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AFONSO DUARTE OBRA PO ÉTICA

Obra poÈtica Afonso Duarte - Imprensa Nacional-Casa da … · liza para o mero afã de recolha sôfrega dos textos dispersos e ... sem nunca deixar de produzir e de publicar espar-

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AFONSO DUARTE

OBRA POÉTICA

IMPRENSA NACIONAL-CASA DA MOEDA

LISBOA

2008

AFONSO DUARTE

OBRA POÉTICA

Introdução, fixação do texto, registo de variantese apêndices de JOSÉ CARLOS SEABRA PEREIRA

EDIÇÃO CRÍTICA COMEMORATIVA

DO CINQUENTENÁRIO DA MORTE DO AUTOR

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INTRODUÇÃO

1. O sincretismo neo-romântico que hoje o soneto «Inscrição»estatui, como pórtico de Os 7 Poemas Líricos, tinha no início dacarreira de Joaquim AFONSO Fernandes DUARTE (Ereira, 1884--Coimbra, 1958) desenvolta manifestação na profusa colabora-ção que de 1910 em diante dava não só à capital A Águia, masa quase todas as revistas que a acompanham ou se lhe seguem,em Coimbra (A Farsa, Alma Académica, Dionysos, Gente Nova,A Rajada, cuja 1.a série dirige, etc.) e pelo país fora (O Ave mi-nhoto, A Labareda portuense, a Gente Lusa, etc.). Afonso Duar-te movia-se, de resto, nessa colaboração literária à imagem dodescomprometimento ideológico, mas em atitude crítica, com que,então como doravante, resguarda as suas ligações ao meio estu-dantil, em particular com o grupo dos «Esotéricos» (hegemoni-zado pelos futuros integralistas).

O mesmo sincretismo neo-romântico houvera talvez marca-do o poema Visitação da morte que desde 1903 tentara, em vão,realizar; e encontra já acolhimento na compleição originária doCancioneiro das Pedras (Lisboa, 1912), composto por alguns dospoemas de 1906 a 1910, posteriores aliás aos outros versos ado-lescentes de umas repudiadas Composições verdes e a prosas nãomenos incipientes. Desse primitivo Cancioneiro das Pedras viriao poeta a destacar, aquando da organização de Os 7 PoemasLíricos nas edições da Presença (1929), muitos textos para o Ro-manceiro das Águas, para o Episódio das Sombras, para o Ri-tual do Amor. Boa parte dos poemas que integrarão a Tragédia

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do Sol-Posto (Coimbra, 1914) e a Rapsódia do Sol-Nado seguidado Ritual de Amor (Porto, 1916) datam também do período juve-nil e dispersam-se já por aquelas revistas.

Logo em 1911, o mais notável estudo da época sobre as ten-dências emergentes na literatura portuguesa — A Nova Geraçãode Veiga Simões — já qualificava o primeiro Afonso Duarte noalto nível de uma plêiade de novos poetas próximos de Pascoaes(junto a Jaime Cortesão, Mário Beirão, Augusto Casimiro); e naÁgua Lustral de 1913 era ainda a recepção de Cancioneiro dasPedras que levava Artur Ribeiro Lopes a considerar Afonso Duar-te «o maior instinto poético do momento». À medida que maiscolabora n’A Águia, na Dionysos e n’A Rajada, a sua poesia pa-rece predisposta a identificar-se com o Saudosismo, mas o seuencanto (por vezes pávido) com o mundo físico preserva sempreuma irredutível singularidade e alguma abertura para marcastradicionalistas, mais próprias de colaboradores lusitanistas d’AÁguia (Afonso Lopes Vieira, António Corrêa d’Oliveira e seusdiscípulos) como se vê por 1912 também na colaboração de AfonsoDuarte na Alma Académica. Desde então até às sequelas imedia-tas da publicação da Tragédia do Sol-Posto, acentuam-se os pa-rentescos com o expressionismo saudosista e ainda mais os ges-tos de vontade de incorporação de Afonso Duarte no cânone dessacorrente neo-romântica, por parte de Pascoaes (no primeiro grandeInquérito Literário do tempo, conduzido por Boavida Portugalem 1912 no República e em 1914 em livro, e depois n’O GénioPortuguês…, de 1913), por parte de Leonardo Coimbra (n’O Cria-cionismo de 1912), etc. Já a Rapsódia do Sol-Nado seguida doRitual de Amor recebe n’A Águia um elogio não isento de reti-cências; e, efectivamente, por 1915-1916, quer n’A Águia, quernoutras revistas como A Labareda ou Gente Lusa, os versos pu-blicados por Afonso Duarte tendem para o compromisso entrependores saudosistas e lusitanistas, em particular no tratamentoda temática amorosa; e isso mesmo se confirma n’A Águia, com apassagem para os anos 20. No entanto, na teoria d’Os PoetasLusíadas (conferências de 1918, livro de 1919) Teixeira de Pas-coaes continua a atribuir a Afonso Duarte lugar relevante entreos representantes do período «neo-sebastianista» da história poé-tica portuguesa; e Afonso Duarte parece querer corresponder, por1920, n’A Tradição de Coimbra com o alto soneto «Visão», e por1922, n’A Nossa Revista do Porto, com o ex-voto expressionista«Diante da paisagem de Inês de Castro».

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De novo, porém, não abdica do pendor proteiforme de baseneo-romântica, ao mesmo tempo que começa a cultivar um tomgnómico na 3.a série d’A Águia e na coetânea fase inicial daSeara Nova. Compreende-se, de resto, que o magistério a quedesde 1914 se entrega Afonso Duarte, e que o leva a jornadaspelo Norte (até ao regresso a Coimbra por 1919, ultrapassadauma crise de paraplegia e outras vicissitudes), só podia trazerreforçadas motivações à sua sensibilidade poética, em efectivacorrelação com trabalhos de índole pedagógica e etnográfica,dados a conhecer através de artigos dispersos (no Tríptico e emVoz de Coimbra, na Presença e em Os Novos, na Seara Nova eem Portucale, n’O Recreio e n’O Instituto, etc.) ou sob a forma deopúsculos (Barros de Coimbra, 1925; Desenhos Animistas de umaCriança de 7 Anos, 1933; O Ciclo do Natal na Literatura OralPortuguesa, 1936; Um Esquema do Cancioneiro Popular Portu-guês, 1948, etc.).

Afonso Duarte não teve de avançar muito no percurso doseu trajecto literário para se revelar poeta em que confluem origor da escrita com os cuidados postos numa invulgar ordena-ção interior da Obra.

Após o temporão senso (auto)crítico demonstrado pelo repú-dio das incipientes primícias, os sucessivos livros de versos quepublica nos anos 10 correspondem com presteza, sem dúvida, aofluxo abundantíssimo de produção lírica nessa fase de primeiramaturação estético-literária. Mas nem então Afonso Duarte des-liza para o mero afã de recolha sôfrega dos textos dispersos einéditos, antes ensaia já os procedimentos, ao depois decisivos,de selecção, recolocação e adaptação dos poemas e suas sequên-cias. Essa orientação vai decerto receber o influxo da evoluçãoestético-literária do poeta — ela mesma resultante da actualizaçãoconsequente de tendências pessoais em interacção com o devir daliteratura contemporânea e a dinâmica do campo literário por-tuguês.

Por isso, sem nunca deixar de produzir e de publicar espar-samente por revistas e jornais, Afonso Duarte terá resolvido so-brestar quanto à organização de novos livros de poemas — comoque dando-se um tempo de clarificação dos valores temático--formais do seu próprio lirismo, e de definição dos horizontes dasua recepção no âmbito da vida literária nacional, então inde-cisa entre epigonismos naturalistas e simbolistas, arrastamentosdecadentistas, continuidades neo-românticas, inovações moder-

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nistas, rupturas vanguardistas… e tropismos de inócua absor-ção de tudo isso no bem composto melting pot do academismoliterário.

Quando, treze anos transcorridos sobre a saída do seu ter-ceiro livro de poemas, dá à estampa Os 7 Poemas Líricos, AfonsoDuarte patenteia o trabalho de selecção e recomposição condu-zido por uma vontade de ordenação metacronológica dos textoslíricos e do seu correlato reafeiçoamento (condicionado tambémpelo novo valor funcional que lhes advém da colocação de cadaum na nova concepção sequencial). Os livros publicados em 1912,1914 e 1916 (pela organização serial das suas partes e até pelogosto do soneto proemial, de acordo com a tradição da formacancioneiro), bem como os novos títulos então anunciados, jáobedeciam, embora mitigadamente, a essa tenção que impera emOs 7 Poemas Líricos.

O que aí opera — e transparece, desde logo, na denomina-ção de «Poema» para cada uma das sete sequências textuais — éo princípio estruturante que supera o modelo de colectânea emordem à coerência própria do macrotexto, com todas as implica-ções semântico-pragmáticas da topologia serial e da sucessão tem-poral nas leituras linear e tabular. Por isso, não se trata só de oautor integrar n’Os 7 Poemas Líricos, como suma do «primeirociclo da sua Obra Poética», «versos publicados depois [de 1916]em revistas» (mas não, note-se, aqueles que nos anos 20 relevamjá de outra fase da trajectória literária de Afonso Duarte, comimportante sintonização do advento do Segundo Modernismo esuas assimilações selectivas de vectores neo-românticos). Trata-setambém de, nesse ensaio de constituição da Obra global, se verremodelado o corpus dos livros publicados entre 1912 e 1916,junto com textos inéditos oriundos de diferentes colectâneas.Assim, quando, um quarto de século volvido, surgir a ideia deorganização global da Obra Poética, esse desígnio de Carlos deOliveira e João José Cochofel vem ao encontro da determinaçãopessoal de Afonso Duarte, que toma parte activa na compilaçãoe fixação dos textos e, sobretudo, tem a palavra decisiva (acerta-da em diálogo com os devotados discípulos) quanto à ordenaçãometacronológica das obras no seio da Obra — com especial cui-dado nos efeitos de leitura potenciados pelo remate dessa Obrapelo tríptico de redondilhas visionárias e oraculares.

De tudo isto decorre que, ampliando e aprofundando o pro-grama macrotextural de Os 7 Poemas Líricos, a codificação glo-

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bal da Obra Poética se impõe como quadro primaz do nosso reen-contro com a criação lírica de Afonso Duarte. Sem prejuízo daatenção a outros elementos diassincrónicos da sua produção, pre-teridos e deixados pelo caminho, é esse o indispensável frame darelação hermenêutica e crítica para que essa criação lírica nossolicita.

Por conseguinte, embora adiante nos empenhemos no intro-dutório estudo da configuração histórico-literária da poesia deAfonso Duarte, importa sublinhar aqui que a Obra Poética ga-nha densa coesão através da recorrência evolutiva de motivos eimagens, muitas vezes sob a forma lata de variação (na acepçãoconceptualizada oportunamente por Jacinto do Prado Coelho),outras vezes sob forma de citação homoautoral (e nalguns casosesse jogo citacional afirma-se logo nos paratextos, em especialnas epígrafes de sequências poemáticas, como acontece com o ex-certo de Cancioneiro das Pedras no limiar de Sibila).

2. Torna-se nuclear na lírica duartina a constituição decadeias de temas e estilemas, que centram, correlacionam e di-mensionam os demais elementos textuais, ao mesmo tempo queprogressivamente se formam (também no sentido de que se dei-xam redifinir por cada novo ou renovado elemento).

Desde a «Inscrição» preliminar — tão indicativa da funçãode abertura estrutural da intencionada unidade macrotextual,sobretudo ao adoptar, como a Clepsidra do admirado Pessanha,aquele título em detrimento do título originário —, evidencia-seesse modus essendi de Obra Poética de Afonso Duarte.

A marca mais impressiva da abertura da Obra Poética deAfonso Duarte é, sem dúvida, a recorrência do «vento» em con-traste com o seu quase total desaparecimento nos textos posterio-res. Os primeiros quatro poemas concedem-lhe sempre papel ful-cral; o último deles regista mesmo no título («O que me diz ovento») que, de força agente da Natureza com enormes incidên-cias na vida do sujeito da elocução poética, mas ainda não emrelação directa com ele, o vento passa a pólo dialógico do mesmosujeito. Antes dessa alteração de estatuto na estrutura poemá-tica, que por seu turno precede significativo eclipse, podemos di-zer que a função do «vento» é sempre idêntica, realizando a elo-cução poética variações dessa presença idêntica; e a condição dovento no poema referido é um aprofundamento dessa funçãoanterior.

ÍNDICE

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Introdução,por JOSÉ CARLOS SEABRA PEREIRA ......................................... 7

Nota sobre a presente edição ................................................... 43

Tábua biobibliográfica de Afonso Duarte, por Carlos de Oli-veira e João José Cachofel ............................................... 45

OS 7 POEMAS LÍRICOS

CANCIONEIRO DAS PEDRAS:

Inscrição ............................................................................ 53Evocação dum rochedo ..................................................... 54Seguidilhas ........................................................................ 57O que me diz o vento ....................................................... 59Lápides .............................................................................. 61Estâncias da montanha .................................................... 68Estrofes pagãs ................................................................... 72

ROMANCEIRO DAS ÁGUAS:

Águas passadas .................................................................. 83O cântaro da água ............................................................ 85Rimance ............................................................................. 88Ilha dos Amores ................................................................ 92Terras do Infantado .......................................................... 94Invernia ............................................................................. 97Diálogo com a minha terra .............................................. 98Búzio do mar ..................................................................... 100

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Génio da raça .................................................................... 102Vos omnes qui transitis .................................................... 104Rústica ............................................................................... 105Pastoral ............................................................................. 106Poesia da árvore sob o culto lusíada ............................... 107Aguarelas e águas-fortes .................................................. 110

RAPSÓDIA DO SOL-NADO:

Oração................................................................................ 129Salmos ao Sol .................................................................... 130Versos da madrugada ....................................................... 132Romper da alva ................................................................. 133Em louvor do Sol .............................................................. 134Elegia do cavador .............................................................. 137Árvore de sombra ............................................................. 139Toada em bordão .............................................................. 140

ALEGORIA DA TARDE .............................................................. 143

TRAGÉDIA DO SOL-POSTO:

Prólogo .............................................................................. 153Tragédia do sol-posto ........................................................ 154Prelúdio ante o crepúsculo ............................................... 161Orla marítima ................................................................... 164Plenilúnio .......................................................................... 166Hora mística ...................................................................... 168Canto da noite para as estrelas ....................................... 169Epílogo ............................................................................... 172

EPISÓDIO DAS SOMBRAS:

Boca da noite ..................................................................... 179Horas de saudade .............................................................. 181Magia dos pirilampos ........................................................ 183O medo das sombras ........................................................ 184Noite do roubo .................................................................. 187Natal .................................................................................. 188

RITUAL DO AMOR:

Memória ............................................................................ 193Pérola de orvalho .............................................................. 195Carta a um «amor» ........................................................... 197Amor .................................................................................. 199Vitral .................................................................................. 201

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Paisagem única ................................................................. 203Amor .................................................................................. 205Canção ............................................................................... 209Outonal .............................................................................. 211Provençal ........................................................................... 212Claro-escuro ...................................................................... 215Amor .................................................................................. 216Carta de amor ................................................................... 217Canção ............................................................................... 221Contraste ........................................................................... 222Naufrágio ........................................................................... 223Ninho desfeito ................................................................... 226Visão .................................................................................. 227O meu romântico .............................................................. 229Hora antiga ....................................................................... 230Parque de Santa Cruz ...................................................... 231Cantigas ............................................................................. 233Desgarradas ....................................................................... 235Canção do nu..................................................................... 237A morte da rola................................................................. 238Rosas e cantigas ................................................................ 240

OSSADAS

Súplica ....................................................................................... 245

LIVRO PRIMEIRO:

Cântico ............................................................................... 249Grito .................................................................................. 251Estepa ................................................................................ 253Calai ................................................................................... 255Riso .................................................................................... 257Humana condição .............................................................. 258Agnus Dei .......................................................................... 259Canção da vida .................................................................. 261Epigrama ........................................................................... 264Monólogo interior ............................................................. 265Memento ........................................................................... 266Herói .................................................................................. 267Goivos ................................................................................ 268Versos brancos .................................................................. 269Ideias ................................................................................. 270Tempo perdido .................................................................. 271

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Parábola ............................................................................. 272Jesus .................................................................................. 273Ode ..................................................................................... 274Ritmo ................................................................................. 276Cantar da solidão .............................................................. 277Duas quadras..................................................................... 279Desconcertante .................................................................. 280Diálogo ............................................................................... 281Sentença ............................................................................ 282Horário .............................................................................. 283Estiagem ............................................................................ 285

LIVRO SEGUNDO:

Canção de el-rei Dinis ...................................................... 289Primavera .......................................................................... 291Aldeia ................................................................................. 293Sesta .................................................................................. 294Canção de berço ................................................................ 295Outono ............................................................................... 297Andorinhas ........................................................................ 298Paisagem ........................................................................... 299Charcos ao luar ................................................................. 300Insónia ............................................................................... 301Inocência ........................................................................... 302Poeta .................................................................................. 303Flor .................................................................................... 304Coruja ................................................................................ 305Três estâncias ................................................................... 306Campo ................................................................................ 307Bucólica ............................................................................. 308Línguas de fogo ................................................................. 310Interiores de minha casa.................................................. 313Monte-mor ......................................................................... 315Cabelos brancos................................................................. 317Soneto de Ereira ............................................................... 319

POST-SCRIPTUM DE UM COMBATENTE

Epígrafe ..................................................................................... 323

I:

Post-scriptum de um combatente .................................... 327

545

II:

Poesia ................................................................................ 331Máxima .............................................................................. 332Recordação......................................................................... 333Carme ................................................................................ 334Sentença ............................................................................ 335Canção idílica .................................................................... 336Madrigais ........................................................................... 337Imagem .............................................................................. 338

III:

Desencanto ........................................................................ 341Soneto ................................................................................ 342Uma noite ......................................................................... 343Mundo selvagem ............................................................... 345Morada ............................................................................... 346

IV:

Eugénio de Castro ............................................................ 3494 de Junho de 1944 ........................................................... 350Gomes Leal ....................................................................... 351Saudação a Pascoaes ........................................................ 352Coimbra ............................................................................. 353

V:

Terra natal ........................................................................ 357Crucifixo ............................................................................ 358Mote e glosa ...................................................................... 359Oitavas ............................................................................... 360Divindade da terra ............................................................ 361

O ANJO DA MORTE E OUTROS POEMAS

O ANJO DA MORTE ................................................................... 365

OUTROS POEMAS:

Clima ................................................................................. 371Sei doçuras do céu ............................................................ 372Enquanto vida ................................................................... 373Demónio ............................................................................ 374Alto e bonito ...................................................................... 375Sol ...................................................................................... 376

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Palavras ............................................................................. 377Soneto para um busto ...................................................... 378Elos .................................................................................... 379Parábola ............................................................................. 380Uma quadra ...................................................................... 381Intermezzo......................................................................... 382In extremis ........................................................................ 383Porque morri ..................................................................... 385Rio sem foz ........................................................................ 386Luz de cima ....................................................................... 387Mística ............................................................................... 388Madrugada ......................................................................... 389Páscoa ................................................................................ 390Musa familiar .................................................................... 391Para Constança ................................................................. 392Saúde ................................................................................. 393Teus versos? ...................................................................... 394Canto para Jacinto e Lígia ............................................... 395Pétala de rosa ................................................................... 396«Lembrança» de Zur-Aida ................................................. 397Resposta a uma carta ....................................................... 398Ode a Lígia ........................................................................ 39931 de Março de 1949 ......................................................... 400Duas palavras para Cecília ............................................... 401Teixeira de Pascoaes ........................................................ 402Epigramas e sátiras .......................................................... 404

LÁPIDES E OUTROS POEMAS (1956-1957)

LÁPIDES:

I .......................................................................................... 411II ........................................................................................ 412III ....................................................................................... 413IV ....................................................................................... 414V......................................................................................... 415VI — Rosas brancas .......................................................... 416VII ...................................................................................... 417VIII ..................................................................................... 418IX — Ode epigramática .................................................... 419X......................................................................................... 420XI ....................................................................................... 421XII — Versos sangrados ................................................... 422XIII — Pupila .................................................................... 423XIV ..................................................................................... 424

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OUTROS POEMAS:

Homenagem ...................................................................... 427Columba mística ............................................................... 428Ditirambo .......................................................................... 429Aura crepuscular ou visitação da morte ......................... 430Ave inquieta ...................................................................... 431Rosette ............................................................................... 432Tempos .............................................................................. 433Ode spútnika ..................................................................... 434

SIBILA

[Trinta e cinco redondilhas fingidas e um soneto verdadeiro] 439

CANTO DE BABILÓNIA

[Redondilhas] ............................................................................. 451

CANTO DE MORTE E AMOR

Prelúdio ..................................................................................... 465Mater dolorosa .......................................................................... 466Cantar d’amigo .......................................................................... 467Canto de morte e amor ............................................................ 469

APÊNDICES

Apêndice I — Poemas juvenis dispersos .................................. 479

Apêndice II ................................................................................ 489

Apêndice III ............................................................................... 497

Apêndice IV ............................................................................... 501

Apêndice V ................................................................................. 505

Apêndice VI ............................................................................... 511

Apêndice VII .............................................................................. 515

Apêndice VIII ............................................................................. 525

Apêndice IX — Poemas dispersos da matura idade ................. 529