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ODP

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4Organismos de Direito PblicoQualquer organismo a) Criado para satisfazer especificamente necessidades de interesse geral com carcter no industrial ou comercial; Objectivo do conceito: excluir do seu mbito entidades que, embora ligadas administrao, no oferecem risco de conceder tratamento preferencial em virtude de estarem submetidas a presses puramente comerciais para atingir eficincia econmica Dentro da categoria necessidades de interesse geral h que aferir se tm ou no carcter industrial e comercial necessidades de interesse geral: Objecto de uma interpretao autnoma e uniforme em toda a Comunidade europeia tendo presente o objectivo das directivas: evitar distores de concorrncia. Embora a sua aplicao em cada caso concreto deva partir das circunstncias de facto e de direito que se verificam em cada Estado membro, v.g., facto de uma actividade ser regulada pelo direito nacional ideia de actividades que beneficiam directamente a colectividade por oposio aos interesses individuais ou de grupo Ac. BFI recolha de lixo domestico por razes de sade e ambientais. Ac. Truley servios funerrios interesse de controlo dos nascimentos e mortes e razes sanitrias. Ac. Universidade de Cambridge gesto da universidade. Ac. Agora (C- 223/99 e C-260/99): organizao de exposies e feiras interesse no estmulo do mercado. Inclusive a mera actividade de conceder apoio a uma entidade que presta servios pblicos ou encarregue de uma actividade governamental pode ser considerada suficiente. Ac. SIEPSA actividade de aquisio e gesto de estabelecimentos prisionais por estar relacionada com o sistema penal. Concluso: A condio necessidades de interesse geral encontra-se verificada na esmagadora maioria dos casos, excepto quando o mercado satisfaz j as necessidades do pbico e da administrao e a administrao s est envolvida com o escopo principal de obteno de lucro (Ac. SIEPSA, a contrario) ou numa fase de transio para total privatizao da actividade. Exclui to somente entidades que desenvolvem actividades que a administrao no sente necessidade de se envolver

Sem carcter comercial ou industrial Jurisprudncia comunitria: no avalia a natureza da necessidade prosseguida mas antes a natureza da entidade e a natureza da actividade desenvolvida - cuja actividade escape, total ou parcialmente, lgica de mercado J revestem carcter industrial ou comercial quando esto sujeitos a uma concorrncia por parte de outros operadores econmicos que os dissuade de escolher os seus co-contratantes com base em critrios discriminatrios Concluso: excludos do mbito de aplicao organismos que operam segundo a lgica de mercado, que actuam em livre concorrncia, sem nenhum privilgios proveniente da sua condio pblica. Factores, de facto e de direito, a ter em conta na qualificao do conceito, em cada caso concreto:- Natureza do mercado ou do sector de actividade- Modo como a concorrncia se efectiva na prtica- Escopo lucrativo- Assuno ou no do risco econmico-financeiro das suas decises e actividade

Pode um organismo actuar num mercado onde tambm actuam ou podiam actuar operadores privados e, ainda assim, merecer a qualificao como no revestindo natureza comercial ou industrial. Reforado pela nova directiva de 2004 relativa aos sectores especiais que exige uma situao fctica, concreta de concorrncia efectiva e no puramente legal Se entidade actua em condies de mercado normais, almeja a obteno de lucros e suporta os riscos da sua actividade, muito pouco provvel que as necessidades prosseguidas no revistam natureza industrial ou comercial suficiente a possibilidade de a administrao poder salvar a entidade da falncia, evitando a sua liquidao, para no ter carcter comercial ou industrial Ainda que a esmagadora maioria das actividades desenvolvidas revista natureza comercial ou industrial, entidade considerada como ODP, i.e., como no revestindo essa natureza por razes de segurana jurdica (receio de subsdios cruzados) Nova directiva sobre sectores especiais, ao invs, subtrai do seu mbito de aplicao as actividades comerciais desenvolvidas por uma entidade sujeita directiva Se a administrao pretende evitar os inconvenientes resultantes da aplicao das directivas, deve confiar as actividades no comerciais a uma entidade distinta e desvincular-se totalmente da entidade que prossegue actividades comerciais, no concedendo benefcios ou privilgios, submetendo-a a uma verdadeira e livre concorrncia b) Dotado de personalidade jurdica; e c) Cuja actividade seja financiada maioritariamente pelo Estado, pelas autarquias locais ou regionais ou por outros organismos de direito pblico; Existe dependncia financeira quando uma entidade depende de uma entidade adjudicante para o financiamento das suas actividades gerais O TJUE decidiu que existia relao de dependncia financeira com fundamento no financiamento de actividades de investigao (ainda que quantias concedidas e utilizadas por determinados indivduos) e no pagamento de propinas aos alunos com bolsas J no se verificava no que respeita aos pagamentos efectuados em contrapartida de servios contratuais prestados, tais como servios de pesquisa, consultoria e organizao de conferencias Se num determinado ano houve financiamento maioritrio, o organismo naquele ano esteve submetidos ao regime da contratao pblica- ou cuja gesto esteja sujeita a controlo por parte destes ltimos; O controlo da gesto pode ser inferido da existncia de poderes de interveno na gesto (poder de decidir recursos, determinar encerramento, nomear administradores, suspender a gesto) - ou da simples existncia de regras detalhadas de gesto que devem ser respeitadas e cujo cumprimento fiscalizado O tribunal considerou que estavam fixadas regras de gesto detalhadas em virtude de as actividades e os objectivos da entidade estavam perfeitamente definidos e as caractersticas e o custo da construo da habitao social era fixado por deciso da administrao Alm disso, era suficiente , por si s, que estivesse legalmente previsto o poder de superviso pelos Ministros responsveis, sem que se estabelecessem quaisquer limitaes ou especificaes a esta superviso Ac. Truley: existe controlo da gesto pela simples facto de a agencia funerria ser propriedade de um organismo cujos capitais eram , por sua vez, totalmente detidos pelo municpio de Viena, o que indiciava a existncia de poderes de controlo do mrito da gesto A deteno da maioria do capital suficiente para estabelecer a existncia de controlo de gesto- ou em cujos rgos de administrao, direco ou fiscalizao mais de metade dos membros sejam designados pelo Estado, pelas autarquias locais ou regionais ou por outros organismos de direito pblico.

Qualquer ente com personalidade jurdica Independentemente da sua forma legal ou do seu regime jurdico (de direito pblico ou privado) Independentemente da natureza do seu acto constitutivo (ex: estatutos societrios)

Instituies particulares de solidariedade socialPessoas colectivas de utilidade pblica, etc.Ainda que no momento da sua instituio no preenchesse o conceito de ODP, mas apenas mais tarde.

actividades de interesse geral sem carcter industrial ou comercial desenvolvidas por: Sociedades annimas estaduais, regionais ou municipais de capitais maioritria ou exclusivamente pblicos (art. 3/1 e art. 5 do DL 558/99) Empresas municipais, intermunicipais e regionais (art. 1/2 do DL 58/98) Entidades publicas empresariais, antigas empresas publicas (23 do DL 558/99) Empresas participadas (2/2 do DL 558/99), fora das circunstancias previstas no art. 3, n. 1 a) e b) desse diploma Art. 2, n. 2 , b) do CCP: ODP instrumentais submetidos a controlo dominante por ODP Art. 2, n. 2, c) do CCP: associaes de direito privado de natureza cientifica e tecnolgica desde que submetidas a controlo dominante por uma entidade do sector tradicional Art. 2, n. 2, d): associaes de que faam parte ODP ou pessoas referidas nas alneas b) e c)