Octaviano Pereira Neto - ufrgs.br · de revestimento (exo-esqueleto) Metamorfose de uma metaninfa à forma adulta, liberando a cutícula Pereira Neto (2009) Modelo teórico de acúmulo

Octaviano Pereira Neto Gerente de Serviços Técnicos - Brasil

Material de Uso Exclusivo da Força Promocional Novartis Saúde Animal Ltda..

Direitos reservados, proibida a reprodução total ou parcial sem autorização prévia da Novartis Saúde Animal Ltda.

Controle do carrapato

Assentada sobre três pilares fundamentais

Epidemiologia do carrapato

Resistência parasitária aos carrapaticidas

Prevenção da Tristeza Parasitária Bovina.

ESTRATÉGIA

Octaviano Pereira Technical Services Manager- Brazil

O carrapato na fazenda

5%

95%


Ciclo de vida parasitária

(21 a 23 dias)

Ciclo de vida livre (28 a 270 dias)

5 a 6 dias 6 a 8 dias

7 a 10 dias

LARVA (parasitária)

NINFA ADULTA

TELEÓGINA

LARVA (infestante)

Ciclo de vida dos

carrapatos Metamorfose (troca da cutícula)



Em cada muda há troca da cutícula

de revestimento (exo-esqueleto)

Metamorfose de uma metaninfa à forma adulta, liberando a cutícula

Pereira Neto (2009)

Modelo teórico de acúmulo

de ovos

Frio ou seca

O ciclo de vida parasitária

contínua normal

(22 dias)

infestação

Condições

Ideais

calor/ umidade

• teleógina reduz ovoposição;

• ovos não eclodem;

• larvas que não sobem, morrem;



Problemas causados

pelos carrapatos

Anemia profunda – 3mL/ carrapato

Cada carrapato produz a perda de 1g.

Perdas que podem chegar a 20% do peso

Reduz 9mL de leite por dia/ carrapato.

Perdas de desempenho geral.

Menor desempenho reprodutivo

Menor ganho de peso

Bicheiras e suas complicações.

Tristeza Parasitária Bovina.



O que é resistência

parasitária?

Produtos que antes funcionavam deixam de agir; não matam mais os parasitos.

Como ela surge?

Quem mudou? O produto ou o carrapato?

Principais causas de surgimento da resistência:

Erros na dose ou preparação da calda.

Falhas de aplicação.

Uso excessivo de um mesmo grupo químico

Fórmulas caseiras.

Erros de manejo (intervalos, momento de aplicação...)



Resistência parasitária

Conceitos centrais

Indivíduos diferentes da população base.

Processo de adaptação de uma população.

Problema irreversível e hereditário.

O manejo tem papel determinante no seu

aparecimento e progressão.

Cronologia da Resistência aos

Carrapaticidas no RS.

Fonte: Martins (2010)

Ingrediente ativo Ano

Arsenicais 1948

Clorados 1952

Organofosforados (OP) 1974

Piretróides sintéticos (PS) 1989

Amidinas 1994

Associações OP/ PS 1998

Avermectinas (LM) 2001

Fipronil 2008

Amidínicos Piretróides Associações Fipronil

3230

13

38

12

31

16

51

41

29

34

21

39

17 18

7

21

9

17

32 2

0

84

9

53,13

60,00

53,85 55,26

75,00

54,84

18,75

3,92 4,88

0

23,53

19,05

23,08

0

10

20

30

40

50

60

70

80

Am

ipur

No

kalt

Taktic

Tri

ato

x

Cyp

erm

il

Cyp

erp

.15

Am

iph

ós

Cip

erc

lor

Co

loss

o

Fly

tion

Cyp

erp

. Plu

s

Cip

ert

hio

n

To

plin

e

Total de amostras

Amostras resistentes

Percentual de resistentes

Resultados de testes carrapaticidas frente aos principais

ingredientes ativos em uso no rio grande do sul em 2009

Martins, 2010 - IPVDF



36

21

13

77

50

10 9

65

46

21

51

65

61

24

13 12

49

38

30

5

129

14

17

11

72,41

64,71

92,31

64,71

73,81

42,86

0

8,47

28,95

42,86

26,5329,09

18,18

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Am

ipu

r

No

ka

lt

Ta

ktic

Tri

ato

x

Cyp

erm

il

Am

iph

ós

Cic

lorf

ós

Cip

erc

lor

Co

losso

Co

uro

lim

po

Ecto

fós

Cip

ert

hio

n

To

plin

e

Total de amostras


Percentagem de resistentes





3428

51

31

8

44 43

17

42 42

22

16

27

18

0 13

6 7 7

16,67

57,1452,94

0,5806 02,27

6,98

35,29

16,67 16,67

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Am

ipu

r

No

ka

lt

Tri

ato

x

Cyp

erm

il

Am

iph

ós

Cip

erc

lor

Co

losso

Co

uro

lim

po

Cip

ert

hio

n

To

plin

e

Total de amostras


Percentual de resistentes





Resistência

ao amitraz em

2005

2006

2007

2008

2009

Martins, 2010



Tristeza Parasitária

Definição bem acadêmica

“Doença causada por parasitos do sangue

(Babesia e Anaplasma) transmitidos através

da saliva de carrapatos infectados, causando

anemia profunda, acompanhada de febre,

desidratação e mesmo a morte do animal”.

Média da distribuição mensal de surtos de

Tristeza Parasitária diagnosticadas pelo

LRD entre 1978-2005

3

6

12 12

17

25

23

3634

25

14

9

0

5

10

15

20

25

30

35

40

set out nov dez jan fev mar abr mai jun jul ago

Fonte: Adaptado de Martins et al 2002 e Schild et al (2006) por Pereira Neto (2010)

Conclusão

Surto de Tristeza

Parasitária ocorre

quando tem

carrapato



Por que acontecem surtos de

TPB se os animais “já

conhecem” carrapato?

A imunidade é temporária

Fatores que interferem na imunidade:

Desafio constante x variável;

Nutrição (nível de proteína);

Estresse – quebra da imunidade;

Parasitismo – externo e interno;

Tratamentos supressivos

Excesso de uso de adulticidas

Uso de injetáveis

Efeito do tratamento convencional,

ivermectina 3,15% e banhos

supressivos na imunidade de novilhos

0

20

40

60

80

100

120

O N D J F M A M J J A S

MESES

Co

nta

gem

de t

ele

óg

inas

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

% d

e s

oro

po

sit

ivo

s

0

20

40

60

80

100

120


MESES

Co

nta

gem

de t

ele

óg

inas

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

% d

e s

oro

po

sit

ivo

sPopulação de carrapatos

Anticorpos B. bigemina

Anticorpos B. bovis

Banhos supressivos com amitraz (21x21 d)

Ivermectina 3,15% Controle convencional

0

20

40

60

80

100

120


MESES

Co

nta

gem

de t

ele

óg

inas

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

% d

e s

oro

po

sit

ivo

s

Fonte: Adaptado de Viera et al. (2003)



Controle do carrapato

Pontos a considerar:

Começo da primavera

Elevação da temperatura.

Precipitação.

Permitir formação/ manutenção de imunidade.

Ciclo produtivos paralelos – reprodução, etc...

Entrada do inverno

Ação do frio sobre infestação ambiental.

Favorecer desempenho animal no período.

Reduzir manejo durante o inverno.


Resumindo a ação do

Acatak nos carrapatos

X

X

X

Larva

Ninfa

Adultos

Impede a formação

dos carrapatos adultos

Impede a formação

de novas gerações



Efeito sobre as fase parasitárias do

carrapato – falha na cutícula



Octaviano Pereira

Technical Services Manager- Brazil

Ação do Acatak

(na teleógina que ingeriu)

Tamanho

anormal

Menor

oviposição e

inviável

Controle

(sem Acatak)

Foto: Ortiz Estrada (2006)


Tempo

Carg

a p

arasit

ária

Monitorar mantendo o status

alcançado

Impacto sobre a

infestação do ambiente

5%

95% 100%



Octaviano Pereira Technical

Services Manager- Brazil

10 fêmeas 20 fêmeas 50 fêmeas 100 fêmeas 200 fêmeas



Dinâmica populacional do carrapato (Rio Grande do Sul)

Fonte: Martins et al. (2002)

S O N D J F M A M J J A S

Meses

0

50

100

150

200

250

300

Méd

ia d

e c

arr

ap

ato

s/b

ovin

o

G1

G2

G3



Deprimindo a infestação de carrapato

HIPÓTESE DESEJADA

Fonte: Adaptado de Martins, J. (2002)

S O N D J F M A M J J A S Meses

0

50

100

150

200

250

300

Média

de c

arr

apato

s/b

ovin

o

G1 G2

G3

d 0 d 42

Modelo teórico almejado (infestação inicial)

Banho Em casos de altas infestações:

Pode se adotar banhos carrapaticidas

ou um vermífugo endectocida




HIPÓTESE DESEJADA



0

50

100

150

200

250

300

Média

de c

arr

apato

s/b

ovin

o

G1 G2

d 0 d 42

O rebanho permanece 90 dias

eliminando as larvas que

sobem da pastagem,

impedindo que hajam ovos e

larvas para as novas gerações.


Depende da

infestação




HIPÓTESE DESEJADA



0

50

100

150

200

250

300

Média

de c

arr

apato

s/b

ovin

o

G1 G2

G3

d 0 d 42

Banho ou IVM

Manutenção


Banho




HIPÓTESE DESEJADA



0

50

100

150

200

250

300

Média

de c

arr

apato

s/b

ovin

o

G1 G2

G3

d 0 d 42

Avaliar a condição climática,

repetindo o protocolo

de primavera na

entrada do inverno,

usando o clima como aliado.


Banho

Qual

situação?

Quais os riscos de ocorrer

tristeza parasitária com o controle

do carrapato usando Acatak®?

Larva Ninfa

Inocula B. bovis Inocula B. bigemina

Transmissão dos

agentes da TPB

E o Acatak como interfere na imunidade da TPB?

Larva Ninfa

Inocula B. bovis Inocula B. bigemina

X X



O Acatak permite...

... que larvas e ninfas inoculem a Babesia

no bovino.

... manter a imunidade contra Tristeza.

... reduzir o número de animais doentes.



Altas cargas de carrapatos:

Riscos de bicheiras.

Perdas pelo parasitismo excessivo.

Surtos de Tristeza Parasitária.

Usar produtos que sejam eficientes

Animais com

carrapatos adultos



Avermectinas injetáveis

Por que recomendamos o uso injetável?



Efeito da lambedura na concentração

plasmática de novilhas tratadas com

IVM pour on () vs. não tratadas ()

Tempo (dias)

Co

ncen

traçã

o (

ng

/mL

)

Fonte: Bousquét- Mélou et al (2011)



Tempo (dias)

Co

ncen

traçã

o (

ng

/mL

)

Fonte: Bousquét- Mélou et al (2011)

Efeito da lambedura na concentração

plasmática de novilhas tratadas com

IVM pour on () vs. não tratadas ()



Resumindo

Animais não tratados, lamberam os tratados e

apresentaram picos plasmáticos e excreção

fecal de IVM, mas em subdose.

Animais lambidos, perdem parte da dose

recebida – subdose.

Os autores consideram que o uso de IVM pour

on é uma porta de entrada para agravar a

resistência parasitária, pois não há controle da

absorção.



Avermectinas injetáveis

Por que o injetável?

Por que uma formulação 1%?

Biodisponibilidade mais rápida

Riscos de resíduos na carcaça.



Níveis máximos de resíduos

permitidos em animais de abate

Princípio ativo Marcador Nível Máximo de

Resíduo

Tecido avaliado

Ivermectina* 22.23- dihidro

avermectina B1a

100g/ kg

100g/ kg

30g/ kg

Gordura

Fígado

Rim

Abamectina** avermectina B1a 20g/ kg

10g/ kg

Fígado

Gordura

Fonte: * - European Medicine Agency - EMEA (2004)

** - European Medicine Agency - EMEA (1990)

Notícias que abalam

mercado





Instrução Normativa nº 42

MAPA – Dezembro 1999



Octaviano Pereira

Technical Services Manager- Brazil

Resumindo



Obrigado!

Octaviano Pereira Neto

Celular: (11) 7673-6752

[email protected]

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