72
RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, S.A. 1 Sociedade de Construções Soares da Costa, SA 2012

2012§oes...as contas do exercício e demais documentos de prestação de contas, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012. estes documentos dão conhecimento sobre

  • Upload
    vodang

  • View
    229

  • Download
    1

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: 2012§oes...as contas do exercício e demais documentos de prestação de contas, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012. estes documentos dão conhecimento sobre

RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, S.A. 1

Sociedade de ConstruçõesSoares da Costa, SA

2012

Page 2: 2012§oes...as contas do exercício e demais documentos de prestação de contas, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012. estes documentos dão conhecimento sobre

RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, S.A. 2

01. RELATÓRIO DE GESTÃO

Destaques

Introdução

.1 O Grupo Soares da Costa

.2 A Atividade2.1 Enquadramento

2.2 Produção

2.3 Qualidade, Ambiente, Segurança e Saúde

2.4 Atividade Comercial

2.5 Organização

2.6 Recursos Humanos

.3 Análise Económica e Financeira

.4 Perspetivas para 2013

.5 Principais Riscos

.6 Responsabilidade Social Corporativa

.7 Factos Relevantes Após o Termo do Exercício

.8 Reconhecimento

.9 Proposta de Aplicação de Resultados

Anexo

02. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS, POLÍTICAS CONTABILÍSTICASE NOTAS EXPLICATIVAS

03. PARECERES E CERTIFICAÇÕES

Relatório e Parecer do Fiscal Único

Certificação Legal das Contas

Índice

4

4

5

6

10

14

14

15

16

19

21

22

24

24

24

25

26

29

69

70

71

Page 3: 2012§oes...as contas do exercício e demais documentos de prestação de contas, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012. estes documentos dão conhecimento sobre

RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, S.A. 3

RELATÓRIO DE GESTÃO

Autoestrada Transmontana // Transmontana Motorway Portugal

portfolio completo disponível em //complete portfolio available in: www.portfolio.soaresdacosta.pt

Page 4: 2012§oes...as contas do exercício e demais documentos de prestação de contas, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012. estes documentos dão conhecimento sobre

RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, S.A. 4

> O Volume de Negócios (VN) atinge 520,0 milhões de Euros, situando-se 14,1% abaixo do valor do ano anterior, reflexo de uma descida mais acentuada do mercado doméstico (-29,4%);

> O mercado internacional representa 68,3% da atividade (61,5% em 2011);

> Reestruturação organizacional e operacional (realocação e redução de efetivos e fusão por incorpora-ção da Contacto) e financeira (reescalonamento das maturidades do endividamento);

> EBITDA de 26,3 milhões de Euros (45,5 milhões de Euros em 2011) é prejudicado por custos não re-correntes com rescisões de colaboradores de 9,5 milhões de Euros (1,1 milhões de Euros em 2011);

> Os resultados financeiros atingem -28,1 milhões de Euros, face a -13,3 no ano anterior;

> Custos de reestruturação e imparidades de créditos afetam significativamente o resultado antes de imposto de -30,4 milhões de Euros (+12,2 milhões em 2011);

> Resultados líquidos negativos de 24,3 milhões de Euros em confronto com lucro de 12,2 milhões de Euros no ano anterior.

(valores monetários em milhões de euros)

Rubricas 2012 2011 Variação

Volume de negócios 520,0 605,7 -14,1%

eBiTdA recorrente 35,8 46,6 -17,4%

Margem eBiTdA/Vn 6,9% 7,7% -0,8p.p.

Resultados Financeiros -28,1 -13,3 -

Resultados antes de impostos -30,4 18,5 -

Resultado Líquido -24,3 12,2 -

eBiTdA recorrente é o eBiTdA ajustado sem custos de rescisões com colaboradores

deSTAQUeS

inTROdUÇÃO

O conselho de Administração da Sociedade de construções Soares da costa, S.A., no cumprimento do precei-tuado no código das Sociedades comerciais, normas estatutárias e outras disposições legais em vigor aplicá-veis às sociedades anónimas, submete à apreciação da Assembleia Geral de Acionistas, o Relatório de Gestão, as contas do exercício e demais documentos de prestação de contas, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012.

estes documentos dão conhecimento sobre a evolução dos negócios, o desempenho e a posição financeira da sociedade, bem como sobre os principais riscos e incertezas com que esta se defronta.

As demonstrações financeiras a que este Relatório de Gestão se reporta foram elaboradas de acordo com as normas internacionais de Relato Financeiro (iAS/iFRS) tal como adotadas pela União europeia, tendo sido objeto de auditoria nos termos legais e sobre elas emitida a certificação legal de contas e parecer do fiscal único que em conjunto se apresentam.

Page 5: 2012§oes...as contas do exercício e demais documentos de prestação de contas, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012. estes documentos dão conhecimento sobre

RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, S.A. 5

MISSÃO E VALORES

A Sociedade de construções Soares da costa, S.A. é a principal empresa de construção do Grupo Soares da costa. A sua missão consiste em corporizar e dar plena concretização, no âmbito do segmento da construção, à missão do Grupo Soares da costa de “corresponder às exigências do mercado e dos seus clientes, através de um modelo de negócio sustentado, recursos qualificados e motivados, geradores de valor económico, social e ambien-tal, de modo a proporcionar um retorno atrativo aos acionistas”.

Também ao nível dos valores a Sociedade incorpo-ra e exterioriza na sua atitude perante o mercado da construção, os valores do Grupo a que pertence:

REfERêncIAS HIStóRIcAS

As origens do Grupo Soares da costa remontam a 1918, quando uma pequena empresa que se dedi-cava à execução de acabamentos de alta qualidade e pinturas a ouro fino foi fundada no Porto. nas dé-cadas seguintes a empresa expandiu-se fortemente em termos de competências, alcançando a liderança no setor na zona norte do país mas simultaneamen-te alargando a sua atividade a todo o território. A década de 80 é crucial para o desenvolvimento do Grupo, iniciando-se o seu processo de internaciona-lização: primeiro iniciando a atividade na Venezuela e mais tarde no egito, Guiné-Bissau, Angola, nigéria, Moçambique, iraque, Argélia, Guiana, cabo Verde, Macau, espanha, Alemanha e estados Unidos da América. em finais de 1986 a sociedade passa a ter as suas ações admitidas a cotação na Bolsa.

A década seguinte é marcada pela crescente espe-cialização da empresa em grandes obras de enge-nharia e obras públicas e pela consolidação de uma forte estratégia de internacionalização e diversifica-ção da atividade, que são características do Grupo ainda hoje. O crescimento da atividade conduz, em 2002, a uma reestruturação e reorganização da empresa sendo constituída uma sociedade gestora de participações sociais, a Grupo Soares da costa, S.G.P.S., S.A., com capital social de 160 milhões de euros, ramificada segundo as diversas áreas de atividade em quatro outras sociedades gestoras de

O GRUPO SOAReS dA cOSTA.1

> Orientação permanente para o mercado e asatisfação do cliente;

> eficácia e eficiência da gestão;> integridade e ética;> conduta socialmente responsável;> Respeito pelo ambiente.

Tendo como objetivo permanente a rentabilidade, o êxito da sociedade e do Grupo Soares da costa em que se insere baseia-se num crescimento sustentá-vel apoiado numa equipa humana de alta qualidade e numa preocupação de diversificação e inovação em todos os seus projetos.

participações sociais: construção, concessões, in-dústria e imobiliária.

A partir de meados de 2006 altera-se a estrutura acionista da sociedade, com a saída da família fun-dadora e a entrada de um novo acionista maioritá-rio, a investifino – investimentos e Participações, S.G.P.S., S.A., após a concretização de uma oferta pública de aquisição de ações em janeiro de 2007.

Já após a mudança acionista, no plano estratégico “Ambição Sustentável 2007-2012”, apresentado em outubro de 2007, o Grupo seleciona as áreas de construção e concessões/Serviços como áreas estratégicas de atuação futura sendo uma das seis linhas de desenvolvimento definidas a adequação consequente do seu portefólio de negócios. nesse âmbito inseriram-se as operações ocorridas durante 2008, de aquisição das empresas de construção – contacto (Portugal) e Prince (estados Unidos) - e o reforço da participação na concessionária de auto-estradas Scutvias.

Por sua vez, o plano estratégico “Ambições Reno-vadas 2014”, anunciado em setembro de 2010, realinhou as orientações estratégicas do Grupo, salientando-se a componente de diversificação de negócios, estratégia em que se inseriu a aquisição de 57,26% do capital da “energia Própria” em finais

Page 6: 2012§oes...as contas do exercício e demais documentos de prestação de contas, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012. estes documentos dão conhecimento sobre

RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, S.A. 6

de 2010. em 2011, tendo em conta as substanciais alterações do contexto macroeconómico, a escassez de financiamento e a forte contração do mercado de construção doméstico, a gestão procedeu ao ajustamento do plano estratégico1. esta atualização direciona as linhas de orientação estratégica para a inTeRnAciOnALiZAÇÃO, para a ÁReA de neGÓciOS dA cOnSTRUÇÃO e para a SUSTenTABiLidAde Fi-nAnceiRA das atividades. Assim, visando assegurar um nível de crescimento da atividade do Grupo com-patível com as condicionantes externas, nomeada-mente de índole financeira, protegendo os níveis de rentabilidade e possibilitando, no final do período de aplicação do plano, atingir uma expressiva redução do endividamento, foram selecionados os seguintes vetores de atuação:

1 Vide comunicado no sítio da cMVM2 iMF – World economic Outlook, outubro 2012

> Manutenção do crescimento em África;

> desenvolvimento do mercado brasileiro por via orgâ-nica, perspetivando uma aquisição a médio prazo;

> Permanência nos estados Unidos, com enfoque na rentabilidade;

> Adiamento dos investimentos em novos negó-cios de energia e Ambiente;

> Alienação de ativos;

> concessões: minimização de necessidades de capital;

> Redução de custos de estrutura.

nem todos estes vetores de atuação se relacionam com a sociedade a que respeita este relatório; dado, porém, o enfoque na construção e assumindo-se a Sociedade de construções Soares da costa, S.A. como a principal empresa do Grupo deste setor, não deixará esta de desempenhar um papel fundamental na implementação e concretização desta estratégia.

ATiVidAde.2ENQUADRAMENTO

AnáLISE GERAL

À escala mundial, o ano de 2012 manteve a ten-dência já revelada no ano anterior de um enfra-quecimento do crescimento com a permanência de fatores de grande incerteza e de exigentes desafios em várias áreas e blocos económicos do globo. O produto mundial, pelas projeções feitas em outubro de 2012 pelo Fundo Monetário internacional, ter--se-á expandido 3,3%2 continuando a ter como motor as economias emergentes, com a Ásia na liderança, uma vez que nas economias avançadas, nomeadamente na europa e nos estados Unidos da América, permanece uma incapacidade de reconstruir a confiança numa base sólida de médio-prazo, em cenários de prossecução de políticas de consolida-ção fiscal e de um sistema financeiro ainda a revelar debilidades que não permitem o seu funcionamento em termos eficientes.

A economia dos eUA terá tido uma expansão no ano findo de 2,2%, podendo em 2013 registar-se um abrandamento do crescimento (+1,7%). Ao fim do período eleitoral com a reeleição do presidente Barack Obama sucedeu uma difícil discussão sobre a política orçamental a requerer consenso político para evitar o precipício orçamental (“fiscal cliff”).

A definição de uma estratégia credível de consoli-dação orçamental e de sustentabilidade da dívida pública (e que no curto prazo evite os cortes auto-máticos de despesa) continua como um importante desafio em 2013. Pelo lado positivo, o processo de correção do mercado imobiliário dá mostras de estar próximo do fim com a redução dos stocks e um melhor comportamento dos preços.

A Zona euro, afetada pela intensificação da crise da dívida soberana e com os défices orçamentais, es-pecialmente nos países do sul, viu em 2012 a sua atividade económica muito condicionada, apresen-tando uma variação do produto negativa (-0,4%), em resultado de um ténue crescimento na Alemanha, prática estagnação em França e quebras na ordem dos 2 a 3% em espanha, itália e Portugal, para já não citar a Grécia que, tendo estado no epicentro da crise (tendo-se assistido à reestruturação da dívida dos credores privados e a um segundo empréstimo) terá apresentado uma quebra do produto superior a 6%. este quadro não sofrerá, expectavelmente, e segundo as projeções do organismo internacional já citado, alterações de melhoria muito significativas em 2013.

2.1

Page 7: 2012§oes...as contas do exercício e demais documentos de prestação de contas, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012. estes documentos dão conhecimento sobre

RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, S.A. 7

A EcOnOMIA PORtuGuESA

A implementação de medidas - e as respetivas con-sequências - no âmbito do Programa de Assistência económica e Financeira (PAeF) do estado português junto do Fundo Monetário internacional e da União europeia, formalizado ainda em 2011, dominou o panorama da vida económica nacional do último ano, que decorreu sob uma orientação fortemente contracionista e pro-cíclica da política orçamental e num contexto de restritividade das condições mone-tárias e financeiras.

A paralisação do investimento público e as medidas de agravamento fiscal visando a consolidação or-çamental refletem-se numa elevada contração do consumo interno e os elevados níveis de alavanca-gem financeira do tecido empresarial esbarram na incapacidade do sistema financeiro de acompanhar seja a promoção do investimento ainda resistente, seja o apoio das necessidades de liquidez, quer em volume quer em condições (taxas de juro muito mais elevadas do que nos peers europeus) num cenário em que os reflexos das medidas de ajus-tamento dos desequilíbrios macroeconómicos e de caráter estrutural encetadas têm, naturalmente, um horizonte temporal mais alargado.

O investimento manteve uma trajetória de queda pronunciada tendo alcançado valores mínimos desde 1995, em volume.

com a salvaguarda do setor exportador, que vem demonstrando ainda uma boa dinâmica, o ano de 2012 caraterizou-se, assim, por reflexos recessivos mais amplificados do que era esperado, até pelas entidades internacionais, conduzindo a um elevado número de insolvências e a um abrupto downsizing nas estruturas das empresas como modo de adap-tação à redução substancial da procura no mercado interno sentido na economia em geral e em certos particulares setores, como é o caso da engenharia e construção civil.

neste quadro, assistiu-se a uma forte quebra do pro-duto e a um significativo aumento do desemprego.

Assim, o Banco de Portugal no seu Boletim de inver-no3 avançou com uma contração da economia por-tuguesa de 3,0% em 2012, prevendo uma contração de 1,9% em 2013 (mais severa do que a queda de 1% inscrita pelo Governo no Orçamento de estado, aliás, já entretanto publicamente revista para 2%) e projetando um crescimento do produto em 2014

(+1,3%) sujeito, porém, à verificação de pressupos-tos de comportamento de variáveis exógenas rela-tivamente favoráveis. dados mais recentemente di-vulgados pelo ine colocam a taxa de variação anual do PiB em 2012 num patamar ainda mais negativo -3,2% em resultado duma quebra mais pronunciada verificada no 4º trimestre (-3,8% face ao homólogo do ano anterior)4.

Por outro lado, observaram-se progressos no “pro-cesso de ajustamento” nomeadamente ao nível da melhoria e até reequilíbrio do saldo da balança corrente e de capitais, com um crescimento das ex-portações de +4,1% (ainda que tendendo a eviden-ciar um ritmo decrescente), reveladora de ganhos efetivos de quota de mercado e a uma forte redução das importações (-6,9%). Ao nível do défice orça-mental, com a consideração do impacto de medidas extraordinárias, poder-se á ter alcançado o objetivo constante do compromisso revisto com a troika, de ficar limitado a 5,0% do PiB.

num quadro europeu caraterizado ainda por alguma incerteza ao nível da capacidade de resposta por parte das autoridades da UeM em lidar com a questão das dívidas soberanas e de dissociá-la do contágio com os bancos, a perceção de risco dos investidores externos sobre a economia portuguesa apresentou alguns sinais de melhoria; estes sinais foram reforçados já em 2013 pelos resultados al-cançados com a emissão de dívida pública a médio prazo do estado português, realizada em janeiro, no que constituiu o regresso aos mercados financeiros internacionais num calendário antecipado relativa-mente ao previsto.

em termos de inflação, em 2012, o Índice de Preços no consumidor (iPc) registou uma taxa de variação média de 2,8% (3,7% no ano anterior). Para esta desaceleração terá contribuído o aumento menos expressivo dos preços dos produtos energéticos (com o respetivo índice a passar de uma taxa de variação de 12,7% em 2011 para 9,6% em 2012) e, também, a diminuição de 4,1 p.p na taxa de va-riação média da classe da Saúde que se fixou em 0,4% em 2012, motivada pela revisão dos preços dos medicamentos. O Índice Harmonizado de Preços no consumidor (iHPc) também apresentou em 2012 uma taxa de variação de 2,8% (3,6% em 2011).5

O desemprego continua a ter uma evolução deveras preocupante, registando Portugal a terceira maior

3 Boletim económico de inverno 2012, Banco de Portugal, 15 de janeiro de 2013 4 contas nacionais Trimestrais - estimativa Rápida 4º trimestre de 2012, ine,14 de fevereiro de 2013

5 Índice de Preços no consumidor, dezembro de 2012, ine, 11 Jan 2013

Page 8: 2012§oes...as contas do exercício e demais documentos de prestação de contas, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012. estes documentos dão conhecimento sobre

RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, S.A. 8

taxa (após a espanha e a Grécia) entre os 27 países da União europeia e mantendo uma trajetória de subida durante o ano de 2012. Os dados recentes dis-ponibilizados pelo ine6 colocam a taxa de desemprego estimada no 4º trimestre de 2012 em 16,9%, superior em 1,1 pontos percentuais à do trimestre anterior e em 2,9 pontos percentuais relativamente ao período homólogo do ano transato. este agravamento deter-

6 estatísticas do emprego – 4º trimestre de 2012 – 13 fevereiro de 20137 Índices de Produção, emprego e Remunerações na construção, dezembro de

2012, ine, 11 de fevereiro de 2013

8 conjuntura da construção, nº. 66, janeiro/2013, FePicOP

mina que a taxa de desemprego média anual se situe em 2012, em 15,7% o que representa um acréscimo de 2,9 pontos percentuais em relação ao ano anterior. Assim, no final do ano, a população desempregada atingiu as 860,1 mil pessoas, tendo aumentado 21,8% em relação ao ano anterior (mais 154,0 mil pessoas). A população empregada registou um decréscimo anual de 4,2% (menos 202,3 mil pessoas).

MERcAdO IntERnO: O SEtOR dA cOnStRuçÃO

em 2012 os indicadores da produção do setor da construção traduzem invariavelmente a degradação da procura seja pública ou privada, revelando níveis que se vão apresentando sucessivamente como mínimos históricos. A taxa de variação média anual do Índice de Produção na construção foi de -17,0% (quando em 2011 já havia observado uma queda de 10,7%) em resultado de uma variação de -18,1% no segmento de engenharia civil e de uma queda, menos pronunciada mas ainda assim muito signifi-cativa, de -15,7% na construção de edifícios 7.

esta forte recessão é traduzida na quebra do consu-mo de cimento no mercado nacional que se situou em 26,9% relativamente ao ano anterior e assumin-do o valor mais baixo desde 1973.

O problema da quebra de investimento não é um problema que tenha surgido apenas em 2012. Analisando os relatórios produzidos pelo Banco de Portugal com base em dados do instituto nacional de estatística, observa-se que a Formação Bruta de capital Fixo tem vindo a decrescer sustentadamente desde 2002, com variações periódicas ditadas pelas lógicas eleitorais.

O problema real agrava-se quando os fracos cres-cimentos do PiB verificados na última década (ou mesmo variações negativas em 2003 e nos anos mais recentes) são acompanhados por uma redução siste-mática do peso da construção (desde 2002 inclusivé).

O aprofundamento deste ciclo recessivo traduz-se inevitavelmente na redução do emprego, com a taxa de variação média nos últimos doze meses a situar--se em -17,1%, ou seja praticamente proporcional à redução do índice de produção (-17,0%).

este clima recessivo prolongar-se-á, a crer na re-dução a que se assistiu no valor dos concursos públicos promovidos e nas adjudicações realizadas (1.695,9 milhões de euros e 1.174,4 milhões de euros, respetivamente, refletindo quebras de 44,4% e 51,6%, nos primeiros onze meses do ano)8. Simi-larmente, assistiu-se a quebras substanciais no licen-ciamento relativamente à construção nova (em todo o tipo de edifícios: residenciais e comerciais, destinados a transportes e comunicações e destinados ao turismo) e até nas licenças de reabilitação e demolição, com-provativo de que nem o segmento de reabilitação urbana se apresenta com o dinamismo suficiente para que se constitua e funcione como um lenitivo.

fORMAçÃO BRutA dE cAPItAL fIXO EM cOnStRuçÃO - tAXA dE VARIAçÃO AnuAL

1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

15%

10%

5%

0%

-5%

-10%

-15%

Page 9: 2012§oes...as contas do exercício e demais documentos de prestação de contas, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012. estes documentos dão conhecimento sobre

RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, S.A. 9

MERcAdO EXtERnO

Fazemos de seguida uma breve referência ao enqua-dramento macroeconómico nos principais mercados externos de intervenção direta da sociedade:

> Angolaem maio de 2012, após a sexta avaliação, foi con-cluído com sucesso o Programa Stand-By aprovado em novembro de 2009 entre o executivo angolano e o Fundo Monetário internacional, resultando na dis-ponibilização da última tranche de financiamento.

O ato eleitoral de 31 de agosto traduziu-se pela conquista da maioria absoluta no parlamento pelo partido incumbente (MPLA), com 72% dos votos assistindo-se, assim, à renovação do mandato do Presidente da República, José eduardo dos Santos.

As últimas previsões formuladas pelo FMi9 quanto ao comportamento da economia angolana apontam para um crescimento do produto em termos reais de 6,8% em 2012 e uma previsão de 5,5% em 2013, com as taxas de crescimento sem o setor petrolífero a situarem-se em 6,0% e 6,8% para os mesmos perío--dos. Os setores da construção, energia e transportes serão os principais motores de crescimento do PiB não petrolífero, beneficiando do investimento públi-co e da regularização do pagamento de atrasados.

Prevalecem, no entanto, fatores externos de incer-teza – crise financeira na europa e a recuperação do crescimento nos eUA - bastante condicionantes sobre o consumo global de petróleo e, concomitan-temente, sobre as exportações de Angola.

Por outro lado a execução coordenada das políti-cas fiscal e monetária e a estabilidade da taxa de câmbio constituem fatores determinantes para a es-tabilidade dos preços na economia angolana, tendo a taxa de inflação atingido no mês de agosto, e pela primeira vez, o nível de um dígito, prevendo-se para o final do ano que se tenha mantido dentro do obje-tivo de 10% determinado pelo Governo.

> Moçambiqueneste país, o FMi, ao contrário do verificado para as previsões de crescimento da maioria das economias avançadas e emergentes, reviu em alta o crescimento económico em 2012 e 2013 para 7,5%10 e 8,4%, res-petivamente (da anterior previsão de 6,7% e 7,2%).

esta aceleração do ritmo de expansão do crescimen-to da economia moçambicana deve-se aos avanços

9 Regional economic Outlook: Sub-Saharian Africa – Maintaining Growth in an Un-certain World, iFM, october 2012

10 8,0% ao final do 1º Semestre de 2012 segundo declarações proferidas pelo Governa-dor do Banco de Moçambique em discurso oficial do fim do ano económico de 2012

promovidos pelo investimento direto estrangeiro no desenvolvimento do setor mineiro (em especial no carvão e no gás), mas assiste-se a uma evolução geral positiva dos vários setores de atividade, com a agricultura (que continua a ser o principal setor de atividade, representando cerca de 30% do PiB do país), comércio e serviços de reparação, a cons-trução, transportes e comunicações a revelarem dinamismo, alavancados por elevados investimentos públicos e privados.

A insuficiência do setor de transportes, constituindo uma barreira ao potencial de desenvolvimento da in-dústria extrativa, coloca a ênfase na necessidade do incremento do investimento orientado para a mo-dernização das infraestruturas neste setor.

O controlo da inflação verificado nos últimos meses, o bom desempenho do setor agrícola e a relativa estabilidade em termos cambiais do metical, possi-bilitou a desaceleração da inflação média anual, que se situou em 2,6%.

não obstante todos estes indicadores positivos, im-porta relevar a dependência ainda muito expressiva deste país da ajuda internacional e da necessidade de prosseguir com a estratégia de redução da pobreza. neste âmbito, o combate à pobreza e um crescimento mais inclusivo constituem prioridades do governo de Moçambique no Orçamento de estado de 2013. > Roméniaem 2012 a Roménia terá obtido um crescimento económico real do PiB na ordem de 0,8%, segundo as previsões do eurostat, projetando-se uma maior expansão do produto (+2,2%) no ano de 2013.

O setor de construção apresentou em 2012 um certo dinamismo revelando crescimentos de 2,6% e 9,7% nos 1º e 2º trimestres de 2012 comparativamente com os trimestre homólogos do ano anterior, mas com um comportamento algo errático a constatar-se pela varia-ção negativa (-1,4%) observada no 3º trimestre do ano.

> Brasildurante o ano de 2012 o PiB da economia brasileira apresentou um crescimento algo dececionante. Os dados do 3º trimestre de 2012 revelaram um cresci-mento de 0,6% na comparação com o segundo tri-mestre do ano, levando-se em consideração a série com ajuste sazonal. na comparação com igual perí-odo de 2011, houve uma expansão do PiB de 0,9%.

Page 10: 2012§oes...as contas do exercício e demais documentos de prestação de contas, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012. estes documentos dão conhecimento sobre

RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, S.A. 10

11 contas nacionais Trimestrais, 3º tri/2012 – instituto Brasileiro de Geografia eestatística - iBGe

no acumulado dos quatro trimestres terminados no terceiro trimestre de 2012, o PiB registou um cresci-mento de 0,9% em relação aos quatro trimestres ime-diatamente anteriores. Já no resultado acumulado do ano até o mês de setembro, o PiB apresentou aumento de 0,7% em relação a igual período de 201111.

estes dados provocaram uma redução nas expecta-tiva de crescimento para 2013 que agora se situam abaixo dos 4%.

PRODUÇÃO

MERcAdO nAcIOnAL

O mercado da construção em Portugal encontra--se num estado de profunda depressão. O investi-mento público, desde meados de 2011, reduziu-se de forma abrupta a uma ínfima expressão. Apenas simbolicamente paradigmática deste clima refere-se a suspensão do projeto, com a recusa de visto por parte do Tribunal de contas verificada no início do ano de referência deste relatório, da linha ferroviária de alta velocidade Poceirão-caia.

Paralelamente, a confiança dos investidores priva-dos tornou-se negativa e o clima de incerteza em que vivemos levou a que também o investimento privado registe níveis historicamente baixos.

Além disso, Portugal entra nesta crise depois de duas décadas de sobreaquecimento do mercado de construção, que conduziu a uma enorme e pouco sustentável capacidade produtiva instalada. esta capacidade produtiva disponível, quando confron-tada com a quebra de investimento e a redução da procura, conduz necessariamente a um aviltamento dos preços e a um excesso de competitividade numa lógica de sobrevivência.

Perante este cenário desfavorável a atividade no mercado nacional da Sociedade de construções Soares da costa, S.A., nela integrando o contributo dos agrupamentos complementares de empresas em que participa, também sofreu, nos últimos anos, uma redução considerável ainda que reveladora de ganhos de quota de mercado.

2.2

no respeitante a obras concluídas no ano de 2012 destacam-se as seguintes:

> Reforço de Potência da Barragem do Alqueva;

> Abertura de vários troços integrados na autoestradaTransmontana;

> Pontes rodoviárias de Jorjais e Tinhela.

Assumem ainda relevância no volume de produção do mercado nacional no ano de 2012 as obras:

> Acessos rodoviários à plataforma logística deLisboa norte no sub-lanço Vila Franca de Xira / nó A1 – da autoestrada do norte, para a Brisa;

> construção do alargamento e beneficiação para2x3 vias do sublanço Maia/Santo Tirso da A3 – autoestrada Porto/Valença, para a Brisa;

> Pousada da Serra da estrela, na covilhã, para aenATUR.

É ainda de referir o recomeço da obra da adutora Moura-Safara, obra que se encontrava suspensa por dificuldades, que foi possível, entretanto, ultrapassar.

Quanto à distribuição geográfica operacional da atividade nacional da Sociedade de construções Soares da costa, S.A., confirmou-se uma grande estagnação na Madeira (1% da atividade em 2011, a comparar com 4% em 2010 e 14% em 2009) e uma grande concentração da atividade no norte do país. deve ser referido que esta percentagem resulta so-bretudo da autoestrada Transmontana, que repre-senta uma importante parcela deste número.

Page 11: 2012§oes...as contas do exercício e demais documentos de prestação de contas, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012. estes documentos dão conhecimento sobre

RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, S.A. 11

A distribuição geográfica da operação em Portugal assumiu no ano de 2012 um valor muito importante no norte do país (76%), sendo os restantes 24% distribuídos numa percentagem de 3/4 no sul do país e 1/4 no arquipélago da Madeira. este último valor foi conseguido à custa de investimento pri-vado, pois encontram-se suspensas as duas obras públicas já adjudicadas naquela região.

no que diz respeito à segmentação da atividade realizada, as obras de engenharia e infraestrutu-ras foram grandemente maioritárias representando 87,0% e a construção civil apenas 13%.

norte

76%

Madeira

5%

Sul

19%

AtIVIdAdE nAcIOnAL 2012 - dIStRIBuIçÃO POR áREA GEOGRáfIcA

AtIVIdAdE nAcIOnAL 2012 - EnGEnHARIA / InfRAEStRutuRAS cOMPOSIçÃO POR SuBSEGMEntO

12 entre parentesis a percentagem de participação da Sociedade

em particular, e dentro deste segmento, as infraes-truturas rodoviárias (estradas e pontes) assumem a maior fatia (76%), sendo de notar também a percentagem muitíssimo baixa de obras relaciona-das com o setor do ambiente (eTA’s e eTAR’s), que quase não tiveram expressão na atividade. neste subsegmento em particular, há diversos concursos aparentemente estagnados por falta de verbas, do estado ou das autarquias, para investir.

com referência aos agrupamentos complementares de empresas em que a Sociedade participa me-recem referência neste documento pela atividade mais relevante desenvolvida em 2012, para além do cAeT XXi (50%), que tem por objeto a conceção, projeto, construção, aumento do número de vias e reabilitação dos conjuntos vários associados que integram a subconcessão Transmontana, o Hidroal-queva (50%), tendo por objeto a empreitada geral de construção do reforço de potência do escalão de Alqueva, para a edP e os dois Ace’s (28,57%) cons-tituídos para a execução dos projetos de constru-ção das infraestruturas necessárias à execução dos planos de investimento da indáqua Matosinhos e da indáqua Vila do conde.12estradas

75,5%

infraestruturas

13%

Ferrovias

0,2%

Pontes

4%

Ambiente

2,9%

Barragens

4,3%

Page 12: 2012§oes...as contas do exercício e demais documentos de prestação de contas, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012. estes documentos dão conhecimento sobre

RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, S.A. 12

AnGOLA

O mercado de Angola, onde a sociedade tem pre-sença ininterrupta há mais de três décadas, continua a assumir-se como um mercado estratégico prima-cial no desenvolvimento dos negócios da sociedade, tendo esta logrado atingir e consolidar reconhecidos prestígio e reputação, nomeadamente no segmento de construção de edifícios, com a construção de pro-jetos de grande importância e significado nos diversos subsegmentos: residencial, comercial e de escritórios.

Também o segmento de infraestruturas é assumido como um vetor importante a desenvolver no senti-do da diversificação e de alargamento do portefólio de negócios, apresentando já a sociedade neste país uma importância operacional significativa e um pe-so crescente.

entre as obras de maior relevância na produção do ano, no segmento de edifícios, faz-se referência às seguintes:

> Torre do 1º congresso (BeSA);

> Bayview – TTA edifício de escritórios(com receção provisória);

> edifício Torres dipanda;

> ine – novo edifício;

> Luanda Towers Project;

> AAA – new Office Building;

> Museu da ciência e da Tecnologia – GOe;

> Forçauto – Hotel da ilha;

> Museu das Forças Armadas (concluída);

> empreendimento “Shopping Fortaleza”.

no âmbito da diversificação regional é de registar a obra “Private Residential Housing”, a desenvolver no Soyo, província do Zaire. É uma obra de construção de um condomínio para alojar os técnicos da fábrica de gás natural da Angola LnG, numa obra de cerca de 220 milhões de USd e em que a sociedade se apresenta em consórcio com a MSF.

Regista-se ainda a abertura da frente do Huambo com duas obras importantes para esta cidade. O centro cultural do Huambo e a recuperação do edifí-cio da escola de S. José de cluny.

na área das infraestruturas, à obra de requalificação da marginal (em 2ª fase de execução), para a Socie-dade Baía de Luanda, acrescenta-se pela sua grande relevância e amplitude o projeto de “Reabilitação das encostas de Sambizanga e Boavista” no valor de cerca de 90 milhões de USd. esta obra faz parte da renovação da malha urbana de Luanda e irá per-mitir, quando concluída, a utilização de uma vasta área para o crescimento da cidade.

extravasando o âmbito estrito da produção, a defi-nição e aplicação de um quadro de relacionamento e cooperação eficazes com as entidades e com os atores económicos locais, a estrutura de suporte logístico das atividades, e finalmente, mas não menos importante, o recrutamento, a formação, e sobretudo, a retenção de quadros locais qualificados são alguns dos vetores fundamentais a ter em consideração nas especifici-dades do mercado de Angola e que constituíram (e constituem) vertentes permanentes de estudo, ava-liação e de intervenção da empresa na implementa-ção das soluções tidas por mais adequadas.

MOçAMBIquE

em Moçambique, outro mercado de permanência histórica da Soares da costa, importa no contexto deste Relatório referirmo-nos apenas à atividade referente ao estabelecimento estável da sociedade, uma vez que a atividade de construção do Grupo Soares da costa neste território estende-se à sub-sidiária de direito moçambicano, Soares da costa Moçambique, S.A.R.L., cujo capital é detido na pro-porção de 80% pela Soares da costa construção, S.G.P.S., S.A..

durante 2012, a atividade da empresa esteve fun-damentalmente concentrada nas importantes obras de reabilitação da estrada n221, entre combomune e chicualaquala e na construção da Ponte sobre o Rio Zambeze, em Tete; ambas as obras evoluíram com normalidade e com os ritmos de execução pro-gramados.

Page 13: 2012§oes...as contas do exercício e demais documentos de prestação de contas, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012. estes documentos dão conhecimento sobre

RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, S.A. 13

ROMénIA

neste país foram concluídas durante 2012 as se-guintes obras:

> Acessos ao parque eólico de casimcea, em Tulcea, para o cliente Sc cAS Regenerible (Ver-bund – Áustria) com um valor de contrato de aproximadamente 6 milhões de ROn (cerca de 1,38 milhões de euros);

> Acessos ao parque eólico Alpha Wind, Tulcea, Roménia – cliente Sc Alpha Wind (Verbund – Áustria), uma obra no valor aproximado de 3,3 milhões de ROn (cerca de 770 mil euros).

encontra-se em curso a execução da obra “cons-tructia Variantei de Ocolire Tecuci” no valor de 49 milhões de ROn (11,1 milhões de euros) cuja data de consignação dos trabalhos ocorreu no dia 18 de junho de 2012, para a autoridade nacional de estra-das da Roménia (cnAdnR - compania nationala de Autostrazi si drumuri national din Romania S.A.).

BRASIL

O Brasil, decorrendo do plano estratégico do Grupo, é considerado um dos mercados prioritários no âmbito da expansão internacional de atuação da empresa.

no ano de 2012, através da participação em 50% na sociedades de propósito específico Terceira Onda Planejamento e desenvolvimento, Ltda., concluí-ram-se em outubro de 2012, com plena satisfação do cliente, os trabalhos de construção civil para a implantação de Unidade completa em Rio Branco do Sul (Paraná) – Linha de 5.000 ton/dia para a Voto-rantim cimentos.

Por sua vez, há ainda a assinalar a intervenção atra-vés da participada Soares da costa Brasil, Ltda., na sociedade Linha 3 cezarina – construções, Ltda.,

no projeto da linha 3 da Fábrica de cimentos de cezarina-GO – linha de 2.000 ton/dia para a cimpor Brasil, com trabalhos iniciados em abril de 2012 e com data prevista de conclusão em junho de 2013.

em finais de 2012, esta sociedade iniciou, também, uma obra relacionada com a ampliação da aerogare do Aeroporto internacional de Viracopos, em campi-nas, São Paulo, para o consórcio construtor Viraco-pos (ccV).

no entanto, uma vez que a atividade em 2012 não foi diretamente exercida pela sociedade as demonstrações financeiras individuais que acompanham este relatório não refletem, por isso, em termos numéricos, efeitos relevantes com respeito a este mercado.

OutROS MERcAdOS:

> Omãneste território, em função da bem sucedida in-vestida comercial realizada em anos anteriores, a empresa participa num consórcio com uma empresa local na execução dos projetos e trabalhos de cons-trução de infraestruturas rodoviárias e redes de in-fraestruturas associadas numa zona situada entre o aeroporto internacional de Masqat e a via expresso da mesma cidade; esta obra foi adjudicada no início de 2012 estando os respetivos trabalhos em pleno desenvolvimento. > IsraelA atividade da sucursal da sociedade neste país, ge-neticamente associada ao desenvolvimento do pro-

jeto do Metro de Telavive, foi interrompida ainda em 2010, pelas vicissitudes já conhecidas deste projeto após a intenção inesperada do dono da obra de pôr termo unilateralmente ao contrato de concessão, conforme é do conhecimento público.13

A sociedade, que não faz parte da entidade conces-sionária, detém uma participação no consórcio cons-trutor, aguardando-se a decisão do Tribunal Arbitral sobre este litígio, que ocorrerá expectavelmente em 2013, ainda que partilhe da convicção de que não existiram fundamentos para aquela rescisão.

13 http://web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/FR29785.pdf

Page 14: 2012§oes...as contas do exercício e demais documentos de prestação de contas, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012. estes documentos dão conhecimento sobre

RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, S.A. 14

QUALIDADE, AMBIENTE, SEGURANÇA e SAÚDE

decorreu com êxito, no final de 2012, a audito-ria externa de acompanhamento aos sistemas de gestão da qualidade (nP en iSO 9001:2008) e gestão ambiental (nP en iSO 14001:2004). no que diz respeito à gestão da segurança e saúde no trabalho (nP 4397:2008 e OHSAS 18001:2007), tratou-se de uma auditoria de renovação, também coroada de êxito.

do texto do relatório da equipa auditora da APceR, refere-se com orgulho as palavras aí transcritas: “A equipa auditora constatou que os sistemas de gestão continuam a evidenciar consistência na sua implementação e conformidade com os requisitos normativos e legais proporcionando confiança no que respeita aos compromissos assumidos nas po-líticas da qualidade, ambiente e segurança.”.

Verifica-se, assim, que a empresa conseguiu garan-tidamente manter os níveis de rigor e qualidade ao nível da implementação dos sistemas de gestão da QASS.

como facto relevante ocorrido em 2012, refere-se que a integração da empresa Contacto na estrutura da Sociedade de construções Soares da costa, S.A., proporcionou uma oportunidade de melhoria na confluência de dois sistemas de gestão diferentes, tendo sido criado o Gabinete de estudos de Quali-

2.3

2.4

dade, Ambiente e Segurança, ao qual foi definida a seguinte missão:

> Análise do estado atual de implementação dos Sistemas de Gestão de QASS na Sociedade de construções Soares da costa, S.A., com enfoque na vertente da sua efetiva criação de valor;

> definição e análise dos desafios que se colocam a estes Sistemas por via das alterações de mer-cado, em especial, as questões cada vez mais marcantes da internacionalização, dos consórcios e dos Ace’s;

> elaboração de propostas de melhoria a introduzir nos sistemas.

A atividade do Gabinete QASS visa, em face da pa-tente evolução que o mercado da construção civil e obras públicas tem vindo a sofrer, muito em especial em Portugal, responder aos novos desafios criados por esta nova realidade, não só continuando a im-plementar melhorias, como também repensando e eventualmente adaptando o que existe, para aten-der aos desafios que se nos colocam.

A estrutura da direção que enquadra as áreas da qualidade, ambiente, segurança e saúde, foi, assim, reforçada com elementos da empresa integrada, o que permitiu continuar a assegurar níveis de eficiên-cia apropriados, porque elevados.

ATIVIDADE COMERCIAL

Julga-se suficientemente retratado nas secções an-teriores o panorama depressivo do mercado da cons-trução nacional. Tal contexto tem expressão, também, na escassez generalizada de concursos, o que conduz inevitavelmente ao aviltamento dos preços, e ainda na reduzida taxa de decisão dos lançados. A atividade das empresas de construção nacionais não pode, por conseguinte, basear-se nos próximos anos na produção em Portugal, e é na aposta internacional que se encontrará sustentado o futuro próximo.

Apesar disso, relevam-se as seguintes adjudicações ocorridas em 2012, em PORtugAl:

> Gasoduto Mangualde-celorico-Guarda (Ren);

> eTAR de Paços de Sousa (Simdouro);

> en 234 – Reabilitação das Pontes do cRiZ (i e ii) e de S. João das Areias (estradas de Portugal).

Para 2013 no mercado nacional prevê-se um ano muito difícil havendo neste momento algumas expeta-tivas nas obras concursadas para o cliente ediA.

em AngOlA destaca-se pela sua relevância e amplitude a adjudicação da empreitada “projeto e construção das instalações sociais dos quadros da Angola LnG (1ª. fase), no Soyo, uma obra com prazo de execução de 36 meses e um valor adjudicado de 252 milhões de USd. O projeto prevê a construção de 317 habitações de várias tipologias numa área habitacional de cerca de 10.000m2 e diversas infra-estruturas e equipamentos de apoio (sociais, am-bientais e de lazer).

Perto do final do ano, a um consórcio que integra a Sociedade de construções Soares da costa, S.A. (e a edifer Angola, S.A.) foram adjudicadas as obras de infraestruturas básicas do Pólo industrial de Fútila (PiF), na província de cabinda.

Page 15: 2012§oes...as contas do exercício e demais documentos de prestação de contas, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012. estes documentos dão conhecimento sobre

RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, S.A. 15

neste mercado, dá-se ainda nota, entre outras, das seguintes adjudicações ocorridas em 2012:

> data center da Talatona, para a Movicel;

> Upgrades of Operational Bases in Soyo para a Schlumberger;

> centro cultural do Huambo, para o Governo Pro-vincial de Huambo;

> Reabilitação e apetrechamento do complexo es-colar de S. José de cluny (fase 1), para o Gover-no Provincial de Huambo;

> construção de serviços provinciais do ine em Malanje e em Benguela;

> construção do Shopping da Fortaleza, em Luanda.

As obras referidas são expressão clara e elucidativa da extensão da atividade territorial da empresa o que, por sua vez, requer a concentração e coope-ração de esforços, nomeadamente de organização e de logística, muito importantes.

MOçAMBIquenos últimos anos este mercado, acompanhando o próprio desenvolvimento do país, tem vindo a re-presentar um papel de crescente importância para a empresa.

durante o ano de 2012 foram adjudicadas as obras de construção das pontes sobre os rios Sangaze, Pompwe, Macuca e chidge na Província de Sofala e das pontes sobre os rios Muira, Tsanzabue e nha-gucha na província de Manica. esta empreitada ad-judicada pela Administração nacional de estradas, no valor de 21,7 milhões de euros, tem por objeto a conceção/construção de nove obras de arte (sendo seis com tabuleiro em betão armado, pré-esforçado de comprimentos variáveis), a correção das estradas de acesso e outros trabalhos relacionados diversos.

Aproveitando ainda a capacidade instalada em Mo-çambique, um consórcio em que a Sociedade de construções Soares da costa, S.A. participa em 50% recebeu a intenção de adjudicação de uma obra na Suazilândia, que consiste na construção de uma estrada, com cerca de 12 Km de extensão, incluindo duas pontes, no valor global de 17,6 milhões de euros.

na ROMénIA o esforço comercial esteve concen-trado em projetos relacionados com energias reno-váveis (parques eólicos e parques fotovoltaicos), para clientes privados, segmento em que a empresa tem obtido, nos últimos anos, algum sucesso. Foi, porém, no âmbito das infraestruturas rodoviárias que se situou o projeto mais relevante com a adju-dicação por parte da cnAdnR-compania nationala de Autostrazi si drumuri national din Romania S.A. (autoridade nacional de estradas na Roménia), da obra: “constructia Variantei de Ocolire Tecuci”, no valor de 49 milhões de ROn (cerca de 11,1 milhões de euros), cuja consignação dos trabalhos ocorreu em junho de 2012. O período de execução contratu-al deste projeto é de 18 meses, estendendo-se até ao final de 2013.

OutROs MeRcAdOsnão obstante a concentração do esforço comer-cial nos mercados core de intervenção da empresa realça-se também como corolário do esforço desen-volvido em anos anteriores a adjudicação a um con-sórcio em que a empresa participa (conjuntamente com uma sociedade local) de uma obra no Sultanato de Omã, e que consiste na execução dos projetos e trabalhos de construção de infraestruturas rodoviá-rias, contemplando troços rodoviários, cinco viadu-tos superiores em nós de ligação rodoviária e redes de infraestruturas associadas, a executar em zona situada entre o aeroporto internacional de Masqat e a via expresso da mesma cidade. esta obra no valor global de 48 milhões de euros tem um prazo de execução de 654 dias e, como referido no capítulo da produção, está já em franco desenvolvimento.

O panorama traçado acima permite antever, portan-to, a manutenção de níveis de atividade razoáveis no próximo futuro ainda que a redução ainda mais brusca prevista na atividade no mercado nacional, com a conclusão da autoestrada Transmontada du-rante a primeira parte do ano de 2013, implique a manutenção de um esforço concentrado, eficiente e profícuo da vertente comercial em termos de asse-gurar uma carteira estável a médio prazo, em condi-ções sustentáveis de rentabilidade.

ORGANIZAÇÃO

Uma estrutura empresarial engloba o conjunto de meios e recursos através dos quais se realizam ati-vidades de forma coordenada e controlada, atuando num determinado contexto ou ambiente, com vista a atingir objetivos pré-determinados mediante a

2.5

afetação eficiente desses recursos. As exigências de mercado e o dinamismo da sociedade globalizante dos nossos dias impõem que as empresas adotem e detenham uma permanente e sistemática capa-cidade de antecipação e de resposta, através da

Page 16: 2012§oes...as contas do exercício e demais documentos de prestação de contas, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012. estes documentos dão conhecimento sobre

RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, S.A. 16

adequação dos meios (e eventual revisão dos obje-tivos), às alterações ocorridas mas também, funda-mentalmente, às previstas e não raras vezes apenas antecipadas (com os inerentes riscos de avaliação estratégica), no contexto ou enquadramento externo.

A adequada resposta a estas necessidades das or-ganizações preconiza a existência de ferramentas de controlo e de gestão, otimizando os sistemas e as tecnologias de suporte, o que deve ser comple-mentado com abordagens formativas específicas e transversais ao seu capital humano.

O ano de 2012 afigurou-se, neste âmbito, como bastante exigente para a empresa e para o Grupo Soares da costa em que se insere, de modo a asse-gurar as condições de sustentabilidade económico--financeira das operações, através da readaptação das estruturas, racionalização de custos e a melhoria das ferramentas de gestão, garantindo, no fundo, que a organização empresarial esteja dotada das condições que permitam levar a cabo de modo efi-ciente e eficaz a sua missão.

neste âmbito, assume especial relevância a fusão ocorrida entre a contacto – Sociedade de constru-ções S.A. e a Sociedade de contruções Soares da costa, S.A., a última enquanto sociedade incorpo-rante, ocorrida a 30 de Junho de 2012 e com a sub-sequente integração e adaptação das estruturas e das ferramentas de gestão. na mesma esteira, pre-parada no final do exercício, veio a operar-se já em 2013 a concretização formal da fusão da participada do Grupo da área metalomecânica, ferro e alumínios,

Socometal, por incorporação, também, na Sociedade de construções Soares da costa, S.A..

este processo, assegurando a manutenção no interior do Grupo das valências, tecnologias e know-how que importa preservar, permite a redução de custos de estrutura, evitando custos de sobreposição, potencia solidez e robustez económico-financeira, melhorando simultaneamente a flexibilidade da organização.

com impacto neste âmbito, decorreu em 2012 com intensidade o desenvolvimento do processo de ajustamento iniciado em finais de 2011 e que se espera ultimar nos primeiros meses de 2013, relati-vo à readaptação e reafetação dos colaboradores. Privilegiou-se a mobilização interna seja em termos funcionais seja em termos geográficos mas, como é compreensível, a magnitude das necessidades face, designadamente, à drástica redução da procura no mercado interno, teve de se saldar por um número considerável de rescisões contratuais com colabora-dores (vide adiante Recursos Humanos).

O ano de 2012 traduziu-se, pois, num árduo traba-lho de implementação de medidas de redimensiona-mento, racionalização e ajustamento nas estruturas organizativas, praticamente transversal às diferen-tes áreas da empresa («back-office», estaleiros, meios de produção, área comercial, reforço dos re-cursos afetos às sucursais/ estabelecimentos está-veis no estrangeiro, com colaboradores da empresa de perfil adequado, etc.), realizado com a convicção de que esta resulta melhor preparada para enfrentar os desafios do futuro.

RECURSOS HUMANOS

na esfera dos Recursos Humanos, assume especial relevância em 2012 o desenvolvimento do processo de ajustamento iniciado em finais do ano anterior. como se referiu no relatório de gestão de 2011, a Sociedade de construções Soares da costa, S.A. foi declarada, por despacho do Secretário de estado do emprego de 7 de dezembro de 2011, empresa em reestruturação, nos termos e para os efeitos previstos na alínea d) do nº 2 e nº 4 do artigo 10º do decreto-Lei nº. 220/2006, de 3 de novembro. este processo foi desenvolvido de modo cuidado e progressivo com respeito pela legislação vigente e, embora sempre doloroso, foi imbuído das preo-cupações de responsabilidade social que perpassa transversalmente o exercício de toda a atividade da empresa.

2.6

REcRutAMEntO E SELEçÃO dE PESSOAL

Apostados em alinhar o capital humano com a es-tratégia de desenvolvimento organizacional, a nossa visão de recrutamento e seleção assentou, no ano de 2012, numa estratégia de mobilização de colabora-dores para outras geografias nas quais a atividade do Grupo se destaca pelo crescente volume de negócios. A expatriação de quadros, a par com o processo de reestruturação do Grupo, constituiu uma oportu-nidade de crescimento e de desenvolvimento pro-fissional dos colaboradores, associada a condições salariais mais atrativas. O preenchimento das ne-cessidades identificadas, nomeadamente ao nível da sucursal em Angola, foi colmatado com recurso à mo-bilização internacional de colaboradores da empresa, não tendo sido realizada nenhuma nova admissão.

Page 17: 2012§oes...as contas do exercício e demais documentos de prestação de contas, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012. estes documentos dão conhecimento sobre

RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, S.A. 17

fORMAçÃO

Foram realizadas 6.365 horas de formação, que implicaram um total de 18.961,18 euros de custos com inscrições. este volume contemplou um total de 1.382 formandos.

A análise da distribuição das horas pelas categorias profissionais revela que o maior número de horas de formação frequentada continua a concentrar-se nos profissionais qualificados e quadros superiores:

POR cAtegORIA PROfIssIOnAl (horas) 2012

dirigentes 2

Quadros superiores 2.540

Quadros médios 262

Quadros intermédios 470

Profissionais qualificados 3.004

Profissionais semiqualificados 7

Profissionais não qualificados 57

Praticantes/aprendizes 22

TOTAL 6.365

O grupo temático “Gestão e Administração” foi o que concentrou maior número de horas de forma-ção em 2012 – 1.384 horas, seguida da área de “construção civil e engenharia civil” 1.366 horas e em terceiro lugar a área de “informática na Ótica do Utilizador” com 1.334 horas, conforme segue:

POR teMAs (horas) 2012

ciências Sociais - Formação contínua 288

construção civil e engenharia civil 1.366

direito 5

eletricidade e energia 2

engenharia e Afins 71

Gestão e Administração 1.384

informática na Ótica do Utilizador 1.334

Línguas e Literaturas estrangeiras 480

Qualidade, Ambiente e Segurança 1.277

Saúde 100

não especificado 58

TOTAL 6.365

no âmbito da implementação do Plano de Formação do Grupo 2012, foram realizadas diversas ações de formação, das quais se destacam:

> Programa Inicial de Gestão de ProjetosAção que integra 3 módulos (Gestão de Proje-tos para Profissionais - Técnicas, Ferramentas e Metodologias, MS Project no suporte à gestão de obras, e Análise e Avaliação de Projetos de investimento) destina-se a jovens quadros do Grupo. Foi realizada com a mobilização de recur-sos internos, para a conceção e implementação de dois módulos, e com recursos a uma parce-ria com entidade formadora externa, para ser ministrado o módulo “Gestão de Projetos para Profissionais - Técnicas, Ferramentas e Metodo-logias”. esta é uma ação que integra o portfólio da Academia do conhecimento, e pode ser re-produzida em anos subsequentes.

> Gestão Financeira de ObrasPrograma formativo concebido pela católica Porto Business School costumizado à realidade do Grupo Sdc, com a colaboração de especialistas internos da área financeira. esta ação foi realizada nas instalações da sede para 18 quadros superiores de empresas do Grupo (Sociedade de constru-ções Soares da costa, clear e Socometal).

> Liderança e Condução de Equipas de TrabalhoTendo como objetivo o desenvolvimento de competências para a gestão de equipas, esta ação teve como público-alvo encarregados das empresas do Grupo (Sociedade de construções Soares da costa, clear e Socometal), grupo pro-fissional com impacto significativo na qualidade do produto e concretização de objetivos.

> Inglêsno sentido de habilitar os colaboradores para o processo de internacionalização do Grupo, foram realizadas duas ações de formação de inglês, destinadas a níveis de conhecimento distintos. Uma das acções, “english-civil engineering & internationalization”, foi resultado de uma par-ceria com o Wall Street institute e constitui um programa adaptado à realidade do negócio do Grupo, tendo como objetivo primordial o desen-volvimento de competências de expressão oral em língua inglesa. este programa integra também o portfolio da Academia do conhecimento.

Page 18: 2012§oes...as contas do exercício e demais documentos de prestação de contas, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012. estes documentos dão conhecimento sobre

RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, S.A. 18

EStáGIOS

implementando a política de responsabilidade social do Grupo, registamos o desenvolvimento de um estágio profissional e o acolhimento de diversos estágios curriculares. O estágio profissional pro-porcionado pela Sociedade de construções Soares da costa, S.A., decorre da iniciativa Prémio Talento 2011/ 2012. durante seis meses, a vencedora deste Prémio, Vanessa Fernandes Silva, tem a oportunida-de de desenvolver em contexto de trabalho o tema “Análise de Risco – Parametrização e Medidas Miti-gadoras”.

na Sociedade de construções Soares da costa, S.A., foram também acolhidos 12 estágios curriculares

ao longo do ano de 2012. Foram proporcionados 9 estágios na direção Técnica, 2 na direção Técnico--comercial, e 1 na direção de Produção. Através destes estágios curriculares, os jovens estudantes tiveram a possibilidade de aprender em contexto de trabalho e desenvolver conhecimentos com profis-sionais altamente qualificados. entre as entidades promotoras destes estágios curriculares destacam--se o ciccOPn, a escola Profissional do Fundão, a escola Superior de Tecnologia e Gestão do instituto Politécnico de Beja, instituto Superior de Viana do castelo, instituto Politécnico da Guarda, escola Pro-fissional de Sernancelhe, e APROdAZ- Associação para a Promoção e desenvolvimento dos Açores.

AVALIAçÃO dE POtEncIAL

A avaliação de potencial e gestão do talento teve como objetivo recolher de forma sistematizada, cri-teriosa e fidedigna um conjunto de informações que permitiram identificar quadros de elevado potencial e, a partir desses dados, gerir, potenciar e reter, com visão estratégica, o talento que encontramos no nosso capital humano.

neste contexto, foram identificados e avaliados, du-rante o ano de 2012, catorze colaboradores de nível funcional oito e emitidos os respetivos relatórios de avaliação, no sentido de alargar o conhecimento sobre as competências, interesses, disponibilidade e projeto de carreira dos quadros da Sociedade de construções Soares da costa, S.A..

núMERO dE cOLABORAdORES

em 31 de dezembro de 2012 trabalhavam na Socie-dade 1.204 funcionários, divididos de acordo com a seguinte tabela:

tIPO de funçãO (número) 2012 2011 2010

dirigentes 6 2 4

Quadros Superiores 241 265 290

Quadros Médios 46 72 80

Quadros intermédios 187 219 239

Prof. Altamente Qualificados e Qualificados 639 938 1.114

Prof. Semi – Qualificados 17 19 20

Prof. não Qualificados 68 119 131

Praticantes e Aprendizes - - -

TOTAL 1.204 1.634 1.872

Ao quadro anterior há que adicionar o pessoal con-tratado localmente nas diferentes sucursais e de-legações estrangeiras da sociedade em número de 1.506 à data do fecho do exercício.

Page 19: 2012§oes...as contas do exercício e demais documentos de prestação de contas, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012. estes documentos dão conhecimento sobre

RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, S.A. 19

nesta secção, passa-se a produzir de seguida as referên-cias consideradas pertinentes sobre os aspetos de maior relevo relativos à situação económico-financeira e ao

AnÁLiSe ecOnÓMicA e FinAnceiRA.3desempenho da sociedade no ano de 2012, em comple-mentaridade com a informação pormenorizada constante das peças contabilísticas que acompanham este relatório:

VOLuME dE nEGócIOS

O volume de negócios (Vendas + Prestações de Servi-ços) da sociedade atingiu em 2012 o valor de 520,0 milhões de euros o que representa uma descida de

14,1% relativamente ao valor verificado no ano ante-rior. O quadro que se segue evidencia a desagregação do Vn por mercados geográficos em análise compara-tiva com o ano anterior:

(Valores em milhares de euros)

MeRcAdO 2012 % 2011 % ∆ 2012/11

Portugal 164.663 31,7% 233.097 38,5% -29,4%

Angola 315.191 60,6% 310.619 51,3% 1,5%

Moçambique 37.341 7,2% 54.899 9,1% -32,0%

Roménia 305 0,1% 6.630 1,1% -95,4%

Outros 2.547 0,5% 432 0,1% 489,5%

TOTAL 520.047 100,0% 605.677 100,0% -14,1%

A descida muito pronunciada no mercado doméstico é o fator mais saliente, tendo decrescido significativamen-te em termos relativos o seu contributo para o Vn global. O nível de atividade em Angola superou ligeiramente (+1,5%) o valor do ano anterior, enquanto que o mer-cado de Moçambique, representando um volume de atividade bem interessante, revela uma descida face ao

extraordinário crescimento e elevado patamar atingido no ano anterior.

A Roménia tem atualmente uma importância reduzida, enquanto que nas outras geografias se destaca o peso do projeto de Omã iniciado no segundo semestre de 2012 e que se espera vir a atingir maior volume em 2013.

REntABILIdAdE

Para melhor análise apresenta-se de seguida, agre-gadas de modo conveniente, as seguintes compo-

nentes de formação dos resultados para o exercício findo e para o exercício imediatamente anterior:

desIgnAçãO 2012 % PO 2011 % PO ∆ 2012/11

Volume de Negócios 520.047 102,3% 605.677 99,5% -14,1%

Variação da Produção -18.882 -3,7% -19.107 -3,1% -1,2%

Outros Ganhos Operacionais 7.431 1,5% 22.236 3,7% -66,6%

Proveitos Operacionais (PO) 508.595 100,0% 608.806 100,0% -16,5%

custo Mercadorias Vendidas e Materiais consumidos 75.755 14,9% 97.662 16,0% -22,4%

Fornecimentos e Serviços externos 311.502 61,2% 369.862 60,8% -15,8%

Gastos com Pessoal 83.833 16,5% 83.097 13,6% 0,9%

Outros custos Operacionais 11.232 2,2% 12.665 2,1% -11,3%

EBITDA 26.274 5,2% 45.520 7,5% -42,3%

Amortizações, Provisões e Ajustamentos (líquido de reversões) 28.491 5,6% 13.693 2,2% 108,1%

Resultados Operacionais (EBIT) -2.216 -0,4% 31.827 5,2% -107,0%

Resultado Financeiro -28.134 -5,5% -13.291 -2,2% 111,7%

Resultado Antes Impostos -30.350 -6,0% 18.536 3,0% -

imposto sobre o Rendimento 6.015 1,2% -6.357 1,0% -5,4%

Resultado Líquido do Exercício -24.336 -4,8% 12.179 2,0% -

Page 20: 2012§oes...as contas do exercício e demais documentos de prestação de contas, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012. estes documentos dão conhecimento sobre

RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, S.A. 20

Se o Vn se reduziu em 14,1%, o somatório das ru-bricas cMVc e FSe baixou de modo mais do que proporcional (17,2%); no entanto, este efeito foi neutralizado pelo comportamento dos Gastos com Pessoal que, afetado pelas indemnizações com as rescisões de colaboradores (valor que ascendeu em 2012 a 9,5 milhões de euros, face ao valor de 1,1 milhões de euros no ano anterior), não puderam ainda evidenciar redução.

A margem eBiTdA em relação ao total dos provei-tos operacionais sofreu uma quebra de 7,5% para 5,2% mas, reformulada, expurgando-se o efeito das indemnizações, ter-se-ia situado nos 7,0%, ainda assim inferior ao ano de 2011. Um desenvolvimento menos interessante em termos de rentabilidade do projeto da autoestrada Transmontana pelas vicissi-tudes que envolveram o projeto e que originaram o prolongamento do seu prazo de execução, por motivos que extravasam o domínio de controlo e intervenção da empresa, contribuíram para esta evolução.

O registo de imparidades nomeadamente em cré-ditos sobre terceiros, consequência do panorama geral adverso da economia e que vem conduzindo à degradação das condições de solvabilidade e liquidez de muitas empresas e, por isso, à deterioração das condições de cobrança e ao incremento da litigiosidade, afetou também de modo expressivo a performance do exercício ao colocar a rubrica de Amortizações, Pro-visões e Ajustamentos (líquidos de reversões) num valor (28,5 milhões de euros) superior ao dobro do verificado um ano antes (13,7 milhões de euros).

em função do exposto o resultado operacional cifrou-se por um valor negativo de 2,2 milhões de euros muito longe do resultado positivo de 31,8 milhões de euros do ano de 2011.

Os resultados financeiros (com detalhe na Pc&ne 27) também se agravaram significativamente pena-lizados pelo aumento do custo líquido de financiamen-to com o saldo entre os juros obtidos e suportados a ficar em 2012 por -15,2 milhões de euros em con-fronto com -9,1 milhões no ano anterior. O impacto líquido das diferenças cambiais foi contido cifrando--se no valor de -0,9 milhões de euros, mas distante do valor favorável que assumira no ano de 2011 de 4,0 milhões de euros, o que contribui, também, para o agravamento dos resultados financeiros.

A conjugação das componentes anteriormente re-feridas teve por consequência a obtenção de um resultado antes de impostos de -30,4 milhões de euros, um valor anormal no historial da companhia, traduzindo um ano bastante difícil e com condicio-nantes específicas mas que traduz o percurso de um trajeto inexorável para colocar a empresa em situa-ção de poder encarar e ultrapassar, com moderado otimismo, os desafios que se lhe deparam. considerando a função de impostos, os resultados líquidos situaram-se no valor de -24,3 milhões de euros face ao valor positivo de 12,2 milhões de euros no exercício de 2011.

dEMOnStRAçÃO dA POSIçÃO fInAncEIRA

Ao nível do Balanço observa-se uma redução subs-tancial e desejável dos inventários em particular na rubrica de produtos e trabalhos em curso (que pas-saram de 26,8 milhões de euros para 7,8 milhões); também as dívidas de terceiros, designadamente os clientes (que passaram de 397,0 milhões de euros para 344,9 milhões) observariam uma redução im-portante não fora o aumento verificado nos créditos sobre empresas de grupo, associadas e participa-das (que passaram de 54,4 milhões de euros para 192,8 milhões de euros).

Já no passivo, o balanço evidencia um mais favorá-vel escalonamento da dívida com o passivo corrente a reduzir-se de 574,4 para 494,4 milhões de euros (bastante inferior ao ativo corrente de 745,8 mi-lhões de euros) enquanto o passivo não corrente aumentou de 104,1 para 276,7 milhões de euros

fundamentalmente pelo aumento dos empréstimos bancários.

este reescalonamento resulta do acordo quadro celebrado pela sociedade (e outras sociedades do Grupo), em finais de novembro de 2012, com seis instituições financeiras, para a reprogramação dos respetivos endividamentos bancários com recurso, num total de cerca de 275 milhões de euros. esta operação é caracterizada por um prazo de reembolso alargado (maturidade de 9 anos, com um período de carência de capital de 3 anos) e remuneração a uma taxa moderada.

O net-debt ou dívida líquida situou-se no final do exercício de 2012 em 320,1 milhões de euros.

Page 21: 2012§oes...as contas do exercício e demais documentos de prestação de contas, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012. estes documentos dão conhecimento sobre

RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, S.A. 21

cAPItAIS PRóPRIOS

durante o exercício de 2012, por via da fusão por incorporação da contacto, o capital da sociedade elevou-se de 50 milhões de euros para 66.404.000 euros sendo representado por 13.280.800 ações ordinárias de valor unitário de 5 euros, sendo to-talmente detido pela Soares da costa construção, S.G.P.S., S.A..

Os capitais próprios situam-se em 31 de dezem-bro de 2012 num valor de 134,1 milhões de euros, elevando-se do valor de 128,2 milhões de euros

verificado um ano antes pelo efeito conjugado das seguintes variações:

> A Assembleia-Geral ordinária que aprovou as contas do exercício de 2011 deliberou a distribuição de divi-dendos no valor de 9,6 milhões de euros;

> A fusão da referida contacto provocou um aumento dos capitais próprios de 38,9 milhões de euros;

> O reconhecimento do resultado líquido do exercí-cio de -24,3 milhões de euros.

RácIOS

A evolução dos indicadores económico-financeiros exigidos pela Portaria nº 274/2011, de 26 de se-tembro, para revalidação anual do alvará previsto no

regime jurídico do exercício da atividade de construção, aprovado pelo decreto-Lei nº 12/2004, de 9 de janei-ro, tiveram no último triénio a seguinte evolução:

IndIcAdORes 2010 2011 2012 exIgIdO

Liquidez geral 109,9% 112,0% 150,8% 100,0%

Autonomia Financeira 15,1% 15,9% 14,8% 5,0%

como se infere do enquadramento económico nacio-nal em geral e do setor da construção em particular as expetativas dos empresários para o exercício de 2013 não podem ser otimistas.

durante os primeiros meses do ano espera-se con-cluir o processo de ajustamento dos recursos hu-manos iniciado em finais de 2011 e profundamente desenvolvido no ano de 2012, estabilizando-se a estrutura adequada à dimensão atual e expectável futura dos mercados.

em termos de Vn é esperada em 2013 uma nova re-dução da atividade no mercado nacional onde, face ao avanço verificado na construção da autoestrada Transmontana, com conclusão prevista durante o Verão, o decréscimo se antevê significativo.

Por outro lado, espera-se um incremento impor-tante nos níveis de atividade realizados nos países africanos de expressão lusófona nomeadamente em Angola e, principalmente, em Moçambique.

deste aumento da atividade em África a que se adi-cionam os contributos do Vn de outros mercados (designadamente Omã) decorre o estabelecimento de um objetivo ambicioso de atingir em 2013 um Vn global próximo do verificado neste ano.

A maior quota da atividade internacional e o peso significativo dos custos não recorrentes que se fize-ram sentir em 2012 permitem assumir um objetivo de melhoria importante da margem eBiTdA em rela-ção ao Vn para próximo dos 9%.

PeRSPeTiVAS PARA 2013.4

Page 22: 2012§oes...as contas do exercício e demais documentos de prestação de contas, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012. estes documentos dão conhecimento sobre

RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, S.A. 22

no contexto da sua atividade, as organizações encontram-se expostas a um conjunto de fatores de risco externos e internos que provocam impactos na sua performance, reputação e desempenho. Riscos e oportunidades ocorrem constantemente. A análise, identificação e mitigação dos primeiros e a poten-ciação e capacidade de concretização das segundas é o que distingue uma boa de uma má gestão. Só assim se potencia o alcance dos objetivos definidos e a melhoria dos resultados da organização.

Face a níveis elevados de exigência, quer ao nível dos custos quer ao nível de cumprimentos de prazos, as empresas devem procurar alcançar uma redução dos riscos e das incertezas a que estão ex-postas. As frequentes mudanças de ordem política, económica, social, organizacional e comportamental sentidas nos diversos mercados de atuação onde a empresa exerce a sua atividade, exigem a existência de estratégias de eliminação e/ou antecipação dos impactos desses riscos e incertezas, sob pena de condicionarem o alcance dos objetivos e em última instância da sua continuidade. Muito embora as de-cisões envolvam sempre carga subjetiva e uma certa dose de critérios intuitivos, não poderão, no essen-cial, deixar de assentar em parâmetros racionais, seguros, conhecidos, analisados e fundamentados. A fundamentação é, de resto, um elemento essencial no processo de análise do risco: pela disciplina que representa, pela obrigação que impõe de justificar as opções tomadas, pela obrigatoriedade de registo de todos os passos que vão sendo dados, no fundo, porque permite uma melhor verificação posterior das boas e más decisões.

conforme os restantes capítulos deste relatório de gestão e as demonstrações financeiras revelam, a atividade da sociedade enquadrada no setor de construção e engenharia civil, assume variadas ver-tentes e atuações em diferentes mercados geográfi-cos, tendo uma verdadeira dimensão internacional.

neste âmbito, a Sociedade está exposta a diversos riscos que podem ser classificados em:

> Riscos dos Processos de Negócio• Riscos operacionais (riscos que podem causar im-

pacto na performance dos processos operativos e prestação de serviços do Grupo, na satisfação do cliente e na reputação da empresa no mercado);

• Riscos de integridade (os relacionados com frau-des internas e externas a que possam estar su-jeitas as empresas do Grupo);

PRinciPAiS RiScOS.5• Riscos de direção (riscos vinculados entre outros

à gestão, direção, liderança, limites de autorida-de, etc.);

• Riscos de recursos humanos (riscos relacionados com a disponibilidade, qualificação e políticas de recursos humanos locais, legislação laboral, etc.);

• Riscos financeiros (riscos de taxa de câmbio, riscos de taxa de juro, riscos de liquidez, risco de crédito e de tesouraria).

> Riscos de Informação• informação operativa, financeira e de avaliação

estratégica.

> Riscos do Meio• Riscos decorrentes do ambiente concorrencial;

• Riscos relacionados com o meio político, econó-mico, legal e fiscal;

• Riscos decorrentes da regulação e mudanças no setor.

no contexto económico e financeiro em que vive-mos, a Sociedade reconhece que é fundamental a existência de uma estratégia de gestão do risco, total-mente integrada na estratégia global da organização, que aumente o seu grau de resiliência e a torne gradu-almente imune a imprevistos e efeitos adversos.

do ponto de vista organizativo, funciona, no âmbito do centro corporativo do Grupo em que a Sociedade se insere e, por isso, com competência transversal a todo o Grupo, uma unidade de Análise e Gestão do Risco com o objetivo de assegurar a eficiência e a eficácia das operações do Grupo, a salvaguarda dos ativos, a fiabilidade da informação financeira e o cumprimento das leis e normas.

A análise do risco é assegurada pelas diversas uni-dades corporativas do Grupo em que a Sociedade se insere. É desenvolvido um trabalho de identificação e priorização prévia dos riscos classificados como sendo mais críticos (determinados através da com-binação da probabilidade de ocorrência e potencial impacto e expressos numa matriz de riscos), e são definidas estratégias de gestão do risco com vista à implementação de procedimentos de controlo que o diminuam para um nível aceitável. neste sentido, a Sociedade, como se disse, inserida na estratégia mais ampla de gestão de risco do Grupo, tem vindo a proceder à implementação de atividades de con-trolo que permitem mitigar os riscos. O objetivo é maximizar o trade-off entre os riscos e as margens

Page 23: 2012§oes...as contas do exercício e demais documentos de prestação de contas, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012. estes documentos dão conhecimento sobre

RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, S.A. 23

de negócio de modo a atingir, de forma sustentada, os objetivos estratégicos do Grupo.

Para se poder efetuar a apreciação e ulterior mo-nitorização, através da sua organização interna, as diferentes áreas de gestão da empresa (desenvol-vimento de negócios, direção de Finanças, controlo de Gestão, Recursos Humanos, Serviços Jurídicos, etc.) identificam e avaliam os riscos que as suas decisões, nas respetivas áreas de intervenção e competência, envolvem e elencam as medidas que os possam prevenir ou minimizar. em função desse levantamento, acompanhado criticamente pela uni-dade central, são tomadas as decisões relativas ao negócio, país ou projeto em causa, designadamente a decisão de contratar ou não contratar ou das con-dições para a contratação.

enumeram-se, de seguida, alguns exemplos da abordagem sistematicamente efetuada.

no que respeita aos riscos de mercado, a postura tem sido de aprofundar as suas vertentes de inter-nacionalização e de diversificação.

Relativamente aos riscos financeiros, tem-se adota-do uma atitude conservadora e prudente, procuran-do evitar uma sobre-exposição a este tipo de riscos - sempre associados ao exercício normal e corrente da atividade e nunca assumindo posições em instru-mentos financeiros de natureza especulativa. como grandes linhas da atuação política do Grupo face aos riscos de caráter financeiro destacam-se:

a) no financiamento de operações específicas de elevado montante, a Sociedade estuda sempre a oportunidade de realização de operações de cober-tura (swaps) de taxa de juro, seguindo as seguintes políticas:

> A contratação destes instrumentos tem sempre como objetivo a cobertura do risco e não a espe-culação;

> A eficiência da cobertura atinge-se fazendo coincidir as datas dos fluxos de juros pagos no financiamento objeto da cobertura com as datas de liquidação ao abrigo do instrumento de cobertura e adotando o mesmo indexante no financiamento objeto de cobertura e no instru-mento de cobertura.

b) O risco da taxa de câmbio é o risco de o justo valor ou os fluxos de caixa dos instrumentos finan-ceiros virem a variar em resultado de alterações nas taxas de câmbio. O risco da taxa de câmbio advém principalmente da presença internacional da Socie-dade. no que respeita à cobertura do risco cambial,

as operações de cobertura têm sido esporádicas. no entanto, sempre que considerado adequado, a Sociedade contrata financiamentos em moeda es-trangeira e usa swaps de taxas de câmbio por forma a cobrir o risco.

c) As situações de risco de crédito apuradas à data de cada balanço são identificadas pelas áreas com-petentes e em função da antiguidade do crédito, perfil do risco do cliente, experiência recolhida e demais circunstâncias aplicáveis ao caso concreto, é revisto o registo de imparidades nas contas a re-ceber. Os valores em dívida dos clientes são perio-dicamente monitorizados e quando se justifique os fornecimentos são cobertos por garantias.

d) Para gerir o risco de liquidez a Sociedade mantém um equilíbrio entre o prazo e a flexibilidade do en-dividamento contratado através do uso de financia-mentos escalonados que encaixem com as necessi-dades de fundos. Para além disso, há contratos de apoio à tesouraria que permitem evitar a existência de roturas temporárias.

O objetivo da gestão do risco do capital é salvaguar-dar a continuidade das operações do Grupo e assim proporcionar retornos para os acionistas e benefí-cios para os restantes stakeholders, manter uma estrutura de capital sólida para apoiar o desenvolvi-mento do negócio.

O sistema de análise e gestão do risco é um pro-cesso interativo, que percorre todas as fases de um projeto, desde o seu levantamento potencial, em momento de pura prospeção, e até ao seu epílogo, em que todas as responsabilidades com ele relacio-nadas se mostram extintas. naturalmente que, na sua evolução, são erigidos alguns marcos essenciais de tomada de decisão mais alargada, quer para ava-liar se os potenciais riscos e a forma de os abordar se encaixam no perfil estratégico definido, quer para averiguar se os mecanismos e procedimentos de controlo estão a ser observados e se se mostram adequados. destacam-se o momento de prévia se-leção, o da apresentação de proposta ou outro tipo de resposta, a formalização contratual, o momento de arranque, a fase de execução, a sua conclusão e entrega e, quando aplicável, a extinção das obriga-ções de garantia.

Para a sua cabal gestão, são criados procedimentos de informação detalhada, com conteúdo adequado a cada fase, que permitirão fazer o acompanhamento atempado das diversas vicissitudes e agir em cima das ocorrências.

Page 24: 2012§oes...as contas do exercício e demais documentos de prestação de contas, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012. estes documentos dão conhecimento sobre

RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, S.A. 24

Todo o processo está aberto aos contributos de revisão e aperfeiçoamento que qualquer estrutura entenda propor e é objeto de reflexão e avaliação periódica envolvendo quer os serviços de apoio, quer as áreas operacionais.

complementarmente, pela Unidade de Auditoria in-terna, unidade que também funciona no âmbito do centro corporativo do Grupo em que a Sociedade se insere, são periodicamente realizadas ações de au-ditoria interna às principais atividades operacionais da Sociedade, com vista à melhoria da eficiência dos meios de controlo interno e dos respetivos proces-

sos de negócio. Pretende-se desta forma assegurar a monitorização do risco em cada uma das opera-ções, a implementação de medidas adequadas para mitigação dos riscos detetados e o acompanhamen-to da sua evolução.

A Sociedade tem reforçado as suas políticas de análise do risco de forma a estar melhor habilitada a responder às incertezas e vicissitudes que decorrem da adaptação da sua atividade à retração do merca-do nacional, com a consequente procura de alterna-tivas que potenciem as suas capacidades.

A estratégia de responsabilidade social corporativa e as iniciativas que dela derivam são implementadas no âmbito das linhas de orientação definidas para o Grupo Soares da costa, S.G.P.S., S.A., a holding do Grupo. O desempenho da empresa nesta temática e os factos relevantes decorridos no ano de 2012 encontram-se desenvolvidos em pormenor no Re-latório & contas do Grupo Soares da costa, S.G.P.S.,

ReSPOnSABiLidAde SOciAL cORPORATiVA

FAcTOS ReLeVAnTeS APÓS O TeRMO dO eXeRcÍciO

RecOnHeciMenTO

.6

.7

.8

S.A., dando-se destaque às iniciativas de responsa-bilidade social interna (que visam os colaboradores da empresa e seus familiares), responsabilidade social externa (em colaboração com entidades ex-ternas e comunidades envolventes das diferentes geografias onde a Soares da costa desenvolve as suas atividades) e responsabilidade ambiental.

com efeitos contabilísticos reportados a 1 de janei-ro de 2013, informa-se que se procedeu em 1 de março de 2013 ao registo definitivo da fusão por in-corporação na Sociedade de construções Soares da costa, S.A. (sociedade incorporante) da construções Metálicas Socometal, S.A. (sociedade incorporada).

esta operação, justificada pelo significativo abran-damento da atividade de construção em Portugal, tem por objetivos a racionalização operacional e de custos e, por outro lado, facilitar a internacionali-zação das atividades desenvolvidas pela Socometal no âmbito da diversidade geográfica operacional da Sociedade de construções Soares da costa, S.A..

Ao concluir o relatório sobre a atividade desenvolvi-da durante o exercício de 2012 o conselho de Admi-nistração aproveita a oportunidade para expressar os seus agradecimentos a todos as entidades pú-blicas e privadas que, direta ou indiretamente, têm apoiado e colaborado com a Sociedade. É gratifican-

te assinalar, em particular, o relacionamento de con-fiança com que os clientes, fornecedores e outros parceiros de negócio, nomeadamente instituições financeiras nos têm honrado.

Page 25: 2012§oes...as contas do exercício e demais documentos de prestação de contas, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012. estes documentos dão conhecimento sobre

RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, S.A. 25

Aos membros dos outros órgãos sociais, bem como aos nossos auditores, manifesta-se também o nosso reconhecimento pela forma e rigor com que exerceram as suas funções.

Finalmente, é merecedor de reconhecimento o ele-vado espírito de profissionalismo e sentido de dever dos colaboradores, sem cujo esforço e dedicação não seria possível a criação de valor de que a Socie-dade é responsável.

O conselho de Administração da Sociedade de construções Soares da costa, S.A., tendo presen-tes as demonstrações Financeiras do exercício que terminou em 31 de dezembro de 2012, propõe nos termos do disposto na alínea f) do artigo 66º do código das Sociedades comerciais, e no respeito

PROPOSTA de APLicAÇÃO de ReSULTAdOS.9pela legislação aplicável quanto à distribuição de bens sociais, nomeadamente os artigos 32º e 33º do mesmo diploma, que o resultado líquido indi-vidual negativo de 24.335.741 euros obtido pela Sociedade, seja transferido para resultados transi-tados.

Porto, 25 de março de 2013

António Manuel Pereira caldas de castro Henriques

Jorge domingues Grade Mendes

Pedro Gonçalo de Sotto Mayor de Andrade Santos

carlos Alberto Príncipe dos Santos

Luís Miguel Andrade Mendanha Gonçalves

Fernando Jorge Salas nogueira

Luís Filipe Pinto Teles

Page 26: 2012§oes...as contas do exercício e demais documentos de prestação de contas, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012. estes documentos dão conhecimento sobre

RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, S.A. 26

AneXO

GLOSSáRIO

neste Relatório são usadas abreviaturas e expres-sões correntes na linguagem financeira que têm o seguinte significado:

eBIt > Resultado Operacional

eBItdA > Meios Libertos Operacionais, correspon-dente à soma do Resultado Operacional, Amortiza-ções do exercício, Ajustamentos de Valor e Provi-sões do exercício (líquidos de reversões)

Vn > Volume de negócios, correspondente à soma das Vendas, Prestações de Serviços e proveitos su-plementares

PO > Proveitos Operacionais englobando para além do Vn as restantes rubricas de proveitos operacio-nais, designadamente a variação da produção e tra-balhos para a própria empresa

Pc&ne > Políticas contabilísticas e notas explicativas

net-deBt > endividamento líquido remunerado: Valor das contas de passivo respeitantes a fontes de finan-ciamento remuneradas, líquido das disponibilidades.

óRGÃOS SOcIAIS

Os órgãos sociais da Sociedade de construções Soares da costa, S.A. à data do início do exercício tinham a seguinte composição válida para o manda-to (2010-2012):

MesA dA AsseMBleIA-geRAl

Presidente > Jorge Manuel Oliveira AlvesSecretário > Pedro Miguel Tigre Falcão Queirós

cOnselHO de AdMInIstRAçãO

Presidente > António Manuel Pereira caldas decastro HenriquesVice-Presidente > Jorge domingues Grade MendesVogais > Pedro Gonçalo de Sotto Mayor de Andrade SantosPaulo eugénio Peixoto Ferreiracarlos Alberto Príncipe dos SantosRoberto António Pereira PisoeiroLuís Miguel Andrade Mendanha GonçalvesAntónio José cadete Paisana Ferreira

fIscAl ÚnIcO

Efetivo > BdO & Associados, SROc, Lda., SROc nº 29,niPc 501 340 467, representada por Paulo Jorge de Sousa Ferreira, ROc nº 781Suplente > nuno Miguel Loureiro Marques Vasconce-los Magina, ROc nº 1226

A composição do conselho de Administração sofreu algumas alterações durante o exercício, tendo re-nunciado os administradores Paulo eugénio Pei-xoto Ferreira (renúncia por carta recebida em 22 de março), António José cadete Paisana Ferreira e Roberto António Pereira Pisoeiro (por cartas de re-núncia recebidas em 14 de maio) e sido designados por deliberação de 1 de junho de 2012 como vogais do conselho de Administração: Fernando Jorge Salas nogueira e Luís Filipe Pinto Teles.

Assim, à data deste Relatório é a seguinte a compo-sição do conselho de Administração:

cOnselHO de AdMInIstRAçãO

Presidente > António Manuel Pereira caldas decastro HenriquesVice-Presidente > Jorge domingues Grade MendesVogais > Pedro Gonçalo de Sotto Mayor de Andrade Santoscarlos Alberto Príncipe dos SantosLuís Miguel Andrade Mendanha GonçalvesFernando Jorge Salas nogueiraLuís Filipe Pinto Teles

Page 27: 2012§oes...as contas do exercício e demais documentos de prestação de contas, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012. estes documentos dão conhecimento sobre

RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, S.A. 27

AcIOnIStAS

O capital social da Sociedade de construções Soares da costa, S.A., é no valor de 66.404.000 de euros, representado por 13.280.800 ações ordinárias, ao portador, de valor nominal unitário de 5 euros, sendo totalmente detido pela Soares da costa cons-trução, S.G.P.S., S.A., sociedade gestora das parti-cipações sociais da área de negócios da construção do Grupo Soares da costa.

desde já se informa, em cumprimento do disposto na alínea d) do número 5 do artigo 66º do código das Sociedades comerciais, que a Sociedade não detém nem transacionou no exercício findo quais-quer ações próprias.

ORGAnIZAçÃO IntERnA

Todos os membros que constituem o conselho de Ad-ministração têm funções executivas, repartindo a coor-denação das várias áreas de negócios da Sociedade.

O organograma representativo da estrutura orga-nizativa da Sociedade de construções Soares da costa, S.A. é o que consta da página seguinte.

OutRAS InfORMAçÕES LEGAIS

díVIdAs AO estAdO e à seguRAnçA sOcIAlÀ data do encerramento do balanço a empresa não tem dívidas em mora ao estado, resultantes de li-quidação de impostos ou de contribuições para a Segurança Social.

negócIOs cOM A sOcIedAdedurante o exercício não se registaram negócios entre a Sociedade e os seus administradores, que justifiquem referência.

Page 28: 2012§oes...as contas do exercício e demais documentos de prestação de contas, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012. estes documentos dão conhecimento sobre

RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, S.A. 28

PRESIDENTE

António castro Henriques

VICE-PRESIDENTE

Jorge Grade Mendes

CEO

Luís Mendanha

DESENVOLVIMENTO DE NEGÓCIOS

fernando nogueira

OPERAÇÕES 2

carlos Santos

OPERAÇÕES 1

Luís teles

VOGAL

Gonçalo Andrade Santos

DIREÇÃO TÉCNICO-COMERCIALLino costa Pereira

DIREÇÃO GERAL TÉCNICA ERECURSOS DE PRODUÇÃOLuís Afonso

CONTROLO DE GESTÃOcosta Alves

Page 29: 2012§oes...as contas do exercício e demais documentos de prestação de contas, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012. estes documentos dão conhecimento sobre

RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, S.A. 29

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS, POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS E NOTAS EXPLICATIVAS

Reforço de Potência da Barragem do Alqueva Portugal

portfolio completo disponível em: www.portfolio.soaresdacosta.pt

Page 30: 2012§oes...as contas do exercício e demais documentos de prestação de contas, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012. estes documentos dão conhecimento sobre

RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, S.A. 30

dEMOnStRAçÃO IndIVIduAL dA POSIçÃO fInAncEIRA EM 31 dE dEZEMBRO dE 2012 E 31 dE dEZEMBRO dE 2011

(Valores em milhares de euros)

AtIVO notas 31 deZ 12 31 deZ 11

nãO cORRente

Ativos fixos tangíveis 7 e 8

Terrenos 4.800.554 4.800.554

edifícios 64.254.647 68.154.584

equipamento básico 41.030.506 47.108.996

equipamento transporte 7.622.023 9.067.991

equipamento administrativo 1.816.563 2.275.255

Outros ativos fixos tangíveis 11.000 36.256

Ativos fixos tangíveis em curso 5.116.088 3.068.157

124.651.381 134.511.792

Investimentos financeiros 9 e 10

Participações de capital em subsidárias 283.382 20.622

empréstimos concedidos a subsidárias 257.886 257.886

Participações de capital em associadas 63.359 63.359

empréstimos concedidos a associadas 7.663.425 2.970.019

Outros investimentos financeiros 10 10

8.268.061 3.311.896

Ativos por impostos diferidos 27 607.308 1.051.219

Dívidas de terceiros

clientes retenções de garantia 30 25.310.652 24.373.301

Outros ativos não correntes 570.000 -

TOTAL DO ATIVO NÃO CORRENTE 159.407.403 163.248.208

cORRente

Inventários 12 e 21

Matérias primas subsidiárias e de consumo 11.720.835 13.910.879

Produtos acabados e intermédios 20.778.204 20.778.204

Produtos e trabalhos em curso 7.817.822 26.837.389

40.316.861 61.526.471

Dívidas de terceiros 13, 21 e 30

clientes 344.860.053 397.010.299

Adiantamentos a fornecedores 16.463.487 14.343.537

estado e outros entes públicos 3.431.530 5.804.979

empresas do Grupo, Associadas e Participadas 192.780.843 54.367.942

Outras dívidas de terceiros 8.908.897 9.839.559

566.444.810 481.366.316

Outros ativos correntes 14 85.349.082 61.272.973

Caixa e seus equivalentes 15 53.691.834 39.358.235

TOTAL DO ATIVO CORRENTE 745.802.587 643.523.995

TOTAL DO ATIVO 22 905.209.990 806.772.204

Page 31: 2012§oes...as contas do exercício e demais documentos de prestação de contas, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012. estes documentos dão conhecimento sobre

RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, S.A. 31

dEMOnStRAçÃO IndIVIduAL dA POSIçÃO fInAncEIRA EM 31 dE dEZEMBRO dE 2012 E 31 dE dEZEMBRO dE 2011

(Valores em milhares de euros)

cAPItAl PRóPRIO e PAssIVO notas 31 deZ 12 31 deZ 11

cAPItAl PRóPRIO

Capital realizado 1 66.404.000 50.000.000

Reservas e resultados transitados

Prémios de emissão 22.174.402 22.174.402

Reservas legais 4.809.001 4.200.058

excedentes de revalorização 35.796.508 35.823.889

Outras reservas 34.666.432 9.335.168

Resultados transitados (5.458.255) (5.485.637)

Resultado líquido do período (24.335.741) 12.178.856

TOTAL DO CAPITAL PRóPRIO 16 134.056.347 128.226.736

PAssIVO

nãO cORRente

Provisões 21 572.481 15.000

Financiamentos obtidos 18

empréstimos bancários 238.946.269 63.469.487

238.946.269 63.469.487

Dívidas a terceiros

Fornecedores retenções de garantia 30 12.979.034 9.706.410

Fornecedores de investimentos 11 100.912 617.939

Adiantamentos de clientes 30 11.114.936 19.570.325

24.194.882 29.894.674

Passivos por impostos diferidos 27 13.022.918 10.756.814

TOTAL DO PASSIVO NÃO CORRENTE 276.736.550 104.135.975

cORRente

Financiamentos obtidos 18

empréstimos bancários 133.457.498 134.322.067

Outros financiamentos obtidos 685.659 37.005.321

134.143.157 171.327.388

Dívidas a terceiros

Fornecedores 30 189.144.179 174.542.189

Fornecedores de investimentos 11 845.919 2.277.351

Adiantamentos de clientes 30 63.434.728 72.815.925

estado e outros entes públicos 19 1.692.520 2.058.065

empresas do Grupo, Associadas e Participadas 19 108.711 8.180.059

Outros dívidas a terceiros 19 34.421.401 37.101.488

289.647.457 296.975.077

Instrumentos financeiros derivados 27 - 1.190.357

Outros passivos correntes 20 70.626.480 104.916.669

TOTAL DO PASSIVO CORRENTE 494.417.093 574.409.492

TOTAL DO PASSIVO 771.153.643 678.545.467

TOTAL DO CAPITAL PRóPRIO E PASSIVO 905.209.990 806.772.204

Page 32: 2012§oes...as contas do exercício e demais documentos de prestação de contas, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012. estes documentos dão conhecimento sobre

RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, S.A. 32

dEMOnStRAçÃO IndIVIduAL dOS RESuLtAdOS SEPARAdA PARA OS PERíOdOS fIndOS EM 31 dE dEZEMBRO dE 2012 E 2011

(Valores em milhares de euros)

deMOnstRAçÕes dOs ResultAdOs notas 31 deZ 12 31 deZ 11

Vendas e prestação de serviços (Volume de negócios) 22 520.046.624 605.677.038

Variação nos inventários da produção (18.882.260) (19.107.345)

Outros rendimentos e ganhos operacionais

Subsídios à exploração 40.756 -

Trabalhos para a própria entidade 7 2.589.319 6.793.682

Reversões de imparidades 492.246 -

Outros rendimentos e ganhos 23 4.800.802 15.442.323

RENDIMENTOS E GANHOS OPERACIONAIS 509.087.486 608.805.698

Custo das mercadorias vendidas e matérias consumidas (75.754.905) (97.662.156)

Fornecimentos e serviços externos 25 (311.501.464) (369.861.690)

Gastos com o pessoal 24 (83.832.716) (83.097.026)

Gastos de depreciação e de amortização e perdas de imparidade

6 e 7 (12.229.214) (12.329.052)

Provisões e ajustamentos de justo valor 21 (16.753.601) (1.363.816)

Outros gastos e perdas operacionais

impostos (5.947.362) (4.847.497)

Outros gastos e perdas 23 (5.284.325) (7.817.243)

GASTOS E PERDAS OPERACIONAIS (511.303.586) (576.978.481)

Resultado operacional das atividades continuadas (2.216.099) 31.827.217

Custo líquido do financiamento

Juros obtidos 15.261.074 5.789.104

Juros suportados (30.454.696) (14.928.587)

(15.193.622) (9.139.483)

Ganhos e perdas em empresas associadas

0 0

Outros ganhos e perdas financeiras

Outros ganhos financeiros 6.195.529 29.102.223

Rendimentos de participações de capital 160.000 20.000

Outras perdas financeiras (19.296.018) (33.273.687)

(12.940.489) (4.151.465)

Resultado financeiro 26 (28.134.111) (13.290.948)

RESULTADO ANTES DE IMPOSTOS (30.350.210) 18.536.269

Imposto sobre o rendimento do período 27 6.014.469 (6.357.413)

RESULTADO LíQUIDO DO PERíODO (24.335.741) 12.178.856

Resultado por ação das atividades continuadas

Básico (1,832) 1,218

diluído (1,832) 1,218

Resultado por ação

Básico (1,832) 1,218

diluído (1,832) 1,218

Page 33: 2012§oes...as contas do exercício e demais documentos de prestação de contas, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012. estes documentos dão conhecimento sobre

RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, S.A. 33

dEMOnStRAçÃO IndIVIduAL dO REndIMEntO IntEGRAL PARA OS PERíOdOS fIndOS EM 31 dE dEZEMBRO dE 2012 E 2011

(Valores em milhares de euros)

notas 31 deZ 12 31 deZ 11

Resultado Líquido do período (24.335.741) 12.178.856

Outros rendimentos integrais

diferenças cambiais decorrentes da transposição de demonstrações financeiras expressas em moeda estrangeira

- -

Variação no justo valor de instrumentos financeiros derivados 27 1.190.357 147.636

Variação nos impostos diferidos de instrumentos financeiros derivados 27 (345.204) (42.814)

Outras variações - -

TOTAL RENDIMENTO INTEGRAL (23.490.588) 12.283.678

dEMOnStRAçÃO IndIVIduAL dAS ALtERAçÕES nO cAPItAL PRóPRIO PARA OS PERíOdOS fIndOS EM 31 dE dEZEMBRO dE 2012 E 2011

(Valores em milhares de euros)

Rubrica capital realizado

Reservas e resultados

transitados

derivados de cobertura

Prémios de emissão

Outros total dos capitais próprios

Saldo a 1/jan/2012 50.000.000 56.897.447 (845.153) 22.174.402 41 128.226.736

dividendos (9.600.000) (9.600.000)

Ações próprias -

Outros (fusão por incorporação da contacto) 16.404.000 22.516.197 38.920.197

Rendimento integral (24.335.741) 845.153 - - (23.490.587)

Saldo a 31/dez/2012 66.404.000 45.477.904 - 22.174.402 41 134.056.347

Rubrica capital realizado

Reservas e resultados

transitados

derivados de cobertura

Prémios de emissão

Outros total dos capitais próprios

Saldo a 1/jan/2011 50.000.000 51.218.591 (949.975) 22.174.402 41 122.443.058

dividendos (6.500.000) (6.500.000)

Ações próprias -

Outros -

Rendimento integral 12.178.856 104.822 - 12.283.678

Saldo a 31/dez/2011 50.000.000 56.897.447 (845.153) 22.174.402 41 128.226.736

Page 34: 2012§oes...as contas do exercício e demais documentos de prestação de contas, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012. estes documentos dão conhecimento sobre

RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, S.A. 34

dEMOnStRAçÃO IndIVIduAL dOS fLuXOS dE cAIXA PARA OS PERíOdOS fIndOS EM 31 dE dEZEMBRO dE 2012 E 2011

(Valores em milhares de euros)

notas 31 deZ 12 31 deZ 11

Atividades operacionais:

Recebimentos de clientes 463.800.860 575.170.641

Pagamentos a fornecedores (413.058.556) (440.987.139)

Pagamentos ao pessoal (78.443.738) (74.945.984)

(27.701.434) 59.237.517

Pagamento /recebimento do imposto s/o rendimento (9.162.320) (5.736.100)

Outros recebimentos/pagamentos relativos à atividade operacional

(2.651.242) (11.776.203)

(11.813.562) (17.512.303)

FLUxOS DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS (39.514.996) 41.725.215

Atividades de investimento

Recebimentos provenientes de:

investimentos financeiros 13 226.061.689 108.612.992

Ativos fixos tangíveis 4.123.283 264.633

Juros e ganhos similares 128.493 183.478

dividendos 31 230.313.496 15.708 109.076.811

Pagamentos respeitantes a:

investimentos financeiros 13 277.693.183 138.835.212

Ativos intangíveis - -

Ativos fixos tangíveis 1.743.339 279.436.522 1.164.005 139.999.217

FLUxOS DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO (49.123.026) (30.922.405)

Atividades de financiamento

Recebimentos provenientes de:

empréstimos obtidos 813.412.123 196.102.903

Juros obtidos 7.637.932 821.050.055 2.381.493 198.484.396

Pagamentos respeitantes a:

empréstimos obtidos 678.215.563 185.635.788

Amortização de contratos de locação financeira 2.391.414 6.498.582

dividendos 12.550.000 6.500.000

Juros e gastos similares 24.925.910 718.082.887 12.776.231 211.410.601

FLUxOS DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO 102.967.168 (12.926.205)

Variação de caixa e seus equivalentes 14.329.146 (2.123.396)

Efeito das diferenças de câmbio (14.094) (1.752.047)

Efeito das alterações de participação 18.547 -

Caixa e seus equivalentes no início do período 39.358.235 43.233.676

Caixa e seus equivalentes no fim do período 53.691.834 39.358.235

Page 35: 2012§oes...as contas do exercício e demais documentos de prestação de contas, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012. estes documentos dão conhecimento sobre

RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, S.A. 35

ELEMENTOS IDENTIFICATIVOS

> DENOMINAÇÃO SOCIAL: Sociedade de construçõesSoares da costa, S.A.

> NÚMERO DE MATRíCULA NA CONSERVATóRIADO REGISTO COMERCIAL DO PORTO E DE PESSOA COLETIVA: 505 924 170

> SEDE SOCIAL: Rua de Santos Pousada, 2204000 – 478 Porto

> OBjETO SOCIAL: exploração da indústria deconstrução civil e Obras Públicas, Atividades conexas e Acessórias, Aquisição e disposição de imóveis

> DESIGNAÇÃO DA EMPRESA-MÃE: Soares da costaconstrução, S.G.P.S., S.A.

> SEDE DA EMPRESA-MÃE: Rua de Santos Pousada,220, 4000−478 Porto

A Sociedade foi constituída em 30 de dezembro de 2002, por escritura pública celebrada no 4º cartório notarial do Porto, resultando do trespasse da ativi-dade de construção da então “ Sociedade de cons-truções Soares da costa, S.A.”, niPc 500 265 763 que, na mesma data, procedeu à alteração da sua denominação para “Grupo Soares da costa, S.G.P.S., S.A.” e do respetivo objeto social para “ Gestão de Participações Sociais”. Os elementos ativos e passi-vos foram transferidos pelos valores contabilísticos

POLítIcAS cOntABILíStIcAS E nOtAS EXPLIcAtIVAS EM 31 dE dEZEMBRO dE 2012

.1 nOTA inTROdUTÓRiA

que figuravam anteriormente nas contas da empre-sa trespassante, tendo-se seguido o regime de neu-tralidade fiscal estabelecido no código do iRc.

em 18 de maio de 2012 foi registada a operação de fusão por incorporação da sociedade contacto – Sociedade de construções, S.A. na Sociedade de construções Soares da costa, S.A.. esta fusão ocor-reu no âmbito do processo de reestruturação interno do Grupo Soares da costa e retroagiu os seus efei-tos contabilísticos e fiscais a 1 de janeiro de 2012. A fusão realizou-se mediante a transferência global do património da contacto para a Sociedade de constru-ções Soares da costa, S.A., ou seja na modalidade de fusão por incorporação prevista na alínea a) do núme-ro 4 do artigo 97º do código das Sociedades comer-ciais. em virtude desta fusão, o capital social da em-presa foi aumentado em 16. 404.000 euros, median-te a emissão de 3.280.800 ações, enquanto a dife-rença de 22.516.197 euros, entre o valor contabilís-tico do património recebido pela Sociedade de cons-truções Soares da costa, S.A. (38.920.197 euros) e o valor nominal destas ações, foi considerado na ru-brica Outras Reservas.

O património integrado na Sociedade de constru-ções Soares da costa, S.A. com referência a 1 de ja-neiro de 2012 em resultado desta fusão decompõe--se da seguinte forma:

AtIVO 01 jan 12 cAPItAl PRóPRIO e PAssIVO 01 jan 12

nãO cORRente cAPItAl PRóPRIO 38.920.197

Ativos intangíveis 8.557 PAssIVO nãO cORRente

Ativos fixos tangíveis 30.311 Provisões 521.952

Ativos por impostos diferidos 148.018 Outras dívidas a terceiros 5.056.922

dívidas de terceiros 1.396.182 Passivos por impostos diferidos 4.174.067

TOTAL DO ATIVO NÃO CORRENTE 1.583.068 TOTAL DO PASSIVO NÃO CORRENTE 9.752.941

cORRente PAssIVO cORRente

inventários 21.822 Financiamentos obtidos 7.905.543

dívidas de terceiros 92.070.630 dívidas a terceiros 28.496.440

Outros ativos correntes 722.975 Outros passivos correntes 9.340.764

caixa e seus equivalentes 17.390 TOTAL DO PASSIVO CORRENTE 45.742.747

TOTAL DO ATIVO CORRENTE 92.832.817 TOTAL DO PASSIVO 55.495.688

TOTAL DO ATIVO 94.415.885 TOTAL DO CAPITAL PRóPRIO E PASSIVO 94.415.885

Os valores monetários referidos nas notas são apresentados em unidades de euro.

Page 36: 2012§oes...as contas do exercício e demais documentos de prestação de contas, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012. estes documentos dão conhecimento sobre

RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, S.A. 36

.2 ReFeRenciAL cOnTABiLÍSTicO de PRePARAÇÃO dAS deMOnSTRAÇÕeS FinAnceiRAS

A empresa faz parte integrante do grupo de conso-lidação cuja empresa-mãe, Grupo Soares da costa, S.G.P.S., S.A., elabora contas consolidadas desde 2004 em conformidade com as normas internacio-nais de Relato Financeiro (iAS/iFRS) tal como adota-das na União europeia.

Assim, ao abrigo do nº 1 do art. 4º do dL 158/2009, de 13 de julho, optou pela elaboração das demonstrações financeiras individuais em con-formidade com estas normas internacionais.

As seguintes normas, emendas e interpretações são efetivas pela primeira vez com referência a 1 dejaneiro de 2012:

> IFRS 7 (ALTERAÇÃO) - instrumentos Financeiros:divulgações;

> IFRS 12 (ALTERAÇÃO) - divulgação de interesses emoutras entidades;

> IFRS 1 (ALTERAÇÃO) - Adoção pela primeira vez das iFRS.

O efeito nas demonstrações financeiras da Socieda-de de construções Soares da costa, S.A. no exercício findo em 31 de dezembro de 2012, decorrente das normas, interpretações, alterações e revisões acima referidas, quando aplicável, não foi significativo.

Ao nível das normas ou interpretações emitidas pelo iASB mas ainda não efetivas neste exercício, são de salientar as seguintes:

norma / Interpretação Alteraçãodata de Aplicação

(efRAg)

Apresentação de itens de outro rendimento integral emenda à iAS 1 01/07/2012

Benefícios aos empregados emenda à iAS 19 01/01/2013

compensação de ativos financeiros e passivos financeiros emenda à iFRS 7 01/01/2013

compensação de ativos financeiros e passivos financeiros emenda à iAS 32 01/01/2014

divulgações sobre a transição para o iFRS 9 emenda à iFRS 7 01/01/2015

Subsídios do Governo emenda à iFRS 1 01/01/2013

iFRic 20 - custos de remoção na fase de produção de uma mina de superfície

nova norma 01/01/2013

iFRS 9 - Ativos Financeiros - classificação e mensuração nova norma 01/01/2015 (*)

iFRS 10 - demonstrações financeiras consolidadas nova norma 01/01/2014

iFRS 11 - Acordos conjuntos nova norma 01/01/2014

iFRS 12 - divulgação de interesses em outras entidades nova norma 01/01/2014

iFRS 13 - Justo valor: mensuração e divulgação nova norma 01/01/2013

iAS 27 - demonstrações financeiras separadas Revisão da norma 01/01/2014

iAS 28 - investimentos em associadas e empreendimentos conjuntos Revisão da norma 01/01/2014

(*) De acordo com relatório do EFRAF de 5 março de 2013 - “The EU endorsement status report”, não é expetável o endosso antes da data efetiva.

A Sociedade de construções Soares da costa, S.A. não concluiu ainda o apuramento de todos os impactos decorrentes da aplicação das normas antes mencionadas.

Page 37: 2012§oes...as contas do exercício e demais documentos de prestação de contas, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012. estes documentos dão conhecimento sobre

RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, S.A. 37

As principais políticas contabilísticas adotadas na preparação das demonstrações financeiras são as seguintes:

BASES DE APRESENTAÇÃO

As demonstrações financeiras foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos livros e registos contabilísticos da empresa, os quais estão em conformidade com as normas inter-nacionais de Relato Financeiro tal como adotadas na União europeia.

na preparação das demonstrações financeiras anexas foram utilizadas estimativas que afetam as quantias reportadas de ativos e passivos, assim como as quantias reportadas de rendimentos e

.3 PRinciPAiS POLÍTicAS cOnTABiLÍSTicAS

3.1

3.2

3.3

gastos durante o período de reporte. Todas as es-timativas e assunções efetuadas pelo conselho de Administração foram efetuadas com base no melhor conhecimento existente à data de aprovação das demonstrações financeiras dos eventos e transa-ções em curso.

O conselho de Administração da empresa enten-de que as demonstrações financeiras anexas e as notas que se seguem asseguram uma adequada apresentação da informação financeira.

ATIVOS INTANGíVEIS

Os ativos intangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das amortizações acumuladas e perdas de imparidade. Os ativos in-tangíveis só são reconhecidos se for provável que deles advenham benefícios económicos futuros para a empresa, sejam controláveis por ela e se possa medir razoavelmente o seu valor.

As amortizações do exercício dos ativos intangíveis são registadas na demonstração dos resultados na rubrica “ Gastos de depreciação e de amortizações e perdas de imparidade”. O método de amortização utilizado nos ativos intangíveis com vida útil finita é o método das quotas constantes, tendo-se con-siderado para estes ativos um período de vida útil compreendido entre 3 e 5 anos.

ATIVOS FIxOS TANGíVEIS

Os ativos fixos tangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição ou custo de aquisição rea-valiado, deduzido de depreciações acumuladas e perdas de imparidade.

As depreciações são calculadas pelo método das quotas constantes, por duodécimos, de acordo com as seguintes períodos de vida útil estimada:

Vida Útil

edifícios 8 - 100

equipamento básico 2 - 20

Outros ativos tangíveis 3 - 10

Os ativos fixos tangíveis em curso encontram-se registados ao custo de aquisição ou produção, de-duzido de eventuais perdas de imparidade.

As mais ou menos valias resultantes da venda ou abate do ativo fixo tangível são determinadas pela diferença entre o preço de venda e o valor líquido contabilístico na data de alienação/abate, sendo registadas na demonstração dos resultados, como “outros rendimentos e ganhos” ou “outros gastos e perdas”.

Page 38: 2012§oes...as contas do exercício e demais documentos de prestação de contas, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012. estes documentos dão conhecimento sobre

RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, S.A. 38

ATIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS

a) Investimentos financeirosOs investimentos financeiros são reconhecidos na data em que são transferidos substancialmente os riscos e vantagens inerentes aos mesmos. São inicialmente registados pelo seu valor de aquisi-ção, que é o justo valor do preço pago incluindo despesas de transação.

É feita uma avaliação dos investimentos quando existem indícios de que o Ativo possa estar em imparidade, sendo registado como custo na de-monstração de resultados as perdas de imparida-de que se demonstrem existir.

Os investimentos financeiros classificam-se em investimentos detidos até à maturidade e inves-timentos mensurados ao justo valor através de resultados.

Após o reconhecimento inicial, os investimentos mensurados ao justo valor através de resultados são mensurados pelo seu justo valor sem qual-quer dedução de custos da transação em que se possa incorrer na venda. Os investimentos em instrumentos de capital próprio não admitidos à cotação em mercados regulamentados, e para os quais não é possível estimar com fiabilidade o seu justo valor, são mantidos ao seu custo de aquisi-ção deduzido de eventuais perdas de imparidade.

Os investimentos financeiros em empresas do Grupo e associadas, encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido quando aplicável, de perdas de imparidade.

Os ganhos ou perdas resultantes da alteração no justo valor dos investimentos mensurados ao justo valor através de resultados são registados na demonstração dos resultados do exercício.

b) dívidas de terceirosAs dívidas de terceiros são registadas pelo seu valor nominal deduzido de eventuais perdas de

3.4

3.5

imparidade, reconhecidas na rubrica de perdas de imparidade em contas a receber, para que as mesmas reflitam o seu valor realizável líquido.

c) empréstimosOs empréstimos são registados no passivo e mensurados ao custo amortizado (utilizando o método da taxa de juro efetiva). As despesas com a emissão desses empréstimos são regista-das como uma dedução à dívida e reconhecidas ao longo do período de vida do empréstimo, de acordo com o método da taxa de juro efetiva.

Os encargos financeiros com juros bancários e despesas similares (nomeadamente imposto de Selo), são registados na demonstração dos resul-tados de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, encontrando-se os montantes vencidos e não liquidados, à data do balanço, clas-sificados na rubrica “Outros passivos correntes”.

d) dívidas a terceirosAs dívidas a terceiros encontram-se registadas pelo seu valor nominal. Usualmente estas dívidas a terceiros não vencem juros.

e) letras descontadas e contas a receber cedi-das em “factoring”As letras descontadas e as contas a receber ce-didas em factoring (com recurso) encontram-se apresentadas no ativo pelo seu valor nominal e no passivo pelo adiantamento já recebido.

Os encargos com juros são reconhecidos de acordo com o princípio da especialização dos exercícios.

f) caixa e seus equivalentesOs montantes incluídos na rubrica “caixa e seus equivalentes” correspondem aos valores de caixa, depósitos à ordem e depósitos a prazo e outras aplicações de tesouraria de curto prazo.

LOCAÇõES

Os contratos de locação são classificados como:

> locações financeiras, se através deles forem tran-feridos substancialmente todos os riscos e vanta-gens inerentes à posse;

> locações operacionais, se através deles não foremtransferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse.

A classificação das locações em financeiras ou ope-racionais é feita em função da substância e não da forma do contrato.

Os ativos imobilizados adquiridos mediante contra-tos de locação financeira são registados pelo seu valor no ativo e as respetivas responsabilidades no

Page 39: 2012§oes...as contas do exercício e demais documentos de prestação de contas, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012. estes documentos dão conhecimento sobre

RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, S.A. 39

passivo. As amortizações destes ativos calculadas em conformidade com o descrito em 3.3 supra são registadas em gastos de depreciações e amortiza-ções do exercício.

A parcela de capital incluída nas rendas pagas é re-gistada como redução daquelas responsabilidades e

os juros incluídos nessas rendas são registados como custos financeiros do exercício a que respeitam.

nas locações consideradas como operacionais, as ren-das devidas são reconhecidas como gasto na demons-tração dos resultados durante o período do contrato de locação na rubrica “Fornecimentos e serviços externos”.

INVENTáRIOS

As mercadorias, as matérias-primas, subsidiárias e de consumo são valorizadas ao menor do custo de aquisição ou do valor realizável líquido. O método de custeio utilizado na movimentação das matérias--primas, subsidiárias e de consumo é o custo médio ponderado.

Os produtos acabados e semiacabados, os subpro-dutos e os produtos e trabalhos em curso são valo-

3.6

3.7

3.8

rizados ao menor do custo de produção ou do valor realizável líquido. Os custos de produção incluem o custo da matéria-prima incorporada, mão-de-obra direta e gastos gerais de fabrico. O método de cus-teio é o custo médio.

O valor realizável líquido corresponde ao preço de venda normal deduzido dos gastos para terminar a produção e dos custos de comercialização.

ENCARGOS FINANCEIROS COM EMPRéSTIMOS OBTIDOS

Os encargos financeiros relacionados com emprés-timos obtidos são geralmente reconhecidos como gasto de acordo com o princípio da especialização

dos exercícios. estes encargos são capitalizados quando associados a ativos qualificáveis de acordo com a iAS 23.

IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO

O imposto corrente sobre o rendimento é calculado com base nos resultados tributáveis de acordo com as regras fiscais em vigor.

Os impostos diferidos referem-se às diferenças temporárias entre os montantes dos ativos e passi-vos para efeitos de reporte contabilístico e os res-petivos montantes para efeitos de tributação.

Os ativos e passivos por impostos diferidos são cal-culados e anualmente avaliados utilizando as taxas de tributação que se esperam estar em vigor à data da reversão das diferenças temporárias.

Os ativos por impostos diferidos são registados uni-

camente quando existem expetativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para os utilizar. na data de cada balanço é efetuada uma reapreciação das diferenças temporárias subjacentes aos ativos por impostos diferidos no sentido de reconhecer ativos por impostos diferidos não registados ante-riormente por não terem preenchido as condições para o seu registo e/ou para reduzir o seu montante, em função da expetativa atual da sua recuperação futura.

Os impostos diferidos são registados como gasto ou rendimento do exercício, exceto se resultarem de montantes registados diretamente em capital pró-prio, situação em que o imposto diferido é também registado na mesma rubrica.

APRESENTAÇÃO DE BALANÇO

Os ativos realizáveis e os passivos exigíveis a mais de um ano da data do balanço são apresentados, respetivamente, como ativos e passivos não correntes.

3.9

Page 40: 2012§oes...as contas do exercício e demais documentos de prestação de contas, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012. estes documentos dão conhecimento sobre

RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, S.A. 40

RECONHECIMENTO DE GASTOS E RENDIMENTOS

Os rendimentos relativos a vendas e prestações de serviços em geral são reconhecidos com a sua rea-lização.

Os rendimentos financeiros relacionados com a mora no pagamento por parte dos clientes são reconhecidos quando há significativa evidência da sua cobrabilidade.

Os dividendos são reconhecidos como rendimentos no exercício em que são atribuídos.

a) contratos de construçãoPara o reconhecimento dos rendimentos e gastos dos contratos de construção, foi adotado o método da percentagem de acabamento. de acordo com este método, os rendimentos direta-mente relacionados com as obras em curso são reconhecidos na demonstração dos resultados em função da sua percentagem de acabamento, a qual é determinada pelo rácio entre os custos incorridos até à data do balanço e os custos totais estimados das obras. As diferenças entre os proveitos apurados através da aplicação deste método e a faturação emitida são conta-bilizadas nas rubricas “Outros ativos correntes” ou “Outros passivos correntes”, consoante a natureza da diferença. Os rendimentos e gastos relativos à promoção imobiliária são diferidos no balanço até que a respetiva execução esteja total ou substancialmente terminada.

As variações nos trabalhos face à quantia de rédito acordada no contrato são reconhecidas no resultado do exercício quando é fortemente provável que o cliente aprove a quantia de rédito

3.10

3.11

proveniente da variação, e que esta possa ser mensurada com fiabilidade.

As reclamações para reembolso de gastos não incluídos no preço do contrato são incluídas no rédito do contrato quando as negociações atin-jam um estágio avançado de tal forma que é pro-vável que o cliente aceite a reclamação, e que é possível mensurá-la com fiabilidade.

b) empreendimentos imobiliáriosO reconhecimento das vendas de empreendimen-tos imobiliários é efetuado no momento em que legalmente ocorre a transferência de propriedade ou, excecionalmente, quando a posse ou riscos inerentes ao imóvel são transmitidas ao promitente comprador e se considera a venda irreversível.

c) gastos com a preparação de propostasOs gastos com a preparação de propostas são reconhecidos na demonstração dos resultados do exercício em que são incorridos, em virtude do desfecho da proposta não ser controlável.

d) especializações dos exercíciosA empresa regista os seus rendimentos e gastos de acordo com o princípio da especialização dos exercícios pelo qual as receitas e despesas são reconhecidas à medida que são geradas indepen-dentemente do momento em que são recebidas ou pagas. As diferenças entre os montantes re-cebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas geradas são registadas nas rubricas “Outros ativos correntes” ou “Outros passivos correntes”, consoante a natureza da diferença.

SALDOS E TRANSAÇõES ExPRESSOS EM MOEDA ESTRANGEIRA

As transações em outras divisas que não euro são registadas às taxas em vigor na data da transação.

em cada data de balanço, os ativos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira são convertidos para euro utilizando as taxas de câmbio vigentes naquela data.

As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavorá-veis, originadas pelas diferenças entre as taxas de

câmbio em vigor na data das transações e as vigen-tes na data das cobranças, pagamentos ou à data do balanço, foram registadas como “Outros ganhos e perdas financeiros” na demonstração dos resulta-dos do exercício.

As principais cotações utilizadas das rubricas incluí-das no balanço foram as seguintes:

Page 41: 2012§oes...as contas do exercício e demais documentos de prestação de contas, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012. estes documentos dão conhecimento sobre

RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, S.A. 41

câMBIO MédIO de cOMPRA e VendA eM

31 dez 12 31 dez 11

dólar Americano eUR/USd 1,3194 1,2939

Metical de Moçambique eUR/MZn 39,18 34,67

dobra de S. Tomé e Príncipe eUR/STd 24.500,00 24.500,00

Kwanza de Angola eUR/AOA 126,37 122,55

Leu Romeno eUR/ROL 4,4445 4,3233

Shekel israel eUR/iLS 4,9258 4,9453

Real do Brasil eUR/BRL 2,7036 2,4159

dirhams emirados Árabes eUR/Aed 4,8441 4,7566

Libra esterlina eUR/GBP 0,8161 0,8353

Franco cFA eUR/cFA 655,17 656,14

IMPARIDADE DE ATIVOS NÃO CORRENTES

É efetuada uma avaliação de imparidade à data de cada balanço e sempre que seja identificado um evento ou alteração nas circunstâncias que indique que o montante pelo qual o ativo se encontra regis-tado possa não ser recuperado.

Sempre que o montante pelo qual o ativo se encon-tra registado é superior à sua quantia recuperável, é

3.12

3.13

3.14

3.15

reconhecida uma perda de imparidade, registada na demonstração de resultados.

A reversão de perdas de imparidade reconhecidas em exercícios anteriores é registada quando existem indícios de que as perdas de imparidade reconheci-das já não existem ou diminuíram. A reversão das perdas de imparidade é reconhecida na demonstra-ção de resultados como resultados operacionais.

ATIVOS E PASSIVOS CONTINGENTES

Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo divulgados no anexo às demonstrações financeiras exceto se a pos-sibilidade de existir um exfluxo de recursos for remota.

Os ativos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo divulgados nas notas explicativas quando é provável a existência de um influxo económico futuro.

EVENTOS SUBSEQUENTES

Os eventos após a data do balanço que proporcio-nem informação adicional sobre condições que exis-tiam à data do balanço são refletidos nas demons-trações financeiras. Os eventos após a data do ba-

lanço que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data do balanço, se materiais, são divulgados nas demonstrações financeiras.

INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS

em cada exercício são identificados os segmentos geográficos aplicáveis à empresa. informação deta-lhada é incluída na nota 23.

Page 42: 2012§oes...as contas do exercício e demais documentos de prestação de contas, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012. estes documentos dão conhecimento sobre

RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, S.A. 42

TRABALHOS PARA A PRóPRIA ENTIDADE

Os trabalhos para a própria entidade correspondem basicamente a obras de construção e beneficiação executadas pela própria empresa.

Tais despesas são objeto de capitalização apenas quando sejam preenchidos os seguintes requisitos:

3.16

3.17

3.18

3.19

> Os ativos desenvolvidos são identificáveis;

> existe forte probabilidade de os ativos virem agerar benefícios económicos futuros;

> Os custos de desenvolvimento são mensuráveis deforma fiável.

INTEGRAÇÃO PROPORCIONAL DOS ACE’S

Os Agrupamentos complementares de empresas foram integrados pelo método proporcional confor-me referido na nota 4.

GESTÃO DE RISCO

no desenvolvimento da sua atividade a empresa en-contra-se exposta a uma variedade de riscos: risco de mercado (incluindo risco de taxa de câmbio, de taxa de juro e risco de preço), risco de crédito e risco de liquidez. O programa de gestão de risco global é focado na imprevisibilidade dos mercados financei-ros e procura minimizar os efeitos adversos que daí advêm para o seu desempenho financeiro.

A exposição ao risco de crédito decorre das contas a receber resultantes da normal atividade comercial, sendo a exposição máxima ao risco de crédito o valor nominal das contas a receber.

jUíZOS DE VALOR, PRESSUPOSTOS CRíTICOS E PRINCIPAIS FONTES DE INCERTEZA ASSOCIADAS A ESTIMATIVAS

na preparação das demonstrações financeiras anexas foram efetuados juízos de valor e estimati-vas e utilizados diversos pressupostos que afetam o valor contabilístico dos ativos e passivos, assim como os rendimentos e gastos do período.

As estimativas e os pressupostos subjacentes foram determinados com base no melhor conhecimento existente à data de aprovação das demonstrações financeiras dos eventos e transações em curso, assim como na experiência de eventos passados e/

ou correntes. contudo, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsí-veis à data de aprovação das demonstrações finan-ceiras, não foram consideradas nessas estimativas. As alterações às estimativas que ocorram posterior-mente à data das demonstrações financeiras serão corrigidas de forma prospetiva. Por este motivo e dado o grau de incerteza associado, os resultados reais das transações em questão poderão diferir das correspondentes estimativas.

Os Agrupamentos complementares de empresas integrados pelo método proporcional, suas sedes

.4 AGRUPAMenTOS cOMPLeMenTAReS de eMPReSAS

sociais e proporção do capital detido em 31 dedezembro de 2012, são as seguintes:

Page 43: 2012§oes...as contas do exercício e demais documentos de prestação de contas, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012. estes documentos dão conhecimento sobre

RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, S.A. 43

denominação social sede social % do capital detido

TRAnSMeTRO - construção do Metropolitano do Porto, Ace Rua Santos Pousada, 220 - 4000-478 Porto 50,00%

normetro - Agrupamento do Metropolitano do Porto, Ace Rua Santos Pousada, 300 - 7º Bonfim Porto 17,90%

ASSOc - Soares da costa - construção do estádio de Braga, Ace Av. imaculada conceição, 756 - dume - 4700-034 Braga 40,00%

estádio de coimbra, Sc/Abrantina, Ace Rua Santos Pousada, 220 - 4000-478 Porto 60,00%

casais, eusébios, FdO, J. Gomes, Rodrigues e névoa - Soares da costa, const.do estádio de Braga-Acab. e instal./infraestr. interiores, Ace

Av. imaculada conceição, 756 - dume - 4700-034 Braga 40,00%

Soares da costa/contacto - Modernização escolas, Ace Rua Santos Pousada, 220 - 4000-478 Porto 35,00%

Três ponto dois - T.G. const. civil - Via e cat Mod. Linha do norte, Ace Avª das Forças Armadas, 125 - 2ºc - Lisboa 50,00%

Somague, Soares da costa - Agrup.construtor do Metro de Superfície, Ace Rua engº Ferreira dias, 164 4100-247 Porto 50,00%

Remodelação Teatro circo - S.c., A.B.B., d.S.T., Ace Rua Santos Pousada, 220 - 4000-478 Porto 50,00%

GcF - Grupo construtor da Feira, Ace Rua do Rego Lameiro, nº 38, campanhã, 4300-454 Porto 28,57%

GcVc, Ace Rua do Rêgo Lameiro, nº 38, campanhã, 4300-454 Porto 28,57%

Mota-engil, Soares da costa, MonteAdriano - Matosinhos, Ace Via Adelino Amaro da costa nº 315, Lugar da Guarda 4470-557 Moreira da Maia

28,57%

HidroAlqueva, Ace Av. Frei Miguel contreiras, nº 54 7º Andar, Lisboa 50,00%

nova estação, Ace Av. Frei Miguel contreiras, nº 54 - 7º Andar, 1749-083 Lisboa 25,00%

GAce - Gondomar, Ace Rua eng. Ferreira dias, nº 161 - Porto 24,00%

LGc - Linha de Gondomar, construtores, Ace Rui eng. Ferreira dias, nº 161 Freguesia de Ramalde - Porto 30,00%

cAeT XXi - construções, Ace Rua de Santos Pousada, 220 Bonfim, Porto 50,00%

LGV, engenharia e construção de Linhas de Alta Velocidade, Ace Rua Abranches Ferrão, nº 10, 9ºF, 1600-001 Lisboa 17,25%

Soares da costa e Lena, Ace Rua Julieta Ferrão, 12º e 13º Andar, nossa Senhora de Fátima, 1649-039 Lisboa

50,00%

À data de 31 de dezembro de 2012 as quantias agregadas, ponderadas pela percentagem de con-trolo conjunto, dos ativos correntes, dos ativos não correntes, dos passivos correntes, dos passivos não

correntes, dos rendimentos e dos gastos relaciona-dos com os interesses em empreendimentos con-juntos são como seguem:

empresa Ativo não corrente

Ativo corrente

Passivo não corrente

Passivo corrente

gastos Rendi-mentos

Resultado líquido

ASSOc - Soares da costa - construção do estádio de Braga, Ace - 294 - 294 267 267 -

cAeT XXi - construções, Ace 1.193.782 28.983.823 1.403.514 27.379.693 91.713.663 84.606.086 (7.107.577)

casais, eusébios, FdO, J. Gomes, Rodrigues e névoa - Soares da costa, Ace

5 23.099 - - 73 - (73)

estádio de coimbra, Sc/Abrantina, Ace - 297.690 - 297.690 - - -

GAce - Gondomar, Ace - 383.424 - 383.424 2.426.665 2.426.665 -

GcF - Grupo construtor da Feira, Ace 1.940 291.584 - 293.524 119.172 119.172 -

GcVc, Ace - 822.047 - 822.047 4.302.342 4.302.342 -

HidroAlqueva, Ace 1.251.257 2.622.103 - 3.891.061 11.413.110 11.407.273 (5.838)

LGc - Linha de Gondomar, construtores, Ace 2.824 739.481 124.966 227.681 163.401 457.950 294.549

LGV, engenharia e construção de Linhas de Alta Velocidade, Ace - 564.955 34.500 96.535 9.280.655 9.714.574 433.919

Mota-engil, Soares da costa, MonteAdriano - Matosinhos, Ace 610 1.137.499 - 1.138.109 5.145.278 5.145.278 -

normetro - Agrupamento do Metropolitano do Porto, Ace - 3.109.480 - 3.109.480 21.636 21.636 -

nova estação, Ace 4.264 1.216.643 - 1.222.074 35.938 35.938 -

Remodelação Teatro circo - S.c., A.B.B., d.S.T., Ace - 274.039 - 274.039 229.941 229.941 -

Soares da costa e Lena, Ace - 9.923 - 3.005 14.109 21.027 6.918

Soares da costa/contacto - Modernização escolas, Ace - 109.263 - 109.263 586.223 586.223 -

Somague, Soares da costa - Agrupamento construtor do Metro de Superfície, Ace

- 146.189 - 41.508 3.266 107.947 104.681

TRAnSMeTRO - construção do Metropolitano do Porto, Ace - 6.159.032 - 5.446.770 233.593 193.701 (39.891)

Três ponto dois - T.G. const. civil - Via e cat Mod. Linha do norte, Ace - 393.625 - 260.135 15.770 - (15.770)

TOTAL 2.454.683 47.284.194 1.562.980 44.996.333 125.705.102 119.376.020 (6.329.082)

Page 44: 2012§oes...as contas do exercício e demais documentos de prestação de contas, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012. estes documentos dão conhecimento sobre

RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, S.A. 44

Os termos ou condições praticadas entre empresas do Grupo e associadas são substancialmente idênticos aos termos que normalmente seriam contratados entre entidades independentes em operações comparáveis.

.5 PARTeS ReLAciOnAdAS

Os saldos e transações com empresas do Grupo e associadas encontram-se descriminados nos qua-dros seguintes:

Page 45: 2012§oes...as contas do exercício e demais documentos de prestação de contas, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012. estes documentos dão conhecimento sobre

RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, S.A. 45

saldos a 31 de dezembro de 2012 clientes empréstimos a empresas do grupo e Associadas

fornecedores Outros devedores e credores

Auto-estradas XXi - Subc.Transmontana, S.A. 11.562.698 90.194 - (533)

c.P.e. - companhia de Parque de estacion, S.A. 14.911 - - 377

carta - cantinas e Restauração, Lda. - - 895 -

carta - Restauração e Serviços, Lda. 236.417 - 227.441 -

ciAGeST - imobiliária e Gestão, S.A. 26.502 - 437.154 800

cLeAR - instalações electromecânicas, S.A. 141.714 - 587.020 (102.120)

cLeAR AnGOLA, S.A. 773.071 - 39.879.395 2.097.935

construções Metálicas SOcOMeTAL, S.A. 249.132 - - 244.321

coordenação & Soares da costa, S.G.P.S., Lda. 626.109 - - 429.654

costa Sul Sociedade de Promoção imobiliária, Lda. - - - 167

cOSTAPARQUeS - estacionamentos, S.A. 115 - 240 (4.000)

elos - Ligações de Alta Velocidade, S.A. - - - 166

energia Própria, S.G.P.S., S.A. 887 - - -

estradas do Zambeze, S.A. 3.063.834 - - (7.201.703)

exproestradas XXi - Ae Transmontana, S.A. 39.063 - - 1.999

Grupo Soares da costa, S.G.P.S., S.A. 5.879 33.929.678 705.302 (13.404)

Grupul Portughez de constructii S.R.L. 815.199 443.326 - 47.806

HABiTOP - Sociedade imobiliária, S.A. - - - (13.000)

Hidroeléctrica STP, Limitada 128.180 - - -

Hidroequador Santomense - expl. centrais Hidroeléctricas 120.441 - - -

Hotti - Angola Hoteis, S.A. 45.771 - - 10.147

iMOKAndAndU - Promoção imobiliária, Lda. 37.544 - - 28.035

iMOSdc - investimentos, Lda. 4.424 - - 69

iMOSede, Lda. - - - 167

indÁQUA - indústria e Gestão de Águas, S.A. - - 65.680 -

indáqua Feira - indústria de Águas de Santa Maria da Feira, S.A. - - 13.095 47

indáqua Matosinhos - Gestão de Águas de Matosinhos, S.A. 799.450 553 2.569 -

indáqua Vila do conde - Gestão de Águas de Vila do conde, S.A. 482.468 - 53 -

israel Metro Builders - a Registered Partnership 937.877 50.000 - 1.037.682

Mercados novos - imóveis comerciais, Lda. - - - (10.000)

MTA - Máquinas e Tractores de Angola, Lda. 41.808 - 80.892 280.902

nAVeGAiA - instalações industriais, S.A. 1.234 - 14.925 (13.544)

OPeReSTRAdAS XXi, S.A. 2.800 - 5.701 (2.000)

Prince contracting, LLc 77.514 - - -

Santolina Holding B.V. - - - 500

ScUTViAS - Autoestradas da Beira interior, S.A. 15.476 - - -

Sdc construções, S.G.P.S., S.A. 778.627 156.924.861 - -

Soares da costa Serviços Partilhados, S.A. 16.358 - 868.025 1.102

Soares da costa Brasil - construções Ltda. 51.829 - - (37.852)

Soares da costa concesiones - costa Rica, S.A. - - - -

Soares da costa concessions USA, inc. 142.388 - - -

Soares da costa concessões, S.G.P.S., S.A. 26.482 - 2.059 (603.758)

Soares da costa construc.centro Americanas, S.A. 873.780 - - -

Soares da costa contractor, inc 181.901 - 3.879 (4.746)

Soares da costa Hidroenergia 1T, Lda. 1.137 - - -

Soares da costa Hidroenergia 8c, Lda. 428 - - -

Soares da costa imobiliária, Lda. 365.107 - - (63.473)

Soares da costa imobiliária, S.G.P.S., S.A. - - - (976.697)

Soares da costa Moçambique, S.A.R.L. 647.519 - 476.137 327.178

Soares da costa S. Tomé e Principe - construções, Lda. 1.112.961 - - (324.629)

SOARTA - Soc imob. Soares da costa, S.A. 1.853 - - 275.775

SOMAFeL - engenharia e Obras Ferroviárias, S.A. - - 8.402 -

Talatona imobiliária, Lda. 17.209.770 - - (586.006)

Terceira Onda Planej. e desenvolvimento, Ltda. 78.040 - - -

TOTAL 41.738.697 191.438.612 43.378.864 -5.172.638

Page 46: 2012§oes...as contas do exercício e demais documentos de prestação de contas, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012. estes documentos dão conhecimento sobre

RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, S.A. 46

saldos a 31 de dezembro de 2011 clientes c/c

empréstimos a empresas do grupo

e Associadas

fornecedores Outros devedores e

credores

emprestimos de empresas do gru-

po e Associadas

Auto-estradas XXi - Subc.Transmontana, S.A. 15.867.362 26.895 - (533) -

c.P.e. - companhia de Parque de estacion, S.A. 12.099 - - 247 -

carta - cantinas e Restauração, Lda. - - 895 - -

carta - Restauração e Serviços, Lda. 921.777 - 353.016 - -

ciAGeST - imobiliária e Gestão, S.A. 55.524 - 267.749 (4.201) -

cLeAR - instalações electromecânicas, S.A. 77.655 - 4.231.176 - -

cLeAR AnGOLA, S.A. 735.143 - 31.930.963 (6.216.232) -

construções Metálicas SOcOMeTAL, S.A. 51.256 - 160.103 157.693 -

cOnTAcTO - Soc. construções, S.A. 935.766 - 149.630 7.112 -

coordenação & Soares da costa, S.G.P.S., Lda. 565.498 - - 438.837 -

cOSTAPARQUeS - estacionamentos, S.A. 863 - 1.499 - -

elos - Ligações de Alta Velocidade, S.A. 8.078.470 - - - -

energia Própria, S.G.P.S., S.A. 132 - - - -

estradas do Zambeze, S.A. 2.489.226 - - (10.320.764) -

exproestradas XXi - Ae Transmontana, S.A. 39.063 - - 1.999 -

Grupo Soares da costa, S.G.P.S., S.A. 5.394 53.583.424 949.701 (13.539) 6.488.791

Grupul Portughez de constructii S.R.L. 1.220.804 455.754 - 49.766 -

HABiTOP - Sociedade imobiliária, S.A. 95 - - - -

Hidroeléctrica STP, Limitada 250.272 - - - -

Hotti - Angola Hoteis, S.A. 46.673 - - 10.463 -

iMOKAndAndU - Promoção imobiliária, Lda. 32.665 - - 28.650 -

indÁQUA - indústria e Gestão de Águas, S.A. - - 64.523 - -

indáqua Feira - indústria de Águas de Santa Maria da Feira, S.A. - - 7.618 189 -

indáqua Matosinhos - Gestão de Águas de Matosinhos, S.A. 922.704 454 3.359 - -

indáqua Vila do conde - Gestão de Águas de Vila do conde, S.A. 624.380 - 100 - -

israel Metro Builders - a Registered Partnership 934.179 - - 231.857 -

MTA - Máquinas e Tractores de Angola, Lda. 22.304 - 17.431 147.663 -

nAVeGAiA - instalações industriais, S.A. 2.190 - - (13.544) -

OPeReSTRAdAS XXi, S.A. 2.800 - - (2.000) -

Prince contracting, LLc 346 - - - -

Santolina Holding B.V. - - - 500 -

Sdc construções, S.G.P.S., SA 740.443 - 2.228 - -

Soares da costa Serviços Partilhados, S.A. 11.106 - 555.765 1.102 -

Soares da costa Brasil - construções, Ltda. - - - (94) -

Soares da costa concessions USA, inc. 83.275 - - - -

Soares da costa concessões, S.G.P.S., S.A. 17.138 - - 200.476 -

Soares da costa construc. centro Americanas, S.A. 777.729 - - - -

Soares da costa contractor, inc 185.486 - 3.956 (4.746) -

Soares da costa imobiliária, Lda. 345.260 - - (63.990) -

Soares da costa Moçambique, S.A.R.L. 2.424.096 - 1.355.739 190.021 -

Soares da costa S. Tomé e Principe - construções, Lda. 477.675 - - 94.585 -

Soares da costa Serv. Técnicos e de Gestão, S.A. 89.506 - - 1.578 -

SOARTA - Soc imob. Soares da costa, S.A. 1.806 - - - -

SOMAFeL - engenharia e Obras Ferroviárias, S.A. - - 1.402 - -

Talatona imobiliária, Lda. 17.153.647 - - 8.430 -

Terceira Onda Planej. e desenvolvimento, Ltda. - - - -220 -

TOTAL 56.201.805 54.066.528 40.056.851 (15.068.693) 6.488.791

Page 47: 2012§oes...as contas do exercício e demais documentos de prestação de contas, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012. estes documentos dão conhecimento sobre

RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, S.A. 47

transações em 2012 fornecimentos e serviços externos

Vendas e prestação de serviços

Outros ganhos e perdas

operacionais

custo líquido do financiamento

Outros ganhos e Perdas

financeiros

Auto-estradas XXi - Subconc.Transmontana, S.A. - 83.046.503 - 392.459 -

c.P.e. - companhia de Parque de estacionamento, S.A. - 9.096 - - -

carta - Restauração e Serviços, Lda. 5.507.463 679.200 - - 56.339

cais da Fontinha - invest. imobiliários, S.A. - 452 - - -

ciAGeST - imobiliária e Gestão, S.A. 2.482.928 149.127 - - (13)

cLeAR - instalações electromecânicas, S.A. 5.201.786 486.003 - 45 -

cLeAR AnGOLA, S.A. 36.944.112 958.220 - - 1.555.403

construções Metálicas SOcOMeTAL, S.A. 2.381.798 315.595 - 1.796 (62.879)

coordenação & Soares da costa, S.G.P.S., Lda. - 69.364 - - (17.936)

costa Sul Sociedade de Promoção imobiliária, Lda. - - - - (13)

cOSTAPARQUeS - estacionamentos, S.A. 553 380 - - -

elos - Ligações de Alta Velocidade, S.A. 20.099 9.687.929 - - -

energia Própria, S.G.P.S., S.A. - 1.409 - - -

estradas do Zambeze, S.A. - 13.885.855 - - (82.329)

Grupo Soares da costa, S.G.P.S., S.A. 3.443.013 12.829 13.971 3.167.045 -

Grupul Portughez de constructii S.R.L. - - - - (47.078)

Hidroeléctrica STP, Limitada - - - - -

Hidroequador Santomense - expl. centrais Hidroeléctricas - 120.441 - - -

Hotti - Angola Hoteis, S.A. - - - - (1.218)

iMOKAndAndU - Promoção imobiliária, Lda. - - - - (1.497)

iMOSede, Lda. - - - - (13)

indÁQUA - indústria e Gestão de Águas, S.A. 212.261 - - - -

indáqua Matosinhos - Gestão de Águas de Matosinhos, S.A. 11.325 2.642.704 - 99 -

indáqua Vila do conde - Gestão de Águas de Vila do conde, S.A. 1.201 2.242.686 - - -

israel Metro Builders - a Registered Partnership - 348.791 - - (783)

MTA - Máquinas e Tractores de Angola, Lda. 3.126 20.541 - - (2.837)

nAVeGAiA - instalações industriais, S.A. 108.870 5.362 - - -

OPeReSTRAdAS XXi, S.A. 381.083 - - - -

Prince contracting, LLc - 77.167 - - -

ScUTViAS - Autoestradas da Beira interior, S.A. - 12.582 - - -

Sdc construções, S.G.P.S., S.A. - 1.605 - 8.016.910 -

Soares da costa Serviços Partilhados, S.A. 5.340.629 27.244 - - -

Soares da costa Brasil - construções Ltda. - 56.073 - - (2.114)

Soares da costa concesiones - costa Rica, S.A. - - - - -

Soares da costa concessions USA, inc. - 59.113 - - -

Soares da costa concessões, S.G.P.S., S.A. - 72.914 - 182.404 -

Soares da costa construc.centro Americanas, S.A. - 90.931 - - -

Soares da costa contractor, inc - - - - (3.404)

Soares da costa Hidroenergia 1T, Lda. - 924 - - -

Soares da costa Hidroenergia 8c, Lda. - 348 - - -

Soares da costa imobiliária, Lda. - - - - 370

Soares da costa imobiliária, S.G.P.S., S.A. - - - - 6.434

Soares da costa Moçambique, S.A.R.L. 913.779 1.034.834 25.600 - 70.974

Soares da costa S. Tomé e Principe - construções, Lda. 4.323 581.087 (15.622) 13.869 (1.716)

SOARTA - Soc imob. Soares da costa, S.A. - - - 7.535 -

SOMAFeL - engenharia e Obras Ferroviárias, S.A. 56.750 40 - - -

Talatona imobiliária, Lda. - 323.687 35.240 - (329.665)

Terceira Onda Planejamento e desenvolvimento, Ltda. - - - - 42.618

TOTAL 63.015.099 117.021.037 59.189 11.782.162 1.178.644

Page 48: 2012§oes...as contas do exercício e demais documentos de prestação de contas, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012. estes documentos dão conhecimento sobre

RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, S.A. 48

transações em 2011 fornecimentos e serviços externos

Vendas e prestação de serviços

Outros ganhos e perdas

operacionais

custo líquido do financiamento

Outros ganhos e Perdas

financeiros

Auto-estradas XXi - Subconc.Transmontana, S.A. - 122.111.485 - 155.966 -

c.P.e. - companhia de Parque de estacion, S.A. - 16.324 - - -

carta - Restauração e Serviços, Lda. 6.256.181 928.891 - - -159.211

ciAGeST - imobiliária e Gestão, S.A. 1.685.361 174.570 (220.503) - -

cLeAR - instalações electromecânicas, S.A. 11.876.384 168.805 (1) 3.263 715

cLeAR AnGOLA, S.A. 47.108.942 1.501.623 - - (2.193.928)

construções Metálicas SOcOMeTAL, S.A. 6.184.652 94.139 - 6.007 226.298

cOnTAcTO - Soc. construções, S.A. 3.127.017 2.916.831 (15.704) 3.107 14.755

coordenação & Soares da costa, S.G.P.S., Lda. - - - - 52.559

cOSTAPARQUeS - estacionamentos, S.A. 3.650 2.351 - - -

elos - Ligações de Alta Velocidade, S.A. - 1.466.267 - - -

energia Própria, SGPS, S.A. - 108 - - -

estradas do Zambeze, S.A. - 12.564.974 - - 68.157

exproestradas XXi - Ae Transmontana, S.A. - 31.758 - - -

Grupo Soares da costa S.G.P.S., S.A. 3.785.436 25.537 49.219 2.220.004 -

Grupul Portughez de constructii S.R.L. - - - - (24.835)

HABiTOP - Sociedade imobiliária, S.A. - 545 - - -

Hidroeléctrica STP, Limitada - 13 - - -

Hotti - Angola Hoteis, S.A. - - - - 1.303

iMOKAndAndU - Promoção imobiliária, Lda. - - - - 5.286

indÁQUA - indústria e Gestão de Águas, S.A. 223.145 - - - -

indáqua Matosinhos - Gestão de Águas de Matosinhos, S.A. 7.784 3.232.947 - 129 -

indáqua Vila do conde - Gestão de Águas de Vila do conde, S.A. 6.978 2.158.912 - - -

israel Metro Builders - a Registered Partnership - - - - (32.998)

Metropolitan Transportation Solutions Ltd. 28.240 - (93) - (228)

Mini Price Hotels (Porto), S.A. 205 633 - - -

MTA - Máquinas e Tractores de Angola Lda. 4.788 43.377 (228) - (1.267)

nAVeGAiA - instalações industriais, S.A. - 16.768 - - -

OPeReSTRAdAS XXi, S.A. 2.512.091 56.304 - - 20.000

Sdc construções, S.G.P.S., S.A. - 4.485 - - -

Soares da costa Serviços Partilhados, S.A. 5.010.262 26.468 - - -

Soares da costa Brasil - construções Ltda. - - - - 5

Soares da costa concessions USA, inc. - 83.275 - - -

Soares da costa concessões, S.G.P.S., S.A. - 2.846 - 281.528 -

Soares da costa construc.centro Americanas, S.A. - 184.746 - - -

Soares da costa contractor, inc - - - - 5.575

Soares da costa Hidroenergia, S.A. - 638 - - -

Soares da costa imobiliária, Lda. 378.544 390.000 - - (4.413)

Soares da costa Moçambique, S.A.R.L. 457.060 1.410.937 (6) - (111.398)

Soares da costa S. Tomé e Principe - construções, Lda. 41.509 309.106 (588) 12.185 2.811

Soares da costa Serviços Técnicos e de Gestão, S.A. - 122.855 - - -

SOARTA - Soc imob. Soares da costa, S.A. - 16.801 - 7.225 -

Talatona imobiliária, Lda. - 3.385.373 - - 770.935

TOTAL 88.698.229 153.450.693 (187.904) 2.689.415 (1.359.878)

Page 49: 2012§oes...as contas do exercício e demais documentos de prestação de contas, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012. estes documentos dão conhecimento sobre

RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, S.A. 49

a) Ativo BrutoO movimento ocorrido no valor bruto dos ativos intangíveis é como segue:

Ativos intangíveis saldo Inicial fusão contacto

Aumentos Alienações efeito deconv. cambial

transfer.e Abates

saldo final

Outros ativos intangíveis 227 8.557 - - - (8.557) 227

TOTAL 227 8.557 - - - (8.557) 227

b) Amortizações AcumuladasO movimento ocorrido no valor das amortizações acumuladas dos ativos fixos intangíveis é como segue:

Ativos intangíveis saldo Inicial fusão contacto

Reforço Regularizações efeito deconv. cambial

saldo final

Outros ativos intangíveis 227 - - - - 227

TOTAL 227 - - - - 227

.6

.7

diScRiMinAÇÃO dO MOViMenTO nO PeRÍOdO dO ATiVO inTAnGÍVeL

diScRiMinAÇÃO dO MOViMenTO nO PeRÍOdO dO ATiVO TAnGÍVeL

a) Ativo BrutoO movimento ocorrido no valor bruto dos ativos fixos tangíveis é como segue:

Ativos fixos tangíveis saldo Inicial fusão contacto

Aumentos Alienações efeito deconv. cambial

transfer.e Abates

saldo final

Terrenos 4.800.554 - - - - - 4.800.554

edifícios 86.981.509 - 167.399 (19.611) - (83.876) 87.045.421

equipamento básico 92.329.488 3.743.857 348.095 (2.753.743) - (326.866) 93.340.832

equipamento transporte 23.842.856 30.007 742.959 (1.724.048) - (57.219) 22.834.555

equipamento administrativo 7.960.639 1.741.838 190.837 (76.175) - (326.440) 9.490.698

Outros ativos fixos tangíveis 77.787 - - (18.837) - (1.860) 57.090

Ativos fixos tangíveis em curso 3.068.157 - 3.080.284 - - (1.032.353) 5.116.088

TOTAL 219.060.989 5.515.702 4.529.574 (4.592.414) - (1.828.613) 222.685.239

na coluna “ Aumentos” da rubrica “ Ativos fixos tangíveis em curso” encontram-se registados trabalhos para a própria entidade no valor de 2.589.318,75 euros.

b) depreciações AcumuladasO movimento ocorrido no valor das depreciações acumuladas dos ativos fixos tangíveis é como segue:

Page 50: 2012§oes...as contas do exercício e demais documentos de prestação de contas, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012. estes documentos dão conhecimento sobre

RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, S.A. 50

Ativos fixos tangíveis saldo Inicial fusão contacto

Reforço Regularizações efeito deconv. cambial

saldo final

edifícios 18.826.925 - 4.063.246 (99.396) - 22.790.774

equipamento básico 45.220.492 3.730.108 5.603.920 (2.244.194) - 52.310.326

equipamento transporte 14.774.865 30.007 1.898.610 (1.490.949) - 15.212.533

equipamento administrativo 5.685.384 1.725.276 649.467 (385.993) - 7.674.135

Outros ativos fixos tangíveis 41.531 - 13.971 (9.412) - 46.090

TOTAL 84.549.197 5.485.391 12.229.214 (4.229.945) - 98.033.857

.8

.9

QUAdRO diScRiMinATiVO dAS ReAVALiAÇÕeS dO ATiVO FiXO TAnGÍVeL

diScRiMinAÇÃO dO MOViMenTO nO PeRÍOdO eM inVeSTiMenTOS FinAnceiROS

Rubricas custos Históricos (a) Reavaliações Valores contabilisticos Reavaliados (a)

Imobilizações Corpóreas:

Terrenos e recursos naturais 2.227.883 966.100 3.193.983

edifícios e outras construções 1.096.089 381.620 1.477.709

equipamento básico 2.866 171 3.037

TOTAL 3.326.838 1.347.891 4.674.728

a) Líquidos de depreciações

a) Ativo BrutoO movimento ocorrido no valor bruto dos investimentos financeiros é como segue:

Investimentos financeiros saldo Inicial Variação no perímetro

efeito cambial

Aumentos Alienações transfer.e Abates

saldo final

Investimentos financeiros:

Participações de capital em subsidiárias 20.622 - - 262.759 - - 283.382

empréstimos concedidos a subsidiárias 257.886 - - - - - 257.886

Participações de capital em associadas 63.359 - - - - - 63.359

empréstimos concedidos associadas 2.970.019 - - 4.693.406 - - 7.663.425

Outros investimentos financeiros 10 - - - - - 10

TOTAL 3.311.896 - - 4.956.165 - - 8.268.061

Page 51: 2012§oes...as contas do exercício e demais documentos de prestação de contas, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012. estes documentos dão conhecimento sobre

RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, S.A. 51

em 31 de dezembro de 2012, as empresas do Grupo e Associadas em que a Sociedade participa diretamente eram as seguintes:

denominação social sede social % capital detido

capitais Próprios

Resultado 2012.12.31

Partes de Capital em Empresas do Grupo

construções Metálicas SOcOMeTAL, S.A. Rua Santos Pousada, nº 220 4000-478 Porto 100,00% (1.363.693) (1.841.179)

ScSP-Soares da costa Serviços Partilhados, S.A. Rua Santos Pousada, nº 220 4000-478 Porto 0,01% 1.048.733 (86.969)

cARTA - Restauração e Serviços, Lda. Rua cónego Manuel das neves, 19 Luanda - Angola 1,00% 449.713 (578.506)

Soares da costa - S.Tomé e Príncipe, construções, Lda. S. Tomé e Príncipe 1,00% 712.243 1.579

Terceira Onda Planejamento e desenvolvimento, Ltda. Av. ibirapuera, 2.332, Bloco i, 9º andar, sala 01,ed. Torre ibirapuera i; Moema, S. Paulo - Brasil

50,00% 1.099.998 579.234

Santolina Holding B.V. de Lairessestraat 154, 1075HL Amsterdam 100,00% 6.785 (11.215)

Soares da costa Brasil - construções Ltda. Rua Bandeira Paulista, nº 600, 1º Andar, conjunto 13, ceP 04532-001, São Paulo, Brasil

0,04% 728.471 452.294

Partes de Capital em Empresas Associadas

exproestradas XXi - Ae Transmontana, S.A. Rua Santos Pousada, nº 220 4000-478 Porto 0,004% (772.190) (787.497)

Operestradas XXi, S.A. Rua Santos Pousada, nº 220 4000-478 Porto 4,00% 6.063.129 1.822.800

Auto-estradas XXi - Subconcessionária Transmontana, S.A. Rua Santos Pousada, nº 220 4000-478 Porto 4,00% (40.573.096) 1.013.160

A 26 de novembro de 2012, a Sociedade de construções Soares da costa, S.A. adquiriu, pelo valor de 1 euro, à Soares da costa construção, S.G.P.S., S.A. a participação

.10

.11

inVeSTiMenTOS eM eMPReSAS SUBSidiÁRiAS e ASSOciAdAS

inFORMAÇÃO SOBRe OS BenS eM ReGiMe de LOcAÇÃO FinAnceiRA e OPeRAciOnAL

locação financeira

A empresa possui ativos fixos tangíveis incluídos no balanço em regime de locação financeira. À data

financeira que esta sociedade detinha na construções Metálicas Socometal, S.A., passando a deter 500.000 ações representativas da totalidade do capital.

de 31 de dezembro de 2012 o valor contabilístico desses bens é como segue:

locação financeira Imob. Bruto Amort Acum. Imob. líquido

edifícios 47.361 13.814 33.547

equipamento básico 3.443.189 987.539 2.455.650

equipamento administrativo 110.829 39.943 70.886

TOTAL 3.601.379 1.041.296 2.560.083

Page 52: 2012§oes...as contas do exercício e demais documentos de prestação de contas, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012. estes documentos dão conhecimento sobre

RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, S.A. 52

A responsabilidade por estes contratos é como segue:

curto Prazo 647.334

Médio e Longo Prazo 100.912

A reconciliação entre o total dos futuros pagamen-tos mínimos das locações financeiras à data do ba-lanço e o seu valor presente, por períodos, é como segue:

31 dez 12

Pagamentos mínimos da locação financeira:

2013 660.715

2014 53.877

2015 48.420

após 2018 -

763.011

Atualização/Juros 14.766

Valor presente dos pagamentos mínimos da

locação financeira

748.245

Corrente 647.334

Não Corrente 100.912

.12

.13

diScRiMinAÇÃO dOS inVenTÁRiOS

diScRiMinAÇÃO dAS dÍVidAS de TeRceiROS

Os contratos de locação financeira vencem juros à taxa de mercado e têm períodos de vida útil defi-nidos. não existem à data de 31 de dezembro de 2012 rendas contingentes nem restrições respeitan-tes a dividendos (ou qualquer dívida adicional) asso-ciados aos contratos de locação financeira em vigor.

locação Operacional

durante o exercício de 2012 foram reconhecidos gastos de 1.237.895,38 euros relativos a rendas de contratos de locação operacional.

As rendas de contratos de locação operacional (rendas fixas) mantidos pela empresa em 31 de de-zembro de 2012, essencialmente relativas a contra-tos de locação operacional de viaturas, apresentam os seguintes vencimentos:

Vencimentos

Pagamentos mínimos da locação operacional:

2013 651.469

2014 205.989

2015 80.053

após 2018 -

TOTAL 937.512

locação financeira 31 dez 12 31 dez 11

Matérias-primas, subsidiárias e de consumo 11.720.835 13.910.879

Produtos e trabalhos em curso 7.817.822 26.837.389

Produtos acabados e intermédios 24.648.043 24.648.043

Ajustamentos de valor (3.869.840) (3.869.840)

TOTAL 40.316.861 61.526.471

O valor das mercadorias em trânsito, à data de 31 de dezembro de 2012, é de: 133.030,16 euros.

A rubrica de “Produtos e trabalhos em curso” à data de 31 de dezembro de 2012 respeita, essencialmen-te, a empreitadas em curso em território angolano, cujo valor do rédito ainda não está contratualmente definido.

em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011 o detalhe era o seguinte:

Page 53: 2012§oes...as contas do exercício e demais documentos de prestação de contas, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012. estes documentos dão conhecimento sobre

RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, S.A. 53

dívidas de terceiros correntes 31 dez 12 31 dez 11

clientes c/c 343.106.960 394.058.043

clientes-títulos a receber 1.753.093 2.952.256

clientes de cobrança duvidosa 35.208.479 18.602.666

Ajustamentos de valor (35.208.479) (18.602.666)

Clientes 344.860.053 397.010.299

empresas do Grupo 187.718.685 53.586.444

empresas participadas 684.304 480.861

Outros acionistas (sócios) 0 300.636

Regime especial de tributação dos grupos de empresas 4.377.855 0

Empresas do Grupo, Associadas e Participadas 192.780.843 54.367.942

Outros devedores 10.293.018 11.223.681

Ajustamentos de valor (1.384.122) (1.384.122)

Outras dívidas de terceiros 8.908.897 9.839.559

O valor considerado em empresas do Grupo diz res-peito a empréstimos de tesouraria concedidos, à Grupo Soares da costa, S.G.P.S., S.A..

durante o exercício de 2012 o valor recebido proveniente de investimentos financeiros foi de 226.061.689,25 euros (199.415.200,96 euros da empresa Grupo Soares da costa, S.G.P.S., S.A., e 26.646.488,29 euros da empresa Soares da costa construção, S.G.P.S., S.A.) e o valor pago, respeitante a inves-

timentos financeiros, foi de 277.693.182,60 euros (dos quais se destacam, 91.893.781,28 euros à Grupo Soares da costa, S.G.P.S., S.A., 181.055.995,29 euros à Soares da costa construção S.G.P.S., S.A., 2.578.351,33 euros à Auto-estradas XXi, S.A. e 2.165.000,00 euros à israel Metro Builders).

O detalhe da rubrica “estado e Outros entes Públicos em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011” era o seguinte:

dívidas de terceiros correntes 31 dez 12 31 dez 11

imposto sobre o rendimento do exercício 21.905 54.256

imposto sobre o valor acrescentado 3.401.399 5.724.885

Outros 8.227 25.838

TOTAL 3.431.530 5.804.979

dívidas de terceiros correntes 31 dez 12 31 dez 11

Acréscimos de rendimentos 77.718.391 49.548.146

Gastos a reconhecer 7.630.691 11.724.827

TOTAL 85.349.082 61.272.973

em dezembro de 2012 estas rubricas têm a seguinte decomposição:

.14 diScRiMinAÇÃO de OUTROS ATiVOS cORRenTeS

Page 54: 2012§oes...as contas do exercício e demais documentos de prestação de contas, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012. estes documentos dão conhecimento sobre

RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, S.A. 54

dívidas de terceiros correntes 31 dez 12 31 dez 11

Acréscimos de rendimentos

Trabalhos executados não faturados 64.910.015 31.089.715

Processos de indemnizações em curso 12.203.178 15.624.980

Outros acréscimos de rendimentos 605.198 2.833.451

77.718.391 49.548.146

Gastos a reconhecer

custos iniciais de arranque de obra 1.855.835 3.904.435

Outros gastos a reconhecer 5.774.855 7.820.392

7.630.691 11.724.827

em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011 o detalhe de caixa e equivalentes de caixa era o seguinte:

31 dez 12 31 dez 11

numerário 276.378 465.795

depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 53.415.457 38.892.440

caixa e seus equivalentes 53.691.834 39.358.235

disponibilidades constantes do balanço 53.691.834 39.358.235

.15

.16

cAiXA e SeUS eQUiVALenTeS

cOMPOSiÇÃO dO cAPiTAL SOciAL e ReSeRVAS

O capital social da empresa tem o valor nominal de 66.404.000 euros.

O capital da sociedade é representado por 13.280.800 de ações ordinárias com o valor nomi-nal de 5 euros por cada uma.

O capital social é detido a 100% pela Soares da costa construção, S.G.P.S., S.A..

A legislação comercial Portuguesa estabelece que pelo menos 5% do resultado líquido anual tem de

ser destinado ao reforço da “Reserva legal” até que esta represente pelo menos 20% do capital social. esta reserva não é distribuível, a não ser em caso de liquidação, mas pode ser utilizada para absorver prejuízos, depois de esgotadas todas as outras re-servas, e para incorporação no capital.

As reservas de reavaliação não podem ser distribu-ídas aos acionistas, exceto se encontrarem total-mente amortizadas ou se os respetivos bens objeto de reavaliação tiverem sido alienados.

Page 55: 2012§oes...as contas do exercício e demais documentos de prestação de contas, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012. estes documentos dão conhecimento sobre

RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, S.A. 55

.17

.18

diVidendOS

eMPRÉSTiMOS BAncÁRiOS

Os dividendos referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2011, atribuídos ao acionista, de acordo com a deliberação da Assembleia Geral

datada de 20 de março de 2012, ascenderam a 9.600.000,00 euros. O seu pagamento ocorreu em 20 de abril de 2012.

31 dez 12 31 dez 11

Passivos não correntes

empréstimos bancários 238.946.269 63.469.487

TOTAL 238.946.269 63.469.487

Passivos Correntes

empréstimos bancários 123.305.511 123.840.053

Outros empréstimos obtidos 685.659 37.005.321

descobertos bancários 10.151.987 10.482.015

TOTAL 134.143.157 171.327.388

em 31 de dezembro de 2012 os empréstimos ban-cários, sob a forma de contas correntes cauciona-das, venciam juros à taxa média anual de 8,447%.

em 27 de novembro um conjunto de empresas do Grupo Soares da costa celebrou um acordo quadro com seis Bancos, para a reprogramação dos res-petivos endividamentos bancários com recurso, num total de cerca de 275 milhões de euros. esta operação é caracterizada por um prazo de reembolso alargado (maturidade de 9 anos, com um período de carência de capital de 3 anos) e remuneração a uma taxa moderada. no caso da Sociedade de construções Soares da costa, S.A. foram reprogramadas linhas de financiamento no valor total de 200.014.492 euros. Subjacente a esse acordo está a realização de um aumento de capital a realizar na Grupo Soares da costa, S.G.P.S., S.A. no valor mínimo de 25 milhões de euros a concretizar até final de maio de 2013.

no final de 2012 o incumprimento bancário ascen-dia a 9.642.574 euros. À data de aprovação das demonstrações financeiras apenas se mantinha a situação de incumprimento junto de uma instituição financeira, no valor de 8 milhões de euros. estima--se que o processo de negociação, em curso à data de aprovação das demonstrações financeiras, para

regularização desta dívida, garantida por hipoteca de ativos imobiliários, fique concluído até final do primeiro semestre de 2013.

em 31 de dezembro de 2012 o detalhe dos emprés-timos bancários é como segue:

> empréstimo, sob a forma de Hot Money, contrata-do pela Sociedade de construções Soares da costa, S.A. junto do ncG Banco, S.A., sucursal em Portugal no montante atual de 1.235 milhares de euros, cujo reembolso ocorrerá em janeiro de 2013.

> empréstimo contratado pela Sociedade de cons-truções Soares da costa, S.A. junto do ncG Banco, S.A., sucursal em Portugal no montante de 1.100 milhares de euros, cujo reembolso será realizado, em 22 prestações com termo em janeiro de 2023.

> empréstimo contratado pela Sociedade de cons-truções Soares da costa, S.A. junto do Banco BPi, no montante atual de 851 milhares de euros, cujo re-embolso será realizado em 3 prestações com termo em setembro de 2013.

> empréstimo contratado pela Sociedade de cons-truções Soares da costa, S.A. junto do Banco BPi, no

Page 56: 2012§oes...as contas do exercício e demais documentos de prestação de contas, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012. estes documentos dão conhecimento sobre

RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, S.A. 56

montante atual de 2.676 milhares de euros, cujo re-embolso será realizado em 8 prestações com termo em agosto de 2016.

> empréstimo contratado pela Sociedade de cons-truções Soares da costa, S.A. junto Banco Bic Por-tuguês, no montante atual de 1.570 milhares de euros, cujo reembolso será realizado em 37 presta-ções com termo em junho de 2016.

> empréstimo contratado pela Sociedade de cons-truções Soares da costa, S.A. junto do Banco Bic Português, no montante atual de 2.190 milhares de euros, cujo reembolso será realizado em 38 presta-ções com termo em junho de 2016.

> empréstimo contratado pela Sociedade de cons-truções Soares da costa, S.A. junto do Banco Bic Português, no montante atual de 328 milhares de euros, cujo reembolso será realizado em 6 presta-ções com termo em junho de 2013.

> empréstimo contratado pela Sociedade de cons-truções Soares da costa, S.A. junto do BAniF Banco internacional do Funchal, no montante atual de 3.035 milhares de euros, cujo reembolso será realizado em 12 prestações com termo em novembro de 2021.

> empréstimo contratado pela Sociedade de cons-truções Soares da costa, S.A. junto do BAniF Banco internacional do Funchal, no montante atual de 660 milhares de euros, cujo reembolso será realizado em dezembro de 2015.

> empréstimo contratado pela Sociedade de construções Soares da costa, S.A. junto do Banco comercial Portu-guês, no montante atual de 570 milhares de euros, cujo reembolso será realizado em junho de 2017.

> empréstimo contratado pela Sociedade de cons-truções Soares da costa, S.A. junto do Banco co-mercial Português, no montante atual de 14.341 milhares de euros, cujo reembolso será realizado em 12 prestações com termo em novembro de 2021.

> empréstimo contratado pela Sociedade de cons-truções Soares da costa, S.A. junto do Banco co-mercial Português e caixa Geral de depósitos, no montante atual de 45.998 milhares de euros, cujo reembolso será realizado em 12 prestações com termo em novembro de 2021.

> empréstimo contratado pela Sociedade de cons-truções Soares da costa, S.A. junto da caixa Geral de depósitos, no montante atual de 8.750 milhares de euros, cujo reembolso será realizado em 12 pres-

tações com termo em novembro de 2021.

> empréstimo contratado pela Sociedade de cons-truções Soares da costa, S.A. junto da caixa Geral de depósitos, no montante atual de 16.000 milha-res de euros, cujo reembolso será realizado em 12 prestações com termo em novembro de 2021.

> empréstimo contratado pela Sociedade de cons-truções Soares da costa, S.A. junto da caixa Geral de depósitos, no montante atual de 1.124 milhares de euros, cujo reembolso será realizado em 6 pres-tações com termo em junho 2013.

> empréstimo contratado pela Sociedade de cons-truções Soares da costa, S.A. junto da caixa Geral de depósitos, no montante atual de 16.980 milha-res de euros, cujo reembolso será realizado em 12 prestações com termo em novembro de 2021.

> empréstimo contratado pela Sociedade de cons-truções Soares da costa, S.A. junto do banco Popu-lar Português, no montante atual de 10.107 milha-res de euros, cujo reembolso será realizado em 12 prestações com termo em novembro de 2021.

> empréstimo contratado pela Sociedade de construções Soares da costa, S.A. junto do Banco Bilbao Vizcaya Argentaria (Portugal), no montante atual de 6.300 milhares de euros, cujo reembolso será realizado em 19 prestações com termo em julho de 2014.

> empréstimo contratado pela Sociedade de constru-ções Soares da costa, S.A. junto do Barclays Bank, no montante atual de 2.040 milhares de euros, cujo reembolso será realizado em janeiro de 2013.

> empréstimo contratado pela Sociedade de cons-truções Soares da costa, S.A. junto do Barclays Bank, no montante atual de 1.711 milhares de euros, cujo reembolso será realizado em janeiro de 2013.

> empréstimo contratado pela Sociedade de constru-ções Soares da costa, S.A. junto do Barclays Bank, no montante atual de 1.200 milhares de euros, cujo reembolso será realizado em janeiro de 2013.

> empréstimo contratado pela Sociedade de constru-ções Soares da costa, S.A. junto do Banco BAi europa, no montante atual de 2.245 milhares de dólares, cujo reembolso ocorrerá em fevereiro de 2013.

> empréstimo contratado pela Sociedade de constru-ções Soares da costa, S.A. junto do Banco BAi europa, no montante atual de 2.600 milhares de dólares, cujo reembolso ocorrerá em fevereiro de 2013.

Page 57: 2012§oes...as contas do exercício e demais documentos de prestação de contas, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012. estes documentos dão conhecimento sobre

RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, S.A. 57

> empréstimo contratado pela Sociedade de cons-truções Soares da costa, S.A. junto do Banco San-tander Totta no montante atual de 1.236 milhares de euros, cujo reembolso será realizado em 15 pres-tações com termo em março de 2014.

> empréstimo contratado pela Sociedade de cons-truções Soares da costa, S.A. junto do Montepio Geral, no montante atual de 5.000 milhares de euros, cujo reembolso será realizado em 36 presta-ções com termo em junho de 2016.

> empréstimo contratado pela Sociedade de cons-truções Soares da costa, S.A. junto do Montepio Geral, no montante atual de 220 milhares de euros, cujo reembolso será realizado em fevereiro de 2013.

> empréstimo contratado pela Sociedade de constru-ções Soares da costa, S.A. junto do Banco espírito Santo, no montante atual de 161 milhares de euros, cujo reembolso será realizado em fevereiro de 2013.

> empréstimo contratado pela Sociedade de cons-truções Soares da costa, S.A. junto do Banco espíri-to Santo, no montante de 3.450 milhares de euros, cujo reembolso será realizado em 22 prestações com termo em novembro de 2014.

> A Sociedade de construções Soares da costa, S.A. tem contratado com o Barclays Bank a colocação e tomada firme de emissões de Papel comercial até ao limite de 8.250 milhares de euros, ao abrigo de um contrato programa válido até agosto de 2013. em 31 de dezembro de 2012 esta colocação estava a ser utilizada na sua totalidade.

> A Sociedade de construções Soares da costa, S.A. tem contratado com a caixa Geral de depósitos a colocação e tomada firme de emissões de Papel co-mercial até ao limite de 15.000 milhares de euros, ao abrigo de um contrato programa válido até no-vembro de 2021. em 31 de dezembro de 2012 esta colocação estava a ser utilizada na sua totalidade.

> A Sociedade de construções Soares da costa, S.A. tem contratado com o Banco comercial Português a colocação e tomada firme de emissões de Papel comercial até ao limite de 4.500 milhares de euros, ao abrigo de um contrato programa válido até no-vembro de 2021. em 31 de dezembro de 2012 esta colocação estava a ser utilizada na sua totalidade.

> A Sociedade de construções Soares da costa, S.A. tem contratado com o Banco comercial Português e com o Banco Popular Portugal a colocação e tomada firme de emissões de Papel comercial até ao limite

de 15.000 milhares de euros, ao abrigo de um con-trato programa válido até novembro de 2021. em 31 de dezembro de 2012 esta colocação estava a ser utilizada na sua totalidade.

> empréstimo contratado pela Sociedade de cons-truções Soares da costa, S.A. junto do Banco Afri-cano de investimentos, no montante atual de 150 milhares de dólares, cujo reembolso será realizado em janeiro de 2013.

> empréstimo contratado pela Sociedade de constru-ções Soares da costa, S.A. junto do Banco de Fomento de Angola, no montante atual de 235.198 milhares de Kuanzas, cujo reembolso será realizado, em 10 pres-tações com termo em setembro de 2013.

> empréstimo contratado pela Sociedade de cons-truções Soares da costa, S.A. junto do Banco de Fomento de Angola, no montante atual de 742.000 milhares de Kuanzas, cujo reembolso será realizado em junho de 2013.

> empréstimo contratado pela Sociedade de constru-ções Soares da costa, S.A. junto do Banco Bic Angola, no montante atual de 743.265 milhares de Kuanzas, cujo reembolso será realizado em abril de 2013.

> empréstimo contratado pela Sociedade de constru-ções Soares da costa, S.A. junto do Banco Africano de investimentos, no montante atual de 1.119.189 milhares de Kuanzas, cujo reembolso será realizado em 11 prestações com termo novembro de 2013.

> empréstimo contratado pela Sociedade de cons-truções Soares da costa, S.A. junto do Banco Pri-vado Atlântico, no montante atual de 1.416.500 milhares de Kuanzas, cujo reembolso será realizado em fevereiro de 2013.

> empréstimo contratado pela Sociedade de construções Soares da costa, S.A. junto do Mizrahi Tefahot Bank, LTd., no montante atual de 2.000 milhares de euros, cujo reembolso será realizado em fevereiro de 2013.

> empréstimo contratado pela Sociedade de construções Soares da costa, S.A. junto do Mizrahi Tefahot Bank, LTd., no montante atual de 4.115 milhares de euros, cujo reembolso será realizado em fevereiro de 2013.

O valor dos empréstimos registados no balanço à data de 31 de dezembro de 2012 tem as seguintes maturidades:

Page 58: 2012§oes...as contas do exercício e demais documentos de prestação de contas, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012. estes documentos dão conhecimento sobre

RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, S.A. 58

Maturidades empréstimosbancários

empréstimos por obrigações

Outrosempréstimos

obtidos

descobertosbancários

O. emprést. Obtidos

(Factoring)

total

2013 123.305.511 10.151.987 685.659 134.143.157

2014 13.798.999 13.798.999

2015 12.878.529 12.878.529

2016 38.047.308 38.047.308

2017 35.240.287 35.240.287

2018 34.730.287 34.730.287

após 2018 104.250.860 104.250.860

TOTAL 362.251.780 - - 10.151.987 685.659 373.089.427

Os empréstimos, à data de 31 de dezembro de 2012, venciam juros às seguintes taxas:

natureza Mínimo Máximo

contas caucionadas 5,030% 9,190%

Hot Money 7,235% 11,940%

empréstimos bancários 2,222% 8,670%

emissão de papel comercial 4,856% 6,604%

em 31 de dezembro de 2012 a rubrica “dívidas a terceiros” tem a seguinte decomposição:

dívidas a terceiros 31 dez 12 31 dez 11

empresas do Grupo 39 66.953

Regime especial de tributação dos grupos de empresas - 6.488.791

empresas participadas 108.671 1.580.283

empresas associadas - 44.031

Empresas do Grupo, Associadas e Participadas - corrente 108.711 8.180.059

Outros credores 34.421.401 37.101.488

Outras divídas a terceiros - corrente 34.421.401 37.101.488

O detalhe da rubrica “estado e outros entes públicos” acima evidenciada à data de 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011 é como segue:

31 dez 12 31 dez 11

imposto sobre o valor acrescentado 51 -

imposto sobre o rendimento do exercício 9.642 8.251

contribuições para a segurança social 1.218.754 1.531.247

Outros 464.073 518.568

1.692.520 2.058.065

.19 diScRiMinAÇÃO de OUTRAS dÍVidAS A TeRceiROS

Page 59: 2012§oes...as contas do exercício e demais documentos de prestação de contas, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012. estes documentos dão conhecimento sobre

RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, S.A. 59

Outros passivos correntes 31 dez 12 31 dez 11

Acréscimos de gastos 60.544.548 75.739.407

Rendimentos a reconhecer 10.081.932 29.177.263

TOTAL 70.626.480 104.916.669

em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011 estas rubricas tinham a seguinte decomposição:

31 dez 12 31 dez 11

Acréscimos de gastos

Faturas por rececionar 53.830.626 66.549.522

Remunerações a liquidar 4.166.831 5.416.612

Juros a liquidar 688.614 1.322.178

Outros acréscimos de gastos 1.858.477 2.451.095

TOTAL 60.544.548 75.739.407

Rendimentos a reconhecer

Trabalhos faturados não executados 7.999.181 28.589.418

Outros rendimentos a reconhecer 2.082.751 587.845

TOTAL 10.081.932 29.177.263

.20

.21

diScRiMinAÇÃO de OUTROS PASSiVOS cORRenTeS

diScRiMinAÇÃO dO MOViMenTO nO PeRÍOdO dOS AJUSTAMenTOS de VALOR e dAS PROViSÕeS

O movimento ocorrido nos ajustamentos de valor é como segue:

Ajustamentos de valor notas saldo Inicial fusãocontacto

Aumento Redução saldo final

clientes cobrança duvidosa 18.602.666 351.812 16.618.212 (364.211) 35.208.479

Clientes 13 18.602.666 351.812 16.618.212 (364.211) 35.208.479

Outros devedores 1.384.122 28.177 - (28.177) 1.384.122

Outras dívidas de terceiros 13 1.384.122 28.177 - (28.177) 1.384.122

Produtos acabados e intermédios 3.869.840 - - - 3.869.840

Inventários 12 3.869.840 - - - 3.869.840

TOTAL DE AjUSTAMENTOS DE VALOR 23.856.627 379.990 16.618.212 (392.388) 40.462.441

O movimento ocorrido nas provisões é como segue:

Page 60: 2012§oes...as contas do exercício e demais documentos de prestação de contas, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012. estes documentos dão conhecimento sobre

RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, S.A. 60

Provisões saldo Inicial fusão contacto Aumento Redução saldo final

Provisões para impostos 15.000 472.382 160.361 (114.858) 532.885

Outras provisões para riscos e encargos - 49.570 34.500 (44.474) 39.596

TOTAL 15.000 521.952 194.861 (159.332) 572.481

O registo das perdas por imparidade relacionadas com as dívidas de terceiros tem por base uma análise indi-vidualizada do risco, ponderando a natureza do terceiro, a mora do crédito.

As vendas e prestações de serviços por mercados geográficos, distribuem-se da seguinte forma:

Réditos de vendas por mercados geográficos 31 dez 12 % 31 dez 11 %

Portugal 164.663.064 31,66% 233.096.859 38,49%

Angola 315.190.877 60,61% 310.618.639 51,28%

Moçambique 37.341.030 7,18% 54.899.201 9,06%

Roménia 305.073 0,06% 6.629.981 1,09%

e.U.A. 136.280 0,03% - 0,00%

S. Tomé e Príncipe 580.493 0,11% - 0,00%

Outros 1.829.806 0,35% 432.356 0,07%

TOTAL 520.046.624 100,00% 605.677.038 100,00%

A decomposição desta rubrica à data de 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011 é a seguinte:

Vendas e Prestações de serviços 31 dez 12 31 dez 11

Mercadorias 291.752 483.182

Produtos acabados e intermédios 10.810 22.990

Subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos 1.720 4.398

Prestação de serviços 508.635.796 591.651.888

Rendimentos suplementares 11.106.546 13.514.581

TOTAL 520.046.624 605.677.038

Os ativos líquidos e investimentos em ativos tangíveis distribuem-se por mercados geográficos como segue:

.22 inFORMAÇÃO POR SeGMenTOS

Page 61: 2012§oes...as contas do exercício e demais documentos de prestação de contas, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012. estes documentos dão conhecimento sobre

RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, S.A. 61

Portugal Angola Moçambique s. tomé e Príncipe

guiné Roménia Omã Outros total

Ativos líquidos

Ativos fixos tangíveis 18.074.372 103.641.667 2.131.405 302.890 312.726 146.361 41.960 - 124.651.380

investimentos financeiros 5.611.895 4.066 - 256.024 - - - 2.396.077 8.268.061

inventários 22.172.054 17.623.380 521.427 - - - - - 40.316.861

dívidas de terceiros 293.523.560 250.893.354 29.814.021 1.241.141 6.994.982 3.642.831 2.270.531 3.375.042 591.755.462

disponibilidades 9.423.274 41.486.333 1.390.514 - 1.288 323.598 958.007 108.822 53.691.836

Ativos por impostos diferidos 607.308 - - - - - - - 607.308

Outros ativos 34.084.913 45.573.255 682.386 86.337 1.263.236 3.020.401 - 1.208.553 85.919.081

TOTAL 383.497.376 459.222.055 34.539.753 1.886.392 8.572.231 7.133.191 3.270.498 7.088.495 905.209.990

Investimentos realizados no ano

Ativos fixos tangíveis e intangíveis 13.496 3.730.299 742.053 - - - 43.726 - 4.529.575

TOTAL 13.496 3.730.299 742.053 - - - 43.726 - 4.529.575

.23 OUTROS GAnHOS e PeRdAS OPeRAciOnAiS

Os outros ganhos operacionais são como segue:

Outros rendimentos e ganhos 31 dez 12 31 dez 11

Ganhos em ativos fixos tangíveis 444.956 2.643.416

Beneficios e penalidades contratuais 8.187 227.759

Restituição de impostos 40.418 132.600

Outros rendimentos e ganhos operacionais 4.307.241 12.438.547

TOTAL 4.800.802 15.442.323

As outras perdas operacionais são como segue:

Outros gastos e perdas 31 dez 12 31 dez 11

dívidas incobráveis 91.889 315.011

Perdas em ativos fixos tangíveis 409.662 1.672.564

Multas 51.496 116.677

donativos 2.385 17.726

Perdas em inventários 39.016 113.597

Penalidades contratuais 192.751 771.805

Outros gastos e perdas operacionais 4.497.126 4.809.864

TOTAL 5.284.325 7.817.243

Page 62: 2012§oes...as contas do exercício e demais documentos de prestação de contas, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012. estes documentos dão conhecimento sobre

RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, S.A. 62

O número médio de pessoal ao serviço na empresa durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2012 e 2011, num total de 1.435 e 1.990, respetivamente, é como segue:

direção quadros superiores

quadros Médios

encarr. Mestres e chefes

Profissionaisalta qualific.

qualificados esemi-qualif.

não qualificados

Praticantes e aprendizes

Construtora

4 234 54 184 718 16 84 0

ACE'S

9 8 12 5 2 62 43 0

direção quadros superiores

quadros Médios

encarr. Mestres e chefes

Profissionaisalta qualific.

qualificados esemi-qualif.

não qualificados

Praticantes e aprendizes

Construtora

4 267 74 225 956 19 121 0

ACE'S

20 13 29 11 11 92 148 0

As remunerações atribuídas aos membros dos órgãos sociais no exercício findo em 31 de dezembro de 2012 e 2011 foram as seguintes:

Orgãos sociais 31 dez 12 31 dez 11

Administração 654.183 697.000

Fiscal único 45.000 35.000

Os gastos com o pessoal durante os exercícios de 2012 e 2011, apresentam a seguinte decomposição:

Orgãos sociais 31 dez 12 31 dez 11

Remunerações 61.307.307 67.987.704

encargos sociais 22.525.409 15.109.322

TOTAL 83.832.716 83.097.026

.24

.25

PeSSOAL

decOMPOSiÇÃO dOS GASTOS cOM FORneciMenTOS e SeRViÇOS eXTeRnOS

Os gastos com fornecimentos e serviços externos no exercício de 2012 e 2011, apresentam a seguintedecomposição:

Page 63: 2012§oes...as contas do exercício e demais documentos de prestação de contas, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012. estes documentos dão conhecimento sobre

RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, S.A. 63

fornecimentos e serviços externos 31 dez 12 31 dez 11

Subcontratos 191.844.826 185.441.319

consórcios e Ace's 10.832.571 17.217.734

Trabalhos especializados 13.352.618 11.307.782

Aluguer de equipamentos 2.813.355 4.883.780

Aluguer de viaturas pesadas 3.459.963 2.922.109

deslocações e estadas 1.145.364 4.457.664

Rendas de edifícios 4.103.368 4.344.130

Vigilância e segurança 3.890.069 2.213.584

Transportes 2.043.362 1.707.114

Honorários 1.556.146 1.122.887

Seguros 1.256.632 1.753.790

comunicação 1.707.933 820.856

combustíveis 1.062.396 1.417.414

Aluguer de viaturas ligeiras 2.745.737 1.160.741

eletricidade 412.575 431.490

Rendas de terrenos 89.517 83.804

Outros 2.179.969 23.293.761

integração Ace´s 67.005.063 105.281.730

TOTAL 311.501.464 369.861.690

Os resultados financeiros dos períodos findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011 apresentam a seguinte decomposição:

gastos e Perdas 31 dez 12 31 dez 11

Juros suportados 30.454.696 14.928.587

diferenças de câmbio desfavoráveis 6.969.338 24.693.093

descontos de pronto pagamento concedidos 48 28.721

Outros gastos e perdas financeiros 12.326.632 8.551.873

(1) 49.750.714 48.202.274

Rendimentos e ganhos 31 dez 12 31 dez 11

Juros obtidos 15.261.074 5.789.104

diferenças de câmbio favoráveis 6.040.651 28.736.391

descontos de pronto pagamento obtidos 142.163 352.094

Rendimentos de participação de capital 160.000 20.000

Outros rendimentos e ganhos financeiros 12.715 13.738

(2) 21.616.603 34.911.327

Resultados financeiros (2)-(1) (28.134.111) (13.290.948)

A rubrica ”Outras perdas financeiras” inclui, essencialmente, custos com garantias bancárias e custos com serviços debitados por instituições bancárias.

.26 deMOnSTRAÇÃO dOS ReSULTAdOS FinAnceiROS

Page 64: 2012§oes...as contas do exercício e demais documentos de prestação de contas, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012. estes documentos dão conhecimento sobre

RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, S.A. 64

A empresa é tributada em iRc, segundo o Regime especial de Tributação dos Grupos de Sociedades. A empresa, sendo dominada, regista nas contas de “empresas do Grupo, associadas e participadas” o crédito/débito referente ao seu contributo de im-posto. A empresa dominante é a sociedade “Grupo Soares da costa, S.G.P.S., S.A.”.

de acordo com a legislação fiscal, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correção por parte das autoridades fiscais durante um período de

.27 iMPOSTO SOBRe O RendiMenTO e iMPOSTOS diFeRidOS

quatro anos (cinco anos para a segurança social). deste modo, as declarações fiscais da empresa re-ferentes aos anos de 2009 e seguintes podem vir ainda ser sujeitas a revisão. O conselho de Adminis-tração da empresa entende que eventuais correções a existir não terão um efeito significativo nas de-monstrações financeiras.

O imposto sobre o rendimento registado nos pe-ríodos findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011 decompõe-se do seguinte modo:

Imposto sobre o rendimento 31 dez 12 31 dez 11

imposto corrente (4.353.230) 6.508.117

imposto diferido (1.661.239) (150.705)

TOTAL (6.014.469) 6.357.413

A reconciliação do resultado antes de imposto para o imposto do período é como segue:

taxa Base fiscal Imposto

Taxa e imposto nominal sobre o rendimento (em vigor em Portugal) 26,50% (30.350.210) (8.042.806)

derrama estadual - -

Tributação autónoma 4.121.071 1.092.084

Ajustamentos geradores de impostos diferidos (6.268.824) (1.661.238)

Outros ajustamentos 10.059.147 2.597.492

Taxa e imposto efetivo sobre o rendimento 25,14% (6.014.469)

Os ativos por impostos diferidos e os passivos por impostos diferidos apresentados no balanço têm as se-guintes naturezas das situações que lhes dão origem:

Ativos por impostos diferidos 31 dez 12 31 dez 11

diferença Valorização Ativos Fixos 137.035 -

Justo Valor dos instrumentos Financeiros - 345.204

Outros 470.273 706.015

TOTAL 607.308 1.051.219

O instrumento financeiro derivado existente em 2011 foi liquidado no decorrer de 2012, tendo ori-ginado a variação do justo valor de instrumentos

financeiros derivados e de ativos por impostos dife-ridos de 1.190.357 euros e 345.204 euros, respe-tivamente.

Passivos por impostos diferidos 31 dez 12 31 dez 11

diferença Valorização Ativos Fixos 9.988.914 10.327.166

Ajustamentos de transição-proveitos diferidos 2.542.823 -

Mais Valias com Tributação diferida 128.630 137.695

Outros 362.551 291.954

TOTAL 13.022.918 10.756.814

Page 65: 2012§oes...as contas do exercício e demais documentos de prestação de contas, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012. estes documentos dão conhecimento sobre

RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, S.A. 65

em 31 de dezembro de 2012 e 2011, os resultados básicos por ação correspondem ao resultado líquido

.28

.29

.30

ReSULTAdOS POR AÇÃO

GARAnTiAS PReSTAdAS

RiScOS FinAnceiROS

O valor das garantias bancárias prestadas pela empresa a terceiros à data de 31 de dezembro de 2012, é como segue:

Garantias Bancárias prestadas a Terceiros 201.709.729

cauções prestadas 14.185.908

Risco cambialeste risco advém principalmente da presença in-ternacional da empresa que a expõe aos efeitos derivados de alterações na paridade das moedas relativamente ao euro. A política de gestão de risco de taxa de câmbio seguida pela empresa tem como

objetivo diminuir ao máximo a sensibilidade dos resultados da empresa a flutuações cambiais. A em-presa procura, tanto quanto possível, equilibrar os ativos com responsabilidades na mesma divisa.

dividido pelo número de ações ordinárias da empresa durante o período, tendo sido calculado como segue:

Resultados por ação 31 dez 12 31 dez 11

Resultado das operações continuadas (24.335.741) 12.178.856

Resultado líquido (24.335.741) 12.178.856

número total de ações ordinárias 13.280.800 10.000.000

Resultado por ação das operações continuadas

Básico (1,832) 1,218

diluído (1,832) 1,218

Resultado por ação

Básico (1,832) 1,218

diluído (1,832) 1,218

Page 66: 2012§oes...as contas do exercício e demais documentos de prestação de contas, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012. estes documentos dão conhecimento sobre

RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, S.A. 66

Ativos euR usd AOK MZM Ils Outras total

investimentos financeiros 8.002.918 2.066 - - - 263.077 8.268.061

clientes 123.070.881 227.721.942 - 14.675.248 937.877 3.764.758 370.170.705

empresas do Grupo 187.608.101 110.584 - - - - 187.718.685

empresas Associadas 240.200 - - - - 443.326 683.526

empresas Participadas e Participantes 778 - - - - - 778

ReTGS 4.377.855 - - - - - 4.377.855

Adiantamentos a fornecedores 2.096.719 4.698.232 5.438.659 3.019.515 - 1.210.363 16.463.487

estado e Outros entes Públicos 3.431.530 - - - - - 3.431.530

Outros devedores 7.717.617 367.864 670.675 17.066 13.849 121.826 8.908.897

depósitos bancários 10.859.532 22.177.301 18.628.209 526.053 8.283 1.216.078 53.415.457

caixa 34.518 20.766 119.233 101.862 - - 276.378

Outros ativos correntes e não correntes 85.919.082 - - - - - 85.919.082

Passivos euR usd AOK MZM Ils Outras total

empréstimos bancários 164.903.942 46.183.666 129.806.720 21.384.160 350 10.124.929 372.403.767

Outros financiamentos obtidos 685.659 - - - - - 685.659

empresas do Grupo 39 - - - - - 39

empresas Participantes e Participadas 108.671 - - - - - 108.671

Fornecedores 109.580.973 79.843.027 2.399.921 10.257.412 18.022 23.858 202.123.212

Fornecedores de investimento 198.585 - - - - - 198.585

Adiantamentos de clientes 22.967.805 44.236.508 271.704 5.011.348 - 2.062.300 74.549.665

credores por locação financeira 748.245 - - - - - 748.245

estado e Outros entes Públicos 1.692.520 - - - - - 1.692.520

Outros credores 22.927.904 5.929.326 - 5.564.171 - - 34.421.401

Outros passivos correntes 70.626.480 - - - - - 70.626.480

Risco de créditoeste risco está associado às contas a receber decor-rentes do normal desenvolvimento das atividades da empresa. em função da antiguidade de crédito, perfil de risco do cliente, experiência recolhida e demais circunstâncias é aferida a necessidade de registo de imparidades.

em 31 de dezembro de 2012 as contas a receber para as quais não foram registados ajustamentos por se considerar que as mesmas são realizáveis, são as seguintes:

clientes c/c clientes títulos a receber 31 dez 12 31 dez 11

não vencido 99.387.387 1.753.093 101.140.480 156.121.454

0 a 180 dias 54.109.562 54.109.562 59.719.539

181 a 360 dias 31.819.289 31.819.289 35.424.630

361 a 540 dias 10.901.872 10.901.872 32.231.897

541 a 720 dias 25.877.201 25.877.201 12.580.876

+ de 720 dias 146.322.301 146.322.301 125.305.205

TOTAL 368.417.612 1.753.093 370.170.705 421.383.600

Os valores em dívida há mais de 360 dias, estratificam-se por tipo de cliente de modo seguinte:

Page 67: 2012§oes...as contas do exercício e demais documentos de prestação de contas, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012. estes documentos dão conhecimento sobre

RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, S.A. 67

Valores em dívida > 360 dias 31 dez 12 31 dez 11

entidades Públicas Angolanas 64.670.782 66.251.920

entidades Privadas Angolanas 41.453.513 25.710.594

entidades Públicas nacionais 38.055.628 34.388.738

entidades Privadas nacionais 21.734.073 24.441.239

entidades Públicas Guinienses 6.783.240 2.533.240

entidades Públicas Moçambicanas 6.802.885 -

entidades Privadas Moçambicanas 2.409.482 13.940.095

Outras 1.191.772 2.852.153

TOTAL 183.101.374 170.117.978

Os valores acima referidos na categoria “entidades Públicas Angolanas” e “entidades Privadas Angola-nas” incluem, com referência a 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011, aproximadamente 75 milhões de euros, em nome de uma sociedade de direito angolano e de partes relacionadas correspon-dentes, com a qual decorrem negociações tendo em vista a sua regularização.

É convicção do conselho de Administração que o valor dos ajustamentos de contas a receber, à data de 31 de dezembro de 2012, mostra-se adequado para fazer face às imparidades estimadas.

Risco de liquidezA política de gestão do risco de liquidez visa asse-gurar, a cada momento, que o perfil de vencimen-tos da dívida se adequa à capacidade da empresa de gerar fluxos de caixa para o seu pagamento.

A gestão do risco de liquidez passa, portanto, por gerir os desajustamentos entre as necessidades de fundos (por gastos operativos e financeiros, inves-timentos e vencimento de dívidas), com as fontes de receita (recebimentos de clientes, desinvestimen-tos, compromissos de financiamento por entidades financeiras). em paralelo, a empresa toma medidas de gestão que previnem a ocorrência desse risco mediante uma adequada e atempada gestão de tesouraria. Para gerir o risco de liquidez a empresa mantém um equilíbrio entre o prazo e a flexibilida-de do endividamento contratado através do uso de financiamentos escalonados que encaixem com as ne-cessidades de fundos. Para além disso, a empresa tem contratos de apoio à tesouraria que permitem evitar a existência de roturas (temporárias) de tesouraria.

A maturidade dos passivos financeiros em 31 de dezembro de 2012 é como segue:

Maturidades empréstimos fornecedores fornecedores de

Investimento

credores por

locações financeiras

Adiantamentos de clientes

Outros credores

Outros passivos e instrumentos

financeiros derivados

total

2013 134.143.157 189.144.179 198.585 647.334 63.434.728 36.222.631 83.649.397 507.440.011

2014 13.798.999 3.512.847 - 52.499 11.114.936 - - 28.479.282

2015 12.878.529 3.269.736 - 48.413 - - - 16.196.678

2016 38.047.308 2.724.455 - - - - - 40.771.763

2017 35.240.287 3.471.995 - - - - - 38.712.282

2018 34.730.287 - - - - - - 34.730.287

após 2018 104.250.860 - - - - - - 104.250.860

TOTAL 373.089.427 202.123.212 198.585 748.245 74.549.665 36.222.631 83.649.397 770.581.163

em 31 de dezembro de 2012 o valor em conten-cioso, incluído no saldo da rubrica de fornecedores, ascende a 6.753.571,16 euros.

Page 68: 2012§oes...as contas do exercício e demais documentos de prestação de contas, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012. estes documentos dão conhecimento sobre

RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, S.A. 68

com data de 1 março de 2013 ocorreu o registo definitivo da fusão da empresa construções Metá-

.31

.32

.33

.34

.35

AcOnTeciMenTOS SUBSeQUenTeS

cOnTinGÊnciAS

APROVAÇÃO de cOnTAS PARA eMiSSÃO

ALTeRAÇÕeS de POLÍTicAS, eSTiMATiVAS e eRROS

PRinciPAiS indicAdOReS FinAnceiROS

licas Socometal, S.A. na Sociedade de construções Soares da costa, S.A..

diferendo quinta da Murtosa / sociedade de construções soares da costa / cM PortoForam resolvidos os diferendos anteriormente re-portados com a Quinta da Murtosa e o Município do Porto. em resultado dessas resoluções resultou que a subsidiária Sociedade de construções Soares da

costa, S.A., receberá do Município do Porto lotes de terreno para construção com uma capacidade cons-trutiva de cerca de 30.300 m2 e pagará à Quinta da Murtosa a quantia de 500.000,00 euros. Os valores envolvidos com estas transações não têm reflexo relevante nas contas do exercício.

em reunião de 25 de março de 2013 o conselho de Administração aprovou emitir as presentes demons-trações financeiras.

durante o exercício de 2012 não ocorreram altera-ções de políticas contabilísticas, face às considera-das na preparação da informação financeira relativa

ao exercício de 2011 nem foram registados erros materiais relativos a exercícios anteriores.

Indicadores económicos 31 dez 12 31 dez 11

Liquidez reduzida 146,3% 110,9%

Liquidez geral 150,8% 112,0%

Solvabilidade 17,4% 18,9%

Autonomia financeira 14,8% 15,9%

Autofinanciamento capitais permanentes 32,6% 55,2%

Grau de cobertura do imobilizado 298,8% 160,8%

Page 69: 2012§oes...as contas do exercício e demais documentos de prestação de contas, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012. estes documentos dão conhecimento sobre

RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, S.A. 69

PARECERES E CERTIFICAÇÕES

Instituto Nacional de Estatística Luanda Angola

portfolio completo disponível em: www.portfolio.soaresdacosta.pt

Page 70: 2012§oes...as contas do exercício e demais documentos de prestação de contas, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012. estes documentos dão conhecimento sobre

RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, S.A. 70

ReLATÓRiO e PAReceR dO FiScAL ÚnicO

Senhores Acionistas,

RELAtóRIO

no cumprimento do mandato que V. exas. nos con-feriram e no desempenho das nossas funções legais e estatuárias, acompanhámos durante o exercício de 2012, a atividade da Sociedade de construções Soares da costa, S.A., examinámos regularmente os livros, registos contabilísticos e demais documenta-ção, constatámos a observância da lei e dos estatu-tos e obtivemos do conselho de Administração os es-clarecimentos, informações e documentos solicitados.

A demonstração da posição financeira, a demonstra-ção dos resultados separada, a demonstração do ren-dimento integral, a demonstração das alterações no capital próprio, a demonstração dos fluxos de caixa, as correspondentes notas e o Relatório de Gestão, lidos em conjunto com a certificação Legal das contas, permitem uma adequada compreensão da situação fi-nanceira e dos resultados da empresa e satisfazem as disposições legais e estatuárias em vigor. Os critérios valorimétricos utilizados merecem a nossa concordância.

PAREcER

Assim, propomos:

1º Que sejam aprovados o Relatório de Gestão, a de-monstração da posição financeira, a demonstração dos resultados separada, a demonstração do ren-dimento integral, a demonstração das alterações no capital próprio, a demonstração dos fluxos de caixa e as notas às demonstrações financeiras, apresentados pelo conselho de Administração, relativos ao exercício de 2012.

2º Que seja aprovada a proposta de aplicação de re-sultados apresentada pelo conselho de Administração.

Porto, 25 de março de 2013

Paulo Jorge de Sousa Ferreira, em representação deBdO & Associados, SROc, Lda.

BdO & Associados, SROc, Lda.Rua S. João de Brito, 605 e - 3.24100 - 455 Porto PortugalT. +351 226 166 140F. +351 226 166 149www.bdo.pt

Page 71: 2012§oes...as contas do exercício e demais documentos de prestação de contas, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012. estes documentos dão conhecimento sobre

RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, S.A. 71

ceRTiFicAÇÃO LeGAL dAS cOnTAS

IntROduÇÃO

1. examinámos as demonstrações financeiras da So-ciedade de construções Soares da costa, S.A. (adiante também designada por empresa), as quais compre-endem a demonstração da posição financeira em 31 de dezembro de 2012, (que evidencia um total de 905.209.990 euros e um total de capital próprio de 134.056.347 euros, incluindo um Resultado líquido negativo de 24.335.741 euros), a demonstração dos resultados separada, a demonstração do rendimento integral, a demonstração das alterações no capital próprio, a demonstração dos fluxos de caixa do exer-cício findo naquela data, e as correspondentes notas.

ReSPOnSABiLidAdeS

2. É da responsabilidade do conselho de Administra-ção a preparação de demonstrações financeiras que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posi-ção financeira da empresa, o resultado e o rendimento integral das suas operações, as alterações no capital próprio e os fluxos de caixa, bem como a adoção de políticas e critérios contabilísticos adequados e a ma-nutenção de um sistema de controlo interno apropriado.

3. A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional e independente, baseada no nosso exame daquelas demonstrações financeiras.

ÂMBiTO

4. O exame a que procedemos foi efetuado de acordo com as normas Técnicas e as diretrizes de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de contas, as quais exigem que o mesmo seja planeado e exe-cutado com o objetivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras estão isentas de distorções materialmente relevantes. Para tanto o referido exame incluiu:

> a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgações constantes das demons-trações financeiras e a avaliação das estimativas, ba-seadas em juízos e critérios definidos pelo conselho de Administração, utilizadas na sua preparação;

> a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adotadas e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias;

> a verificação da aplicabilidade do príncipio da conti-nuidade; e

> a apreciação sobre se é adequada, em termos glo-bais, a apresentação das demonstrações financeiras.

5. O nosso exame abrangeu também a verificação da concordância da informação constante do relatório de gestão com as demonstrações financeiras.

6. entendemos que o exame efetuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião.

OPiniÃO

7. em nossa opinião, as referidas demonstrações financeiras apresentam de forma verdadeira e apro-priada, em todos os aspectos materialmente relevan-tes, a posição financeira da Sociedade de construções Soares da costa, S.A., em 31 de dezembro de 2012, o resultado e o rendimento integral das suas operações, as alterações no capital próprio e os fluxos de caixa no exercício findo naquela data, em conformidade com as normas internacionais de Relato Financeiro, tal como adotadas na União europeia.

ÊnFASe

8. Sem afetar a opinião expressa no parágrafo ante-rior, chamamos a atenção para o facto de, conforme se encontra mencionado na nota 30 das demonstrações

BdO & Associados, SROc, Lda.Rua S. João de Brito, 605 e - 3.24100 - 455 Porto PortugalT. +351 226 166 140F. +351 226 166 149www.bdo.pt

Page 72: 2012§oes...as contas do exercício e demais documentos de prestação de contas, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012. estes documentos dão conhecimento sobre

RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, S.A. 72

financeiras, o saldo da rubrica clientes integrar dívi-das vencidas em nome de uma sociedade de direito angolano e de partes relacionadas correspondentes, totalizando aprximadamente 75 milhões de euros, cuja cobrança se encontra dependente de um processo ne-gocial com a Administração dessa sociedade, quanto à execução de parte dos contratos de empreitada com este cliente. em função da experiência da Administra-ção da empresa nesse mercado, os valores em causa serão cobráveis, não sendo expectável qualquer perda nestes ativos financeiros.

ReLATO SOBRe OUTROS ReQUiSiTOS LeGAiS

9. É também nossa opinião que a informação cons-tante do relatório de gestão é concordante com as de-monstrações financeiras do exercício.

Porto, 25 de março de 2013

Paulo Jorge de Sousa Ferreira, em representação deBdO & Associados, SROc, Lda.