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gabriel-arienti
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História de um personagem para RPG. Mago.
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Nem todos nascem imergidos na pura maldade, contudo, creio que fui destinado a este
fardo, o qual pode no haver retorno, ou ser que eu no desejo retornar?
Nascido e criado tipicamente na glida cidade de Narfir, nunca tive boa memria de meus pais,
nunca tive o aconchego de deitar-me ao colo de uma me, a qual me daria proteo nos dias
mais escuros. Nunca tive a proteo dos fortes msculos de um heri, um homem o qual
deveria me ensinar tudo que sei, mas a sorte me sorri de outras formas. Ambos meus pais
foram assassinados, no lembro por quem e por que, mas lembro-me muito bem de uma
carnificina, a qual tento esquecer at hoje.
Adotado aos 6 anos por um velho senhor chamado Augustos Asgrdin, que encontra-me
abandonado em um cesto de lixo, um senhor beirando os 60 anos de idade, com grandes
barbas brancas e apreciador de estudos, tive a melhor oportunidade de minha vida, a qual
agradeo at hoje. Augustos era apreciador das Artes Arcanas e principalmente, prezava o
estudo antes de tudo, no a toa que possua uma grande biblioteca em seu pequeno casebre
de madeira na vila.
Seu carinho por mim era grande, tratava-me como filho, tratava-me como rei, um pessoa a
qual, se requisitado, daria a vida visando me proteger, e morreria com um sorriso no rosto.
Com isso, ele me deu o nome de Odin, que em draconiano significa O Enviado.
Este perodo foi cercado de alegria, porm, cercado de medos. Durante a noite fria, sendo que
mal tinha cobertores para me aquecer, um dos mtodos era ficar estudando a noite inteira ao
sopro leve de uma vela simples, servindo assim de iluminao precria. Horas e Horas
apreciando a sucinta e bela Magia Arcana, e adotei o habito de escrever um dirio, para
melhorar minha caligrafia e, um dia quem sabe, achar o assassino de meus pais.
Com tais hbitos, comecei a dormir mal, mas no apenas por cansao, medida que eu
estudava mais magias arcanas, mais eu sonhava com a morte de meus pais e uma criatura
horrenda, a qual diariamente me chamava e me tentava para o caminho do mal, dizendo que
meus pais foram tirados de mim, para que me tornasse a encarnao do elemento mais
profano.
Em um belo dia, quando completei 9 anos, estava to feliz, havia aprendido alguns termos
bsicos de magia, o qual j conseguia manipula-la de maneira extremamente ruim e mrbida.
Ainda me lembro do primeiro e nico truque que aprendi na poca, era para manipular as
molculas do ar e molda-las, fazendo assim pequenas iluses hologrficas. Estava to
contente, at que, durante a noite tive um sonho.
Neste sonho, eu estava imerso por uma fumaa negra, dentro do casebre de meu pai, meus
olhos, ao passar pelo espelho do banheiro, estavam vermelhos como sangue, e ainda assim, eu
tive a melhor sensao de minha vida, a sensao de poder nico. Andando pelos cmodos da
casa, tive a impresso de estar sendo guiado. Passei pela cozinha, recolhi uma faca que ali
residia abandonada, sua nica funo era fatiar pedaos de po, porm, agora sei que vai ser
de outro grado.
Chegando ao quarto de meu pai, eu comecei a estar aflito, pensei o que fazia ali totalmente
parado a frente de sua porta, com uma faca em punho. At que, impulsivamente abri a porta
silenciosamente e cuidadosamente, sem deixar barulho nenhum, fora dos grilos que cantavam
fora da casa. Com uma calma atormentadora, tornei-me fantoche de um sangrento vislumbre,
o vislumbre de meus braos sendo guiados ao pescoo de meu pai, o doce deguste do sangue
em minha boca, o sedento corao que se torna mera marionete de algo muito maior.
Com o corpo de meu pai estraalhado, acordo suando frio, porm, no acordo em minha
cama, mas sim a frente do corpo estirado e mutilado, agora de fato sei, fui a marionete.
Em lagrimas desmorono, sinto o tremor de minhas pernas, ainda sim, no sinto apenas a
minha presena no quarto, sinto algo muito maior, malfico, muito mais misterioso e muito
mais saboroso, algo divertido. Ao vira-me para trs, vejo uma criatura no fundo escuro do
enorme corredor que ligava meu quarto ao de meu falecido pai. A criatura apenas d infinitas
gargalhadas, zombando de minhas lgrimas, e no final, apenas diz que vou me deleitar do que
esta por vir.
Sem rumo e assombrado pela criatura, que todos os dias me visitava e tentava me acolher,
fui em direo ao pico mais alto, ao pice dos Picos Glidos, aonde sabia que, junto de meus
poucos livros de magia e dos mnimos recursos de vida que me restavam, poderia achar a
maravilhosa Escola de Magia de Fahat.
Passando dois dias l, gritando e berrando por uma chance, os portes se abrem e avisto uma
bela figura a minha frente, um senhor chamado Alastar, um homem de mantos negros e
cabelos escuros como a noite, olhos azuis e uma voz calma e serena, a qual me suavizou pelo
momento, enquanto levava-me para dentro dos
aposentos.
Alastar me recebeu, me deu comida e aconchego,
mas sem duvida, a criatura ainda no me largava, o
medo comeava a diminuir no meu corao, e
crescia outro sentimento, no bom, mas sim o
dio. Com uma sorte inexplicvel, novamente sinto
que meu caminho era guiado para a magia, e tive
outra oportunidade, treinar com experientes, os
quais me ajudaram at onde estou.
Era comum que, ao completar 19 anos, o aluno
enfrentasse o mestre, Alastar, e este dia chegou.
Com tudo preparando, magias postas, tais poderes
foram ao encontro de um duelo, considerado o
comeo da jornada.
Comeando o combate, ele no quis saber de enrolao, lanado magias do mesmo grau de
dificuldade que as minhas, no poupou tempo e muito menos piedade. Um dos raios me
acertou no olho direito, levando-me a cegueira parcial, mas o duelo no poderia parar, no iria
perder 13 anos de estudo.
E aps alguns minutos de combate, cheguei ao empasse, eu era talentoso e forte, porm, no
havia vencido meu mestre. Tornei-me motivo de chacota em toda a Academia.
Enfurecido, fui apenas ao meu dormitrio, em busca de redeno nos estudos, e no outro ano
voltar com mais fora e poder, at que algo aconteceu.
Tive um sonho novamente, aquele sonho, porm, dessa vez, ao me locomover para o quarto
do meu mestre, implorei por uma chance de mata-lo, sentir o gosto de seu sangue, a pura
vingana, e sem precisar de um ser para me guiar, ao falar isso, o ser parecia sentir orgulho.
Adentrei sorrateiramente, fui at seu pescoo, o qual apertei com tanta fora, omitindo a sua
boca de emantar o pedido de socorro, que sua morte foi rpida e dolorosa, os olhos de meu
antigo mestre agora j estavam quase se fechando, uma maravilha de se observar. Ao terminar
o servio, senti o maior prazer de minha vida, queria agradecer ao monstro, porm ele j
estava me guiando a outro caminho dentro dos corredores.
Entramos na biblioteca, que estava vazia, e os que l residiram estavam mortos de uma
maneira sangrenta, creio que pelo meu novo amigo, limpando caminho para a minha
presena. Fomos at um livro em especial, o qual, puxamos para fora, a estante se virou,
dando caminho para uma sala secreta, uma sala misteriosa e jamais vista, a qual entre com
velocidade, e logo sendo fechada atrs de mim.
Ao adentrar nas paredes rochosas e velhas, recobertas de mofo, pude observar que ao fundo
uma tocha brilhava, e ao lado estavam alguns itens. Em um pedestal de pedra polida, com
restos de rochas preciosas, residia um anel, acima de um grimrio chamado Segredos de
Balor escrito em Dracnico, e ao lado, uma Orbe Vermelha, brilhando de Sangue, bradado
com um smbolo de duas chaves cruzadas, um B e um H
Ao achar tais artefatos, senti um calor, um aconchego e o inicio de uma aventura, e ao mesmo
tempo em que peguei o grimrio, o ser ao me lado se revela:
Eu sou Babau, emissrio de tudo que mau, de tudo que profano, venha comigo comprimir
meu designado plano. Invocar nosso mestre meu dever, mas ao vir em terra, ao te conhecer,
essa chance no pude perder. Teu nome Odin, o Enviado, no santo e muito menos puro,
mas teu sangue profano, extremamente escuro.
E simplesmente eu entendi tudo, meu destino trazer nosso mestre supremo em terra, para
todos dominar, e o caos tornar, meu destino renovar o nome de Balor, e assim ser feito!
Com o grimrio em mos, o casaco com o smbolo das chaves, que representa a maldita priso
dos sete infernos estampados em minha capa de trs, babau abre um portal para a cidade de
Rhaw, aonde ele me disse que posso encontrar um grande amigo, o Hanibbal, para trazer
nosso supremo mestre de volta ao mundo, Balor!
Hail Balor!
Nosso Grande Senhor da Escurido vai
voltar, e o Mundo ir dominar, o caos ir
tornar e nas chamas da noite vai
descansar.