4
v u u à Á u u u v é x çà çã ç v u u u ñ u v ¡ u v é u u v u u « í z » v uv uu ã u u z u z u v u uz á ç z é u u á u v v ~ u u é u v çõ u z « z » u v z ã u v u x u u uz à v v v v u çã ã u é á u v z v u z u v x v u à v ~ á u uv á u v ê u v v u u v é u á u u u uz u u z uu ñ u u v u ó u z z uz u v v ã v ~ ã u u u vz vu ã u u v z çõ v çã u x x u v u u u á u u v uz õ u u v v y u u zà à é u u xu õ u v v u u u u çã u v v u ç uuz u v ñ v u x u ã áu u é u u ç çõ u u u u u v v z á v u u çã u vz u ó x u u ã u ç v v u uu xu v çã u u ç ã z x á v u çã u õ u z u çí u á u ã á xu ã á u u u ó á u ñ çã u v u v x u õ y ñ á x á é u u u á u ã çã v çã u á xu z u ñá v u u ç u zív u u v uz u u zv Ú u v x xu ã á í u ç çã v u u ã é u ç x u xu u u u u u é v u é v u v u u zív z ñ u x u v u çâ xu á ã á ã v á ã u u u Ç õ u çõ é ¡ u u çõ u u vu é u z é ¡ v çã u ã çã á u u v u ç é uz v v ç ç ã v ç ã é v u ç ã v ç u ç u u ¡ u u vz u u u v v é v v ç ã uz u uz u u é u u á ç z u u v v u íu õ çã u ã x u ç ã x u v í uu u çã u u x“ u v u u uv v u v u v u u u u v v u x z v u ux u çã u ã u u u u çã u u u uv u u v u çã ux á u u x u

o V A l - asw.pt · sada, ainda quando por caso' de for-ça maior se deixe de effectuar essa excursilo, consoante succedeu com a de Caimbra que foi prohibida pela auctoriiade superior

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  • Anno XIV

    Ovar, 20 de Junho de' 1909 ___ Numero 720

    A DlSCUSSÃllSEMANARIO REGENER,ADOR

    ASSIGNÁTURA ,

    Auiguatura em Ovar, semestre. . . . . . . . . . . . . . 500 réis

    Com estempilha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 600e

    Fora do reino :acresce o porte do correio.

    Pagamento adiantado.

    Annonciam-se obras litterarlas em troca de dois exemplares

    neoacçÃo ia ADMINiSTnAçãoes. DAAPRAçAjOVAR _1

    Ovar. 19 de Junho de 1909 treitns e tortuosas umas, amplas

    -m-ñ---univb-m¡ de magiizñco aspecto outras, ol

    golpede vis

    ta ésempre s

    urpre_

    hendente. Tanto pela sua. vanta-

    pelos* seus encantos naturaes, a

    «Prínceza do Lima» ha-de vir a

    ser, sem duvida, em futuro não

    muito remoto, uma das cidades

    mais prosperas do paiz. Tudo as-

    sim o laz'prevêr.

    E essa prosperidade lia-de

    accentuar-se decisivamente no dia

    em que o monte de Santa. Luzia,

    já começado a embellezar e a

    ajardinar. \além do grandioso

    templo que para o seu pincaro

    se 'está edificaudo, oil'erecer aos'

    viajantes alojamento commodo

    em hoteis accessiveis a todas as

    bolsas, e meios de transporte re~-

    guiar-'es e economicm.pairaa cl*

    Esta situada. na margem direi-

    ta do Lima, estendendo-segre-

    ciosamente ao longo d'elle em

    terreno plano, e é uma das mais

    bellas e importantes povoações

    da província, justamente chama'z

    da a «Princeza do Lima». Os pa-

    noramas que de varios pontos

    d'ella se gozam _são soberbos;

    mas nenhum,- po-r ventura, exce-

    de nem mesmo eguala o que, do

    alto do montede Santa Luzia,

    se oferece à vista maravilhado

    do observador. Do A pincaro do

    elevado sarro, desde cuja base a

    Proprietario e director

    ANTONIO DOS SANTOS SOBREIRAC'mnposição e impressão,

    _ IIPRENSA-

    Rua de Passos Manoel, 211 a ?Is-Porto

    cidade se estende até á' beira-rio,

    descortina-"se' uma das mais deli-

    ciosas perspectivas de todo o paiz.

    E' simplesmente encantadora a

    vista que se goza d'aquella emi-

    nencia sobre o formoso'valle do

    Lima e as extensas' veigas da

    Areosa, que tem, por limite a

    amglidào do oceano,va perder~se

    lá. muito ad longe, -na dilatadissi-

    ma curva do horisonte.

    Dá facil accesso ao alto do

    monte uma caprichosa estrada

    coleante, toda bordada de arvo-

    êredo, por entre o qual logo des-

    de as primeiras voltas do cami-

    nho se vae descobrindo o largo

    agglomerado da casaria da cida-

    de, crescendo o encanto de mi-

    nuto a minuto, conforme o hori-

    sonte se vae distendendo, até que

    lá. em cima, no parque que cir-

    cunda a ermida de Santa. Luzia,

    e em frente da qual, na encosta,

    ha uma grande imagem em bron-

    ze de Ohristo crucuicado, se ñca

    encantado com a formosura do

    quadro, obra mara vilhosa que só

    a natureza seria capaz de pro-

    duzir. Quer o olhar fascinado do

    observador se volte para os ar-

    rabaldes da cidade, tão verdejan~

    tes e tão bellos que quem uma

    vez os viu não mais os esquece,

    quer se volte para o lado do

    oceano, animado de dezenas de

    embarcações de variada lotação,

    quer se tixe exclusivamente na.

    eidade, com os seus templos, o

    seu lindo jardim publico á beira-

    mar e a 'sua' elegante ponte de

    ferro, a sua. formosa Avenida

    Luiz de Camões, as suas ruas es-

    dade e vice-versa.,

    (Da Encyclopedia Portuguezà).

    .-

    EXCURSÃO A VIANNA

    DO CASTELLO

    Até que emlim. Ha annos que os

    iniciadores das excursões, que em

    Over se tem promovido quer com

    caracter official quer particul irmen-

    te mas sempre com o concurso da

    Associação dos Voluntarios, veem

    envidsndo o melhor dos seus esfor-

    ços ante a Companhia Real dos Ca-

    minhos de Ferro Portuguezes no

    sentido de obter um comboio espe-

    ciale directo entre Ovar e Vianna do

    Castello añm de promover uma ex-

    cursão áquells encantadora cidade

    do Minho, consoante era manifesto

    desejo 'do grande numero de con-

    terraneos. Baldados porém foram

    sempre esses desejos em conse-_

    quencia de diiiimldades surgidas

    principalmente da falta de homoge-

    neidade de preços e condições de

    transportes especraes entre aquella

    Companhia e a de Minho e Douro.

    No intuito de corresponder aos de-

    sejos que quotidianamente lhe eram

    manifestados volveram, ha mezes já,

    a versar o assumpto que constituía

    a aspiração de muitos perante a

    Companhia Real e d'esta vez com

    melhor successo pois, após demo-

    rada e complexa troca de corres-

    pondencia, conseguiram o accordo

    entre as duas Csmpanhias para a

    concessão do comboio especial e

    .directo que permitia, por preços re-

    lativamente medicos, ir visitar a for-

    mosa rainha do Minho e os seus

    encantadores suburbios exuberantes

    de vegetação e de delicias naturses.

    !k

    :r :r

    cmusrçlo

    Não obstante a escassez do tem-

    po para o necessario reclame foi

    fixado, como mais apropriado e mais

    adaptado á; conveniencias commer-

    ciaes iocaes, o dia de S. Pedro, 29

    jose. situação geographica como do con-eme, que, afinal, tem sido

    sempre o escolhido para digressões

    d'esta natureza.

    Ignoramos por emquanto se a Asa

    sociaçío dos Voluntarios' dará ou

    não ca'actt-.r oflieial á excursão; mas

    podem 'JS desde já sfiirmar que, de

    qualquar das fórmss, n'ella se en-

    corporcirá a sua banda añm de im›

    primir ao passeio maio-.- animação e'

    concorrer para a Vida e alegria com

    que a mocidade vareira e nomeada-

    mente as nossas gentis e esbeltis

    tricanas costumam revestir as ex.

    cursões, sempre typicas e caracte-

    risticas.

    Ill

    3 ñ

    - Nao está ainda fixada. e nem o

    poderá ser antes de entrada da per- .,

    centagem de garantia' 'no cofre da

    Companhia, a hora .ds partida e re-

    gresso do cornboio especial, mas é

    natural que aquella tenha logar á.

    4 'Ig ou 5 '], da manhã da estação

    de Ov-ir e este entre as 7 e 8 ho-

    ras da tarde da estação de Vianna,

    o que permittirá aos excursionistss

    a permanencia alli de onze horas,

    tempo sufñáentemente bastante' ps-

    rs visitar a cidade e Os seus monu-

    mentos, praças, jsrdins, campo da

    Agonia o seu mais aprazível passeio,

    e bem assim gosar o surprehenden-

    te e inegualsvel panorama do Monte

    de Santa Luzia e ainda alguns dos

    seus apr'sziveis srrabaldes.

    t

    Ú 1

    Precisamente porque se avisinha

    o dis fixa lo para s excursão e e,

    commitsáo promotom tem 5 días

    antes, )u seja no (lia 24 do corren-

    te, de entrar com Io “f. do preço

    minimo do comboio na estação de

    Ovar, percentagem que inmediata-

    mente fics constituindo reCeita da

    Companhia e não mais é reembol-

    sada, ainda quando por caso' de for-

    ça maior se deixe de effectuar essa

    excursilo, consoante succedeu com

    a de Caimbra que foi prohibida pela

    auctoriiade superior da districto, é

    indispenssvel que, até esse'dia 24,

    se inss-evam todos quantos desejem

    aprove tar-se do economico passeio

    que se lhes depara a uma das mais

    aprazíveis localidades do Paiz, añm

    da meima commissao se habilitar a

    fechar o contracto c0m a Compa-

    nhia eu face dos elementos de pro-

    babilid-ide de exito que porventura

    lhe poisa permittir a mscripçâo dos

    excursionistas.

    Decorrido esse dia_já não poderá

    firmar-ie tal contracto, e certamente

    não levará a commissão o seu des-

    interesse a ponto de se subjeitar,

    em beneficio commum, so desem-

    PUBLIGAÇõEs

    Publicações no corpo do jornal, 60 réis cad¡ linho.

    Aimuncios e eommunioadoa, 50 till; repetiçõa, 95 tdi.

    Annuncios permanentes, contrasta especial.

    '25 p. e. de abatimento aos srs. usignsntes.

    Folha avulso, '10 réis.

    'bolso de algumas dezenas de mil

    réis.*

    t l

    All¡ fica a necessaria prevenção

    aos retardatsrios para que não se

    possa sllegar ignorancia.

    A inseripção está aberta nos se-

    guintes estabelecimentos:

    GVAR

    Joaquim Ferreiro da Silva, Suc-

    cessores, Praça; José Luiz da Silva

    Cerveira, Praça; Francisco de Mat-

    tos, Praça; João da Silva Alminha,

    Praça; João José Alves Cet ueirs,

    Praça; João Jose Tavares. raça;

    Antonio Dias Martins, rue da Gra-

    ça; Manoel Joaquim Rodrigues Z¡-

    gallo, rua do Outeiro; Manoel Go-

    mes Rivazio. rua do stunco; Viu-

    va Balreirs, Ponte Nova; Abilio Jo-

    sé da Silva, Ponte Nova.

    O

    Lino Pereira Leça, Mattosinhos;

    Anãonio Pinto Ferreira Souza, Es-

    trs e.

    VALLBGA

    Fructuozo Lopes Rodrigues, Ni-

    colau José Rodrigues Brega.

    Segundo nos foi informado o com-

    boio especial terá paragem em Ma-

    rceda, Cortegaçs, Esmoriz e Es inho

    quer na ida quer na volts. s m de

    aproveitar a estas localidades.

    A Vianna, pois.

    Misericorqia d'0iar

    Reuníu no domingo passado na

    sala das sessões da direcção dos

    Bombeiros Voluntarios a grande

    commissão de senhoras constituídas

    expressamente para secundar os es-

    forços da commissão executiva da

    Miserícordia, no angariamento de

    receita para a futura instituição e

    nomeadamente para a construcçao

    do seu hospital. Pela sua presidente,

    a ex!“ sm.- D. Julia Chaves, foi

    communicsdo que, com o louvavel

    e generoso concurso de varios ele-

    mentos de subido valor, conseguira

    Organisar um sarau que deveria le-

    var-se a effeito nos fins do corrente

    ou nos principios do proximo mez,

    contendo com s boa vontade de to-

    das as suas collegas para o auxilio

    na distribuição de bilhetes quando

    a espontaneidade dos nossos con-

    terrsneos não supprisse, confor-

    me era de esperar dos seus dotes

    aliruístss, este trabalho. A assem-

    bleia recolheu com galhsrdis l

    communicação que lhe foi presente

    pela sua illustre presidente, louvou

    a sua iniciativa e declarou achar-se

    na melhor intenção de auxiliar. co-

    mo aliás lhe cumpria. e sua execu-

  • 2

    ção, empregando os meios compa-

    tiveis com a sua situaçã 'para co-

    brir do melhor exito of ;refectado

    sarau. .* v

    * *

    Tambem se tomou conhecimento

    do andamento dos trabalhos refe-

    rentes á projectada rifa de um va-

    liozo e artistico objecto, aparando-se

    que iam assáz adiantados e que al-

    ns membros da commissão já se

    aviam desempenhado cabalmente

    da missão de que se haviam incum-

    bido, tendo até já feito remessa do

    competente apuro para a ex.“ the-

    soureíra. Como porém, devido a

    incommodos physicos, não pode-

    ram comparecer alguns vogaes da

    commissão assentou-se em que, em

    nova e proxima reunião, se ñzesse

    melhor e mais precizo apuramento

    d'esses trabalhos, se determinasse

    a escolha do objecto de arte ari-

    far e a quantia a dispender com elle

    e se ñxasse, sendo possivel, o dia

    para a extracção do premio, o qualt

    seria previamente annunciado para

    conhecimento dos interessados.

    !k

    Snbscñpcaoparaiihospüalde orar

    Transporte Rs. . . 7:6315900

    Antonio Fernandes da' '

    Graça, Lamago .f l 16000

    r Ã" "b ' .LJ

    Producto de uma“'subsarípção do Pará,

    promovida pelos sm.“ Antonio Gomes

    da Silva e Gonçalo Ferreira Dias.

    (Moeda bpagüeira)

    Antonio Gomes da _Sil-,_

    va. . .' . ,n . _ 505000

    Gonçalo Ferreira Dias. _ __ 505000

    Antonio Marques Bran-

    co. . . . . . ,g :504000

    Bernardo André d'O-

    liveira. . . . . 505000

    Joeé Fernandes da Grs.

    ça¡ . . . c .

    José Ferreira d'Andra-

    de. . . . . . '505000

    Joao Maria de Pinho

    Saramago. . '. . 505000

    Antonio Pereira de Car-

    valho. . . . o. v 505000

    Antonio Pereira' Vina-

    nagre. '. . 505000

    Fernando samira' . V 305000

    Manoel Maria Lauren: ' '

    ço Ferreira . . ' 255000

    Amadeu d”Oliveira Ra-

    mos . . . . p 20_ _000

    David Marques Branco 20 000

    Manoel dos santos' ..

    205000

    205000

    e 205000

    . 205000

    205000

    205000

    205000

    Faustino. . ,u i. _

    Manoel @Oliveira Va-

    lente . . . .. .

    Manoel d'Oliveira .

    João Fernandes . .

    J. H. Fernandes . .

    Manoel Rodrigues For-

    migal . . . .

    Antonio Maria Pereira

    de Carvalho . . .

    Manoel Valente Por-

    tovedo Junior '.

    Francisco Lupes da Sil-

    va. O I l Í O

    José Antonio Corrêa .

    Antonio Rodrigues.

    José Francisco Her-

    deiro . . . . .

    Manoel José de Mo-

    205000

    205000

    205000

    205000

    105000

    raes . . . . . 105000

    Jeronymo Valente de

    Almeida . . _ . . 105000

    Antonio Pereira de Car-

    valho . . . _ . . 106000

    José Augusto de Car-

    valho . . . , . . 105000

    Manoel Rodrigues da

    Graça. . . 105000

    Manoel Fernandes. Pa.-

    1h“ I Q C O. 105000

    José Paes da Silva. . 105000

    A DISCUSSÃO_WW

    Francisco Rodrigues

    ' (Formígal Junior. .

    Manoel de Souza Ri-

    beiro . . . . .

    José Antonio da Silva

    Adrião . . t .

    Manoel d'Oliveira San-

    106000

    106000

    105000

    *tos . . . . 55000

    Antonio Alexandre R0- _

    drigues . . . . 5,5000

    Antonio Pereira de Car-

    valho . . . . . 55000

    Luiz J. de Pinho . . 55000

    Thomaz d'Oliveira Go-

    mes . . . . . 5,3000

    9005000

    Subscriptorea d*uma list¡ a cargo

    dos snrs. J. Gomes d¡ C.“ por quem nos

    foi solicitada a inclusão da sna impor-

    tancia no saque que agora remette-

    mos:

    J. Gomes d'. C.a 205000

    Ignacio Pereira Godi-

    nho . . . . . 205000

    ' Manoel Maria de Pinho 105000

    Antonio Gomes Rico . 108000

    Ludgero Alves Ferreira

    Lopes. . . . . 106000

    Luiz Rodrigues . . . 105000

    Francisco da Silva Bor-

    ges . . . . . 106000

    Godinho & 0.'. . . 105000

    Bernardino da Cunha

    Mendes . . . . 105000

    José María Rebello dos

    Santos . . . . 55000

    José Maria da Silva . 55000

    Alberto Dias Pereira . 55000

    Silva Soares à CÁ'. . 56000

    Pedro José da Silva . 25000

    1326000

    Total Rs. . . 1:0325000

    Ao* cambio de 15,¡/a produziu

    â 65 [O] 10 as quaes sendo cambiadas

    .renderam em moeda portuguesa réis

    3225580.

    Gonçalo Ferreira Dias

    Antonio Gomes da Silva.

    Total Rs.. '. .

    (Continúo).

    719555480

    ' CAMJLLOPassou o, anniversario tragico da

    morte d'esse grande portuguez illustre,

    inconfundível, unico, que se chamou

    Camillo Castello Branco.

    Vão decorridos perto de vinte annos

    e a sua obra genial, sentida, viviiican-

    te, genuinamente portugneza. perdura

    na alma e no coraçao de todos nós.

    como o grito mais nbr-ante e puro da

    intellectualidade nacional, impondo-se

    ,a admiração dos vindouros.

    Foi um grande escriptor, um grau

    de talento, um grande explorado e

    um grande desgraçado, esse homem

    superior que foi Camillo Castello Bran-

    co, temperamento litterario do mais

    fino quilate adaptando-se a todas as

    modalidades do romance, percorrendo

    toda a vastissima gamma dos senti-

    mentos humanos.

    Viveu n'um paiz de analphabetos,

    esse notabilissimo escriptor que n'um

    paiz de cultos teria feito uma fortuna.

    Escreveu muito, muitissimo, predi-

    giosamente, atirando á rapacidade bur-

    gueza e chinelleira dos editores

    .burguezes com punhados de perolas

    ' ue elles lhe pagaram pelo preço de

    e'jõesl _

    Fez a fortuna de alguns e deu di-

    nheiro a ganhar a muitos. O mais po-

    bre de todos era elle, manipulador d'es-

    sas ñligranas delicadas e preciosas da

    lingua portuguesa nas quaes ainda

    tem que aprender aquelles que muito

    sabem.

    o.

    Ninguem a manejou melhor, nin-

    guem lhe desvendou com mais subti-

    lezs e encanto todos os thesouros e

    burilados que Vieira amontoou em pa-

    ginas sublimes, mas duras e angulo-

    sas, sem a doçura e msleabiltdade

    que Camillo lhes deu.

    Camillo era toda a synthese atavica

    de uma ancestralidade super-excitada,

    de um hereditarismo uevrotico, de uma

    organisação nervosa singular que n'elle

    deu a resultante de um grande genio

    litterario. “' ' -"

    Camillo é uma individualidade a es-

    tudar, uma critica psychiatrica a fazer,

    uma analyae litteraria a discutir.

    E' cedo ainda, e o momento socio-

    logico que atravessamos nao permitte

    esse grande traballio, que demanda

    uma grande serenidade de espirito,

    uma perfeita tranquillidade de nervos,

    uma observação profunda deealcada

    sobre toda a obra genial do grande

    romancista.

    E essa obra é um monumento que

    lia-de perdurar atravez os tempos, por-

    que ella desenha com photographica

    nitidez todos os costumes da nossa

    terra, e até mesmo os trechos mais

    bellos da natureza que essa terra, que

    é a nossa patria, contem.

    Ha n'ease trabalho magniñcente.

    de uma espontaneidade genial, as mais

    intensas vibrações da alma.

    Choramos com ella no «Amor de

    Perdiçaos e rimos francamente no

    «Euzebio Macario».

    Sentimo-nos esmagados na «Doida

    do Candals e como que suspensos no

    «Cavar em ruínas».

    Estremecemos perante a resposta á

    Princesa Rattazi e choramos nas «Me-

    morias de Guilherme do Amaral».

    E em cada pagina perpassa pela

    nossa vista toda a paizagem luxurían-

    te e opulenta do Minho e todos os ri-

    dículos do miuhoto abrazileirado, ru-

    tilo de diamantes e de syllabadas, que

    esquecendo o armazem de seocos e

    molhados do Rio, regressa a Portu-

    gal dengoso e cambaio, falando um

    idioma de papagaio, que não é nem

    portuguez nem brazileiro.

    Só Camillo conseguiu surprehenãer

    em flagrante este typo exotieo, que é

    toda a deprimencia de uma raça com-

    parada com o ingles, que nos confins

    das suas colonias ingles ae mantem

    sempre cantando o «Cod save the

    Queen» no interior das florestas da

    Australia, como Julio Verne conta

    n'um dos seus romances.

    Atravez vinte annos de pulverisaçao

    da materia na amplitude d'esse myste-

    rio impeuetravel que ninguem póde

    desvendar, eu venho hoje desfolhar

    uma saudade á-memoria do grande

    morto, cuja obra tanto mais revive

    quanto mais a morte o vae añ'astando

    de nós.

    Camillo é a gloria litteraria da nos-'

    sa patria que ao lado de Garrett e de

    Herculano ha-de nos seculos vindou-

    ros constituiu a synthese da mentali-

    dade portugneza no seculo dezenove.

    Antony.

    (Do Diario Popular).

    Mistura de @var

    Bastaris que cada muni-

    cipio na proporção da rique-

    za dos seus archives, fizesse

    reproduzir, sob s direcção

    de um oolleceionador perito

    e intelligente, todos os mo-

    numentos que a violação ou

    o influxo das revoluções nao

    destruiu. Só assim -disse-

    mos entao - os municipios

    logrser saber a sua linha-

    gem.

    José Caldas.

    Escrevi varios artigos n'este sema-

    nsrio a proposito da lista da villa.

    E' asaumpto que não está. exgotad°

    e que terá realidade no dia em que

    quizermos sahir da habitunl inercia.

    Fallando da lista da villa aconse-

    lhei que se fizesse um inquerito á vi-

    da vareira para bem se conhecer das

    suas necessidades.

    Julgo um meio indíspensavel para

    remediar qualquer defeito de organi-

    aaçao e como valioso incitamento á

    morigeraçao de certos costumes e pon-

    to de partida para as reformas a fazer.

    Todo o habitat é susceptível de mo-

    dificação e aperfeiçoamento.

    Creio que não é fora de proposito

    fallar. lembrar, direi, a falta que está

    faípndo a historia detalhada da nossa

    v1 a.

    O precioso estudo que nos deixou

    o nosso patricio José Frederico Tei-

    xeira de Pinho-Memorias e datas

    para a historia da villa de Ovar, - é

    quasi desconhecido da maioria da po-

    pulaçao pela raridade com que hoje

    se pôde haver a mao um exemplar.

    Exgotada a ediçãoI cahiu no es-

    quecimento, tornou-se ignorado. de

    todos nós que somos filhos d'esta

    boa terra.

    Vamos perdendo as suas tradições

    e ainda como consequencia vamos

    deixando no obscurantismo as acções

    mais nobres que os nossos patricios

    vao realisando, em geral, á custa de

    enormes trabalhos e d'uma incalcu-

    lavel perseverança.

    Se nao é por iguorarmos quanto nos

    pôde auxiliar uma bem orientada e

    fundamentada Monographia de Ovar.

    porque :sabido a direcção que toma-

    ram, no seu desenvolvimento, os sen-

    timentos humanos, sabida a razao

    porque seguiram um certo rumo e nao

    outro, facil é orienta-los depois-ou

    appoiando-nos na sua evolução ante-

    rior, on procurando desvia-la do ea-

    minho antigo», como no-lo ensina o

    prefacio á traducçao das Iniluencias

    ameatraes de Le Dantre, eu venho

    apresentar o exemplo que a Camara

    Municipal de Lisboa está. dando, fa~

    sendo publicar a sua historia.

    Sao trabalhos preliminares a que

    devemos prender toda a nossa atten-

    çao e em pról da qual devemos empe-

    nhar os nossos maiores esforços.

    O passado de Ovar começa a ser

    uma mancha-indelevel no nosso atra-

    so-que se afunda nas noites dos tem-

    pos e para o qual a memoria mais

    prodígiosa é impotente para reter vivol

    e recontalo a miudo para nosso ensi-

    namento.

    Com os homens sepultam-se as suas

    memorias, assim como as revoluções

    armadas, por mais alevautado que seja

    o seu ideal, destroem, quaai sempre

    intencionalmente, mas criminosamente,

    as mais peregrinas obras do engenho

    .humano.

    Um febril enthnsiasmo. pela causa

    publica, traz na liça uma boa parte da

    nossa jeunesse dorée que merece ser

    aproveitada em obra de folga e pro-

    veito geral.

    Se como diz M.' Guizot ea activi-

    dade humana se parece com a fecun-

    didade da terra; apenas terminada com

    perturbação volve a terra a ser fecun-

    da e a dar ilôres e fructos: logo que

    luz um clarão de ordem e de paz o

    homem volta a ter esperança e com

    esta trabalhm empreguemos este, dei-

    xando-nos de abstracçoes, no estudo

    aturado e profundo para tirarmos os

    fructos que esperauçosamente nos pro-

    mette o engrandecimento da nossa ter-

    ra pelo desenvolvimento da nossa acti-

    vidade.

    Uma objecção talvez nos queiram pôr,

    alegando a falta de meios para oiii-

    cialmente se subsidiar a obra grande

    e completa que o distincto publicista

    José Caldas aconselha, mas então

    eu tenho o recente exemplo dos Oli-

    veirenses, que acabam de publicar os

    -Annaes do Municipio de Oliveira

    de Azemeis,-para lhe oii'ereosr.

  • " momento a Monographia

    fe, 6, enquanto a mim, o funda-

    2., do srchitectual monumento que l

    ”7 ' mocidade pôde logar á poste-¡

    A DISCUSSÃO

    'timoso amigo dr. Antonio dos Sau-

    tos Sobreira, illustre director d'este

    semanario.

    Antecipadamente apresentamos a

    a animar o seu verdadeiro, sua ex.“ as nossas cordeaes felici-

    __ e desinteressado amor á

    'a unha, 1909. Julio Soares.

    -NOTICIARIO

    Fufl'ldade do senhor

    Í' dissemos já, tem hoje lo-

    ;í x ns greja matriz a festiwdade

    i' Santíssimo Sacramento, a qual é

    Ç“ tida de desusado explendor.

    ' procissão, em que se encorpo-

    ' varios cavalheiros de respeita-

    e e todas as canfrarías, é es-

    ~v uma magnifica bandeira de

    , artística e elegantememe bor-

    ' peles m."°' Alice e Eduarda

    "irao

    Sermões estão conñados ao

    cto orador sagrado rev. Bruno

    'iu de Aveiro, e assiste a banda

    :; Bombeiros Voluntarios.

    _00._-

    i. João

    w a proxima uinta-feira realisam-

    › u l r de . _Iodo os costuma-

    _festeJos em honra do Santo Per-

    ' r, cujos Mbalhos foram ulti-

    ente iniciados por uma briosa

    7' dia 23 s npite ha_arraial com

    uu, ç'lo -fggaggruiiaine duas

    "css. q ea .tem 2 hoc

    da madrugada; eae dia a4 de

    - ' missa cantada' com sermão

    , . ' lho e _rocissao e de tar-

    , gran e errei' , em Que se farão

    ' as mesmas musicas até ao

    l

    Tlll

    I i passado esteve n'esta

    Í em d¡ essño de recreio, uma

    ; de Va bom, composta de bas-

    "" casamentos.

    é” escunionistas, que chegaram

    dos trsmways da manhã, en-

    i- u na villa tocando varios tre-

    v de musica e trazendo hasteada

    .Í' 'h deita da sociedade.

    Í“ d) almoço, visitaram os

    do C.noelho, estação do ma-

    Í “ d'incendios dos Bombeiros

    '* ' tarios e varios pontos da villa,

    r v n'um tramway da tarde.

    republica-a

    í": f lisa-se ho'e uma excursão re-

    Hli'csns do orto a cidade de

    ' v - Adm de se juntarem a esta

    '_ democratica, d'aqui se nem

    de manha para Aveiro pe na

    "w barcos com as commissões

    j " al e parochiaes republicanas

    ' w - n 'onarios de Ovar e Vallega.

    I

    . ¡Ivon-sin nocturna

    -- muito concorrida e anima-

    ...diversao nocturna que ante-

    " › se reslisou na rua da Graça,

    A. i ate a uma hora da noite a

    i cs Ovarense.

    Nous a lapis

    no dia 25 do corrente o seu

    - nstslieie o nono pres-

    terra ta ções.

    _Está felizmente melhor dos seus

    incommodos com o que sinceramen-

    te nos congratulamos, a ex.” snr.l

    D. Rosa d'Araujo Sobreira, extre-

    mecida esposa do nosso director dr.

    Antonio dos Santos Sobreira.

    -Continuam guardando o leito a

    ex.“ snr.' D. Barbara Barbosa de

    Quadros e o nosso amigo José Luiz

    da Silva Cerveira.

    _Partiu quarta-feira para Vizel-

    la, afim de fazer uso de suas aguas,

    o nosso estimado amigo Manuel

    Gomes Dias.

    -De visita a sua familia, esteve

    ante-homem entre nós com sua

    esposa o nosso bom amigo e con-

    terraneo Bernardo Barbosa de

    Quadros.

    -Partiu no dia 15 para Lisboa, com

    destino a S. Vicente do Cabo Ver-

    de, afim de tomar posse do logar de

    conservador do registo predial d'a-

    quella comarca, para que fôra no-

    meado, o snr. dr. José Ferreira

    Marcellino.

    Feliz viagem.

    w

    Aggresaio eobarde

    No dia 14 do corrente, pelas n

    horas da norte, no sitio do Açou-

    gue Novo, proximo do Cadaval,

    de Vallega, foi espancado Damingos

    Duarte, solteiro, quando a casa re-

    gressava do ensaio da banda dos

    Bombeiros Voluntarios.

    Os auctores d'este crime foram,

    segundo consta da queixa em juizo,

    Antonio Isaac Rodri ues da Silva,

    Manoel José Vieira e anoel Augus-

    to da Costa, de Vallega, socios da

    phylarmonica Ovarense. O estado

    do ferido é pouco satisfatorio, em

    vista d'um ferimento grande na ca-

    beça, produzido por uma paulada.

    O facto foi participado ás auctori-

    dades competentes.

    _6._-

    Publicações

    As Mulheres de Bronze -Temoa

    presente o 8.“ tomo d'este magní-

    fico romance de Xavier de Monte-

    pin, editadopelos snrs. Belem & C.',

    de Lisboa. As condições da assi-

    gnstura constam do respectivo

    annuncio publicado no logar com-

    patente.

    =Folk core musical-Recebemos

    o 3.0 n.° d'esta interessante publica-

    ção de canções portuguezas' na

    qual figura o conhecido Fado da

    Mouraria e a interessante e anima-

    da canção da' Regadinho, cuja mu-

    sica é composta por Americo Angelo

    e a letra coordenada por Arnaldo da

    Silva. Esta revista é editada pela

    Empresa Pereira 8: C.“ e tem a sua

    administracao na, rua de Bellomon-

    te, do Porto.

    :Encyclopedia das Familias-

    Está publicado o n.“ 269 d'esta bel~

    la revista illustrada de educação e

    recreio, que como sempre, é inte-

    ressantissimo. E' editado pelo snr.

    Manoel Lucas Torres, de Lisboa,

    com empreza de publicações na

    ua Diario de Noticias, 93.9

    _000-_

    lovlmento paroehlal

    .Óa 4 a !Tde junho

    BAPTISADOS

    6 de junho - Rosa, filha de _ José

    Motta e de Marie d'Ohvsus

    Gomes, da travessa de Sin-

    t'Anna.

    Ó dejuriho-Francisco, filho de Bar-l

    n trdo d'Oliveira Mendes e de

    Margarida d'Oliveira GJmes,

    da rua Nova.

    9 de juv-\ho-josé, ñlho de Antonio

    Maria Rodrigues e de Maria

    Gracia d'Olíveira Cunha, da

    travessa das Ribas.

    10 de jinlio-João. filho de João

    María d'Oliveira da Vendeíra

    e de Maria Gomes, da rua

    das Almas.

    , s --Anto›zio, filho de Manoel

    da Costa Novo e de Maria

    da Luz d'Oliveira Games, da

    ma do Lamarão.

    › --Manoel, filho de José Ma-

    ria Lopes e de Maria d'Oli-

    veira Godinha, do logar do

    Sobral.

    > --joâo, filho de Manoel Si-

    DÍÕCS Basilio e de Rosa d'Oli-

    veíra dos Santos, da rua do

    Pinheiro.

    OBITOS

    u de junho-João Gomes de Pi-

    nho, casado, de idade de 80

    annos, pescador, da rua do

    Outeiro.

    CASAMENTOS

    (Nenhuns)

    Praias&Ibermas

    r VIZELLA. 16 de Junho

    Confesso para vergonha minha

    (ou da minha algibeira) que conhe-

    cia até hoje esta estancia apenas...

    de nome. .

    ' Quem me indicou a sua existenn

    cia foi a chorographia portugueza,

    ha vinte e seis annos, data em que

    pela primeira vez a compulsei,

    guiado e orientado pelo meu vene-

    rando amigo e querido mestre-Pa-

    dre Marques.

    Vizella é formozisima, encanta-

    dora mesmo. Mas tem senões. Como

    tudo n'este mundo. As proprias es-

    trellas segundo Flamarion. nem

    sempre mantêem o memo brilho.

    Esplendidos os hoteis. O edificio

    destinado aos banhos está montado

    a capricho, irreprehensivelmente. O

    «para então é seductor. Agora

    mesmo regresso de lá. Cahe a tar-

    de-uma tarde calmoza, de verda-

    deiro Verã 1.

    Estive talvez uma hora extasiado

    perante a belleza d'aquelle recin-

    to. Julg rei-me transportado á Quin-

    ta da Lapa dos Esteios, em Coim-

    bra, caotada por afamados poetas

    d'esta minha querida Patria. Tenho

    até de memoria este verso de João

    de Lemos esculpido, que está, em

    uma pzaca, n'aquella mansão da

    poesia, para não lhe chamar ninho

    d'amores. Este: -

    «Sobre as azas da poesia.

    E seguem-se outros. A saber:

    'Aqui nos trouxe a amizade,-

    -aCantamos nas lyras d'oiro.

    «Esperanças da mocidade,.

    IE aos bardos da primavera»

    ¡Mandamos uma saudade..

    Mas, dizia eu que encontrei se-

    nões. Não menti.

    Pó e moscas. Ora, o desappare-

    cimento do primeiro «senãm é pos-

    sivel; quanto ao segundo é o con-

    trario. Cabe toda a culpabilidade a

    lNatureza, soberana matrona que

    não ouve queixas de pecadores e

    3

    mortaes como eu, e tambem como

    V. Ex!, minha Senhora.

    Em to lo o caso, mô-cas aos mi-

    lhões em uma estancia como Vizel-

    la, a primeira e mais frequentada

    do paiz, toleram-se, mas aborrecem

    o mais santo dos christãos. E' fóra

    de duvida.

    Deixemos agora o pó e as môs-

    cas em paz. e entregues ás ditas.

    Temos Vizella á noite. Agrada. A

    illuminação publica é soñ'rivel, e os

    cafés são muitos, são bonitos, bem

    sortidos e illuminados.

    Concluindo, leitor amigo, aqui só

    falta dinheiro a muita gente, a mim

    sobretudo. De resto, haja appetite

    para o bife de vítella, gosto para

    largos passeios e paciencia para

    supportar. . . as moscas!, ..

    Disse hoje pouco. Um esboço

    rapido apenas d'isto. Por agora mal

    conheço Vizella pelo lido exterior;

    mas hei-de conhecel-a até por den-

    tro. E então direi, se essa redacção

    me permittir, das impressões colhi-

    das durante a semana.

    Antes de fechar. Divizo da ja-

    nella do meu quarto, apesar das

    trevas da noite, um pouco longe,

    sabem o que? Não sabem.

    Mas sabel-o tu-ó pallida feiti-

    ceira do Minho! -e é quanto basta.

    [ayme.

    Chronlca de S. Vicente

    S. Vicente-1764909

    Kepler, Guttemberg e Fulton of-

    ferecem, o primeiro a Lyra das es-

    pheras, aquelle a palavra do univer-

    so e este o vapor a que então cha-maram um devaneio, uma loucura.

    Eu hole, e porque o tempo meescassela, offereço au vol d'oz'suux

    umas simples e resumidas noticias,unicamente para obtemperar ao pe-dido d'uns amigos meus d'alem-mara quem muito considero. Lá vaoelias.

    _-Em digressão pelo Douro eMinho parte na proxima segunda-feira o nosso sympathico amigo Al-bino Alves da Cruz.

    Que gose por lá muito e volte

    muito satisfeito ao seio dos seus

    amigos é o que deveras lhe appete-

    mos. .

    _Para S. Pedro do Sula fazeruso_ d'aquellas aguas partiu o nosso

    amigo snr. José Francisco Herdeiro

    e esposa. Estimamos que ahi encon-

    trem o allivio que desejam, e que

    cá cheguem completamente resta-

    belecidos dos seus incOmmodos.

    -_Cumprimentamos no passado

    domingo o nosso amigo Rev. Au-

    gusto _d'Oliveira Pinto. Estimamosvêr tão bom amigo.

    _Deu-nos o prazer da sua visi-

    ta na passada segunda-feira o nosso

    Interessante amigo Antonio Pereira

    Maia, d'Oliveira d'Azemeis. onde é

    importante negociante. Folgamos

    immenso com o seu abraço.

    -Somos informados de que o

    nosso amigo José Andrade, com

    ofñcina de sapateiro n'esta fregue-

    zia vae sortir a primor a sua já bem

    montada officina, para assim poder

    satisfazer as repetidas encommendas

    que lhe estão sendo feitas de Lis-

    boa e outros centros de commercio.

    Para isso já tem contratado habeis

    artistas.

    Os nossos, parabens.

    Nelson.

    MA-M-yg4ee

    a

  • 4 " A DISCUSSÃO

    EDlTORES-BELEM o c.: FERREIRA&OLIVEIRA,LIM1T.°^' “PSB“ \João Romano Torres 810.'.

    a. ”mudamos Almauacl Encyclopedia) Ilustrada menus

    14'15“05 “na \urea .3., a '38 Ezii'far-¡áropridario..Abel uma““ 120-1!, R. Alexandre Herculano, 120.0n' , v

    LISBOA 8“' “u“ do “em“. 82 -LISBOA- LlslmA -

    Em pnbllcaçãm

    S ~> Obras publlcadas por eete empreza: Traz eo¡ public

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