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Obser vações microcl imáticas no ecossistema Campina Amazô nica ( 1 ) Resumo No período de março de 1973 a setembro de 1974 foram desenvolvidos estudos no ecossistema Campina Amazônica para caracterização microcli- mática de um solo arenoso com sua vegetação na- tural em equilíbrio biológico. Estes estudos envol- veram medidas da temperatura do solo em três di- ferentes situações ecológicas na Campina, tempe- ratura do ar e umidade relativa na Campina e na Campinarana. Foram observadas as seguintes am- plitudes médias para a temperatura do solo: solo descoberto (areia) 16. 7°C; solo semicoberto (areia sob liquen) 8 o 8°C; solo coberto (sob vegetação) 6.1 oc. Para temperatura do ar esta amplitude na Campina foi da ordem de 20. 3°C e na Campinara- na de 14. QoC, enquanto que a umidade relativa os- cilou entre 81-90% na Campina e 91-97 % na Cam- pinarana. Estas variações microclimáticas são em parte resul tado da composição florística, limitan- do a introdução de energia solar nos dois sistemas conjugados no ecossistema. INTRODUÇÃO Com a finalidade de melhor situar o micro- clima do ecossistema Campina Amazônica to- mamos como referência o macroclima da Re- serva Florestal Ducke, localizada ao norte do Município de Manaus, distando 26 km da ci- dade pela rodovia Torquato Tapajós, e aproxi- madamente 40 km do ecossistema em estudo, visto que dados climatológicos obtidos de uma Estação Padrão servem para orientação quando se está interessado em conhecer as variuções microclimáticas de um ecossistema. O macroclima da Reserva Florestal Ducke está incluído na classificação de Kóppen, cor- respondendo ao Grupo A, característico de floresta tropical quente e úmida com amplitu- de dfts temperaturas médias inferior a 5 °C o Mario de Nazaré Góes Ribeiro (2} A nt on io dos San tos (2} No período de estudos a temperatura mé- dia foi de 24.2° C com oscilações entre 26. 9° C - 23. 4° C nos meses mais quentes e menos chuvosos . A umidade relativa média foi de 93 % e a precipitação mensal média de 215.8mm. Com referência ao microclima do ecossis- tema existem variações anuais definidas de temperaturas do solo, ar e umidade relativa que podem ser de importância para a ecofisio- logia da vegetação, microflora e microfauna. bem como são responsáveis pelo aceleramen- to da decomposição do material orgânico de origem vegetal (Santos & Ribeiro, 1975) . MATERIAL E MÉTODO O local de observações foi descrito em tra- ba lho anterior (Santos & Ribeiro, 1975). As temperaturas do solo foram registradas a 2 em de profundidade simultaneamente em três situações ecológicas diferentes. a) solo sem cobertura (areia) b) solo semicoberto (areia sob líquen) c) solo sob vegetação (ilhas de mato com a seguinte composição florística : Our.atea spruceana Eng. (Ochnaceae); Myrcia sp. (My r- taceae); Pagamea dukei Standley (Rubiaceae); Miconia sp. (Me lastomaceae); (Orquidaceae); variando na altura de 0,8 a 3,0 metros com sombreamento durante todo o dia). (Foto nQ 1). O aparelho utilizado foi um termógrafo registrador à distância munido de três senso- res de mercúrio encastoados em sondas de bronze e môgrafo: sated". com comunicação capilar com o ter· as sondas são "temperature compen- Todo o sistema capilar foi protegido ( 1 ) - Trabalho inteiramente subvencionado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). ( 2 l - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Manaus. ACTA AMAZONICA 5(2) : 183-189 . 1975 - 183

Observações microclimáticas no ecossistema Campina Amazônica · 2017. 6. 27. · parte resultado da composição florística, limitan do a introdução de energia solar nos dois

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Page 1: Observações microclimáticas no ecossistema Campina Amazônica · 2017. 6. 27. · parte resultado da composição florística, limitan do a introdução de energia solar nos dois

Observações microclimáticas no ecossistema Campina Amazônica (1)

Resumo

No período de março de 1973 a setembro de 1974 foram desenvolvidos estudos no ecossistema Campina Amazônica para caracterização microcli­mática de um solo arenoso com sua vegetação na­tural em equilíbrio biológico. Estes estudos envol­veram medidas da temperatura do solo em três di­ferentes situações ecológicas na Campina, tempe­ratura do ar e umidade relativa na Campina e na Campinarana. Foram observadas as seguintes am­plitudes médias para a temperatura do solo: solo descoberto (areia) 16. 7°C; solo semicoberto (areia sob liquen) 8 o 8°C; solo coberto (sob vegetação) 6 .1 oc . Para temperatura do ar esta amplitude na Campina foi da ordem de 20. 3°C e na Campinara­na de 14. QoC, enquanto que a umidade relativa os­cilou entre 81-90% na Campina e 91-97% na Cam­pinarana. Estas variações microclimáticas são em parte resultado da composição florística, limitan­do a introdução de energia solar nos dois sistemas conjugados no ecossistema.

INTRODUÇÃO

Com a finalidade de melhor situar o micro­clima do ecossistema Campina Amazônica to­mamos como referência o macroclima da Re­serva Florestal Ducke, localizada ao norte do Município de Manaus, distando 26 km da ci­dade pela rodovia Torquato Tapajós, e aproxi­madamente 40 km do ecossistema em estudo, visto que dados climatológicos obtidos de uma Estação Padrão servem para orientação quando se está interessado em conhecer as variuções microclimáticas de um ecossistema.

O macroclima da Reserva Florestal Ducke está incluído na classificação de Kóppen, cor­respondendo ao Grupo A, característico de floresta tropical quente e úmida com amplitu­de dfts temperaturas médias inferior a 5°C o

Mario de Nazaré Góes Ribeiro (2}

Antonio dos Santos (2}

No período de estudos a temperatura mé­dia foi de 24.2° C com oscilações entre 26. 9° C - 23. 4° C nos meses mais quentes e menos chuvosos . A umidade relativa média foi de 93% e a precipitação mensal média de 215.8mm.

Com referência ao microclima do ecossis­tema existem variações anuais definidas de temperaturas do solo, ar e umidade relativa que podem ser de importância para a ecofisio­logia da vegetação, microflora e microfauna. bem como são responsáveis pelo aceleramen­to da decomposição do material orgânico de origem vegetal (Santos & Ribeiro, 1975) .

MATERIAL E MÉTODO

O local de observações foi descrito em tra­ba lho anterior (Santos & Ribeiro, 1975).

As temperaturas do solo foram registradas a 2 em de profundidade simultaneamente em três situações ecológicas diferentes.

a) solo sem cobertura (areia)

b) solo semicoberto (areia sob líquen)

c) solo sob vegetação (ilhas de mato com a seguinte composição florística : Our.atea spruceana Eng. (Ochnaceae); Myrcia sp. (Myr­taceae); Pagamea dukei Standley (Rubiaceae); Miconia sp. (Melastomaceae); (Orquidaceae); vari ando na altura de 0,8 a 3,0 metros com sombreamento durante todo o dia). (Foto nQ 1).

O aparelho utilizado foi um termógrafo registrador à distância munido de três senso­res de mercúrio encastoados em sondas de bronze e môgrafo: sated".

com comunicação capilar com o ter· as sondas são "temperature compen­Todo o sistema capilar foi protegido

( 1 ) - Trabalho inteiramente subvencionado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

( 2 l - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Manaus.

ACTA AMAZONICA 5(2) : 183-189 . 1975 - 183

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Foto n.o 1 - a) solo sem cobertura (areia); b) so­lo semicoberto (areia sob líquen); c) solo sob

vegetação.

com tubulação plástica pintada de branco a fim de minimizar a interferência de radiação dire­ta e evitar a corrosão.

A calibração do termógrafo foi executada em laboratório antes do início dos trabalhos e, para o registro da temperatura em solo sem cobertura (areia), o termógrafo foi calibrado

no local, utilizando-se termômetros de solo; a precisão obtida foi da ordem de mais ou me­

nos O. 4° C durante todo o período da expe­riência.

A temperatura do ar e umidade relativa na Campina e Campinarana foram medidas por termo-hidrógrafos tipo MG-13, equipados com

tambor fazendo revolução completa em 7 dias. Os aparelhos estavam colocados em abrigos

apropriados em condições idênticas.

O índice de pluviosidade foi medido com pluviógrafo tipo Hellmann- 95c com tambor fa­

zendo revolução diária.

Para a determinação da insolação foi utili­zado o heliógrafo tipo Campbeii-Stocks e para

Radiação Solar o radiômetro tipo .Bellani.

Os dados de pluviosidade, insolação e ra­

diação solar apresentados neste trabalho são os da Estação Meteorológica da Reserva Ducke (figuras 4 e 5), em virtude de apresentai'en;

parâmetros macroclimaticos considerados nor­

mais para a região em estudo.

184-

ANÁLISE DOS DADOS OBTIDOS

a. Temperatura do Solo.

A temperatura do solo é fator importante para os processos vitais do metabolismo vege­tal e de microrganismos que vivem no solo. No ecossistema em estudo a temperatura do solo apresenta significativas variações que de­pendem do tipo da cobertura vegetal do solo arenoso.

Estudos sobre temperatura do solo areno­so foram pela primeira vez realizados por Brinkmann et alii (1971) em uma área aberta (roça) no km 18 da rodovia Torquato Tapajós . entretanto estes estudos foram extensivos o profundidades de 20 a 80 em, não sendo pos­sível efetuar comparações entre estas medi­das e as do ambiente de nosso estudo, solo arenoso com vegetação natural em equilíbrio biológico.

No período de observações houve varia­ções da temperatura do solo em função da co­bertura a que estava sujeito. A tabela 1 e fi­gura 1 apresentam as amplitudes nas diversas situações ecológicas no ecossistema Campina Amazônica.

I Condições ecoló- T"'C T"'C

I T° C

gicos do solo Máximos Mínimos Médias

areia 6.4 3 .3 4 .0

areia sob líquen 4.0 2 2 2 .9

sob vegetação 2.9 2.0 2.2

Tabela 1 - Oscilações da temperatura do solo em di­ferentes situações ecológicas no ecossistema Campina

Amazônica no período março/73 a setembro/74.

b. Temperatura do Ar e Umidade Rela­tiva.

As variações na temperatura do ar entre a Campina e Campinarana (tabela 2 e figuras 2 e 3) estão sujeitas as condições da irradiação global incidente no ecossistema.

A Campina sendo mais aberta que a Cam­pinarana fica submetida a uma irradiação mais intensa, registrando máximas absolutas maio­res. Na Campinarana a situação é diferente, pois a superfície radiadora é a copa das árvo-

Ribeiro & Santos

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Fig . 1 - Temperaturas do solo em diferentes situações ecológicas na Campina:

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Solo sem cobertura (areia) Solo com cobertura (areia sob líquen) Solo sob vegetação .

Observações microclimáticas .. . - 185

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Fig. 2 - Temperatura do ar na Campina e Campinarana e::n suas ToC max. absol., mínimas absolu tas máximas médias e mínimas médias .

186-

ToC C'ampine --- - ToC Campinarana

- --------------------

Ribeiro & Santos

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res, que impede a exposição do solo à irradia­ção direta, resultando máximas absolutas me­nores.

Campina

Campinarana

TO c TO c Móx. Absol. Min. Absol.

4.2

4 .0 j 4.2

2.9

0/o U. Rela tivo

(médio)

9 .0

6.0

Tabela 2 - Variações da Temperatura do Ar e Umidade Relativa na Campina e Campinarana no período mar·

ço/73 a setembro/74.

A umidade relativa (tabela 2 e fig. 3) apre· senta amplitudes diferentes nos dois sistemas conjugados. Esta variação é facilmente veri­ficada, sendo função da composição florística do meio.

CONCLUSÕES

Seria conveniente a utilização de um m3ior número de instrumentos na estimativa dG:s médias características de microclimas, especialmente quando se tem interesse no es­tudo de dados médios em pequenos interva­los de tempos. Nesse trabalho são apresenta­dos apenas os valores médios mensais que re­presentam uma média ponderada dos valores no tempo.

a. Temperatura do Solo.

Com referência às condições de solo es­tudadas no ecossistema verificamos as seguin· tes variações de temperaturas :

25 .6° C-42.3° C (solo areia); 23 .6° C-32. 4° C (solo semicoberto, areia sob líquen) : 23.3° C- 29.4° C (solo sob vegetação). Sendo que, no solo areia, a mínima temperatura ocor­reu no mês de março/ 73 e a máxima no mês de outubro/ 73; no solo semicoberto a mínima temperatura ocorreu no mês de julho/74 e a máxima no mês de agosto/ 74; no solo sob ve­getação a mínima temperatura ocorreu no mês de julho/74 e a máxima no mês de outubro/ 73.

b. Temperatura do Ar e Umidade Relativa.

Na Campina a temperatura máxima absolu· ta alcançada foi de 38.0° C, ocorrida no mês de setembro/74 e a mínima absoluta foi de 17.7° C no mês de agosto/73; na Campinarana a tem­peratura máxima absoluta foi de 33.0° C, ocor­rida no mês de setembro/ 74 e a mínima abso­luta foi de 19.0° C, ocorrida nos meses de ju· lho e agosto/73/74.

A temperatura média na Campina apresen· tou variações em seus valores máximos e mí· nimos nos anos de 1973 e 1974. Em 1973, o maior valor médio foi observado no mês de ou­tubro com 26 .4° C e o valor mínimo no mês de

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Pig. 3 - Temperaturas e umidades relativas médias na Campina e Campinarana no período de 3173 a 9/74.

Observações microclimá ticas ... -187

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Fig . 4 - Total mensal de pluviosidade em mm no pe&iodo de 3173 a 9/ 74 . Reserva Florestal Ducke.

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Fig. 5 - Total de insolação em horas e décimos . Radiação solar em cal/cm2 no periodo de 3/73 a 9/ 74 . (dados mensais) Reserva Florestal Ducke .

188- Ribeiro & Santos

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julho com 24.3° C. Em 1974 estes valores tam­bém apresentaram variações verificadas no mês de setembro com 27.3° C e no mês de ju­lho com 25. ao C. Na Campinarana as os c i I a­ções dos valores médios foram verificados em outubro de 73 com 25.5° C e julho do mesmo ano com 23. 3° C. Em 197 4 estes valores osci­laram entre 26. ao C em setembro e 24.4° C em janeiro.

A umidade relativa média nos dois siste­mas também apresentou oscilações nos anos de 1973 e 1974. Em 1973 a umidade relativa média na Campina oscilou entre 84% no mês de outubro e 9a% nos meses de março e julho. respectivamente. Em 1974 as oscilações ocor­reram no mês de agosto 81% e 89% nos me­ses de fevereiro, março e maio.

Na Campinarana em 1973 a umidade rela­tiva média foi de 93% no mês de agosto e de 95% nos meses de abril e maio. Em 1974 o maior valor na umidade relativa média foi da ordem de 97% nos meses de fevereiro, m:~r­

ço e maio e o menor de 91% em agosto do mesmo ano.

AGRADECIMENTOS

Expressamos aqui nossos agradecimentos aos Srs. Dr. Eneas Salati e Dr. Herbert O . R. Schubart pelas sugestões apresentadas na apreciação do manuscrito; ao Dr. W. L . F. Brinkmann pela instalação dos aparelhos, e à Sra. Anne Prance pela versão inglesa do su­mário.

Observações microclimáticas .. .

SUMMARY

Studies were carried out from March 1973 to September 1974 to ascertain the micro-climate oí the .A_mazon Campina eco-system. This eco-system was in biological equilibrium with its natural vegetation growing on sandy soil .

The data gathered included temperature readings of soil taken from three ecologically different sites in the Campina, air temperature rea.din,gs and relative humidity readings in the Campina and Campinarana .

The following mean temperature variations were observed for the soil: exposed soil (sand) 16. 7°C, partially exposed soil (sand under lichens) 8.8°C, unexposed soil (under vegetation) 6 .1oC.

The mean temperature variation of the air m the Campina was 20. 3°C, and in the Campinarana 14.QoC. The relative humidity varied between 81-90% in the Campina, and 91-97% in the Campi­narana.

These micro-climatic variations are a partial result of the vegetation cover which limits the penetration of solar energy in these two related systems within the eco-system.

BIBLIOGRAFIA CITADA

$ANTOS, A. DOS & RmEIRo, M. N .G .

1975 - Nitrogênio na água do solo do ecossis­tema "Campina Amazônica" . Acta Ama­zonica. Manaus . (no prelo) .

8RINKMANN, W. L.F., RIBEIRO, M. N .G ., PATE, J.B . 1971 - Temperaturas do Solo na Região Ter­

ciária na Amazônia Central. II . Areias brancas e roçados . Suplemento da Acta Amazonica. Manaus . 1(2).

-189