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OCEANOGRAFIA QUÍMICA GEOQUÍMICA DE METAIS E NUTRIENTES Renato Neto, Fabian Sá, Eduardo Schettini, Bethânia Dalcol Introdução Este relatório parcial tem por objetivo apresentar os resultados de metais obtidos pelo Laboratório de Geoquímica Ambiental da Universidade Federal do Espírito Santo (LabGAm/UFES) em relação ao monitoramento marinho realizado na foz do Rio Doce, visando monitorar a qualidade da água e dos sedimentos da foz do Rio Doce em função do rompimento da barragem de rejeito de mineração do Fundão, no município de Mariana, estado de Minas Gerais. É importante ressaltar que muitas análises ainda estão sendo realizadas, bem como o aprofundamento da discussão sobre possíveis processos e efeitos que possam ocorrer no ambiente investigado, seja por outras análises químicas específicas ou análises estatísticas. Estes resultados são brevemente descritos e interpretados, pois apenas considerações são apresentadas uma vez que com uma vasta quantidade de material a ser analisado, seria premeditado gerar conclusões sobre este acontecimento único e de grandes proporções. Materiais e métodos Todas as amostras foram coletadas com procedimento padronizado, sendo as de água com auxílio de garrafa de Van Dorn e acondicionadas em garrafas plásticas, enquanto as amostras de sedimentos superficiais (~2 cm) foram obtidas com amostrador do tipo busca fundo (Van Veen) coletadas com espátulas plásticas e acondicionadas em potes plásticos. As amostras de água foram resfriadas e as de sedimento foram armazenadas congeladas até início das análises. A amostragem da coluna d’água foi realizada somente na superfície na região interna da Foz do Rio Doce, devido à pouca profundidade local, e na superfície e fundo na região externa, sendo que alguns pontos de

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OCEANOGRAFIA QUÍMICA

GEOQUÍMICA DE METAIS E

NUTRIENTES

Renato Neto, Fabian Sá, Eduardo Schettini, Bethânia Dalcol

Introdução

Este relatório parcial tem por objetivo apresentar os resultados de metais

obtidos pelo Laboratório de Geoquímica Ambiental da Universidade Federal do

Espírito Santo (LabGAm/UFES) em relação ao monitoramento marinho

realizado na foz do Rio Doce, visando monitorar a qualidade da água e dos

sedimentos da foz do Rio Doce em função do rompimento da barragem de

rejeito de mineração do Fundão, no município de Mariana, estado de Minas

Gerais.

É importante ressaltar que muitas análises ainda estão sendo realizadas, bem

como o aprofundamento da discussão sobre possíveis processos e efeitos que

possam ocorrer no ambiente investigado, seja por outras análises químicas

específicas ou análises estatísticas. Estes resultados são brevemente descritos

e interpretados, pois apenas considerações são apresentadas uma vez que

com uma vasta quantidade de material a ser analisado, seria premeditado

gerar conclusões sobre este acontecimento único e de grandes proporções.

Materiais e métodos

Todas as amostras foram coletadas com procedimento padronizado, sendo as

de água com auxílio de garrafa de Van Dorn e acondicionadas em garrafas

plásticas, enquanto as amostras de sedimentos superficiais (~2 cm) foram

obtidas com amostrador do tipo busca fundo (Van Veen) coletadas com

espátulas plásticas e acondicionadas em potes plásticos. As amostras de água

foram resfriadas e as de sedimento foram armazenadas congeladas até início

das análises. A amostragem da coluna d’água foi realizada somente na

superfície na região interna da Foz do Rio Doce, devido à pouca profundidade

local, e na superfície e fundo na região externa, sendo que alguns pontos de

Page 2: OCEANOGRAFIA QUÍMICA GEOQUÍMICA DE … · OCEANOGRAFIA QUÍMICA GEOQUÍMICA DE METAIS E NUTRIENTES Renato Neto, Fabian Sá, Eduardo Schettini, Bethânia Dalcol Introdução Este

coleta foram mais detalhados, com amostras de meia água ou de dois em dois

metros dependendo da profundidade.

Em laboratório as amostras de água foram filtradas em membrana de

porosidade 0,45 µm, sendo o material retido e o filtrado separado para análise

dos metais, nas frações particulada e dissolvida, respectivamente. Uma

alíquota da amostra sem filtração foi separada para análise de metais totais, a

qual foi juntamente com o filtrado, acidificadas (pH<2) e armazenadas. O

sedimento foi liofilizado e macerado até pó fino.

Para a extração dos metais totais nas amostras de água foi utilizado o método

EPA 3015A, enquanto para o sedimento e o material particulado a extração foi

realizada com o método EPA 3051A. A quantificação dos elementos analisados

foi realizada pelo método EPA 6020A e EPA 6010C.

A amostra acidificada (pH<2) foi neutralizada e passada em colunas contendo

resina catiônica (Chelex®) para eliminação de sódio (Na), devido à

quantificação ser realizada em ICP-MS.

A acurácia analítica, para as amostras de água, foi verificada através da

técnica de fortificação das amostras (“Spike”) de todos os elementos

analisados (Tabela 1). Os elementos analisados e reportados no presente

relatório parcial até o momento foram: alumínio (Al), arsênio (As), chumbo (Pb),

cromo (Cr), ferro (Fe), cobre (Cu), manganês (Mn), níquel (Ni), zinco (Zn) e

vanádio (V). A validação do método EPA 3051A, para as análises de metais e

metalóide em amostras de sedimento, foi realizada através de teste de

exatidão com material certificado de referência (MCR) SS2

(EnviroMATContaminatedSoil), pois apresenta valores para a extração da

fração biodisponível de metais.

As amostras internas (rio) da região já estavam sendo monitoradas

anteriormente a chegada da lama (rejeito de mineração), sendo os resultados

apresentados por média observada na região, para comparação com a região

externa.

Chegada dos resíduos de mineração na foz do Rio Doce

Após atingir o Rio Doce e percorrer seu trajeto até sua foz, os rejeitos de

mineração oriundos do rompimento da barragem de rejeito de mineração do

Fundão, no município de Mariana no estado de Minas Gerais, chegaram ao

Oceano Atlântico no dia 21 de novembro de 2015. Com o objetivo de averiguar

possíveis alterações nas concentrações de metais referentes à qualidade da

água e dos sedimentos estuarinos e marinhos, o Laboratório de Geoquímica

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Ambiental iniciou a participação em coletas e análises de amostras desde

antes da passagem dos rejeitos de mineração pela foz do Rio Doce até os dias

atuais.

Neste tópico são apresentados resultados comparativos obtidos através de

análises realizadas em amostras coletadas na região estuarina do Rio Doce 12

dias antes da chegada da lama de rejeitos (21/11/2015) até 1 dia após sua

passagem. Também são utilizados resultados obtidos na região marinha

adjacente, oriundos de amostras coletadas durante expedição realizada (de 25

de novembro até 04 de dezembro) pelo Navio Hidroceanográfico de Pesquisa

Vital de Oliveira da Marinha do Brasil, para efeito da visualização da diluição

ocorrida neste ambiente.

As amostras da região estuarina do Rio Doce, por terem sido coletadas com

diversos dias de antecedência a presença dos rejeitos da mineração, possuem

importante papel na caracterização da variação da concentração de metais na

água. Assim alguns elementos apresentam nítida variação na concentração

conforme a proximidade e o aumento da presença dos rejeitos da mineração,

como é o caso dos elementos Ferro, Alumínio, Manganês, Cromo e Chumbo.

Por outro lado, outros elementos apresentam variação na concentração, mas

sem uma possível relação direta com a lama de rejeitos, como por exemplo,

zinco e níquel. O elemento zinco apresenta concentrações superiores nas

amostras marinhas em relação às amostras de água doce, assim como níquel,

porém este ocorreu apenas no ponto 1 (Figuras 1 e 2).

A concentração de alumínio total aumentou de 593 para 12.198µg/L na região

estuarina. Na parte marinha, a concentração de alumínio total variou de 413 a

2.704 µg/L. Os níveis de ferro total alteraram de 161 µg/L a 34.137µg/L na

porção estuarina, enquanto que na plataforma continental, variou de 34,2 a

13.292µg/L. O manganês total ocorreu entre 77 e 5.076 µg/L na porção

estuarina, enquanto que variou entre <LD a 245µg/L na região marinha.

Vanádio total variou de 18,3 a 110,2µg/L no estuário e de <LD a 72,9µg/L no

mar. Outro elemento que apresentou aumento gradual com a proximidade de

chegada dos rejeitos de mineração foi o chumbo, variando de 23 a 54,1 µg/L e

de 34,2 a 54,7 µg/L na região estuarina e marinha, respectivamente, sendo a

maior concentração no mar observada na estação mais próxima da foz.

Comparando estes valores observados com os valores máximos permitidos

pela CONAMA 357/05 notamos que as maiores concentrações de manganês

foram 500 vezes superiores e de chumbo, por exemplo, 5 vezes superiores.

Cromo apresentou um pico de concentração quase 100 vezes superior (4.821

µg/L) ao valor máximo (50µg/L).

Para ferro, alumínio e cobre a legislação brasileira dispõe de valores

orientadores para a fração dissolvida. Alumínio dissolvido apresentou aumento

nos valores de concentração atingindo seu máximo 1 dia após a chegada da

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lama de rejeitos de mineração (2.312 µg/L) superando o valor máximo

estabelecido pela Resolução CONAMA 357/05 (1.500 µg/L). Apesar de ferro

total ter apresentado concentrações bastante elevadas, sua fração particulada

também foi superior aos valores da legislação em 3 vezes, com máximo de 904

µg/L, 1 dia após a chegada dos rejeitos. Neste mesmo dia, houve um aumento

na concentração de cobre dissolvido (57 µg/L) superando em 11 vezes o valor

estabelecido na legislação brasileira (5 µg/L), entretanto este aumento foi

observado apenas neste dia.

Outros elementos, como níquel e zinco dissolvidos também apresentaram

aumento em suas concentrações apenas 1 dia após a chegada da lama de

rejeitos, superando os valores orientadores da CONAMA 357/05, mas sem um

aumento gradativo de suas concentrações.

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Figura 1 –Concentrações de alumínio, ferro, manganês, cromo, arsênio e zinco, nas frações total e dissolvida, no estuário e região marinha adjacente,

conforme a aproximação da lama de rejeitos de mineração a foz do Rio Doce. As coletas no oceano foram feitas entre 25 de novembro e 04 de dezembro de

2015.

0,00

500,00

1000,00

1500,00

2000,00

2500,00

3000,00

12

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3 D

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1

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3

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Antes Dia Após Após

Estuário Oceano

µg

/ L

Alumínio Total10496 12198

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500,00

1000,00

1500,00

2000,00

2500,00

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1

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Antes Dia Após Após

Estuário Oceano

µg

/ L

Alumínio Dissolvido

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Antes Dia Após Após

Estuário Oceano

µg

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Ferro Total

0,00

100,00

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400,00

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2

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3

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4

Antes Dia Após Após

Estuário Oceano

µg

/ L

Ferro dissolvido904

0,00

1000,00

2000,00

3000,00

4000,00

5000,00

6000,00

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1

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4

Antes Dia Após Após

Estuário Oceano

µg

/ L

Manganês Total

0,00

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

60,00

12

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1

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3

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4

Antes Dia Após Após

Estuário Oceano

µg

/ L

Manganês Dissolvido

0,00

500,00

1000,00

1500,00

2000,00

2500,00

12

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1

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3

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4

Antes Dia Após Após

Estuário Oceano

µg

/ L

Cromo Total4821

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5,00

10,00

15,00

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25,00

12

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1

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4

Antes Dia Após Após

Estuário Oceano

µg

/ L

Cromo Dissolvido

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,00

35,00

12

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10

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1

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4

Antes Dia Após Após

Estuário Oceano

µg

/ L

Arsênio Total

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,00

35,00

12

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10

DIA

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1

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2

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3

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4

Antes Dia Após Após

Estuário Oceano

µg

/ L

Arsênio Dissolvido

0,00

40,00

80,00

120,00

160,00

12

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10

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EPO

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1

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2

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3

Po

nto

4

Antes Dia Após Após

Estuário Oceano

µg

/ L

Zinco Total

0,00

40,00

80,00

120,00

160,00

12

DIA

S

10

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S

3 D

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1 D

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21

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1 D

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EPO

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1

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2

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4

Antes Dia Após Após

Estuário Oceano

µg

/ L

Zinco Dissolvido

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Figura 2 – Concentrações de vanádio, níquel, cobre e chumbo, nas frações total e dissolvida, no estuário e região marinha adjacente, conforme a

aproximação da lama de rejeitos de mineração a foz do Rio Doce.

0,00

20,00

40,00

60,00

80,00

100,00

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12

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1

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3

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4

Antes Dia Após Após

Estuário Oceano

µg

/ L

Vanádio Total

0,00

20,00

40,00

60,00

80,00

100,00

120,00

12

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21

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1

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4

Antes Dia Após Após

Estuário Oceano

µg

/ L

Vanádio Dissolvido

0,00

20,00

40,00

60,00

80,00

100,00

12

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3 D

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21

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1

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19

Antes Dia Após Após

Estuário Oceano

µg

/ L

Níquel Total1394

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20,00

40,00

60,00

80,00

100,00

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21

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1 D

IA D

EPO

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Po

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1

Po

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2

Po

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3

Po

nto

4

Antes Dia Após Após

Estuário Oceano

µg

/ L

Níquel Dissolvido

0,00

20,00

40,00

60,00

80,00

100,00

120,00

12

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10

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3 D

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21

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1 D

IA D

EPO

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nto

1

Po

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3

Po

nto

4

Antes Dia Após Após

Estuário Oceano

µg

/ L

Cobre Total

0,00

20,00

40,00

60,00

80,00

100,00

120,00

12

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10

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21

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1

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2

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3

Po

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4

Antes Dia Após Após

Estuário Oceano

µg

/ L

Cobre Dissolvido

0,00

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

60,00

12

DIA

S

10

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S

3 D

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21

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1 D

IA D

EPO

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Po

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1

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2

Po

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4

Antes Dia Após Após

Estuário Oceano

µg

/ L

Chumbo Total

0,00

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

60,00

12

DIA

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10

DIA

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3 D

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21

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15

1 D

IA D

EPO

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Po

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1

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Po

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Po

nto

4

Antes Dia Após Após

Estuário Oceano

µg

/ L

Chumbo Dissolvido

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Comparação entre dezembro de 2015 e janeiro de 2016

As Figuras 3 a 10 apresentam os resultados para as amostras de água marinha

entre as duas campanhas realizadas pelo NOc. Vital de Oliveira

(Dezembro/2016) e pelo NOc. Solancy Moura (Janeiro/2016), mostrando os

resultados obtidos com a variação temporal entre mesmas estações ou

estações mais próximas (mesma isóbata). De forma geral, foi registrada uma

diminuição nas concentrações de metais totais tanto em águas superficiais

como em águas de fundo, com algumas exceções em determinadas estações

amostrais. Análises estatísticas realizadas através do “teste t” (95% grau de

confiança) foram realizadas para verificar variações significativas das

concentrações de metais entre as campanhas. A seguir os elementos

analisados serão discutidos separadamente, sempre considerando as

alterações ocorridas entre a primeira e a segunda campanha.

Alumínio total apresentou diminuição na concentração tanto em águas

superficiais quanto de fundo, ocorrendo um único aumento na estação

localizada na isóbata de 13m a Sul (Doce 18 e SDS 13) da foz do Rio Doce.

Este mesmo comportamento foi observado para alumínio dissolvido em águas

superficiais, mas com diminuição das concentrações em todas as estações de

amostragem. Por outro lado, as concentrações de alumínio dissolvido

aumentaram nas estações mais próximas (SD 01 e SD 02) e também na

estação localizada na isóbata de 13m a Norte da foz, diminuindo nas demais.

Entretanto não foi observada variação significativa (Teste t p>0,05) entre as

campanhas.

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Figura 3 – Concentrações de alumínio total e dissolvido nas estações de amostragem da primeira

campanha (Doce) e da segunda campanha (SD) do monitoramento marinho.

Os valores das concentrações de alumínio dissolvido estiveram sempre abaixo do

valor máximo estabelecido para águas salinas Classe 1 da Resolução CONAMA

357/05. Ressalta-se que esta resolução não apresenta valores orientadores para

alumínio total.

Para ferro total nota-se uma diminuição da concentração em águas superficiais e

de fundo principalmente nas estações mais próximas a foz do Rio Doce onde

durante a primeira campanha foram registradas concentrações bastante elevadas

(Figura 4). Nas estações mais distantes da foz, 03, 04, isóbata de 13m (Doce 18 e

SDS 13) e 20m (Doce 16 e SDS 20) a Sul foi verificado aumento nas

concentrações de ferro total nas águas superficiais, sendo que na estação 04 e

isóbata de 20m este comportamento também foi observado na água de fundo. As

concentrações de ferro dissolvido diminuíram em praticamente todas as estações

de amostragem em ambas as profundidades analisadas, com exceção das

estações localizadas na isóbata de 20m a Sul. Não foram observadas variações

significativas nas concentrações de ferro total e dissolvido entre as campanhas de

amostragem (Teste t, p>0,05). Assim como para alumínio, a Resolução CONAMA

357/05 apresenta valores orientadores apenas para ferro dissolvido, os quais

estiveram abaixo em todas as estações e em ambas as campanhas.

CONAMA 357 – 1500 µg / L

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

1600

Do

ce 0

1

SD 0

1

Do

ce 0

2

SD 0

2

Do

ce 0

3

SD 0

3

Do

ce 0

4

SD 0

4

Do

ce 1

8

SDS

13

Do

ce 1

6

SDS

20

Do

ce 1

7

SDN

13

Do

ce 1

9

SDN

20

µg

/ L

Estações de amostragem

Total5197

Alumínio Superfície

NOc. Vital de Oliveira X NOc. Solancy Moura(Doce) X (SD)

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

1600

Do

ce 0

1

SD 0

1

Do

ce 0

2

SD 0

2

Do

ce 0

3

SD 0

3

Do

ce 0

4

SD 0

4

Do

ce 1

8

SDS

13

Do

ce 1

6

SDS

20

Do

ce 1

7

SDN

13

Do

ce 1

9

SDN

20

µg

/ L

Total2704

Alumínio Fundo

3215962273256

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

1600

Do

ce 0

1

SD 0

1

Do

ce 0

2

SD 0

2

Do

ce 0

3

SD 0

3

Do

ce 0

4

SD 0

4

Do

ce 1

8

SDS

13

Do

ce 1

6

SDS

20

Do

ce 1

7

SDN

13

Do

ce 1

9

SDN

20

Estações de amostragem

Dissolvido

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

1600

Do

ce 0

1

SD 0

1

Do

ce 0

2

SD 0

2

Do

ce 0

3

SD 0

3

Do

ce 0

4

SD 0

4

Do

ce 1

8

SDS

13

Do

ce 1

6

SDS

20

Do

ce 1

7

SDN

13

Do

ce 1

9

SDN

20

Dissolvido

Page 9: OCEANOGRAFIA QUÍMICA GEOQUÍMICA DE … · OCEANOGRAFIA QUÍMICA GEOQUÍMICA DE METAIS E NUTRIENTES Renato Neto, Fabian Sá, Eduardo Schettini, Bethânia Dalcol Introdução Este

Figura 4 –Concentrações de ferro total e dissolvido nas estações de amostragem da primeira (Doce)

e segunda campanhas (SD) do monitoramento marinho.

Manganês dissolvido apresentou diminuição das concentrações (Figura 5),

variando significativamente nas águas superficiais (Teste t, p=0,018) e de

fundo (Teste t, p=0,009), com valores sempre abaixo do limite de detecção

durante a segunda amostragem. Na fração total, este elemento apresentou

diminuição das concentrações em ambas profundidades apenas nas estações

mais próximas a foz (01 e 02) e na isóbata de 13m tanto a Sul quanto a Norte.

Nas estações 03, 04, isóbata de 20m tanto a Sul quanto a Norte da

desembocadura foram registrados aumento das concentrações de manganês

total na superfície e fundo. Para manganês total não foram observadas

variações significativas entre as campanhas independentemente da

profundidade.

NOc. Vital de Oliveira X NOc. Solancy Moura(Doce) X (SD)

Ferro Superfície

0

200

400

600

800

1000

1200

Do

ce 0

1

SD 0

1

Do

ce 0

2

SD 0

2

Do

ce 0

3

SD 0

3

Do

ce 0

4

SD 0

4

Do

ce 1

8

SDS

13

Do

ce 1

6

SDS

20

Do

ce 1

7

SDN

13

Do

ce 1

9

SDN

20

µg

/ L

Total

0

200

400

600

800

1000

1200

Do

ce 0

1

SD 0

1

Do

ce 0

2

SD 0

2

Do

ce 0

3

SD 0

3

Do

ce 0

4

SD 0

4

Do

ce 1

8

SDS

13

Do

ce 1

6

SDS

20

Do

ce 1

7

SDN

13

Do

ce 1

9

SDN

20

Dissolvido

0

200

400

600

800

1000

1200

Do

ce 0

1

SD 0

1

Do

ce 0

2

SD 0

2

Do

ce 0

3

SD 0

3

Do

ce 0

4

SD 0

4

Do

ce 1

8

SDS

13

Do

ce 1

6

SDS

20

Do

ce 1

7

SDN

13

Do

ce 1

9

SDN

20

µg

/ L

Estações de amostragem

Total

0

200

400

600

800

1000

1200

Do

ce 0

1

SD 0

1

Do

ce 0

2

SD 0

2

Do

ce 0

3

SD 0

3

Do

ce 0

4

SD 0

4

Do

ce 1

8

SDS

13

Do

ce 1

6

SDS

20

Do

ce 1

7

SDN

13

Do

ce 1

9

SDN

20

Estações de amostragem

Dissolvido

13292

12437 7362 52360 5963

Ferro Fundo

CONAMA 357 – 300 µg/L

Page 10: OCEANOGRAFIA QUÍMICA GEOQUÍMICA DE … · OCEANOGRAFIA QUÍMICA GEOQUÍMICA DE METAIS E NUTRIENTES Renato Neto, Fabian Sá, Eduardo Schettini, Bethânia Dalcol Introdução Este

Figura 5 –Concentrações de manganês total e dissolvido nas estações de amostragem da primeira

(Doce) e segunda campanhas (SD) do monitoramento marinho.

As concentrações de arsênio total e dissolvido (Figura 6) diminuíram entre as

campanhas em praticamente todas as estações de amostragem, com algumas

exceções. Nas estações 03 e isóbata de 20m a Sul da foz as concentrações de

arsênio total aumentaram em ambas as profundidades, enquanto na estação

04 este aumento foi observado apenas na água de fundo. A estação 03

também apresentou aumento na concentração para arsênio dissolvido tanto na

água superficial quanto de fundo. As estações 04 e isóbata de 20m registraram

aumento na concentração de arsênio dissolvido apenas na água de fundo. As

concentrações de arsênio dissolvido nas águas superficiais apresentaram

variação significativa entre as campanhas (Teste t, p=0,0019), sendo que para

as demais frações e profundidades esta variação não foi significativa. Durante

as duas campanhas amostrais os valores de arsênio estiveram abaixo do limite

estabelecido pela CONAMA 357/05.

0

100

200

300

400

500

600D

oce

01

SD 0

1

Do

ce 0

2

SD 0

2

Do

ce 0

3

SD 0

3

Do

ce 0

4

SD 0

4

Do

ce 1

8

SDS

13

Do

ce 1

6

SDS

20

Do

ce 1

7

SDN

13

Do

ce 1

9

SDN

20

µg/

L

Total

NOc. Vital de Oliveira X NOc. Solancy Moura(Doce) X (SD)

Manganês Superfície

0

100

200

300

400

500

600

Do

ce 0

1

SD 0

1

Do

ce 0

2

SD 0

2

Do

ce 0

3

SD 0

3

Do

ce 0

4

SD 0

4

Do

ce 1

8

SDS

13

Do

ce 1

6

SDS

20

Do

ce 1

7

SDN

13

Do

ce 1

9

SDN

20

µg/

L

Estações de amostragem

TotalManganês Fundo

0

2

4

6

8

10

12

14

16

Do

ce 0

1

SD 0

1

Do

ce 0

2

SD 0

2

Do

ce 0

3

SD 0

3

Do

ce 0

4

SD 0

4

Do

ce 1

8

SDS

13

Do

ce 1

6

SDS

20

Do

ce 1

7

SDN

13

Do

ce 1

9

SDN

20

Dissolvido

0

2

4

6

8

10

12

14

16

Do

ce 0

1

SD 0

1

Do

ce 0

2

SD 0

2

Do

ce 0

3

SD 0

3

Do

ce 0

4

SD 0

4

Do

ce 1

8

SDS

13

Do

ce 1

6

SDS

20

Do

ce 1

7

SDN

13

Do

ce 1

9

SDN

20

Estações de monitoramento

Dissolvido

CONAMA 357 – 100µg / L

Page 11: OCEANOGRAFIA QUÍMICA GEOQUÍMICA DE … · OCEANOGRAFIA QUÍMICA GEOQUÍMICA DE METAIS E NUTRIENTES Renato Neto, Fabian Sá, Eduardo Schettini, Bethânia Dalcol Introdução Este

Figura 6 –Concentrações de arsênio total e dissolvido nas estações de amostragem da

primeira(Doce) e segunda campanha (SD) do monitoramento marinho.

Ao contrário dos demais metais, o elemento chumbo apresentou aumento em

suas concentrações, tanto na fração total quanto na dissolvida, na maioria das

estações de amostragem. Esta variação foi significativa apenas para chumbo

total nas águas superficiais (Teste t, p=0,0009) e de fundo (Teste t, p=0,021).

Outra observação relevante em relação ao elemento chumbo é que em ambas

as campanhas suas concentrações foram superiores aos valores máximos

permitidos pela Resolução CONAMA 357/05 em todas as estações e em

ambas as frações analisadas, total e dissolvida.

NOc. Vital de Oliveira X NOc. Solancy Moura(Doce) X (SD)

Arsênio Superfície

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

3,5

4

4,5

5

Do

ce 0

1

SD 0

1

Do

ce 0

2

SD 0

2

Do

ce 0

3

SD 0

3

Do

ce 0

4

SD 0

4

Do

ce 1

8

SDS

13

Do

ce 1

6

SDS

20

Do

ce 1

7

SDN

13

Do

ce 1

9

SDN

20

µg

/ L

Total

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

3,5

4

4,5

5

DO

CE

01

SD 0

1

DO

CE

02

SD 0

2

DO

CE

03

SD 0

3

DO

CE

04

SD 0

4

DO

CE

18

SDS

13

DO

CE

16

SDS

20

DO

CE

17

SDN

13

DO

CE

19

SDN

20

Dissolvido

Arsênio Fundo

00,5

11,5

22,5

33,5

44,5

5

Do

ce 0

1

SD 0

1

Do

ce 0

2

SD 0

2

Do

ce 0

3

SD 0

3

Do

ce 0

4

SD 0

4

Do

ce 1

8

SDS

13

Do

ce 1

6

SDS

20

Do

ce 1

7

SDN

13

Do

ce 1

9

SDN

20

µg

/ L

Estações de amostragem

Total

00,5

11,5

22,5

33,5

44,5

5

Do

ce 0

1

SD 0

1

Do

ce 0

2

SD 0

2

Do

ce 0

3

SD 0

3

Do

ce 0

4

SD 0

4

Do

ce 1

8

SDS

13

Do

ce 1

6

SDS

20

Do

ce 1

7

SDN

13

Do

ce 1

9

SDN

20

Estações de amostragem

Dissolvido

CONAMA 357 – 10 µg/L

Page 12: OCEANOGRAFIA QUÍMICA GEOQUÍMICA DE … · OCEANOGRAFIA QUÍMICA GEOQUÍMICA DE METAIS E NUTRIENTES Renato Neto, Fabian Sá, Eduardo Schettini, Bethânia Dalcol Introdução Este

Figura 7 –Concentrações de chumbo total e dissolvido nas estações de amostragem da primeira

(Doce) e segunda campanha (SD) do monitoramento marinho.

Por outro lado, as concentrações de cobre total e dissolvido diminuíram em

todas as estações de amostragem em ambas as profundidades. Foram

observadas variações significativas nas concentrações de cobre total nas

águas superficiais (Teste t, p=0,000015) e de fundo (Teste t, p=0,00011), bem

como para cobre dissolvido nas águas superficiais (Teste t, p=0,018) e de

fundo (Teste t, p=0,007). As concentrações de cobre estiveram acima do valor

orientador da CONAMA 357/05 na maioria das estações de amostragem em

ambas as campanhas.

NOc. Vital de Oliveira X NOc. Solancy Moura(Doce) X (SD)

Chumbo Superfície

0

10

20

30

40

50

60

70

80

Do

ce 0

1

SD 0

1

Do

ce 0

2

SD 0

2

Do

ce 0

3

SD 0

3

Do

ce 0

4

SD 0

4

Do

ce 1

8

SDS

13

Do

ce 1

6

SDS

20

Do

ce 1

7

SDN

13

Do

ce 1

9

SDN

20

µg

/ L

Total

Chumbo Fundo

0

10

20

30

40

50

60

70

80

Do

ce 0

1

SD 0

1

Do

ce 0

2

SD 0

2

Do

ce 0

3

SD 0

3

Do

ce 0

4

SD 0

4

Do

ce 1

8

SDS

13

Do

ce 1

6

SDS

20

Do

ce 1

7

SDN

13

Do

ce 1

9

SDN

20

Estações de amostragem

Dissolvido

0

10

20

30

40

50

60

70

80

Do

ce 0

1

SD 0

1

Do

ce 0

2

SD 0

2

Do

ce 0

3

SD 0

3

Do

ce 0

4

SD 0

4

Do

ce 1

8

SDS

13

Do

ce 1

6

SDS

20

Do

ce 1

7

SDN

13

Do

ce 1

9

SDN

20

µg

/ L

Estações de amostragem

Total

CONAMA 357 – 10 µg/L

0

10

20

30

40

50

60

70

80

Do

ce 0

1

SD 0

1

Do

ce 0

2

SD 0

2

Do

ce 0

3

SD 0

3

Do

ce 0

4

SD 0

4

Do

ce 1

8

SDS

13

Do

ce 1

6

SDS

20

Do

ce 1

7

SDN

13

Do

ce 1

9

SDN

20

Dissolvido

Page 13: OCEANOGRAFIA QUÍMICA GEOQUÍMICA DE … · OCEANOGRAFIA QUÍMICA GEOQUÍMICA DE METAIS E NUTRIENTES Renato Neto, Fabian Sá, Eduardo Schettini, Bethânia Dalcol Introdução Este

Figura 8 – Concentrações de cobre total e dissolvido nas estações de amostragem da primeira

(Doce) e segunda campanhas (SD) do monitoramento marinho.

Níquel total e dissolvido apresentou diminuição em todas as estações de

amostragem, com variação significativa na fração dissolvida tanto em águas

superficiais (Teste t, p=0,008) quanto de fundo (Teste t, p=0,008). Uma elevada

concentração foi registrada na estação 01 durante a primeira coleta, porém

este valor não foi mais registrado, sendo muito superior aos demais

observados. Mesmo apresentando valores mais baixos durante a segunda

campanha, as concentrações de níquel total, e em algumas estações níquel

dissolvido, estão acima do valor máximo permitido pela CONAMA 357/05, nas

estações da isóbata de 13m tanto a Sul quanto ao Norte da foz do Rio Doce,

em ambas as profundidades.

NOc. Vital de Oliveira X NOc. Solancy Moura(Doce) X (SD)

Cobre Superfície

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

DO

CE

01

SD 0

1

DO

CE

02

SD 0

2

DO

CE

03

SD 0

3

DO

CE

04

SD 0

4

DO

CE

18

SDS

13

DO

CE

16

SDS

20

DO

CE

17

SDN

13

DO

CE

19

SDN

20

Dissolvido

Cobre Fundo

0102030405060708090

100

Do

ce 0

1

SD 0

1

Do

ce 0

2

SD 0

2

Do

ce 0

3

SD 0

3

Do

ce 0

4

SD 0

4

Do

ce 1

8

SDS

13

Do

ce 1

6

SDS

20

Do

ce 1

7

SDN

13

Do

ce 1

9

SDN

20

µg

/ L

Estações de amostragem

Total

0102030405060708090

100

Do

ce 0

1

SD 0

1

Do

ce 0

2

SD 0

2

Do

ce 0

3

SD 0

3

Do

ce 0

4

SD 0

4

Do

ce 1

8

SDS

13

Do

ce 1

6

SDS

20

Do

ce 1

7

SDN

13

Do

ce 1

9

SDN

20

Estações de amostragem

Dissolvido

CONAMA 357 – 5 µg/L

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100D

oce

01

SD 0

1

Do

ce 0

2

SD 0

2

Do

ce 0

3

SD 0

3

Do

ce 0

4

SD 0

4

Do

ce 1

8

SDS

13

Do

ce 1

6

SDS

20

Do

ce 1

7

SDN

13

Do

ce 1

9

SDN

20

µg

/ L

Total

Page 14: OCEANOGRAFIA QUÍMICA GEOQUÍMICA DE … · OCEANOGRAFIA QUÍMICA GEOQUÍMICA DE METAIS E NUTRIENTES Renato Neto, Fabian Sá, Eduardo Schettini, Bethânia Dalcol Introdução Este

Figura 9 –Concentrações de níquel total e dissolvido nas estações de amostragem da primeira

(Doce) e segunda campanhas (SD) do monitoramento marinho.

Outro elemento que apresentou aumento nas concentrações durante a

segunda campanha foi o zinco. Este variação foi significativa apenas na fração

dissolvida em águas superficiais (Teste t, p=0,024). O aumento de zinco total

ocorreu nas estações mais próximas a foz do Rio Doce e da costa em ambas

as profundidades, ou seja, nas estações 01, 02 e nas isóbatas de 13m tanto a

Sul quanto a Norte, assim como observado para outros elementos. Este

comportamento também fica evidente para zinco dissolvido, mas apenas na

água de fundo (Figura 10).

NOc. Vital de Oliveira X NOc. Solancy Moura(Doce) X (SD)

Níquel Superfície

0

20

40

60

80

100

120

140

160D

oce

01

SD 0

1

Do

ce 0

2

SD 0

2

Do

ce 0

3

SD 0

3

Do

ce 0

4

SD 0

4

Do

ce 1

8

SDS

13

Do

ce 1

6

SDS

20

Do

ce 1

7

SDN

13

Do

ce 1

9

SDN

20

µg

/ L

Total

0

20

40

60

80

100

120

140

160

Do

ce 0

1

SD 0

1

Do

ce 0

2

SD 0

2

Do

ce 0

3

SD 0

3

Do

ce 0

4

SD 0

4

Do

ce 1

8

SDS

13

Do

ce 1

6

SDS

20

Do

ce 1

7

SDN

13

Do

ce 1

9

SDN

20

Dissolvido1394

0

20

40

60

80

100

120

140

160

Do

ce 0

1

SD 0

1

Do

ce 0

2

SD 0

2

Do

ce 0

3

SD 0

3

Do

ce 0

4

SD 0

4

Do

ce 1

8

SDS

13

Do

ce 1

6

SDS

20

Do

ce 1

7

SDN

13

Do

ce 1

9

SDN

20

µg

/ L

Estações de amostragem

Total Níquel Fundo

0

20

40

60

80

100

120

140

160

Do

ce 0

1

SD 0

1

Do

ce 0

2

SD 0

2

Do

ce 0

3

SD 0

3

Do

ce 0

4

SD 0

4

Do

ce 1

8

SDS

13

Do

ce 1

6

SDS

20

Do

ce 1

7

SDN

13

Do

ce 1

9

SDN

20

Estações de amostragem

Dissolvido1212

CONAMA 357 – 25 µg/L

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Figura 10 –Concentrações de zinco total e dissolvido nas estações de amostragem da primeira

(Doce) e segunda campanhas (SD) do monitoramento marinho.

Análise espacial

Para facilitar a visualização da distribuição das concentrações dos elementos

analisados foram elaborados mapas de proporcionalidade, os quais mostram

de forma comparativa as variações sazonais observadas nas estações de

amostragem (Figuras 11 a 28). A descrição dos comportamentos observados

são os mesmos comentados anteriormente.

NOc. Vital de Oliveira X NOc. Solancy Moura(Doce) X (SD)

Zinco Superfície

0

50

100

150

200

250

300

350D

oce

01

SD 0

1

Do

ce 0

2

SD 0

2

Do

ce 0

3

SD 0

3

Do

ce 0

4

SD 0

4

Do

ce 1

8

SDS

13

Do

ce 1

6

SDS

20

Do

ce 1

7

SDN

13

Do

ce 1

9

SDN

20

µg

/ L

Total

0

50

100

150

200

250

300

350

Do

ce 0

1

SD 0

1

Do

ce 0

2

SD 0

2

Do

ce 0

3

SD 0

3

Do

ce 0

4

SD 0

4

Do

ce 1

8

SDS

13

Do

ce 1

6

SDS

20

Do

ce 1

7

SDN

13

Do

ce 1

9

SDN

20

Dissolvido

0

50

100

150

200

250

300

350

Do

ce 0

1

SD 0

1

Do

ce 0

2

SD 0

2

Do

ce 0

3

SD 0

3

Do

ce 0

4

SD 0

4

Do

ce 1

8

SDS

13

Do

ce 1

6

SDS

20

Do

ce 1

7

SDN

13

Do

ce 1

9

SDN

20

µg

/ L

Estações de amostragem

TotalZinco Fundo

0

50

100

150

200

250

300

350

Do

ce 0

1

SD 0

1

Do

ce 0

2

SD 0

2

Do

ce 0

3

SD 0

3

Do

ce 0

4

SD 0

4

Do

ce 1

8

SDS

13

Do

ce 1

6

SDS

20

Do

ce 1

7

SDN

13

Do

ce 1

9

SDN

20

Estações de amostragem

Dissolvido

CONAMA 357 – 90 µg/L

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Figura 11 – Mapas de distribuição de alumínio dissolvido em águas superficiais e de fundo nas estações de amostragem da primeira (Doce) e

segunda campanhas (SD) do monitoramento marinho.

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Figura 12 – Mapas de distribuição de alumínio total em águas superficiais e de fundo nas estações de amostragem da primeira (Doce) e da

segunda campanhas (SD) do monitoramento marinho.

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Figura 13 – Mapas de distribuição de arsênio dissolvido em águas superficiais e de fundo nas estações de amostragem da primeira

campanha (Doce) e da segunda campanha (SD) do monitoramento marinho.

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Figura 14 – Mapas de distribuição de arsênio total em águas superficiais e de fundo nas estações de amostragem da primeira (Doce) e

segunda campanhas (SD) do monitoramento marinho.

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Figura 15 – Mapas de distribuição de bário dissolvido em águas superficiais e de fundo nas estações de amostragem da primeira (Doce) e

segunda campanhas (SD) do monitoramento marinho.

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Figura 16 – Mapas de distribuição de bário total em águas superficiais e de fundo nas estações de amostragem da primeira (Doce) e segunda

campanhas (SD) do monitoramento marinho.

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Figura 17 – Mapas de distribuição de chumbo dissolvido em águas superficiais e de fundo nas estações de amostragem da primeira (Doce) e

segunda campanhas (SD) do monitoramento marinho.

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Figura 18 – Mapas de distribuição de chumbo total em águas superficiais e de fundo nas estações de amostragem da primeira (Doce) e

segunda campanhas (SD) do monitoramento marinho.

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Figura 19 – Mapas de distribuição de cobre dissolvido em águas superficiais e de fundo nas estações de amostragem da primeira (Doce) e

segunda campanhas (SD) do monitoramento marinho.

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Figura 20 – Mapas de distribuição de cobre total em águas superficiais e de fundo nas estações de amostragem da primeira (Doce) e

segunda campanhas (SD) do monitoramento marinho.

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Figura 21 – Mapas de distribuição de ferro dissolvido em águas superficiais e de fundo nas estações de amostragem da primeira campanha

(Doce) e da segunda campanha (SD) do monitoramento marinho.

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Figura 22 – Mapas de distribuição de ferro total em águas superficiais e de fundo nas estações de amostragem da primeira (Doce) e segunda

campanhas (SD) do monitoramento marinho.

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Figura 23 – Mapas de distribuição de manganês dissolvido em águas superficiais e de fundo nas estações de amostragem da primeira (Doce)

e segunda campanhas (SD) (valores foram <LD) do monitoramento marinho.

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Figura 24 – Mapas de distribuição de manganês total em águas superficiais e de fundo nas estações de amostragem da primeira (Doce) e

segunda campanhas (SD) do monitoramento marinho.

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Figura 25 – Mapas de distribuição de níquel dissolvido em águas superficiais e de fundo nas estações de amostragem da primeira campanha

(Doce) e da segunda campanha (SD)do monitoramento marinho.

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Figura 26 – Mapas de distribuição de níquel total em águas superficiais e de fundo nas estações de amostragem da primeira (Doce) e

segunda campanhas (SD) do monitoramento marinho.

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Figura 27 – Mapas de distribuição de zinco dissolvido em águas superficiais e de fundo nas estações de amostragem da primeira campanha

(Doce) e da segunda campanha (SD)do monitoramento marinho.

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Figura 28 – Mapas de distribuição das concentrações de zinco total em águas superficiais e de fundo nas estações de amostragem da

primeira (Doce) e segunda campanhas (SD) do monitoramento marinho.

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Metais em sedimentos

As análises dos metais em sedimentos ainda não foram todas finalizadas, mas

apresentamos neste relatório parcial os resultados obtidos para ferro, alumínio

e manganês (Figura 29). Nestes resultados em sedimentos da foz do Rio Doce,

podemos notar um aumento das concentrações entre as duas campanhas

(Doce e SD) realizadas. Este comportamento é esperado para os demais

elementos analisados, uma vez que, principalmente óxidos de ferro e

manganês favorecem a co-precipitação de outros metais.

Figura 29 – Gráfico das concentrações de alumínio, ferro e manganês nos

sedimentos superficiais da foz do Rio Docenas estações de amostragem da

primeira campanha (Doce) e da segunda campanha (SD)do monitoramento

marinho.

Considerações finais

Os resultados obtidos até o presente momento indicam que elementos como

Fe, Al, Mn, Cr, Pb, Cu e V apresentaram aumento de suas concentrações na

região estuarina da foz do Rio Doce com a passagem da lama de rejeitos de

mineração. Devido à presença e a quantidade deste material no Rio Doce, bem

como seu desague no Oceano Atlântico, as concentrações destes elementos

em especial, seja na fração total ou dissolvida, tanto na região estuarina como

na marinha adjacente foram alteradas. Ao analisar concentrações de metais na

foz de um rio não podemos inferir que tais valores são resultados de um único

0

10000

20000

30000

40000

50000

DO

CE

01

SD 0

1

DO

CE

02

SD 0

2

DO

CE

03

SD 0

3

DO

CE

04

SD 0

4

DO

CE

16

SDS

20

DO

CE

19

SDN

20

Longitudinal Rio Doce Sul Norte

mg

/ K

g

Regiões / Estações de amostragem

Alumínio

01000020000300004000050000600007000080000

DO

CE

01

SD 0

1

DO

CE

02

SD 0

2

DO

CE

03

SD 0

3

DO

CE

04

SD 0

4

DO

CE

16

SDS

20

DO

CE

19

SDN

20

Longitudinal Rio Doce Sul Norte

mg

/ K

g

Regiões / Estações de amostragem

Ferro

0200400600800

1000120014001600

DO

CE

01

SD 0

1

DO

CE

02

SD 0

2

DO

CE

03

SD 0

3

DO

CE

04

SD 0

4

DO

CE

16

SDS

20

DO

CE

19

SDN

20

Longitudinal Rio Doce Sul Norte

mg

/ K

g

Regiões / Estações de amostragem

Manganês

Metais em sedimentos

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processo atuante, e sim, são resultados do sinergismo de diferentes alterações

presentes na bacia hidrográfica.

Entretanto, o despejo de rejeitos de mineração no Rio Doce pode ter alterado processos físico-químicos, como sorção e desorção, que regulam a mobilidade de metais em ambientes aquáticos, sendo estes peculiares a cada elemento analisado. Notamos que houve, na maioria dos casos, uma diminuição da concentração entre a primeira e a segunda campanha na região marinha. Este resultado já era esperado devido à precipitação do material provindo do Rio Doce, bem como a capacidade de diluição e dispersão na região costeira. A recuperação da qualidade físico-química da água pode ser um processo rápido, mas a recuperação do ecossistema como um todo é um processo muito mais lento (Pratet al., 1999). Gradientes de concentração, aumento das concentrações em sedimentos superficiais e possíveis alterações sazonais destas concentrações na coluna d’água são resultados esperados neste tipo acidente ambiental (Olíaset al., 2005), em que diversos processos atuam favorecendo o aumento ou diminuição das concentrações de metais.

Por exemplo, chumbo e zinco apresentaram aumento em suas concentrações

na segunda campanha, podendo ser ocasionado pelo contínuo aporte destes

metais ou mesmo por partição entre fases particulada e dissolvida. Outra

observação relevante que os resultados até o momento indicam é o acúmulo

de metais em determinadas regiões da área investigada, como as isóbatas de

13m e 20m tanto a Sul quanto a Norte da foz do Rio Doce, provavelmente

relacionado à dinâmica costeira.

Referências bibliográficas

Prat, N., Toja, J., Sola`, C., Burgos, M.D., Plans, M., Rieradevall, M., 1999. Effect of dumping and cleaning activities on the aquatic ecosystems of the Guadiamar River following a toxic flood.Sci. Total Environ. 242, 231–248.

Olias, M., Cero´n, J.C., Moral, F. & Ruiz, F. 2006. Water quality of the Guadiamar River after the Aznalco´ llar spill (SW Spain).Chemosphere 62(3): 213-225.

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NUTRIENTES

Com o intuito de avaliar o impacto em relação nível de nutrientes dissolvidos no rio Doce

(próximo a desembocadura) e na plataforma continental adjacente, proveniente da chegada

do rejeito de minério de ferro e materiais carreados juntamente com essa “lama”, foram

realizadas analises de fosfato (PO43-), nitrito (NO2

-), nitrato (NO3-), nitrogênio amoniacal (NH3 +

NH4+) e Silício reativo dissolvido em amostras de água coletadas em sub-superfície (dentro do

rio) e sub-superfície e fundo (plataforma continental adjacente; campanhas pelos navios

oceanográficos Vital de oliveira e Soloncy Moura). As análises foram realizadas pelo método de

colorimetria descritos em Grasshoff et al. (1999) e leituras realizadas por espectrofotometria.

Em relação aos nutrientes presentes no rio Doce, foram avaliadas concentrações em um perfil

temporal, sendo esse período de 3 dias antes da lama chegar ao local de coleta, 1 dia antes e

no dia da chegada do material de rejeito. Nos quatro pontos avaliados (J1, J2, M1 e M2),

elevadas concentrações de nitrato, nitrogênio amoniacal e silício podem ser observadas,

chegando a 50,69 µM, 9,07µM e 175,47 µM, respectivamente. Elevadas concentrações de

compostos nitrogenados, usualmente, estão associados ao aporte por atividades antrópicas,

como o lançamento de efluentes domésticos, industriais e uso de fertilizantes (AGUIAR et al.,

2011; MIZERKOWSKI et al., 2012). Outro fator que pode explicar os elevados níveis de

nitrogênio inorgânico seria como subproduto da oxidação de compostos (i.e. éter mono e

diaminas) usados na mineração para flotação de minério de ferro (MA, 2012). No caso do

silício, a concentração pode ser explicada pelo carreamento de minerais de aluminossilicato

junto às partículas finas do rejeito de minério. Os níveis de concentração de fosfato e nitrito

não apresentaram concentrações mais elevadas comparadas a rios tropicais brasileiros

(GRANADO E HENRY, 2012; SILVA et al., 2015), indicando que estes compostos podem não

estar sendo afetados pela chegada da “lama” de rejeitos de minério.

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Figura 1: Concentrações de nutrientes inorgânicos dissolvidos (fosfato, nitrito, nitrato, nitrogênio amoniacal e silício reativo) no rio Doce em amostras coletadas três dias antes (3 dias), um dia antes (1 dia) e no dia da chegada da lama (dia) nos pontos de coleta/foz

Além do rio Doce, a plataforma continental adjacente também recebeu uma elevada carga dos

rejeitos carreados pela “lama”. A costa leste brasileira, onde se encontra a foz do rio Doce,

usualmente, não apresenta elevadas concentrações de nutrientes dissolvidos. Ovalle et al.

(1999) descrevem valores médios de fosfato (0,34µM – P-PO43-), nitrato (<0,1µM – N-NO3

-),

nitrogênio amoniacal (0,9µM – N-NH4+) e silício (3,18µM – SiO2) para os nutrientes nesta

região. Já Costa et al. (2014), descrevem concentrações médias de fosfato (0,49µM), nitrito

(0,58µM), nitrato (15,47µM) e silício reativo (74,61 µM) na costa ao sul do estado do Espírito

Santo.

No caso das campanhas realizadas pelo NOc. Vital de Oliveira, elevadas concentrações de

nitrato (26,48µM; Fig. 2), sílica (65,58µM; Fig. 3) e nitrogênio amoniacal (2,32µM; Fig. 4) são

encontradas em pontos próximos à desembocadura do rio em ambas as campanhas de

monitoramento realizadas e, usualmente, na superfície. Concentrações elevadas de nitrato e

sílica encontradas na superfície do ponto DOCE 17 da segunda campanha podem indicar uma

influência da descarga do rio com os rejeitos de mineração, uma vez que a “lama” menos

densa, presente nas regiões superficiais da coluna d’água, seguiu na direção norte, local do

ponto DOCE 17.

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Figura 2: Concentração de nitrato (µM) nos pontos superficiais das campanhas do NOc. Vital de Oliveira.

Figura 3: Concentração de silício (µM) nos pontos superficiais das campanhas do NOc. Vital de Oliveira.

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Figura 4: Concentração de nitrogênio amoniacal (µM) nos pontos superficiais das campanhas do NOc. Vital de Oliveira.

Contudo, ao observarmos o comportamento das concentrações de nitrato e silício em

amostras de fundo (Figuras 5 e 6), é possível observar que as maiores concentrações estão

localizadas na foz e ao sul da foz (Pontos 1 e 18).

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Figura 5: Concentração de nitrato (µM) nos pontos de fundo das campanhas do NOc. Vital de Oliveira

Esse comportamento é comprovado pela elevada correlação entre esses nutrientes

(Correlação de Pearson 0,87; p<0,05), indicando que ambos podem apresentar a mesma fonte

ou processo. Como a principal fonte de silício para a região costeira é proveniente do desague

continental e por ser considerado um importante traçador terrestre (BRAGA et al., 2008), é

possível que o rio Doce esteja aportando a maior parte desses nutrientes para essa região

costeira.

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Figura 6: Concentração de silício (µM) nos pontos de fundo das campanhas do NOc. Vital de Oliveira

Em avaliação das concentrações de nutrientes dissolvidos presentes nas amostras coletadas

pelo Cruzeiro Oceanográfico Soloncy Moura, os seguintes resultados e discussões são

apresentados.

As concentrações de fosfato, nitrito, nitrato, nitrogênio amoniacal e silício reativo dissolvido

apresentaram variações entre 0,02 – 0,17 µM, <LD – 0,40 µM, <LD – 62,67 µM, <LD – 0,27 µM

e 0,43 – 34,50 µM, respectivamente. O fosfato, o nitrito e no nitrogênio amoniacal não

apresentaram concentrações consideradas elevadas, apresentando níveis relacionados aos

encontrados em regiões costeiras (OVALLE et al., 1999; COSTA et al., 2014). Com relação ao

silício, apenas na região superficial do ponto SD01 apresentou uma concentração

relativamente elevada desse nutriente (34,50 µM). Por se tratar da região mais próxima a

desembocadura do rio Doce, valores elevados de silício podem estar associados ao aporte de

minerais de aluminossilicato. A principal observação deve-se ao nitrato, o qual apresentou

concentrações muito elevadas em regiões mais profundas na porção costeira ao sul da

desembocadura do rio Doce (SDS 30, CA02, CA 03 e CA04; Fig. 5).

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Figura 7: Concentração de nitrato (µM) nos pontos de fundo da campanha do NOc. Soloncy Moura.

Em comparação com os resultados médios observados nas campanhas realizadas pelo Vital de

Oliveira e Soloncy Moura (Tabela 1), o nitrito não apresentou mudança considerável em sua

concentração. No que tange aos níveis de nitrato, nota-se um considerável aumento da

concentração desse nutriente na porção sul da desembocadura do rio Doce. Já em relação ao

fosfato, nitrogênio amoniacal e silício, observa-se um relativo decréscimo em suas

concentrações.

Tabela 1: Concentração média (µM) dos nutrientes dissolvidos em campanhas realizadas pelos cruzeiros oceanográficos Vital de Oliveira e Soloncy Moura.

Nutrientes Campanha

Vital DP Soloncy DP

Fosfato 0,11 0,00 0,04 0,01

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Nitrito 0,07 0,04 0,10 0,02

Nitrato 4,73 - 8,16 0,16

Nitrogênio Amoniacal

1,07 0,14 0,04 0,02

Silício 5,65 0,19 3,47 0,16

Ao avaliarmos pontualmente as concentrações dos nutrientes encontrados no rio Doce e

plataforma continental adjacente em todas as campanhas, nota-se que níveis de nitrito e

abaixo ao que a legislação Brasileira (CONAMA 357/2005) estabelece como limites para águas

doces e águas salinas (Tabela 2).

Tabela 2: Níveis de concentração estabelecidos pela portaria CONAMA 357/2005 como padrões de qualidade de água. Concentrações expressas em mg/L.

Parâmetro

Valor máximo para águas

doces

Valor máximo para águas

salinas

Classe Classe

1 2 3 1 2 3

Fósforo Total (P-

fósforo total)1 0,1 0,1 0,15 0,062 0,093 0,093

Nitrato (N-NO3--) 10,0 10,0 10,0 0,40 0,70 0,70

Nitrito (N-NO2-) 1,0 1,0 1,0 0,07 0,20 0,20

Nitrogênio

Amoniacal Total (N-

NHx)2,3

3,7 3,7 13,3 0,40 0,70 0,70

1Valores referentes para ambientes lóticos. 2NHx = NH3 + NH4

+ 3Valores referentes a pH<7,5 para águas doces.

O CONAMA não estabelece valores para fosfato, apenas para fósforo total, bem como valores

para silício, não sendo possível a comparação com os valores encontrados neste estudo.

Contudo, as concentrações desses nutrientes e demais serão expressas nas mesmas unidades

para a similar avaliação. As concentrações dos nutrientes no rio Doce e plataforma continental

em todas as campanhas variaram nas seguintes concentrações: 0,002 – 0,026 mg/L de fosfato

(PO43-); <LD – 0,019 mg/L de nitrito (NO2

-); <LD – 9,190 mg/L de nitrato (NO3-), <LD – 0,163

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mg/L de nitrogênio amoniacal (NH3 + NH4

+); e 0,026 – 10,528 mg/L de silício reativo dissolvido

(SiO2).

Nessa comparação, observa-se que o nitrato analisado, especialmente na campanha do NOc

Soloncy Moura nos pontos SDS 30, CA02, CA 03 e CA 04 e ainda na foz (SD 01), se encontra em

níveis muito acima do estabelecido pelo CONAMA 357/05 para águas salinas em todas as

classes, o que pode ocasionar em mudanças graves no equilíbrio ecológico da região.

Referencias

AGUIAR, V. M. C.; NETO, J. A. B.; RANGEL, C. M. Eutrophication and hypoxia in four streams

discharging in Guanabara Bay, RJ, Brazil, a case study. Marine Pollution Bulletin. vol. 62,

pag.1915-1919, 2011.

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Resolução CONAMA nº 357/2005. Disponível em <

http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=459>. Acesso em 30 de março de

2016.

ANEXO I

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Figura 8:Concentração de fosfato (µM) nos pontos superficiais das campanhas do NOc. Vital de Oliveira.

Figura 9: Concentração de fosfato (µM) nos pontos de fundo das campanhas do NOc. Vital de Oliveira.

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Figura 10: Concentração de nitrito (µM) nos pontos superficiais das campanhas do NOc. Vital de Oliveira.

Figura 11: Concentração de nitrito (µM) nos pontos de fundo das campanhas do NOc. Vital de Oliveira

Page 49: OCEANOGRAFIA QUÍMICA GEOQUÍMICA DE … · OCEANOGRAFIA QUÍMICA GEOQUÍMICA DE METAIS E NUTRIENTES Renato Neto, Fabian Sá, Eduardo Schettini, Bethânia Dalcol Introdução Este

Figura 12: Concentração de nitrogênio amoniacal (µM) nos pontos de fundo das campanhas do NOc. Vital de Oliveira

ANEXO II

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Figura 13: Concentração de fosfato (µM) nos pontos superficiais na foz do rio Doce da campanha do NOc. Soloncy Moura.

Figura 14: Concentração de fosfato (µM) nos pontos de fundo na foz do rio Doce da campanha do NOc. Soloncy Moura.

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Figura 15:Concentração de nitrito (µM) nos pontos superficiais na foz do rio Doce da campanha do NOc. Soloncy Moura.

Figura 16: Concentração de nitrito (µM) nos pontos de fundo na foz do rio Doce da campanha do NOc. Soloncy Moura.

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Figura 17:Concentração de nitrato (µM) nos pontos superficiais na foz do rio Doce da campanha do NOc. Soloncy Moura.

Figura 18: Concentração de nitrogênio amoniacal (µM) nos pontos superficiais na foz do rio Doce da campanha do NOc. Soloncy Moura.

Page 53: OCEANOGRAFIA QUÍMICA GEOQUÍMICA DE … · OCEANOGRAFIA QUÍMICA GEOQUÍMICA DE METAIS E NUTRIENTES Renato Neto, Fabian Sá, Eduardo Schettini, Bethânia Dalcol Introdução Este

Figura 19: Concentração de nitrogênio amoniacal (µM) nos pontos de fundo na foz do rio Doce da campanha do NOc. Soloncy Moura.

Figura 20: Concentração de silício (µM) nos pontos superficiais na foz do rio Doce da campanha do NOc. Soloncy Moura.

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Figura 21: Concentração de silício (µM) nos pontos de fundo na foz do rio Doce da campanha do NOc. Soloncy

Figura 22: Concentração de fosfato (µM) nos pontos superficiais em Abrolhos e Barra Nova da campanha do NOc. Soloncy Moura

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Figura 23:Concentração de fosfato (µM) nos pontos de fundo em Abrolhos e Barra Nova da campanha do NOc. Soloncy Moura.

Figura 24: Concentração de nitrito (µM) nos pontos superficiais em Abrolhos e Barra Nova da campanha do NOc. Soloncy Moura.

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Figura 25: Concentração de nitrito (µM) nos pontos de fundo em Abrolhos e Barra Nova da campanha do NOc. Soloncy Moura.

Figura 26: Concentração de nitrato (µM) nos pontos superficiais em Abrolhos e Barra Nova da campanha do NOc. Soloncy Moura.

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Figura 27: Concentração de nitrato (µM) nos pontos de fundo em Abrolhos e Barra Nova da campanha do NOc. Soloncy Moura.

Figura 28: Concentração de nitrogênio amoniacal (µM) nos pontos superficiais em Abrolhos e Barra Nova da campanha do NOc. Soloncy Moura.

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Figura 29: Concentração de nitrogênio amoniacal (µM) nos pontos de fundo em Abrolhos e Barra Nova da campanha do NOc. Soloncy Moura.

Figura 30: Concentração de silício (µM) nos pontos superficiais em Abrolhos e Barra Nova da campanha do NOc. Soloncy Moura.

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Figura 31: Concentração de silício (µM) nos pontos de fundo em Abrolhos e Barra Nova da campanha do NOc. Soloncy Moura.