Obrigação Alternativa, Divisível, Indivisível, Solidária - Aula 5

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Obrigação Alternativa, Divisível, Indivisível, Solidária - Aula 5

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OBRIGAES ALTERNATIVAS

OBRIGAES ALTERNATIVAS

Obrigao alternativa aquela que tem por objeto duas ou mais prestaes, das quais somente uma ser efetuada, ou, a que prev dois ou mais objetos, mas apenas um deles ser escolhido para pagamento ao credor.

As obrigaes alternativas destinguem-se das cumulativas ou conjuntivas, em que tambm h uma pluralidade de prestaes, mas todas devem ser solvidas, sem excluso de qualquer delas, sob pena de se haver por no cumprida a obrigao.

Assim, na obrigao alternativa, se A vende a B um dos trs cavalos que possui e se obrigara alternativamente a vender um deles; feita a escolha, o vinculo obrigacional circunscreve-se ao animal escolhido, nico a ser entregue ao credor, excluindo-se os demais, que ficam liberados. Os exemplos poderiam ser multiplicados: o devedor obriga-se a dar caf ou dinheiro contado, a pagar em moeda nacional ou estrangeira, a prestar garantia real ou fidejussria, a transportar pessoalmente ou a fornecer o transporte, a pagar uma indenizao ou a no se estabelecer comercialmente.

Art. 252 no mais uma faculdade, mas uma obrigao, a escolha compete ao sujeito passivo da obrigao, mas pode caber tambm ao sujeito ativo se assim o contrato o determinar.

Art. 252. 1 - pode-se pagar alternativamenteuma e outra. O que no se pode e 50% de uma e 50% de outra. Ao credor cabe a faculdade de aceitar ou no a dao em pagamento. Elucidando, suponhamos que se obriga o devedor a pagar determinada importncia ou entregar dez sacas de caf anualmente. Em cada exerccio que passa, pode o devedor optar ora pelo pagamento em dinheiro, ora pela execuo em mercadoria, a sua livre escolha.

Podemos distinguir seis formas diferentes de perecimento da coisa dentro do estudo das obrigaes alternativas:

a) Perecimento de uma das coisas sem culpa do devedor subsiste o dbito quanto coisa ou objeto remanescente;

b) Perecimento de uma das coisas sem culpa e a outra por culpa do devedor: o credor ter direito de exigir ou a prestao subsistente ou o valor da outra com perdas e danos, conforme disciplina o artigo art. 255 do CC;

c) Perecimento de ambas as coisas por culpa do devedor:

- quando a escolha couber ao credor: poder o credor reclamar o valor de qualquer das duas, alem de indenizao por perdas e danos, conforme prev, de forma expressa, o artigo 255 do CC;

- quando a escolha couber ao devedor, ficar este obrigado a pagar o valor da quepor ltimo impossibilitou-se, alm das perdas e danos determinadas na hiptese, sobre aquilo que o credor efetivamente perdeu, alm do que razoavelmente deixou de auferir, artigo 254 do CC.d) Perecimento de ambas as coisas sem culpa do devedor: aplica-se, nesta hiptese, o artigo 256 e extingue-se a obrigao;

e) Perecimento da primeira coisa sem culpa e a outra por culpa do devedor: aplicam-se os artigos 253 e 254 conjuntamente, o dbito subsiste quanto ao objeto remanescente e responder o devedor pelos prejuzos.

f) Perecimento da primeira coisa por culpa do devedor e da segunda coisa sem culpa do devedor: aplica-se, nesta hiptese, o disposto no artigo 255 do CC: assiste ao credor o direito de optar entre a prestao subsistente ou o valor da outra mais perdas e danos.OBRIGAES FACULTATIVAS (Obrigaes com faculdade de substituio)A obrigao facultativa consiste na possibilidade conferida ao devedor de substituir o objeto inicialmente prestado por outro, de carter subsidirio, mas j especfico na relao obrigacional.A obrigao facultativa difere das obrigaes alternativas, pois somente cabe ao devedor oportunizada a faculdade de, no momento do pagamento, substituir a prestao por outra, previamente consignada no contrato. A obrigao substitutiva no poder jamais ser exigida ou reclamada pelo credor, pois ela se encontra mbito jurdico do devedor. Enfim, prestao supletiva no se contrape correlato direito de crdito.O devedor possui a liberdade de consagrar a faculdade alternativa. Unilateralmente, determinar sua opo entre a prestao principal e a supletiva, inserindo o credor em posio de submisso, por estar sujeito a aquiescer escolha da outra parte.Exemplificando: A convenciona o pagamento a B a quantia de R$ 4.000,00 em novembro, com a obrigao facultativa de transferir uma motocicleta. Consequentemente, facilita-se o pagamento pelo devedor, passando ele a contar com uma opo a mais para exonerar-se da obrigao, sem para tanto depender da aquiescncia do credor.Como pode ser verificado, o devedor no deve a outra coisa, a qual no pode ser pedida pelo credor. Caber ao devedor o direito de pagar coisa diversa da efetivamente representativa do objeto da dvida.

OBRIGAES DIVISVEIS E INDIVISVEISAs obrigaes divisveis e indivisveis so composta pela multiplicidade de credores.

Obrigaes divisveis so aquelas cujo objeto pode ser dividido entre os sujeitos. Dispe o art. 87 do CC que bens divisveis so os que se podem fracionar sem alterao na sua substncia, diminuio considervel de valor, ou prejuzo do uso a que se destinam.

J as obrigaes indivisveis ocorrem quando a prestao tem por objeto uma coisa ou fato no suscetveis de diviso, por sua natureza, por motivo de ordem econmica, ou dada a razo determinante do negcio jurdico (Art. 258 CC).Assim dois devedores prometem entregar duas sacas de caf, a obrigao divisvel, devendo cada qual uma saca. Se no entanto, o objeto for um cavalo ou um relgio, o obrigao ser indivisvel, pois no podem fracion-los.

Havendo multiplicidade de credores, ou de devedores:

a) Se a obrigao divisvel, cada credor s tem direito a uma parte, podendo reclam-la, independentemente dos demais sujeitos. Por seu turno, cada devedor responde exclusivamente pela sua quota parte, liberando-se assim com o respectivo pagamento.

b) Se a obrigao for indivisvel, cada credor pode exigir o cumprimento integral, como cada devedor responde pela totalidade.

c) Se h vrios credores numa s relao tem-se indivisibilidade ativa.

d) Se a pluralidade de devedores tem-se indivisibilidade passiva.

Tal multiplicidade pode ser originria, quando nasce com a prpria obrigao, ou derivada como no caso de herana.Portanto, na unidade de devedor e de credor, a prestao realizada na sua integralidade, a no ser que as partes tenham ajustado do contrario.

Havendo dois ou mais devedores, se a prestao for indivisvel, cada um ser responsvel pelo total da divida (art.259).ESPCIES DE INDIVISIBILIDADE

A indivisibilidade poder ser NATURAL, LEGAL ou CONVENCIONAL

Indivisibilidade natural: a mais frequente, porque resulta da natureza do objeto da prestao. Pode-se dizer que a obrigao indivisvel por naturezaquando o objeto da prestao no pode ser fracionado sem prejuzo da sua substncia ou de seu valor. So assim naturalmente indivisveis as obrigaes de entregar um animal, um relgio, um documento, uma obra literria (ainda que em vrios volumes) etc.

Indivisibilidade legal: na segunda hiptese, malgrado o objeto seja naturalmente divisvel, a indivisibilidade da prestao decorre da lei. O Estado, algumas vezes, em ateno ao interesse pblico ou social, impede a diviso da coisa, como sucede com dvidas de alimentos, reas rurais de dimenses inferiores ao mdulo regional, pequenos lotes urbanos, bem como com certos direitos reais, como a servido, o penhor e a hipoteca.

Indivisibilidade convencional: por vezes, ainda, a indivisibilidade da obrigao resulta de estipulao ou conveno das partes (indivisibilidade subjetiva). So obrigaes cuja prestao perfeitamente fracionvel, sem prejuzo da sua substncia ou do seu valor, mas em que as partes, de comum acordo, afastam a possibilidade de cumprimento parcial. A inteno das partes, nesses casos, mostra-se decisiva para a converso da obrigao em indivisvel.Admite-se, ainda, a indivisibilidade judicial, que ocorre, por exemplo, na obrigao de indenizar, nos acidentes do trabalho cuja indenizao deve ser paga por inteiro me, embora o pai no a pleiteie.SOLIDARIEDADE

Na solidariedade, o credor pode exigir de qualquer devedor solidrio o pagamento integral da prestao, porque qualquer deles devedor do total. Na indivisibilidade, o credor pode reclamar igualmente, de qualquer co-devedor, satisfao integral, no porque o demandado seja devedor do total exigido (ele s deve parte), mas porque a prestao, sendo indivisvel, no comporta execuo fracionada.

Sendo o bem indivisvel, e, havendo mais de um devedor, se eles no pagarem a dvida de forma equnime ou se somente um deles a pagar, o devedor que realizou o pagamento (sozinho) sub-roga-se no direito de credor em relao aos outros coobrigados (art.259, nico).

Se plurais os credores e a obrigao indivisvel, qualquer deles pode demandar o devedor pela dvida inteira, e, recebendo a prestao, torna-se a seu turno devedor aos demais credores, pela quota-parte de cada um, obedecendo no rateio a que o ttulo estabeleceu ou no silncio deste a diviso em partes iguais. Quando o bem for indivisvel, aquele que dele tiver posse, dever repassar, em dinheiro, aos outros credores, o valor referente a sua quota parte, pode tambm ser feito um condomnio, p.ex., se trs pessoas adquirem um cavalo, cada um dos donos pode passar um ms com o animal (art.261).

O devedor, por sua vez, desobriga-se pagando a todos conjuntamente, ou a um s, desde que d cauo de ratificao dos demais (art.260). Claro, ento, que, na falta de cauo, o devedor no pagar a um s dos sujeitos passivos. E interessado em desobrigar-se, oferecer o pagamento, a todos, conjuntamente.

Alm do pagamento, pode a dvida extinguir-se pelo perdo ou remio, que o faa o credor, como, ainda, por transao, novao, compensao ou confuso.

Se um dos credores remitir a dvida, a obrigao no ficar extinta para com os outros; mas estes s podero exigir descontada a quota parte do credor remitente, p.ex.:

1 Carro no valor de R$4.000,00

Credores (plo ativo)

AFDevedores (plo passivo)

B 1.000,00

C 1.000,00

D 1.000,00

E 1.000,00

A perdoa E, mas A fica responsvel pela parte do pagamento que referente E.

Aquele que remitiu tem que restituir aos demais devedores a parte que foi perdoada.

Se tivermos dois credores e um credor remitiu toda a sua parte, ele poder sair do plo ativo, p.ex., A remitiu o devedor C e D, saindo do plo ativo.

Sendo a obrigao indivisvel, e o credor F, querendo exigir de B e E o carro, ter que restituir-lhes 2.000,00 para obter o carro, ou, se a obrigao for divisvel, ter que descontar o valor percebido por A (2.000,00) pois, admitir o contrrio, seria permitir o locupletamento ilcito de F (art.262).

No caso de perdas e danos, havendo multiplicidade de devedores e culpa recproca, todos responderam proporcionalmente, e as conseqncias da mora coletiva (em se tratando de obrigao divisvel a mora ser obrigatoriamente individual). Quando nem todos forem culpados cada um ser responsabilizado com base no ato que praticou. Como a culpa meramente pessoal, se for um s, somente ele ficar responsvel pela perdas e danos, ficando exonerados dessa responsabilidade os demais, no culpados, que respondero no entanto, pelo pagamento de suas quotas. Perde a qualidade de indivisvel a obrigao que se resolver em perdas e danos, em caso de perecimento com culpa do devedor (CC. Art. 263). No lugar do objeto desaparecido o devedor entregar seu equivalente em dinheiro, mais perdas e danos (estas tambm em dinheiro). Desta forma o objeto que antes era indivisvel, ao ser transformado em dinheiro, passa a ser divisvel.DAS OBRIGAES SOLIDRIAS

H solidariedade quando, na mesma obrigao, concorre pluralidade de credores, cada um com direito a dvida toda, ou pluralidade de devedores, cada um obrigado a ela por inteiro.

Na obrigao solidria h uma s relao obrigacional, com pluralidade de sujeitos; esta unidade concentra-se em um objeto, que devido e exigvel, s e uno, independentemente da pluralidade subjetiva.A solidariedade compatvel com todo gnero de obrigaes, pela natureza ou pelo objeto.

Embora incindvel a prestao, pode a obrigao solidria ser pura e simples em relao a alguns sujeitos e, sem perder ainda este carter, sujeitar-se a uma condio ou termo em relao a outro (art.266). Nada impede, em verdade, que um dos devedores deva de pronto, enquanto outro goze do beneficio de um prazo; ou que, enquanto para um credor o dbito seja puro e simples, para outro venha subordinado a uma condio. Tais modalidades so acidentais, e solidariedade haver desde que, no momento solutio, o credor se no satisfaa com o recebimento parcelado, ou o devedor se no libere com a prestao pro rata.

A solidariedade no se presume, resulta da lei ou da vontade das partes (art. 263).

- SOLIDARIEDADE ATIVA

Quando existem credores solidrios, diz-se que a solidariedade da parte dos sujeitos ativos, ou simplesmente solidariedade ativa.

Art. 267 cada um dos credores solidrios tem o direito a exigir do devedor o cumprimento da prestao por inteiro. Se concorrerem na mesma obrigao dois ou mais credores, cada um com direito a dvida toda, qualquer deles pode demandar o pagamento, todo e por inteiro.

O direito ao recebimento da prestao por inteiro de todos os credores. Se, em razo da solidariedade no prospera a credibilidade da prestao, no lcito a um credor receber uma parte da coisa devida, ainda que a ttulo de sua quota parte, que em verdade inexiste enquanto perdurar o vnculo solidrio.

Inversamente, o devedor demandado tem de solver a obrigao, muito embora o implemento lhe seja reclamado por um e no por todos os credores solidrios. a conseqncia da prpria natureza da solidariedade, incompatvel com o fracionamento da prestao ou da pretenso do devedor a um beneficium divionis.

A solidariedade ativa faculta a cada um dos credores agir isoladamente, como se fora o nico titular da relao de crdito. Para o exerccio dos direitos creditrios reina entre aqueles a mais completa autonomia, at que seja plenamente satisfeita a prestao devida.Art. 268. Enquanto alguns dos credores solidrios no demandarem o devedor comum, a qualquer daqueles poder este pagar. Se ainda no existe cobrana judicial, pode o devedor pagar a qualquer dos credores, sua escolha. Esse direito de opo que a lei atribui ao devedor, cessa desde que um dos credores j tenha ingressado em juzo com ao de cobrana; em tal hiptese, pelo chamado princpio da preveno, o devedor s se libera pagando ao prprio credor que tomou a iniciativa.

No se exonerar, porm, se vier a pagar a qualquer outro credor, arriscando-se, se o fizer, a pagar duas vezes.

Art. 269.Efetivamente, se qualquer dos credores tem direito de exigir a prestao, obvio que o pagamento a ele feito h de solver necessariamente a dvida.

Art.270. Os herdeiros do falecido no podem exigir, por conseguinte, a totalidade do credito, e sim apenas o respectivo quinho hereditrio, isto , a prpria quota no crdito solidrio de que o de cujus era titular, juntamente com outros credores.

Art. 271. A unidade da prestao no comprometida com a sua transformao em perdas e danos. liquidada a obrigao e fixado seu valor pecunirio, continua cada credor com o direito a exigir o quantum global.

Art. 272. Extinta a obrigao, quer pelo meio direto do pagamento, quer pelos meios indiretos, responde o credor favorecido, perante os demais, pelas quotas que lhes couberem. Do recebimento decorre obrigao de prestar contas do beneficio.

A diviso far-se- em partes iguais, desde que, no convencionado de modo diverso em contrato. A partilha dever ser realiza ainda que o credor s haja recebido parte do crdito, e no o todo; em qualquer hiptese impe-se o rateio.

Art. 273. Essa norma expressa a regra de que as defesas que o devedor possa alegar contra um s dos credores solidrios no podem prejudicar aos demais.

Art. 274. O julgamento contrrio a um dos credores solidrios no atinge os demais; o julgamento favorvel aproveita-lhes, a menos que se funde em exceo pessoal ao credor que o obteve. Desdobramento da regra geral do artigo 266.

SOLIDARIEDADE PASSIVA

Na solidariedade passiva, cada um dos devedores est obrigado prestao na sua integralidade, como se em verdade, sozinho, tivesse contrado a obrigao inteira. Na solidariedade passiva, pode o credor, exigir de quaisquer dos devedores a totalidade da dvida.

Art. 275. Por uma s e mesma obrigao colocam-se vrios patrimnios disposio do credor. Convm lembrar, que se tratando de obrigao solidria, pode o credor demandar o pagamento a um, a todos, ou a alguns, sua escolha. Se um dos devedores for acionado isoladamente, no poder invocar o beneficio da diviso, isto , o direito do ru de fazer citar o outro, ou os outros co-devedores, para juntos se defenderem e juntos serem absolvidos ou condenados, pois cada devedor responde por si e pelos outros pela dvida.

O credor que acione um devedor isolado conserva intacto seu direito quanto aos demais se no chega a receber a prestao. Recebida esta, integralmente, liberados ficam todos os co-devedores. Se parcial o recebimento, assiste-lhe o direito de obter a respectiva complementao, no s do prprio demandado como de qualquer dos outros coobrigados.

Art. 276. Respondem os herdeiros pela dvida do falecido, desde que no ultrapasse as foras da herana. A morte no extingue a solidariedade, se a dvida deixada pelo de cujus era solidria, divide-se entre os herdeiros, at o trnsito em julgado estes respondem solidariamente, aps o trnsito em julgado cada herdeiro responde apenas pela quota parte.

Os herdeiros s respondem pela quota parte at o limite do quinho hereditrio.Vnculo obrigacional entre

ABCDB morre

Filhos de B

FGExemplificativamente, a herana foi divida em partes iguais entre os filhos F e G, estes no so devedores solidrios com o montante total mas apenas com a quota parte de B. Com o falecimento de B, quebra-se a solidariedade de B para com os demais. Os herdeiros respondem apenas pela quota parte que corresponder ao seu quinho hereditrio. At o trnsito em julgado estes respondem solidariamente, aps o trnsito em julgado cada herdeiro responde apenas pela quota parte a ele correspondente.

Art. 277. Sendo a obrigao solidria, implicando que, no plo passivo esteja mais de um devedor, se o credor receber parcialmente ou remitir a dvida de um dos devedores a obrigao continuar solidria. Os consortes no beneficiados pelo perdo s podero ser demandados no pela totalidade, mas com abatimento da quota relativa ao devedor relevado.

Se o credor houver perdoado toda a dvida, extingue-se a obrigao, sendo oponvel a todos os co-obrigados. A remisso de parte da dvida dada a um dos co-devedores, libera-o, mas a faculdade de demandar o pagamento aos demais co-obrigados est subordinada deduo da parte relevada. Se o credor exigir de qualquer deles a soluo da obrigao, o devedor demandado pode opor ao credor a remisso somente at a concorrncia da parte remetida, pois quanto ao remanescente a solidariedade sobrevive.

Na solidariedade passiva o perdo outorgado pelo credor a um dos devedores no desobriga os demais, deduzindo-se porm, a quota do devedor remitido no quantum total da dvida.

Art. 278. No se comunicam os atos prejudiciais praticados pelo co-devedor, mas apenas os favorveis. Em regra novo nus s atinge, portanto, isoladamente, a quem o anuiu, no aquele a que ele se manteve estranho.

Art. 279. Se a impossibilidade decorre de caso fortuito ou fora maior, extingue-se geralmente a obrigao; se resulta, porm, de culpa de um dos devedores solidrios, mantm-se a solidariedade quanto obrigao de satisfazer-lhe o equivalente, mas restringindo ao culpado, to-somente, a responsabilidade pelas perdas e danos.

Se a impossibilidade da prestao verificou-se quando o devedor j estava em mora, impe-se ao moroso a suportao dos riscos, ainda que tenha havido caso fortuito ou fora maior. A solidariedade subsiste em relao ao equivalente, mas pelos prejuzos responde apenas o culpado pela demora.

Art. 280. Ainda que a proponha o credor contra um ou alguns dos coobrigados, deixando de parte outros, no se eximem estes dos juros da mora, respondendo porem o culpado pelo gravame que a sua negligencia imponha aos demais. Isto quanto aos juros moratrios legais. Se outros houver, resultantes do pacto novo, no alcanam seno aqueles devedores que o firmarem, deixando de fora os demais.

BIBLIOGRAFIAMONTEIRO, Washington de Barros. Curso de Direito Civil. Ed. Saraiva. 32 edio.PEREIRA, Caio Mario da Silva. Instituies de Direito Civil. Teoria Geral das Obrigaes. Ed. Forense. 2004

VENOSA, Silvio de Salvo. Teoria Geral das Obrigaes. Ed. Atlas. 2004.