem s mos de algum cticoou infiel, e sejam usadas pelo Esprito Santo paraabrir olhos cegos e amolecer coraes obstinados paraque creiam que "Cristo morreu pelos nossos peca-

    dos, segundo as Escrituras, e que foi sepultado, eressuscitado ao terceiro dia, segundo as Escrituras"(I Corntios 15:3,4), e sejam salvos.

    O ARGUMENTO DA LGICA

    Em primeiro lugar consideraremos o argumentoda LGICA. O Senhor jesus viveu apenas um pouco

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    mais de 33 anos aqui na terra. Durante todo essetempo, do qual os ltimos trs anos empregou emconstante ministrio pblico e ativo, nenhum amigo

    ou inimigo pde descobrir um defeito sequer em Seucarter, ou qualquer falha na armadura de Sua reti-do. Examinado escrupulosamente por amigos nti-mos, no lar, em constante associao com Seus disc-pulos, e colocado sob o microscpio da crtica minu-ciosa dos inimigos, Ele saiu vitorioso em tudo, e ne-

    nhuma pessoa foi capaz de convencLO de um pe-cado sequer. Pilatos, que disse a palavra final, depoisque todas as tentativas possveis tinham sido feitaspara acusLO de alguma coisa, foi obrigado a dar overedito: "No acho nEle crime algum". Qualquerpessoa que creia que haja uma inteligncia moral nesteuniverso, ter que admitir que, depois de uma vidaassim perfeita, Seu fim certamente no poderia serno Calvrio. Mesmo Seus mais severos crticos, hoje,que negam Seu nascimento virginal e at Sua ressur-reio, admitem que Ele no teve pecado e foi perfei-to, no achando nEle crime algum e, por esse modo,testificam, sem o saber, da Sua origem sobrenatural.

    O prprio fato de que esse homem Jesus tenhamorrido moo ainda, com o testemunho de amigos einimigos sobre Sua virtude impecvel, torna absolu-tamente ilgico e contrrio a todo o senso moral deretido que Ele devesse morrer a morte de um crimi-noso, na cruz do Calvrio, sendo esse Seu fim. Se

    cremos que h, acima deste mundo, algum que exer-ce a justia, ento simplesmente a razo, a moralidadee o bom senso exigem que o Calvrio no tenha es-

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    crito a palavra "fim" no que diz respeito a Jesus. SeEle no ressuscitou, ento toda a lei da justia divinaser violada e nossa concepo de um Deus justo e

    reto tem que ser abandonada para sempre, vivendons em um universo imoral. A vida de Jesus, tosomente, exige Sua ressurreio.

    Pelo mesmo argumento, creio na ressurreio detodos os homens. A condio atual do mundo exigeuma ressurreio. A injustia, a iniqidade, o sofri-

    mento dos bons e a prosperidade temporal, muitasvezes implacvel, dos maus, a indolncia na luxriae o gozo de muitos ricos ociosos, enquanto multi-des de homens e mulheres esto perecendo de fome;infiis que prosperam neste mundo, apesar de des-prezarem a Deus e blasfemando dEle, e santos fervo-rosos de Deus que sofrem tudo isso exige, se hou-ver princpios morais no modo pelo qual Deus tratados homens, que haja uma poca em que o que esterrado se endireite e em que as atuais desigualdadese injustias sejam corrigidas. Essa esperana e confi-ana tem sido, e ser sempre, a centelha que incen-diou o corao de Paulo e dos outros apstolos, que

    enviou Hudson Taylor China, David Livingstone frica, e est mantendo homens e mulheres na linhade fogo para Cristo nestes dias difceis, em face dasmaiores oposies, pesares e desnimos. Foi essa mes-ma esperana impulsora que deu ao Filho de Deusfora para ir cruz, porque foi "em troca da alegria

    que lhe estava proposta, suportou a cruz no fazen-do caso da ignomnia, e est assentado destra dotrono de Deus".

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    JESUS TEM QUE TER RESSUSCITADO

    Nosso Senhor Jesus nunca escreveu um livro, to-

    davia mais livros tm sido inspirados por Ele, tratan-do de Sua vida, morte e ressurreio do que todos osoutros livros reunidos. Ele nunca organizou um exr-cito, todavia um exrcito de milhes incontveis Otem seguido, pronto para entregar sua vida. Nuncafundou um colgio, todavia tem sido a inspirao deconquistas de civilizao, do melhor em arte, msi-ca, arquitetura, e de toda a influncia edificante dahumanidade. As naes crists (assim chamadas) soas que chegaram supremacia e isso por Sua influ-ncia. Ele nunca escreveu um hino em Sua vida, to-davia milhes de seres celestes cantam louvor a Ele,e aqui na terra a msica mais grandiosa, mais mara-

    vilhosa, tanto religiosa como clssica, tem sido inspi-rada por por quem? Por um fantico que viveudurante poucos anos, pregou durante trs anos, mor-reu como um criminoso, na cruz do Calvrio, e foisepultado e ainda est l? S o pensamento deque Ele pudesse estar l to irracional, repulsivo e

    ridculo, que parece que a prpria infidelidade fugi-ria envergonhada imaginando que tudo isso fossedevido a um Cristo morto. O argumento da lgicacomum, portanto, exige a ressurreio de Jesus. Suavida, tosomente, uma evidncia conclusiva de quea morte no podia ser o Seu fim. A justia comum

    exige Sua ressurreio.E, assim, afirmamos novamente, destruase a res-surreio e terse destrudo a prpria vida do cris-

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    tianismo, sim, o prprio Cristo. No h fundamento,lgica ou motivo para que esse Filho de Deus, nasci-do de uma virgem, vivendo sem pecado, viesse ao

    mundo, se Seu fim fosse em um tmulo em um jar-dim da Palestina. Entretanto, meu amigo, Ele ressus-citou e todo o testemunho das Escrituras permanececomo uma prova imutvel e incontrovertida dessemaior acontecimento de toda a histria da humani-dade, o fato de que Jesus Cristo saiu do tmulo. E,no trmino deste captulo, gostaramos de lembrarlhe de que, portanto, Ele, o Cristo de que no sepode fugir, est vivo hoje, e vir novamente. Cadafilho de Ado, individualmente, ter de comparecerum dia diante desse Cristo vivo e prestar contas doque fez com a Palavra que Ele prprio deixou e arespeito da qual Ele disse: "Passar o cu e a terra,

    porm as minhas palavras no passaro". Rejeitla estar para sempre e eternamente perdido. Recebla, possuir a Cristo e estar salvo para sempre. Por queno receber a Cristo agora?

    "Cr no Senhor Jesus, e sers salvo" (Atos 16:31).

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    Captulo 3

    A REALIDAD E DA RESSURREIO

    "A este Jesus Deus ressuscitou, do que todos ns

    somos testemunhas " (Atos 2:32).

    Esta apenas uma das inmeras passagens de

    todu o Novo Testamento em que ouvimos, por teste-munhas dignas de confiana, que Jesus Cristo res-suscitou do tmulo trs dias depois de ter sido cruci-ficado. No texto acima, Pedro, no dia de Pentecostes,pronuncia estas palavras claras e inconfundveis: "Aeste Jesus Deus ressuscitou, do que todos ns somostestemunhas". A ressurreio do Senhor Jesus Cris-

    to, portanto, tomase o fato mais confirmado em todaa histria. No captulo dois deste livro, menciona-mos sete argumentos para provar que Cristo real-mente ressuscitou. Naquele captulo consideramosapenas um desses, o argumento da lgica. Agora va-mos estudar o argumento da coerncia. Com isso,

    queremos simplesmente afirmar que absolutamen-te incoerente, pelo exame dos fatos sobre Sua ressur-reio, aceitar qualquer outro acontecimento da his-tria e negar a verdade da ressurreio de Jesus, con-forme apresentada pelos escritores do Novo Testa-mento. Em nossas escolas lemos livros sobre histriae aceitamos os fatos como ali so expostos, sem ne-nhuma indagao, embora o historiador, que os es-creveu, possa ter errado completamente em alguns

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    assuntos a ser suspeito em outros. Todavia, aceita-mos seu relato. Mas, quando se trata dos homensque escreveram a histria do Novo Testamento, en-

    to, imediatamente, os cticos e incrdulos comeama duvidar deles, torcem e negam os fatos, chegandoat a duvidar da santidade dos escritores. Se fsse-mos tratar do mesmo modo os escritores da histriasecular, no poderamos crer em nada que tivessesido escrito. Entretanto, examinemos os fatos. O rela-to da ressurreio do Senhor Jesus nos apresentado

    por quatro indivduos, Mateus, Marcos, Lucas e Joo.Mateus era judeu, Marcos, romano, Lucas, grego, e

    Joo, o discpulo predileto de Jesus. Esses homensescreveram independentemente uns dos outros. Almdesses, temos o testemunho de Paulo, Pedro e Tiago,e cada um deles afirma clara e simplesmente que

    Jesus morreu e ressuscitou.

    ELES ERAM HOMENS DIGNOS DECONFIANA

    Esses homens escreveram tambm com respeito aoutros assuntos. Nos Evangelhos esses escritores nosapresentam um grande nmero de coisas sobre geo-grafia, vida e costumes daquela poca, fatos histri-cos, como a cobrana de impostos em todo o ImprioRomano, o reinado de Herodes, e as condies dopovo judeu debaixo do governo romano. Em Atosvemos as condies em Corinto, Roma, Tessalnica e

    vrias outras cidades. Esses homens escreveram tudoisso h dezenove sculos; todavia, as descobertas de

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    histria, arqueologia, geologia, e muitos outros fatosisolados, que tm sido reunidos, provam que os es-critores dos Evangelhos e do Livro de Atos foram

    corretos e precisos em tudo, ao se referirem a qual-quer dos assuntos acima mencionados. A cronologiae as datas apresentadas por esses escritores tm sidoconfinnadas pela cincia. Os detalhes geogrficosapresentados, quer da Palestina, quer da Europa, tmtodos se mostrado exatos em tudo. A descrio dasituao poltica daqueles tempos tem sido confirma-da. Em outras palavras, a cincia tem provado queesses homens, que escreveram os Evangelhos, eramhistoriadores dignos de confiana em todos os ou-tros assuntos que registraram. Sua veracidade nuncafoi discutida, nem mesmo pelos inimigos, com res-peito a esses assuntos seculares. Eles eram homens

    de posio tica elevada e provaram, eles mesmos,serem verdadeiros em todos os outros assuntos, comohistoriadores precisos e dignos de confiana. Assim,perguntamos: Que direito tem, ento, a infidelidadeatrevida de pr em dvida o relato da ressurreioile Jesus, se esses mesmos homens que o fizeram

    deram provas de serem historiadores dignos de con-fiana, pessoas honestas e sinceras em tudo o queprocuraram registrar?

    Se fssemos seguir a lgica da infidelidade, deve-ramos duvidar de todos os historiadores e fazer ob

    jees a todas as afirmaes histricas que chegaram

    at ns. Que belo mundo seria este, se aplicssemos histria secular a lgica insana que apresentadapara o relato das Escrituras! Que mundo de cinismo

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    e desconfiana seria ele! Todavia, assim estreito ochamado liberalismo. E injusto e inteiramente con-trrio tica pr em dvida a veracidade de homens

    que, em todos os outros assuntos de que trataram,provaram ser honestos, competentes e corretos. Acoerncia exige que aceitemos o relato bblico sobre aressurreio.

    Chegamos, agora, ao terceiro argumento, que de-nominamos o argumento da PSICOLOGIA. No preciso possuir mais do que um conhecimento su-perficial de psicologia comum para ficarmos conven-cidos da REALIDADE da ressurreio, se meditar-mos na imensa transformao que se operou na vidados apstolos depois da ressurreio. Certamente oshomens, a quem Jesus escolheu para estarem comEle, no se destacavam nem pela coragem nem pela

    f. Eram um grupo de pescadores rudes que, na mai-or parte, quase no prometiam se tomar os valentessoldados da cruz, conforme observamos mais tarde,no Livro de Atos. Algum dificilmente escolheria essegrupo de homens ignorantes para serem os autoresdas obras primas literrias que os Evangelhos e os

    outros livros da Bblia nos apresentam. Se o relatodos Evangelhos, no que se refere ao Senhor JesusCristo, no verdadeiro, ento, afirmo, ele um mi-lagre to grande ou ainda maior do que a prpriaressurreio. E humanamente inconcebvel que esseshomens sem instruo cometessem uma fraude e in-ventassem uma histria to evidentemente sobrena-tural. Se voc achar que esses homens podiam tercriado essa fbula, sem qualquer fundamento, estar

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    imaginando um milagre ainda maior do que o relatodos fatos histricos reais que eles evidentemente fi-zeram. Seria mil vezes mais fcil para eles registra-rem os fatos que realmente aconteceram do que in-ventar, por si mesmos, uma histria assim fantstica.Uma fraude aqui absolutamente inconcebvel.

    TRANSFORMAO NAS VIDAS

    Um argumento ainda mais poderoso apresentase

    quando vemos a transformao que se operou navida dos prprios apstolos. Antes da morte de nos-so Senhor Jesus Cristo eles eram, na melhor das hi-pteses, um grupo de homens covardes. Repetidasvezes o Senhor lhes diz que, quando chegasse a horasuprema, todos eles O abandonariam e fugiriam. Nanoite em que o Senhor foi trado, todos fugiram. Pe-dro deu um ligeiro golpe com a espada, mas, falhan-do isso, vemolo seguindo a Jesus de longe e, depois,i oni maldio, juramento e imprecaes, negando oSenhor no trio do sumosacerdote. Pense ainda nosoutros, espalhados como ovelhas, e que, ao se encon-trarem no cenculo, fecharam as portas com medo

    dos judeus. Suas esperanas tinham sidodespedaadas. Haviam perdido toda a confiana, enenhuma coragem lhes restara. Estavam todos pronlos para desistir. Que quadro pattico nos apresen-tam! E, ento, alguma coisa deve ter acontecido!

    Vejaos alguns dias depois! E o dia de Pentecos-tes. Aqueles homens indoutos, incultos e apavorados

    esto novamente em Jerusalm. Mas que transforma27

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    o operouse neles! Que poderia ter acontecido? Emvez de serem, agora, um grupo medroso e covardede homens ignorantes, eles desafiam homens e de-

    mnios, terra e inferno. Vejaos ao darem testemu-nho do Cristo crucificado. Oua aquele mesmo Pe-dro, o negador, ao pregar o sermo de Pentecostes,no poder do Esprito Santo, atravs do qual trs milpessoas foram salvas em um dia. Acompanheos de-pois. Nada os pode deter, agora, nada absolutamen-te! Ameaados, aoitados, presos, perseguidos e mal-

    tratados, eles prosseguem de fora em fora, de po-der em poder, de vitria em vitria. E sua nica res-posta : "Antes importa obedecer a Deus do que aoshomens".

    E que pregavam eles? Que era, exatamente., quelhes dava essa inspirao? Qual o tema de seus ser-

    mes? Nada menos do que o fato de que esse mesmoJesus, Que fora crucificado e sepultado, estava AGO-RA VIVO. Nem um sermo foi pregado, no qual aressurreio deixasse de ser corajosamente procla-mada. Nada os poderia deter, agora. Eles estavamprontos para morrer por essa verdade em que fervo-rosamente criam e que pregavam. E morreram defato! As Escrituras e a tradio contam que quasetodos os apstolos deram a vida pela verdade doCristo vivo, ressurreto.

    Nem a morte pde deter aquilo que eles inicia-ram. Considere o modo rpido pelo qual o cristianis-mo espalhouse durante os primeiros cem anos. Di-

    ante de lees e fogueiras, carrascos e pilhas de lenha,milhes continuaram pregando um Cristo vivo at

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    que todo o mundo conhecido soubesse do fato. Ou-sar algum afirmar que esses homens, covardes elastimosos diante da cruz, tenham sido assim trans-

    formados por uma lenda que eles prprios haviaminventado e que sabiam ser mentira? No h psicolo-gia conhecida que possa explicar tal transformao.Alguma coisa aconteceu e isso foi a viso e contem-plao do Senhor realmente ressurreto em corpo. ElesO haviam visto, haviam tocado nEle, ouviramnO

    falar e viramnO subir s alturas. Somente isso podeexplicar a imensa transformao que se operou emsuas vidas no espao de poucos dias. Deixemos ainfidelidade explicar essa transformao.

    OUTROS EXEMPLOS

    Um ou dois exemplos fortalecero esta linha deraciocnio. Penso agora, por exemplo, no que aconte-ceu a Tiago, irmo do Senhor Jesus. Antes da ressur-reio de nosso Senhor, ele era um dos que duvida-ram de nosso Senhor e nem mesmo cria nEle. Tiagoestava com seus irmos quando disseram que Jesusestava fora de Si. Imagino que, quando Jesus mor-

    reu, os innos sentiram uma espcie de piedade mis-turada ao alvio. Aquele irmo, Jesus, fora condena-do a morrer como um criminoso. Que mancha nonome da famlia! Ele desgraara a famlia de Jos eMaria. Trouxera acusao a toda a casa e, emborafosse seu irmo, no podiam deixar de sentir queSua morte fora um alvio e significaria o fim da ver-gonha que Sua insanidade e fanatismo (eles pensa-vam) haviam trazido sobre o bom nome da casa de

    Jos. Mas, depois da ressurreio, encontramos Tia29

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    go novamente. E que transformao se operara nele!No era mais um incrdulo, mas o lder da igreja em

    Jerusalm, um cristo, um seguidor do Irmo des-

    prezado! Sim, um homem que pregava Sua morteexpiatria com ousadia e poder. Alguma coisa deveter acontecido para realizarse tal transformao navida de Tiago, em um tempo to curto. No podiaser outra coisa alm da viso do Senhor ressuscita-do. E Paulo nos diz em I Corntios 15:7 que, entreoutros, Ele foi "visto por Tiago". Deixemos que a

    infidelidade e o ceticismo apresentem, se puderem,uma explicao melhor para essa transformao, ou,em caso contrrio, que silenciem para sempre seusataques contra a verdade do Cristo vivo.

    O CASO DE PAULO

    Vamos apresentar outra prova. O caso de Paulo semelhante ao anterior. Pense nesse homem em seuzelo pelo judasmo e em seu dio pelo Cristianismo,em geral, e pelos cristos, em particular, quando via-

    java com autorizao para prender os cristos e levlos morte. Com idias de morte no corao, elepensa com prazer no fato de que, em breve, haveria

    de ver o sangue dos seguidores desse impostor, des-se Cristo, correndo pelo solo. Comeou a viagem paradestruio da Igreja mas, ento, alguma coisa aconte-ceu! Ele no conseguiu executar seus horrveis pla-nos de perseguio e morte. Mas, pouco depois dis-so, vemolo pregando esse mesmo Jesus desprezado,e proclamando que Ele era o Senhor vivo. Durante35 anos Paulo pregou esse Cristo a Quem perseguira,e isso no era um capricho passageiro, mas uma rea30

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    lidade de vida ou morte para ele. Sofreu indescritveistorturas em seu testemunho, e terminou como prisio-neiro em Roma, mas preferiu morrer decapitado do

    que abandonar a f no Senhor vivo. E, agora, faouma pergunta sria, sincera, honestamente e com todaa justia: Que que causou essa transformao re-pentina nesse Paulo instrudo, requintado e culto?Ser que foi uma insolao no caminho de Damasco,como j se afirmou? Ser que voc capaz de ler algica sublime de Romanos e atribula ao palavrea-do de uma mente alterada devido insolao? Afas-temos tal delrio para sempre! Deixemos que a infi-delidade esconda a cabea envergonhada, porque loucura at o fato de presumir que homens e mulhe-res inteligentes pudessem crer em uma tolice dessas.Ao contrrio, meu amigo, deuse um milagre naque-

    le dia. No pode haver outra resposta alm dessa!Paulo convenceuse completa e irrevogavelmente deque aquele Jesus, a Quem ele considerara um enga-nador e impostor, era tanto Cristo como Senhor. EleO viu, encontrouse com Ele, falou com Ele! Entocompare isso com a louca teoria da infidelidade arespeito da insolao e voc ter uma idia do absur-do sem sentido do ceticismo moderno.

    E, meu amigo, uma viso do Cristo vivo far omesmo para voc. Ele ressuscitou e vive para salvlo agora. Sem Ele voc estar morto para sempre,mas, no momento em que O reconhecer como seuSalvador, e crer que Ele morreu e ressuscitou pelos

    seus pecados, "ser salvo".

    "Cr no Senhor Jesus, e sers salvo (Atos 16:31).

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    Captulo 4

    ALELUIA! CRISTO RESSURGIU!

    "Antes de tudo vos entreguei o que tambm recebi;que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo asEscrituras, e que foi sepultado, e ressuscitou ao ter-ceiro dia, segundo as Escrituras

    Este o testemunho do apstolo Paulo e ele, cer-tamente, no era um tolo. Esta verdade da ressurrei-o era a doutrina principal de toda a pregao apos-tlica primitiva. A ressurreio era o ponto central

    na prova da eficcia da obra do Senhor Jesus Cristo.Nos captulos anteriores, sobre as provas da ressur-reio, mostramos que no h argumento psicolgi-co ou explicao racional para a transformao imen-sa que se operou na vida de Joo, Paulo, Tiago eoutros, se deixarmos de lado a viso do Cristoressurreto. Paulo, o apstolo, no captulo 15 de I

    Corntios, menciona, entre outras testemunhas, umareunio de "mais de quinhentos irmos de uma svez, dos quais", disse ele, "a maioria sobrevive atagora". Desejamos considerar cuidadosamente estadeclarao de Paulo. Ser que o apstolo Paulo ousa-ria fazer uma afirmao de que, pelo menos quinhen-tas testemunhas, a maioria das quais estava ainda

    viva, viram o Cristo ressurreto de uma s vez, seisso no fosse verdade? Conseguir quinhentas teste32

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    munhas no absolutamente uma coisa fcil. Toda-via, Paulo fez essa afirmao. Se houvesse algumadvida quanto ressurreio de Jesus, como teriasido fcil desacreditar a Paulo, exigindo que ele des-se os nomes dos quinhentos irmos e os apresentas-se. Se ele no conseguisse satisfazer as exigncias,terseia, ento, uma prova da falsidade de sua afir-mao atrevida. Paulo no teria se arriscado a fazeressa afirmao se no pudesse sustentla. Estariaem risco sua reputao e toda a causa do Evangelho,

    se afirmasse o que no podia provar. Mas ningumparece ter duvidado do testemunho de Paulo.No captulo dois deste livro, mencionamos sete

    provas da ressurreio. At aqui consideramos as trsprimeiras e, agora, chegamos quarta, O ARGU-MENTO DA FILOSOFIA, que, sem dvida, umilos mais conclusivos de todos os argumentos sobre

    as provas infalveis registradas nas Escrituras comrespeito ressurreio de Cristo. Estamos frente aofiito de um tmulo vazio. Quando Jesus foi sepulta-do, colocaramnO em um sepulcro novo. Seus inimi-go, lombrandose de que Ele dissera, antes de Suamorto, que haveria de ressuscitar no terceiro dia, fi/.i mm tudo o que era possvel para evitar qualquerIra lide ou engano, e, por isso, pediram que o tmulofosse selado e uma guarda romana colocada l, paravigiar de dia e de noite, como mais uma precauo.Entretanto, fato bastante estranho, no terceiro dia otmulo estava vazio. Como que aconteceu isso? Bem,h apenas quatro respostas possveis: (1) Os discpu-

    los de Jesus furtaram Seu corpo; (2) Seus inimigoslevaram o corpo embora; (3) Um animal selvagem odevorou; (4) Ele ressuscitou.

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    Examinemos cada uma dessas hipteses,detalhadamente. provvel que os discpulos tenhamlevado o corpo embora? No s improvvel quefizessem isso, mas completamente impossvel. Antesde mais nada, esses discpulos no estavam em con-dies ou disposio de mente para representar umafraude assim arriscada. O relato de sua covardia esua desero do Senhor dificilmente permite crer quetal idia tivesse mesmo passado por suas mentesdesordenadas. Pelo contrrio, ns os vemos na vs-pera do terceiro dia, encolhidos atrs de portas fe-chadas, com medo e desesperados. Em segundo lu-gar, lembremonos de que havia uma guarda juntoao tmulo. Vencer uma guarda armada seria impos-svel e, mesmo que eles tivessem sido capazes defazer isso, o severo governador romano no deixariauma ao dessas sem castigo. O argumento louco de

    que eles removeram o corpo, enquanto os guardasdormiam, pueril demais para exigir nossa ateno.Mas h ainda um argumento mais convincente

    contra a possibilidade de os discpulos terem prati-cado tal ato. Lembremonos de que o tmulo estavaselado com o selo oficial de Roma. Isso significavaque a impresso de Csar na cera tinha sido coloca-

    da no tmulo, de tal modo que a porta no podia seraberta sem destruir aquele selo. Destruir o selo eraum crime punvel com a morte. Imaginemos que osdiscpulos houvessem partido o selo. Os oficiais ro-manos no descansariam enquanto no prendesseme matassem todos os culpados. Entretanto, no en-contramos um relato sequer mostrando que algum

    esforo tivesse sido feito para prender os criminosos34

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    que teriam quebrado o selo de Csar. E, todavia, oselo fora quebrado. Portanto, o fato de que nenhumatentativa tenha sido feita, para encontrar os crimino-

    sos, prova, sem qualquer vestgio de dvida, queessa hiptese no verdadeira. No! No! No! Osdiscpulos no podiam ter furtado o corpo de Jesus.

    SER QUE OS INIMIGOS O LEVARAM?

    Consideremos a segunda possibilidade. Os inimi-

    gos levaram Seu corpo. Para esta pergunta apresen-tamos simplesmente a resposta de que no havia mo-tivo para um procedimento to tolo. Os inimigos notinham interesse no corpo de Jesus. Seu nico inte-resse era vLO morto e sepultado. A terminava todoo seu interesse. Quando O viram morrer, ficaraminteiramente satisfeitos. O Mestre odiado, fantico,

    tinha desaparecido. Estava morto e eles muito con-tentes. Mas, para argumentar, imaginemos que elestivessem furtado o corpo de Jesus. Poucos dias de-pois, os discpulos comearam a pregar e afirmar que

    Jesu ressuscitara e que fora para o Cu em corpo.Por quanto tempo duraria essa pregao, se os inimi-gos houvessem levado o corpo e, naturalmente, sou-bessem onde ele estava? Certamente no duvidariamulto. Tudo o que os inimigos precisavam fazer eraexibir o corpo furtado e silenciariam a voz do cristia-nismo quase antes dele haver surgido. Mas nuncamostraram o corpo, simplesmente porque no sabi-am onde ele estava.

    Para a terceira suposio, a de que animais selva-gens poderiam ter destrudo o corpo de Jesus, o ar-gumento falha completamente. Em primeiro lugar,

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    havia uma guarda romana perto do tmulo, junta-mente com uma pedra pesada e tambm o selo queimpediria qualquer coisa desse tipo. Alm disso, no

    eram comuns animais selvagens naquele lugar degrande populao, ao redor de Jerusalm, se queexistia algum. Mas o argumento falha completamen-te se nos lembrarmos de que a narrao afirma clara-mente que suas vestes, com as quais foi sepultado,foram encontradas em ordem. As vestes com as quais

    Jesus fora envolto, foram encontradas exatamente

    como haviam sido colocadas, sendo que o leno esta-va cuidadosamente dobrado no lugar onde estiveraa cabea. Certamente, se um animal selvagem tivessedestrudo o corpo, ou se ladres o tivessem levadocom pressa, haveria uma cena de grande desordem.Entretanto, a narrao diz que tudo estava em or-

    dem e, assim, podemos saber que Ele no saiu de lcom pressa.H, portanto, apenas uma outra soluo, que o

    fato de que ELE RESSUSCITOU. Seus amigos e ini-migos no podiam tLO levado do tmulo e ani-mais selvagens no podiam ter destrudo o corpo.Portanto, no h outra resposta a no ser a das Escri-turas Jesus Cristo ressuscitou. Sim, e podemoscantar com absoluta confiana:

    Da sepultura saiu!Com triunfo e glria ressurgiu!Ressurgiu, vencendo a morte e o seu poder;

    Pode agora a todos vida conceder!Ressurgiu! Ressurgiu! Aleluia! Ressurgiu!

    Passamos, agora, para a quinta prova O AR36

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    GUMENTO DA HISTRIA. de se admirar comopode algum estudar a histria da Igreja Crist, seuincio, crescimento, realizaes e vitrias, sem ficar

    convencido de que, por trs disso tudo, deve haveralgo mais do que a inspirao de um simples homemque viveu h dois mil anos, ensinou durante apenastrs anos, e terminou o ministrio ainda moo, semnada ter deixado escrito. Tudo o que temos registra-do a palavra de outras pessoas. O prprio Jesus

    nunca escreveu, a no ser em uma ocasio algumaspalavras na areia, logo apagadas pelos transeuntes.Todavia, aqui se encontra a Igreja do Deus vivo, aprova nica de poder sobrenatural, interveno e pre-servao divina, como um testemunho da veracida-de histrica do Homem Jesus, e da aprovao de

    Deus sobre Seu ministrio e obra. A Igreja, sempreodiada e desprezada, desde o incio, e, todavia, nun-ca destruda, constitui um milagre de proteo divi-na, to grande como a preservao dos judeus.

    QUE HISTRIA!

    Que histria! O cristianismo comeou imediata-mente a influenciar e dar significado a cada fase doempreendimento humano. Ele transformou vidas, al-terou costumes, deu novo impulso arte, msica, arquitetura, ao transporte e educao. Transformouo mapa do mundo, abriu caminhos para novos terri-trios e dividiu toda a humanidade em duas fases. Aexistncia do Cristo vivo cancelou todo o clculo dolempo, fazendose necessrio um novo calendrio.

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    At o tempo de Cristo, os homens contavam o tempopelos vrios acontecimentos nacionais. Cada naocontava o tempo por um determinado acontecimento

    em sua histria. Mas, h 1900 anos, aconteceu algu-ma coisa que exterminou todos os calendrios, quan-to ao uso prtico, e toda a histria ficou, ento, divi-dida, pertencendo a um dos dois grupos: a.C.; d.C.ou (A.D.) antes de Cristo ou depois de Cristo(Anno Domini). Na Africa pag, ou na Amrica cris-t, em qualquer lugar que estivermos, todas as reali-zaes humanas e toda a vida humana do testemu-nho do fato de que, h 1900 anos, viveu Algum quetransformou o prprio registro do tempo e deu histria uma nica forma. Tudo isso foi realizadopor meio do curto ministrio de trs anos de umhomem. Cristo o centro de toda a histria. Tudo o

    que aconteceu antes dEle vir, aponta para Sua vindae representado por a.C. Tudo o que aconteceu de-pois referese Sua vinda, e representado por d.C.(A.D.).

    MILHARES DE VEZES POR DIA

    Milhares de vezes por dia defrontamonos com ofato do Cristo ressurreto. Esse acontecimento estescrito em nossos edifcios, impresso em nossos do-cumentos, publicado em nossos jornais, gravado emnossas cartas e, literalmente, proclamado em nossoscalendrios. Que que significa exatamente a data

    1992 d.C. (A.D.)? D.C. ou A.D. quer dizer "AnnoDomini", isto , ano de nosso Senhor. A expressotoda, portanto, significa: "No ano do nascimento de

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    nosso Senhor Jesus Cristo, de 1992". A prpria ex-presso "No ano do nascimento de nosso Senhor Je-sus Cristo, de 1992" sugere que Ele tem, pelo menos,

    1992 anos. E este testemunho, evidenciado pela acei-tao universal do calendrio cristo, constitui, emsi, uma prova incontestvel da veracidade histrica eda personalidade sobrenatural do fundador do cris-tianismo, Jesus Cristo, que, embora fosse crucificadono ano 33 d.C. (A.D.), ainda est vivo no ano 1992

    d.C. (A.D.). Na europa, sia, frica, Amrica e ilhasdo mar, em qualquer lugar em que datas somarcadas, cartas escritas, jornais impressos, tratadosfeitos, planos formulados, na parte superior da folhade papel ou envelope encontramos esse testemunho

    d.C. (A.D.) 1992. H 1992 anos Jesus veio a estemundo. A primeira coisa que se encontra na primei-ra pgina do jornal esse testemunho acerca de Je-sus. J vi esse testemunho em um jornal ateu. Bemrm cima dele estava escrito: A.D. 1992. Deus faz atsinis inimigos darem testemunho com relao a Seul;llho. Cada jornal impresso, cada carta escrita, cadapacote carimbado pelo correio, cada compromisso

    .riNtimldo e cada documento preparado, para ser le-gal, tem que apresentar o testemunho de Jesus, ail.it,i legal. Deus no permitir que o homem se es-quea do Cristo ressurreto. E, se um dia, as foras doatesmo abolissem da terra toda a f crist, o teste-munho ainda permaneceria, porque a histria teria

    que registrar que, no ano tal d.C. (Ano tal de nossoSenhor), o cristianismo foi abolido.Ioda a vez que voc olha para um calendrio,

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    escreve uma data, vai trabalhar, faz um testamento,escreve uma notcia, dita um documento, compra umcarro, paga uma receita, faz um depsito no banco,

    preenche um cheque, paga a conta de luz, assina umcontrato, recebe ou paga um aluguel, recebe um juro,quase que a cada movimento que faz Deus pro-clama literalmente a verdade de Jesus Cristo paraVO C A.D., A.D., A.D.

    DEIXEMOS A INFIDELIDADE RESPONDER

    Deixemos que a infidelidade responda a isso.Quando enviar a resposta, ter que pr nela a dataA.D. 1992, o ano de nosso Senhor. Nenhuma outradata ser reconhecida. Permitamos que as pessoas,que gostariam que acreditssemos que tudo isso em comemorao a um homem que morreu por seufanatismo, depois de trs anos de falsidade, contem-plem esses fatos maravilhosos.

    O mundo todo, sem saber e sem querer, prestahomenagem a um Homem que, se no ressuscitou,como disse, deve ter sido um mentiroso e um impos-

    tor ou um fantico iludido. Oh, a loucura da incre-dulidade e a insanidade do ceticismo!Permitame, portanto, apelar para que voc no

    se una s fileiras daqueles que negam esta verdadeprimordial, sem a qual no h salvao. Confie nElee creia na mensagem do Evangelho de que Jesus Cris-to morreu de acordo com as Escrituras, foi sepultado

    e ressuscitou no terceiro dia, de acordo com as Escri-turas. Voc no pode fugir dEle. Tem que encararestes fatos. Quer recebLO, agora?

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    Captulo 5

    A PRO VA DA EXPERINCIA

    "Se com a tua boca confessares a Jesus como Se-nhor, e em teu corao creres que Deus o ressusci-

    tou dentre os mortos, sers salvo (Romanos 10:9).

    "S provando podese conhecer o sabor das coisas". A melhor prova da ressurreio do Senhor Je-sus Cristo o poder que Ele concede s vidas detodos aqueles que, pela f, O aceitam como seu Se-

    nhor e Salvador. ConfessandoO com nossas bocas, ecrendo em nossos coraes que Ele foi ressuscitadopara nossa justificao, temos a salvao e isso trans-mite ao crente o poder para enfrentar cada um dosataques de Satans com referncia verdade do Evan-gelho. A cincia moderna fala hoje em Filosofia da

    Rellgirto e Psicologia da Converso, mas ningum ja-mais pde explicar, em bases naturais, a transforma-o que se opera no corao e vida do homem oumulher que, por um ato de f, aceita a Jesus Cristo, oSenhor ressurreto. Foi assim nos dias em que Eleesteve aqui na terra. Homens e mulheres entraramem contato com Ele e nunca mais foram os mesmos.O ladro tornouse honesto, a meretriz, virtuosa, oendemoninhado assentouse aos Seus ps, so, o sur-do ficou ouvindo e o coxo andou. Milagres to gran

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    des, como andar sobre a gua e ressuscitar os mor-tos, tem sido realizados, pelo poder do mesmo Cris-to, nos 1900 anos que se passaram.

    RESSURREIO ESPIRITUAL

    Uma ressurreio espiritual no um milagre mai-or ou menor do que uma ressurreio fsica. Expul-sar o demnio de um homem e purificar o impuro

    no foram milagres limitados aos dias em que Eleesteve aqui na terra. Milhares sem conta de vidastransformadas permanecem como uma prova incon-testvel do poder do nome de Jesus entre os homense mulheres. Apresentamoslhe, nas pginas anterio-res, alguns argumentos que provam e estabelecemdefinitivamente a ressurreio do Senhor Jesus Cris-to. Chegamos, agora, ao argumento da EXPERIN-CIA, que, afinal, uma realidade para cada indiv-duo que experimentou a salvao.

    Cada pessoa que j confiou no Senhor Jesus Cris-to sabe a transformao imensa que esse fato realizaem sua vida. A histria est repleta de milhares e

    milhares de exemplos. Pense no pobre bbado emseu estado de embriaguez, cambaleando dentro deuma igreja ou sala de cultos. Durante quarenta anoso demnio da bebida alcolica tomou conta dele e oatormentou, at que, agora, maltrapilho, despedaa-do e abjeto, ele desprezado at por aqueles que o

    ensinaram a beber. Ele resolveu, prometeu e jurouque haveria de se regenerar, mas, depois de tudoisso, apenas aprofundouse mais do que nunca no

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    pecado. Vejao quando vai para a frente cambalean-do, repugnante, vil, sujo, com mente obscurecida ecorpo alquebrado. Todavia, em um segundo alguma

    coisa acontece. Ele ouviu uma mensagem de "boasnovas". Creu nela. Algum lhe disse que Jesus esta-va esperando para salvar e libertar exatamente po-bres pecadores como ele; e, crendo nessas palavras,embora fracamente, ele vai, ouve, cr e, num instan-te, operase uma transformao que nenhuma filoso-

    fia, psicologia, psiquiatria, nenhum argumento hu-mano pode explicar. De uma hora para outra ele transformado interiormente e, se voc o vir algunsdias mais tarde, dificilmente o reconhecer. Conheocentenas de casos exatamente iguais a esse. Tenhovisto homens transformados em um abrir e fechar deolhos, meretrizes purificadas, ladres tornados ho-

    nestos, bbados sbrios para sempre, lbios deblasfemadores e maldizentes repletos dos mais doceslouvores ao Senhor. Deixemos que o ceticismo expli-que isso no campo da psicologia.

    A PROVA DA EXPERINCIA

    Novamente repetimos: "S provando podese co-nhecer o sabor das coisas". Se estas palavras chega-ram a suas mos e voc tem dvidas quanto ao rela-to das Escrituras, deixeme convidlo a "vir, provare ver que o Senhor bom" e que "no existe nenhum

    outro nome, dado entre os homens, pelo qual impor-ta que sejamos salvos", mas apenas o nome de Jesus.Esse nome significa "Jeov Salvador". Milhares e mi

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    lhares de pessoas j fizeram essa experincia e ne-nhuma ficou desapontada. A f em um Cristo vivotem sido a nica coisa a sustentar os homens nos

    dias de tristeza e mesmo de morte. Por muitos anostive o privilgio de exercer a medicina, e tenho per-manecido ao lado de muitssimas pessoas ao passa-rem da vida para a morte, e do tempo para a eterni-dade, e posso testificar, sem nenhuma exceo, queh uma diferena entre a morte do mpio e a morte

    do justo. Vi homens morrerem com a chama da espe-rana, revelando uma luz que ia at o prprio Cu,enquanto eles entoavam louvores e entravam na pre-sena de Deus. Vi tambm a maldio, injria e re-volta daqueles que rejeitaram o Senhor Jesus Cristo eque se rebelavam contra a hora em que teriam decomparecer perante Ele. E o nico modo de explicaresta vitria maravilhosa do santo a viso do Se-nhor vivo. E a f nAquele que no est morto, masvivo. Se no houvesse outra evidncia do poder deum Cristo vivo e Seu Esprito, alm da transforma-o que opera na vida daqueles que crem nEle, estaseria suficiente. Certamente o testemunho da experi-

    ncia de milhes e milhes que foram ao encontro damorte com um grito de triunfo, que enfrentaram aboca dos lees, ou cantaram vitria na fogueira, en-quanto as chamas consumiam seus corpos, fala milvezes mais eloqente e convincentemente do que aspalavras vs dos cticos quando a morte ainda um

    fantasma distante. Sim, Jesus Cristo ressuscitou. Nopode haver nenhuma dvida a esse respeito. E ora-mos para que Deus abra os olhos de todos os que

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    lerem este livrinho, a fim de que encontrem o Cristovivo, que morreu no Calvrio e ressuscitou no tercei-ro dia, de acordo com as Escrituras.

    O ARGUMENTO DA AUTORIDADE

    Chegamos, agora, ao ltimo argumento desta s-rie de estudos sobre o TMULO VAZIO. Guarda-mos este para o fim, no porque seja menos impor-

    tante do que os outros, mas porque desejamos dei-xar com voc esta verdade maravilhosa. E o argu-mento da AUTORIDADE. Muitas outras provas in-falveis poderiam ser mencionadas, mas conclumoscom esta o testemunho das prprias Escrituras.Durante quase quatro mil anos, este Livro tem su-portado a prova do tempo. Sem conta tm sido astentativas do inimigo para banilo da terra, mas aliblia ainda permanece. E, quanto mais a increduli-dade procura, em toda a parte do mundo, provar ainexatido da Bblia, mais suas investigaes servempara corroborar o testemunho das Escrituras. A ar-queologia, a geologia, as descobertas cientficas, tm

    provado, seguidamente, que a Bblia est certa aotratar de qualquer assunto, seja de cincia, histria,geografia, cultura, em geral, ou qualquer ramo doconhecimento humano. No est dentro dos limitesdeste pequeno livro discutir todos eles, mas deseja-mos apenas afirmar que nunca houve um argumento

    sequer provado contra a Palavra de Deus que pudesse suportar a sano do tempo. Pelo contrrio, at acincia tem sido obrigada a se inclinar inmeras ve

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    zes diante da imutvel Palavra do Deus vivo.Durante quatro milnios o diabo e sua corte tm

    procurado encontrar uma nica falha nessa Palavra

    maravilhosa, e ainda no conseguiram. Aquilo queuma vez pareceu errado na Palavra de Deus foi con-firmado como certo, servindo apenas para revelar aignorncia da chamada cincia.

    Fazemos aqui uma observao final, ao chegar-mos ao trmino desta srie de estudos sobre a res-surreio do Senhor Jesus Cristo. A nica esperanapara o pecador, no tempo e na eternidade, o Se-nhor ressurreto e exaltado. No entrar no Cu ne-nhuma pessoa que negue a ressurreio literal ecorprea de Jesus Cristo. Ela uma parte integrantedo Evangelho, pois o Evangelho de Jesus Cristo as"boas novas" de que "Cristo morreu pelos nossos

    pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado eressuscitou". H muita pregao, chamada pregaoevanglica, que no suporta a prova deste trecho par-ticular das Escrituras. Podemos pregar a Cristo cru-cificado, Cristo morrendo, Cristo sepultado, mas, en-quanto no O tirarmos do tmulo e O pregarmos

    como um Salvador vivo, ressuscitado, ainda no te-remos pregao do Evangelho. O emblema da Igrejade Jesus Cristo no um crucifixo ou uma cruz comum Cristo morto pendurado nela. O emblema da Igre-

    ja de Cristo um tmulo vazio, um tmulo do qualEle, a Quem a morte no pde reter, fez Seu escape,

    estando mo direita de Deus, no Cu, intercedendopor ns. E a salvao consiste em "crer no testemu-nho de Deus, que ele d acerca do seu Filho", no

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    apenas Sua morte e sepultamento, mas tambm Suaressurreio. A salvao, portanto, no pelas obras,pela educao ou reforma; no consiste em se viver

    uma vida boa nem em seguir o bom exemplo deCristo, procurar observar Seus ensinos ou imitar Suabondade. Pelo contrrio, conseguese a salvao renunciandose justia prpria e confiando apenas naobra completa do Senhor Jesus Cristo. Ele prpriodisse: "Tenho poder para a dar (a vida), e poder para

    tornar a tomla". Esta uma afirmao tremendapara ser feita por algum que no fosse capaz deexecutla. Mas a f na ressurreio tornouse indis-pensvel para a salvao, porque Ele ressuscitou dotmulo. Por que no crer nEle, agora? Esperamosque voc "creia no testemunho de Deus, que ele d

    acerca do seu Filho", pois o registro de muitas pro-vas infalveis. Nosso Senhor mesmo disse:

    "Eu sou a ressurreio e a vida. Quem cr em mim,ainda que morra, viver; e todo o que vive e cr emmim, no morrer, eternamente" (Joo 11:25,26).

    "Ora, se corrente pregarse que Cristo ressuscitoudentre os mortos, como, pois, afirmam alguns den-tre vs que no h ressurreio de mortos? E, seno h ressurreio de mortos, ento Cristo noressuscitou. E, se Cristo no ressuscitou, v anossa pregao e v a vossa f; e somos tidos por

    falsas testemunhas de Deus, porque temos assevera-do contra Deus que ele ressuscitou a Cristo, ao qualele no ressuscitou, se certo que os mortos no

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    ressuscitam. Porque, se os mortos no ressuscitam,tambm Cristo no ressuscitou. E, se Cristo noressuscitou, v a vossa f, e ainda permaneceisnos vossos pecados. E ainda mais: os que dormiramem Cristo pereceram. Se a nossa esperana em Cris-

    to se limita apenas a esta vida, somos os mais infe-

    lizes de todos os homens. Mas de fato Cristo ressus-citou dentre os mortos, sendo ele as primcias dosque dormem" (I Corntios 15:1220).

    O pecador, creia nisso, agora, e seja salvo. Se Deusno houvesse dado tantas provas infalveis, sua con-denao poderia ser atenuada, mas, diante de todasessas evidncias, como pode pretender "escapar, seno atentar para uma to grande salvao"?

    Que Deus lhe conceda a graa de colocar sua f e

    confiana nAquele que ressuscitou do tmulo e quevir novamente terra para julgar tanto os vivoscomo os mortos. Que Deus o ajude a crer nesse teste-munho.

    "E o testemunho este, que Deus nos deu a vida

    eterna; e esta vida est no seu Filho. Aquele quetem o Filho tem a vida; aquele que no tem o Filhode Deus no tem a vida" (I Joo 5:11,12).

    Meu amigo, creia nisso agora!

    Cr no Senhor Jesus, e sers salvo" (Atos 16:31).

    48 FIM

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    O TUMUL O VAZIO

    Pela Radio Bible ClassAdaptado, traduzido e publicado no Brasil com aexpressa autorizao da Radio Bible Class, GrandRapids, Michigan 49555-0001 - E.U.A.

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