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1 1 Contribuição para o debate sobre apresentação do Conselheiro Octavio de Barros DEPECON 12/03/2007

Octavio Barros 120307

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Page 1: Octavio Barros 120307

11

Contribuição para o debate sobre

apresentação do Conselheiro

Octavio de BarrosDEPECON

12/03/2007

Page 2: Octavio Barros 120307

22

Sumário

(1) Indústria de Transformação e crescimento

econômico

(2) Indústria de Transformação e ambiente

hostil

(3) Indústria de Transformação: Transição

empobrecedora

Page 3: Octavio Barros 120307

33

(1) Indústria de Transformação e crescimento econômico

Para países de grandes dimensões populacionais, a dinâmica do

crescimento econômico é dada pelo crescimento da indústria de

transformação.

Page 4: Octavio Barros 120307

44

Exemplos de países

Page 5: Octavio Barros 120307

55

Maior crescimento do PIB per capita coincide com crescimento da indústria de transformaçãoParticipação dos Setores no PIB e o PIB per capita da Tailândia

0

10

20

30

40

50

60

1960

1962

1964

1966

1968

1970

1972

1974

1976

1978

1980

1982

1984

1986

1988

1990

1992

1994

1996

1998

2000

2002

2004

em %

do

PIB

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

7000

8000

9000

PIB

per

cap

ita, P

PP( U

S$ C

onst

ante

de

2000

)

PIB Agricultura PIB Ind. TransformaçãoPIB Serviços PIB IndústriaPIB per capita

Fonte: Banco Mundial Elaboração: FIESP

Page 6: Octavio Barros 120307

66

Maior crescimento do PIB per capita coincide com crescimento da indústria de transformação

Participação dos Setores no PIB e o PIB per capita da Indonésia

0

10

20

30

40

50

60

1960

1962

1964

1966

1968

1970

1972

1974

1976

1978

1980

1982

1984

1986

1988

1990

1992

1994

1996

1998

2000

2002

2004

em %

do

PIB

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

PIB

per

cap

ita, P

PP( U

S$ C

onst

ante

de

2000

)

PIB Agricultura PIB Ind. TransformaçãoPIB Serviços PIB IndústriaPIB per capita

Fonte: Banco Mundial Elaboração: FIESP

Page 7: Octavio Barros 120307

77

Maior crescimento do PIB per capita coincide com crescimento da indústria de transformaçãoParticipação dos Setores no PIB e o PIB per capita da Malásia

0

10

20

30

40

50

60

1960

1962

1964

1966

1968

1970

1972

1974

1976

1978

1980

1982

1984

1986

1988

1990

1992

1994

1996

1998

2000

2002

2004

em %

do

PIB

0

2000

4000

6000

8000

10000

12000

PIB

per

cap

ita, P

PP( U

S$ C

onst

ante

de

2000

)

PIB Agricultura PIB Ind. TransformaçãoPIB Serviços PIB IndústriaPIB per capita

Fonte: Banco Mundial Elaboração: FIESP

Page 8: Octavio Barros 120307

88

Maior crescimento do PIB per capita coincide com crescimento da indústria de transformação

Participação dos Setores no PIB e o PIB per capita da Coréia do Sul

0

10

20

30

40

50

60

70

1960

1962

1964

1966

1968

1970

1972

1974

1976

1978

1980

1982

1984

1986

1988

1990

1992

1994

1996

1998

2000

2002

2004

em %

do

PIB

0

5000

10000

15000

20000

25000

PIB

per

cap

ita, P

PP( U

S$ C

onst

ante

de

2000

)

PIB Agricultura PIB Ind. TransformaçãoPIB Serviços PIB IndústriaPIB per capita

Fonte: Banco Mundial Elaboração: FIESP

Page 9: Octavio Barros 120307

99

Maior crescimento do PIB per capita coincide com crescimento da indústria de transformação

Participação dos Setores no PIB da Irlanda

0

10

20

30

40

50

60

1960

1962

1964

1966

1968

1970

1972

1974

1976

1978

1980

1982

1984

1986

1988

1990

1992

1994

1996

1998

2000

2002

2004

em %

do

PIB

0

5000

10000

15000

20000

25000

30000

35000

40000

PIB

per

cap

ita, P

PP( U

S$ C

onst

ante

de

2000

)

PIB Agricultura PIB Ind. TransformaçãoPIB Serviços PIB IndústriaPIB per capita

Fonte: Banco Mundial Elaboração: FIESP

Page 10: Octavio Barros 120307

1010

Serviços não é capaz de dinamizar a economia e acelerar crescimento do PIB per capita

Participação dos Setores no PIB e o PIB per capita do México

0

10

20

30

40

50

60

70

80

1960

1962

1964

1966

1968

1970

1972

1974

1976

1978

1980

1982

1984

1986

1988

1990

1992

1994

1996

1998

2000

2002

2004

em %

do

PIB

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

7000

8000

9000

10000

PIB

per

cap

ita, P

PP( U

S$ C

onst

ante

de

2000

)

PIB Agricultura PIB Ind. TransformaçãoPIB Serviços PIB IndústriaPIB per capita

Fonte: Banco Mundial Elaboração: FIESP

Page 11: Octavio Barros 120307

1111

Serviços não é capaz de dinamizar a economia e acelerar crescimento do PIB per capita

Participação dos Setores no PIB e o PIB per capita do Brasil

0

10

20

30

40

50

60

70

1960

1962

1964

1966

1968

1970

1972

1974

1976

1978

1980

1982

1984

1986

1988

1990

1992

1994

1996

1998

2000

2002

2004

em %

do

PIB

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

7000

8000

9000

PIB

per

cap

ita, P

PP( U

S$ C

onst

ante

de

2000

)

PIB Agricultura PIB Ind. TransformaçãoPIB Serviços PIB IndústriaPIB per capita

Fonte: IBGE. Elaboração: FIESP

Page 12: Octavio Barros 120307

1212

Exceção: crescimento do PIB per capita puxado pelo setor de serviços

Participação dos Setores no PIB e o PIB per capita da Índia

0

10

20

30

40

50

60

1960

1962

1964

1966

1968

1970

1972

1974

1976

1978

1980

1982

1984

1986

1988

1990

1992

1994

1996

1998

2000

2002

2004

em %

do

PIB

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

PIB

per

cap

ita, P

PP( U

S$ C

onst

ante

de

2000

)

PIB Agricultura PIB Ind. TransformaçãoPIB Serviços PIB IndústriaPIB per capita

Fonte: Banco Mundial Elaboração: FIESP

Page 13: Octavio Barros 120307

1313

Dinamismo dos Setores e

Crescimento do PIB

Page 14: Octavio Barros 120307

1414

Para cada 1,14% de crescimento do setor de serviços a economia cresce 1%

y = 0,8762x + 0,2707R2 = 0,7485

0

2

4

6

8

10

12

14

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10Crescimento médio do PIB (1975 - 2005)

Cre

scim

ento

méd

io d

o PI

B d

e Se

rviç

os (1

975

- 200

5)

Fonte: Banco Mundial Elaboração: FIESP

Argentina

AustráliaBrasil

Chile

China

ColômbiaAlemanha

Índia

Indonésia

Japão Coréia do Sul

Malasia

México

Nova Zelândia

Polônia

Cingapura

África do Sul

Tailândia

Hungria

Taxa de Crescimento dos Serviços vs. Taxa de Crescimento do PIB (1975 – 2005)

Page 15: Octavio Barros 120307

1515

Para cada 0,89% de crescimento da indústria geral a economia cresce 1%

Taxa de Crescimento da Indústria vs. Taxa de Crescimento do PIB (1975 – 2005)

y = 1,1224x - 1,473R2 = 0,532

0

2

4

6

8

10

12

14

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10Crescimento médio do PIB (1975 - 2005)

Cre

scim

ento

méd

io d

o PI

B d

a In

dúst

ria

(197

5 - 2

005)

Fonte: Banco Mundial Elaboração: FIESP

ArgentinaAustrália

Brasil

CanadáChile

China

Colômbia

Alemanha

ÍndiaIndonésia

Japão

Coréia do Sul

Malasia

México

Nova Zelândia

Polônia

Cingapura

África do Sul

Tailândia

Page 16: Octavio Barros 120307

1616

Para cada 0,66% de crescimento da indústria de transformação a economia cresce 1%

Taxa de Crescimento da Ind. Transformação vs. Taxa de Crescimento do PIB (1975 – 2005)

y = 1.5073x - 0.6546R2 = 0.8375

0

2

4

6

8

10

12

14

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10Crescimento médio do PIB (1975 - 2005)

Cre

scim

ento

méd

io d

o PI

B d

a In

dúst

ria d

e Tr

ansf

orm

ação

(197

5 - 2

005)

Fonte: Banco Mundial Elaboração: FIESP

Argentina

Austrália

Brasil

Canadá

Chile

China

Colômbia

Alemanha

Índia

Indonésia

Japão

Coréia do Sul

Malasia

México

Nova Zelândia

Polônia

Cingapura

África do Sul

Tailândia

Page 17: Octavio Barros 120307

1717

O crescimento de 0,8% na ind. de transformação carrega crescimento de 1% nos Serviços.

Taxa de Crescimento da Indústria vs. Taxa de Crescimento de Serviços (1975 – 2005)

y = 1.3254x + 0.1201R2 = 0.7075

0

2

4

6

8

10

12

14

16

0 2 4 6 8 10 12 14 16Crescimento médio do PIB de Serviços

(1975 - 2005))

Cre

scim

ento

méd

io d

o PI

B d

a In

dúst

ria d

e Tr

ansf

orm

ação

(197

5 - 2

005)

Fonte: Banco Mundial Elaboração: FIESP

Argentina

Austrália

Brasil

Austrália

Chile

China

Colômbia

Alemanha

Hungria

Índia

Indonésia

Coréia do Sul

Malásia

México

Nova Zelàndia

Polônia

Cingapura

Espanha

Tailândia

Page 18: Octavio Barros 120307

1818

O que vale para o mundo, vale também para o Brasil, de forma mais acentuada

Setores Mundo (%) Brasil (%)Indústria Geral 0,89 0,74Indústria Transformação 0,66 0,72

Serviços 1,14 1,10Fonte: FIESP

Crescimento dos Setores para o aumento de 1% do PIB

Page 19: Octavio Barros 120307

1919

(2) Indústria de Transformação e ambiente hostil

Indústria alavanca maior crescimento nos países em geral e no Brasil em particular.

O bom desempenho da Indústria de Transformação requer ambiente

favorável, especialmente juros e câmbio competitivos

Page 20: Octavio Barros 120307

2020

Taxa de juros reais ao tomador final no Brasil não se compara a nenhum outro país

Taxa de juros em % ao ano

-10

0

10

20

30

40

50

0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5Var % médio do PIB per capita (%a.a.)

Taxa

de

Juro

s R

eais

méd

io (%

)

EUA + Canadá

Europa

Ásia

Argentina, Colômbia e Chile

Brasil

Círculo = 1975 - 1988Triangulo = 1989 -2006

Fonte: Banco Mundial - Elaboração: Fiesp

Page 21: Octavio Barros 120307

2121

Câmbio valoriza, inibe a produção doméstica, incentiva a importação e reduz o crescimento econômico

Fonte: IBGE e MCM Consultores.

Page 22: Octavio Barros 120307

2222

Câmbio real da Coréia observou desvalorização e estimulou crescimento econômico

-8.00

-6.00

-4.00

-2.00

0.00

2.00

4.00

6.00

8.00

10.00

12.00

14.0019

8019

8119

8219

8319

8419

8519

8619

8719

8819

8919

9019

9119

9219

9319

9419

9519

9619

9719

9819

9920

0020

0120

0220

0320

04

% a

o an

o de

cre

scim

ento

do

PIB

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

Núm

ero

ìndi

ce 1

966

= 10

0

Crescimento econômico Câmbio Real

Coréia

Fonte: Banco Mundial - Elaboração: Fiesp

Page 23: Octavio Barros 120307

2323

Câmbio real da Malásia observou desvalorização e estimulou crescimento econômico

Malásia

-3,00

-1,00

1,00

3,00

5,00

7,00

9,00

11,00

1980

1981

1982

1983

1984

1985

1986

1987

1988

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

% a

o an

o de

cre

scim

ento

do

PIB

0

20

40

60

80

100

120

140

160

Núm

ero

Índi

ce 1

995

= 10

0

Crescimento Econômico Câmbio Real

Queda de 7,3%

Fonte: Banco Mundial - Elaboração: Fiesp

Page 24: Octavio Barros 120307

2424

Câmbio real chinês observou forte desvalorização e estimulou crescimento econômico

China

0,00

2,00

4,00

6,00

8,00

10,00

12,00

14,00

16,00

1980

1981

1982

1983

1984

1985

1986

1987

1988

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

% a

o an

o de

cre

scim

ento

do

PIB

0

50

100

150

200

250

300

350

400

Núm

ero

Índi

ce 1

995

= 10

0

Crescimento Econômico Câmbio RealFonte: Banco Mundial - Elaboração: Fiesp

Page 25: Octavio Barros 120307

2525

Chile

-5,00

-3,00

-1,00

1,00

3,00

5,00

7,00

9,00

11,00

13,00

1980

1981

1982

1983

1984

1985

1986

1987

1988

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

% a

o an

o de

cre

scim

ento

do

PIB

0

50

100

150

200

250

Núm

ero

Índi

ce 1

995

= 10

0

Crescimento Econômico Câmbio Real

Queda de 10,3%

Câmbio real chileno observou forte desvalorização e estimulou crescimento econômico

Fonte: Banco Mundial - Elaboração: Fiesp

Page 26: Octavio Barros 120307

2626

Câmbio real no Brasil: desvalorizado nos anos 80, valorizado nos 90 e alta volatilidade nos últimos anos

Fonte: Banco Central. Elaboração: FIESP

-6.00

-4.00

-2.00

0.00

2.00

4.00

6.00

8.00

10.0019

8019

8119

8219

8319

8419

8519

8619

8719

8819

8919

9019

9119

9219

9319

9419

9519

9619

9719

9819

9920

0020

0120

0220

0320

0420

05

% a

o an

o de

cre

scim

ento

do

PIB

0

20

40

60

80

100

120

Núm

ero

ìndi

ce 1

995

= 10

0

Crescimento Econômico Câmbio Real

Brasil

Page 27: Octavio Barros 120307

2727

Em um conjunto de variáveis, o desequilíbrio de uma delas implica no desequilíbrio de outra(s) variável(is).

•A taxa de juros do Brasil, a maior do mundo, está fora de equilíbrio

•O crescimento do Brasil, muito abaixo dos demais países, está fora do equilíbrio

•O câmbio, por resultado, está fora do equilíbrio

Page 28: Octavio Barros 120307

2828

Taxa de juros reais ao tomador final no Brasil não se compara a nenhum outro país

Taxa de juros em % ao ano

-10

0

10

20

30

40

50

-1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9Crescimento médio do PIB per capita (1975 - 2005)

Taxa

de

juro

s R

eais

em

200

6 (%

a.a

.)

Fonte: Banco Mundial Elaboração: FIESP

Brasil

Argentina

Chile

China

Colômbia

França

Alemanha

Índia

IndonésiaIrlanda

Japão

Coréia do Sul

Malásia

México

Nova

Noruega

CingapuraÁfrica do Sul

Tailândia

Page 29: Octavio Barros 120307

2929

Após 2003, convergência da taxa Selic para nível “neutro de arbitragem” tem sido muito lenta

Fonte: Banco Central, IBGE, FED e JP Morgan. Elaboração: FIESP.

Taxa Selic e Taxa Selic Neutra de Arbitragem (% ao ano)

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

35,0

40,0

45,0

jan/

98

jul/9

8

jan/

99

jul/9

9

jan/

00

jul/0

0

jan/

01

jul/0

1

jan/

02

jul/0

2

jan/

03

jul/0

3

jan/

04

jul/0

4

jan/

05

jul/0

5

jan/

06

jul/0

6

jan/

07

Em %

ao

ano

Taxa Referencial SELIC Selic Neutra / Arbitragem

Câmbio Flutuante

Page 30: Octavio Barros 120307

3030

Brasil não participa do atual dinamismo econômico mundial

Fonte: FMI e IBGE. Elaboração: FIESP.

Crescimento Econômico em 2006

10,7%

7,3%

3,1%

5,1%

2,9%

0%

2%

4%

6%

8%

10%

12%

RIC Emergentes Desenvolvidos Mundo Brasil

Em %

Page 31: Octavio Barros 120307

3131

Câmbio atual se encontra 20% abaixo da média histórica

Câmbio Real (Cesta de 17 moedas) - expresso em R$ / US$

2,10

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

3,0

3,5

4,0

4,5

jan/

80

jan/

82

jan/

84

jan/

86

jan/

88

jan/

90

jan/

92

jan/

94

jan/

96

jan/

98

jan/

00

jan/

02

jan/

04

jan/

06

R$

/ US$

Média: 2,61 R$ / US$

Fonte: Banco Central e MCM. Elaboração: FIESP.

Page 32: Octavio Barros 120307

3232

Desempenho das exportações condenava o Brasil a forte valorização cambial?

Outros países exportadores de bens primários tiveram forte crescimento das exportações

sem grande valorização cambial

Page 33: Octavio Barros 120307

3333

Austrália se beneficia com ascensão das commodities e câmbio pouco apreciou

Austrália

7286

106123

102,2

94,8

100,0

0

30

60

90

120

150

2003 2004 2005 2006

Em U

S$ B

ilhão

70

80

90

100

110

Índi

ce d

e câ

mbi

o 20

03 =

100

Exportações Câmbio (Índice 2003 = 100)

+ 21% + 23%

+ 16%

Fonte: WTO, FMI. Elaboração: FIESP.

Page 34: Octavio Barros 120307

3434

Canadá é grande exportador de commodities e câmbio apreciou cerca de 10% em 4 anos

Canadá

273317

359 389

100,0

90,2

0

100

200

300

400

500

2003 2004 2005 2006

Em U

S$ B

ilhão

70

80

90

100

110

Índi

ce d

e câ

mbi

o 20

03 =

100

Exportações Câmbio (Índice 2003 = 100)

+ 16%+ 14%

+ 8%

Fonte: WTO, FMI. Elaboração: FIESP.

Page 35: Octavio Barros 120307

3535

Pauta da Nova Zelândia é baseada em commodities e câmbio sofre discreta apreciação

Fonte: WTO, FMI. Elaboração: FIESP.

Nova Zelândia

16,520,3 21,7 22,4

95,4

92,1

100,0

0

5

10

15

20

25

30

2003 2004 2005 2006

Em U

S$ B

ilhão

70

80

90

100

110

Índi

ce d

e câ

mbi

o 20

03 =

100

Exportações Câmbio (Índice 2003 = 100)

+ 23% + 7%+ 3%

Page 36: Octavio Barros 120307

3636

África do Sul também é exportadora de commodities, mas câmbio depreciou

Fonte: WTO, FMI. Elaboração: FIESP.

África do Sul

3646

5259

95,3

105,0

100,0

0

15

30

45

60

75

2003 2004 2005 2006

Em U

S$ B

ilhão

70

80

90

100

110

Índi

ce d

e câ

mbi

o 20

03 =

100

Exportações Câmbio (Índice 2003 = 100)

+ 26%+ 13%

+ 13%

Page 37: Octavio Barros 120307

3737

Apreciação cambial no Brasil não tem paralelo. Só o desempenho das commodites não explica tal queda

Fonte: WTO, FMI e SECEX. Elaboração: FIESP.

Brasil

7396

118137

74,0

100,0

0

20

40

60

80

100

120

140

160

2003 2004 2005 2006

Em U

S$ B

ilhão

70

80

90

100

110

Índi

ce d

e câ

mbi

o 20

03 =

100

Exportações Câmbio (Índice 2003 = 100)

+ 23%

+ 16%

+ 32%

Page 38: Octavio Barros 120307

3838

Variação das exportações e da taxa de câmbio no período 2003 a 2006

PaísesVariação da exportação

Variação do Câmbio

Austrália 70,0% -5,2%Canadá 42,5% -9,8%Nova Zelândia 37,7% -7,9%África do Sul 63,8% 5,0%Brasil 87,7% -26,0%Fonte: WTO, FMI e SECEX Elaboração: FIESP

Evolução do Câmbio e das Exportações

Page 39: Octavio Barros 120307

3939

(3) Indústria de Transformação: Transição empobrecedora

O ambiente hostil à produção provoca mudança estrutural

empobrecedora da indústria de transformação

Page 40: Octavio Barros 120307

4040

Indústria é um setor predominantemente tradeable

Fonte: IBGE. Elaboração: FIESP.

Composição do Valor Adicioando da Indústria no Brasil

61,0%

11,6%

18,5%

8,9%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Em %

Trad

eabl

esN

on-

Trad

eabl

es

Transformação

Extrativa Mineral

Construção Civil

SIUP

Page 41: Octavio Barros 120307

4141

O PIB da indústria de transformação tem registrado baixo crescimento nos últimos anos

Fonte: IBGE. Elaboração: FIESP.

Crescimento do PIB da Indústria de Transformação

-4,1

8,3

7,0

2,0 2,13,1

-3,4

-2,2

5,5

0,7

3,6

1,1

7,7

1,31,9

-6,0

-4,0

-2,0

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

em %

Page 42: Octavio Barros 120307

4242

Produção física da indústria se desacelera desde de 2004

Contribuição dos Setores para o Crescimento da Produção Física da Indústria (transformção + extração) em 2006

Outros47%

Máquinas e aparelhos elétricos

8%

Máquinas e Equipamentos

9%

Indústrias Extrativas

14%

Máquinas de Escritório e Informática

22%

6,6%

1,6%

2,7%

0,1%

8,3%

3,1%

2,8%

0,0% 2,0% 4,0% 6,0% 8,0% 10,0%

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

Fonte: IBGE. FIESP.

Page 43: Octavio Barros 120307

4343

Setores que mais contribuíram para crescimento em 2006 representam apenas 13,2% do emprego

Pessoal Ocupado nas Indústrias (Transformação + Extrativa) que mais contribuiram para o crescimento da produção em 2006

Outros86,8%

Fabricação de aparelhos e

equipamentos de material elétrico

1,4%

Fabricação de aparelhos e

equipamentos de material eletrônico

1,1%

Fabricação e manutenção de

máquinas e tratores

7,3% Extrativa mineral e petróleo

3,5%

Fonte: PIM/ IBGE Elaboração: FIESP

Page 44: Octavio Barros 120307

4444

Vendas do Comércio se expandem mais rapidamente que produção industrial

Variação da Produção Física da Indústria e Volume de Vendas do Comércio - Acumulado em Períodos de 12 Meses

2,8%

6,2%

-4,0%

-2,0%

0,0%

2,0%

4,0%

6,0%

8,0%

10,0%

jan/

04

mar

/04

mai

/04

jul/0

4

set/0

4

nov/

04

jan/

05

mar

/05

mai

/05

jul/0

5

set/0

5

nov/

05

jan/

06

mar

/06

mai

/06

jul/0

6

set/0

6

nov/

06

Em %

Produção Física Industrial (Extrativa + Transformação) Volume de Vendas do Comércio

Fonte: PIM e PMC / IBGE Elaboração: FIESP

Page 45: Octavio Barros 120307

4545

O valor adicionado pela Transformação como proporção do valor da produção é menor a cada ano

Fonte: IBGE - Pesquisa Industrial Anual. Elaboração: IEDI (inédito).

Relação:Valor da Transformação Industrial / Valor Bruto da Produção Industrial

42,5

45,3

43,4

41

42

42

43

43

44

44

45

45

46

46

2000 2001 2002 2003 2004

Em %

Page 46: Octavio Barros 120307

4646

Segmentos de Alta e Média-Alta tecnologia observaram as maiores quedas na relação do VA / Valor da Produção

Fonte: IBGE - Pesquisa Industrial Anual. Elaboração: IEDI (inédito).

Relação (por intensidade tecnológica):Valor da Transformação Industrial / Valor Bruto da Produção Industrial

50

46

37

43

4545

4142

35

37

39

41

43

45

47

49

51

53

2000 2001 2002 2003 2004

Em %

Média-Alta Intensidade

Alta Intensidade

Média-Baixa Intensidade

Baixa Intensidade

Page 47: Octavio Barros 120307

4747

O valor adicionado pela Transformação como proporção do valor da produção é menor a cada ano

Produção da Indústria de Transformação por Intensidade Tecnológica (base: 2002 = 100; acumulado em 12 meses)

92

100

108

116

124

132

140

dez/

02

fev/

03

abr/0

3

jun/

03

ago/

03

out/0

3

dez/

03

fev/

04

abr/0

4

jun/

04

ago/

04

out/0

4

dez/

04

fev/

05

abr/0

5

jun/

05

ago/

05

out/0

5

dez/

05

fev/

06

abr/0

6

jun/

06

ago/

06

out/0

6

dez/

06

Indústria de Transformação Alta Média-Alta Média-Baixa Baixa

Fonte: IBGE: Pesquisa Industrial Anual. Elaboração: IEDI

Page 48: Octavio Barros 120307

4848

Produção física e saldo comercial da indústria de transformação cresceram juntos até 2005

Produtos da Indústria de Transformação - Produção Física e Balança Comercial

100,0 99,8

108,3

111,3

114,1

6.901

16.614

23.863

30.898

29.472

90

95

100

105

110

115

120

2002 2003 2004 2005 2006

(pro

duçã

o: n

º-índ

ice

- bas

e 20

02 =

100)

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

30.000

35.000

(balança comercial: U

S$ fob milhões)

Produção Física Balança Comercial

Fonte: IBGE: Pesquisa Industrial Anual. Elaboração: IEDI

Page 49: Octavio Barros 120307

4949

Na Alta tecnologia o aumento da produção física é acompanhado de ampliação do déficit comercial

Produtos da Indústria de Transformação de Alta Tecnologia - Produção Física e Balança Comercial

100,098,8

110,5

124,2

134,8

-5.262

-7.515

-8.350

-4.507

-11.826

90

95

100

105

110

115

120

125

130

135

140

2002 2003 2004 2005 2006

(pro

duçã

o: n

º-índ

ice

- bas

e 20

02 =

100)

-14.000

-13.000

-12.000

-11.000

-10.000

-9.000

-8.000

-7.000

-6.000

-5.000

-4.000

(balança comercial: U

S$ fob milhões)

Produção Física Balança Comercial

Fonte: IBGE: Pesquisa Industrial Anual. Elaboração: IEDI

Page 50: Octavio Barros 120307

5050

Na Média-alta tecnologia, em 2006 ocorreu aumento da produção física e reversão do superávit comercial

Produtos da Indústria de Transformação de Média-Alta TecnologiaProdução Física e Balança Comercial

103,6

123,2

126,0

120,0

100,0

-3.414

-6.991

-1.022

365

-2.604

100

102

104

106

108

110

112

114

116

118

120

122

124

126

128

130

2002 2003 2004 2005 2006

(pro

duçã

o: n

º-índ

ice

- bas

e 20

02 =

100)

-7.000

-6.500

-6.000

-5.500

-5.000

-4.500

-4.000

-3.500

-3.000

-2.500

-2.000

-1.500

-1.000

-500

0

500

(balança comercial: U

S$ fob milhões)

Produção Física Balança Comercial

Fonte: SECEX e IBGE: Pesquisa Industrial Anual. Elaboração: IEDI

Page 51: Octavio Barros 120307

5151

Na Média-baixa tecnologia, a produção física expandiu mas o saldo comercial se estabilizou em 2006

Produtos da Indústria de Transformação de Média-Baixa TecnologiaProdução Física e Balança Comercial

98,9

103,9

105,7

100,0

103,7

3.059

8.846

10.23110.501

5.474

98

99

100

101

102

103

104

105

106

107

108

2002 2003 2004 2005 2006

(pro

duçã

o: n

º-índ

ice

- bas

e 20

02 =

100)

2.000

3.000

4.000

5.000

6.000

7.000

8.000

9.000

10.000

11.000

12.000

(balança comercial: U

S$ fob milhões)

Produção Física Balança Comercial

Fonte: SECEX e IBGE: Pesquisa Industrial Anual. Elaboração: IEDI

Page 52: Octavio Barros 120307

5252

Apenas na Baixa tecnologia, a produção física segue crescendo junto com o superávit comercial

Produtos da Indústria de Transformação de Baixa TecnologiaProdução Física e Balança Comercial

100,0

98,0

104,9

106,7

102,8

15.339

19.816

25.136

28.651

31.819

97

98

99

100

101

102

103

104

105

106

107

2002 2003 2004 2005 2006

(pro

duçã

o: n

º-índ

ice

- bas

e 20

02 =

100)

14.000

16.000

18.000

20.000

22.000

24.000

26.000

28.000

30.000

32.000

(balança comercial: U

S$ fob milhões)

Produção Física Balança Comercial

Fonte: SECEX e IBGE: Pesquisa Industrial Anual. Elaboração: IEDI

Page 53: Octavio Barros 120307

5353

Apenas as indústrias de baixa e média-baixa tecnologias registram superávit comercial

Saldo da Balança Comercial de Produtos da Indústria de Transformação por Intensidade Tecnológica

-24.000

-8.000

8.000

24.000

40.000

56.000

1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

US$

Milh

ões

(FO

B)

Baixa Média-baixa Média-alta Alta Resultado da Balança

Fonte: MDIC, SECEX, ONU e OCDE.. Elaboração: IEDI

Page 54: Octavio Barros 120307

5454

Critérios para avaliação do desempenho da indústria de transformação e extrativa

• Setor Favorável: variação do emprego Eprodução física superiores à média.

• Setor Estagnado: variação do emprego OUprodução física superior à média.

• Setor em Queda: variação do emprego Eprodução física inferiores à média.

Page 55: Octavio Barros 120307

5555

Importações de industrializados se aceleram, o impacto no emprego e na produção é variável

Setor CNAE Importações (SECEX)

Emprego Industrial (PIMES)

Produção Física (PIM)

Indústria Extrativa 23,4% 1,0% 7,4%Alimentos e Bebidas 25,0% 8,2% 4,5%Metalurgia 51,3% 2,0% 2,8%Máquinas para Escritório e Informática (2) 34,1% ND 51,6%Aparelhos Elétricos (3) 22,0% 4,3% 8,7%Equipamentos de Precisão e Ópticos (4) 21,8% ND 9,4%Refino de Petróleo e Combustíveis 42,5% 14,0% 1,6%Fumo -1,3% -4,7% 3,9%Químicos 13,9% 1,5% 1,8%Produtos de Metal 24,8% 0,2% -1,3%Máquinas e Equipamentos 12,5% -6,2% 4,0%Automóveis (5) 30,6% 2,6% 1,3%Móveis e Indústris Diversas 34,1% -0,9% 3,1%Aparelhos Eletrônicos 23,1% ND 0,0%Equipamentos de Transporte 23,9% ND 2,1%Aparelhos Eletrônicos 23,1% ND 0,0%Edição e Gráfica (1) 12,0% ND 1,7%Têxtil 44,6% -1,2% 1,6%Vestuário 55,4% -5,4% -5,0%Artigos de Couro e Calçados 27,3% -13,0% -2,7%Produtos de Madeira 36,4% -7,5% -6,8%Celulose e Papel 27,8% -1,2% 2,2%Borracha e Plástico 14,6% -2,2% 2,2%Minerais Não Metálicos 11,8% -1,4% 2,6%Indústria de Transformação 23,31% 0,0% 2,6%Indústria Geral 23,32% 0,0% 2,8%

Est

agna

do e

m Q

ueda

Fav

oráv

el

Fonte: IBGE. Elaboração: FIESP

Page 56: Octavio Barros 120307

5656

Indústrias que mais empregam são também as mais penalizadas com o avanço dos importados

Distribuição do Pessoal Ocupado por Condição do Setor da Indústria (Transformação + Extrativa)

Setor Favorável28,4%Setor em Queda

52,4%

Setor Estagnado19,2%

Fonte: IBGE. Elaboração: FIESP

Page 57: Octavio Barros 120307

5757

Visões distintas• É uma fase de transição para o bem, setores contratam, setores demitem, liquidamente criam-se empregos.

Para a indústria de transformação vive-se uma transição empobrecedora. O futuro será pior que o presente.

• Ajuste competitivo e desindustrialização

Vive-se sim ajuste competitivo em alguns setores, acompanhado de desindustrialização em outros. Liquidamente perdem-se indústrias, emprego e dinamismo econômico.

• Vazamento externo em decorrência de crescimento da absorção acima da oferta.

Devido à valorização cambial, a oferta doméstica não consegue acompanhar o crescimento da demanda agregada.