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Odonto 14 -Dezembro 1997

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Odonto 14 -Dezembro 1997

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Editorial *Voce feode t&tan, * 6&mem cUi

Na última viagem de estudo que fiz aos EUA um fato chocou-me profundamente. Estava eu pagando o meu café da manhã para uma disposta e solícita senhora de mais ou menos 7 0 anos, caixa da cafeteria, quando entrou um rapazola "grunge" de uma excursão de brasileiros, aparentando 15 anos com um vale "breakfast" numa das mãos e algumas moedas na outra. Ao ser solicitado a dar o vale, o rapaz, a uns 2 metros de distância, atirou as moedas na simpática funcionária como se estivesse jogando uma pedra contra o inimigo. Justamente naquela senhora que a minutos atrás ajudara a enfeitar o salão com motivos de na­tal, data símbolo da cristandade, do amor e da confrater­nização.

O rosto do rapaz era impassível e frio. Não houve pedido de desculpas ou qualquer tipo de menção do ocorrido.

Isso fez-me pensar na ideia errónea e equivocada que um estrangeiro tem, à primeira vista, ao nos considerar cor­diais, simpáticos e alegres.

Num nível inconsciente e primitivo, nós, seres humanos, somos hostis, agressivos, egoístas e cruéis. A tendência à agressão é um dispositivo instintivamente primário no homem. Só que nós, brasileiros, disfarçamos melhor a nossa dualida­de. Nossas máscaras e nossas fantasias fascinam mais os outros povos.

Estudiosos já escreveram que certos comportamentos, dentre eles a compaixão, não são naturais ao homem; só são adquiridos e aperfeiçoados pelo cultivo da razão.

Ao agirmos decentemente o faremos em virtude de nossa educação e socialização, reprimindo nossos instintos natural­mente ávidos e agressivos. Sem certa repreensão e sem estímulos positivos, voltaríamos a fase selvagem.

Não está na hora de discutirmos seriamente sobre a impunidade e desrespeito bem como as nossas atitudes agressivas e hostis?

Será que não é hora de chamarmos os nossos filhos para uma conversa franca e sincera sobre o comportamento malcri­ado e egoísta que são subliminarmente embutidos pela mídia na nossa sociedade?

Parece utopia", mas pôde ser uma semenfinha plantada neste Natal e que poderá gerar bons frutos nos próximos anos novos.

clOttfèU&Jfàtut viwi ^ (ao, \o(fo cheio c/e-ffiz/

Se quiserem m a n d a r críticas e sugestões p a r a o O d o n t o N e w s , escrevam p a r a o e-mai l : a d m i r @ a p c d . o r g . b r

F l ú o r ? C o n s u l t e o cientista Pesquisa realizada por Souza & Oliveira, em Belo Horizonte/

M G , ouviu diversos médicos sobre a forma que receitam flúor. • 35,6% dos obstetras receitam flúor sistémico para as

gestantes (a maioria Natalins Flúor). • 14,9% dos pediatras receitam flúor sistémico para as

crianças. 0 paradoxo é que Belo Horizonte possui flúor na água

de abastecimento, não sendo necessária a suplementação com flúor, correndo-se o risco de sobredosagem e fluorose.

E mais: 4 8 , 1 % dos médicos afirmaram que não há contra indicações na receita de medicamentos com flúor, o que é errado.

Fonte: Clinics/News Letter

A r 1 0 0 % p u r o Acompanhando o progresso e inovações na área de

saúde, a Clínica Belmonte Gavira acaba de instalar um sistema ultra moderno de ar comprimido de nome Odontare (White Martins) cujo ar apresenta 100% de pureza.

Este sistema de ar puro, isento de umidade, óleo e partí­culas, aciona os motores de baixa e de alta rotações bem

como a seringa que é utilizada para secar o dente.

Com isso, o cliente tem a van­tagem de, além de ter o ar 100% limpo em sua boca, também tem

y a durabilidade das suas restau­rações aumentada. O dente pre­parado para receber uma restau­ração, seja ela de resina, cerâ­mica ou ouro, e seco com o no­vo sistema, terá esta restauração aderindo melhor e permane­cendo por mais anos na boca.

Á g u a 1 0 0 % l i m p a Recentemente, a Clínica Belmonte Gavira importou dos

EUA um aparelho de destilação de água que é novidade nos consultórios odontológicos do Brasil.

A á g u a q u e P r lpçti lada p o r P S I Q apardUc ociá c o r v i n d o

para uso da autoclave (melhor sistema de LukAionso/Gr

esterilização que existe) e principalmente para refrigerar, em forma de "spray", o dente do cliente na hora da remoção da cárie ou do preparo para uma restau­ração.

Esta água pura, 100% destilada, também é usada na seringa, para lavar a boca do cliente durante o tratamento.

Anteriormente, a Clínica usava pu ra esses procedimentos somente água filtrada. Hoje, a biossegurança deu um passo à frente.

SE NESTE FINAL DE ANO VOCÊ TIVER NECESSIDADE DE VM TRATAMENTO

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CENTRO DE REABILITAÇÃO ORAL - FONE: (011) 575-3556

EspeciaL

A B E L E Z A D O

S O R R I S O

Ohumorista José Vasconcelos dizia que só sua mãe o achava bo­nito. Dizia ela: O Zé tem olhos bonitos, nariz bonito, boca boni­

ta, mas o conjunto não agrada. A harmonia do conjunto é o mais im­

portante na análise da beleza, devido tanto à riqueza de elementos que tomam parte neste conjunto quanto à sua complexidade.

Para se ter uma ideia disso, basta ob­servar os diferentes tipos de faces. Alguns autores descrevem até sete diferentes formas

Rosto longo: sorriso horizontal

de rostos, são elas: ovalado, redondo, qua­drado, em forma de diamante, em forma de pêra, em forma de coração e retangular.

Trabalhando para melhorar o sorriso, dêfitfô dêSSês" tipos dê rostos, o dentista tem que observar o aspecto da personalidade do cliente que poderá ser do tipo vigoroso, médio ou delicado .

Quanto ao sexo, tanto o masculino quan­to o feminino poderão ter aparências deli-

CGGfe ou foríê§. Á mulher geralmente tem o lábio superior mais fino que o do homem e este tem os incisivos mais longos que os da mulher.

A idade é outro fator que vai contribuir

na escolha do tamanho, forma e cor dos den­tes novos que farão parte do novo sorriso.

Outros componentes complexos que influenciarão na escolha da forma e cor dos dentes, bem como no alinhamento do sorriso são: tipo anatómico do cliente, tipo e cor dos cabelos, cor dos olhos, comportamento da pessoa, bem como seu estilo de vida.

Observando toda complex idade de elementos, podemos dizer que num sorriso, numa linguagem figurada, os lábios são as cortinas; a gengiva, o cenário; e os incisivos

Rosto ovalado: sorriso com arcada em semi-arco

centrais são os astros principais. Os outros dentes são coadjuvantes .

Assim, quando os lábios do cliente são carnudos, o dentista vai realçar os dois in­cisivos centrais para salientar o centro do lábio superior dando uma forma bela ao conjunto.

N o caso do nariz ser largo, o conjunto poderá ser suavizado aumentando também em comprimento os dois incisivos centrais, obedecendo, entretanto, a velha e conhe­cida lei das proporções, também chamada de corte de ouro.

Num rosto longo, o dentista irá fazer a linha do sorriso ligeiramente horizontal para

"quebrar" a ilusão das linhas verticais. Clientes com rostos ovalados ou em

forma de coração terão o sorriso mais bonito se a arcada dentária tiver a forma de um semi-arco.

Pessoas com rostos quadrados ou re­dondos poderão ter um sorriso mais bonito se sua arcada superior mostrar, num sorriso largo, espaços vazios laterais (entre os den­tes e as bochechas) e os incisivos centrais mais salientes.

Todas essas transformações poderão ser

Rosto quadrado: incisivos centrais salientes

real izadas utilizando-se de técnicas de plastia gengival e de técnicas modernas de restaurações adesivas (resinas, cerâmicas, lâminas, etc). O profissional terá que ter, ain­da, o conhecimento de princípios estéticos, bem como sensibilidade para com o delica­do mundo da arte.

O cirurgião dentista não pode trans­formar o sorriso do cliente num sorriso do Brad Pitt ou da Michelle Pfeiffer, mas pode devolver ao clienre uma segurança ao sorrir, aumentar sua auto-estima, bem como facilitar a abertura de portas numa sociedade competitiva que preza, acima de tudo, a empatia e os princípios da beleza.

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