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Ill ANNO /2ã DOMIISÍGO, ±2 de ABRIL DE 1903 A ." o /■ SEMANARIO NOTICIOSO, LITTERARIO E AGRICOLA Asslgisaíura |j Ann°i 'Sooo réis; semestre, joo réis. Pagamento adeantado. íi par:i o Brazil, anno. 2$5oo réis (moeda for.e|. Avulso, no dia da publicação, 20 réis. EDITOR — José Augusto Saloio ú OAO, ADJIIXmiâGÂO E TVPOGRAPIIU RUA DIREITA — 19, 1.» A JLDECULLliGA ' s li Pttblieaçrics < 5 Annuncios— i.a publicação. 40 réis a linlia. nas seguintes, (’S 20 réis. Annuncios na 4.3 pagina, contracto esp ciai. Os auto* H graphos não se restituem quer sejam ou não publicados. PROPRIETÁRIO — José Augusto Saloio E X P E D IE N T E .icceitaaíi-se f«in grati dão q u a e s q u e r aia»!.leias q«e sejasss «le Interesse ptibSico. EDI 1 Esteve entre nós Eduar do VII, o monarcha mais poderoso do mundo, rei da Inglaterra e imperador das índias. A primeira visita official depois da sua coroação dedicou-a elle a Portugal, como prova de deferencia á nação sua aliiada. Não pretendemos ana- lysar as vantagens ou des vantagens dessa alliança de séculos. Cumpria-nos receber, com a velha ga lhardia portugueza,. tão illustre h ospe d e, e*d esc m- penhâmos esse dever, honrando as tradições ca valheirescas da nossa ter ra. Em toda a parle Eduar do VII foi recebido com as maiores demonstrações de carinhoso affecto. E decer to deve ter uma impressão das mais agradaveis desta sua viagem a Portugal. Os festejos em honra do rei cie Inglaterra attrahi- ram a Lisboa milhares de forasteiros. Difficil se tor nava o transito em certas ruas de Lisboa, principal mente na noite do fogo de artificio, que foi queimado no Tejo. As montanhas da Outra Banda, profusamen te illuminadas, produziam um aspecto phanfastico e no rio eram innumeros os barcos que se cruzavam em todas as direcções. Para a recita de gala no theatro de S. Carlos ven deram-se bilhetes por pre ços exorbitantes; e para a tourada no Campo Peque no chegou a ser uma lou cura. Os contractadores pediam quantias fabulosas e encontraram ingénuos que se prestaram a abrir °s cordões á bolsa em pro veito delles. Houve uma verdadeira ancia de figu rar, de se mostrar em toda a parte onde fosse o rei de hglaterra, e essa ancia cus tou muito dinheiro, que melhor fòra applicadc em obras de caridade. Mas que lhe havemos de fazer? A’s claras gastam-se rios de dinheiro; ás oecul- tas'nega-se uma esmola aos desvalidos da sorte. Não se esqueceu o rei de Inglaterra dos pobres de Lisboa, pois entregou ao sr. presidente da com missão municipal cem li bras em ouro, para serem distribuídas pelos indigen tes. Coroou assim brilhan temente a sua visita a Por tugal, levando atraz de si as bênçãos dos desprotegi dos da fortuna. Bem haja. Agora, terminadas as íestas, voltamos á pacatez habitual, e o povo, que já não tem onde se entreter, torna a pensar no aggrava- mento dos impostos, em quanto não houver outros festejos que o façam es quecor vida. das agruras da o JOAQUIM DOS ANJOS. Proeissáo ele IBass»s Com a solemnidade dos annos anteriores effectuou- se no domingo passado, conforme noticiámos, a cos tumada procissão ao Se nhor dos Passos. Dos lo- gares limitrophos affluiu muito1 povo, em conse quencia do dia estar ma gnifico, o que bastante se extranhou, pois que todos os annos, no dia d’esta pro cissão, costuma chover ou haver muito vento. A procissão começou a sahir da egreja do conven to da Senhora da Concei ção, depois do sermão do pretorio, cerca das 5 horas da tarde, indo o cortejo pe- a seguinte ordem: guião, pendão com as iniciaes «S. P. Q. R.» (Senatus Poputus Que Romanus), irmandade, composta de grande nu mero de membros, 7 anji nhos sumptuosamente ves tidos conduzindo os svm- bolos dos martyrios de Christo, o andor decorado com flores naturaes, no qual se via curvado ao pe so do seu supplicio o mar- tvr do Golgotha, o andor com a Senhora da Purifi cação, o pallio, sob o qual iam os rev.s João Pereira Vicente Ramos, conduzin do o Santo Lenho, e Theo doro de Sousa Rego. Fe chava o cortejo a banda i.° de Dezembro, d’esta villa, que, durante o traje cto, executou com toda a correcção, duaslindas mar chas fúnebres, intituladas «Suprema dòr» e «Lutuo sa», composição do seu habil mestre e nosso ami go, sr. Balthazar Manuel Valente. Os motetes foram desempenhados pelos srs. Antonio Capella, José Cân dido Rodrigues cLAnnun- ciação e Joaquim cfAlrpei- da. Pregou os sermões do pretorio, encontro e calva- rio o rev. Antonio da Con ceição Vieira, thesoureiro da egreja de S. Roque, em Lisboa. A ornamentação das egrejas matriz e da Senho ra da Conceição era ma- gnificente, devida ao bom gosto artistico e excelien- tes preparativos do sr. Francisco Silverio Fernan des, digno proprietário da agencia funerária, d’esta villa, sita no largo da Egre ja. Foi mantida a ordem por grande numero de cabos de segurança, indo a pro cissão com a maior decen- cia. AGRICULTURA Tralialfe©® esis abri As chuvas, que benéti- camente caíram nos últi mos dias do mez de mar ço, vieram facilitai' muito os trabalhos de horta e jardim a realisar em abril. Deve agora proceder-se com actividade, á planta ção dos vegetaes nascidos nos mezes anteriores, e á sacha e limpeza de todas as hervas más das hortas e dos jardins. O hortelão e o jardinei ro necessitam de vigiar, com cuidado, durante o dia, o aspecto do tempo, afim de, sempre qué’ se recear a queda de gead is, resguardem com esteiras, durante a noite, as semen teiras e as plantações das novidades mais delicadas. Para attenuar o mais possivel os effeitos desas trosos das geadas, é de toda a utilidade não se re gar no corrente mez, senão de manhã, e nunca de tar de, como convém no verão, quando não ha medo al gum da neve. As novas plantações hortenses lucram muito agora com uma ou duas regas com intervallos de quinze dias, de qualquer adubo liquido, quer de la trina, quer excremento de gallinha, pomba, cavallo, ou mesmo de ovelha,.dis solvido em agua., Plantam-se os reben tões enraizados das alca chofras, que se dispõem a distancia de cSo centimetros entre si, as raizes dos es pargos, as cebolinhas* ce bolas, morangueiros, o es- tragão, os tubérculos das batatas, do igname e as raizes do rabão de cavallo e do stachys. Semeia-se o aipo, a aze da, os agriões, a herva armoles, as abóboras, as aikekenges, as anserinas, o absintho, o aniz, as beter rabas, as beringelas, os cardos, chicoreas, cenoras e cerefólio, as chèrivias as couves cabus, de Milão, de Bruxellas e veides,. couves nabo, couves flor, ervi lhas, espinafres, estragão, enotheras, escorcioneira, favas, feijões de trepar e temporãos, lentilhas, me lões, melancias, mostarda negra e branca, nabos, pe pinos, pastinaca, pimentos, rabanetes, rabão comprido, serralha, salsa, segurelha, salsifis, soja, tretagona, to mates, tomilho e valeriana. Principia-se estacando os feijões, favas e ervilhas tem- porãs e, nas plantações, mondam-se os exemplares em excesso, afim de que os que ficam possam bem desenvolver-se e fruetifi- car em abundaneia. Abril é igualmente o melhor mez, entie nós, pa ra se realisar a sementeira das grainhas das uvas, quer para a obtenção de novas variedades, quer para a de individuos fortes e vigoro sos. As videiras america nas de sementeira são mui to melhores e mais fortes que as reproduzidas de es taca; tem apenas o incon veniente de levarem bas tante mais tempo a desen volver. Nos pomares, neste mez e no proximo, emquanto as arvores de fructo esti verem em flor, é conve niente não se sachar o so lo, para que este não seja tão sensivei ás grandes gea das que frequentemente se fazem ’ sentir, entre nós, nesta épocha, e as arvores não recebam um abalo tal que seja a causa das flores abortarem, perdendo-se assim a esperança de uma boa colheita fruetifera. Semeiam-se as sementes das pereiras, macieiras e Je todos os outros fructos de pevide, e as amêndoas, nozes, avelãs, e caroços de fructos estratificados no inverno. Regularisa-se a circula ção da seiva nas arvores por meio de incisões hori- sontaes ou obliquas e, quando a rebentação esti ver em plena actividade, supprimem-se os ramos em excesso ou os que se apresentarem defeituosos. O hortelão deve sempre ter em vista, no tratamen to das arvores de fructo, que uma incisão teita na parte-superior das arvores favorece o desenvolvimen to dessas varas emquanto que na parte inferior o prejudica. Se as doenças criptoga micas ou os parasitas ani- maes, sobretudo os noci- vissimos pulgões, começa rem fazendo o seu appare- cimento, iniciam-se os tra tamentos com os liquidos protectores, segundo a for ma e as formulas por mais de uma vez apontadas neste jornal Nos jardins dispõem-se em nracisso, ou isolada mente, as plantas que nos viveiros altingirem já o preciso d esenvoivimento para soffrerem uma trans-

OAO, ADJIIXmiâGÂO E TVPOGRAPIIUli...EDI 1 Esteve entre nós Eduar do VII, o monarcha mais poderoso do mundo, rei da Inglaterra e imperador das índias. A primeira visita official

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Page 1: OAO, ADJIIXmiâGÂO E TVPOGRAPIIUli...EDI 1 Esteve entre nós Eduar do VII, o monarcha mais poderoso do mundo, rei da Inglaterra e imperador das índias. A primeira visita official

Ill ANNO

/2ã

D O M I I S Í G O , ±2 d e A B R I L D E 1 9 0 3 A ." o /■

S E M A N A R I O N O T I C I O S O , L I T T E R A R I O E A G R I C O L A

A s s lg i s a íu r a |jAnn°i 'Sooo réis; semestre, joo réis. Pagamento adeantado. í i par:i o Brazil, anno. 2$5oo réis (moeda for.e|.Avulso, no dia da publicação, 20 réis.

EDITOR— José Augusto Saloio ú

OAO, A D J I I X m i â G Â O E T VP OGRAP I I U— R U A D IR E IT A — 19, 1.»A J L D E C U L L l i G A '

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P t tb l ie a ç r ic s <• 5 Annuncios— i . a publicação. 40 réis a linlia. nas seguintes,(’S 20 réis. Annuncios na 4.3 pagina, contracto esp ciai. Os auto* H graphos não se restituem quer sejam ou não publicados.

PROPRIETÁRIO— José Augusto Saloio

E X P E D I E N T E

. icceitaa íi-se f « in g r a t i ­dão q u a e s q u e r aia»!.leias q«e sejasss «le I n t e r e s s e ptibSico.

ED I 1

Esteve entre nós Eduar­do VII, o monarcha mais poderoso do mundo, rei da Inglaterra e im perador das índias.

A prim eira visita official depois da sua coroação dedicou-a elle a Portugal, como prova de deferencia á nação sua aliiada.

Não pretendemos ana- lysar as vantagens ou des­vantagens dessa alliança de séculos. Cum pria-nos receber, com a velha ga­lhardia portugueza,. tão illustre h ospe d e, e* d esc m- penhâmos esse dever, honrando as tradições ca­valheirescas da nossa ter­ra.

Em toda a parle Eduar­do V II foi recebido com as maiores demonstrações de carinhoso affecto. E decer­to deve ter uma impressão das mais agradaveis desta sua viagem a Portugal.

Os festejos em honra do rei cie Inglaterra attrahi- ram a Lisboa milhares de forasteiros. Difficil se tor­nava o transito em certas ruas de Lisboa, principal­mente na noite do fogo de artificio, que foi queimado no Tejo. As montanhas da Outra Banda, profusamen­te illuminadas, produziam um aspecto phanfastico e no rio eram innumeros os barcos que se cruzavam em todas as direcções.

Para a recita de gala no theatro de S. C a rlo s ven­deram-se bilhetes por pre­ços exorbitantes; e para a tourada no Cam po Peque­no chegou a ser uma lou­cura. O s contractadores pediam quantias fabulosas e encontraram ingénuos que se prestaram a abrir °s cordões á bolsa em pro­veito delles. Houve uma verdadeira ancia de figu­rar, de se m ostrar em toda a parte onde fosse o rei de hglaterra, e essa ancia cus­

tou muito dinheiro, que melhor fòra applicadc em obras de caridade.

Mas que lhe havemos de fazer? A ’s claras gastam-se rios de dinheiro; ás oecul- tas'nega-se uma esmola aos desvalidos da sorte.

Não se esqueceu o rei de Inglaterra dos pobres de Lisboa, pois entregou ao sr. presidente da com ­missão municipal cem li­bras em ouro, para serem distribuídas pelos indigen­tes. C oro o u assim brilhan­temente a sua visita a Por­tugal, levando atraz de si as bênçãos dos desprotegi­dos da fortuna. Bem haja.

Agora, terminadas as íestas, voltamos á pacatez habitual, e o povo, que já não tem onde se entreter, torna a pensar no aggrava- mento dos impostos, em­quanto não houver outros festejos que o façam esquecor vida.

das agruras dao

JO AQ UIM DOS ANJOS.

P ro e is sá o ele IBass» s

C om a solemnidade dos annos anteriores effectuou- se no domingo passado, conforme noticiámos, a cos­tumada procissão ao Se­nhor dos Passos. Dos lo- gares limitrophos affluiu m u ito 1 povo, em conse­quencia do dia estar ma­gnifico, o que bastante se extranhou, pois que todos os annos, no dia d’esta pro­cissão, costuma chover ou haver muito vento.

A procissão começou a sahir da egreja do conven­to da Senhora da C oncei­ção, depois do sermão do pretorio, cerca das 5 horas da tarde, indo o cortejo pe- a seguinte ordem : guião,

pendão com as iniciaes «S. P . Q . R.» (Senatus Poputus Que Romanus), irmandade, composta de grande n u ­m ero de membros, 7 anji­nhos sumptuosamente ves­tidos conduzindo os svm- bolos dos m artyrios de Christo, o andor decorado com flores naturaes, no qual se via curvado ao pe­so do seu supplicio o mar- tvr do Golgotha, o andor

com a Senhora da Purifi­cação, o pallio, sob o qual iam os rev.s João Pereira Vicente Ramos, conduzin­do o Santo Lenho, e Theo­doro de Sousa Rego. Fe­chava o cortejo a bandai.° de Dezem bro, d’esta villa, que, durante o traje­cto, executou com toda a correcção, duaslindas m ar­chas fúnebres, intituladas «Suprema dòr» e «Lutuo­sa», composição do seu habil mestre e nosso ami­go, sr. Balthazar Manuel Valente. O s motetes foram desempenhados pelos srs. Antonio Capella, José C â n ­dido Rodrigues cLAnnun- ciação e Joaquim cfAlrpei- da.

Pregou os serm ões do pretorio, encontro e calva- rio o rev. Antonio da C o n ­ceição Vieira, thesoureiro da egreja de S. Roque, em Lisboa.

A ornamentação das egrejas matriz e da Senho­ra da Conceição era ma- gnificente, devida ao bom gosto artistico e excelien- tes preparativos do sr. Francisco Silverio Fernan­des, digno proprietário da agencia funerária, d’esta villa, sita no largo da Egre­ja.

Foi mantida a ordem por grande numero de cabos de segurança, indo a pro­cissão com a maior decen- cia.

A G R I C U L T U R ATralialfe©® esis abri

A s chuvas, que benéti- camente caíram nos últi­mos dias do mez de m ar­ço, vieram facilitai' muito os trabalhos de horta e jardim a realisar em abril.

Deve agora proceder-se com actividade, á planta­ção dos vegetaes nascidos nos mezes anteriores, e á sacha e limpeza de todas as hervas más das hortas e dos jardins.

O hortelão e o jardinei­ro necessitam de vigiar, com cuidado, durante o dia, o aspecto do tempo, afim de, sempre qué’ se

rece ar a queda de gead is, resguardem com esteiras, durante a noite, as semen­teiras e as plantações das novidades mais delicadas.

Para attenuar o mais possivel os effeitos desas­trosos das geadas, é de toda a utilidade não se re­g a r no corrente mez, senão de manhã, e nunca de tar­de, como convém no verão, quando não ha medo al­gum da neve.

As novas plantações hortenses lucram muito agora com uma ou duas regas com intervallos de quinze dias, de qualquer adubo liquido, quer de la­trina, quer excremento de gallinha, pomba, cavallo, ou mesmo de ovelha,.dis­solvido em agua.,

Plantam-se os reben­tões enraizados das alca­chofras, que se dispõem a distancia de cSo centimetros entre si, as raizes dos es­pargos, as cebolinhas* ce­bolas, morangueiros, o es- tragão, os tubérculos das batatas, do igname e as raizes do rabão de cavallo e do stachys.

Semeia-se o aipo, a aze­da, os agriões, a herva armoles, as abóboras, as aikekenges, as anserinas, o absintho, o aniz, as beter­rabas, as beringelas, os cardos, chicoreas, cenoras e cerefólio, as chèrivias as couves cabus, de Milão, de Bruxellas e veides,. couves nabo, couves flor, ervi­lhas, espinafres, estragão, enotheras, escorcioneira, favas, feijões de trepar e temporãos, lentilhas, m e­lões, melancias, mostarda negra e branca, nabos, pe­pinos, pastinaca, pimentos, rabanetes, rabão comprido, serralha, salsa, segurelha, salsifis, soja, tretagona, to­mates, tomilho e valeriana.

Principia-se estacando os feijões, favas e ervilhas tem- porãs e, nas plantações, mondam-se os exemplares em excesso, afim de que os que ficam possam bem desenvolver-se e fruetifi- car em abundaneia.

Abril é igualmente o melhor mez, entie nós, pa­ra se realisar a sementeira das grainhas das uvas, quer

para a obtenção de novas variedades, quer para a de individuos fortes e vigoro­sos. As videiras am erica­nas de sementeira são mui­to melhores e mais fortes que as reproduzidas de es­taca; tem apenas o incon­veniente de levarem bas­tante mais tempo a desen­volver.

Nos pomares, neste mez e no proximo, emquanto as arvores de fructo esti­verem em flor, é conve­niente não se sachar o so­lo, para que este não seja tão sensivei ás grandes gea­das que frequentemente se fazem ’ sentir, entre nós, nesta épocha, e as arvores não recebam um abalo tal que seja a causa das flores abortarem , perdendo-se assim a esperança de uma boa colheita fruetifera.

Semeiam-se as sementes das pereiras, macieiras e Je todos os outros fructos de pevide, e as amêndoas, nozes, avelãs, e caroços de fructos estratificados no inverno.

Regularisa-se a circula­ção da seiva nas arvores por meio de incisões hori- sontaes ou obliquas e, quando a rebentação esti­ver em plena actividade, supprimem-se os ramos em excesso ou os que se apresentarem defeituosos.O hortelão deve sempre ter em vista, no tratamen­to das arvores de fructo, que uma incisão teita na parte-superior das arvores favorece o desenvolvimen­to dessas varas emquanto que na parte inferior o prejudica.

Se as doenças criptoga­micas ou os parasitas ani- maes, sobretudo os noci- vissimos pulgões, começa­rem fazendo o seu appare- cimento, iniciam-se os tra­tamentos com os liquidos protectores, segundo a for­ma e as formulas por mais de uma vez apontadas neste jo rn a l

Nos jardins dispõem-se em nracisso, ou isolada­mente, as plantas que nos viveiros altingirem já o preciso d esenvoivimento para soffrerem uma trans-

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O D O M I N G O

C O F R F , D E F 1 R O L 1 S

CHRISTOQuando te vejo ahi, soffrendo tantas dores,Tu, generoso e bom, pregado numa cru Infamado, insultado, entregue aos malfeitores,

E u lenho dó de li, ó pallido Jesus!

Tu, Christo, um impostor! Tu, um reaccionario! Tu, que passaste a vida a combater o vicio!A chamma que partiu do alto do Calvario N ã o jo i a da fogueira vil do Santo Officio.

Andaste pelo mundo• a semear o bem,Pregando a pa*:, o amor, a todos os mor taes;E hoje a final quem cré em ti? Ninguém.Encobre a tua bandeira as ambições venaes.

Quando le vejo ahi, tu, a verdade eterna,Tu que eras lodo amor, tu 'que eras todo lu\, Vendido como no balcão d ’uma taberna,E u tenho dó de li, ó pallido Jesus!

JO A Q U IM DOS ANJOS.

PENSAMENTOS

Bonitas ou não, as mulheres não valem grande coisa : feias fa\em mal ao coração; formosas, fazem mal d cabeça.

— A verdadeira lei do progresào moral é a caridade; sem o seu impulso é impossível a perfeclibilidade hu­mana; e quantos esforços empregue o homem p o r at- tingil-a, num alvo excentrico ao amor de Deus e do proxim o, serão esforços improfícuos.— Cam illo C. Branco.

— O homem temperado, como o peixinho em ribeiro crystallino, corre suavemente na branda corrente da vi­da— Felikan.

— Quando ouço falar uma' mulher, evito-a como a uma vibora assanhada.— S. Pedro.

A N E C D O T A S

N a semana santa:O 'gatuno, depois de ter ouvido a sentença:

I — Oh! sr. ju iz, eu n^° podia cum prir a sentença d ’a- qui a oito .dias?

0 ju iz — Porque ?— Porque agora é uma das melhores epoclias para

exercer a minha profissão.iim iitm H m iim iii

•— Diga-me: o senhor já leu o Inferno, de Dante?— Não, senhor, nem preciso; para inferno basta-me

minha mulher.m m i K H I ! ItMÍIIK

Luizinho que tem tres annos apenas, chora porque o mandam jantar na cozinha com a ama. Para o consolar diz~lhe esta:

— Não chore, meu menino. E)n tendo bigodes já co­me á meza com o papá.

N isto o galo da casa salta para cima da meza onde o petiz começa a jantar. L u ifn h o , muito *angado, enxo­tando o gato:

— Tu tens bigodes. . . vae jantar com o papá !. . .

plantação sem inconveni­ente.

Fazem-se viveiros d.i es­tacas "de chrisunthemos, de iuchsias e de todas as plantas que se propagam facilmente por este meio.

Semeiam-se, i olada- mente ou em viveiro,- as astes; agros.is, ancolias, ageratum, amarahcoides, acrocliniums, . aquilegias, barlonias, bons-dias, boas- noites, brachycomes, bri- zas, balsaminas cam élia//1 a- pagaiosj, ce.losias [christas de gallo ou vefudos} calan- drinas, calceoiarea scabio- saefoíia, crisanthemos ca- rinatus, calliopsis (fre iri­nhas), callistephus sinensis (secias, rainhas M argari­das), cob-iás, coleus, clar- kias, collinsia, coreopsis, campanulas, cannas indicas [herva conleira), carthamus tinciorius (asafrôa), centau- reas cyanus [fidalguinhos ou loyos), cheiranthus (goi­vos) cinerarias, cosmos, crepis, coloquintidas, cyno- glossum, digitalis [dedalei- ras), daturas, delphiniums (esporas), dianthus barba- tus, dianthus caryòphyHus [ci'avos fiameiigos), e n o t h e - ras, erysimum, eschschol- tzias, encharidiums, gera- niums, gauras. godétias, gaillárd ias, gilias, gom- phrenas 'perpetuas roxas), helianthus annuus (gira- sol), helicrisuns [perpetuas grandes), hibiseus, iberis (assembléas), ipomaeas, ju- liannas, kaulfussias, laiTa- na, lobélias, lavateras, la- thyrus odoratus [ervihas de cheiro), leptosines, li- num,- luffas, lychnis [cruz de Malta), maicómias [goi­vos de Mahon), myosótis [não me esqueças), mím.u- lus, mathiolas [goivos de ve­rão, martynia fragans, ma- tricaras, momórdica, ne- móphiias, nigellas, oeno- thera, oxalis, [papoulas), perillas, Phiox, pyrethros, perillas, petnnias, pelargó- niums, portulacas, quamo- clit kerberii, resèdas [mi- nonete), rhodante, ricinus, rudbeckia, salpiglossis, sál­vias, saponarias, sanvitá- lias, scabiosas [suspiros),

2

FO LH ETIM

Traducção^de J. !'O S AN JO S

£ . Í V I ' 0 g í S Í S 5 S e â r i í í

1 I

— V iu então a Magdalenasinha? perguntou a sr.1» Te!cm a;o, com os olhos muito animados..

— F o i elia q'ic me veia ensinar o caminho, respondeu o Adriano.

E contou-lhe em algumas palavras como a rrpariga f<‘ ra ao n/iicer do sol, ri- cabana do Pedro Guillemale i nde elle íu ára naquelia noite.

— O h! objectou a sr.J Telemaco, visto i|ne foi ;v.» pé do Pedro (itiill;

schizanthus, silenes, tage-j tes cravos de Times , thlas- pis, torenias, tropaeolum .chagas), verónicas, verbe­nas, viscarias, whitlavias e zinias.

Se ainda se não fez este serviço, mettem-se na ter- ra, nos prim eiros dias do mez, os bòlbos dosglad.io- los de Gand, das amaryllis vittata, tigridia, dos lys,.das anémonas, e os tubérculos das dahlias.

E D U A R D O S E Q U E IR A .

Da Gazeta das Aldeias).

Acaba de ser distribuído mais um num ero da Re­vista Commercial de V i­nhos e Azeites, unico perio- dico portuguez exclusiva­mente dedicado a estes dois íam os de producção agricola e indispensável a todos os lavradores e ne­gociantes de vinhos, e azei­tes.

Este jornal que se publi­ca quinzenalmente em nú­m eros de 16 paginas, offe- rece aos seus assignantes a par de variadas secções de informação agricola e commercial uma grande vantagem para a colloca- ção dos seus generos por inserir gratuitamente os an­nuncios dos produclos vi­nícolas e oleicolas que te­nham para vender, pondo assim as oífertas em inti­ma relação com as respe­ctivas procuras.

Assignalura /$ 2 00 reis p o r anno.

Enviam-se núm eros de ensaio a quem os requisi­tar á redacção: — Rua da Liberdade, 7 5— Porto.

Acceitam-se agentes e correspondentes na p ro ­víncia.

, — .«.)>-—- <o>--•-

© J c s á ls s

Pelas ?) horas da manhã de hontem foi aqui espan­cado e queimad > o discí­pulo traidor de Christo. A m ultidão da garotada, m u­nida de bons cacetes, in­vadia as ruas por onde passava.

male que encontrou a Magdalenad- nha, já não me admiro.

— O pastor ama a rapariguinha. não é verdade? perguntou o Adriano, cedendo tambem a uma curiosidade mais forte que a prudência.

— Se a am a?... a mais não poder ser.

. — E a Magdalena corresponde a esse grande sentimento?

— Durante alguns mezes parece que sim. Mas mudou de repente de attitude e de iinguagem. e se vae ainda vêr o namorado, c para ador­mecer a vigilanna d'e!ie, para o en­ganar. para lhe lazer acreditar que sempre o ama, até ao. momento em que tenha animo de lhe cónlessar que já não gosta d elle.

— Uma vez que a sr.;1 ie!em; co está tão bem informada', dev e saber a

causa efessa mudança repentina de sentimentos.

— O h ! senhor, a resposta que me pede é muito delicada, porque não se pode saber muito bem o que passa no coração de uma rapariga como aqu ella... Agora, se quer saber o que eu penso, o que me parece ter adivinhado...

. — Peço-ihe que o diga, sr.a T ele­maco. interrom peu o Adriano, que. apesar das suas boas resoluções, se deixava resvalar n u m declive peri­goso.

— Então digo lhe já a minha opi­nião. A Magdalenasinha não ama o Pedro Guillémale porque gosta de outro.

— O outro? Quem c?— Se lhe disser o nome, o senhor

zang. -se.i >ign d sem rccei'

— E ‘ o senhor mesmo!O Adriano ficou atarantado com a

subita revelação que provocara e que o perturbava extraordinariamente. Comtudo tentou dissimular a com- moção.

— Está doida ! exclamou, encolhen­do os hombros.

— Não tanto como lhe parece, meu caro senhor, respondeu a sr.a T ele­maco, que estava escovando o fato que.o Adriano acabava de tirar; olhe que eu tenho a mania de observar o que se passa em roda de mim e a minha experiencia da vida permitte- me dizer-lhe que não me engano.

— Mas. e i não liz nada para ser amado por aquella creança, objectou o Adriano.

Q je tem lá isso? A pequena tem imaginação, tem espirito e alguma instrucção, sabe o que: -o V ale/c pa­

] $ ío v a F a b r i c a

Acaba de ab rir no Bair­ro Serrano, desta villa uma nova fabrica de gazo- zas, refrigerantes, licores xaropes, genebra e crérnes de todas as qualidades, de que é proprietário o nosso amigo, sr. José Theodosio da Silva.

A nova fabrica, satisfará, decerto, todas as exigên­cias dos seus freguezes, embora os mais exigentes, sendo para isso sobeja ga­rantia a pratica e reconhe­cida aptidão do proprietá­rio da fabrica, que assumi­rá a direcção da mesma.

Iprcgsai aridade

Sob esta epigraphe re­cebemos hontem um eom- municado, referindo-se á irregularidade na distribui­ção de uns pamphleios de propaganda cirúrgica, inti­tulados Pechincheiro e Pas­pai hão, ao qual não démos publicidade por falta de vir íirmado.

A s festa» «I© lissplsiío

C onsta-no’> que este an­no se fazem as pomposas festas do Espirito Santo, que tão alto collocaram o valor desta villa.

O s ex."1 s srs. Manuel Ferreira G iraldes, Joaquim dos Santos O liveira, José Cypriano Salgado Junior, Francisco Maria de Jesus R e 1 ogi o, J u sti n i a n o A n tonio Gouveia, Am adeu Augus­to Q uaresm a Ventura, Do­mingos Antonio Saloio, M arciano Augusto da Sil­va Junior e José Augusto Simões da Cunha, olfere- ceram á actriz F. A., um magnifico estojo de «toikt- te» contendo tres lindas e importantes peças guarne­cidas a prata, trabalho este executado na importante ourivesaria do sr. F. I. Nu­nes, rua Bella da Rainha, 171 — Lisboa.

Louvamos a lembrança.

ra isso basta-lhe ser mulher, e disse lá comsígo que não nasceu para crear bolor num a aldeia mizeravel. Vae todos os dias a Vais, tem lá visto ai senhoras ricas e comparando-se co.111 ellas, já percebeu que um vestido elegante e mais um boccadinho de educação bastavam para a transfor­mar. Pensou que uma perola fina como é não pode pertencer a um pobre diabo. Depois appareceu 0 senhor, que é bondoso e gentil, e completou a obra; ella ama-o, nao por causa das suas qualidades, porque encontrou em si o que talta ao outro, mãos brancas, roupas finas e perfumadas e falas agradaveis. Duvi­da do que lhe digo? pois tente um3 experiencia. l) ga-lhe q u e a quer le­var para Pai is, e verá se elia vae ou não !

iContimia

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O DOMI NGO

litteratura

f í l í f jbcsBa aia» í g a g e s s s

i

«Elaes ss

Quem é a rotinha crean- ca que todos os dias vae gentar-se naquella pedra, estendendo a mão aos viandantes? Lá repete _a c0Stumada arenga a dois

que passam. Que

-Esmolae o pobrinho, que não tem pae nem vnae.

E esmolaram-no?Um dos dois íicou um

tanto atraz do companhei­ro e deu alguma coisa ao joven pedinte.

Conversam agora, ouça-

commigo, o Pae do céo vos conservar cá, quero pagar- vos a grande divida por que vos sou obrigado. Fos­tes vós que me abristes os olhos á luz, não poderei consentir que o iu ra mão, que não a minha, cerre os vossos.

— Louvores a D eus!. .. isse o velho, e encostou a

cabeça nas palhas que lhe serviam de leito.

(Continua).

mol-os:— Ainda escutas as la-

murias desse vadio?— Não tenho tempo pa­

ra averiguar como proce­de.'Vejo que é uma crean­ça desgraçada.

— Mas não sabes que alimentando o vadiismo roubas-te a ti, ou roubas outro mais necessitado e a quem podia aproveitar melhor a tua esmola?

— Dou quanto tenho; e quando vejo alguma cre­ança a chorar e a pedir, não posso resistir-lhe, por­que . ..

— Porque?— Por me lem brar seis

filhos com que o Senhor abençoou as minhas nú­pcias, a quem desejaria que fizessem outro tanto, se elles um dia necessitas­sem.

— Pois, meu amigo, é exactamente por desejai augmentar o patrimonio de meus íilhos que não dou esmolas.

E calaram-se. No emtan- to o rapazito deixa a sua pedra querida. Ja não tem lagrimas, nem pede mais Sorri, e reza uma AVe M.i- ria por intenção de quem o e sm o lo u ... O h ! como lhe fulgura o rosto com a candidez da fé! Acabou d rezar e caminha com pres­sa.

— Não choreis mais meu bom tio, diz elle en­trando em casa. Hoje não tereis fome.

— Antes quizera um lei to no hospital aonde a m or te que me consome os dias terminasse a minha exis tencia, e que esse obulo d caridade revertesse todo em teu beneficio.

— Não me mortifiquei mais com as palavras hos­pital e morte. Antes d cuidar de vós cuidei de mim Estou farto e trago-vos as minhas sobras. Q uando o Senhor vos cham ar pai a o céo quebram-se os laços que me prendem aqui Irei então pelo mundo ench a altura de meus dias. M i eroquanto, por compaixfu

A N N U N C IO S

ANNUNCIO

i i íj

1)1 DllD.iil

( ® . :l P s a l í l í c í i c n â o )

Pelo Juizo de Direito d’esia comarca, no inven- iirio por obito de Anna

ilitta Gom es, e no qual é inventariante Joaquim da Silva Gingeira, ha de ser Dosta em praça á porta do Tribunal deste Jui::o no dia 19 do proxim o mez de abril pelas 11 horas da manhã, e arrematada a quem m aior lanço offere­cer sobre a quantia de réis 3208000. uma coureila si­tuada no Cabeço da Bata-

1a, limites da freguezia d’Alcochete, composta de alguma vinha, sobreiros terra de semeadura, e al­odial.

Aldegallega

M EM Ó RIA D E S C R IP T IV A

das villas de

C I X T R A l i

e seus arredores

Nova edição profusamente illuslra da com centenares de gravuras, e des­envolvida com grande numero de annotações.

E D IC Á O DE L U X O■>Publicação em cadernetas semanaes

de 16 pag nas. com S gravura.; pelo merio , por 60 réis.

Pedido; á casa editora «A Camé­lia». Largo da M isericordi i — CiYitra, ou-aí>s seus agentes.

104

RELOJOARIA E OURIVESARIA&t*B§a r i v a l

O proprietário d'este estabelecimento ro^a aos seus fre cuezes a fineza de não comprarem em outra parte, mesmo em Lisboa, sem que prim eiro experimentem os módicos pre­ços d’e.;te estabelecimento; porque no presente anno deter­minou fazer propaganda. muito utd para os se is freguezes: em prim eiro logar em vendas de ouro e prata, relogios e ou­tros artigos. Se comprarem mais barato em outra qualquer parle, devolve-se o seu dinheiro". Succede o mesmo em tra­balhos de relojoaria e ourivesaria. So’das_em ouro e em pra,- ta a too réis. Trabalhos para os colíegas, 20 p. c. de descon­to. Garantem-se os trabalhos sob pena de se^devolver as im ­porta .cias justas, quando estes não estejamfá vontade. Aos seus freguezes rerommenda estar ás_ ordens para qualquer trabalho de occas ão.

TO D O S OS T R A B A L H O S S E G ARAN 1 KM PO R UM ANNO

P R A Ç A S E R P A P I N T O - . 4 / * S ! i % i

m a m m m m m m B m m m -m s m s m m s s B B M m m m m

DO C O M E R C I O— * D L

J 0 Â O ANTONIO RIBEIRO5 9 , P S A Ç A S E R P A P I N T O , 5 9 — A L D E G A L L E G A

104

in g u e m duvida que é este o estabelecimento que m elhor satisfaz as exigências do publico, não só por neile se encontrar todos os artigos que lhe dizem respeito como pela modicidade de pre.ços por que são vendidos. Acaba elle de receber um gran­de e variadíssimo sortimento de fazendas ua sua especialidade, constando dos seguintes artigos:

A s lindas saias de feltro bordadas afilo^elle e muitos outros artigos de modas e confeccões.

U L T IM A jN O V ID A D E ! U L T IM A X O V II ) A D E !Recommenda os finos diagonaes, estambres e cheviotes pretos, e bem assim

as finíssimas sedas pretas, alpacas e armures.A este estabelecimento acaba de chegar .um valioso fornecimento de machi­

nas de costura, o que ha de melhor. Vendas a prestações e a prompto com gran­des descontos.

do Ribate- o, 24 de m arço de 1903.

Verifiquei a exactidão.

O JU ÍZ D E D IR E IT O

> Substituto e no impedimento do proprietário,

Anlonio Tavares da Silva.

O E S C R IV Á O

José Maria de Mendonça

11 Â k

U A ( m iiChronica do re mido de Luiz X V )

Romance historico por

E. LADOUCETTEOs amores trágicos de Manon Les

raut com o celebre cavalleiro de Grieux, formam o entrecho } cVeste romance, rigorosamente historico, a que Ladoucette im prim iu um cunho de originalidade deveras encantador.

A corte de Luiz xv, com todos os seus esplendores e misérias, é escri- pta mrgistr; lmente pelo auetor d '0 Bastardo da Rainha nas paginas do seu novo livro, destinado sem duvi da a alcançar entre nós exito egual aquelle com que foi refce.bido em P a­ris, onde se conto:am p o r milhares os exemplares, vendidos,

A edição portugueza do popular e commovente romance, será feita em fasciculos semanaes de 16 paginas, de grande form. to, 1 Ilustrados com soberbas gravuras de pagina, e còns tará apçnas de 2 volumes.

3 © r é i s ® í a s c i f c s s i ®

F é i » « Í A R B »

2 v a lio so s brindes a todos os assignantes

Pedidos á Bibliotheca P o pu lar, Km- p . esa Editora. 162. Rua da Rosa, 162 — lii'-b.'iiã.

T i i t l o m a i s f o a r a i o ! ! ! . . .

TODAS AS HA EXPOSIÇÃO!!!...

Com pleto sortimento de cobertores de lã de differentes qualidades, havendo com desenhos de completa novidade.

Retrozeiro, fanqueiro e mercador. Encontram-se todos estes artigos no que ha de mais moderno.

Ào r r if í

G R A N D E ARM AZÉM D O C O M M E R C IO A a B í . « 3 f i i © s U f > e i r o

Praça Serpa Pinto, 5g, AldegallegaS E N H A B R IN D E . -T o d o s os freguezes teem direito a

uma senha por caja compra de 200 rs.

B R IN D ES: 10 senhas, um bom sabonete grande - 20, uma toalha de rosto ~ 5j . um corte de tecido em chita para camisete— 100. um corte de biarritz para bluza— 200. i ma sombrinha para senhora—Soo, um corte de seda para blu­za— iooo, um corte de lã para vestido ou uma peça de panno patente.

mm -

m

Sedas pretas, velludos, arm ures, cachemiras e finíssimas fazen­das para fato de homem.

A r í í g u e s í l t » a a a a l l a a

Toucas, capas e vestidos Chailes e lenços para senhora

em differentes cores.

Pei 'fumai 'ia! Perfum aria!

« B S H i i a a f f l S s i S i i i S i -

RELOJOARIA GARANTIDA

Oxidrm-se caixa; O proprietário c

1 — IR, X J -A.

’~a*' D E 102

A V E L IN O M A R Q U E S C O N ÍR A M E S T R E

Relogios de ouro. de praia, de aço. de nichel, de plnquet, de phanta- sia. am-.riia.50s, suissos de parede, maritimo.;. despert-dores americanos, des­pe tadores cie phantasia, despertadores com musica, suissos cie algibeira com corda para oito dias.

Rccom nendo-se o relogio de A V E L IN O M A R Q U E S C O N T R A M E S T R E , trm bom escape d'ancora muito forte por 5Sooo réis.

d‘aço com a maxima perfeição. Garantem-se todos os concertos, est.' i eloio:.ra compra ouro e prata pelo preco mais elevado.

jQ O P O C O 1 ... At D F G A ÍT E G A D O R IB A T E JO

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O D O MI N G O

cTendo augmentado consideravelmente o-sortimento deste conhecido e van­

tajoso estabelecimento, os seus proprietários, sem apregoar m ilagres, veem mais uma vez por este meio, pedir ao publico em geral que, quando qualquer com pra tenham de fazer ainda que insignificante, visitem este estabelecimento, afim de se inteirarem das qualidades e preços por que são vendidos os seus artigos. Não an- n une iam qualidades e preços impossíveis de se apresentarem ao com prador nem tão pouco com o fim de chamar a attenção do publico costumam annunciar o que não teem nem podem ter. .Para prova da seriedade deste estabelecimento, são sufficientes as ausências feitas pelos seus freguezes, ainda mesmo os menos dedi­cados.

Vendem a todos pelo mesmo preço. Não dão brindes porque para isso'ser- lhes-hia forçoso augm entar a percentagem sobre os artigos a vender e d a h i re­sultaria não poderem fazer os preços que estão fazendo.

Como é sabido tem este estabelecimento, que garante vender muitos arligos ain­da mais baratos que em Lisboa, as secções de Fanqueiro — sortido grande; Retro- zeiro— não existe outro estabelecimento local com maior e mais completo sortimento; Modas— comquanto seja a secção de menos existencia, estão os proprietários muito satisfeitos com as suas escolhas; M ercador— sortimento sem rival, tendo já recebido alguns artigos para a estação de verão; Calçado— sortido efabricação esmerada, pois que os proprietários mandam fabricar p o r sua conta, motivo de garantia para a sua venda; Chapelaria— ha collecções dos formatos mais usados. Tem mais alguns arligos de D ecorador, taes como: passadeiras, ju ías para reposteiros, pannos para meza, vitragens para cortinas, etc., etc.

Ganhar pouco para vender muito! Os .muitos poucos fa\em muito!P r e ç o F i x o . T n d o s e m a n d a a c a s a «Io fre g a s e z e « lã o -se a m o s t r a s coem p r e ­

ç o s a qnena a s r e q u i s i t a rR U A D IR E IT A , 88 e 9 0 — RU A D O C O N D E , 2, A L D E G A L L E G A

J O Á O B E M T O & W X T W E S D E C A R V A L H O

D E P O S I T Om

V I N H O S , V I N A G R E S E A G U A R D E N T E SE F A B R I C A 33 E L I C O R E S

I

>t—DmO>t—r - 1m

O>•1!

imiii: iifKisiiii ií itfiiiim imict u

JANSEW & C. LISBOAD E

C E R V E J A S , G A Z O Z A S , P I R O L I T O S

V E N D ID O S PELO PREÇ O . D A F A B R IC A

— L U C.A S & C . AL A R G O D A C A L D E IR A — ALDEGALLEGA DO RIBATEJO

V §33IlO SVinho tinto de..pasto de i . a, litro

» » » » » 2.a, »» brarco » » i.a »» verde, t in to .. . . » »» abafado, branco » »» de Coliares, tinto » garrafa » Carcaveilos br.Ci) » »» de Palmella. . . . '> »» do Porto, superior »» da M adeira............ »

V in a g r e sVinagre t nto de i . a. litro ...........

)) )) » 2 . a , » . ...........

» branco » i . a, » ...........» » » 2.a . » .............

B J c o re sL ico r de ginja de i . a, litro .........

» » aniz » » » . . . . . . .» » canella...........................» » rosa...............................» » h ortelápim enta..........

G ranito........................................Com a garrafa mais 6o réis.

A suardcffi.tes

60 »7° )}

100 » i 5o » [60 » 240 » 240 » 400 » 5 00 »

60 rs. 5 o »

60

200 » 180 » 180 ■' 180 » 180 » 280 »

Alcool 40o, . li tro 320 rsAguardente 1 e prova 3o°. » 320

» ginja........ » 240 »)) de bagaço 20° » 1 .il 160 »') » » 20> » 2.a i5o»)) » » l8o)) 140» » figo 20° » 120 »)) » E r ora i S ° » 140 »

4 'iSSÈiESB ESa*:* 22 caParati......... ......... . . . . . li tro 700 rsCabo Verde » 600 )>Cognac. , . . . rrafa 1S200

)) iS 00 »Genebra . . , )) - 36o »

Jil

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1 CERVEJAS, GAZOZAS E PIROLITOSPosto em casa do consumidor

! Cerveja de Março, duzia........ 600 rs.C » Piicener, » ........ 840 »| » da pipa, meio b a r r il.1 Gazozas, d u zia........................S Pirolitos, caixa, 24 garrafas...

90042036o

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Encarrega-se de iodos os trabalhos concernentes á sua arte.

R U A D E J O S É M A R IA D O S S A N T O S A L D E G A L L E G A

ESTEVÃO JO SE DOS REIS— . COM *— '

S E M E A R I A - A L D E G A L L E N S EDE

José Antonio N u n e s

N ’esle estabelecimento encontra-se d venda pelos preços mais convidativos, um variado e amplo sortimento rfe generos proprios do seu ramo de commercio, podendo por isso offerecer as maiores garantias aos seus estimá­veis fregueses e ao respeitável publico em geral.

Visite pois o publico esta casa.33 A . E G S E J A - 19-A

A l d e g a l l e g a « l o l l l f m á e j o

JOSÉ DA ROCHA B AR B O SAC o s ii o f & c in n d e € !o s* re e iro e S e i l e l r o

18, RUA I X ) F O R N O , 18 A 0, I I 0 í t i A a, S, B! €* A

S A L C H I C H A R I A M E R C A N T I L

Hwsr-t

JOAQUIM1 )E

RELOGIOC arne de porco, azeite de Castello Branco e mais

qualidades, petroleo, sabão, cereaès, legumes, mantei- gas puras de leite da Ilha da Madeira e da Praia d’An­cora e queijos de differentes qualidades.

Todos estes generos são de prim eira qualidade e vendidos por preços excessivamente baratos.

54 a 56 . Largo da Praça Serpa Pinto, 54 a 56 A LD E G A LLE G A ^

C O M P A N H I A F A B R I L mm7s ---------

P o r 5 00 réis semanaes se adquirem as cele­bres machinas SINGER para coser.

Pedidos a A U R É L IO J O Ã O D A C R U Z , cobrador da casa a w c o c k <& c v i e concessionário em Portu­gal para a venda das ditas machinas.

Envia catalogos a quem os desejar, yo, rua do Rato, yo — Alcochete.

I L f í M C i 8 0 D I A R I O D E N O T I C I A SA GUERRA ANGLO-BOER

Impressões do Transvaal

Interessantíssima narração das luctas entre inglezes e boers, «illustrada» oní numerosas zinro-gravun s de «homens celebres» do lransvaalcd o

Orange. incidentes notareis, «cercos e batalhas mais cruenta*, daG U E R R A A N G L O -B O E R

P o r um íunccionario da C ru z V erm elha ao serviçodo Transvaal.

Fasciculos semanaes de 1 6 paginas................. 3 o réisTomo de 5 fasciculos......................................... i 5o »A G U E R R A A N G L O B O E R é a obra de mais palpitante actualidade.

N'ella são descriptas, «por uma testemunha presencial», as differentes phases e acontecimentos emocionantes da terrivel guerra que tem espantadoo mundo inteiro.

A G U E R R A A N G L O -E O E R faz passar ante os olhos do leitor todasa> «grandes batalhas, combates» e «escaramuças» d’esta prolongada e acernffl8 lueta entre inglezes, tra.-.svaalianos e oranginos, verdadeiros prodig:os ae heroísmo e tenacidade, em que sáo egualmente adm irareis a coragem e de­dicação patriótica de vencidos e vencedores.

Os incidentes variadíssimos d ’esta contenda e ;tre a poderosa Inglater ra e as duas pequenas republicas sul-africanas, decorrem atravez dc deiras peripecias, por tal maneira oramaticas e pittorescas, que dão á GULK- RA A N G L O -B O E R . conjunctamente com o irresistível attractivo dum a nar­ra tira histórica dos nossos d as, o encanto da leitura romantisada.

A Bibliotheca do D IA R IO DE N O T IC IA Sapresentando ao publico esta obra em «esmerada edição,» e por um preço minuto, julga prestar um serriço aos numerosos leitores que ao mejtn_ tempo desejam deleitar-se e adquirir perfeito conhecimento dos succes>05 que mais interessam o mundo culto na actualidade.

Pedidos á Empresa do D IA R IO D E N O T IC IA S Rua do D iario de Noticias, 110 — L IS B O A

Agente em Aldegallega— A. Mendes Pinheiro Jwuoi•