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2ª FASE OAB – Direito Penal – Professor Nestor Távora Material elaborado pelo monitor Samuel 2ª FASE OAB – DIREITO PENAL Professor: Nestor Távora Aula nº 01 MATERIAL DE APOIO - MONITORIA Índice I – Anotações da Aula II – Dever de casa III - Lousas I – ANOTAÇÕES DA AULA 0- Considerações 0.1 Bibliografia a) Referência Normativa: Vademecum atualizado; b) Livro de Prática: Vademecum 2ª fase penal Autor: Edson Knipel Editora GEN; c) Manual de Processo Penal: Curso de Processo Penal Autor: Nestor Távora / Rosmar Antoni Editora Juspodivm COMPETÊNCIA 1. CONSIDERAÇÕES 1.1) JURISDIÇÃO É o poder-dever constitucionalmente assegurado e entregue ao Judiciário, para aplicação da Lei ao caso concreto na esperança de solucionar a demanda penal. 1.2) COMPETÊNCIA É a medida da jurisdição, ou seja, é a quantidade de poder entregue por lei a determinado Juiz ou Tribunal, delimitando a sua margem de atuação. 2. CRITÉRIOS DE FIXAÇÃO DA COMPETÊNCIA. Critério material Está dividido em três aspectos: a) “Ratione materiae” – Competência em razão da matéria; b) “Ratione loci” – Competência em razão do lugar; c) “Ratione personae” – Comeptência em razão da pessoa. 3. COMPETÊNCIA “RATIONE MATERIAE” (EM RAZÃO DA MATÉRIA) 3.1 CONCEITO Por esse critério, identificaremos qual é a Justiça competente. 3.2 DISTRIBUIÇÃO A) JUSTIÇA COMUM A.1) ESTADUAL A sua competência é residual, pois lhe cabe julgar o que não foi expressamente conferido às demais Justiças.

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2ª FASE OAB – DIREITO PENAL Professor: Nestor Távora Aula nº 01

MATERIAL DE APOIO - MONITORIA Índice I – Anotações da Aula II – Dever de casa III - Lousas I – ANOTAÇÕES DA AULA 0- Considerações 0.1 Bibliografia a) Referência Normativa: Vademecum atualizado; b) Livro de Prática: Vademecum 2ª fase penal

Autor: Edson Knipel Editora GEN;

c) Manual de Processo Penal: Curso de Processo Penal

Autor: Nestor Távora / Rosmar Antoni Editora Juspodivm

COMPETÊNCIA 1. CONSIDERAÇÕES 1.1) JURISDIÇÃO É o poder-dever constitucionalmente assegurado e entregue ao Judiciário, para aplicação da Lei ao caso concreto na esperança de solucionar a demanda penal. 1.2) COMPETÊNCIA É a medida da jurisdição, ou seja, é a quantidade de poder entregue por lei a determinado Juiz ou Tribunal, delimitando a sua margem de atuação. 2. CRITÉRIOS DE FIXAÇÃO DA COMPETÊNCIA. Critério material Está dividido em três aspectos:

a) “Ratione materiae” – Competência em razão da matéria; b) “Ratione loci” – Competência em razão do lugar; c) “Ratione personae” – Comeptência em razão da pessoa.

3. COMPETÊNCIA “RATIONE MATERIAE” (EM RAZÃO DA MATÉRIA) 3.1 CONCEITO Por esse critério, identificaremos qual é a Justiça competente. 3.2 DISTRIBUIÇÃO A) JUSTIÇA COMUM A.1) ESTADUAL A sua competência é residual, pois lhe cabe julgar o que não foi expressamente conferido às demais Justiças.

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A.2) FEDERAL É a Justiça da União e sua competência está integralmente disciplinada na Constituição Federal – arts. 108 (TRF’s) e 109 (Juízes Federais de 1º grau), CF Art. 109, CF: Conclusão – estudar incisos IV e seguintes. B) JUSTIÇA ESPECIAL B.1) ELEITORAL Lhe cabe julgar as infrações eleitorais e eventuais infrações comuns conexas. OBS: Vale lembrar que os institutos benéficos do Juizado Especial são aplicáveis na Justiça Eleitoral (arts. 69,74,76 e 89 da lei 9.099/95). B.2) MILITAR Lhe cabe julgar apenas as infrações militares disciplinadas nos artigos nono e décimo do Código Penal Militar. OBS 1: Vale lembrar a Justiça Militar não tem competência para julgar eventuais infrações comuns conexas. OBS 2: Os institutos benéficos dos Juizados Especiais não serão aplicados na esfera militar (art. 90-A da lei 9.099/95). OBS 3: Vale lembrar que a tortura, o abuso de autoridade, a facilitação da fuga de preso e os crimes dolosos contra a vida de civil, são infrações comuns, e não serão julgadas na esfera militar. OBS 4: Enquadramento da Justiça Militar.

I JUSTIÇA MILITAR ESTADUAL Serão julgados aqui tão somente os policiais militares e os bombeiros militares; II JUSTIÇA MILITAR FEDERAL Lhe cabe julgar os membros das Forças Armadas e eventualmente as pessoas comuns que pratiquem crime militar federal.

3.3 COMPETÊNCIA PELA NATUREZA DA INFRAÇÃO 3.3.1 CONCEITO O nosso legislador pode estabelecer o órgão competente para julgar um determinado tipo de delito, em razão da sua natureza. 3.3.2 HIPÓTESES CONSTITUCIONAIS A) De acordo com o Art. 5º inc XXXVIII, alínea “d”, CF, os crimes dolosos contra a vida, por sua natureza serão levados a Júri. OBS 1: os arts. 121 a 128 do Código Penal disciplinam os crimes dolosos contra a vida. OBS 2: o simples fato da existência de morte não traz para o delito o status de crime doloso contra a vida. È o que ocorre com o estupro qualificado pela morte, que é crime contra a dignidade sexual e com o latrocínio, que é crime contra o patrimônio (súmula 603, STF). B) De acordo com o art. 98, inc I, CF as infrações de menor potencial ofensivo, quais sejam, os crimes com pena de até 2 anos e as contravenções, por sua natureza serão levadas aos Juizados Especiais Criminais (art. 61 da lei 9.099/95). 4.COMPETÊNCIA “RATIONE LOCI” (EM RAZÃO DO LUGAR) 4.1 CONCEITO Por ela, iremos identificar o juízo territorialmente competente? A) PRIMEIRA REGRA: TEORIAS TERRITORIAIS A.1) TEORIA DO RESULTADO Por ela, a competência é definida pelo local da consumação do crime. É a regra do art. 70, caput, CPP. A.2) TEORIA DA AÇÃO Por ela, a competência territorial é fixada pelo local do último ato executório. Ver art. 70, caput, CPP. OBS: Para parte da doutrina, a teoria da ação também definirá a competência dos juizados Especiais.

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A.3) TEORIA DA UBIQUIDADE Seria a teoria do “tanto faz” tanto o local da ação ou do resultado. OBS: Aplicação: é aplicada aos crimes à distância. Crime a distância é aquele onde o crime nasce no Brasil e o resultado ocorre no estrangeiro ou vice-versa. Nesse caso, a competência brasileira será fixada pelo local no Brasil em que ocorrer a ação ou o resultado, tanto faz. B) SEGUNDA REGRA: DOMICÍLIO OU RESIDÊNCIA DO RÉU OBS: Vale lembrar que o domicílio da vítima NÃO FIXA competência na esfera penal (Art. 72, CPP). C) TERCEIRA REGRA: PREVENÇÃO C.1). CONCEITO Juiz prevento é aquele que primeiro pratica um ato do processo (recebimento da inicial) ou juiz prevento é aquele que durante o inquérito adota medidas cautelares inerentes ao futuro processo (art. 83, CPP). D) REGRAS INTERPRETATIVAS COMPLEMENTARES D.1) DIVISA Se a infração se consumar na divisa entre duas ou mais comarcas, a competência será fixada pela prevenção (Art. 70, §3º, CPP) D.2) CRIME PERMANENTE OU DE CONTINUIDADE DELITIVA Nas hipóteses de crime permanente ou de continuidade delitiva que se estenda por mais de uma comarca, a competência será fixada pela prevenção (Art. 71, CPP). D.3) PLURALIDADE DE DOMICÍLIOS Se o réu possui mais de um domicílio ou residência, a competência será fixada pela prevenção. (Art. 72, §1º, CPP) D.4) AÇÕES PRIVADAS Nas ações privadas mesmo sabendo o lugar da infração, a vítima pode optar por propor a demanda no domicílio ou residência do réu (art. 73, CPP). Advertência: Vale lembrar que esta prerrogativa não é aplicada na ação privada subsidiária da pública (art. 29, CPP). 5. COMPETÊNCIA “RATIONE PERSONAE” (EM RAZÃO DA PESSOA) 5.1 CONCEITO Algumas autoridades, em razão da importância do cargo ou da função desempenhada serão julgadas originariamente perante Tribunal, no que se convencionou chamar de foro por prerrogativa de função. 5.2 REGRAS INTERPRETATIVAS A) FORO POR PRERROGATIVA X JÚRI Segundo o STF, na súmula 721, as autoridades com foro por prerrogativa na Constituição Federal não vão a Júri, pois serão julgadas no seu Tribunal de origem. O mesmo NÃO acontece quando a prerrogativa é prevista apenas na Constituição Estadual. B) CIDADÃO COMUM Para o STF, na súmula 704, não viola garantias constitucionais a atração do cidadão comum ao foro por prerrogativa de função do seu comparsa. C) TJ/TRF As autoridades com foro de prerrogativa no TJ e no TRF, ao praticarem crime eleitoral serão julgadas no TRE. D) FORO P/ PRERROGATIVA X DESLOCAMENTO As autoridades com foro por prerrogativa no TJ ou no TRF, ao praticarem crime fora do estado ou da região, serão julgadas no seu Tribunal de origem

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E) PERPETUAÇÃO NO TEMPO DA PRERROGATIVA FUNCIONAL Com a declaração de inconstitucionalidade dos §§1º e 2º do art, 84, CPP, passamos a ter as seguintes regras:

- 1ª para os crimes, uma vez encerrado o cargo ou o mandato, encerra-se a prerrogativa de função; - 2ª regra para as ações de improbidade administrativa não há prerrogativa de função em nenhum momento.

F) DESVIO DE VERBA O prefeito, ordinariamente, é julgado no TJ (art. 29, X, CF). Todavia, se o prefeito praticar crime federal, será julgado no TRF (súmula 702, STF). Conclusão: Se o prefeito roubou verba incorporada ao patrimônio do município, será julgado no TJ. Por sua vez, se a verba não foi incorporada e estava sujeita a prestação de contas a órgão federal, ele será julgado no TRF (súmulas 208 e 209, STJ). PROCEDIMENTOS 1. CONSIDERAÇÕES 1.1 ENQUADRAMENTO TERMINOLÓGICO Procedimento: é uma sequência lógica de atos concatenados em lei e destinados a uma finalidade. Processo: é um procedimento em contraditório enriquecido pela relação jurídica construída entre o juiz e as partes. Rito: é a amplitude assumida por determinado procedimento. Ação: é um direito constitucionalmente assegurado de exigir do Estado-juiz a aplicação da Lei ao caso concreto, para solução da demanda. 1.2 CLASSIFICAÇÃO DOS PROCEDIMENTOS A) PROCEDIMENTO COMUM A.1) RITO ORDINÁRIO A.2) RITO SUMÁRIO A.3) RITO SUMARÍSSIMO B) PROCEDIMENTOS ESPECIAIS B.1) JÚRI B.2) LEI DE TÓXICOS B.3) AÇÕES ORIGINÁRIAS EM TRIBUNAL B.4) CRIMES DE RESPONSABILIDADE DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS 1.3 ESCOLHA DO RITO NO PROCEDIMENTO COMUM II – DEVER DE CASA A) FAZER O EXERCÍCIO DA ÁREA DO ALUNO E POSTAR; B) VER A TABELA NA ÁREA DO ALUNO DO FORO POR PRERROGATIVA E A LISTA DE SÚMULAS DO TEMA COMPETÊNCIA; C) ESTUDAR TEMA INQUÉRITO POLICIAL (arts. 4º a 23, CPP) – aula extra 1 online 25/11/2014; D) ESTUDAR O TEMA AÇÃO PENAL (arts. 24 a 68, CPP) – aula extra 2 online 27/11/2014; E) ESTUDAR O TEMA COMPETÊNCIA (arts. 69 a 91, CPP) Advertência: art. 108 e 109, incs. IV e seguintes, CF

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III – LOUSAS

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