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Odin Asgárdin - Personagem RPG

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História de um personagem para RPG. Mago.

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  • Nem todos nascem imergidos na pura maldade, contudo, creio que fui destinado a este

    fardo, o qual pode no haver retorno, ou ser que eu no desejo retornar?

    Nascido e criado tipicamente na glida cidade de Narfir, nunca tive boa memria de meus pais,

    nunca tive o aconchego de deitar-me ao colo de uma me, a qual me daria proteo nos dias

    mais escuros. Nunca tive a proteo dos fortes msculos de um heri, um homem o qual

    deveria me ensinar tudo que sei, mas a sorte me sorri de outras formas. Ambos meus pais

    foram assassinados, no lembro por quem e por que, mas lembro-me muito bem de uma

    carnificina, a qual tento esquecer at hoje.

    Adotado aos 6 anos por um velho senhor chamado Augustos Asgrdin, que encontra-me

    abandonado em um cesto de lixo, um senhor beirando os 60 anos de idade, com grandes

    barbas brancas e apreciador de estudos, tive a melhor oportunidade de minha vida, a qual

    agradeo at hoje. Augustos era apreciador das Artes Arcanas e principalmente, prezava o

    estudo antes de tudo, no a toa que possua uma grande biblioteca em seu pequeno casebre

    de madeira na vila.

    Seu carinho por mim era grande, tratava-me como filho, tratava-me como rei, um pessoa a

    qual, se requisitado, daria a vida visando me proteger, e morreria com um sorriso no rosto.

    Com isso, ele me deu o nome de Odin, que em draconiano significa O Enviado.

    Este perodo foi cercado de alegria, porm, cercado de medos. Durante a noite fria, sendo que

    mal tinha cobertores para me aquecer, um dos mtodos era ficar estudando a noite inteira ao

    sopro leve de uma vela simples, servindo assim de iluminao precria. Horas e Horas

    apreciando a sucinta e bela Magia Arcana, e adotei o habito de escrever um dirio, para

    melhorar minha caligrafia e, um dia quem sabe, achar o assassino de meus pais.

    Com tais hbitos, comecei a dormir mal, mas no apenas por cansao, medida que eu

    estudava mais magias arcanas, mais eu sonhava com a morte de meus pais e uma criatura

    horrenda, a qual diariamente me chamava e me tentava para o caminho do mal, dizendo que

    meus pais foram tirados de mim, para que me tornasse a encarnao do elemento mais

    profano.

    Em um belo dia, quando completei 9 anos, estava to feliz, havia aprendido alguns termos

    bsicos de magia, o qual j conseguia manipula-la de maneira extremamente ruim e mrbida.

    Ainda me lembro do primeiro e nico truque que aprendi na poca, era para manipular as

    molculas do ar e molda-las, fazendo assim pequenas iluses hologrficas. Estava to

    contente, at que, durante a noite tive um sonho.

    Neste sonho, eu estava imerso por uma fumaa negra, dentro do casebre de meu pai, meus

    olhos, ao passar pelo espelho do banheiro, estavam vermelhos como sangue, e ainda assim, eu

    tive a melhor sensao de minha vida, a sensao de poder nico. Andando pelos cmodos da

    casa, tive a impresso de estar sendo guiado. Passei pela cozinha, recolhi uma faca que ali

    residia abandonada, sua nica funo era fatiar pedaos de po, porm, agora sei que vai ser

    de outro grado.

  • Chegando ao quarto de meu pai, eu comecei a estar aflito, pensei o que fazia ali totalmente

    parado a frente de sua porta, com uma faca em punho. At que, impulsivamente abri a porta

    silenciosamente e cuidadosamente, sem deixar barulho nenhum, fora dos grilos que cantavam

    fora da casa. Com uma calma atormentadora, tornei-me fantoche de um sangrento vislumbre,

    o vislumbre de meus braos sendo guiados ao pescoo de meu pai, o doce deguste do sangue

    em minha boca, o sedento corao que se torna mera marionete de algo muito maior.

    Com o corpo de meu pai estraalhado, acordo suando frio, porm, no acordo em minha

    cama, mas sim a frente do corpo estirado e mutilado, agora de fato sei, fui a marionete.

    Em lagrimas desmorono, sinto o tremor de minhas pernas, ainda sim, no sinto apenas a

    minha presena no quarto, sinto algo muito maior, malfico, muito mais misterioso e muito

    mais saboroso, algo divertido. Ao vira-me para trs, vejo uma criatura no fundo escuro do

    enorme corredor que ligava meu quarto ao de meu falecido pai. A criatura apenas d infinitas

    gargalhadas, zombando de minhas lgrimas, e no final, apenas diz que vou me deleitar do que

    esta por vir.

    Sem rumo e assombrado pela criatura, que todos os dias me visitava e tentava me acolher,

    fui em direo ao pico mais alto, ao pice dos Picos Glidos, aonde sabia que, junto de meus

    poucos livros de magia e dos mnimos recursos de vida que me restavam, poderia achar a

    maravilhosa Escola de Magia de Fahat.

    Passando dois dias l, gritando e berrando por uma chance, os portes se abrem e avisto uma

    bela figura a minha frente, um senhor chamado Alastar, um homem de mantos negros e

    cabelos escuros como a noite, olhos azuis e uma voz calma e serena, a qual me suavizou pelo

    momento, enquanto levava-me para dentro dos

    aposentos.

    Alastar me recebeu, me deu comida e aconchego,

    mas sem duvida, a criatura ainda no me largava, o

    medo comeava a diminuir no meu corao, e

    crescia outro sentimento, no bom, mas sim o

    dio. Com uma sorte inexplicvel, novamente sinto

    que meu caminho era guiado para a magia, e tive

    outra oportunidade, treinar com experientes, os

    quais me ajudaram at onde estou.

    Era comum que, ao completar 19 anos, o aluno

    enfrentasse o mestre, Alastar, e este dia chegou.

    Com tudo preparando, magias postas, tais poderes

    foram ao encontro de um duelo, considerado o

    comeo da jornada.

    Comeando o combate, ele no quis saber de enrolao, lanado magias do mesmo grau de

    dificuldade que as minhas, no poupou tempo e muito menos piedade. Um dos raios me

    acertou no olho direito, levando-me a cegueira parcial, mas o duelo no poderia parar, no iria

    perder 13 anos de estudo.

  • E aps alguns minutos de combate, cheguei ao empasse, eu era talentoso e forte, porm, no

    havia vencido meu mestre. Tornei-me motivo de chacota em toda a Academia.

    Enfurecido, fui apenas ao meu dormitrio, em busca de redeno nos estudos, e no outro ano

    voltar com mais fora e poder, at que algo aconteceu.

    Tive um sonho novamente, aquele sonho, porm, dessa vez, ao me locomover para o quarto

    do meu mestre, implorei por uma chance de mata-lo, sentir o gosto de seu sangue, a pura

    vingana, e sem precisar de um ser para me guiar, ao falar isso, o ser parecia sentir orgulho.

    Adentrei sorrateiramente, fui at seu pescoo, o qual apertei com tanta fora, omitindo a sua

    boca de emantar o pedido de socorro, que sua morte foi rpida e dolorosa, os olhos de meu

    antigo mestre agora j estavam quase se fechando, uma maravilha de se observar. Ao terminar

    o servio, senti o maior prazer de minha vida, queria agradecer ao monstro, porm ele j

    estava me guiando a outro caminho dentro dos corredores.

    Entramos na biblioteca, que estava vazia, e os que l residiram estavam mortos de uma

    maneira sangrenta, creio que pelo meu novo amigo, limpando caminho para a minha

    presena. Fomos at um livro em especial, o qual, puxamos para fora, a estante se virou,

    dando caminho para uma sala secreta, uma sala misteriosa e jamais vista, a qual entre com

    velocidade, e logo sendo fechada atrs de mim.

    Ao adentrar nas paredes rochosas e velhas, recobertas de mofo, pude observar que ao fundo

    uma tocha brilhava, e ao lado estavam alguns itens. Em um pedestal de pedra polida, com

    restos de rochas preciosas, residia um anel, acima de um grimrio chamado Segredos de

    Balor escrito em Dracnico, e ao lado, uma Orbe Vermelha, brilhando de Sangue, bradado

    com um smbolo de duas chaves cruzadas, um B e um H

    Ao achar tais artefatos, senti um calor, um aconchego e o inicio de uma aventura, e ao mesmo

    tempo em que peguei o grimrio, o ser ao me lado se revela:

    Eu sou Babau, emissrio de tudo que mau, de tudo que profano, venha comigo comprimir

    meu designado plano. Invocar nosso mestre meu dever, mas ao vir em terra, ao te conhecer,

    essa chance no pude perder. Teu nome Odin, o Enviado, no santo e muito menos puro,

    mas teu sangue profano, extremamente escuro.

  • E simplesmente eu entendi tudo, meu destino trazer nosso mestre supremo em terra, para

    todos dominar, e o caos tornar, meu destino renovar o nome de Balor, e assim ser feito!

    Com o grimrio em mos, o casaco com o smbolo das chaves, que representa a maldita priso

    dos sete infernos estampados em minha capa de trs, babau abre um portal para a cidade de

    Rhaw, aonde ele me disse que posso encontrar um grande amigo, o Hanibbal, para trazer

    nosso supremo mestre de volta ao mundo, Balor!

    Hail Balor!

    Nosso Grande Senhor da Escurido vai

    voltar, e o Mundo ir dominar, o caos ir

    tornar e nas chamas da noite vai

    descansar.