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OBSERVATÓRIO DO TRABALHO DE PORTO ALEGRE Inserção de Pessoas com Deficiência no Mercado de Trabalho de Porto Alegre Termo de Contrato Nº. 893-0, Fls.: 295 – Reg.: 54139 - Secretaria Municipal de Trabalho e Emprego (SMTE) – Prefeitura de Porto Alegre e DIEESE JULHO DE 2014

OBSERVATÓRIO DO TRABALHO DE PORTO ALEGRE Inserção de Pessoas … · 2014-09-09 · O tema da inserção das pessoas com deficiência (Pessoas com deficiências) no mercado de trabalho

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OBSERVATÓRIO DO TRABALHO DE PORTO ALEGRE

Inserção de Pessoas com Deficiência no Mercado de Trabalho de Porto Alegre

Termo de Contrato Nº. 893-0, Fls.: 295 – Reg.: 54139 - Secretaria Municipal de Trabalho e

Emprego (SMTE) – Prefeitura de Porto Alegre e DIEESE

JULHO DE 2014

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Termo de Contrato nº 893-0, Fls.: 295, Reg.: 54139 – Inserção de Pessoas com Deficiência no Mercado de Trabalho

de Porto Alegre

EXPEDIENTE DA PREFEITURA DE PORTO ALEGRE SECRETARIA MUNICIPAL DE TRABALHO E EMPREGO (SMTE)

JOSÉ FORTUNATI Prefeito do Município de Porto Alegre

LUÍZA NEVES Secretária Municipal do Trabalho e Emprego

JOSÉ ALBERTO JONHER Gerente de Qualificação para o Trabalho e Emprego

KRISHNA DAUDT Gerente da Área de Informações sobre o Mercado de Trabalho

Prefeitura de Porto Alegre Secretaria Municipal de Trabalho e Emprego (SMTE)

Rua Siqueira Campos, 1300 5º andar– Porto Alegre - Rio Grande do Sul CEP 90010-170

Telefone: (51) 3289-1350 / 3289-1352

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Termo de Contrato nº 893-0, Fls.: 295, Reg.: 54139 – Inserção de Pessoas com Deficiência no Mercado de Trabalho

de Porto Alegre

Direção Técnica Clemente Ganz Lúcio – Diretor Técnico

Patrícia Pelatieri – Coordenadora Executiva Rosana de Freitas – Coordenadora Administrativa e Financeira

Nelson de Chueri Karam – Coordenador de Educação

José Silvestre Prado de Oliveira – Coordenador de Relações Sindicais

Airton Santos – Coordenador de Atendimento Técnico Sindical Angela Schwengber – Coordenadora de Estudos e Desenvolvimento

Coordenação Geral do Projeto Angela Maria Schwengber – Coordenadora de Estudos e Desenvolvimento

Patricia Laczynski – Supervisora dos Observatórios do Trabalho Cyrus Afshar F. Abdollahyan - Técnico Responsável pelo Projeto

Equipe Executora DIEESE

DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos Rua Aurora, 957 – Centro – São Paulo – SP – CEP 01209-001

Fone: (11) 3821 2199 – Fax: (11) 3821 2179 E-mail: [email protected]

Site: http://www.dieese.org.br

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Termo de Contrato nº 893-0, Fls.: 295, Reg.: 54139 – Inserção de Pessoas com Deficiência no Mercado de Trabalho

de Porto Alegre

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO............................................................................................................................... 1

INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 3

NOTA METODOLÓGICA.................................................................................................................. 5

1. CARACTERÍSTICAS GERAIS DA POPULAÇÃO COM DEFICIÊNCIA................................ 10

1.1. Distribuição geral da população com deficiência em regiões geográficas selecionadas.........10

1.2. Indicadores gerais do mercado de trabalho: população em idade ativa e por condição de

atividade......................................................................................................................................... 12

1.3. Distribuição dos ocupados com deficiência na cidade de Porto Alegre.................................. 17

2. CARACTERÍSTICAS DO EMPREGO FORMAL PARA OS TRABALHADORES COM

DEFICIÊNCIA ...................................................................................................................................22

2.1 Brasil, grandes regiões e UFs ..................................................................................................22

2.2 Características gerais do estoque de empregos para pessoas com deficiência no município de

Porto Alegre ....................................................................................................................................23

2.3 Perfil dos vínculos de trabalhadores com deficiência em Porto Alegre................................... 27

2.4 Tempo de permanência no emprego, jornada de trabalho e rendimento.................................. 32

2.5 Indicadores dos estabelecimentos que empregam trabalhadores com deficiência................... 35

CONSIDERAÇÕES FINAIS ..........................................................................................................38

GLOSSÁRIO DE VARIÁVEIS ........................................................................................................40

ANEXOS 45

ANEXO 1 - ANEXO ESTATÍSTICO .........................................................................................46

ANEXO 2 – Síntese do seminário de apresentação do estudo Inserção das pessoas com deficiência

no mercado de trabalho de Porto Alegre.......................................................................................... 48

ANEXO 3 - ANEXO DE LEGISLAÇÕES ....................................................................................... 50

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Termo de Contrato nº 893-0, Fls.: 295, Reg.: 54139 – Inserção de Pessoas com Deficiência no Mercado de Trabalho

de Porto Alegre

APRESENTAÇÃO

O estudo temático Inserção das pessoas com deficiência no mercado de trabalho de Porto Alegre é

parte integrante do plano de atividades do Observatório do Trabalho de Porto Alegre, parceria entre

o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) e a Prefeitura

Municipal de Porto Alegre, e tem como objetivo a realização de diagnóstico acerca do mercado de

trabalho para pessoas com deficiência.

As fontes estatísticas selecionadas foram o Censo Demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia

e Estatística (IBGE) e a RAIS (Relação Anual de Informações Sociais). O período temporal abrange

os anos de 2000 e 2010, no caso do Censo Demográfico, e os anos de 2010 a 2012 no caso dos

dados da RAIS.

Este estudo está dividido em duas partes além da introdução, da nota metodológica e das

considerações finais. Na primeira apresentam-se as características gerais da população com

deficiência e da estrutura do mercado de trabalho no Brasil, na Região Sul, no Rio Grande do Sul,

na Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA) e no município de Porto Alegre. Nesta parte, são

analisados os dados do Censo Demográfico como População em Idade Ativa (PIA), População

Economicamente Ativa (PEA), taxa de participação, taxa de ocupação, entre outros indicadores.

Na seção seguinte, caracteriza-se o mercado de trabalho formal, a partir da análise dos dados da

RAIS, tais como setor de atividade, tempo de permanência no vínculo, remuneração, tempo de

jornada etc. Depois das considerações finais, além de um glossário de variáveis, o estudo traz ainda

um anexo estatístico com dados complementares e outro com uma breve compilação da legislação

relativa a pessoas com deficiência no mercado de trabalho (nas esferas federal, estadual e

municipal). Este estudo conta com uma seção em que é resumido o debate que se deu quando da

apresentação deste mesmo trabalho, no seminário de diálogo social com gestores públicos,

especialistas, representantes de sindicatos de trabalhadores e empregadores, que aconteceu no

auditório da Prefeitura de Porto Alegre, no dia 17 de julho de 2014.

Apenas a título de registro, para este estudo, pesquisou-se o banco de dados do Sistema de

Acompanhamento de Contratações Coletivas (SACC), ferramenta de acompanhamento das

negociações coletivas dos sindicatos assessorados pelo DIEESE, para verificar a existência de

acordos referentes a trabalhadores com deficiência em Porto Alegre (cláusulas municipais ou de

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abrangência estadual), para serem analisados em uma terceira seção. Porém, foram encontrados

apenas três registros entre 2010 e 2012, todos referentes a dependentes com deficiência e que,

portanto, fogem do escopo das questões tratadas neste estudo temático. Essa ausência de cláusulas é

um dado importante e sugere indício de desafios para a inclusão das pessoas com deficiência no

mercado de trabalho, mas não será discutida em uma seção dedicada, conforme fora planejado

inicialmente.

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INTRODUÇÃO

O tema da inserção das pessoas com deficiência (Pessoas com deficiências) no mercado de trabalho

tem despertado interesse crescente de pesquisadores e gestores públicos nos últimos anos. Uma

prova desse aumento de interesse foi a publicação de um volume especial do Censo Demográfico

sobre o tema, em 2010. O próprio fato de os Observatórios do Trabalho – que são parcerias entre

poder público e DIEESE – terem recebido demandas da parte dos atores envolvidos para a

realização de estudos temáticos sobre o assunto no passado recente, também reforça essa ideia: o

Observatório do Trabalho de Osasco (2009) e o Observatório da Bahia (2013) já desenvolveram

estudos sobre pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Neste ano, o Observatório do

Trabalho de Curitiba e, novamente, o Observatório do Trabalho de Osasco realizam estudos sobre o

tema, assim como o Observatório do Trabalho de Porto Alegre.

Na capital gaúcha, a escolha do tema foi deliberada de forma consensual durante uma das atividades

de diálogo social do projeto Observatório do Trabalho de Porto Alegre, durante a reunião do Grupo

Técnico do projeto, ocorrida no dia 7/04/2014.

Assim, este estudo busca atender a essa demanda de gestores, trabalhadores, empregadores e outros

atores da sociedade civil, interessados em compreender como as pessoas com deficiência estão

sendo incluídas no mercado de trabalho em Porto Alegre nos últimos anos.

No Anexo de Legislações, pode-se verificar que houve uma série de avanços normativos nos

últimos anos, tanto no âmbito federal, quanto estadual e municipal. As leis de maior impacto são as

que promovem ações afirmativas para reservar quotas de vagas em concursos públicos (como a Lei

nº 8.112/90 e o Decreto nº 43.911/05) e para empresas com mais de 100 funcionários (Lei

8.213/91). Outras políticas buscam a “ampliação da participação das pessoas com deficiência no

mercado de trabalho, mediante sua capacitação e qualificação profissional”, como o Decreto

Estadual nº 48.964, de 2012, que institui o Plano Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência.

Outros dispositivos legais buscam incluir as pessoas com deficiência dando-lhes preferência no

momento da concessão de licenças de trabalho, como no Decreto Municipal nº 15.472, de 2007.

Este estudo contou com a contribuição dos trabalhos do DIEESE sobre o tema, em particular os

estudos do Observatório do Trabalho da Bahia (2013)1 e de Curitiba (2014, no prelo), no que diz

respeito à nota metodológica, o anexo de legislações e o glossário de variáveis. Por meio das bases

1 DIEESE (2009). “Inserção da Pessoa Com Deficiência no Mercado de Trabalho da Bahia na Primeira Década dos

Anos 2000”, Salvador: DIEESE, 127 p.p. Disponível em : http://geo.dieese.org.br/bahia/download.php?ce=357

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de dados do Censo Demográfico e da RAIS, este estudo pretende analisar a inserção das pessoas

com deficiência no mercado de trabalho de Porto Alegre, e mostrar um panorama sobre o tema para

que possa servir de base para diagnósticos futuros a respeito no município e fornecer apoio aos

gestores públicos para enfrentar os desafios da inclusão de pessoas com deficiência em um dos

aspectos mais importantes da vida cotidiana: o trabalho.

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NOTA METODOLÓGICA

A. Utilização dos dados do Censo Demográfico para caracterização geral da população

com deficiência.

A caracterização mais ampla das pessoas com deficiência, sua distribuição demográfica e inserção

no mercado trabalho, será feita com base nos dados de Censo Demográfico, do Instituto Brasileiro

de Geografia (IBGE). Consta em documento de divulgação dos dados do Censo 2010 que:

Além do Censo Demográfico 2010, o tema esteve presente no primeiro

levantamento censitário brasileiro, em 1872, e nos Censos Demográficos de

1890, 1900, 1920, 1940, 1991 e 2000, porém, com mudanças nos conceitos

utilizados ou na formulação das perguntas, o que não permite a comparabilidade

direta entre esses levantamentos. (IBGE, 2010, p. 72).

Segundo estudo do DIEESE de 20092, a investigação dessa característica da população segue a

metodologia censitária de autodeclaração do entrevistado, exceto para as pessoas com deficiência

mental e menores de 10 anos de idade, que tem as questões respondidas por pessoas que estejam

relacionadas a elas. No Censo se separou as doenças mentais (esquizofrenia, neurose, psicose e

autismo), da deficiência mental permanente3, investigando-se apenas esse último caso. Assim,

apesar da relevância e de ter sido uma demanda de gestores durante as atividades de diálogo social,

os transtornos psicossociais não puderam ser incluídos no escopo deste estudo, por conta dessa

limitação no acesso a dados.

O atributo das pessoas com deficiência vem apresentando mudanças em sua investigação ao longo

dos Censos e evoluiu de um modelo estritamente médico para outro, apoiado nas recomendações

internacionais da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF)4,

divulgada em 2001, pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Para o IBGE (2010)5, o sistema da

CIF entende que a incapacidade é mais do que um sintoma físico-patológico, porque considera a

influência de fatores sociais e ambientais sobre essa limitação. Em consonância com a CIF, a

incapacidade permanente foi pesquisada para todos os tipos de deficiência e o grau de severidade da

2 DIEESE (2009). Produto 2 – Estudo e análise das pesquisas e dados das fontes secundárias. Setembro de 2009, 66

páginas. Disponível online em http://projetos.dieese.org.br/projetos/its/Produto2.pdf. 3 Para consultar o que se entende como deficiência mental permanente consultar o glossário de variáveis.

4 Segundo o IBGE, esta estratégia de investigar a existência de deficiência ou incapacidade foi definida com a

Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência – CORDE, do Ministério da Justiça, em

trabalho conjunto desde a fase de planejamento do Censo Demográfico 2000. 5 IBGE. Censo Demográfico 2010: características gerais da população, religião e pessoas com deficiência (2010). Rio

de Janeiro, 2010, 215 páginas. Disponível online em

http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/periodicos/94/cd_2010_religiao_deficiencia.pdf.

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deficiência abrange os tipos visual, auditiva e motora. Com isso, é possível perceber diferentes

níveis de dificuldade da população em enxergar, ouvir ou locomover-se.

Para a presente análise, não se investigará o grau de severidade das deficiências da população6,

limitando a definição dos grupos segundo tipo de deficiência a aqueles que declararam possuir

“alguma dificuldade, grande dificuldade ou eram incapazes” de enxergar, ouvir e caminhar ou subir

escadas. Em todos os indicadores que tiverem como referência os tipos de deficiência citados,

constará na tabela uma nota reforçando esta perspectiva metodológica adotada.

Para o estudo, observou-se que na comparação entre microdados da amostra dos dois últimos

Censos (2000 e 2010) houve a perda da investigação da deficiência física permanente, que no

primeiro levantamento permitia mensurar as pessoas que tinham paraplegia, tetraplegia ou

hemiplegia permanente7, falta de membro (perna, braço, mão, pé ou dedo polegar) ou parte dele.

Assim, para comparar as informações censitárias uniformizaram-se os tipos de deficiência em

visual, auditiva, motora e mental ou intelectual8.

Além destas categorias, o estudo elencará ainda o número de pessoas que declararam possuir pelo

menos uma das deficiências pesquisadas. A opção metodológica visa à comparação com o número

de pessoas que não apresentavam nenhuma das deficiências pesquisadas, a fim de inferir se existem

particularidades de inserção no mercado de trabalho para as pessoas com e sem deficiência.

Há que se atentar para o fato de que, no Censo, o número de pessoas com pelo menos uma

deficiência não corresponde à soma da população segundo tipos de deficiência (visual, auditiva,

motora, e mental), já que as pessoas listadas nesta categoria podem possuir mais de um tipo de

deficiência. Estas características de apresentação dos dados tem um impacto direto na análise, já

que impossibilitam a investigação de distribuições percentuais em função do tipo de deficiência,

pois não há como constituir um total de pessoas com deficiência sem evitar a dupla contagem

populacional.

Para tanto, sempre que a análise recair sobre os tipos de deficiência pesquisados, a redação adotará

a forma “tinham pelo menos uma deficiência visual/auditiva/motora/mental” a fim de certificar-se

que, ainda que a população estudada apresente a deficiência descrita, isto não invalida a

possibilidade de que algumas pessoas possuam mais de um tipo de deficiência.

6 Na primeira parte do estudo, constará uma tabela (Tabela 2) que irá trazer o dado das pessoas com o maior grau de

severidade, por tipo de deficiência. Ao longo do restante estudo, porém, não será feita essa distinção e as análises

incluirão todos as pessoas consideradas com deficiência. 7 Paraplegia = a paralisia permanente das pernas; Tetraplegia = a paralisia permanente total de ambos os braços e pernas

(quadriplegia) e, Hemiplegia = a paralisia permanente de um dos lados do corpo. 8 As definições de cada tipo de deficiência do Censo, assim como os seus graus de severidade se encontram detalhadas

no glossário de variáveis.

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Por fim, há que se resguardar os aspectos estatísticos que permeiam as estimativas para o plano

amostral do Censo Demográfico. Em determinados momentos da análise, a população estimada

segundo algumas desagregações propostas pode ser inferior à casa das centenas, principalmente

entre os grupos minoritários, como é o caso da população com deficiência mental permanente. Até o

presente momento, o DIEESE não desenvolveu um coeficiente de variação que permita inferir qual

o limite populacional que pode ser estimado, com base no censo demográfico, com confiabilidade

ampla dos dados. Para tanto, em todos os indicadores formulados com base no Censo Demográfico,

será anexada à nota "Por se tratar de um dado obtido por amostragem, a desagregação apresentada

pode afetar a precisão da estimativa" na tentativa de certificar-se da possibilidade de variação na

população estimada.

B. Dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS)

A Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) é um registro administrativo do Ministério do

Trabalho e Emprego (MTE) cuja instituição se deu por motivos9 diversos, mas em geral trata-se de

uma declaração que deve ser preenchida pelas empresas, contendo elementos destinados a suprir as

necessidades de controle, estatística e informações das entidades governamentais da área social.

Atualmente, os dados coletados através da RAIS se constituem em insumo para atendimento das

necessidades da: legislação de nacionalização do trabalho, de controle dos registros do Fundo de

Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), dos sistemas de arrecadação e de concessão e benefícios

previdenciários e identificação do trabalhador com direito ao abono salarial (PIS/PASEP). Seu

alcance diz respeito aos estabelecimentos do segmento formal do mercado de trabalho e, portanto,

dos empregados formais celetistas ou estatutários.

Em virtude do amplo alcance da RAIS, este registro passou a ser usada como insumo para

elaboração de estatísticas para diagnóstico e monitoramento da evolução da situação no mercado de

trabalho formal. Diferentemente do Censo, na RAIS tem-se o registro das pessoas com deficiência

física. Além deles, é possível analisar o registro dos trabalhadores formais com deficiência visual,

auditiva, mental e com múltiplas deficiências10

. Assim como no Censo, na RAIS é adotada a mesma

definição para a deficiência mental.

Do ponto de vista aritmético, a análise constituída a partir dos dados da RAIS tem uma diferença

marcante em relação aos registros do Censo. Na RAIS, pessoas com mais de uma deficiência é

9 Conforme Decreto 76.900 de 23 de dezembro de 1975, que instituiu a RAIS.

10 As descrições das definições dos tipos de deficiência na RAIS estarão discriminadas no glossário de variáveis, assim

como para a reabilitação.

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registrada em uma categoria chamada deficiência múltipla. Essa forma de organização da

informação evita a dupla contagem, o que não ocorre no Censo. Dessa forma foi possível realizar

com os dados da RAIS análises de distribuição percentual, pois o total sempre soma 100%. Assim, a

redação, na seção que se utiliza dos dados da RAIS, deixará de adotar o formato “tinham pelo

menos uma deficiência” para descrever os grupos analisados segundo sua deficiência.

Outra consideração importante diz respeito os dados que a RAIS fornece de pessoas com

deficiência segundo faixas de tamanho de estabelecimento. Para o estudo, as Tabelas 18 e 19 foram

elaboradas para conterem as faixas de tamanho de estabelecimento as mesmas contidas na lei

federal 8.213/91, que determina cotas, isto é, uma certa porcentagem de vagas a deficientes,

escalonada segundo o tamanho da empresa (de 2% a 5% de suas vagas, mais detalhes no Anexo de

Legislações).

A questão que surgiu durante o desenvolvimento do estudo foi a de que os dados disponíveis da

RAIS fornecem as faixas segundo tamanho de “estabelecimento” e a lei fala em “empresa”, o que

são coisas distintas. Uma empresa pode ter mais de um estabelecimento. Assim, não é possível

verificar, dispondo apenas de vínculos ocupados por pessoas com deficiência e por faixa de grupo

de tamanho de estabelecimento, se as empresas estão ou não respeitando a lei. Uma empresa pode

estar cumprindo a sua reserva legal de vagas, mas alguns de seus estabelecimentos, não. Da mesma

forma, um estabelecimento por estar reservando uma proporção de vagas determinada em lei, mas a

empresa (o grupo), não. Mais: o estabelecimento pode empregar até 99 funcionários – e, logo, na

faixa de tamanho que não entra na lei de cotas –, mas ser parte de um grupo empresarial maior, com

mais de 100 funcionários. O caso típico são os bancos.

Assim, os dados observados na Tabela 18 não podem servir como base para saber a que ponto a

lei está sendo cumprida, mas oferece um indicador importante para entender como as pessoas com

deficiência estão sendo incluídas no mercado de trabalho, segundo o tamanho dos estabelecimentos.

Por fim, apenas a título de registro, para este estudo, pesquisou-se o banco de dados do Sistema de

Acompanhamento de Contratações Coletivas (SACC), ferramenta de acompanhamento das

negociações coletivas dos sindicatos assessorados pelo DIEESE, para verificar a existência de

acordos referentes a trabalhadores com deficiência em Porto Alegre (cláusulas municipais ou de

abrangência estadual), para serem analisados em uma terceira seção. Porém, foram encontrados

apenas três registros entre 2010 e 2012, todos referentes a pessoas com deficiência com

dependentes e cuja análise foge do escopo das questões tratadas neste estudo temático. Essa

ausência de cláusulas é um dado importante e sugere indício de desafios para a inclusão das pessoas

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de Porto Alegre

com deficiência no mercado de trabalho, mas não será discutida em uma seção dedicada, conforme

fora planejado inicialmente.

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Termo de Contrato nº 893-0, Fls.: 295, Reg.: 54139 – Inserção de Pessoas com Deficiência no Mercado de Trabalho

de Porto Alegre

1. CARACTERÍSTICAS GERAIS DA POPULAÇÃO COM DEFICIÊNCIA

1.1. Distribuição geral da população com deficiência em regiões geográficas selecionadas

Levando em conta as definições do Censo Demográfico do IBGE, o número da população com pelo

menos uma deficiência no Brasil passou de 24.600.256, em 2000, para 45.606.048 em 2010. Em

termos relativos, isso significa que a participação de pessoas com deficiência na população

brasileira subiu de 14,5% para 23,9%. O aumento da população em termos absolutos e em termos

relativos foi verificado em todas as regiões geográficas selecionadas e descritas na Tabela 1.

Na Região Sul, o número de pessoas com deficiência quase dobrou entre 2000 e 2010, subindo de

3.595.028 para 6.159.670. Isso significou um aumento da proporção semelhante ao verificado no

plano nacional, passando de 14,3% para 22,5% do total da população sulista. No estado do Rio

Grande do Sul, o número de pessoas com deficiência subiu de 1.535.587 para 2.548.418, ou, em

termos relativos, passou de 15,1% da população em 2000, para 23,8% da população em 2010. No

mesmo período, na Região Metropolitana de Porto Alegre, o total de pessoas com deficiência

somava 511.056 e passou para 926.223. Em Porto Alegre, o número da população com deficiência

subiu de 194.532 para 336.420 (ou de 14,3% para 23,9% da população da capital).

Houve, pois, um aumento expressivo da população com deficiência que se declara com deficiência

em todas as regiões analisadas. Esse incremento também se refletiu no mercado de trabalho, com o

crescimento da participação da população com deficiência no total da população em idade ativa

(PIA) e no total da população ocupada (PO), como será analisado na subseção a seguir.

TABELA 1 População total, pessoas com deficiência, participação (em %) da população com deficiência em

relação à população total Regiões geográficas selecionadas, 2000 e 2010

Fonte: IBGE – CENSO Elaboração: DIEESE Nota: a população total é formada pela soma entre as pessoas com deficiência e a população sem nenhuma das deficiências investigadas (visual, auditiva, motora e mental permanente). As pessoas incluídas em mais de um tipo de deficiência foram contadas apenas uma vez.

2000 2010 2000 2010 2000 2010

Brasil 169.872.856 190.755.799 24.600.256 45.606.048 14,5 23,9

Região Sul 25.110.348 27.386.891 3.595.028 6.159.670 14,3 22,5

Rio Grande do Sul 10.187.842 10.693.929 1.535.587 2.548.418 15,1 23,8

RMPA 3.658.376 3.958.985 511.056 926.223 14,0 23,4

Porto Alegre 1.360.590 1.409.351 194.532 336.420 14,3 23,9

Regiões

geográficas

População total (A) População com deficiência (B) B/A (%)

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Termo de Contrato nº 893-0, Fls.: 295, Reg.: 54139 – Inserção de Pessoas com Deficiência no Mercado de Trabalho

de Porto Alegre

Diante da magnitude do número registrado de pessoas com deficiência pelo Censo, faz-se

necessário fazer uma ressalva. Conforme a discussão na Nota Metodológica, este estudo não vai

investigar os dados por grau de severidade da deficiência (cujos três graus são “alguma

dificuldade”, “grande dificuldade” e incapacidade). Porém, quando se analisa os dados selecionando

apenas a população total com deficiência com o grau de severidade mais agudo (os que “não

conseguem de modo algum” enxergar, ouvir ou caminhar/subir degraus), o número total dessa

população passa a ser bem mais baixo.

Observa-se na Tabela 2 que o número de pessoas com deficiência visual que não conseguem

enxergar de modo algum foi de 506.377 em todo o país. Isso significou 1,4% do total de pessoas

que se declararam com deficiência, segundo dados do Censo Demográfico. Já o número de pessoas

que não conseguem de modo algum caminhar ou subir escadas foi de 734.421 pessoas (ou 5,5% do

total da população com deficiência motora) e, por fim, no caso das pessoas com deficiência

auditiva, esse número foi de 344.206 no Brasil, o equivalente a 3,5% do total das pessoas com

deficiência auditiva. No caso de Porto Alegre, há 6.020 pessoas com o grau mais agudo de

deficiência visual (2,4% do total de pessoas com deficiência visual), 3.116 pessoas com o grau mais

agudo de deficiência auditiva (3,9% do total de pessoas com deficiência auditiva) e 6.984 pessoas

com grau mais agudo de deficiência motora (6,7% do total de pessoas com deficiência motora).

TABELA 2 População total com deficiência, população com o grau mais agudo de deficiência, participação (em %) da população com grau mais agudo de deficiência em relação à população total com deficiência

Regiões geográficas selecionadas, 2010

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Termo de Contrato nº 893-0, Fls.: 295, Reg.: 54139 – Inserção de Pessoas com Deficiência no Mercado de Trabalho

de Porto Alegre

Fonte: IBGE, microdados dos Censos 2000 e 2010. Elaboração: DIEESE. Nota: (1) A distribuição segundo tipos de deficiência não considera aquelas pessoas que declararam possuir mais de uma deficiência, e para tanto, a soma da população segundo tipos de deficiência ultrapassará o total populacional. (2) Incapaz, com alguma ou grande dificuldade permanente de enxergar. (3) Incapaz, com alguma ou grande dificuldade permanente de ouvir. (4) Incapaz, com alguma ou grande dificuldade permanente de caminhar ou subir escadas. (5) No caso da deficiência mental/intelectual, o Censo não fornece dados segundo grau de severidade.

1.2. Indicadores gerais do mercado de trabalho: população em idade ativa e por condição de atividade

No Brasil, a participação da população com deficiência em idade ativa no total da PIA, em 2000 era

de 17%, segundo dados do Censo Demográfico. Essa proporção chegou a 27,2% em 2010.

Aumentos semelhantes na participação aconteceram na Região Sul, cuja população com deficiência

representava 16,6% e passou para 25,4%, e no estado do Rio Grande do Sul, com a participação

subindo de 17,4% para 26,7%, Na Região Metropolitana de Porto Alegre foi de 16,4% em 2000,

para 26,4% em 2010 e na capital gaúcha de 16,2% para 26,4%.

GRÁFICO 1 Participação da população em idade ativa com e sem deficiência no total da PIA

Regiões geográficas selecionadas, 2000 e 2010

Não

consegue de

modo algum

Total

Não

consegue de

modo algum

Total

Não

consegue de

modo algum

Total

Brasil 506.377 35.774.392 344.206 9.717.318 734.421 13.265.599

Sul 68.589 4.621.938 48.119 1.439.026 106.700 1.943.885

Rio Grande do Sul 28.748 1.900.634 18.728 617.244 44.685 818.450

RMPA 13.186 697.483 8.062 218.862 17.051 283.937

Porto Alegre 6.020 249.804 3.116 80.753 6.984 104.070

Brasil 1,4 3,5 5,5

Sul 1,5 3,3 5,5

Rio Grande do Sul 1,5 3,0 5,5

RMPA 1,9 3,7 6,0

Porto Alegre 2,4 3,9 6,7

Região geográficaDeficiência motora

População com deficiência

Participação (em %) de PcDs com o maior grau de severidade, por tipo de deficiência (5)

Região geográfica

Deficiência Visual (2) Deficiência auditiva (3) Deficiência motora (4)

Deficiência visual Deficiência auditiva

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Termo de Contrato nº 893-0, Fls.: 295, Reg.: 54139 – Inserção de Pessoas com Deficiência no Mercado de Trabalho

de Porto Alegre

Fonte: IBGE, microdados dos Censos 2000 e 2010. Elaboração: DIEESE. Nota: (1) Pessoas com pelo menos uma das deficiências investigadas (visual, auditiva, motora e mental permanente). Nesta categoria as pessoas incluídas em mais de um tipo de deficiência foram contadas apenas uma vez (2) com nenhuma das deficiências investigadas.

Em números absolutos, segundo o Censo Demográfico, a população em idade ativa com pelo menos

uma das deficiências investigadas no estado do Rio Grande do Sul passou de 1.466.247 em 2000,

para 2.491.125, em 2010, uma elevação de 69,9%. No mesmo período, na RMPA, esse número foi

de 596.703 pessoas para 1.085.708 (ou crescimento de 82,0%), enquanto no município de Porto

Alegre o patamar foi de 186.755 para 328.419, uma alta de 75,9% (Tabela 3). Uma vez que essas

taxas de crescimento foram maiores do que as taxas de crescimento da população sem as

deficiências analisadas, houve um aumento da participação da população com deficiência na PIA

nas regiões analisadas, conforme mostrado na seção anterior.

Ao desagregar a população em idade ativa com deficiência por tipo, é possível verificar que, em

todas as localidades analisadas na tabela a seguir, a deficiência mais comum é a visual, seguida por

deficiência motora e auditiva, respectivamente. Não é possível, porém, calcular a proporção de

pessoas com determinada deficiência em relação ao total de pessoas com deficiência, pois uma

pessoa pode apresentar mais de uma deficiência e, portanto, ser incluída em mais de uma categoria,

mas apenas uma vez no total de pessoas com pelo menos uma das deficiências investigadas, ou seja,

a soma do número de pessoas com cada tipo de deficiência é sempre maior que o total de pessoas

com pelo menos uma deficiência.

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Termo de Contrato nº 893-0, Fls.: 295, Reg.: 54139 – Inserção de Pessoas com Deficiência no Mercado de Trabalho

de Porto Alegre

Entre 2000 e 2010, dentre as pessoas em idade ativa com pelo menos uma das deficiências

investigadas, o número de pessoas com deficiência mental foi a que menos cresceu no período,

sendo que no estado do Rio Grande do Sul registrou queda de -1,8%, passando de 155.061, em

2000, para 152.220 em 2010. Já o número de pessoas com pelo menos deficiência visual em idade

ativa mais do que dobrou em todas as localidades analisadas na Tabela 2, sendo o tipo de

deficiência que mais cresceu no período. Em Porto Alegre, o número de pessoas em idade ativa com

deficiência motora aumentou de 71.975, em 2000, para 102.609, em 2010, o equivalente a um

crescimento de 42,5% no período. No caso do número de pessoas em idade ativa com deficiência

visual, o número foi menor, mas a taxa de crescimento foi maior: no mesmo período, o número

passou de 51.136 para 79.135, o que significou uma alta de 54,8%.

TABELA 3 População em idade ativa sem deficiência e com deficiência, segundo tipos

3 de deficiência

Regiões geográficas selecionadas, 2000 e 2010

Fonte: IBGE, microdados dos Censos 2000 e 2010. Elaboração: DIEESE. Nota: (1) As pessoas incluídas em mais de um tipo de deficiência foram contadas apenas uma vez. (2) Inclusive as pessoas sem declaração destas deficiências. (3) A distribuição segundo tipos de deficiência não considera aquelas pessoas que declararam possuir mais de uma deficiência, e para tanto, a soma da população segundo tipos de deficiência ultrapassará o total populacional. (4) Incapaz, com alguma ou grande dificuldade permanente de enxergar. (5) Incapaz, com alguma ou grande dificuldade permanente de ouvir. (6) Incapaz, com alguma ou grande dificuldade permanente de caminhar ou subir escadas.

Em termos relativos, a participação da população com deficiência na PIA (Gráfico 1) é maior que a

sua participação na PEA (população economicamente ativa). No Brasil, essa população

representava 13,5% do total da PEA em 2000, proporção semelhante à verificada na Região Sul

(12,8%), no Rio Grande do Sul (13,3%), na RMPA (12,3%) e no município de Porto Alegre

(12,0%). Essa participação aumentou em 2010, sendo que, no Brasil, passou para 23,4%, na Região

Sul para 20,7%, no estado do Rio Grande do Sul para 21,8%, na RMSP para 21,4% e no município

de Porto Alegre para 21,2%. Ou seja, em todas as localidades analisadas registou-se aumentos

semelhantes (Gráfico 2)

Com pelo menos uma

das deficiências

investigadas

Visual (4) Auditiva (5) Motora (6)Deficiência

mental

Rio Grande do Sul 1.466.247 960.329 390.056 529.774 155.061 6.916.085 8.445.139

RMPA 596.703 384.365 156.867 219.414 64.356 3.008.132 3.635.744

Porto Alegre 186.755 113.976 51.136 71.975 20.005 957.536 1.154.262

Rio Grande do Sul 2.491.125 1.869.608 604.374 806.982 152.220 6.835.190 9.327.696

RMPA 1.085.708 821.728 258.211 340.136 67.869 3.029.746 4.116.204

Porto Alegre 328.419 245.371 79.135 102.609 22.159 917.767 1.246.317

2010

2000

Tipo de deficiência

Total (1) (2)

Nenhuma destas

deficiências

(4)

Regiões geográficas

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Termo de Contrato nº 893-0, Fls.: 295, Reg.: 54139 – Inserção de Pessoas com Deficiência no Mercado de Trabalho

de Porto Alegre

GRÁFICO 2 Participação da população com e sem deficiência na PEA

Regiões geográficas selecionadas, 2000 e 2010

Fonte: IBGE, microdados dos Censos 2000 e 2010. Elaboração: DIEESE. Nota: (1) Pessoas com pelo menos uma das deficiências investigadas (visual, auditiva, motora e mental permanente). Nesta categoria as pessoas incluídas em mais de um tipo de deficiência foram contadas apenas uma vez (2) com nenhuma das deficiências investigadas. (3) Total inclui os que não declararam possuir alguma destas deficiências, o que impossibilita o fechamento de 100%.

A taxa de participação é um importante indicador que mede a pressão exercida sobre o mercado de

trabalho. Ela permite avaliar a proporção da população em idade ativa que se encontra

economicamente ativa na semana de referência, estando ocupada ou desocupada. Nota-se que, em

todas as regiões geográficas, a taxa para pessoas com deficiência foi menor do que a taxa para as

pessoas sem as deficiências investigadas tanto no ano 2000 quanto no ano de 2010(Gráfico 3).

No Brasil, a taxa de participação da população com deficiência era de 44,9% e subiu para 49,7%,

entre 2000 e 2010. No mesmo período, a taxa de participação das pessoas sem deficiência subiu em

um ritmo menor, de 59,0% para 60,7%, isso significou uma redução da diferença entre a taxa de

participação das pessoas com deficiência e sem deficiência. Isso também aconteceu nas demais

localidades, na Região Sul, a taxa de participação das pessoas com deficiência aumentou de 46,9%

em 2000 para 51,6% em 2010, sendo um aumento de 7,4p.p. No estado do Rio Grande do Sul

aumentou em 4,1 p.p, na RMPA e no município de Porto Alegre, em 4,5 p.p (Gráfico 3).

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Termo de Contrato nº 893-0, Fls.: 295, Reg.: 54139 – Inserção de Pessoas com Deficiência no Mercado de Trabalho

de Porto Alegre

GRÁFICO 3 Taxa de participação (PEA/PIA) de pessoas com e sem deficiência (em %)

Regiões geográficas selecionadas, 2000 e 2010

Fonte: IBGE, microdados dos Censos 2000 e 2010. Elaboração: DIEESE. Nota: (1) Pessoas com pelo menos uma das deficiências investigadas (visual, auditiva, motora e mental permanente). Nesta categoria as pessoas incluídas em mais de um tipo de deficiência foram contadas apenas uma vez (2) com nenhuma das deficiências investigadas.

O gráfico 4, que traz os dados de Porto Alegre sobre as taxas de participação da população com

deficiência divida por tipo de deficiência e a taxa de pessoas sem nenhuma das deficiências

investigadas. Nele é possível verificar que a taxa de participação das pessoas com pelo menos

deficiência visual foi a maior entre as pessoas com deficiência: em 2000 era de 49,8% e passou para

53,6% em 2010. Já a taxa de participação das pessoas que se declararam com pelo menos

deficiência auditiva apresentou uma leve queda nessa comparação, indo de 39,2% para 37,8%; a

taxa das pessoas que declaram ter pelo menos deficiência motora manteve-se praticamente estável,

oscilando de 28,6% para 28,7% e, por fim, a taxa de participação das pessoas que declararam ter

pelo menos deficiência mental permanente caiu de 21,7% para 20,2%.

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de Porto Alegre

GRÁFICO 4 Taxa de participação segundo tipos de deficiência e sem deficiência

Porto Alegre, 2000 e 2010

Fonte: IBGE, microdados dos Censos 2000 e 2010. Elaboração: DIEESE. Nota: (1) Com nenhuma das deficiências investigadas.(2) Incapaz, com alguma ou grande dificuldade permanente de enxergar. (3) Incapaz, com alguma ou grande dificuldade permanente de ouvir. (4) Incapaz, com alguma ou grande dificuldade permanente de caminhar ou subir escadas

1.3. Distribuição dos ocupados com deficiência na cidade de Porto Alegre

Nesta seção, o analisam-se as condições da população com deficiência ocupada no município de

Porto Alegre.

De acordo com o gráfico 5, que apresenta a taxa de ocupação segundo tipos de deficiência e sem

deficiência no município de Porto Alegre, a maior taxa de ocupação dentre as pessoas com pelo

menos uma deficiência foi dentre as pessoas que se declararam com pelo menos deficiência auditiva

em 2000 (86,0%) e, em 2010 foram as pessoas com deficiência motora (95,9%).

No período, houve um aumento em todas as categorias quando comparado o ano de 2000 com o ano

2010. Em relação às pessoas com pelo menos deficiência visual, a taxa de ocupação subiu de

84,5%, em 2000, para 94,6%, em 2010. A taxa de ocupação das pessoas com pelo menos deficiência

auditiva apresentou um incremento de 86,0% para 93,8%. No caso das pessoas com deficiência

motora a taxa de ocupação foi de 83,9% para 95,9%, no mesmo período. Por sua vez, a categoria de

pessoas com deficiência mental permanente apresentou um crescimento da taxa de 78,3% para

94,4%. Por último, a taxa de participação das pessoas sem deficiência cresceu de 85,5% para

94,4%. Nota-se que o maior incremento foi apresentado pela categoria de pessoas com deficiência

mental permanente, cuja taxa de participação subiu, de 78,3%, para 94,4%, ou 16,1 p.p.

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Termo de Contrato nº 893-0, Fls.: 295, Reg.: 54139 – Inserção de Pessoas com Deficiência no Mercado de Trabalho

de Porto Alegre

GRÁFICO 5 Taxa de ocupação segundo tipos de deficiência e sem deficiência

Porto Alegre, 2000 e 2010

Fonte: IBGE, microdados dos Censos 2000 e 2010. Elaboração: DIEESE. Nota: (1) Com nenhuma das deficiências investigadas.( 2) Incapaz, com alguma ou grande dificuldade permanente de enxergar. (3) Incapaz, com alguma ou grande dificuldade permanente de ouvir. (4) Incapaz, com alguma ou grande dificuldade permanente de caminhar ou subir escadas

O trabalho com carteira assinada foi o tipo de posição na ocupação que mais empregou pessoas com

deficiências em Porto Alegre. Em 2010, 66.294 pessoas com pelo menos uma das deficiências

investigadas eram empregadas com carteira de trabalho assinada (Anexo 2). Isso significa 42,8% do

total das pessoas com deficiências ocupadas na capital gaúcha. Essa proporção foi menor, porém,

que a de pessoas sem nenhuma das deficiências investigadas com carteira assinada em 2010, em

Porto Alegre, que foi de 51,6% (Tabela 4).

A segunda posição na ocupação que mais empregou pessoas com deficiências foi a de trabalho por

contra própria, com 38.515 pessoas, ou 24,9% de toda a população com deficiência ocupada. Aqui,

essa participação foi maior que a de pessoas sem deficiência ocupadas com carteira assinada, cuja

distribuição foi de 20,5% em maio. Já a participação entre as Pessoas com deficiências de

empregados sem carteira assinada (10,3%), foi ligeiramente menor que entre as pessoas sem as

deficiências investigadas (11,6%).

Observa-se que nos dados de posição na ocupação por tipo de deficiência, a proporção de pessoas

com deficiência motora que estão trabalhando por conta própria foi de 30,2%, ou seja, maior que a

registrada no conjunto de pessoas com pelo menos uma das deficiências investigadas em Porto

Alegre (24,9%) e do que a registrada entre pessoas sem nenhuma das deficiências investigadas

(20,5%).

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Termo de Contrato nº 893-0, Fls.: 295, Reg.: 54139 – Inserção de Pessoas com Deficiência no Mercado de Trabalho

de Porto Alegre

TABELA 4 Distribuição percentual dos ocupados segundo posição na ocupação e tipo de deficiência

Porto Alegre, 2010

Fonte: IBGE, microdados dos Censos 2000 e 2010. Elaboração: DIEESE. Nota: (1) As pessoas incluídas em mais de um tipo de deficiência foram contadas apenas uma vez. (2) Inclusive as pessoas sem declaração destas deficiências. (3) A distribuição segundo tipos de deficiência não considera aquelas pessoas que declararam possuir mais de uma deficiência, e para tanto, a soma da população segundo tipos de deficiência ultrapassará o total populacional. (4) Incapaz, com alguma ou grande dificuldade permanente de enxergar. (5) Incapaz, com alguma ou grande dificuldade permanente de ouvir. (6) Incapaz, com alguma ou grande dificuldade permanente de caminhar ou subir escadas.

Na analise da distribuição da população ocupada por faixa etária, verificou-se que, nas faixas etárias

maiores (a partir de 45 anos), a proporção da população com deficiência foi maior do que a das

pessoas sem deficiência, pois a idade pode ser condição para a existência de algumas deficiências.

(Tabela 5).

Ao cruzar os tipos de deficiência com a faixa etária, notou-se que, as faixas que obtiveram as

maiores proporções de pessoas são distintas para cada tipo de deficiência: entre as pessoas com

deficiência visual, a faixa com o maior contingente (17,3%) foi a de 50 a 54 anos; entre as pessoas

com pelo menos deficiência auditiva, a maior proporção (16,1%) de ocupados esteve na faixa de 60

a 69 anos; na mesma faixa também ficou a maior proporção de pessoas ocupadas com pelo menos

deficiência motora (18,2%). Já entre as pessoas sem nenhuma das deficiências investigadas, a maior

participação está na faixa de ocupados entre 25 e 29 anos (16,0%).

Posição na ocupação Visual (4) Auditiva (5) Motora (6)

Deficiência

mental

permanente

Empregados com carteira de trabalho assinada 42,8 43,2 40,0 34,0 41,3 51,6 49,7

Trab. domésticos com carteira de trabalho assinada 4,3 4,4 3,9 5,8 2,2 2,6 3,0

Militares e funcionários públicos estatutários 8,8 8,8 8,4 7,6 6,5 6,9 7,3

Empregados sem carteira de trabalho assinada 10,3 10,4 11,4 9,3 12,0 11,6 11,3

Trabalhadores dom. sem carteira de trabalho assinada 3,6 3,6 3,5 6,2 5,3 2,0 2,4

Conta própria 24,9 24,5 27,1 30,2 27,2 20,5 21,4

Empregadores 3,5 3,3 3,8 3,2 1,5 3,7 3,7

Não remunerados 1,5 1,4 1,0 2,9 3,8 0,9 1,0

Trabalhadores na produção para o próprio consumo 0,4 0,3 0,9 0,8 0,0 0,1 0,2

Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

Com pelo

menos uma das

deficiências

investigadas

Tipo de deficiência Nenhuma

destas

deficiências

(4)

Total (1) (2)

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Termo de Contrato nº 893-0, Fls.: 295, Reg.: 54139 – Inserção de Pessoas com Deficiência no Mercado de Trabalho

de Porto Alegre

TABELA 5 Distribuição da população ocupada segundo faixa etária e tipo de deficiência

Porto Alegre, 2000 e 2010

Fonte: IBGE, microdados dos Censos 2000 e 2010. Elaboração: DIEESE Nota: (1) Pessoas com pelo menos uma das deficiências investigadas (visual, auditiva, motora e mental permanente). Nesta categoria as pessoas incluídas em mais de um tipo de deficiência foram contadas apenas uma vez. (2) Incapaz, com alguma ou grande dificuldade permanente de enxergar. (3) Incapaz, com alguma ou grande dificuldade permanente de ouvir. (4) Incapaz, com alguma ou grande dificuldade permanente de caminhar ou subir escadas. (5) Com nenhuma das deficiências investigadas.

Entre 2000 e 2010, houve avanço no que se refere ao nível de instrução da população ocupada em

Porto Alegre. Se em 2000, a proporção de pessoas ocupadas sem instrução ou com o ensino

fundamental incompleto era de 27,9%, em 2010 esse percentual caiu para 19,8% (Tabela 6). Essa

redução se deu de uma maneira mais intensa entre as pessoas com deficiências do que entre as

pessoas sem nenhuma das deficiências investigadas. Entre as pessoas com deficiências, a proporção

de pessoas ocupadas sem instrução ou com o ensino fundamental incompleto instrução foi de 42,0%

para 27,5%. Já a proporção de pessoas sem deficiência com mesmo grau de instrução foi de 25,9%

para 17,7%. Outro dado relevante se refere às pessoas com deficiências com nível de instrução

superior completo, cuja proporção subiu de 14,8% para 23,8% na capital gaúcha, enquanto entre a

população sem deficiência essas proporções foram de 21,9% e 28,2%, em 2000 e 2010,

respectivamente.

Visual

(2)

Auditiva

(3)

Motora

(4)

Deficiência

mental

permanente

10 a 14 0,1 0,1 0,1 0,2 0,0 0,4 0,4

15 a 19 2,5 2,4 1,9 1,2 4,0 5,1 4,6

20 a 24 5,1 4,8 4,5 2,7 9,5 12,5 11,0

25 a 29 8,2 8,7 6,7 3,5 8,3 16,0 14,3

30 a 34 7,2 6,9 5,7 5,3 12,4 15,1 13,4

35 a 39 7,6 7,1 7,8 5,3 8,5 12,1 11,2

40 a 44 9,7 9,8 8,6 8,3 9,8 10,7 10,5

45 a 49 15,5 16,4 12,0 13,8 7,2 9,5 10,8

50 a 54 16,5 17,3 13,9 16,5 14,7 7,8 9,7

55 a 59 12,1 12,4 12,6 14,8 10,1 5,4 6,8

60 a 69 11,3 10,7 16,1 18,2 10,3 4,4 5,8

70 ou mais 4,2 3,2 10,0 10,0 5,4 0,9 1,6

Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

Tipo de deficiênciaCom

deficiência

(1)

Sem

deficiência

(5)

TotalFaixa Etária

(em anos)

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de Porto Alegre

TABELA 6

Distribuição da população ocupada segundo nível de instrução e tipo de deficiência Porto Alegre, 2000 e 2010

Fonte: IBGE, microdados dos Censos 2000 e 2010. Elaboração: DIEESE Nota: (1) Na coluna “com pelo menos uma das deficiências” as pessoas incluídas em mais de um tipo de deficiência foram contadas apenas uma vez. (2) Com nenhuma das deficiências investigadas. (3) Incapaz, com alguma ou grande dificuldade permanente de enxergar. (4) Incapaz, com alguma ou grande dificuldade permanente de ouvir. (5) Incapaz, com alguma ou grande dificuldade permanente de caminhar ou subir escadas.

Visual (3) Auditiva (4) Motora (5)

Deficiênc

ia mental

permane

Sem instrução e fundamental incompleto 42,0 41,6 44,3 54,0 40,1 25,9 27,9

Fundamental completo e médio incompleto 16,7 17,2 15,6 16,2 14,6 17,2 17,2

Médio completo e superior incompleto 25,8 25,9 24,1 19,1 28,6 34,3 33,3

Superior completo 14,8 14,5 15,5 10,6 15,7 21,9 21,1

Não determinado 0,7 0,8 0,5 0,2 1,0 0,6 0,6

Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

Sem instrução e fundamental incompleto 27,5 26,8 34,9 42,5 37,2 17,7 19,8

Fundamental completo e médio incompleto 16,3 15,9 17,7 17,2 15,7 16,3 16,3

Médio completo e superior incompleto 31,8 31,7 27,6 26,1 32,0 37,3 36,1

Superior completo 23,8 24,9 19,5 13,7 14,1 28,2 27,2

Não determinado 0,5 0,6 0,3 0,4 1,0 0,6 0,6

Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

2010

Nível de instrução

Com pelo menos

uma das

deficiências

investigadas (1)

Tipo de deficiência Nenhuma

destas

deficiências

(2)

Total

2000

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de Porto Alegre

2. CARACTERÍSTICAS DO EMPREGO FORMAL PARA OS TRABALHADORES COM DEFICIÊNCIA

2.1 Brasil, grandes regiões e UFs

Segundo dados da RAIS, no ano de 2010 estavam ativos, no Brasil, 325.291 vínculos ocupados por

trabalhadores com pelo menos um tipo de deficiência. Esse número caiu em 2011, para 306.291 e

voltou a subir em 2012, para 330.296, sendo 1,5% maior que em 2010. Essa variação, no entanto,

foi menor que a dos vínculos ocupados por pessoas sem deficiência (3,9%) (Tabela 7).

Já o estoque de vínculos formais no Sul, no Rio Grande do Sul e no município de Porto Alegre

aumentou em um ritmo maior entre os vínculos ocupados por pessoas com deficiência do que para

os demais. Na Região Sul, em 2010, eram 56.442 vínculos ocupados por pessoas com deficiência,

número que subiu para 59.225 em 2011 e 63.196 em 2012. Isso significa que o estoque de vínculos

de pessoas com deficiências em 2012 foi 12,0% maior que em 2010.

Da mesma forma, o estoque de vínculos também subiu ano a ano, entre 2010 e 2012, no estado do

Rio Grande do Sul foi de 21.629 para 25.470 – alta de 17,8%. Por fim, no município de Porto

Alegre, o estoque de vínculos ocupados por pessoas com deficiências foi de 5.790 em 2010, e de

6.421 em 2012, o que representou uma variação de 10,9% no período.

TABELA 7 Estoque de empregos formais com e sem deficiência, e variação, segundo regiões geográficas

selecionadas Regiões geográficas selecionadas, 2010 a 2012

Fonte: RAIS/MTE. Elaboração: DIEESE. Nota: (1) Vínculos ocupados por pessoas que tinham uma deficiência física, auditiva, visual, intelectual (mental), múltipla ou eram reabilitados. (2) Vínculos ocupados por pessoas sem nenhuma deficiência

Já a participação de pessoas com deficiências no total de vínculos formais entre 2010 e 2012 variou

pouco nas localidades selecionadas: em 2012, 0,7% dos vínculos foram preenchidos por pessoas

Região

geográficaCaracterística do vínculo 2010 2011 2012

Variação

2010-2012

Com deficiência (1) 325.291 306.013 330.296 1,5

Sem deficiência (2) 45.985.340 43.762.342 47.789.008 3,9

Total de vínculos 46.310.631 44.068.355 47.458.712 2,5

Com deficiência (1) 56.442 59.225 63.196 12,0

Sem deficiência (2) 7.501.089 7.843.218 8.066.502 7,5

Total de vínculos 7.557.531 7.902.443 8.129.698 7,6

Com deficiência (1) 21.629 23.664 25.470 17,8

Sem deficiência (2) 2.782.533 2.896.925 2.967.561 6,6

Total de vínculos 2.804.162 2.920.589 2.993.031 6,7

Com deficiência (1) 5.790 6.020 6.421 10,9

Sem deficiência (2) 720.308 735.176 760.707 5,6

Total de vínculos 726.098 741.196 767.128 5,7

Rio Grande do

Sul

Brasil

Sul

Porto Alegre

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de Porto Alegre

com deficiências no Brasil; na região Sul e em Porto Alegre, essa proporção foi de 0,8%; e em 0,9%

no estado do Rio Grande do Sul (Anexo 4).

2.2 Características gerais do estoque de empregos para pessoas com deficiência no município de Porto Alegre

A maioria dos vínculos de trabalho formal ocupados por pessoas com deficiência foi preenchida por

trabalhadores com deficiência física, seguido por vínculos ocupados por pessoas com deficiência

auditiva.

Em 2010, o número de vínculos ocupados por pessoas com deficiência física foi de 2.463 e passou

para 2.647 em 2012, correspondente a 41,2% a distribuição de vínculos ocupados por pessoas com

deficiências no período. Essa participação de pessoas com deficiência física foi menor que a

registrada em 2011, quando a participação era de 44,4% e do que a de 2010 (42,5%), embora em

termos absolutos tenha havido aumento do número de vínculos entre 2010 e 2010, da ordem de

7,5% (Tabela 8).

Por sua vez, o número de vínculos ocupados por pessoas com deficiência auditiva caiu tanto em

termos de participação no total do estoque de vínculos de pessoas com deficiências quanto em

números absolutos. O estoque de vínculos formais ocupados por trabalhadores com esse tipo de

deficiência era de 1.607 em 2010, e caiu para 1.454 em 2012, o que significa uma variação de -

9,5%. Essa queda foi acompanhada por uma redução da participação dos vínculos ocupados por

pessoas com deficiência auditiva no total de pessoas com deficiência, de 27,8% para 22,6% no

mesmo período.

Por outro lado, o número de vínculos ocupados por trabalhadores reabilitados aumentou de 672 para

1.045, ou seja, crescimento de 55,5%, no mesmo período. A participação dessas pessoas no total

aumentou 4,7 p.p., de 11,6% para 16,3% entre 2010 e 2012.

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de Porto Alegre

TABELA 8 Estoque de vínculos formais, distribuição segundo tipos de deficiência e variação

Porto Alegre, 2010 a 2012

Fonte: RAIS/MTE. Elaboração: DIEESE. Nota: (1) Vínculos ocupados por pessoas sem nenhuma deficiência

Entre as pessoas com deficiências, o tipo de vínculo formal predominante em Porto Alegre foi o de

trabalhadores celetistas, representando 97,3% do total em 2012. Já para as pessoas sem deficiência

esse tipo de vínculo representou 71,6% do total.

A proporção de vínculos estatutários no total da população com deficiência foi de 4,1%. Essa

proporção para as pessoas sem deficiência foi de 26,5%. Ao analisar por tipo de deficiência, é

possível notar que as pessoas com deficiência física (6,8%) e visual (7,1%) têm as maiores

participações como trabalhadores estatutários, em relação ao total das respectivas deficiências.

GRÁFICO 6 Participação percentual dos tipos de vínculo segundo tipos de deficiência

Porto Alegre, 2012

Fonte: RAIS/MTE. Elaboração: DIEESE.

2010 2011 2012 2010 2011 2012

Física 2.463 2.674 2.647 7,5 42,5 44,4 41,2

Auditiva 1.607 1.436 1.454 -9,5 27,8 23,9 22,6

Visual 466 498 580 24,5 8,0 8,3 9,0

Intelectual (mental) 509 605 628 23,4 8,8 10,0 9,8

Múltipla 73 67 67 -8,2 1,3 1,1 1,0

Reabilitado 672 740 1.045 55,5 11,6 12,3 16,3

Total com deficiência 5.790 6.020 6.421 10,9 100,0 100,0 100,0

Sem deficiência (1) 720.308 735.176 760.707 5,6 - - -

Total de vínculos formais 726.098 741.196 767.128 5,7 - - -

Distribuição de vínculos de PcDs (em %)Tipo de deficiência

Estoque de empregos Var. 2010-2012

(em %)

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de Porto Alegre

A partir da análise da distribuição do estoque de empregos por tipo de deficiência segundo o setor

de atividade econômica em Porto Alegre (Tabela 9), observou-se que o setor de Serviços foi o que

concentrou a maior quantidade de vínculos formais (3.824), seguido pelo setor de Comércio (1.119)

e Indústria de Transformação (954).

Em relação ao estoque de empregos formais de pessoas com deficiências, os setores de atividade

econômica com maior quantidade de vínculos formais em Porto Alegre apresentaram aumento em

2012 em relação a 2010. O setor de Serviços, que mais possuiu vínculos ocupados por pessoas com

deficiências, apresentou aumento de 17,2% no período, enquanto o setor de Comércio registrou

aumento de 2,7% e o da Indústria de Transformação, 1,1% (Anexo 1).

Observando os dados por tipo de deficiência, nota-se que o setor de Serviços foi o que apresentou o

maior número de vínculos ocupados por pessoas com deficiência física (1.678), auditiva (668),

visual (344) e reabilitados (908). Já o setor em que as pessoas com deficiência intelectual (mental)

mais ocuparam vínculos foi no setor do Comércio (333).

TABELA 9

Estoque de vínculos formais segundo setor de atividade econômica Porto Alegre, 2012

Fonte: RAIS/MTE. Elaboração: DIEESE.

O gráfico 7 apresenta a composição dos vínculos por tipo de deficiência e por setor de atividade

econômica. Verifica-se que no setor da Administração Pública e da Construção Civil há uma

predominância de vínculos ocupados por pessoas com deficiência física, em relação ao total de

vínculos ocupados por pessoas com deficiências: com participação de 68,7% e 57,1%,

respectivamente. Já na Indústria de Transformação, o tipo de deficiência mais comum na ocupação

de vínculos formais é a deficiência auditiva (42,3%). Vale ressaltar que não é possível inferir por

esses dados qual a proporção de deficientes auditivos que adquiriram essa condição em decorrência

de condições inadequadas de trabalho.

Os deficientes visuais ocupam a maior proporção relativa dos vínculos de pessoas com deficiência

no setor de Serviços Industriais de Utilidade Pública (SIUP), com 34,5%, proporção semelhante à

Setor de Atividade Econômica Física Auditiva VisualIntelectual

(mental)Múltipla Reabilitado

Total com

deficiência

Sem

Deficiência

Total de vínculos

formais

Extrativa mineral e Agropecuária 3 6 6 2 1 2 20 2.060 2.080

Indústria de transformação 298 404 75 86 13 78 954 48.725 49.679

SIUP 27 19 29 5 2 2 84 10.194 10.278

Construção civil 92 38 11 8 1 11 161 37.433 37.594

Comércio 371 284 76 333 17 38 1.119 119.032 120.151

Serviços 1.678 668 344 194 32 908 3.824 340.297 344.121

Administração pública 178 35 39 0 1 6 259 202.966 203.225

Total 2.647 1.454 580 628 67 1.045 6.421 760.707 767.128

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de Porto Alegre

distribuição de deficientes físicos (32,1%). Já no setor do Comércio, a maior participação é a de

deficientes físicos, que ocupam 33,2% dos vínculos formais, seguido por pessoas com deficiência

intelectual (mental), com 29,8%, e pessoas com deficiência auditiva (25,4%).

GRÁFICO 7 Distribuição do estoque de empregos por tipo de deficiência e setor de atividade econômica (em %)

Porto Alegre, 2012

Fonte: RAIS/MTE. Elaboração: DIEESE.

A Tabela 9 mostra as 20 famílias ocupacionais com maior participação no estoque de emprego em

Porto Alegre em 2012. Essas ocupações concentravam 3.667 vínculos, ou 57,1% do total de

vínculos de pessoas com deficiências.

No topo dessa lista está a família ocupacional de Escriturários em Geral, Agentes e Assistentes

Administrativos. Dentre as famílias ocupacionais selecionadas, foi essa a que concentrou, em 2012,

o maior número de vínculos de pessoas com deficiências, com um total de 1.551 vínculos. Isso

significa 24,1% do total de vínculos formais ocupados por pessoas com deficiências. Nessa família

ocupacional, quase a metade dos vínculos (720) foi ocupada por pessoas com deficiência física e

307 vínculos foram ocupados por pessoas com deficiência auditiva.

A família ocupacional que apresentou o segundo maior estoque de vínculos de pessoas com

deficiência, em 2012, foi a de Vendedores e Demonstradores em Lojas ou Mercados, somando 514

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de Porto Alegre

vínculos (ou 8,0% do total de vínculos ocupados por pessoas com deficiências). Aqui, os tipos de

deficiência predominantes foram deficiência intelectual (mental), na ordem de 209 vínculos, 160

vínculos eram ocupados por pessoas com deficiência física e 98 por pessoas com deficiência

auditiva.

Por fim, a terceira família ocupacional que apresentou a maior quantidade de vínculos formais

ocupados por pessoas com deficiências foi a de Trabalhadores nos Serviços de Manutenção de

Edificações, que, em 2012, registrou 304 vínculos (4,7% do total). Desse total, 130 vínculos eram

ocupados por pessoas com deficiência física, 71 eram ocupados por pessoas com deficiência

auditiva e 40 eram ocupados por pessoas com deficiência intelectual (mental).

TABELA 10 Ranking das 20 classes CNAE com maior participação no estoque de emprego total

1, por tipo de

deficiência Porto Alegre, 2012

Fonte: RAIS/MTE. Elaboração: DIEESE.

2.3 Perfil dos vínculos de trabalhadores com deficiência em Porto Alegre

Esta seção trata dos atributos pessoais dos trabalhadores com deficiência. Na Tabela 11, é possível

ver que as mulheres com deficiência ocuparam 2.283 vínculos formais. Isso significa que elas

ocuparam 39,4% do estoque de vínculos formais de pessoas com deficiências em Porto Alegre, em

2012, ao passo que as mulheres sem deficiência ocupam praticamente a metade dos vínculos

formais (49,4%) de pessoas sem deficiência. Esse dado aponta para um desafio importante – a

inclusão da mulher com deficiência no mercado de trabalho –, na formulação de políticas.

Física Auditiva VisualIntelectual

(mental)Múltipla Reabilitado

1º Escriturários Em Geral, Agentes, Assist. e Aux. Admin. 720 307 129 96 14 285 1.551 77.071 78.622

2º Professores Do Ensino Médio 3 4 0 0 0 0 7 69.484 69.491

3º Vendedores E Demonstradores Em Lojas Ou Mercados 160 98 28 209 7 12 514 44.652 45.166

4º {Ñ Class} 0 0 0 0 0 0 0 26.521 26.521

5º Trabalhadores Nos Servicos De Manut. De Edificações 130 71 27 40 5 31 304 26.114 26.418

6º Supervisores De Serv. Adm. (Exceto Contab., Fin. E Contr.) 27 30 6 0 0 8 71 24.606 24.677

7º Tecnicos E Auxiliares De Enfermagem 77 39 16 0 1 113 246 21.273 21.519

8º Porteiros, Guardas E Vigias 65 14 10 1 2 21 113 20.171 20.284

9º Garçons, Barmen, Copeiros E Sommeliers 12 4 1 8 0 16 41 20.046 20.087

10º Vigilantes E Guardas De Seguranca 16 5 0 3 1 4 29 19.953 19.982

11º Serv. De Manut. e Conser. De Ed. e Logradouros 57 31 14 14 2 15 133 13.994 14.127

12º Professores De Nivel Medio No Ensino Fundamental 2 2 1 0 0 0 5 13.407 13.412

13º Caixas E Bilheteiros (Exceto Caixa De Banco) 36 12 7 7 1 103 166 12.544 12.710

14º Recepcionistas 58 8 15 6 1 13 101 11.091 11.192

15º Serventuários Da Justica E Afins 5 1 2 0 0 0 8 10.148 10.156

16º Cozinheiros 12 17 0 7 0 17 53 9.432 9.485

17º Ajudantes De Obras Civis 25 11 14 10 0 2 62 9.177 9.239

18º Almoxarifes E Armazenistas 40 51 14 30 1 9 145 8.394 8.539

19º Escriturários De Servicos Bancarios 55 17 4 1 0 26 103 7.304 7.407

20º Motoristas De Veículos De Pequeno E Medio Porte 10 4 0 0 0 1 15 6.818 6.833

Subtotal das 20 famílias ocupacionais mais significativas 1.510 726 288 432 35 676 3.667 452.200 455.867

Demais Famílias ocupacionais 1.137 728 292 196 32 369 2.754 308.507 311.261

Total 2.647 1.454 580 628 67 1.045 6.421 760.707 767.128

Rank

2012Família Ocupacional

Total com

deficiência

Sem

deficiência

Total de

vínculos

formais

Tipo de deficiência

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de Porto Alegre

As mulheres reabilitadas ocuparam 48,7% do estoque de vínculos formais de pessoas reabilitadas,

as mulheres com deficiência intelectual (mental) ocuparam 26,9% do estoque de vagas de pessoas

de ambos os sexos com esse tipo de deficiência. Essa proporção para pessoas com deficiência

auditiva e múltipla (mais de um tipo) foi semelhante: mulheres ocuparam 41,4% no caso dos

deficientes auditivos, 41,1% no caso dos reabilitados. Entre os trabalhadores com deficiência física,

o tipo de deficiência que apresentou maior estoque de empregos, a proporção de vínculos ocupados

por mulheres foi de 38,9%, e, entre pessoas com deficiência visual, as mulheres ocupavam 35,4%

desses vínculos.

TABELA 11 Estoque de empregos segundo tipo de deficiência e sexo

Porto Alegre, 2012

Fonte: RAIS/MTE. Elaboração: DIEESE. Nota: (1) Com nenhuma das deficiências investigadas.

O Gráfico 8 mostra como os vínculos formais de pessoas com deficiência foram distribuídos como

proporção do total de vínculos de pessoas com deficiências, por tipo de deficiência e sexo, e permite

fazer uma leitura que complementa a Tabela 10 (acima), uma vez que mostra a participação de cada

tipo de deficiência no estoque total de vínculos formais de pessoas com deficiência e, logo, a

diferença de participação entre sexos em cada tipo de deficiência. Observa-se que 26,0% dos

vínculos formais de pessoas com deficiência foram preenchidos por pessoas com deficiência física

do sexo masculino e 16,5% por pessoas com a mesma deficiência do sexo feminino. Isso significa

uma diferença de 9,5 p.p. No caso da participação de pessoas com dificuldade auditiva, as

participações foram de 16,3% no caso de homens e 11,5% no caso de mulheres, uma diferença de

4,8 p.p.

Masculino Feminino Masculino Feminino

Física 1.505 958 61,1 38,9

Auditiva 941 666 58,6 41,4

Visual 301 165 64,6 35,4

Intelectual (mental) 372 137 73,1 26,9

Múltipla 43 30 58,9 41,1

Reabilitado 345 327 51,3 48,7

Total com deficiência 3.507 2.283 60,6 39,4

Sem deficiência (1) 364.294 356.014 50,6 49,4

Total de vínculos formais 367.801 358.297 50,7 49,3

VínculosTipo de deficiência

Proporção (em %)

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29

Termo de Contrato nº 893-0, Fls.: 295, Reg.: 54139 – Inserção de Pessoas com Deficiência no Mercado de Trabalho

de Porto Alegre

GRÁFICO 8 Participação do tipo de deficiência no total de empregos de pessoas com deficiência por sexo

Porto Alegre, 2012

Fonte: RAIS/MTE. Elaboração: DIEESE. Nota: (1) Com nenhuma das deficiências investigadas.

Na Tabela 12, comparando a estrutura etária do estoque dos vínculos formais de trabalhadores com

e sem deficiência em Porto Alegre em 2012, verifica-se que, entre as pessoas com deficiências,

houve uma maior concentração de vínculos ocupados por trabalhadores entre 30 e 64 anos (76,6%

dos vínculos de pessoas com deficiências), ao passo que, entre as pessoas sem deficiência, a

concentração nas mesmas faixas é menor (70,2%). Por outro lado, a proporção de vínculos de

pessoas com deficiências ocupados por jovens de 17 a 29 anos foi de 21,7% e, no caso de pessoas

sem deficiência, essa proporção foi de 28,7%. Ou seja, a distribuição de vínculos está menos

concentrada ao longo das sete faixas etárias no caso das pessoas sem deficiência do que em relação

às pessoas com deficiências.

Quando se analisa os dados por tipo de deficiência, é possível verificar que as distribuições ao

longo das faixas etárias apresentam padrões um pouco distintos para cada tipo. No caso das pessoas

com deficiências com deficiência física, a maior concentração de pessoas ocupando vínculos está na

faixa etária dos trabalhadores de 30 a 39 anos (32,5%), proporção semelhante à distribuição de

vínculos ocupados por trabalhadores com deficiência visual (35,2%). Já no caso de vínculos

ocupados por deficientes auditivos, a faixa etária com predominância de vínculos é a de

trabalhadores entre 50 e 64 anos (27,2%), embora, neste caso, a diferença para as faixas etárias de

trabalhadores entre 40 e 49 anos (26,0%) e entre 30 e 39 anos (25,5%) seja pequena. No caso dos

vínculos ocupados por trabalhadores com deficiência intelectual, a proporção é maior entre as faixas

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30

Termo de Contrato nº 893-0, Fls.: 295, Reg.: 54139 – Inserção de Pessoas com Deficiência no Mercado de Trabalho

de Porto Alegre

etárias menores, com predominância entre os que têm entre 30 e 39 anos (35,4%). Nos vínculos

ocupados por trabalhadores reabilitados, a faixa predominante é entre 40 e 49 anos (41,7%).

TABELA 12 Distribuição do estoque de empregos formais de pessoas com deficiência segundo tipos de

deficiência e faixa etária (em %) Porto Alegre, 2012

Fonte: RAIS/MTE. Elaboração: DIEESE. Nota: (1) Com nenhuma das deficiências investigadas.

Quando se analisa os vínculos segundo nível de escolaridade e tipo de deficiência, verifica-se,

primeiramente, que os vínculos formais em Porto Alegre, em 2012, foram predominantemente

ocupados por trabalhadores com até o ensino médio completo, tanto no caso de pessoas com

deficiências (2.646) quanto no caso dos demais trabalhadores (305.075). Os vínculos formais desta

faixa de escolaridade ocupados por pessoas com deficiências foram 41,2% do total do estoque

ocupado por pessoas com deficiências em 2012. A proporção nessa faixa de escolaridade foi

semelhante à dos trabalhadores sem deficiência (40,1%). A faixa com a segunda maior quantidade

de vínculos ocupados por pessoas com deficiências foi a de trabalhadores com ensino superior

completo, totalizando de 873 vínculos, ou seja, 13,6% dos vínculos ocupados por pessoas com

deficiências, enquanto a proporção de vínculos de trabalhadores com ensino superior e sem

deficiência foi 24,8%.

Ao focar a análise desses dados por tipo de deficiência, nota-se que 447 vínculos de trabalhadores

com ensino superior completo são ocupados por pessoas com deficiência física (ou 51,2% das

pessoas com deficiências tinham ensino superior completo) – maior, portanto, que a proporção total

de trabalhadores com esse tipo de deficiência no total de vínculos ocupados por pessoas com

deficiências, que foi de 41,2%, como foi visto anteriormente. Do total de pessoas com deficiência

física, as que tinham ensino superior completo representaram 16,9% em 2012. Porém, a maioria dos

trabalhadores com essa deficiência tinha ensino médio completo: 1.117 vínculos, ou 42,2% do total

Física Auditiva VisualIntelectual

(mental)Múltipla Reabilitado

até 17 0,5 0,4 0,2 2,1 0,0 0,1 0,5 1,2 1,2

18 a 24 9,4 8,0 8,1 24,2 14,9 1,4 9,2 13,2 13,2

25 a 29 14,7 9,1 14,3 20,2 16,4 2,6 12,0 14,3 14,3

30 a 39 32,5 25,5 35,2 35,4 25,4 20,9 29,5 27,8 27,8

40 a 49 23,7 26,0 20,7 13,2 29,9 41,7 25,9 23,5 23,5

50 a 64 17,8 27,2 19,5 4,9 11,9 32,8 21,2 18,9 18,9

65 ou mais 1,4 3,7 2,1 0,0 1,5 0,5 1,7 1,2 1,2

Ignorado 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

TOTAL 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

Faixa etáriaTotal com

deficiência

Sem

deficiência

(1)

Total de

vínculos

formais

Tipo de deficiência

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Termo de Contrato nº 893-0, Fls.: 295, Reg.: 54139 – Inserção de Pessoas com Deficiência no Mercado de Trabalho

de Porto Alegre

de trabalhadores com deficiência física, proporção semelhante à de trabalhadores com deficiência

visual (42,4% do total de vínculos de pessoas com esse tipo de deficiência).

Também no caso das pessoas com deficiência auditiva o maior número de vínculos foi ocupado por

trabalhadores com ensino médio completo: 491. Porém, em termos de distribuição, verifica-se que

essa proporção representou 33,8% dos vínculos de pessoas com esse tipo de deficiência, menor,

portanto, que o ocorrido nos vínculos ocupados por pessoas com deficiência física e visual. Os

trabalhadores com ensino médio completo são ainda mais concentrados nesse grau de escolaridade

quando se trata das pessoas reabilitadas, que totalizaram 620 vínculos de um total de 1.045 vínculos

de pessoas, representando 59,3% desse total.

TABELA 13 Estoque de empregos formais segundo nível de escolaridade e tipo de deficiência

Porto Alegre, 2012

Fonte: RAIS/MTE. Elaboração: DIEESE. Nota: (1) Com nenhuma das deficiências investigadas.

Na Tabela 14, observa-se o ranking com as 20 classes de atividade com maior participação no

estoque de vínculos formais totais em Porto Alegre, por tipo de deficiência. Estas classes de

atividade concentraram 2.804 vínculos de pessoas com deficiências, o que significa 43,7% do total

de vínculos ocupados por esses trabalhadores, ao passo que representavam 55,3% dos vínculos

totais ocupados por pessoas sem deficiência.

Dentre as classes de atividade selecionadas, a que respondeu pelo maior número de vínculos de

pessoas com deficiências foi a de Atividades de Atendimento Hospitalar, com 893 vínculos em

2012. Isso representou 13,9% do estoque de vínculos de pessoas com deficiências em Porto Alegre.

Nesta classe de atividade, os vínculos de trabalho preenchidos por pessoas com deficiências de

maior número foram das pessoas com deficiência física (310 vínculos) e das reabilitadas (298), que,

somadas, ocuparam 68% desses vínculos.

A segunda classe da lista com maior estoque de vínculos ocupados por pessoas com deficiências foi

a de Comércio Varejista de Mercadorias em Geral – Hipermercados e Supermercados, com 557

vínculos. Aqui, a maior presença foi de pessoas com deficiência intelectual (mental) que ocuparam

Física Auditiva VisualIntelectual

(mental)Múltipla Reabilitado

Analfabeto e até 5ª Incompleto 58 90 14 95 3 11 271 9.980 10.251

5ª Completo Fundamental 47 56 6 13 1 12 135 12.130 12.265

6ª a 9ª Fundamental 230 171 44 179 12 64 700 45.806 46.506

Fundamental Completo 300 201 60 73 8 99 741 82.444 83.185

Médio Incompleto 205 150 58 92 8 38 551 55.008 55.559

Médio Completo 1.117 491 246 146 26 620 2.646 305.075 307.721

Superior Incompleto 231 98 44 21 3 88 485 56.026 56.511

Superior Completo 447 193 105 9 6 113 873 189.025 189.898

Mestrado e Doutorado 12 4 3 0 0 0 19 5.213 5.232

Total 2.647 1.454 580 628 67 1.045 6.421 760.707 767.128

Sem

deficiência

(1)

Total de

vínculos

formais

Grau de escolaridade

Tipo de deficiênciaTotal com

deficiência

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Termo de Contrato nº 893-0, Fls.: 295, Reg.: 54139 – Inserção de Pessoas com Deficiência no Mercado de Trabalho

de Porto Alegre

265 vínculos, ou 47,6% do total de vínculos dessa classe de atividade. E por fim, a terceira classe de

atividade com maior quantidade de vínculos preenchidos por pessoas com deficiência em 2012 foi a

de Transporte Rodoviário Coletivo, com 290 vínculos, sendo que mais da metade desse total

(53,8%) foi ocupado por pessoas com deficiência física.

TABELA 14 Ranking das classes de atividade com maior participação no estoque de empregos e por tipo de

deficiência Porto Alegre, 2012

Fonte: RAIS/MTE. Elaboração: DIEESE.

2.4 Tempo de permanência no emprego, jornada de trabalho e rendimento

Um importante dado para compreender a qualidade desses vínculos é fornecido por meio da análise

dos dados de distribuição do estoque de vínculos formais segundo tempo de permanência no

emprego.

Observa-se que a estrutura da distribuição dos vínculos totais ocupados por pessoas com deficiência

permaneceu basicamente o mesmo entre 2010 e 2012, com pequenas alterações marginais em cada

faixa de tempo de permanência, conforme pode ser visto na Tabela 15, de modo que a análise vai se

concentrar na última parte da tabela, referente ao ano de 2012.

Nesse ano, a maior concentração de vínculos de pessoas com deficiências foi ocupada por

trabalhadores que permaneceram no emprego entre 60 e 119,9 meses (ou entre cinco e menos de

dez anos), num total de 19,2% dos vínculos. Essa proporção foi menor no caso de pessoas sem

deficiência (14,1%).

Física Auditiva VisualIntelectual

(mental)Múltipla Reabilitado

1º Regulação das ativ. de saúde, educação, serv. Cult. e outros serv. sociais 0 0 0 0 0 0 0 100.981 100.981

2º Administração pública em geral 49 8 19 0 1 6 83 45.395 45.478

3º Segurança e ordem pública 1 1 3 0 0 0 5 39.910 39.915

4º Atividades de atendimento hospitalar 310 172 76 27 10 298 893 37.595 38.488

5º Restaurantes e outros estabelecimentos de serviços de alimentação e bebidas 9 2 0 4 0 1 16 22.987 23.003

6º Comércio varejista de mercadorias em geral - hipermercados e supermercados 130 121 21 265 11 9 557 18.693 19.250

7º Justiça 128 26 17 0 0 0 171 16.644 16.815

8º Atividades de vigilância e segurança privada 30 5 3 0 0 3 41 16.280 16.321

9º Construção de edifícios 29 17 11 6 1 8 72 14.590 14.662

10º Condomínios prediais 19 6 4 1 0 0 30 14.023 14.053

11º Limpeza em prédios e em domicílios 37 8 17 4 0 7 73 13.118 13.191

12º Educação superior - grad. e pós-grad. 64 37 22 6 0 10 139 11.883 12.022

13º Ativ. de serviços prestados 43 5 7 12 2 6 75 10.540 10.615

14º Transporte rodoviário de carga 25 8 5 5 0 6 49 9.914 9.963

15º Transporte rodoviário coletivo 156 55 21 7 1 50 290 9.358 9.648

16º Bancos múltiplos, com carteira comercial 74 17 3 1 1 56 152 9.472 9.624

17º Comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios 23 14 8 12 2 2 61 9.486 9.547

18º Atividades de teleatendimento 7 5 0 1 0 6 19 7.806 7.825

19º Comércio varejista de outros produtos 11 8 1 2 1 1 24 6.446 6.470

20º Ativ. de associações de defesa de direitos sociais 35 9 3 6 1 0 54 6.284 6.338

Subtotal das 20 classes de atividade mais significativas 1.180 524 241 359 31 469 2.804 421.405 424.209

Demais classes de atividade 1.467 930 339 269 36 576 3.617 339.302 342.919

Total 2.647 1.454 580 628 67 1.045 6.421 760.707 767.128

Total de

vínculos

formais

Rank

2012Classe de Atividade Econômica

Tipo de deficiênciaTotal com

deficiência

Sem

deficiência

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Termo de Contrato nº 893-0, Fls.: 295, Reg.: 54139 – Inserção de Pessoas com Deficiência no Mercado de Trabalho

de Porto Alegre

A segunda maior concentração de vínculos de pessoas com deficiências foi ocupada por

trabalhadores que permaneceram no emprego por mais de 120 meses (ou mais de dez anos), faixa

de tempo que respondeu por 17,5% dos vínculos formais em Porto Alegre em 2012.

Observa-se também que houve uma proporção maior de vínculos entre pessoas sem deficiência

ocupados por trabalhadores que permaneceram por menos de um ano no emprego do que aquela

registrada entre pessoas com deficiências. Do total de vínculos ocupados por pessoas sem

deficiência, 36,5% são de pessoas que permaneceram menos de um ano no emprego. Essa

proporção é de 27,6% no caso de pessoas com deficiências.

Entre os tipos de deficiência, os reabilitados foram os que permaneceram no emprego por mais

tempo: 44,0% dos vínculos foram ocupados por trabalhadores que permaneceram no emprego por

60 meses ou mais. Entre os trabalhadores com deficiência física essa proporção foi de 40,1%, entre

os trabalhadores com deficiência auditiva, 32,5%, e 23,9% entre aqueles com deficiência visual.

TABELA 15 Distribuição do estoque de vínculos formais segundo tempo de permanência no emprego e tipo de

deficiência Porto Alegre, 2010 a 2012

Fonte: RAIS/MTE. Elaboração: DIEESE. Nota: (1) Com nenhuma das deficiências investigadas.

Assim como o que ocorre com a evolução do tempo de permanência no emprego entre 2010 e 2012,

a evolução da estrutura de distribuição de vínculos por faixa de hora contratada também

Física Auditiva VisualIntelectual

(mental)Múltipla Reabilitado

Total com

deficiência

Sem

deficiência (1)

Total de

vínculos

Ate 2,9 meses 6,9 7,0 7,8 10,2 4,1 4,7 7,0 11,4 11,3

3,0 a 5,9 meses 6,1 10,0 9,9 5,1 5,1 3,5 6,9 9,5 9,4

6,0 a 11,9 meses 9,2 9,7 15,0 15,8 10,2 9,0 10,4 13,5 13,5

12,0 a 23,9 meses 14,0 14,9 13,5 19,0 12,2 9,0 14,1 14,4 14,4

24,0 a 35,9 meses 10,5 12,3 11,3 16,4 10,2 8,8 11,2 8,6 8,6

36,0 a 59,9 meses 16,2 12,8 19,9 15,0 14,3 20,0 16,0 11,3 11,3

60,0 a 119,9 meses 16,6 15,0 11,8 14,7 20,4 25,1 16,4 13,0 13,0

120,0 meses ou

mais20,6 18,3 10,8 3,9 23,5 20,0 17,9 18,3 18,3

sem classificação 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1 0,1

Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

Ate 2,9 meses 6,2 8,5 7,6 7,2 2,5 7,8 7,0 11,2 11,2

3,0 a 5,9 meses 5,6 7,2 9,5 5,9 3,8 4,3 6,2 8,9 8,9

6,0 a 11,9 meses 10,9 10,5 12,9 9,9 7,6 9,2 10,8 14,4 14,4

12,0 a 23,9 meses 12,8 15,0 21,0 19,5 17,7 11,2 14,6 15,3 15,3

24,0 a 35,9 meses 11,8 9,6 10,7 13,5 12,7 5,9 11,0 8,6 8,6

36,0 a 59,9 meses 15,4 16,8 14,2 19,8 19,0 11,6 15,7 10,2 10,2

60,0 a 119,9 meses 18,6 15,4 13,5 19,8 22,8 29,8 18,4 14,2 14,2

120,0 meses ou

mais18,6 17,1 10,4 4,3 13,9 20,2 16,3 17,2 17,2

sem classificação 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

Ate 2,9 meses 7,1 10,0 8,9 7,4 6,7 11,3 8,3 10,5 10,4

3,0 a 5,9 meses 7,9 6,9 9,0 7,0 6,7 6,5 7,6 8,8 8,8

6,0 a 11,9 meses 11,0 12,5 14,8 10,7 13,3 10,8 11,7 17,2 17,2

12,0 a 23,9 meses 11,0 13,1 12,7 15,3 11,1 11,9 12,0 14,8 14,8

24,0 a 35,9 meses 8,5 9,4 14,8 12,1 12,2 8,4 9,7 9,2 9,2

36,0 a 59,9 meses 14,4 14,0 12,2 19,6 17,8 7,0 13,9 9,7 9,7

60,0 a 119,9 meses 19,9 17,4 15,7 22,8 17,8 20,3 19,2 14,1 14,1

120,0 meses ou

mais20,2 16,7 11,8 5,0 14,4 23,7 17,5 15,7 15,7

sem classificação 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

2012

2010

2011

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Termo de Contrato nº 893-0, Fls.: 295, Reg.: 54139 – Inserção de Pessoas com Deficiência no Mercado de Trabalho

de Porto Alegre

permaneceu razoavelmente estável no período para pessoas com deficiências. A maior mudança foi

a redução da proporção de vínculos com duração de 41 a 44 horas entre 2011 e 2012, que passou de

67,6% dos vínculos, para 64,1% (Tabela 16). Ao mesmo tempo, a proporção de vínculos ocupados

por pessoas com deficiências cuja faixa contratual era de 31 a 40 horas subiu de 21,3% para 24,1%.

Assim, em 2012, 88,2% de todos os vínculos tinham faixa de hora contratada de 31 a 44 horas,

proporção maior que a de pessoas sem deficiência (82,6% dos vínculos de pessoas sem deficiência).

Entre as pessoas com deficiências, a estrutura básica também se manteve praticamente estável entre

2010 e 2012, com exceção de uma variação um pouco maior entre os trabalhadores com deficiência

auditiva. Foram as pessoas com deficiência auditiva que apresentaram a maior proporção na faixa

contratual de 41 a 44 horas semanais: eram 74,5% em 2010, passou para 78,3% em 2011 e recuou

para 76,0% dos vínculos de pessoas com deficiência auditiva em 2012. Essa proporção foi maior do

que a registrada nos vínculos ocupados por pessoas com deficiência visual (55,5%), física (61,0%) e

reabilitados (62,0%) em 2012.

TABELA 16 Distribuição do estoque de empregos formais segundo faixa de hora contratada por tipo de

deficiência e sem deficiência Porto Alegre, 2010 a 2012

Fonte: RAIS/MTE. Elaboração: DIEESE. Nota: (1) Com nenhuma das deficiências investigadas.

No que diz respeito à remuneração dos empregados formais entre 2010 e 2012, nota-se que aquela

referente a trabalhadores com deficiência é sempre inferior àquela de trabalhadores sem deficiência

durante os três anos analisados (Tabela 17). Em 2010, a remuneração real média dos trabalhadores

formais com deficiência era de R$ 2.229, no ano seguinte, foi de R$ 2.279 e, por fim, subiu para R$

2.352 em 2012. Isso significa que houve um aumento da remuneração de 5,5% em termos reais.

Física Auditiva VisualIntelectual

(mental)Múltipla Reabilitado

Até 12 horas 1,3 1,3 2,6 1,6 1,4 0,1 1,3 1,2 1,2

13 a 15 horas 0,3 0,1 0,0 0,6 0,0 0,0 0,2 0,2 0,2

16 a 20 horas 1,7 3,7 3,2 11,0 4,1 0,7 3,1 9,3 9,3

21 a 30 horas 8,1 5,7 6,2 9,8 6,8 4,9 7,1 7,4 7,4

31 a 40 horas 26,6 14,6 30,5 12,0 28,8 13,4 20,8 28,9 28,8

41 a 44 horas 62,0 74,5 57,5 65,0 58,9 80,8 67,5 53,0 53,1

Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

Até 12 horas 1,4 1,4 2,6 0,8 4,5 0,4 1,4 1,2 1,2

13 a 15 horas 0,1 0,1 0,0 0,3 0,0 0,1 0,1 0,2 0,2

16 a 20 horas 1,5 1,7 2,6 10,1 1,5 0,4 2,4 8,8 8,8

21 a 30 horas 7,3 4,9 7,2 13,7 6,0 6,1 7,2 7,6 7,5

31 a 40 horas 27,9 13,5 29,3 10,9 34,3 14,7 21,3 28,6 28,5

41 a 44 horas 61,7 78,3 58,2 64,1 53,7 78,2 67,6 53,6 53,7

Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

Até 12 horas 1,5 1,9 2,9 1,1 4,5 0,6 1,5 1,2 1,3

13 a 15 horas 0,3 0,2 0,0 0,2 0,0 0,0 0,2 0,2 0,2

16 a 20 horas 2,6 3,2 3,6 9,2 3,0 0,5 3,1 8,6 8,5

21 a 30 horas 7,3 4,2 7,9 14,0 10,4 4,7 6,9 7,4 7,4

31 a 40 horas 27,4 14,6 30,0 13,5 26,9 32,2 24,1 29,2 29,1

41 a 44 horas 61,0 76,0 55,5 61,9 55,2 62,0 64,1 53,4 53,5

Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

Total de vínculos

formais

20

10

20

11

20

12

Faixa de hora

contratual

Tipo de deficiênciaTotal com

deficiência

Sem

deficiência

(1)

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de Porto Alegre

Essa variação, que já leva em conta a inflação, foi um pouco maior que aquela ocorrida entre

pessoas sem deficiência, cuja remuneração real aumentou 4,4% no período.

Com isso, a diferença entre a remuneração média dos empregados formais com e sem deficiência

diminuiu ligeiramente no período: em 2010 a remuneração média das pessoas com deficiências era

14,5% menor que a das não pessoas com deficiências. Em 2012, esse hiato se reduziu para 13,5%.

Ou seja, a remuneração média de pessoas com deficiências subiu, em termos reais, a um ritmo um

pouco maior que a de não pessoas com deficiências: entre 2010 e 2012, a variação foi de 19,2%,

enquanto a variação dos empregados formais sem deficiência foi de 18,0%.

A remuneração dos trabalhadores com deficiência apresentou variações distintas segundo o tipo de

deficiência. Os empregados formais com deficiência intelectual, que recebem as menores

remunerações (R$ 799 em 2012), foram os que obtiveram maior aumento real, em média, entre

2010 e 2012: 21,6%. Os trabalhadores com maior remuneração média real entre as pessoas com

deficiências foram os trabalhadores com deficiência visual (R$ 2.659 em 2012), cujo valor subiu

1,5% entre 2010 e 2012, já descontada a inflação. A remuneração média real dos trabalhadores

reabilitados, que era de R$ 2.144, passou para R$ 2.552 em 2012, aumentando 19,0% em termos

reais. Já a remuneração real média dos trabalhadores com deficiência física, que são as pessoas com

deficiência que mais ocupam vínculos formais, foi a única que registrou variação negativa entre

2010 e 2012 (-0,6%). Isso puxou para baixo a média total da remuneração real dos trabalhadores

formais com deficiência, cujo aumento real na remuneração poderia ter sido maior que os 5,5%

registrados.

TABELA 17 Remuneração média real dos trabalhadores formais por tipo de deficiência

Porto Alegre2, 2010 a 2012

Fonte: RAIS/MTE. Elaboração: DIEESE. Nota: (1) Com nenhuma das deficiências investigadas. (2) Valores corrigidos (R$) pelo INPC médio de 2012.

2.5 Indicadores dos estabelecimentos que empregam trabalhadores com deficiência

Tipo de deficiência 2010 2011 2012Variação

2010-20112

Física 2.543 2.530 2.527 -0,6

Auditiva 2.127 2.310 2.401 12,9

Visual 2.620 2.558 2.659 1,5

Intelectual (mental) 657 740 799 21,6

Múltipla 1.734 1.762 1.739 0,3

Reabilitado 2.144 2.304 2.552 19,0

Total com deficiência 2.229 2.279 2.352 5,5

Total sem deficiência (1) 2.604 2.629 2.720 4,4

Total de vínculos formais 2.601 2.626 2.717 4,4

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de Porto Alegre

A seção a seguir fará a análise de dados por faixa de tamanho de estabelecimento e por tipo de

deficiência. Na Tabela 17, verifica-se que o tamanho de estabelecimento que mais concentrava

vínculos foram os que tinham 1.000 funcionários ou mais, que, em 2012, respondeu por 1.769 dos

6.421 vínculos formais – um crescimento de 15,5% em relação a 2010 e maior que a variação total

do estoque de vínculos ocupados, que aumentou 10,9% no período.

A segunda faixa de tamanho de estabelecimento que mais concentrou vínculos de pessoas com

deficiências em 2012 foi a de até 99 funcionários, com 1.374 vínculos. A faixa de tamanho de

estabelecimento que mais aumentou o estoque de vínculos ocupados por pessoas com deficiências

foi a de 501 a 1.000 funcionários: passou de 979 vínculos em 2010 para 1.271 em 2012, ou seja, um

crescimento de 29,8% no período. Esse crescimento a levou essa faixa de tamanho de

estabelecimento a ser a terceira maior faixa em termos de número de vínculos de pessoas com

deficiências – em 2010, era a quarta. A faixa de estabelecimento de 201 a 500 funcionários (1.237)

foi a única faixa que reduziu o estoque de pessoas com deficiências entre 2010 e 2012 (-6,5%).

TABELA 18 Estoque de empregos formais segundo tamanho do estabelecimento, com e sem deficiência1

Porto Alegre, 2010 a 2012

Fonte: RAIS/MTE. Elaboração: DIEESE. Nota: (1) Com nenhuma das deficiências investigadas

Ainda referente aos dados sobre faixa de tamanho de estabelecimento, na Tabela 19 observa-se a

distribuição percentual do estoque de empregos por tipo de deficiência, em Porto Alegre, em 2012.

A faixa de tamanho de estabelecimentos que ocupam a maior proporção de pessoas com deficiência

é aquela de estabelecimentos com 1.000 vínculos ou mais (27,6%), seguido por estabelecimentos de

até 99 vínculos (21,4%). Somadas, portanto, essas duas faixas de tamanho respondem por quase a

metade (49,0%) da distribuição de vínculos ocupados por pessoas com deficiência. A proporção

mais baixa está na faixa de estabelecimento de 100 a 200 vínculos, que responde por 12% dos

vínculos ocupados por pessoas com deficiência.

Quando a análise dos dados é feita por tipo de deficiência, observa-se que as pessoas com

deficiência física segue uma distribuição parecida com a média geral, com 26,9% dos vínculos em

estabelecimentos com 1.000 vínculos ou mais e 23,7% em estabelecimentos de até 99 vínculos. Já

entre os trabalhadores com deficiência auditiva, 27,4% dos vínculos estão em estabelecimentos de

Total com

deficiência

Sem

deficiência

Total com

deficiência

Sem

deficiência

Total com

deficiência

Sem

deficiência

Total com

deficiência

Sem

deficiência

Até 99 1.283 281.559 1.323 289.800 1.374 300.212 7,1 6,6

De 100 a 200 674 49.897 699 50.493 770 53.180 14,2 6,6

De 201 a 500 1.323 64.381 1.250 63.549 1.237 65.724 -6,5 2,1

De 501 a 1000 979 46.966 1.105 46.522 1.271 51.176 29,8 9,0

1000 ou Mais 1.531 277.505 1.643 284.812 1.769 290.415 15,5 4,7

Total 5.790 720.308 6.020 735.176 6.421 760.707 10,9 5,6

Faixa de tamanho de

estabelecimento

(funcionários)

2010 2010 2012 Variação 2010-2012

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de Porto Alegre

1.000 funcionários ou mais e 21,3% em estabelecimentos entre 201 e 500, distribuição semelhante

ao que acontece com trabalhadores com deficiência visual (26,4% e 23,1%, respectivamente). Por

sua vez, os vínculos ocupados por trabalhadores com deficiência intelectual (mental) estão mais

concentrados em estabelecimentos de 201 a 500 funcionários, que responde por 31,1% dos vínculos

de trabalhadores com esse tipo de deficiência. Os vínculos dos trabalhadores reabilitados estão

concentrados sobretudo nos estabelecimentos maiores: 27,9% em estabelecimentos entre 501 e

1.000 funcionários, e 37,6% em estabelecimentos com 1.000 ou mais.

TABELA 19 Distribuição percentual do estoque de empregos por faixa de tamanho do estabelecimento segundo

tipo de deficiência Porto Alegre, 2012

Fonte: RAIS/MTE. Elaboração: DIEESE.

até 99 de 100 a 200 de 201 a 500 de 501 a 1.000 1.000 ou mais Total

Física 23,7 12,5 18,0 18,9 26,9 100,0

Auditiva 19,9 15,1 21,3 16,3 27,4 100,0

Visual 20,5 11,0 23,1 19,0 26,4 100,0

Intelectual (mental) 18,3 16,7 31,1 18,2 15,8 100,0

Múltipla 17,9 6,0 29,9 26,9 19,4 100,0

Reabilitado 20,1 4,5 9,9 27,9 37,6 100,0

Total com deficiência 21,4 12,0 19,3 19,8 27,6 100,0

Tipo de deficiência

Faixa de tamanho de estabelecimento (vínculos)

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de Porto Alegre

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este estudo buscou traçar um panorama da inserção das pessoas com deficiência no mercado de

trabalho em Porto Alegre, a partir do tratamento e análise dos dados do Censo Demográfico e da

RAIS. Na preparação do estudo, também foi pesquisado as convenções coletivas que constavam no

banco de dados do Sistema de Acompanhamento de Contratações Coletivas (SACC) do DIEESE.

Porém, na ausência de cláusulas relevantes à inserção e à condição de trabalho de pessoas com

deficiência relativas a Porto Alegre entre 2010 e 2012, essa análise não pode constar deste estudo.

Entretanto, a análise dos dados revelou aspectos importantes que podem orientar políticas,

iniciativas e estudos futuros no tema.

Os dados do Censo Demográfico revelaram que havia 45.606.048 pessoas com deficiência em 2010

em todo o país, ou 23,9% do total. No município de Porto Alegre eram 336.420 pessoas com

deficiências, também 23,9%. O número é significativo, mas ressalta-se que as pessoas com o grau

mais agudo de severidade representam uma proporção pequena do total de pessoas com cada uma

das deficiências. Viu-se também que a proporção de pessoas com deficiências no total da PIA e da

PEA aumentou entre 2000 e 2010. O Censo Demográfico também apontou, no mesmo período,

crescimento da participação e da taxa de ocupação de pessoas com deficiências em ritmos maiores

que a de pessoas sem deficiência.

Já os dados da RAIS apontaram que o estoque de vínculos ocupados por pessoas com deficiências

subiu no município de Porto Alegre, passando de 5.790, em 2010, para e 6.421, em 2012, alta de

10,9% no período. A maioria desses vínculos foi ocupada por trabalhadores com deficiência física,

seguido por vínculos ocupados com deficiência auditiva. Segundo a distribuição do estoque de

empregos por setor de atividade econômica, observou-se que o setor de Serviços foi o que

concentrou a maior quantidade de vínculos formais (3.824), seguido pelo setor de Comércio (1.119)

e Indústria de Transformação (954).

No que diz respeito às características individuais, verificou-se uma proporção muito maior de

homens do que de mulheres ocupando vínculos formais (60,6% e 39,4% respectivamente), o que

representa um desafio importante para a formulação de políticas de inclusão de mulheres com

deficiência no mercado de trabalho.

Os dados apontaram também que a distribuição de vínculos está menos concentrada ao longo das

sete faixas etárias no caso das pessoas sem deficiência do que em relação às pessoas com

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deficiências, com uma menor proporção de jovens com deficiência, se comparado aos jovens sem

deficiência.

Outro indicador importante revelado no estudo diz respeito ao tempo de permanência no emprego.

Observou-se uma proporção maior de vínculos de trabalhadores que permaneceram menos de um

ano no emprego ocupados por trabalhadores sem deficiência do que por trabalhadores com

deficiência. Do total de vínculos ocupados por pessoas sem deficiência, 36,5% são de pessoas que

permaneceram menos de um ano no emprego. Essa proporção é de 27,6% no caso de trabalhadores

com deficiência. No que diz respeito à remuneração, a média para vínculos ocupados por pessoas

com deficiência cresceu a um ritmo um pouco maior que a de pessoas sem deficiência, mas as

pessoas com deficiência seguem recebendo 13,5% menos que as demais, em média.

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de Porto Alegre

GLOSSÁRIO DE VARIÁVEIS

Censo Demográfico

Censo Demográfico: Levantamento estatístico realizado por um país, quando são investigadas as características de toda a população e dos domicílios do Território Nacional. Os Censos Demográficos, por pesquisarem todos os domicílios do País, constituem fonte de referência para o conhecimento das condições de vida da população em todos os municípios e em seus recortes territoriais internos - distritos, subdistritos, bairros e classificação de acordo com a localização dos domicílios em áreas urbanas ou rurais.

Grau de escolaridade: Sem instrução e fundamental incompleto - para a pessoa que

nunca frequentou escola ou creche, ou que: frequentava ou frequentou creche, curso pré-escolar, classe de alfabetização ou curso de alfabetização de jovens e adultos; frequentava curso de ensino fundamental; frequentou curso elementar; ou frequentou, mas não concluiu, curso de ensino fundamental, 1 o grau ou médio 1 o ciclo; Fundamental completo e médio incompleto - para a pessoa que: concluiu curso de ensino fundamental, 1 o grau ou médio 1 o ciclo; frequentava da 1 a a 3 a série de curso de ensino médio; ou frequentou, mas não concluiu o ensino médio ou 2 o grau; Médio completo e superior incompleto - para a pessoa que: frequentava a 4 a série do ensino médio; concluiu o ensino médio, 2 o grau ou médio 2 o ciclo; ou frequentava ou frequentou, mas não concluiu, curso superior; Superior completo - para a pessoa que: concluiu curso superior; ou frequentava ou frequentou curso de mestrado, doutorado ou especialização de nível superior; ou Não determinado - para a pessoa com informações que não permitissem a sua classificação.

População em Idade Ativa (PIA): População com idade considerada apta a participar da

vida econômica do país. Os limites de idade da PIA variam de acordo com o nível de desenvolvimento de cada país. Em países subdesenvolvidos como o Brasil, nos quais as políticas públicas tiveram alcance mais limitado, consideram-se como integrantes da PIA as pessoas de 10 anos ou mais, não se adotando um critério de idade limite para a participação.

População Economicamente Ativa (PEA): É a parcela da população em idade ativa que

está ocupada ou desempregada. Taxa de participação: proporção da PIA que está na PEA, como ocupada ou

desocupada na semana de referência. É resultado da divisão: (PEA/PIA)*100 e é dado em porcentagem da PIA.

Pessoa ocupada: considera-se como ocupada, na semana de referência, a pessoa que

exerceu algum trabalho durante pelo menos uma hora completa na semana de referência; ou a pessoa que tinha trabalho remunerado do qual estava temporariamente afastada nessa semana. Considerou-se como ocupada temporariamente afastada de trabalho remunerado a pessoa que não trabalhou durante pelo menos uma hora completa na semana de referência por motivo de férias, licença remunerada pelo empregador ou por instituto de previdência, falta voluntária ao trabalho, greve, suspensão temporária do contrato de trabalho, doença, más

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de Porto Alegre

condições do tempo, quebra de máquina, limitação de produção ou qualquer outro impedimento independente da sua vontade.

Posição na ocupação: considerou-se como posição na ocupação a relação de trabalho

existente entre a pessoa e o empreendimento em que trabalhava. Foram definidas cinco categorias de posição na ocupação no trabalho principal: (1) Empregado - para a pessoa que trabalhava para um empregador (pessoa física ou jurídica), geralmente obrigando-se ao cumprimento de uma jornada de trabalho e recebendo, em contrapartida, uma remuneração em dinheiro, mercadoria, produtos ou benefícios (moradia, alimentação, vestuário, treinamento, etc.). Nesta posição na ocupação incluíram-se: a pessoa que prestava o serviço militar obrigatório; o sacerdote, ministro de igreja, pastor, rabino, frade, freira e outros clérigos; a pessoa que trabalhava prestando serviço doméstico remunerado, em dinheiro ou benefícios, em um ou mais domicílios; o aprendiz ou estagiário recebendo somente aprendizagem ou treinamento como pagamento; e a pessoa remunerada somente em benefícios (moradia, comida, roupas, treinamento etc.); (2) Conta própria - para a pessoa que trabalhava explorando o seu próprio empreendimento, sozinha ou com sócio, sem ter empregado, ainda que contando com ajuda de trabalhador não remunerado; (3) Empregador - para a pessoa que trabalhava explorando o seu próprio empreendimento com pelo menos um empregado; (4) Não remunerado - para pessoa que trabalhou sem remuneração, durante pelo menos uma hora completa na semana de referência, em ajuda na atividade econômica de morador do domicílio que era conta própria, empregador ou empregado do setor privado; ou (5) Trabalhador na produção para o próprio consumo - para pessoa que trabalhou, durante pelo menos uma hora completa na semana de referência, na produção de bens, em atividade da agricultura, pecuária, caça, produção florestal, pesca ou aquicultura, destinados somente à alimentação de, pelo menos, um morador do domicílio.

Glossário de conceitos de deficiência – Censo Demográfico

Deficiência auditiva: utilizou-se a seguinte o seguinte procedimento para definir a ocorrência da deficiência: foi pesquisado se a pessoa tinha dificuldade permanente de ouvir (avaliada com o uso de aparelho auditivo, no caso de a pessoa utilizá-lo), de acordo com a seguinte classificação:

Não consegue de modo algum - para a pessoa que declarou ser permanentemente incapaz de ouvir;

Grande dificuldade - para a pessoa que declarou ter grande dificuldade permanente de ouvir, ainda que usando aparelho auditivo;

Alguma dificuldade - para a pessoa que declarou ter alguma dificuldade permanente de ouvir, ainda que usando aparelho auditivo; ou

Nenhuma dificuldade - para a pessoa que declarou não ter qualquer dificuldade permanente de ouvir, ainda que precisando usar aparelho auditivo.

Deficiência motora: utilizou-se a seguinte o seguinte procedimento para definir a ocorrência da deficiência: Foi pesquisado se a pessoa tinha dificuldade permanente de caminhar ou subir escadas (avaliada com o uso de prótese, bengala ou aparelho auxiliar, no caso de a pessoa utilizá-lo), de acordo com a seguinte classificação:

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de Porto Alegre

Não consegue de modo algum - para a pessoa que declarou ser permanentemente incapaz, por deficiência motora, de caminhar e/ou subir escadas sem a ajuda de outra pessoa;

Grande dificuldade - para a pessoa que declarou ter grande dificuldade permanente de caminhar e/ou subir escadas sem a ajuda de outra pessoa, ainda que usando prótese, bengala ou aparelho auxiliar;

Alguma dificuldade - para a pessoa que declarou ter alguma dificuldade permanente de caminhar e/ou subir escadas sem a ajuda de outra pessoa, ainda que usando prótese, bengala ou aparelho auxiliar; ou

Nenhuma dificuldade - para a pessoa que declarou não ter qualquer dificuldade permanente de caminhar e/ou subir escadas sem a ajuda de outra pessoa, ainda que precisando usar prótese, bengala ou aparelho auxiliar.

Deficiência mental ou intelectual: Foi pesquisado se a pessoa tinha alguma deficiência mental ou intelectual permanente que limitasse as suas atividades habituais, como trabalhar, ir à escola, brincar, etc. A deficiência mental é o retardo no desenvolvimento intelectual e é caracterizada pela dificuldade que a pessoa tem em se comunicar com outros, de cuidar de si mesma, de fazer atividades domésticas, de aprender, trabalhar, brincar, etc. Em geral, a deficiência mental ocorre na infância ou até os 18 anos de idade. Não se considera como deficiência mental as perturbações ou doenças mentais como autismo, neurose, esquizofrenia e psicose.

Deficiência visual: utilizou-se a seguinte o seguinte procedimento para definir a

ocorrência da deficiência: foi pesquisado se a pessoa tinha dificuldade permanente de enxergar (avaliada com o uso de óculos ou lentes de contato, no caso de a pessoa utilizá-los), de acordo com a seguinte classificação:

Não consegue de modo algum - para a pessoa que declarou ser permanentemente incapaz de enxergar;

Grande dificuldade - para a pessoa que declarou ter grande dificuldade permanente de enxergar, ainda que usando óculos ou lentes de contato;

Alguma dificuldade - para a pessoa que declarou ter alguma dificuldade permanente de enxergar, ainda que usando óculos ou lentes de contato; ou

Nenhuma dificuldade - para a pessoa que declarou não ter qualquer dificuldade permanente de enxergar, ainda que precisando usar óculos ou lentes de contato.

RAIS

RAIS (Relação Anual de Informações Sociais): é um Registro Administrativo, de periodicidade anual, criada com a finalidade de suprir as necessidades de controle, de estatísticas e de informações às entidades governamentais da área social. Constitui um instrumento imprescindível para o cumprimento das normas legais, como também é de fundamental importância para o acompanhamento e a caracterização do mercado de trabalho formal.

Atividade econômica: Conjunto de unidades de produção caracterizado pelo produto

produzido, classificado conforme sua produção principal. O IBGE possui, dentre outras, uma classificação de nove setores de atividade econômica: extrativa mineral; indústria de transformação; serviços industriais de utilidade pública; construção civil;

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de Porto Alegre

comércio; serviços; administração pública; agropecuária, extrativa vegetal, caça e pesca; e „outros‟.

Estabelecimento: Os dados da RAIS são obtidos por meio das informações declaradas

pelos estabelecimentos empregadores. Um estabelecimento empregador é definido como uma unidade que possua um código específico no CNPJ ou no CEI – Cadastro Específico do INSS. Nesse caso, deve-se atentar para que cada estabelecimento possua um CNPJ diferente, tendo a obrigação de declarar a RAIS separadamente. Sendo assim, não se pode confundir estabelecimento com empresa, visto que cada empresa pode possuir vários estabelecimentos (filiais). Estoque do emprego: número de empregos ou vínculos formais declarados pelos estabelecimentos na data de referência (31/12), podendo ter uma abrangência geográfica que vai do município, região metropolitana, unidades da federação, grandes regiões até o total do país.

Glossário de conceitos de deficiência – RAIS

Deficiência auditiva: É a perda bilateral, parcial ou total, de 41 decibéis (Db) ou mais, aferida por audiograma nas frequências de 500Hz, 1.000Hz, 2.000Hz e 3.000Hz (Decreto nº 5.296/04, art. 5º, §1º, I, "b", c/c Decreto nº 5.298/99, art. 4º, II).

Deficiência física: É a alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo

humano, acarretando o comprometimento da função física, apresentando-se sob a forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia, ostomia, amputação ou ausência de membro, paralisia cerebral, nanismo, membros com deformidade congênita ou adquirida, exceto as deformidades estéticas e as que não produzam dificuldades para o desempenho de funções (Decreto nº 5.296/04, art. 5º, §1º, I, "a", c/c Decreto nº 3.298/99, art. 4º, I). Estão incluídas no conceito os seguintes casos: amputação, paraplegia, paraparésia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia, ostomia, paralisia cerebral e nanismo

Deficiência visual: De acordo com o Decreto nº 3.298/99 e o Decreto nº 5.296/04,

conceitua-se como deficiência visual:

Cegueira - na qual a acuidade visual é igual ou menor que 0,05 no melhor olho, com a melhor correção ótica;

Baixa Visão - significa acuidade visual entre 0,3 e 0,05 no melhor olho, com a melhor correção ótica;

Os casos nos quais a somatória da medida do campo visual em ambos os olhos for igual ou menor que 60°;

Ou a ocorrência simultânea de quaisquer das condições anteriores. Ressaltamos a inclusão das pessoas com baixa visão, a partir da edição do Decreto nº 5.296/04. As pessoas com baixa visão são aquelas que, mesmo usando óculos comuns, lentes de contato, ou implantes de lentes intraoculares, não conseguem ter uma visão nítida. As pessoas com baixa visão podem ter sensibilidade ao contraste, percepção das cores e intolerância à luminosidade, dependendo da patologia causadora da perda visual.

Deficiência mental: De acordo com o Decreto nº 3.298/99, alterado pelo Decreto nº 5.296/04, conceitua-se como deficiência mental o funcionamento intelectual

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de Porto Alegre

significativamente inferior à média, com manifestação antes dos 18 anos e limitações associadas a duas ou mais áreas de habilidades adaptativas, tais como:

comunicação;

cuidado pessoal;

habilidades sociais;

utilização dos recursos da comunidade;

saúde e segurança;

habilidades acadêmicas;

lazer; e

trabalho.

Deficiência Múltipla: De acordo com o Decreto nº 3.298/99, conceitua-se como deficiência múltipla a associação de duas ou mais deficiências.

Reabilitado: Entende-se por reabilitada a pessoa que passou por processo orientado a

possibilitar que adquira a partir da identificação de suas potencialidades laborativas, o nível suficiente de desenvolvimento profissional para reingresso no mercado de trabalho e participação na vida comunitária (Decreto nº 3.298/99, art. 31). A reabilitação torna a pessoa novamente capaz de desempenhar suas funções ou outras diferentes das que exercia, se estas forem adequadas e compatíveis com a sua limitação.

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ANEXOS

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ANEXO 1 - ANEXO ESTATÍSTICO

ANEXO 1 Estoque de vínculos formais segundo setor de atividade econômica e variação 2010-2012

Porto Alegre, 2010 a 2012

Fonte: RAIS/MTE. Elaboração: DIEESE.

ANEXO 2 Número de estabelecimentos que empregam pelo menos um deficiente, total de empresas

Porto Alegre, 2010 a 2012

Fonte: RAIS/MTE. Elaboração: DIEESE.

Física Auditiva VisualIntelectual

(mental)Múltipla Reabilitado

Extrativa mineral 1 0 0 0 0 0 1 339 340

Indústria de transformação 273 423 59 102 19 68 944 50.914 51.858

Serviços industriais de utilidade pública 44 11 28 7 2 0 92 9.977 10.069

Construção civil 95 37 5 13 3 10 163 34.763 34.926

Comércio 372 336 76 262 14 30 1.090 116.513 117.603

Serviços 1.508 763 269 124 34 564 3.262 306.934 310.196

Administração pública 168 33 24 1 1 0 227 199.195 199.422

Agropecuária, extração vegetal, caça e pesca 2 4 5 0 0 0 11 1.673 1.684

Total 2.463 1.607 466 509 73 672 5.790 720.308 726.098

Extrativa mineral 2 1 1 0 0 0 4 457 461

Indústria de transformação 322 375 63 127 7 73 967 50.627 51.594

Serviços industriais de utilidade pública 38 14 27 7 2 0 88 9.762 9.850

Construção civil 83 34 4 15 2 11 149 36.897 37.046

Comércio 348 290 73 297 18 28 1.054 116.796 117.850

Serviços 1.710 687 287 157 35 625 3.501 321.693 325.194

Administração pública 168 31 35 0 1 3 238 197.185 197.423

Agropecuária, extração vegetal, caça e pesca 3 4 8 2 2 0 19 1.759 1.778

Total 2.674 1.436 498 605 67 740 6.020 735.176 741.196

Extrativa mineral 2 0 0 0 0 2 4 439 443

Indústria de transformação 298 404 75 86 13 78 954 48.725 49.679

Serviços industriais de utilidade pública 27 19 29 5 2 2 84 10.194 10.278

Construção civil 92 38 11 8 1 11 161 37.433 37.594

Comércio 371 284 76 333 17 38 1.119 119.032 120.151

Serviços 1.678 668 344 194 32 908 3.824 340.297 344.121

Administração pública 178 35 39 0 1 6 259 202.966 203.225

Agropecuária, extração vegetal, caça e pesca 1 6 6 2 1 0 16 1.621 1.637

Total 2.647 1.454 580 628 67 1.045 6.421 760.707 767.128

Extrativa mineral 100,0 - - - - - 300,0 29,5 30,3

Indústria de transformação 9,2 -4,5 27,1 -15,7 -31,6 14,7 1,1 -4,3 -4,2

Serviços industriais de utilidade pública -38,6 72,7 3,6 -28,6 0,0 - -8,7 2,2 2,1

Construção civil -3,2 2,7 120,0 -38,5 -66,7 10,0 -1,2 7,7 7,6

Comércio -0,3 -15,5 0,0 27,1 21,4 26,7 2,7 2,2 2,2

Serviços 11,3 -12,5 27,9 56,5 -5,9 61,0 17,2 10,9 10,9

Administração pública 6,0 6,1 62,5 -100,0 0,0 - 14,1 1,9 1,9

Agropecuária, extração vegetal, caça e pesca -50,0 50,0 20,0 - - - 45,5 -3,1 -2,8

Total 7,5 -9,5 24,5 23,4 -8,2 55,5 10,9 5,6 5,7

20

10

20

11

20

12

Va

ria

çã

o 2

01

0-2

01

2

(em

%)

Setor de atividade

Tipo de deficiênciaTotal com

deficiência

Sem

deficiência

Total de vínculos

formais

Total de estab.

que empregam

pelo menos um

deficiente

Total de estab.

Total de estab.

que empregam

pelo menos um

deficiente

Total de estab.

Total de estab.

que empregam

pelo menos um

deficiente

Total de estab.

Total de estab.

que empregam

pelo menos um

deficiente

Total de estab.

ATÉ 99 681 46.932 680 47.467 733 48.896 7,6 4,2

De 100 a 200 149 367 150 373 163 391 9,4 6,5

De 201 a 500 142 214 131 212 143 217 0,7 1,4

De 501 a 1000 54 69 53 70 60 77 11,1 11,6

1000 ou Mais 40 61 48 68 45 64 12,5 4,9

Total 1.066 47.643 1.062 48.190 1.144 49.645 7,3 4,2

Tamanho do

estabelecimento

201220112010 Variação, em % (2010-2012)

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ANEXO 3 Número de ocupados segundo posição na ocupação, tipo de deficiência

3 e sem deficiências

Porto Alegre, 2010

Fonte: IBGE, microdados dos Censos 2000 e 2010. Elaboração: DIEESE. Nota: (1) As pessoas incluídas em mais de um tipo de deficiência foram contadas apenas uma vez. (2) Inclusive as pessoas sem declaração destas deficiências. (3) A distribuição segundo tipos de deficiência não considera aquelas pessoas que declararam possuir mais de uma deficiência, e para tanto, a soma da população segundo tipos de deficiência ultrapassará o total populacional. (4) Incapaz, com alguma ou grande dificuldade permanente de enxergar. (5) Incapaz, com alguma ou grande dificuldade permanente de ouvir. (6) Incapaz, com alguma ou grande dificuldade permanente de caminhar ou subir escadas.

ANEXO 4 Participação nos vínculos ocupados por pessoas com e sem deficiência (em %)

Regiões selecionadas, 2010 a 2012

Fonte: RAIS/MTE. Elaboração: DIEESE.

Posição na ocupação Visual (4) Auditiva (5) Motora (6)

Deficiência

mental

permanente

Empregados com carteira de trabalho assinada 66.294 53.759 11.240 9.580 1.743 295.681 362.073

Trab. domésticos com carteira de trabalho assinada 6.732 5.516 1.088 1.631 94 15.007 21.739

Militares e funcionários públicos estatutários 13.601 11.005 2.369 2.131 276 39.297 52.917

Empregados sem carteira de trabalho assinada 15.972 12.950 3.202 2.632 508 66.458 82.433

Trab. domésticos sem carteira de trabalho assinada 5.578 4.427 981 1.746 224 11.652 17.229

Conta própria 38.515 30.521 7.628 8.521 1.149 117.533 156.059

Empregadores 5.346 4.105 1.076 905 63 21.491 26.837

Não remunerados 2.257 1.719 278 807 159 5.255 7.512

Trabalhadores na produção para o próprio consumo 611 399 241 237 2 843 1.454

Total 154.906 124.401 28.103 28.190 4.218 573.216 728.252

Nenhuma

destas

deficiências

(4)

Total (1) (2)

Com pelo

menos uma das

deficiências

investigadas

Tipo de deficiência

Região

geográficaCaracterística do vínculo 2010 2011 2012

Variação

2010-2012

Com deficiência (1) 0,7 0,7 0,7 -0,9

Sem deficiência (2) 99,3 99,3 100,7 1,4

Total de vínculos 100,0 100,0 100,0 0,0

Com deficiência (1) 0,7 0,7 0,8 4,1

Sem deficiência (2) 99,3 99,3 99,2 0,0

Total de vínculos 100,0 100,0 100,0 0,0

Com deficiência (1) 0,8 0,8 0,9 10,3

Sem deficiência (2) 99,2 99,2 99,1 -0,1

Total de vínculos 100,0 100,0 100,0 0,0

Com deficiência (1) 0,8 0,8 0,8 5,0

Sem deficiência (2) 99,2 99,2 99,2 0,0

Total de vínculos 100,0 100,0 100,0 0,0

Sul

Rio Grande do

Sul

Porto Alegre

Brasil

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ANEXO 2 – Síntese do seminário de apresentação do estudo Inserção das pessoas com deficiência no mercado de trabalho de Porto Alegre

Nesta seção, serão discutidos os principais pontos debatidos no seminário de apresentação do estudo

Inserção das pessoas com deficiência no mercado de trabalho de Porto Alegre, realizado no dia 17

de julho de 2014, no auditório da capital gaúcha. O objetivo é sistematizar os a discussão para que

ela possa servir como recomendações para aprimorar a política pública e estudos futuros. Estiveram

presentes mais de 60 pessoas, entre gestores públicos, representantes de trabalhadores, organizações

da sociedade civil que trabalham com a questão de pessoas com deficiência, além de representantes

de empregadores e especialistas em responsabilidade social corporativa participaram do evento

organizado pelo Observatório do Trabalho de Porto Alegre.

A primeira recomendação de política diz respeito à própria base de dados do Censo Demográfico e

da RAIS, cujos tipos de deficiência não incluem pessoas com transtornos mentais/psicossociais, o

que acaba sendo uma limitação importante para subsidiar ações para melhorar as condições de

trabalho e subsidiar políticas de inclusão dessas pessoas. Seria preciso, portanto buscar adaptar os

métodos de aferição para o fornecimento de dados sobre pessoas com esses transtornos.

Outra recomendação que partiu do debate diz respeito aos trabalhadores com deficiência auditiva na

indústria. A mudança normativa, em 2004, acabou gerando um aumento do número de pessoas com

esse tipo de deficiência naquele setor. Isso porque, com a mudança da regra, a indústria passou a ser

mais bem fiscalizada e, muitos empresários, decidiram realizar exames compulsórios de

audiometria em seus funcionários para detectar pessoas que pudessem estar com deficiência

auditiva. Quando a deficiência era verificada, esses funcionários eram demitidos e logo readmitidos

como pessoas com deficiência, mesmo se eles não se reconhecessem como tal. Assim a cota para

deficientes poderia até ser cumprida sem que sequer tivesse sido admitido nenhum novo

funcionário. Portanto, uma recomendação de política seria melhorar os controles (no momento da

admissão e do desligamento) para evitar que a lei de cotas, que serve para incentivar a contratação

de pessoas com deficiência, seja deturpada por essa manobra.

Outro dado destacado na apresentação no estudo e ressaltado no debate foi tempo médio de

permanência no vínculo ser maior entre trabalhadores com deficiência do que entre os demais

trabalhadores, uma característica que pode estar relacionada com as regras que dificultam a

demissão injustificada do trabalhador com deficiência (nessa situação, o empregador só pode

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de Porto Alegre

demitir o trabalhador com deficiência caso for empregar outro também com deficiência, sob pena

de multa).

Outra recomendação diz respeito à grande desigualdade entre os sexos em termos de participação

no estoque de vínculos formais, que foi detectada nos dados da RAIS. Os gestores devem, pois,

levar em conta esse aspecto do mercado de trabalho em Porto Alegre no momento da elaboração de

políticas de inclusão da pessoa com deficiência.

Os dados da RAIS apontados no estudo mostram a estrutura demográfica das pessoas com

deficiência com uma maior participação das faixas etárias mais velhas. Em parte isso reflete a

propensão de muitas dessas pessoas entrarem o mercado de trabalho mais tarde, por conta de uma

série de obstáculos que encontram ao longo da vida, como na escola, por exemplo. Os dados

sugerem, contudo, que os gestores públicos devem se debruçar mais na formulação de políticas de

empregos para jovens com deficiência. Uma das recomendações é a ampliação das políticas de

aprendizagem e a implantação de programas de atividade para depois do horário escolar.

O ritmo maior de inclusão de pessoas com deficiência em comparação com as demais pessoas foi

apontado como um possível reflexo das políticas de inclusão e ações afirmativas. Mas há um

desafio no que diz respeito à escolarização da deficiência, que, apesar da melhora entre 2000 e

2010, continua num patamar abaixo do restante da população. Isso remete a outra recomendação, a

saber, a de implantar programas para aumentar a acessibilidade nas escolas.

Como encaminhamento para estudos futuros, foi sugerido a realização de cruzamentos com outras

bases de dados, em particular com o número de beneficiários assistenciais em Porto Alegre: o dado

sobre os dados que pode ser acessado com Ministério do Trabalho e Emprego também na escala

municipal. Outra sugestão de encaminhamento sobre estudos diz respeito à realização de pesquisas

sobre acessibilidade no ambiente de trabalho. Por fim, sugeriu-se que próximos estudos buscassem

trazer dados para saber quantas pessoas com deficiência entram no mercado de trabalho via

programas de aprendizagem (informação que seria possível acessar por meio dos dados da RAIS),

assim como o número de trabalhadores com deficiência que recebiam benefício de prestação

continuada (BPC).

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de Porto Alegre

ANEXO 3 - ANEXO DE LEGISLAÇÕES

ACORDOS INTERNACIONAIS

1) Convenção nº 168 da OIT

2) Decreto nº 2.282/88: Promulga a Convenção nº 168 da OIT, relativa à Promoção do

Emprego e à Proteção contra o Desemprego.

2) Convenção nº 159 da OIT

3) Decreto nº 129/91: Promulga a Convenção nº 159, da Organização Internacional do

Trabalho - OIT, sobre Reabilitação Profissional e Emprego de Pessoas Deficientes.

4) Convenção nº 159 da OIT

5) Decreto nº 62.150/68 Promulga a Convenção nº 111 da OIT sobre discriminação em matéria

de emprego e profissão.

LEGISLAÇÃO FEDERAL

1) Decreto nº 3.298/99: Regulamenta a Lei no 7.853, de 24 de outubro de 1989, dispõe sobre a

Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, consolida as normas

de proteção, e dá outras providências.

2) Decreto nº 219/91: Institui, no âmbito do Ministério do Trabalho e da Previdência Social, o

Programa Nacional de Educação e Trabalho - PLANTE.

3) Decreto nº 5.598/05: Regulamenta a contratação de aprendizes e dá outras providências.

4) Lei nº 11.788/08: Dispõe sobre o estágio de estudantes; altera a redação do art. 428 da

Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de

maio de 1943, e a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996; revoga as Leis nos 6.494, de 7

de dezembro de 1977, e 8.859, de 23 de março de 1994, o parágrafo único do art. 82 da Lei

no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e o art. 6o da Medida Provisória no 2.164-41, de 24

de agosto de 2001; e dá outras providências.

5) Lei nº8.112/91: Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das

autarquias e das fundações públicas federais.

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de Porto Alegre

6) Lei 8.213/91 (Lei de Cotas): Dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social e

dá outras providências

LEGISLAÇÃO ESTADUAL

1) Decreto Estadual 48.963/ 2012: Institui a Política Estadual para as Pessoas com

Deficiência e Pessoas com Altas Habilidades, e dá outras providências.

2) Decreto Estadual nº 48.964: Institui o Plano Estadual dos Direitos da Pessoa com

Deficiência – Plano RS sem limite e dá outras providências.

3) Decreto Estadual nº 48.294: Estabelece o Compromisso por parte do Estado do Rio Grande

do Sul de implementar ações de inclusão das pessoas com deficiência, em regime de

cooperação com a União e os Municípios, institui o Comitê Gestor de Políticas de Inclusão

das Pessoas com Deficiência - CGPD, e dá outras providências.

4) Decreto nº 44.300: Regulamenta a LEI Nº 10.228, de 6 de julho de 1994, e dá outras

providências.

5) Decreto nº 38.375/98: Dispõe sobre o aproveitamento na Administração Estadual de

estagiários portadores de deficiência

6) Decreto nº 43.911: Aprova o Regulamento dos Concursos Públicos, e dá outras

providências.

LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

1) Lei Complementar nº 346/95: Regulamenta o artigo 17, inciso III, da Lei Orgânica

Municipal, dispondo sobre a reserva de cargos e empregos públicos destina­dos a pessoas

portadoras de deficiência, critérios para sua admissão e dá outras providências.

2) Decreto nº 15.518/2007: Altera os incisos I e II do artigo 52 do Decreto nº 11.496, de 13 de

maio de 1996, que regulamenta a realização de concursos públicos no Município, e dá outras

providências.

3) Lei nº 10.351/2007: Determina a reserva de vagas para pessoas portadoras de deficiência

(PPDS) em todos os contratos firmados entre o poder público municipal e as empresas ou

entidades prestadoras de serviço e nos contratos de estágio firmados em nível superior,

médio, supletivo e do ensino especial com o poder público municipal e dá outras

providências