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Escola de Saúde Pública do Estado de Minas Gerais Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte OficinaS dE QualificaçãO da atEnçãO PriMária à SaúdE EM BElO HOrizOntE Oficina 8 Promoção da Saúde Guia do Gerente de Projeto tutor/facilitador Belo Horizonte, 2011 Oficina 8_tutor_260811.indd 1 26/08/2011 15:58:48

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Escola de Saúde Pública do Estado de Minas GeraisSecretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais

Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte

OficinaS dE QualificaçãO da atEnçãO PriMária à SaúdE EM BElO HOrizOntE

Oficina 8

Promoção da Saúde

Guia do Gerente de Projeto

tutor/facilitador

Belo Horizonte, 2011

Oficina 8_tutor_260811.indd 1 26/08/2011 15:58:48

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Minas Gerais. Escola de Saúde Pública do Estado de Minas Gerais.M663i Implantação do Plano Diretor da Atenção Primária à Saúde / Escola de Saúde Pública do Estado de Minas Gerais. -- Belo Horizonte: ESPMG, 2011. Conteúdo: Oficina 8 – Promoção da Saúde Guia do Tutor/Facilitador 68 p. ISBN: 978-85-62047-04-6 1. Atenção Primária à Saúde. 2. Atenção Primária à Saúde, Oficina de Qualificação. I. Escola de

Saúde Pública do Estado de Minas Gerais. II. Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais. III. Secre-taria Municipal de Saúde de Belo Horizonte. IV. Título.

WA 540

ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA DO ESTADO DE MINAS GERAIS Av. Augusto de Lima, 2.061 – Barro Preto – BH – MGCEP: 30190-002 Unidade Geraldo Campos ValadãoRua Uberaba, 780 – Barro Preto – BH – MGCEP: 30180-080 www.esp.mg.gov.br

Damião Mendonça Vieira Diretor Geral da Escola de Saúde Pública do Estado de Minas Gerais

Fernanda Jorge MacielSuperintendente de Educação

Marilene Barros de MeloSuperintendente de Pesquisa

Miguel Ângelo Borges de Andrade Superintendente de Planejamento, Gestão e Finanças

Fabiane Martins RochaAssessora de Comunicação Social

Audrey Silveira Batista Assessor Jurídico

Nina de Melo DávelAuditora Setorial

Júlia Selani Rodrigues Silva MeloCoordenadoria de Educação Permanente

Clarice Castilho Figueiredo Coordenadoria de Educação Técnica

Nery Cunha VitalCoordenadoria de Pós-Graduação

Equipe do PDAPS – Coordenadoria de Educação Permanente – SEDU/ESP-MGDinalva Martins IriasEleni Fernandez Motta de LimaIvan Rodrigues MachadoVirgínia Rodrigues Braga

Revisão Técnico-Pedagógica:Dinalva Martins Irias Dulcinéia Pereira da CostaJuracy Xavier de OliveiraPoliana Cabral de Assis

Editora Responsável: Fabiane Martins Rocha

Produção Gráfica e Impressão: Autêntica Editora

SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DE MINAS GERAIS Rod. Pref. Américo Gianetti, s/n, Ed. Minas, Serra Verde,Belo Horizonte – MGwww.saude.mg.gov.br

Antônio Jorge de Souza MarquesSecretário de Estado de Saúde de Minas Gerais

Breno Henrique Avelar de Pinho SimõesSecretário Adjunto de Estado de Saúde de Minas Gerais

Maurício Rodrigues Botelho Subsecretário de Políticas e Ações de Saúde

Marcílio Dias MagalhãesSuperintendente de Redes de Atenção à Saúde

Marco Antônio Bragança de MatosAssessor de Normalização de Serviços de Saúde

Wagner Fulgêncio EliasSuperintendente de Atenção Primária à Saúde

Rodrigo Martins MachadoGerente Adjunto do Projeto Estruturador Saúde em Casa

Jorge Luiz VieiraSubsecretário de Inovação e Logística em Saúde

Cristina Luiza Ramos da FonsecaSuperintendente de Gestão de Pessoas e Educação em Saúde

Aline Branco MacedoDiretoria de Desenvolvimento de Pessoas

SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE BELO HORIZONTEAv. Afonso Pena 2336 Funcionários - Belo Horizonte – MG – CEP:30130-007www.pbh.gov.br

Márcio Araújo de LacerdaPrefeito de Belo Horizonte

Marcelo Gouvêa TeixeiraSecretário Municipal de Saúde de Belo Horizonte

Susana Maria Moreira RatesSecretária Municipal Adjunta

Fabiano PimentaSecretário Municipal Adjunto

Maria Luiza Tostes Gerente de Assistência

Janete Maria FerreiraGerente do Projeto em Belo Horizonte

ELABORAÇÃO DO PLANO DIRETOR DA ATENÇÃOPRIMÁRIA À SAÚDE

Eugênio Vilaça MendesConsultor da Secretaria de Estado de Saúde

Maria Emi ShimazakiConsultora Técnica

Marco Antônio Bragança de MatosAssessor de Normalização de Serviços de Saúde

Fernando Antônio Gomes LelesEmpreendedor Público

Wagner Fulgêncio EliasSuperintendente de Atenção Primária à Saúde

Luciana Maria de MoraesTécnica da Assessoria de Normalização de Serviços de Saúde

Marli NacifTécnica da Gerência de Atenção Primária à Saúde

GRUPO DE ADAPTAÇÃO DAS Oficinas DE QUALIFICAÇÃO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE EM BELO HORIZONTE

Representantes da Secretaria Municipal de Saúde:Adriana Lúcia MeirelesAlexandre MouraAline Mendes SilvaAmália Efigênia Froes FonsecaAndréia Ramos AlmeidaBárbara Lyrio UrsineBianca Guimarães VelosoCarlos Alberto Tenório CavalcanteCristiane HernandesEliana Maria de Oliveira Sá Eliane Maria de Sena SilvaEvely CapdevilleHeloisa Faria de MendonçaHeloisa Maria MuzziJanete dos Reis CoimbraJosei Karly S. C. MottaLetícia de Castro MaiaLorena Guimarães AntoniniLuisa da Matta Machado FernandesMaria Eliza V. SilvaMaria Imaculada Campos DrumondMaria Terezinha GariglioMax André dos SantosNeuslene Rivers QueirozNomária César de MacedoPaula Nair Luchesi SantosPaulo César NogueiraPaulo Roberto lopes CorreiaRomana MarinhoRosa Marluce Gois de AndradeRúbia Márcia Xavier de LimaSandra Alice Pinto Coelho MarquesSandra Cristina PaulucciSerafim Barbosa dos Santos FilhoVanessa AlmeidaZeina Soares Moulin

Representantes da Secretaria de Estado de Saúde de Minas GeraisConceição Aparecida GonçalvesLuciana Maria de Moraes

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Oficina de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 8: Promoção da Saúde

SUMÁRIO

1) COMPETÊNCIAS …...........................................................................................................5

2) OBJETIVOS …...................................................................................................................5

3) ESTRATÉGIAS E ATIVIDADES ….........................................................................................5

4) ESTRUTURA GERAL E PROGRAMAÇÃO …........................................................................6

1º Dia

Atividade I. Introdução e Dinâmica Inicial ….......................................................................7

Atividade II. Reflexão do Percurso Didático-Metodológico das Oficinas Anteriores...........7

Atividade III. Experiências e Práticas das Equipes de Saúde Relacionadas à Promoção da Saúde …..............................................................................................................................8

Atividade IV. Reflexão sobre os Conteúdos já Abordados e os Conteúdos da Oficina 8 ...........8

Atividade V. Alinhamento Conceitual sobre Promoção da Saúde …....................................9

Atividade VI. Estudo de Caso: A Família da Dona Maria Olímpia – Parte I ….....................15

2º Dia

Atividade VII. Painel: A Busca de uma Cidade mais Saudável: Diretrizes e Experiências em Promoção da Saúde …......................................................................................................20

Atividade VIII. Estudo de Caso: A Família da Dona Maria Olímpia – Parte II …...................20

Atividade IX. Síntese da Oficina de Promoção da Saúde …...............................................28

Atividade X. O Plano de Trabalho do Período de Dispersão …...........................................29

Atividade XI. A Avaliação da Oficina e Encerramento …...................................................31

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Oficina de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 8: Promoção da saúde

1. COMPETÊNCIAS

Ao final desta Oficina, espera-se que os participantes tenham desenvolvido capacidade para: Integrar conhecimentos sobre Promoção da Saúde (PS), determinantes

sociais de saúde, empoderamento e participação social; Apreender o conceito de “Promoção da Saúde” como atitude e ação,

perpassando as atividades da Atenção Primária à Saúde (APS) e aplicar os conhecimentos adquiridos para planejar ações relacionadas no âmbito local.

2. OBJETIVOS

Este módulo está estruturado para alcançar os seguintes objetivos: Alinhar conceitos relacionados ao tema da Promoção da Saúde; Relacionar os conceitos com o processo de trabalho da equipe da

APS, de modo que isso se reflita em práticas promotoras de saúde; Elaborar um exercício de planejamento em Promoção da Saúde que

envolva o empoderamento de cidadãos, famílias e comunidades.

3. ESTRATÉGIAS E ATIVIDADES

Esta Oficina apresenta os conceitos relacionados à Promoção da Saúde que possibilitam a construção de ações promotoras de saúde na rede do Sistema Único de Saúde de Belo Horizonte (SUS BH), com foco na APS. O eixo conceitual da Oficina é o empoderamento crescente dos sujeitos, que se inicia na atitude dos cidadãos e dos profissionais, perpassa pelas comunidades em que residem e caminha em direção à uma cidade cada vez mais saudável.

As atividades foram elaboradas para resgatar o cotidiano do trabalho através da problematização. Busca-se o resgate dos conteúdos das Oficinas anteriores, especialmente a Abordagem Familiar e a reflexão sobre conceitos e práticas que perpassam o campo da Promoção da Saúde de forma interativa, participativa e integradora.

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Oficina de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 8: Promoção da Saúde

4. ESTRUTURA GERAL E PROGRAMAÇÃO

PRIMEIRO DIA

Horário Atividade Metodologia

8h às 8h20 Atividade I: Introdução e Dinâmica Inicial Atividade no auditório

8h20 às 8h50Atividade II: Reflexão do Percurso Didático-Metodológico das Oficinas Anteriores

Apresentação no auditório

8h50 às 10hAtividade III: Experiências e Práticas das Equipes de Saúde Relacionadas à Promoção da Saúde

Apresentação no auditório

10h às 10h30 Intervalo

10h30 às 12hAtividade IV: Reflexão sobre os Conteúdos já Abordados e os Conteúdos da Oficina 8

Atividade em grupo

12h às 13h30 Almoço

13h30 às 15h45Atividade V: Alinhamento Conceitual sobre Promoção da Saúde

Atividade em grupo

15h45 às 16h Intervalo

16h às 17hAtividade VI: Estudo de caso: A Família da Dona Maria Olímpia – Parte I

Atividade em grupo

SEGUNDO DIA

Horário Atividade Metodologia

8h às 10h30Atividade VII: Painel: A Busca de uma Cidade mais Saudável: Diretrizes e Experiências em Promoção da Saúde

Exposição dialogada no auditório

10h30 às 11h Intervalo

11h às 12hAtividade VIII: Estudo de Caso: A Família da Dona Maria Olímpia – Parte II

Atividade em grupo

12h às 13h30 Almoço

13h30 às 15h Atividade VIII: Estudo de Caso: A Família da Dona Maria Olímpia – Parte II (continuação)

Atividade em grupo

15h às 15h30Atividade IX: Síntese da Discussão sobre Promoção da Saúde

Atividade em grupo

15h30 às 15h45 Intervalo

15h45 às 16h45 Atividade X: Plano de Trabalho do Período da Dispersão Atividade em grupo por distrito

16h45 às 17h Atividade XI: Avaliação da Oficina e Encerramento Atividade em grupo

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Oficina de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 8: Promoção da Saúde

ATIVIDADE I - INTRODUÇÃO E DINÂMICA INICIAL

Tempo estimado: 20 minutos

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CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE

ATENÇÃO

Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.

ATIVIDADE 6: Pré-Teste

30 minutos

Objetivo

Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.

Material

Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.

Desenvolvimento

1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;

2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;

3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.

Fechamento

Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades

AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1

Nome: ____________________________________________________Turma: _______

Município: __________________________________________________GRS: _______

Leia com atenção o seguinte caso:

1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).

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CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE

ATENÇÃO

Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.

ATIVIDADE 6: Pré-Teste

30 minutos

Objetivo

Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.

Material

Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.

Desenvolvimento

1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;

2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;

3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.

Fechamento

Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades

AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1

Nome: ____________________________________________________Turma: _______

Município: __________________________________________________GRS: _______

Leia com atenção o seguinte caso:

1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).

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1º DIA

Objetivo

• Apresentar a estrutura geral da Oficina 8.

Desenvolvimento

• Convidar os participantes para praticar o Lian Gong. Lian Gong significa “aprimorar a prática corporal” e é recomendado para prevenir e tratar dores no corpo e restaurar sua movimentação natural;

• Apresentar a estrutura geral da Oficina 8 – Promoção da Saúde, destacando os pontos principais e regras de convivência.

ATIVIDADE II - REFLEXÃO DO PERCURSO DIDÁTICO-METODOLÓGICO DAS OFICINAS ANTERIORES

Tempo estimado: 30 minutos

Objetivo

• Refletir sobre o percurso didático-metodológico das Oficinas anteriores, relacionando com os conceitos da Oficina 8: Promoção da Saúde.

Desenvolvimento

• Apresentar uma síntese do percurso metodológico das Oficinas em Belo Horizonte, retomando a proposta do modelo das condições crônicas e nele situando a linha conceitual da Oficina 8;

• Enfatizar a busca do empoderamento crescente do usuário, da família e da comunidade no espaço urbano como ponto central para estruturação de ações de Promoção da Saúde pela Secretaria Municipal de Saúde (SMSA).

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Oficina de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 8: Promoção da Saúde

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CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE

ATENÇÃO

Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.

ATIVIDADE 6: Pré-Teste

30 minutos

Objetivo

Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.

Material

Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.

Desenvolvimento

1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;

2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;

3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.

Fechamento

Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades

AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1

Nome: ____________________________________________________Turma: _______

Município: __________________________________________________GRS: _______

Leia com atenção o seguinte caso:

1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).

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CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE

ATENÇÃO

Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.

ATIVIDADE 6: Pré-Teste

30 minutos

Objetivo

Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.

Material

Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.

Desenvolvimento

1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;

2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;

3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.

Fechamento

Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades

AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1

Nome: ____________________________________________________Turma: _______

Município: __________________________________________________GRS: _______

Leia com atenção o seguinte caso:

1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).

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ATIVIDADE III - EXPERIÊNCIAS E PRÁTICAS DAS EQUIPES DE SAÚDE RELACIONADAS À PROMOÇÃO DA SAÚDE

Tempo estimado: 1 hora e 10 minutos

Objetivo

• Apresentar experiências relacionadas ao tema Promoção da Saúde.

Desenvolvimento

• Solicitar aos representantes dos Centros de Saúde uma apresentação aos participantes da Oficina, um relato das experiências locais, demonstrando como a equipe tem se apropriado das práticas da Promoção da Saúde no cotidiano.

ATIVIDADE IV - REFLEXÃO SOBRE OS CONTEÚDOS JÁ ABORDADOS E OS CONTEÚDOS DA OFICINA 8

Tempo estimado: 1 hora e 30 minutos

Objetivos

• Refletir sobre os processos ocorridos nas Oficinas anteriores, em especial a Oficina de Abordagem Familiar, e sua relação com a Promoção da Saúde;

• Conhecer as expectativas dos participantes em relação à Oficina 8, recuperando as experiências apresentadas no auditório.

Desenvolvimento

• Dar boas-vindas à turma, identificando como os participantes perceberam as atividades realizadas no auditório e quais as expectativas que existem em relação à Oficina de Promoção da Saúde;

• Apresentar a atividade, destacando sua duração e as fases que a compõem;

• Dividir os participantes em pequenos grupos e conduzir uma reflexão avaliativa;

• Os principais pontos para reflexão são:

1) Como você tem percebido a trajetória da qualificação da APS a partir das Oficinas?

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Oficina de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 8: Promoção da Saúde

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CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE

ATENÇÃO

Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.

ATIVIDADE 6: Pré-Teste

30 minutos

Objetivo

Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.

Material

Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.

Desenvolvimento

1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;

2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;

3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.

Fechamento

Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades

AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1

Nome: ____________________________________________________Turma: _______

Município: __________________________________________________GRS: _______

Leia com atenção o seguinte caso:

1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).

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– O facilitador deve conduzir a discussão de modo a apreender a percepção dos participantes sobre as mudanças provocadas pelas Oficinas de Qualificação da APS.

2) Como foi a discussão sobre Abordagem Familiar no nível local? Como ela se relaciona com o tema Promoção da Saúde?

– O facilitador deverá relembrar junto aos participantes os pontos principais da Oficina 7, e como os participantes relacionam o tema Abordagem Familiar e Promoção da Saúde.

• Sistematizar a atividade com a turma, recuperando os conceitos mais importantes.

ATIVIDADE V - ALINHAMENTO CONCEITUAL SOBRE PROMOÇÃO DA SAÚDE

Tempo estimado: 2 horas e 15 minutos

Objetivo

• Realizar alinhamento conceitual sobre o tema Promoção da Saúde, a partir dos conhecimentos que os participantes já possuem sobre o assunto.

Desenvolvimento

• Organizar a turma em semicírculo e distribuir no chão gravuras que mobilizem uma discussão sobre o assunto;

• Convidar cada participante a escolher uma gravura que, do seu ponto de vista, se relaciona ao tema: Promoção da Saúde;

• Formar pequenos grupos com gravuras iguais;

• Cada grupo deverá eleger um coordenador e um relator e em seguida realizar uma análise sobre a gravura escolhida, considerando as seguintes questões:

1) Qual relação vocês estabelecem entre a gravura escolhida e o conceito de Promoção da Saúde?

2) Essa gravura se relaciona a alguma atividade profissional cotidiana que vocês consideram como Promoção da Saúde? Qual?

3) Quais outras atividades de Promoção da Saúde vocês realizam no serviço?

4) Caso vocês pudessem escolher uma imagem ideal para representar uma ação de promoção de saúde, qual seria essa imagem? Desenhe.

5) O que é Promoção da Saúde para vocês?

• Cada relator deverá apresentar as conclusões de seu grupo;

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Oficina de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 8: Promoção da Saúde

• A seguir, o facilitador deverá sistematizar as questões com a turma e construir um único conceito de Promoção da Saúde;

• Conduzir a leitura do Texto de Apoio: “A Promoção da Saúde, movimentos de um campo em construção”;

• Realizar a apresentação relacionando Promoção da Saúde, Salutogênese e Terapia Comunitária;

• Sintetizar a atividade com a turma, comparando o conceito da turma e os conceitos introduzidos com a leitura do texto e da apresentação.

TEXTO DE APOIO

PROMOÇÃO DA SAÚDE, MOVIMENTOS DE UM

CAMPO EM CONSTRUÇÃO1

Nesta Oficina trabalharemos com o tema Promoção da Saúde e com conceitos relacionados. O percurso metodológico das Oficinas nos permite observar que tradicionalmente as equipes da Saúde da Família centram suas ações no indivíduo. Posteriormente, a partir das discussões realizadas, esse foco vem sendo ampliado para as famílias. Agora, neste momento em que o objeto de nossa discussão é a Promoção da Saúde, a ideia é a de que as ações sejam pensadas também a partir das comunidades. Ou seja, na Oficina anterior foi trabalhado o princípio da centralização na família, e nosso foco agora se volta para o princípio da orientação comunitária.

Trabalhar com problemas da comunidade com certeza é mais difícil para os profissionais, pois, na maioria das vezes, as soluções estão fora da governabilidade do Centro de Saúde. Por isso, o ponto de partida de nossa conversa é a busca da compreensão da expressão “Promoção da Saúde”.

Nos dicionários da língua portuguesa, o termo “promoção” é definido como: ato ou efeito de promover; elevação ou ascensão a cargo, posto ou categoria superior; atividade destinada a tornar mais conhecido e prestigiado um determinado produto, serviço, marca, ideia, pessoa ou instituição (Ferreira 2006; Michaelis, 2011). Para a palavra “saúde”, o Sistema Único de Saúde (SUS) adota um conceito de saúde ampliado, elaborado pelo movimento da Reforma Sanitária Brasileira e apresentado no relatório da VIII Conferência Nacional de Saúde, realizada em 1986. Esse relatório reconhece a saúde como um direito básico do cidadão e como um dever do Estado, entendendo o conceito de saúde de forma ampliada.

1 Texto elaborado por Janete Coimbra e colaboradores. Janete Coimbra é psicóloga. Coordenadora dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família na Gerência de Assistência da SMSA de Belo Horizonte.

Um aprofundamento sobre os temas Promoção da Saúde, Salutogênese e Terapia Comunitária está disponível nos Anexos 1 e 3.

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Oficina de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 8: Promoção da Saúde

Ou seja, para o movimento da Reforma Sanitária e para o SUS, a saúde não é um conceito abstrato. Em seu sentido mais abrangente, a saúde é resultante das condições de alimentação, habitação, educação, renda, meio ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer, liberdade, acesso e posse da terra e acesso a serviços de saúde. É assim, antes de tudo, o resultado das formas de organização social da produção, as quais podem gerar grandes desigualdades nos níveis de vida. Nesse sentido, o SUS dialoga com as reflexões e os movimentos no âmbito da Promoção da Saúde.

Mas o que seria então a Promoção da Saúde? Segundo a “Carta de Ottawa”, produzida ao final da Primeira Conferência Internacional de Promoção da Saúde, realizada no Canadá em 1986, “Promoção da Saúde” é o nome dado ao processo de capacitação da comunidade para atuar na melhoria de sua qualidade de vida e saúde, incluindo uma maior participação no controle deste processo (Brasil, 2009).

A partir desse conceito, depreende-se, em primeiro lugar, que, para cada pessoa, em cada comunidade, em cada cidade, há maneiras diferenciadas de compreender o conceito de saúde, tanto em sua forma objetiva quanto na subjetividade permeada pelas fantasias e crenças de cada sujeito. Isso também ocorre em relação à Promoção da Saúde e ao olhar que as equipes de saúde lançam sobre suas famílias e comunidades.2

Um segundo aspecto a ser considerado é a diferenciação entre prevenção de doenças e Promoção da Saúde. Algumas vezes os termos são utilizados como se fossem sinônimos, ocasionando equívocos conceituais por parte dos profissionais. Na visão atual, a expressão “Promoção da Saúde” remete à ideia de “fomentar ou impulsionar” e refere-se a medidas que não se dirigem a uma determinada doença, mas que enfatizam a transformação das condições gerais de vida de determinada comunidade, a saúde e o bem-estar. Já o termo “prevenir” aponta para o campo da atuação planejada de antecipação. Seu objetivo é voltado para o controle da transmissão de doenças e a redução dos agravos (Czeresnia, 2003). As estratégias de prevenção, na maioria das vezes, ocorrem por meio de ações coletivas com foco nas mudanças de hábitos.

Porém, mais importante que compreender a diferenciação entre promoção e prevenção, é compreender que indivíduos, famílias e comunidades demandam concomitantemente ações de assistência integral, reabilitação, vigilância à saúde, prevenção de doenças e agravos e também de promoção da saúde.

É importante lembrar que na Oficina Redes de Atenção a Saúde a Promoção da Saúde foi apontada como primeiro nível de atenção no Modelo de Abordagem às Condições Crônicas Proposto para o SUS. Segundo esse modelo, o foco da Promoção da Saúde deve ser direcionado para a população total, e as propostas de intervenções devem incidir sobre os determinantes sociais da saúde, por meio de ações intersetoriais.

2 Para compreender a Promoção da Saúde no trânsito do indivíduo para a família e da família para a comunidade sem perder de vista o indivíduo, sugerimos a leitura do texto complementar sobre Salutogênese, disponível no Anexo 1 deste guia.

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Oficina de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 8: Promoção da Saúde

Assim, nesta Oficina 8, nosso objeto de trabalho serão os determinantes sociais do processo saúde/doença e a busca da equidade. Mas o que é isso? Determinantes sociais de saúde, atualmente denominados por alguns como condicionantes, são definidos como as condições nas quais as pessoas nascem, crescem, vivem, trabalham e envelhecem e que influenciam suas oportunidades à saúde, doença e expectativa de vida. Vários modelos foram construídos, procurando demonstrar a rede de relações entre os determinantes sociais e a situação de saúde.

Sua base conceitual foi definida pela Comissão Nacional dos Determinantes Sociais em Saúde (CNDSS, 2008), por meio do modelo de determinação social da saúde proposto por Dahlgren e Whitehead (apud Carvalho; Buss, 2008), sintetizado na Figura 1 a seguir.

Figura 1 – Determinantes sociais de saúde:Modelo de Dahlgren e Whitehead3

Esse modelo estratifica os determinantes sociais de saúde em camadas, de acordo com seu nível de abrangência, dos determinantes individuais até os macrodeterminantes. Na base do desenho, a organização do modelo prevê os indivíduos, com suas características individuais, como sexo, idade e fatores genéticos, interferindo em seu potencial e sua condição de saúde.

Na camada intermediária, identificamos o comportamento e os estilos de vida individuais. Na camada seguinte, situam-se os fatores relacionados às condições de vida e de trabalho, a disponibilidade de alimentos, o acesso a ambientes saudáveis e serviços essenciais, como saúde e educação.

Por fim, o último nível apresenta aqueles que são considerados os “macrodeterminantes”, que estão relacionados às condições socioeconômicas, culturais e ambientais da sociedade. Nesse nível, estão incluídos também

3 CARVALHO, A. I. . BUSS, P. M. Determinantes Sociais na Saúde, na Doença e na Intervenção. In: GIOVANELLA, L. (Org.) Políticas e Sistemas de Saúde no Brasil. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2008.

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Oficina de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 8: Promoção da Saúde

determinantes supranacionais, como o modo de produção e consumo de uma cidade, um estado ou país e o processo de globalização. Essas condições são as que geram uma estratificação econômico-social dos indivíduos e grupos populacionais, posicionando-os em camadas sociais distintas e provocando diferenciais de saúde.

A abordagem dos determinantes sociais para a Promoção da Saúde e efetivação da equidade pelas equipes de saúde é um desafio que se apresenta no extenuante cotidiano vivido nos Centros de Saúde. Sua operacionalização requer a organização de ações intersetoriais e o uso de três importantes referenciais: a intersetorialidade, o empoderamento e a participação social (Vallone, 2011). Vamos tentar entender aqui esses três conceitos e sua relação com o trabalho das equipes de saúde.

Quando falamos de intersetorialidade, queremos nos referir à articulação entre sujeitos de setores sociais diversos e, portanto, de saberes, poderes e vontades diversos que se integram a fim de abordar um tema ou uma situação em conjunto (Brasil, 2009). Ou seja, uma articulação das possibilidades pela garantia da saúde como direito humano e de cidadania, e pela mobilização de intervenções que a propiciem.

A intersetorialidade implica a existência de algum grau de abertura em cada setor envolvido para dialogar, estabelecendo vínculos de corresponsabilidade e cogestão pela melhoria da qualidade de vida da população.

Já o termo “empoderamento” pode ser entendido como um processo que possibilita que indivíduos e grupos comunitários aumentem o controle sobre os determinantes da saúde, decisões e ações que afetem sua saúde. Não é um conteúdo que possa ser ensinado, ou uma habilidade a ser adquirida pelo treino, mas uma mentalidade a ser construída pela reflexão crítica e pelo amadurecimento do cidadão (Valonne, 2011).

A participação social envolve o fortalecimento dos espaços sociais, comunitários e locais em geral, com foco na gestão participativa. Trata-se, portanto, de fortalecer os processos de produção das necessidades da vida por seus próprios protagonistas, partilhando poder e construindo um processo político-pedagógico de conquista de cidadania e fortalecimento da sociedade civil (Brasil, 2009). É na mobilização social, no estímulo e fortalecimento dos movimentos sociais; na elaboração, na implantação e na avaliação das políticas públicas que podemos trabalhar pela melhoria da qualidade de vida.

Ou seja, a participação social, o empoderamento e a intersetorialidade são efetivadas na política de Promoção da Saúde definida pela SMSA na busca da equidade. A ideia sintetizada no slogan “saúde é atitude” orienta para a operacionalização de ações de forma compartilhada, integrada e proativa, com foco na defesa da vida e na estruturação coletiva com vistas à construção de uma Cidade Saudável.

Nos últimos anos, foram desenvolvidas atividades e projetos de intervenção que buscaram promover formas saudáveis de vida para a população,

O Anexo 2 disponível neste guia apresenta uma abordagem mais aprofundada sobre o tema: Determinantes

Sociais da Saúde.

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Oficina de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 8: Promoção da Saúde

considerando principalmente a redução das iniquidades. Podemos citar alguns exemplos: o BH Cidadania, as Academias da Cidade, o Lian Gong, o Programa da Igualdade Racial, os Núcleos de Apoio à Saúde das Famílias (NASFs), o Programa de Abordagem ao Tabagismo, as ações da SMSA no Programa Bolsa Família, o Grupo de Trabalho Intersetorial de Promoção da Saúde, o Programa Sorriso de Criança, entre outros. 4

Avanços significativos ocorreram, porém grandes desafios persistem. A cidade configura-se como um cenário plural, de onde emergem concepções e práticas não sistematizadas, o que revela um processo ainda em construção e de difícil avaliação.

Diante de tudo isso, esta Oficina convida ao diálogo sobre a Promoção da Saúde e seus determinantes. Buscamos a sistematização de ações na cidade com a convicção de que é do âmbito da promoção trabalhar para a redução das iniquidades, investir no fortalecimento da cidadania e trabalhar para a instituição de espaços intersetoriais verdadeiramente democráticos. Essa abordagem deve ser fomentada especialmente no nível local, de modo a desenvolver políticas que partam dos problemas e necessidades de saúde identificados e que possam ser continuamente avaliadas e revisadas a partir delas.

Uma ótima Oficina para todos nós!

Referências

BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Diretrizes do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF). Caderno de Atenção Básica, n. 27, 2009.

BRASIL. Lei n. 8080, de 19 set. 1990. Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências.

BRASIL. Ministério da Saúde. As cartas da Promoção da Saúde. Brasília, DF, 2002. Disponível em: <http://www.saude.gov.br/bvs /conf_tratados.html>. Acesso em: 8 jul. 2011.

BUSS, P. M. Uma introdução ao conceito de Promoção da Saúde. In CZERESNIA, D, FREITAS, C. M. (Org.). Promoção da Saúde: conceitos, práticas e reflexões. Rio de Janeiro: Ed. Fiocruz, 2003, p. 15-38.

CAMPOS, R. C. A Promoção da Saúde e a clínica: o dilema “promocionista”. In: CASTRO, A.; MALO, M. SUS ressignificando a Promoção da Saúde. São Paulo: HUCITEC; OPAS, 2003, p. 62-74.

CAMPOS, R. T. O. O planejamento em saúde sob o foco da hermenêutica. Ciência saúde, v. 6, n. 1, p. 197-207, 2001.

CARVALHO, S. R. Saúde Coletiva e Promoção da Saúde: sujeito e mudança. São Paulo: HUCITEC, 2005.

CARVALHO, A. I.; BUSS, P. M. Determinantes sociais na saúde, na doença e na intervenção. In: GIOVANELLA, L. (Org.) Políticas e Sistema de Saúde no Brasil. Rio de Janeiro: Ed. Fiocruz, 2008.

4 Esse elenco de atividades e projetos pode ser conhecido com maior riqueza de detalhes no Anexo 5 deste guia.

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Oficina de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 8: Promoção da Saúde

CASTRO, A. et al. Curso de extensão para gestores do SUS em promoção da saúde. Brasília: 2010.

COMISSÃO NACIONAL SOBRE DETERMINANTES SOCIAIS DA SAÚDE. As causas sociais das iniqüidades em saúde no Brasil. Rio de Janeiro: Ed. Fiocruz, 2008, 220 p.

CONFERÊNCIA INTERNACIONAL SOBRE PROMOÇÃO DA SAÚDE, 1986. Carta de Ottawa. Ottawa, 1986.

CZERESNIA, D. O conceito de saúde e a diferença entre prevenção e promoção. In: CZERESNIA, D, FREITAS, C. M. (Org.). Promoção da saúde: conceitos, reflexões, tendências. Rio de Janeiro: Ed. Fiocruz, 2003, p. 39-53.

FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário do Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986.

MENDES, E. V. As redes de atenção à saúde. Belo Horizonte: ESP-MG, 2009, 848 p.

MICHAELIS. Dicionário eletrônico. Disponível em: <http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues>. Acesso em: 8 jul. 2011.

NETO, E. R. A reforma sanitária e o sistema único de saúde; suas origens, suas propostas, sua implantação, suas dificuldades e suas perspectivas. In: Incentivo à participação popular e controle social no SUS. Brasília, 1994.

SICOLI, J. L.; NASCIMENTO, P. R. Promoção de saúde: concepções, princípios e operacionalização. Interface, Botucatu, v. 7, n. 12, p. 101-122, 2003.

VALLONE, M. L. D. C. Os determinantes sociais de saúde como pilares da promoção de saúde. Belo Horizonte, 2011.

WESTPHAL, M. F. Promoção da Saúde e prevenção de doenças. In: CAMPOS, G. W. et al. Tratado de Saúde Coletiva. São Paulo: HUCITEC; Ed. Fiocruz, 2006, p. 635-667.

WHITEHEAD M. The Concepts and Principles of Equity and Health. Copenhagen: World Health Organization, Regional Office for Europe; 2000.

WHO (World Health Organization). Constitution of the World Health Organization. Basic Documents. WHO. Genebra, 1946.

ATIVIDADE VI – ESTUDO DE CASO: A FAMÍLIA DA DONA MARIA OLÍMPIA – PARTE I

Tempo estimado: 1 hora

Objetivo

• Reconhecer e discutir sobre a Promoção da Saúde no cotidiano das equipes através de um estudo de caso.

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CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE

ATENÇÃO

Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.

ATIVIDADE 6: Pré-Teste

30 minutos

Objetivo

Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.

Material

Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.

Desenvolvimento

1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;

2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;

3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.

Fechamento

Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades

AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1

Nome: ____________________________________________________Turma: _______

Município: __________________________________________________GRS: _______

Leia com atenção o seguinte caso:

1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).

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Desenvolvimento

• Apresentar a atividade, destacando sua duração e as fases que a compõem;

• Dividir a turma em pequenos grupos;

• Cada grupo deve eleger um coordenador e um relator;

• Orientar para a leitura do Estudo de Caso: A família da Dona Maria Olímpia – Parte I;

• Cada grupo deverá abordar e responder as questões que aparecem ao final do Estudo de Caso;

• Cada relator deverá apresentar as conclusões de seu grupo;

• O facilitador conduzirá uma discussão com toda a turma, destacando os pontos em comum e as divergências de cada grupo;

• Sintetizar a atividade com a turma, alinhando os conceitos mais importantes.

ESTUDO DE CASO

A FAMÍLIA DA DONA MARIA OLÍMPIA – PARTE I5

Entendendo o problema...

A família da Dona Maria Olímpia já é bem conhecida da ESF 01 do Centro de Saúde Carmópolis, no bairro Leopoldina. Dentro de seu processo de Abordagem Familiar, foram utilizadas algumas ferramentas como o Genograma, o Ecomapa e o Practice. Essa abordagem tem significado um grande avanço para o cuidado do Sr. Tarcísio, que agora se sente mais amparado pela sua família e equipe de saúde.

Sua esposa, Dona Maria Olímpia, que é hipertensa e dislipidêmica, tem cuidado melhor da alimentação da família e sempre tem contato com o Centro de Saúde Carmópolis, inclusive com a participação ativa na Comissão Local de Saúde.

Entretanto, durante a última reunião dessa Comissão, os participantes notaram que ela estava mais abatida do que o costume, falou menos e parecia distante. Quando perguntaram a ela o que estava acontecendo, Dona Maria Olímpia disse que estava cansada porque tinha muitos afazeres domésticos: ela organiza a casa e faz todos os serviços sozinha. Mas que na verdade ela estava muito preocupada com seu filho Felipe, de 20 anos.

Ana Augusta, uma mulher de 40 anos, interrompeu dizendo: “Pois é, gente, eu também fazia todas as tarefas de casa sozinha, além de trabalhar fora. Até

5 Elaborado pelo Grupo de Condução das Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte.

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que um dia chamei todos da família a fazer uma grande reflexão sobre nossas vidas. Por que todos trabalhavam fora e somente eu, além de trabalhar fora, também tinha a obrigação da limpeza, do cuidar de todos e de fazer a casa funcionar? Não tenho escola não, mas leio bastante e descobri que o trabalho doméstico não remunerado da mulher interessa a muita gente... Eu queria discutir essas questões na Comissão também. Por que as mulheres estão sempre cansadas? É porque têm dupla jornada. As tarefas domésticas devem ser divididas com todos. E isso também é um problema de saúde... e, quando a mulher é negra, é pior ainda... Mas, vamos lá, me desculpe Dona Maria Olímpia, eu interrompi a senhora...”.

Dona Maria Olímpia conta que Felipe era um menino bom, sempre estudou direitinho. Apesar de não ter muito tempo para se dedicar à família, tinha uma relação carinhosa com ela e o Sr. Tarcísio.

Infelizmente Felipe perdeu o emprego há seis meses e ainda não conseguiu arrumar outro. Além disso, ele estava muito diferente: passando muitas horas fora de casa, com uma turma estranha e com pessoas muito esquisitas. Nas últimas semanas ele ficou agressivo quando ela pediu ajuda nas tarefas domésticas e parou de conversar com ela.

Ela então pediu ajuda ao marido, explicando sua preocupação. Ela ficava imaginando o que ele fazia fora de casa, pois no bairro não existe quase nenhuma opção de diversão “honesta”. Os jovens de seu bairro gastam tempo com conversa furada e acabam caindo na droga. No fundo do seu coração, ela estava com muito medo de ele estar se envolvendo com drogas.

Há mais ou menos duas semanas, Sr. Tarcísio chamou Felipe para uma conversa que não terminou bem. Quando Sr. Tarcísio perguntou a ele o que estava acontecendo e o que ele andava fazendo fora de casa, Felipe respondeu que já tinha 20 anos, que não lhe devia satisfações e que sabia muito bem cuidar de sua vida. Sr. Tarcísio ficou muito nervoso, e a conversa descambou para uma discussão pesada, sem nenhum caminho de solução.

No dia seguinte a esse fato, Felipe brigou com Célio, professor de capoeira, e nunca mais apareceu por lá, e nos últimos dias deu também para matar uma aula atrás da outra.

Ao final, Dona Olímpia concluiu dizendo que, para além da situação do filho, ela estava preocupada com a saúde do Sr. Tarcísio, que já era muito frágil e com essa situação poderia piorar.

Os outros conselheiros ouviram atentamente o desabafo da Dona Olímpia e concordaram que o problema dela era muito comum no bairro. Foram citados vários casos de outros jovens de boa família que tinham sido perdidos para as drogas. O grupo concordou que esse era um triste problema para a comunidade.

A seguir, fez-se um grande silêncio. As pessoas ficaram pensativas. Era um problema tão sério que eles tinham até medo de falar. Eles sentiam que não tinham poder para enfrentar um problema tão difícil.

Foi então que Sr. Geraldo, o membro mais querido da Comissão Local e liderança antiga no bairro levantou e perguntou: “E aí, nós vamos escutar essa história toda e não vamos fazer nada? Será que não podemos fazer nada? Esse problema de drogas também é um problema de saúde, e nós somos ‘Conselheiros de

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Saúde’! Esse é um problema sério porque mata os nossos filhos, depois de tanto esforço para criá-los... e não só no bairro Leopoldina não, está espalhado em toda a cidade, todo o país. Dá todo dia no Jornal Nacional...”.

Ele falou tão bem e tão bonito que a Comissão Local achou que precisava fazer alguma coisa para tentar resolver o problema. Formou-se uma pequena comissão com o objetivo de construir uma proposta e apresentar na reunião seguinte da Comissão Local de Saúde. Eles convidaram Maria Inês, gerente do Centro de Saúde Carmópolis, para fazer parte do grupo e ajudar nessa tarefa.

Em uma terça à noite, a Comissão de Conselheiros de Saúde se reuniu novamente no CS Carmópolis para continuar a discussão sobre o problema do envolvimento dos jovens e adolescentes com drogas no bairro Leopoldina.

A discussão foi muito intensa. À medida que as pessoas davam sua opinião, foram surgindo ideias e também dúvidas. A primeira pergunta que surgiu foi: porque os adolescentes se interessam tanto por drogas? O que faz com que eles se envolvam com isso?

Na opinião de vocês, quais poderiam ser os “Determinantes Sociais” no caso em questão? O que poderia explicar essa situação na comunidade do bairro Leopoldina?

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Na opinião de vocês, como o termo “empoderamento” se relaciona com esse caso? O que poderia ser feito nesse sentido para os cidadãos, famílias e comunidade do bairro Leopoldina?

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Em sua reunião, os Conselheiros de Saúde do CS Carmópolis apontaram possíveis causas relacionadas a esse problema no Bairro Leopoldina, que podem ser descritas através dos determinantes sociais individuais até os macrodeterminantes.

Eles disseram que características pessoais como a idade e o sexo podem interferir, pois os jovens precisam se afirmar e pertencer a um grupo; geralmente apresentam baixa autoestima, imediatismo e ansiedade, comuns a essa fase, o que gera angústia, às vezes levando ao uso de drogas. Por isso, eles entenderam que esse problema é peculiar aos jovens e também atinge pessoas de classe média, com boas oportunidades e condições de vida.

O comportamento e os estilos de vida – como a solidão, devida à frequente ausência ou aos desentendimentos com os pais, a falta de formação, as más companhias, as decepções, bem como a baixa perspectiva em relação ao futuro – também foram descritos pelos conselheiros.

Eles lembraram também que o problema tem relação com os determinantes das condições de vida e de trabalho, como dificuldades com emprego, renda e estudo, poucas opções de lazer para os jovens no bairro, a proteção dos traficantes e o “dinheiro fácil” que vem da droga.

O acesso a ambientes saudáveis e aos serviços que trabalham com questões essenciais aos jovens, como saúde, educação e geração de renda, precisam de uma articulação entre si para atuarem como parceiros.

Por isso, um jeito de se “empoderar” é trilhar o caminho para o exercício da cidadania, que implica tomar conta da própria vida, interferindo na vida da comunidade. Temos que pensar em agir em todos os níveis dos determinantes sociais, com os jovens promovendo o desenvolvimento global do adolescente; tentando modificar seu comportamento de uso de álcool ou drogas e a promover a resolução dos problemas associados, além do reajuste familiar, social e ambiental.

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Oficina de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 8: Promoção da Saúde

2º DIA

ATIVIDADE VII – PAINEL: A BUSCA DE UMA CIDADE MAIS SAUDÁVEL: DIRETRIZES E EXPERIÊNCIAS EM PROMOÇÃO DA SAÚDE

Tempo estimado: 2 horas e 30 minutos

Objetivo

• Apresentar as diretrizes e experiências em Promoção da Saúde.

Desenvolvimento

• Exposição dialogada no auditório com todos os participantes da Oficina;

• O painel contará com convidados que abordarão os temas relacionados à Promoção da Saúde, destacando experiências importantes;

• Após as apresentações, serão reservados de 30 a 40 minutos para discussão com os participantes.

ATIVIDADE VIII – ESTUDO DE CASO: A FAMÍLIA DA DONA MARIA OLÍMPIA – PARTE II

Tempo estimado: 2 horas e 30 minutos

Objetivo

• Reconhecer e discutir sobre a Promoção da Saúde no cotidiano das equipes.

Desenvolvimento

• Apresentar a atividade, destacando sua duração e as fases que a compõem;

• Recuperar com o grupo a atividade realizada na Parte I do Estudo de Caso;

• Dividir a turma em pequenos grupos;

• Cada grupo deve eleger um coordenador e um relator;

• Orientar para a leitura do Estudo de Caso: A família da Dona Maria Olímpia – Parte II;

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CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE

ATENÇÃO

Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.

ATIVIDADE 6: Pré-Teste

30 minutos

Objetivo

Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.

Material

Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.

Desenvolvimento

1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;

2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;

3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.

Fechamento

Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades

AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1

Nome: ____________________________________________________Turma: _______

Município: __________________________________________________GRS: _______

Leia com atenção o seguinte caso:

1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).

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CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE

ATENÇÃO

Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.

ATIVIDADE 6: Pré-Teste

30 minutos

Objetivo

Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.

Material

Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.

Desenvolvimento

1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;

2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;

3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.

Fechamento

Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades

AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1

Nome: ____________________________________________________Turma: _______

Município: __________________________________________________GRS: _______

Leia com atenção o seguinte caso:

1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).

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Oficina de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 8: Promoção da Saúde

• O grupo deverá preencher as questões propostas nos cinco passos, baseando-se no Estudo de Caso;

• Ao final, cada relator apresentará as conclusões de seu grupo;

• O facilitador conduzirá uma discussão com toda a turma, destacando os pontos em comum e as divergências de cada grupo;

• Sintetizar a atividade com a turma, alinhando os conceitos mais importantes.

ESTUDO DE CASO

A FAMÍLIA DA DONA MARIA OLÍMPIA – PARTE II6

Planejando as ações...

A comissão de Conselheiros de Saúde começou, então, a entender que a ligação dos jovens com as drogas tinha vários determinantes, desde o comportamento e os modos de vida individuais, mas também as condições socioeconômicas, culturais e ambientais daquele bairro.

Pediram ajuda à Maria Inês, gerente do Centro de Saúde, sobre o que fazer para resolver o problema.

Ela disse ao grupo que eles precisariam fazer um planejamento das ações necessárias. Para isso, ela citou uma metodologia chamada Projeto de Saúde no Território. Ela sugeriu que os integrantes da Comissão Local – usuários, trabalhadores e gestor – poderiam se basear nessa metodologia para planejar as ações necessárias para enfrentamento do problema.

Ela explicou que o Projeto de Saúde no Território pretende ser uma estratégia para desenvolver ações efetivas na produção da saúde no território que tenham foco na articulação dos serviços de saúde com outros serviços e políticas sociais de forma a investir na qualidade de vida e na autonomia de sujeitos e comunidades. Ou seja, é um método de planejamento participativo.

Assim, o planejamento deve iniciar-se pela identificação de uma área e/ou população vulnerável ou em risco. Tal identificação pode acontecer a partir de um atendimento que chame a atenção da equipe, como uma idosa com “marcas de queda” e que pode ser vítima de violência. Outro exemplo: a alta prevalência de adolescentes grávidas.

À identificação segue-se a elaboração e consolidação de um entendimento mais aprofundado da situação/necessidade em saúde, no qual se trabalhará com: (1) Priorização de um problema em certa área e/ou população vulnerável ou

6 Elaborado pelo Grupo de Condução das Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte.

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em risco; (2) Justificativa do problema envolvendo a compreensão do processo histórico e social singular daquele território que produziu vulnerabilidade/risco; (3) definição dos objetivos das equipes de saúde e da população com relação à área e/ou população – desejos, limites, possibilidades; e (4) a construção de um plano de ação para estabelecimento das ações que seriam efetivas para alcançar os objetivos das equipes de saúde e população. Nesse plano de ação, deve constar: (a) a identificação de outros atores sociais e/ou instituições seria importante para o projeto; (b) a definição de ações para fomentar a sinergia com outras políticas; (c) a pactuação do plano construído; (d) as estratégias para implementação do plano de ação; e finalmente (e) as estratégias para monitorar e avaliar o plano de ação.

O quadro seguinte traz uma síntese dos diversos componentes de um Projeto de Saúde do Território.

Quadro 1: Componentes de um Projeto de Saúde do Território7

7 Diretrizes do NASF: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Núcleo de Apoio a Saúde da Família. Cadernos de Atenção Básica, n. 27. Série B. Textos Básicos de Saúde. Brasília : Ministério da Saúde, 2009.

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Prosseguindo a discussão, a Comissão Local do Centro de Saúde identificou claramente que o problema a ser priorizado era o envolvimento dos jovens da área de abrangência do CS Carmópolis com drogas.

As justificativas para a priorização desse problema foram sua importância, urgência e a capacidade de enfrentamento do grupo que está planejando. Segundo os conselheiros, a importância desse problema se dá pelo número de jovens atingidos, além de ser uma demanda da Comissão Local de Saúde. É urgente, pois o principal alvo das drogas são adolescentes, e deixar de enfrentar esse problema pode comprometer as gerações futuras. E, quanto à capacidade de enfrentamento, a equipe do Centro de Saúde e a Comissão Local de saúde sozinhos não têm como enfrentá-lo, mas com uma boa articulação dos vários setores e atores sociais na comunidade, esse enfrentamento se torna possível.

Suponham que vocês sejam Conselheiros de Saúde do CS Carmópolis. Considerando os conceitos da Promoção da Saúde e a realidade que vocês conhecem, elaborem um Plano de Ação para esse problema. Seguindo os passos descritos a seguir, definam uma sequência de ações, de acordo com o Projeto de Saúde no Território.

Passo 1: Definam e descrevam quais seriam os objetivos da equipe

de saúde do CS Carmópolis e da comunidade do bairro Leopoldina e

estabeleçam ações efetivas para alcançá-los.

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Passo 2: Identifiquem e definam ações para mobilizar atores sociais e/ou

instituições importantes para o Plano de Ação, ou seja, o mapeamento

do território.

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Passos 3 e 4: Definam ações para fomentar o espaço coletivo ampliado

e a gestão participativa e fomentar a sinergia com outras políticas e/ou

serviços públicos: processo de cooperação e intersetorialidade.

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Passo 5: Definam de que forma pode ser feita a pactuação e a construção

compartilhada do Plano de Ação: consenso, reformulação, pactuação e

corresponsabilização.

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Oficina de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 8: Promoção da Saúde

A partir da orientação da gerente Maria Inês, a Comissão Local do CS Carmópolis realizou uma série de reuniões para construir o Plano de Ação, de acordo com a metodologia do Projeto de Saúde do Território.

Para essa construção, foi importante a participação conjunta de trabalhadores e usuários, cada um com conhecimento de um lado do problema. A Dona Maria Olímpia, por exemplo, relatou as ações que poderiam ser desenvolvidas pela comunidade, a Lidiane, Agente Comunitário de Saúde (ACS) da Equipe 1, falou sobre as associações de bairro e ONGs que já tinham algum trabalho com jovens, e a enfermeira do CS, sobre as ações que o CS poderia desenvolver.

O primeiro passo foi a identificação dos seguintes objetivos e ações. Eles escreveram desta forma: - Construir alternativas para aproximar do Centro de Saúde os

adolescentes e jovens vulneráveis e em risco do bairro;- Identificar famílias vulneráveis e com jovens envolvidos em drogas e

oferecer atividades de grupo operativo e apoio para os pais;- Oferecer para os jovens da comunidade práticas de esporte (integrar

NASF, Academia da Cidade, Grupo de Capoeira e ONGs; aproveitar os espaços das escolas, para as práticas esportivas, nos finais de semana);

- Oferecer para os jovens atividades artísticas, como música, teatro, artes plásticas (integrar ações da Secretaria de Cultura e ONGs que trabalhem na comunidade);

- Oferecer aos jovens cursos profissionalizantes (integrar Secretaria de Ação Social e ONGs);

- Identificar jovens que estão afastados da escola ou com dificuldades para se manterem nelas e oferecer apoio (envolver escolas e Programa Saúde nas Escolas);

- Aumentar a oferta de empregos para os jovens da comunidade.

A seguir, os conselheiros de saúde identificaram os principais atores sociais a serem reunidos. Foram citados as associações do bairro (presidentes), o grupo de capoeira (professor), o grupo de mães que frequentava a Igreja para trabalhos manuais, as ONGs que já trabalhavam com adolescentes e jovens, alguns comerciantes mais conhecidos. Lembraram, também, das escolas (diretoras), das lideranças religiosas, da equipe da Academia da Cidade e do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS).

Para reunir todas essas pessoas eles escreveram que as principais ações seriam:- Convidar os representantes das instituições e os atores sociais para

uma reunião, com a finalidade de discutirem o problema e a proposta que estava sendo construída;

- Realizar encontro/feira para que todos os que trabalham com

adolescentes e jovens na comunidade pudessem mostrar seu trabalho.

De acordo com as discussões, as principais ações voltadas para a intersetorialidade seriam:

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- Conhecer os programas voltados para crianças e adolescentes nas secretarias municipais e estaduais;

- Procurar o conselho tutelar da regional e o conselho municipal da criança e do adolescente, para conhecer as propostas direcionadas para as crianças e os adolescentes.

- Gestão participativa: criar uma comissão intersetorial na comunidade, com representantes das várias instituições públicas e privadas da comunidade para gerir o Projeto de Saúde do território (PST).

- Articular com as instituições públicas, para incluir nos programas voltados para crianças e adolescentes os jovens da comunidade.

Como forma de pactuação do Plano de Ação, o encaminhamento principal seria a promoção de um evento (seminário, conferência) com a participação da comunidade da área de abrangência, contando com representantes das instituições e atores sociais para apresentação, discussão, reformulação e pactuação do PST.

Dessa forma, ao final das discussões, a Matriz do PST foi preenchida. Ainda havia algumas informações a serem construídas, como as ações e metas de algumas operações, mas eles avaliaram que tinham realizado um belo trabalho. Agora era prosseguir, definindo e realizando as ações e acompanhando as metas do plano, a cada reunião da Comissão.

Todo mundo que participou ficou muito feliz com a iniciativa da Comissão Local de Saúde. Eles perceberam que havia muitas pessoas na comunidade que poderiam ajudar a resolver o problema e que eles nem lembravam... Dona Maria Olímpia até disse que quando estavam juntos pareciam bem mais fortes...

Matriz – PROJETO DE SAÚDE DO TERRITÓRIO: Comissão Local do CS Carmópolis

1) Identificação do problema

Envolvimento dos jovens da área de abrangência do CS Carmópolis com drogas lícitas e ilícitas.

2) Justificativa

A importância desse problema, dada, primeiro, pelo número de jovens envolvidos nele; e segundo, por esse problema ter sido trazido pelo Conselho Local de Saúde. A urgência do problema por atingir jovens. Deixar de enfrentar o problema pode comprometer as gerações futuras. A capacidade do grupo de articular vários setores e atores sociais na comunidade para enfrentarem juntos o problema.

3) Objetivos

3.1) do CS

Construir alternativas para atrair os jovens e adolescentes vulneráveis para o CS.Oferecer apoio às famílias dos jovens envolvidos ou em vulnerabilidade às drogas.

3.2) da comunidade

Oferecer aos jovens da comunidade:- práticas esportivas;- atividades artísticas; - curso profissionalizante;Levar de volta para a escola os jovens que estão afastados e apoiar aqueles com dificuldades para estudar;Aumentar a oferta de emprego para os jovens da comunidade.

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Oficina de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 8: Promoção da Saúde

4) Plano de ação

Operações Ações Metas Responsáveis Prazos

Construir alternativas para atrair jovens vulneráveis para o CS

A definir A definir Gerente do CS e ESFs 1 ano

Apoiar as famílias com jovens envolvidos ou em risco

A definirESF (ACS) eCRAS

1 ano

Oferecer práticas esportivas para os jovens da comunidade

A definir A definir

Profissional de Educação Física do NASF e professores de Educação Física das escolas e ONG

1 ano

Oferecer atividades artísticas para os jovens da comunidade

A definir A definir

Profissionais da área artística; Arte da Saúde, professor de arte das escolas e ONG

1 ano

Reinserir os jovens que estiverem fora da escola

- Identificar jovens afastados da escola ou com dificuldades de se manterem nelas- Conhecer o sentimento deles em relação à escola- Criar estratégias de inclusão acolhedora na escola- Desenvolver atividades estimulantes, interessantes e envolventes para esses jovens

Escolas; ONG; ACS; CRAS 1 ano

Aumentar a oferta de emprego para jovens na comunidade

Articular com atores sociais e setores públicos para ampliação de oferta de empregos para esses jovens

A definirCRAS

1 ano

Mobilizar atores sociais e/ou instituições importantes

Reunir com atores sociais e representantes de instituições da comunidade

Encontro realizado

Comissão Local de Saúde 30 dias

Realizar feira de exposição dos trabalhos feitos com os jovens na comunidade

Feira realizada Comissão Local de Saúde 60 dias

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Oficina de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 8: Promoção da saúde

Fomentar o espaço coletivo ampliado

Conhecer os programas voltados para crianças e adolescentes existentes nas secretarias municipais e estaduais

A definir Conselho Local de Saúde 60 dias

Procurar o Conselho Tutelar da Regional e Municipal para conhecer as atividades desenvolvidas

A definir Conselho Local de Saúde 60 dias

Criar uma comissão intersetorial com representantes das várias instituições públicas e privadas da comunidade para gerir o PST

Comissão intersetorial, criada

Conselho Local de Saúde 60 dias

Articular parcerias com as instituições públicas para inclusão dos jovens da comunidade em seus programas

A definirConselho Local Intersetorial

90 dias

Construir consenso, reformular, corresponsabilizar e pactuar

Promover um evento (seminário ou conferência) para apresentação e discussão do PST com toda a comunidade

PST discutido, reformulado e pactuado com a comunidade

Conselho Local Intersetorial

120 dias

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CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE

ATENÇÃO

Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.

ATIVIDADE 6: Pré-Teste

30 minutos

Objetivo

Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.

Material

Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.

Desenvolvimento

1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;

2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;

3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.

Fechamento

Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades

AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1

Nome: ____________________________________________________Turma: _______

Município: __________________________________________________GRS: _______

Leia com atenção o seguinte caso:

1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).

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ATIVIDADE IX - SÍNTESE DA OFICINA DE PROMOÇÃO DA SAÚDE

Tempo estimado: 30 minutos

Objetivo

• Reafirmar o conceito sobre Promoção da Saúde, a partir dos conhecimentos adquiridos durante a Oficina 8.

Desenvolvimento

• Organizar a turma em semicírculo e distribuir os desenhos criados na Atividade V da Oficina 8 pelos grupos;

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Oficina de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 8: Promoção da Saúde

• Convidar o grupo a analisar o desenho e verificar se, após as discussões e conceitos abordados na Oficina, o mesmo pode ser mantido, alterado ou refeito;

• Solicitar aos grupos que relatem se houve mudanças no desenho e na percepção do tema Promoção da Saúde;

• Sintetizar a Oficina, relacionando o conceito de Promoção da Saúde com o cotidiano das equipes a partir dos conhecimentos adquiridos durante a Oficina 8.

ATIVIDADE X - O PLANO DE TRABALHO DO PERÍODO DE DISPERSÃO

Tempo estimado: 1 hora

Objetivo

• Planejar as atividades a serem realizadas no período de dispersão.

Desenvolvimento

• Aplicar os conteúdos abordados nesta Oficina;

• Conduzir a discussão do conteúdo da Oficina para todos os profissionais da equipe de saúde.

1) ORIENTAÇÃO: OS PRODUTOS DO TRABALHO DE DISPERSÃO

a) REALIZAÇÃO DA OFICINA PARA AS EQUIPES DE SAÚDE

• Esta atividade deverá ser realizada pelos facilitadores dos centros de saúde com o apoio do nível distrital e central;

• Conduzir a discussão do conteúdo da Oficina 8 para todos os profissionais das equipes de saúde dos CSs, recuperando o produto da Oficina 7 Abordagem Familiar (Genograma, Ecomapa e Practice).

b) PRODUTO

Considerando os conceitos da Promoção da Saúde e a realidade que vocês conhecem:

• Eleger um problema que seja importante na área de abrangência do centro de saúde, de acordo com as discussões com a Comissão Local e a parceria com a comunidade;

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CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE

ATENÇÃO

Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.

ATIVIDADE 6: Pré-Teste

30 minutos

Objetivo

Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.

Material

Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.

Desenvolvimento

1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;

2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;

3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.

Fechamento

Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades

AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1

Nome: ____________________________________________________Turma: _______

Município: __________________________________________________GRS: _______

Leia com atenção o seguinte caso:

1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).

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• Elaborar um Plano de Ação, uma sequência de ações de acordo com Projeto de Saúde no Território, buscando abordar o problema escolhido.

- A Matriz apresentada a seguir pode ser utilizada para a síntese dessa atividade;

- No Anexo 5 deste guia, é apresentado um documento descrevendo as Ações de Promoção da Saúde já desenvolvidas em Belo Horizonte, que pode auxiliar as equipes na identificação de seus parceiros no nível local.

Matriz 1: PROJETO DE SAÚDE DO TERRITÓRIO

1) Identificação do problema

2) Justificativa

3) Objetivos

3.1) do CS

3.2) da comunidade

4) Plano de ação

Operações Ações Metas Responsáveis Prazos

Mobilizar atores sociais e/ou instituições importantes

Fomentar o espaço coletivo ampliado

Construir consenso, reformular, corresponsabilizar e pactuar

Oficina de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 8: Promoção da saúde

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Oficina de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 8: Promoção da Saúde

ATIVIDADE XI - AVALIAÇÃO DA OFICINA E ENCERRAMENTO

Tempo estimado: 15 minutos

Objetivo

• Avaliar o desenvolvimento da Oficina 8, retomando seus objetivos e competências propostas para seus participantes.

Desenvolvimento

• É importante compreender o momento de “preenchimento” do questionário como uma “atividade avaliativa”, ou seja, uma oportunidade para que os participantes se corresponsabilizem com o desenvolvimento das Oficinas, analisando o processo e fornecendo informações para ajustes/correções necessárias;

• A “atividade avaliativa” deve ser realizada distribuindo-se a turma em grupos de 3 a 4 pessoas, cada grupo deverá discutir e responder um único questionário com as alternativas que melhor representam sua percepção coletiva. Lembrar que se trata de uma avaliação que toma como base os objetivos previstos para cada Oficina;

• No momento de aplicação do instrumento, os condutores devem estar atentos para esclarecer as dúvidas e fazer os registros necessários;

• Ao final, os facilitadores devem recolher os questionários e encaminhar à coordenação da Oficina;

• Fazer uma avaliação da Oficina 8.

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CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE

ATENÇÃO

Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.

ATIVIDADE 6: Pré-Teste

30 minutos

Objetivo

Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.

Material

Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.

Desenvolvimento

1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;

2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;

3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.

Fechamento

Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades

AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1

Nome: ____________________________________________________Turma: _______

Município: __________________________________________________GRS: _______

Leia com atenção o seguinte caso:

1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).

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INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DAS OFICINAS DE QUALIFICAÇÃO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE NO SUS - BELO HORIZONTE

DATA: ________ OFICINA N0 ___TURMA:___ COR:___________ DISTRITO(S): _____________UNIDADE(S) DE SAÚDE: ___________________________________

Assinale o número da alternativa que melhor expressar sua avaliação sobre os itens a seguir:1.Não 2.Muito pouco 3.Mais ou menos 4.Sim

Itens avaliativosPontuação

1 2 3 4

1) Conteúdo

1.1) Os conteúdos atendem aos interesses e às necessidades do serviço

1.2) Os conteúdos se relacionam com o cotidiano de trabalho

1.3) Os conteúdos foram tratados com profundidade suficiente, considerando a proposta desta Oficina

1.4) Os produtos previstos ajudam na reorganização do processo de trabalho local

2) Estratégias metodológicas

2.1) No início dos trabalhos foram estabelecidas ou reafirmadas “regras de convivência”, pactuadas coletivamente

2.2) As pactuações de “regras de convivência” possibilitaram maior corresponsabilidade e compromisso de todos com o andamento das Oficinas

2.3) A programação e condução das Oficinas estimularam a participação e interação entre participantes/equipe

2.4) A articulação/encadeamento das atividades favoreceu o clima de diálogo e participação

2.5) A forma de agrupamento/distribuição dos participantes (por turmas) favoreceu o compartilhamento de experiências, conhecimentos, etc.

2.6) O conhecimento e as experiências prévios dos participantes foram levados em conta

2.7) O tempo dedicado às atividades foi adequado e proveitoso

2.8) A metodologia utilizada favoreceu o alcance dos objetivos previstos

2.9) Esta Oficina está gerando oportunidade para que os participantes discutam e proponham ajustes para as Oficinas seguintes

3) Sobre os condutores (oficineiros, facilitadores, apoiadores)

3.1) Os condutores mantiveram postura de acolher e problematizar adequadamente as questões que o grupo levantou (temáticas, conflitos, questões relacionadas aos produtos, etc.)

3.2) Os condutores (em seu conjunto) mostraram-se com conhecimento suficiente/adequado quanto aos conceitos trabalhados

3.3) (Apenas para as Oficinas realizadas nos CS) Esta Oficina contou com a participação de referência técnica (apoiador) do Distrito Sanitário

3.4) Dê uma nota de 1 a 4 considerando sua avaliação relacionada ao desempenho geral da condução da Oficina pelo conjunto de condutores (número menor indicando pior desempenho e número maior indicando melhor desempenho)

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4) Autoavaliação “do grupo” quanto à participação no processo

4.1) Conseguimos formular as questões que nos incomodam (caso não tenha havido necessidade dessa intervenção, marcar resposta 4)

4.2) Tomamos iniciativas e fizemos sugestões nos trabalhos de grupo

4.3) Estabelecemos associação entre as Oficinas e o trabalho cotidiano

4.4) Interessamo-nos pelas bibliografias sugeridas

4.5) Percebemos avanço na apropriação de conhecimento

4.6) Tivemos disponibilidade para mudar a forma de agir e interagir com o outro (nos casos que consideramos pertinentes, necessários)

4.7) Fizemos sugestões quando percebemos que a abordagem não estava agradando a turma ou não estava atendendo aos objetivos e às expectativas (caso não tenha havido necessidade dessa intervenção, marcar resposta 4)

4.8) Cumprimos/respeitamos as “regras de convivência” pactuadas coletivamente

5) Material didático

5.1) Os textos, caderno de Oficinas, orientações, instrumentos como planilhas, matrizes, foram adequados

5.2) Os instrumentos utilizados permitiram reflexão entre o que foi discutido e o trabalho cotidiano

6) Infraestrutura e logística

6.1) Percebemos que houve cuidado em se providenciar um espaço satisfatório para realização das Oficinas, considerando ambiente físico e logística em geral

6.2) O espaço/ambiente de Oficinas foi satisfatório quanto a: lanche, água, banheiro e conforto em geral

7) Sobre o instrumento avaliativo

7.1) Este tipo de instrumento avaliativo (questionário) permite que você expresse sua opinião sobre o que você gostaria de avaliar

Espaço para sugestões

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ANEXO I

O PARADIGMA DA SALUTOGÊNESE

Nina Teresa BrinaMédica antroposófica no CS Pilar/Olhos d’Água - Distrito Sanitário Barreiro

Participa da coordenação do Programa de Homeopatia, Acupuntura e Medicina Antroposófica

PRHOAMA - SUS -BH

Algumas vezes, surge nos estudos e pesquisas, uma forma nova de olhar para os fenômenos , o que traz perguntas diferentes para os mesmas questões. Falamos então de um novo “paradigma” , que significa “padrão”, “modelo”. O paradigma da salutogênese foi proposto pelo médico e sociólogo norte-americano Aaron Antonovsky (1923-1994). O termo salutogênese vem do latim, Salus (sanidade) e do grego Genesis (origem, criação de), portanto, quer dizer: “origem da saúde”.

Pesquisando sobre o estado de pessoas idosas em Israel, Antonovsky desenvolveu critérios de avaliação para a saúde física e psíquica. Para sua grande surpresa ele constatou que entre as pessoas idosas mais saudáveis que ele encontrou, havia algumas que tinham sobrevivido aos horrores do Holocausto. Então surgiu a pergunta: o que protegeu estas pessoas? O que nos protege das doenças? O que nos mantém sadios mesmo em condições adversas?

Podemos dizer que estamos acostumados com o modelo da patogênese, que busca conhecer a origem das doenças, sua etiologia, diagnóstico e tratamento. Enquanto a patogênese pergunta como e porque adoecemos, a salutogênese pergunta como podemos nos manter sadios. Busca reconhecer a saúde, como cultivá-la, como mantê-la, como preservá-la. Quer saber quais fatores favorecem a saúde e como fazer uso destes fatores, para ter qualidade de vida e ‘bem-estar’.

A proposta salutogenética implica na noção de que o indivíduo tem recursos objetivos e subjetivos de saúde e de resistência às tensões que a própria existência humana determina. Todos nós passamos por situações existenciais de perda, de doença e de morte, isso faz parte da vida. Resistência não é fugir, mas sim viver a vida e ainda assim continuar íntegro.

Podemos observar que nos dois paradigmas (patogênese e salutogênese), chegamos a alguns pontos em comum. Do ponto de vista da patogênese, perguntamos: de onde vem o ser frágil? E as respostas geralmente são: genética desfavorável, nutrição inadequada, estresse e imunodepressão, traumas, depressão, hábitos errôneos – fumo, álcool, etc., poluentes ambientais, agentes infecciosos, entre outros.

Do ponto de vista da salutogênese, perguntamos: de onde vem o ser sadio? Da genética favorável, da nutrição adequada, de saber lidar com o estresse, de hábitos saudáveis de vida, de uma boa estrutura familiar.

Contudo, Antonovsky nos traz uma nova variável: ele cria a noção de “senso de coerência”, como sendo a habilidade de administrar um conjunto de atitudes para lidar com as tensões e agressões ao organismo, como uma capacidade de enfrentamento e adaptação às situações de estresse.

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Descreve este senso de coerência como uma capacidade de perceber a si mesmo e de perceber o ambiente e os fatos ao seu redor, composta de três fatores: compreensão, significação e manejo. Ou seja, o mundo e os fatos da vida podem ser compreendidos, tem um significado e podem ser manejados.

Antonowsky considera que estes recursos da pessoa, estas habilidades gerais que levam à resistência e à resiliência (capacidade de não se deformar diante de uma pressão externa ou interna; de voltar à forma inicial depois de sofrer uma tensão), dependem do que herdamos e de tudo que vai sendo construído durante a vida. Determinados fatores a pessoa recebe da vida: hereditariedade, bom nível nutricional, atendimento às necessidades básicas afetivas na infância, bom nível sócio econômico familiar, bom nível de integração familiar, boa qualidade de vida em relação ao meio ambiente. Outros fatores ela pode conquistar ao longo da vida: boa situação sociocultural individual, boa interação afetiva interpessoal: amar e ser amado, ter um projeto de vida, ter uma meta individual, praticar o auto-cultivo em termos estéticos, filosóficos e espirituais.

Vários outros autores estudam e procuram descrever o que seria uma pessoa sadia e também falam de pessoas bem estruturadas consigo próprias e com o seu meio, com capacidade de reagir e enfrentar os acontecimentos da vida; abertura a experiências; espontaneidade, expressividade, vivacidade; uma firme identidade, autonomia, objetividade; desprendimento; capacidade de amar, etc.

Interessante é que alguns autores postulam que o indivíduo tem necessidades básicas que precisam estar atendidas para que ele busque satisfação de necessidades mais sutis, afetivas e espirituais.

Mas outros autores observam que, muitas pessoas privadas de satisfação básica, demonstram uma necessidade premente de encontrar um significado para suas vidas e, desenvolvendo algum cultivo de espírito, tem uma âncora para sua sobrevivência. Um “sentido” é o ponto central da busca do indivíduo para ‘bem ser’. Ter um “sentido” para sua existência, o mantém vivo e resiliente, mesmo sem as condições básicas de bem-estar. Podemos considerar como fontes de sentido: a família, os filhos, a pessoa amada; uma religião; uma “missão” existencial, ou vocação; amor a si mesmo; a capacidade de admiração e respeito (veneração); um ideal social, cultural ou ecológico; a arte para o artista, por exemplo.

A pergunta seria então: como aplicar ou despertar estas condições, esta “vontade de viver”, que são observadas em algumas pessoas, para outras pessoas, em nossos pacientes, no nosso dia a dia?

O profissional inspirado pela salutogênese não vai apenas avaliar ou tratar dos sintomas e sinais, ou apenas dizer ao seu paciente que deve adotar esta ou aquela dieta, realizar exercícios físicos, ou fumar menos, para evitar esta ou aquela doença. Profissional e paciente pensarão juntos em adotar um estilo de vida que produza sentimentos e atitudes positivos, uma qualidade de vida melhor, com aprimoramento das habilidades e potencialidades criativas individuais, auto-cultivo levando a um aumento da autoestima, sociabilidade, espiritualidade, etc.

Através do diálogo, começa a autoeducação do indivíduo. O profissional não deve impor ao paciente sua própria ideologia, mas deverá olhar o paciente a partir do mundo de valores deste. Ele deverá conhecer o outro e a partir o olhar do outro, ajudá-lo a despertar qualidades já inerentes a ele.

As mudanças de hábitos não virão por imposição ou treinamento, mas por uma revisão de valores e escolhas pessoais.

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Importante lembrar aqui que a abordagem da homeopatia, medicina tradicional chinesa/acupuntura e medicina antroposófica se aproximam muito do paradigma salutogenético (ver Programa de Homeopatia, Acupuntura e Medicina Antroposófica – PRHOAMA-SUS BH). A escuta do paciente considera a percepção subjetiva que ele tem de seus sintomas e sua doença, a relação do aparecimento da doença com o ambiente físico e afetivo, com seus hábitos de vida, sua atuação social, suas crenças e valores. Mesmo que ainda no modelo de saúde atual o paciente procure o médico a partir do adoecimento, inicia-se um trabalho de autoconhecimento, de busca de relação do adoecer com determinada época da vida, vivências, ou ambiente. O medicamento põe em movimento a própria energia vital da pessoa, despertando novas potencialidades físicas, mentais e afetivas, onde o objetivo é a busca da saúde e não a ausência de determinada doença, que uma vez tratada, pode reaparecer com outra roupagem, outra forma de desequilíbrio, outro nome. O medicamento põe em movimento a própria energia vital da pessoa, traz uma “liberdade vital” para o fluxo desimpedido da vida, despertando novas potencialidades físicas, mentais e afetivas.

Finalmente, em termos práticos, como promover o ser sadio da pessoa? Esta é a questão número um da salutogênese: cuidar do corpo e estimular a vitalidade, propiciando o “bem-estar”. Cultivar a alma e fortalecer a individualidade, levando ao “bem ser”.

Podemos dizer de três salutogêneses:

Salutogênese do corpo: higiene, alimentação, atividades físicas (caminhadas, esportes, ginástica, yoga, lian gong), o brincar (o elemento lúdico das atividades), artes corporais (dança , expressão corporal, teatro).

Salutogênese da alma, do afeto: ter vivências afetivas, artísticas, de cultivo da beleza, momentos de alegria; ter tempo e espaço para fazer as atividades se dedicando, com serenidade e sensibilidade; participar de atividades sociais, solidárias, gincanas, desenvolver a capacidade de diálogo, participar de grupos de cooperação, festas, teatro, música, exposições, mutirões.

Salutogênese do espírito, da existência: oração, meditação, veneração (admiração com respeito), desenvolvimento de uma meta individual.

O paradigma da salutogênese não se limita a um local, uma ação, a uma tarefa de educação ou prática de atividades. Pode ser entendido como uma atitude diante das pessoas, de orientação e estímulo, sempre num contexto interdisciplinar. Considera que dentro da comunidade, da família, encontra-se um ser único, com uma história de vida e não apenas mais um caso clínico.

Referências

LINDSTRÖM, B.; ERIKSSON, M. Contextualizing Salutogenesis and Antonovsky in Public Health Development. Folkhälsan Research Center, Health Promotion Programme, Paasikivenkatu 4, FIN-00250 Helsinki,Finland. Health Promotion International, v. 21, n. 3, 22 may 2006.

MARASCA, E. Saúde se aprende, Educação é que cura. São Paulo: Antroposófica, 2009.

MORAES, W. A. Salutogênese e auto-cultivo: uma abordagem interdisciplinar. Rio de Janeiro: Instituto Gaia, 2006.

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ANEXO II

OS DETERMINANTES SOCIAIS DE SAÚDE:

PILARES DA Promoção da Saúde

Márcia Luciane Drumond das Chagas e ValloneFisioterapeuta/Mestre em Ciências da Reabilitação (UFMG)

Coordenadora do Núcleo de Saúde e Meio Ambiente Pró-Reitoria de Extensão- PUC Minas

Se nós entendemos que a Promoção da Saúde refere-se ao conjunto de medidas que visam aumentar a saúde e o bem-estar, fica fácil pensarmos que mesmo alguém que tenha alguma doença ou incapacidade possui sempre um componente sadio e, portanto a sua saúde pode e deve ser fomentada. Para tal temos que fortalecer a capacidade de indivíduos e coletividades para lidarem com a multiplicidade dos determinantes e condicionantes da saúde (Czeresnia, 2003).

Esses determinantes, atualmente denominados por alguns, como “condicionantes”, são definidos como as condições nas quais as pessoas nascem, crescem, vivem, trabalham e envelhecem e que influenciam suas oportunidades à saúde, doença e expectativa de vida (CNDSS, 1998). Portanto, são fatores produtores de saúde: biológicos, psicossociais e comportamentais.

Vários modelos foram construídos, procurando demonstrar a rede de relações entre os determinantes sociais e a situação de saúde. A sua base conceitual foi definida pela Comissão Nacional dos Determinantes Sociais em Saúde (CNDSS) através do modelo de determinação social da saúde proposto por Dahlgren e Whitehead (CNDSS, 2008) (Figura 1).

Figura 1 – Modelo de determinação social da saúde proposto por Dahlgren e Whitehead (1991)

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Esse modelo estratifica os DSS em camadas, de acordo com o seu nível de abrangência, dos determinantes individuais até os macrodeterminantes. Na base do desenho, a organização do modelo prevê os indivíduos, com suas características individuais, como sexo, idade e fatores genéticos, interferindo no seu potencial e condição de saúde. Na camada intermediária identificamos o comportamento e os estilos de vida individuais (“modo de viver”), servindo como limite entre os fatores individuais e os DSS. Ou seja, os comportamentos dependem dos fatores presentes nas duas camadas, como acesso a informações, alimentos saudáveis e lazer, entre outros. Na camada seguinte situam-se os fatores relacionados às condições de vida e de trabalho, a disponibilidade de alimentos, o acesso a ambientes saudáveis e aos serviços essenciais, como saúde e educação. Essa camada explicita que as pessoas em desvantagem social apresentam diferenciais de exposição e de vulnerabilidade aos riscos à saúde. Por fim, o último nível apresenta aqueles que são considerados os macrodeterminantes, que possuem grande influência sobre as demais camadas e estão relacionados às condições socioeconômicas, culturais e ambientais da sociedade. Nesse nível estão incluídos também determinantes supranacionais, como o modo de produção e consumo de uma cidade, estado ou país e o processo de globalização (CNDSS, 2008).

Com efeito, são as condições socioeconômicas, culturais e ambientais de uma sociedade, representados como os determinantes mais distais do modelo, que geram uma estratificação econômico-social dos indivíduos e grupos populacionais, posicionando-os em camadas sociais distintas e provocando diferenciais de saúde. Portanto, a distribuição da saúde e doença em uma sociedade não é aleatória, estando associada à posição social, que por sua vez define as condições de vida e de trabalho dos indivíduos e grupos.

Um dos benefícios deste esquema é que a organização em diferentes níveis de condicionamento, do individual ao comunitário, pode contribuir e orientar as diferentes concepções de políticas públicas.

Entretanto, a abordagem destes determinantes pelas equipes de saúde pode ser considerada hoje um grande desafio! O cotidiano vivido no dia a dia nos centros de saúde é extenuante e precisamos buscar alternativas para abordar tais determinantes.

Uma importante estratégia de mobilização das forças sociais é aumentar a participação dos indivíduos e grupos sociais na modificação dos determinantes do processo saúde-doença, como emprego, renda, educação, cultura, lazer e hábitos de vida. Essa estratégia deve construir a interação da comunidade com o governo local, na busca das soluções para os seus problemas. A participação popular, nesse contexto, é extremamente importante, pois permite aos cidadãos exercerem um papel real sobre a organização do sistema local de saúde.

É necessário pensar a construção de práticas e ações de saúde mais amplas, intersetoriais, como estratégia de enfrentamento aos problemas sociais, ambientais, de urbanização, segurança, alimentação, desemprego, etc. Ou seja, precisamos estudar e conhecer os determinantes sociais da saúde para definirmos nossas ações de enfrentamento.

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Entendemos que a intersetorialidade existe para responder às necessidades de saúde de uma coletividade, é importante envolver a população em todo processo de saúde, desde o diagnóstico da situação até a avaliação das ações implantadas. Fortalecer os movimentos sociais, através do deslocamento do olhar e da escuta dos profissionais da saúde, da doença para a promoção da vida, pode: (1) ampliar a autonomia dos sujeitos e coletividades e (2) estabelecer mecanismos de análise e co-responsabilização pelo cuidado consigo, com os outros e com o meio-ambiente (Campos et al, 2004).

Uma das estratégias, para promoção da autonomia, é o empoderamento (“empowerment”). Empoderamento é um conceito complexo, que pressupõe ter controle, se apoderar do próprio destino. É um processo, que demanda aquisição de competências como auto-estima e confiança em si mesmo, capacidade de analisar criticamente o meio social e político e o desenvolvimento de recursos individuais e coletivos para ação social e política. (Carvalho, S. R., 2004). Este pode ser definido como um processo que possibilita que indivíduos e grupos comunitários aumentem o controle sobre os determinantes da saúde, decisões e ações que afetem sua saúde, ampliando a possibilidade de controle relacionada à sua vida (SEN, 2001, apud Martins, 2009).

Mas quem empodera quem? Quais os limites do empoderamento pelos profissionais de saúde e governo? Na realidade não podemos empoderar ninguém, pois isto tem que ser construído por cada um. A participação não é um conteúdo que se possa transmitir, ou uma habilidade a ser adquirida pelo treino, mas uma mentalidade a ser construída pela reflexão crítica e pelo amadurecimento do cidadão. A participação é uma vivência coletiva e não individual, de modo que somente se pode aprender na práxis grupal e só se aprende a participar, participando (Martins, 2009).

Para que isso ocorra, os programas e as ações em saúde devem ser pensados e realizados com a comunidade, aumentando seu sentido de responsabilidade. Segundo Martins (2009), o Programa de Saúde da Família pode se tornar um importante instrumento para o empoderamento comunitário, ao assumir a mudança no paradigma assistencial, passando de um eixo curativo para o preventivo, da ação monossetorial para a intersetorial, da exclusão para a universalidade.

Referências:

CAMPOS, G.W.; BARROS, R. B.; CASTRO, A. M. Avaliação de política nacional de promoção da saúde. Ciência & Saúde Coletiva, v. 9, n. 3, p. 745-749, 2004.

CARVALHO, A. I. Promoção da saúde: conhecimento, políticas e práticas. Oficina de Trabalho – Promoção da Saúde: da prevenção à mudança social. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE EPIDEMIOLOGIA, 6., Recife, 19-23 jun. 2004.

CARVALHO, S. R. Os múltiplos sentidos da categoria “empowerment” no projeto de Promoção à Saúde. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 20, n. 4, p. 1088-1095, jul.-ago. 2004.

COMISSÃO NACIONAL SOBRE DETERMINANTES SOCIAIS DA SAÚDE. As causas sociais das iniqüidades em saúde no Brasil. Rio de Janeiro: Ed. Fiocruz, 2008, 220 p.

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CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DE PROMOÇÃO À SAÚDE, 1., Canadá, 1986. Disponível em: <http://www.who.int/hpr/docs/ottawa.html>. Acesso: 10 mar. 2011.

CZERESNIA, D. The Concept of Health and the Diference Between Promotion and Prevention. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 15, n. 4, p. 701-709, out.-dez. 1999.

MARTINS PC et al. Democracia e empoderamento no contexto da promoção de saúde: possibilidades e desafios apresentados ao PSF. Physis: Revista de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 19, n. 3, p. 679-694, 2009.

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ANEXO IIIA TERAPIA COMUNITÁRIA

Maria Teresinha de Oliveira Fernandes Enfermeira/Mestre em Enfermagem – CS João Pinheiro/

Distrito Sanitário Noroeste/PBH

Luciano Carneiro de Lima Médico/Especialista em Medicina de Família e Comunidade –

CS SantaMaria/Distrito Sanitário Noroeste/PBH

Mesmo com todos os esforços das políticas públicas de saúde e a ampliação da Estratégia de Saúde da Família no país, observa-se ainda, limitados espaços para abordagem do sofrimento humano, que se não cuidado, pode afetar a saúde mental e evoluir negativamente.

Muitos pacientes com demandas dessa natureza procuram as equipes de saúde da família de Belo Horizonte em busca de alívio. Silveira (2009) comenta sobre a responsabilidade da Atenção Primária em Saúde (APS) no cuidado da saúde mental, afirmando que esse nível de atenção não tem respondido com efetividade, qualidade e resolutividade no cuidado a população. No entanto, apresenta-se a Terapia Comunitária como uma metodologia de trabalho com grupos para a abordagem do sofrimento humano enquanto um cuidado com a saúde mental na APS. De acordo com Barreto (2008) a Terapia Comunitária:

“É um espaço comunitário onde se procura partilhar experiências de vida e sabedorias de forma horizontal e circular. Cada um torna-se terapeuta de si mesmo, a partir da escuta das histórias de vida que ali são relatadas. Todos se tornam co-responsáveis na busca de soluções e superação dos desafios do

cotidiano, em um ambiente acolhedor e caloroso”. (Barreto, 2008, p. 38)

Segundo o mesmo autor, a Terapia Comunitária no Programa Saúde da Família/APS favorece:

• a ampliação do vínculo entre profissional e comunidade;

• representa uma metodologia mais dinâmica, participativa e

integrativa aos grupos de educação em saúde;

• fortalece a prática de auto-cuidado e co-responsabilidade da

população quanto ao seu processo saúde-doença;

• reforça a auto-estima individual e coletiva;

• favorece a composição do diagnóstico epidemiológico local;

• redireciona a demanda de “sofrimento” que ocupa agendamentos

da assistência para os grupos de Terapia Comunitária.

Estudos já realizados pelo Ministério da Saúde e UFC (2005, 2006) apontam a terapia comunitária como potente metodologia para Equipe de Saúde da Família e APS, reforçando a ideia de metodologia facilitadora/conciliadora/mediadora para o enfrentamento de demandas de sofrimento humano na perspectiva de profissionais e de população.

Nos anos de 2005 e 2006 em convênio entre a UFC (Universidade Federal do Ceará), o SENAD (Secretaria Nacional Antidrogas) e o MISMEC-CE

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(Movimento Integrado de Saúde Comunitária do Ceará) foram capacitados 900 terapeutas comunitários em 12 estados brasileiros. Ao término de cada roda de terapia, realizada por esses profissionais, foram aplicados questionários que totalizaram 12.000. Da análise desses questionários foram identificados como temas mais frequentes o estresse e emoções negativas 26,7%; conflito nas relações familiares 19,7%; álcool e outras drogas 11,7%; trabalho e desemprego 9,6%; depressão e violência 9,3%; fratura dos vínculos sociais 9,2%. Das 12.000 pessoas que tiveram seus temas escolhidos e trabalhados nas rodas de Terapia Comunitária apenas 11,5% tiveram de ser encaminhadas para serviços de saúde. 88,5% das pessoas tiveram seus problemas resolvidos com a participação nas rodas de Terapia Comunitária e com recursos da comunidade.

Diante desses resultados o Ministério da Saúde em parceria com a UFC-FCPC (Fundação Cearense de Pesquisa e Cultura), Convênio 3363/2007, decidiu capacitar 1050 profissionais das equipes de saúde da família em todo Brasil no ano de 2007. Belo Horizonte foi contemplada com uma turma na ocasião na qual foram inscritos 66 profissionais de saúde. Além de Belo Horizonte, participaram da formação, profissionais de outras cinco cidades mineiras. Dos 66 profissionais de saúde, 33 eram agentes comunitários de saúde e 33 eram profissionais da saúde de outras áreas. 61 profissionais concluíram o curso, sendo 41 da PBH. Foram formados terapeutas comunitários em 15 Centros de Saúde de Belo Horizonte: Centros de Saúde Independência, Vale do Jatobá, Vila Pinho, Goiânia, Vila Maria, Califórnia, João Pinheiro, Santa Maria, Jardim Filadélfia, Felicidade I e II, Salgado Filho, Noraldino de Lima e Túnel de Ibirité.

Trata-se de metodologia de abordagem e empoderamento do usuário no campo da cidadania com vistas ao enfretamento de sofrimentos diversos como estresse, conflitos nas relações familiares, abuso de álcool e outras drogas, desemprego, violência, quebra dos vínculos sociais entre outros além de influenciar na medicalização do sofrimento humano. É uma estratégia capaz de ampliar os recursos que integram a Saúde Mental na Atenção Primária. E ainda, tem consonância com a promoção de saúde e cultura da paz em vários contextos e grupos sociais, cujo lócus dessas ações é a Atenção Primária em Saúde.

Enfim:“A Terapia Comunitária apresenta-se como uma das estratégias de Promoção da Saúde que valoriza o saber popular, cria outras oportunidades de expressão do sofrimento emocional e amplia a proposta de atuação do serviço para as

rodas de acolhimento comunitário”. (MS,2009, p.60)

Referências:

BRASIL. Ministério da Saúde. O SUS e a Terapia Comunitária. Brasília, 2009, p. 60.

BARRETO, A. P. Terapia comunitária passo a passo. 3. ed. Fortaleza: LCR; 2008.

SILVEIRA, M. R. A saúde mental na Atenção Primária: um diálogo necessário. Tese (Doutorado) – Escola de Enfermagem, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2009.

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ANEXO IV

O TRABALHO COM GRUPOS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA:

ENFOQUE NA PROMOÇÃO DA SAÚDE

Sônia Maria SoaresEnfermeira

Doutora em Saúde PúblicaDocente da Escola de Enfermagem da UFMG

Especialização em trabalho com grupos pelo Instituto Pichon-Rivière de São PauloCoordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Cuidado e Desenvolvimento

Humano

Maria Teresinha de Oliveira Fernandes Enfermeira

Mestre em Enfermagem CS João Pinheiro/Noroeste/PBH

O trabalho com grupos está entre os espaços mais comuns de práticas de educação em saúde na atenção primária. Constitui-se uma das modalidades mais utilizadas para avaliação, controle e acompanhamento de pessoas com problemas crônicos de saúde na atenção primária.

Com a implantação da Estratégia de Saúde da Família, o trabalho com grupos foi incorporado pelas equipes, sendo, inclusive, sugerido como modalidade de assistência à população em vários programas da atenção à saúde. É possível, até, que alguns usuários participem em mais de um dos grupos formados na Unidade, considerando que, geralmente, eles têm como um dos critérios organizadores um agravo à saúde, como diabetes e hipertensão, ou uma fase específica do ciclo de vida humano, como a gestação ou adolescência.

Observa-se com muita frequência uma banalização das atividades com grupos no contexto da atenção primária, que muitas vezes tornam-se agrupamentos de pessoas condicionadas à participação para troca de receitas, medicamentos e outros benefícios gerados pelos programas de saúde.

Para que o trabalho com grupos seja bem sucedido é importante que a equipe envolvida no desenvolvimento dessa modalidade apreenda conceitos e teorias que vão ajudar no manejo das situações grupais. É importante ressaltar que a compreensão desses conceitos vão ajudar os profissionais de saúde, que vão coordenar grupos, a aprofundar na complexidade de alguns fenômenos do processo grupal, como por exemplo, reações de silêncio, desconfiança e outros mecanismos de defesa que precisam ser bem interpretados para desencadear a produção de um grupo.

Grupos e grupos operativos – abordagem teórica

Antes de iniciar qualquer trabalho com grupos é importante entender o que é de fato um grupo e quais os conceitos estruturantes do mesmo.

Para se tornar um grupo é necessário que seus participantes tomem consciência de que buscam o mesmo objetivo comum e que haja entre

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eles uma interrelação psicológica para aceitar o trabalho comum, participar das responsabilidades coletivas e conjugar seus esforços na realização deste trabalho. Segundo Pichon-Riviere (2000) o grupo constiui-se de um conjunto de pessoas movidas por necessidades semelhantes que se reúnem em torno de uma tarefa especifica, ou seja, um grupo com um objetivo mútuo, porém cada participante é diferente e tem sua identidade.

Encontramos na prática e na literatura várias nomenclaturas para designar o trabalho com grupos: grupo temático, grupo de intervenção, oficina de dinâmica de grupo, grupo de Promoção da Saúde, grupo terapêutico, entre outros. É Importante ressaltar que não é só uma questão de nomenclatura; há modalidades e referenciais teóricos diferentes.

Considerando os objetivos desta Oficina, pontuamos duas vertentes mais amplas: grupos sócioeducativos e grupos psicoeducativos. Ambos são organizados tendo como pressuposto o processo educativo, ou seja, a intenção é possibilitar a aprendizagem para mudança de comportamentos, de hábitos de vida e discussão de processos para o autocuidado. Enquanto o grupo socioeducativo está mais voltado para os aspectos socioculturais que interferem na condição de saúde e doença, o psicoeducativo remete aos processos psíquicos do índividuo e sua interação social.

Nesta Oficina, deteremos especialmente o nosso interesse na vertente dos grupos socioeducativos.

Zimerman (2007) classifica os grupos, segundo o critério de finalidade, em operativos e psicoterápicos. Divide, ainda, os grupos operativos em quatro campos: ensino-aprendizagem, institucionais, comunitários e terapêuticos. Podemos afirmar que há tendência dos profissionais de saúde em denominar e generalizar toda atividade de grupo como grupo operativo. Isso acaba por reforçar alguns equívocos teórico-técnicos, pois o termo grupo operativo não se refere apenas a uma técnica específica ou a um tipo de grupo.

Essa abordagem teórica sobre grupo operativo tem sido muito utilizada, por exemplo, para trabalhar com pessoas que precisam ser preparadas para o autocuidado no manejo de enfermidades crônicas, como é o caso do diabetes, hipertensão arterial, problemas renais e outros.

E então o que é um grupo operativo? Será que os grupos que na atenção primária denominamos grupos operativos, são de fato, operativos?

O grupo operativo é, antes de tudo, uma abordagem teórica e metodológica, fundamentada na psicologia social de Pichon-Rivière, centrada no processo de inserção do sujeito no grupo, no vínculo e na tarefa. O conceito de vínculo e tarefa são, portanto, dois conceitos que devem ser apreendidos para melhor compreensão do que é um grupo operativo.

O grupo se une em torno de uma tarefa que é compreendida no nível consciente, mas que também traduz uma dimensão afetiva existente no seu inconsciente. Assim, um nível de funcionamento do grupo é lógico e relacionado à tarefa e outro está envolvido com as suas emoções e com sua dinâmica psíquica, seus medos, suas fantasias, seus desejos.

Vamos explicar melhor o que foi mencionado acima pensando na proposta de encaminhar o adolescente, filho de Dona Olímpia para fazer parte de um grupo de adolescentes.

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De um modo geral um grupo de adolescentes pode ser constituído com o objetivo de discutir os diferentes aspectos que envolvem o adolescer, os projetos de vida, trabalho e outras questões. Esta é a dimensão lógica que dá identidade a este grupo e tem como tarefa explícita a discussão dos problemas vivenciados nesta etapa do seu ciclo de vida. A partir do momento que este grupo começa a se reunir vários outros aspectos entram em cena envolvendo a interação entre eles com as suas emoções, medos e fantasias.

A dinâmica de um grupo que está reunido para produzir algo, como o grupo exemplificado acima, é marcada por momentos de pré-tarefa e tarefa. A pré-tarefa é o momento em que predominam mecanismos de dissociação, com finalidade de defesa dos sentimentos de culpa e ambivalência, dificuldades de tolerância, frustração e postergação. A tarefa é o momento em que se rompe com estas questões e o grupo consegue avançar na consecução de seu objetivo. A execução da tarefa acarreta enfrentar alguns obstáculos relacionados a conceitos preestabelecidos que devem ser desconstruídos e reconstruídos.

O vínculo, outro conceito importante, envolve a estrutura complexa das relações interpessoais que são formadas no desenvolvimento do grupo envolvendo o processo de comunicação e aprendizagem.

Todo grupo, ao formular os seus objetivos, se propõe a uma mudança ou realização. Mas, também, apresenta um grau menor ou maior de resistência a essa mudança. Esses momentos do grupo (pré-tarefa, tarefa e projeto) não seguem uma lógica linear e cumulativa. Pelo contrário, todo grupo apresenta ambivalências, regressão, dispersão diante da constante demanda de sustentar seu processo e refletir sobre ele. Isso quer dizer estar continuamente se reorganizando e se recriando. É o que acontece quando o sujeito está exercitando a mudança de hábitos. Ou seja, processa a revisão – em um sentido imaginário, a destruição – de seus ideais para que possa reconstruí-los, procurando a realização da tarefa. Diante da possibilidade dela ocorrer, deixa evidentes os medos básicos de perda e de ataque, isto é, o medo de perder o que já tem – inclusive a própria identidade – e que se manifesta por ansiedade.

A operatividade está relacionada com o processo de mudança, da operação de transformação da realidade.

Papéis desempenhados em um grupo operativo

Cada um dos participantes de um grupo constrói seu papel em relação aos outros, resultando a atuação característica de cada membro do grupo. Os papéis sociais constituintes de um grupo em tarefa podem ser classificados em duas categorias: informais e formais. Em relação aos papéis formais, a teoria de grupo operativo propõe dois: o de coordenador e o de observador da dinâmica grupal. O coordenador deve contribuir para que o grupo foque sua operação e realize sua tarefa interna reflexiva, por meio de intervenções interpretativas, para atingir papéis que os membros do grupo interpretam.Os desempenhos em papéis informais emergem espontaneamente no cotidiano das atividades de um grupo. Pichon-Rivière descreveu quatro modalidades desses papéis: líder, porta-voz, “bode expiatório”, sabotador. Sinteticamente, o líder é geralmente aquele que favorece o trabalho do grupo, estimula ou sugere o desenvolvimento de suas atividades; o coordenador deve aproveitar

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a capacidade do líder espontâneo que emerge do grupo para auxiliá-lo em seu papel de coordenador. O porta-voz expressa os conteúdos latentes da grupalidade – ansiedades, conflitos, busca de autonomia etc.; manifesta o que Pichon-Rivière denominou verticalidade– o indivíduo e sua história de vida – e a horizontalidade – o aqui e agora do processo grupal. O “bode expiatório” personifica os aspectos difíceis ou amedrontadores da vivência do grupo. Aquele que dificulta ou que obstrui as propostas no processo grupal é o sabotador. Todos esses papéis podem ser expressos de diversas maneiras (ação, palavras ou silêncio).Ao assumir a coordenação de um grupo, você poderá conduzi-lo melhor se puder interligar, por exemplo, dificuldades diante da tarefa externa (digamos, a necessidade de mudar os hábitos sedentários dos componentes do grupo) e ansiedades e conflitos que essa tarefa provoca (por exemplo, o medo de ser estigmatizado na família ou por amigos). Assim, a troca de experiências entre eles pode ser esclarecedora e motivadora para a mudança necessária. É importante compreender que o coordenador não é o psicanalista, mas também não é um simples coordenador de grupos de estudo ou de discussão. Deve, ele mesmo,estar preparado para ajudar o grupo a ser operativo.

Problematizar: Mas como deve acontecer um grupo? Como o grupo deve ser planejado? Quem deve coordenar o grupo?

Na proposta de grupo operativo há um observador não-participante. Sua função é registrar todas as expressões verbais e não-verbais para retroalimentar a coordenação. Logo após a reunião do grupo, coordenador e observador devem analisar as anotações do observador e planejar as próximas atividades do grupo.Considerando a importância do trabalho multidisciplinar na abordagem aos usuários, podem ser criadas outras funções como, por exemplo, orientador de atividades específicas ou especializadas.

De forma bastante sintética, procuramos mostrar que não é tão simples trabalhar com grupos operativos, mas também não é impossível. A partir do que foi apresentado, você deve ter percebido que o trabalho com grupos exige planejamento e referencial teórico e que quando falamos em grupo operativo temos que reportar aos conceitos preconizados por Pichon-Rivière.

Portanto, reforçamos a ideia de que os profissionais de saúde devem apropriar-se das referências aqui apresentadas para desempenhar de forma mais adequada o papel de coordenadores de grupos. Em todas as modalidades, podemos ter limitações técnicas, mas a forma de abordagem e a postura do coordenador são decisivas para que o grupo atinja a sua finalidade.

Antes de tudo, porém, reafirmamos o que discutimos nas Oficinas anteriores: a compreensão do processo de trabalho e o planejamento sistematizado de todas as nossas ações são decisivos. De qualquer forma, acreditamos que outras modalidades de trabalho com grupos podem ser utilizadas com o mesmo objetivo: promover a saúde do indivíduo. Ou seja, qualquer grupo de usuários, quando bem planejado, possibilita mudanças no modo de ver e agir frente às dificuldades, facilita trocas e aprendizado pessoal, permitindo ao indivíduo perceber que ele não está sozinho e que não é a única pessoa com problemas ou dúvidas (ALMEIDA, 2006; MUNARI, 2003). Considerando que a Promoção da Saúde e a prevenção de doenças envolvem

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práticas pedagógicas, a construção de relações interativas solidárias entre os membros do grupo pode ser produtiva. O trabalho com os mais variados grupos deve ser utilizado, também, como espaço de escuta para identificação e construção coletiva de soluções para problemas da comunidade.

Referências

ALMEIDA, S. A vivência no grupo: a experiência de pessoas diabéticas. Dissertação (Mestrado) – Escola de Enfermagem, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2006.

ALMEIDA, S. P.; SOARES, S. M. Aprendizagem em grupo operativo de diabetes: uma abordagem etnográfica. Ciência e Saúde Coletiva, Maringá, v. 15, p. 1123-1132, 2010.

ANDALÓ O. O papel do coordenador de grupo. Psicologia USP, v.12, n. 1, p. 135-152, 2001.

FERNANDES, M. T. O.; SILVA, L. B.; SOARES, S. M. Utilização de tecnologias no trabalho com grupos de diabéticos e hipertensos na Saúde da Família. Ciência e Saúde Coletiva, Maringá, v. 16, p. 1331-1340, 2011.

FERNANDES, M. T. O.; SOARES, S. M.; SILVA, L. B. Limitações e possibilidades no desenvolvimento do trabalho com grupos na Estratégia de Saúde da Família. REME – Revista Mineira de Enfermagem, Belo Horizonte, v. 12, p. 335-341, 2008.

GAYOTTO, M. L. C.; DOMINGUES, I. Liderança – aprenda a mudar em grupo. Petrópolis: Vozes, 1998.

MUNARI, D. B. et al. O uso do grupo na assistência em saúde: análise crítica e possibilidades. In: SANTOS, I. et al. Enfermagem e campos de prática em saúde coletiva: realidade, questões e soluções. Rio de Janeiro: Atheneu, 2007, v. 4, p. 140-147.

OSÓRIO, L. C. Grupos, teorias e práticas: acessando a Era da Grupalidade. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000.

PICHON-RIVIÈRE E. O processo grupal. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

PICHON-RIVIÈRE, E. Teoria do vínculo. São Paulo: Martins Fontes, 1995.

PORTARRIEU, M. L; TUBERT-OKLANDER, J. Grupos Operativos. In: OSÓRIO, L. C. Et al. Grupoterapia Hoje. Porto Alegre: Artes Médicas, 1989.

SOARES, S. M. et al. Oficinas sobre sexualidade na adolescência: revelando vozes, desvelando olhares de estudantes do ensino médio. Escola Anna Nery Revista de Enfermagem, Rio de Janeiro, v. 12, p. 485-491, 2008.

SOARES, S. M.; FERRAZ, A. F. Grupos operativos de aprendizagem nos serviços de saúde: sistematização de fundamentos e metodologias. Escola Anna Nery Revista de Enfermagem, Rio de Janeiro, v. 1152, p. 52-57, 2007.

ZIMERMAN, D. E.; OSÓRIO, L. C. (Org.). Como trabalhamos com grupos. Porto Alegre: Artes Médicas; 1997.

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ANEXO VAÇÕES DE PROMOÇÃO DA SAÚDE EM BELO HORIZONTE

Organizadoras: Kimielle Cristina Silva

Nutricionista do NASF-VN e Referência Técnica da Coordenação de Reabilitação/GEAS/SMSASuellen Fabiane Campos

Nutricionista do NASF-BH e Mestre em Saúde e Enfermagem pela UFMG

O que é? O Programa BH Cidadania, coordenado pela Secretaria Municipal de Políticas Sociais da Prefeitura de Belo Horizonte, tem por objetivo promover a inclusão social das famílias residentes em áreas socialmente vulneráveis da cidade. Desenvolve-se, por seu intermédio, um modelo de gestão calcado na articulação e coordenação intersetorial de programas, projetos e ações de competência das diversas políticas públicas executadas pelo município, com base nos princípios da descentralização, intersetorialidade, territorialidade e participação. Abaixo estão relacionados os principais serviços ofertados em cada setor:

SECRETARIA MUNICIPAL DE POLÍTICAS SOCIAIS - • Transferência de renda (BPC – Benefício de Prestação Continuada, BF – Bolsa Família e BEM – Bolsa Escola Municipal) • Gerência de Coordenação de Programas de Geração de Emprego e Capacitação de Mão-de-Obra SECRETARIA ADJUNTA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL – 3277-4562 • CRAS – Centro de Referência da Assistência Social: identificação de situação de risco e orientação familiar • Oficinas de socialidade • Socialização infanto-juvenil • Socialização de jovens • Grupos de convivência de idosos SECRETARIA MUNICIPAL ADJUNTA DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL – 3277-4875 • Educação para o consumo • Plantio alternativo

SECRETARIA MUNICIPAL ADJUNTA DE ESPORTES – 3277-8682 • Esporte Esperança • Caminhar • Vida Ativa • Superar SECRETARIA MUNICIPAL ADJUNTA DE DIREITOS DE CIDADANIA – 3277-4871 • Educação e formação em Direitos Humanos e Cidadania SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE – 3277- 7792 • Atenção básica à saúde e PSF – Programa de Saúde da Família • Academia da cidade • Oficinas de saúde bucal SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO – 3277-8606 • UMEI - Unidade Municipal de Educação Infantil • Educação fundamental (inclusão e permanência) • Educação de jovens e adultos – EJA (elevação da escolaridade) • Escola Integrada PRODABEL/BH DIGITAL – 3277-8360 • Programa de Inclusão digital – Telecentros e PIM (Ponto de Internet Municipal) FUNDAÇÃO MUNICIPAL DE CULTURA – 3277-4675 • Oficinas de cultura • Ponto de Leitura

PROMOÇÃO DA SAÚDE EM BELO HORIZONTE – UMA PRÁTICA EM CONSTRUÇÃO

PROGRAMA BH CIDADANIA

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Com quem/como acontece? O programa foi implantado nas nove regionais da cidade, em áreas de grande vulnerabilidade social, identificadas por meio de diversos indicadores sociais. O Programa se consolida a partir de um arranjo institucional no qual as instâncias gestoras favorecem a participação de diferentes atores no processo de elaboração, implementação e avaliação das políticas, garantindo ações de escopo abrangente e integral.

Onde encontrar? A cidade de Belo Horizonte conta, hoje, com vinte e sete equipamentos BH Cidadania, beneficiando aproximadamente 135 mil famílias. Em 2009, estabeleceu-se a meta de se chegar em 2012 com 40 Núcleos de BH Cidadania implantados e com toda a estrutura adequada à realização dos serviços e ações das diversas áreas da política social.

Informações: 3277- 4468 e 3277- 4934

Secretarias envolvidas e outros parceiros: Secretarias adjuntas de Assistência, Segurança Alimentar e Nutricional, Esportes e Direitos de Cidadania, Educação, Saúde, Fundação Municipal de Cultura e Prodabel.

TRIAGEM AUDITIVA NEONATAL

O que é? É um projeto de prevenção à violência urbana que contribui significativamente para reduzir o número de homicídios em áreas violentas de Belo Horizonte (MG). O Fica Vivo combina dois ingredientes básicos: De um lado, pesquisa aplicada, multidisciplinaridade e análise quantitativa de dados para efeitos de planejamento e avaliação. Do outro, uma articulação de diferentes instituições e órgãos públicos que lidam com o problema da criminalidade e violência, com o apoio de uma instituição universitária. Este programa é o “carro chefe” na área de segurança pública do Estado e tem se destacado no país e no exterior

pela originalidade das ações, podendo no futuro ser replicado em outras Unidades da Federação. É focado em grupos de risco, ou seja, grupos de maior tendência ou vulnerabilidade ao crime e objetiva alterar as condições sociais e institucionais que podem influenciar a atividade criminosa através do fortalecimento da comunidade.

Com quem/como acontece? As estratégias de intervenção acontecem em três níveis:

-Institucional, com atuação repressiva no curto e longo prazo, promovendo mudanças nas agências policiais e sociais, voltando-as para a prevenção do crime;

-Comunitário, com a mobilização de grupos e associações presentes no local a fim de fornecer elementos para a comunidade se autocontrolar;

-Individual, desenvolvendo estratégias de conscientização através de campanhas de televisão, rádio, escolas e panfletos sobre o risco da violência.

Para atingir suas metas, o projeto Fica Vivo atua em várias frentes, como o programa “Fruto do Morro”, que trabalha a prevenção do uso indevido de drogas e de doenças sexualmente transmissíveis, melhorando a qualidade de vida dos moradores. Oficinas profissionalizantes são oferecidas para a comunidade pelo programa “Férias o Ano Inteiro”. Essa atividade colabora com a socialização dos moradores, assim como o programa “Bom de Bola, Bom de Escola”, que é coordenado pela Polícia Militar e promove torneios de futebol em quadras localizadas na região. Paralelamente, a Secretaria de Desenvolvimento Social e Esportes do governo estadual financia a reforma de quadras poliesportivas e promove outras atividades esportivas.

Na área de segurança alimentar, o projeto Fica Vivo atua por meio do programa “Morro sem Fome”, pelo qual alimentos recolhidos em restaurantes da cidade são distribuídos para a população carente pela Polícia Militar, melhorando o relacionamento dos moradores com as forças policiais. Finalmente, um programa contínuo de análise e discussão realiza fóruns comunitários para que a população discuta ações para reduzir a violência. Com isso, é possível integrar todas as frentes do projeto com diferentes órgãos públicos estaduais e com as comunidades, o que facilita a solução dos problemas de criminalidade.

Onde encontrar? O programa ocorre nos conglomerados urbanos com elevadas taxas de mortes por homicídios na cidade de Belo Horizonte. São desenvolvidas Oficinas de arte, lazer, esporte, cultura e profissionalização como percussão, capoeira, esportes, orgânica, filmes, palestras e passeios. As ações realizadas variam de acordo com as comunidades, sendo necessário entrar em contato com os coordenadores em cada regional para maiores informações.

Informações: 2129-9347

Secretarias envolvidas e outros parceiros: Secretaria Estadual de Defesa Social de Minas Gerais, comunidade acadêmica, Ministério Público, polícias Civil e Militar e outras entidades.

PROGRAMA FICA VIVO

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NASF – NÚCLEO DE APOIO A SAÚDE DA FAMÍLIA

O que é? São equipes multiprofissionais formadas por fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, nutricionistas, psicólogos, assistentes sociais, farmacêuticos e educadores físicos. Tais equipes apoiam as equipes da Saúde da Família no cuidado integral com a população atendida e realizam atendimentos individuais nos centros de saúde, visitas domiciliares, atividades em grupo e reuniões de matriciamento para discussão de casos. Os principais grupos desenvolvidos pelo NASF são:• Orientações de alimentação e nutrição (população geral e pessoas com sobrepeso e obesidade)• Orientações para prevenção e tratamento de queixas posturais• Consciência corporal• Prevenção de quedas para idosos• Saúde do idoso nos grupos da Assistência Social• Desenvolvimento infantil• Amamentação• Caminhada e qualidade de vida• Orientações para cuidadores• Saúde da mulher e gestante• Saúde do homem• Oficinas de memória• Orientações para o uso racional de medicamentos• Artesanato e saúde• Orientações de saúde para monitores e educadores do Programa Saúde na Escola- PSE.

Com quem/como acontece? Os grupos são realizados pelos profissionais do NASF e sempre que possível junto com ESF. As atividades são realizadas nos centros de saúde, escolas, igrejas, associações, empresas e outros espaços sociais do território. De acordo com o objetivo de cada grupo é feita uma avaliação antes do início das atividades e outra no encerramento do grupo.

Onde encontrar? Cada centro de saúde possui grupos específicos do NASF, definidos de acordo com as necessidades de saúde da população. É preciso buscar em cada unidade quais grupos estão disponíveis naquele mês. Em cada distrito há um coordenador de NASF que se responsabiliza pela organização do processo de trabalho.

Informações:• Coordenação central do NASF: 3246-5014• Barreiro: 3277-1542• Centro-Sul: 3277-4928• Leste: 3277-5693• Norte: 3277-6650• Nordeste: 3277-6282• Noroeste: 3277-7438• Oeste: 3277-7020• Pampulha: 3277-7433• Venda Nova: 3277-5524

Secretarias envolvidas e outros parceiros: Secretaria Municipal de Saúde Secretaria Municipal Adjunta de Segurança Alimentar, Secretaria Municipal de Saúde, Secretaria Municipal de Educação, Secretaria de Políticas Sociais, Instituições de Ensino Superior

ACADEMIAS DA CIDADE

O que é? São espaços organizados em toda a cidade que visam à prática da atividade física, adotando um processo educativo e cultural que possibilita a mudança de hábitos de vida. Seus principais objetivos são promover saúde e contribuir para melhoria da qualidade de vida.

Com quem/como acontece? As aulas são ministradas por profissionais de educação física, que fazem a avaliação inicial e acompanhamento dos usuários. No espaço da academia, além da prática de atividade física, acontecem grupos de educação em saúde que abordam diversos temas como o incentivo a prática de uma alimentação saudável. As academias funcionam as segundas, quartas e sextas-feiras ou às terças, quintas e sábados em horários variados na parte da manhã, tarde e noite. As atividades são gratuitas e qualquer pessoa acima de 18 anos pode participar.

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Onde encontrar?

Distrito Barreiro

Milionários – 3277-8936

Funcionamento no período de 07:00 às 12:00 e de 17:00 as 22:00

Local: Rua David Fonseca,1386 – Bairro Milionários

Vila Pinho – 3277-5914

Funcionando no período de 07:00 às 12:00

Local: Av. Perimetral 800 – Vila Pinho

Centro Esportivo do Vale do Jatobá – 3277-1548

Funcionando no período de 07:00 às 12:00

Local: Av. Senador Levindo Coelho 2280- Vale do Jatobá

Distrito Centro Sul

Espaço BH Vila Fátima – 3277-9914

Funcionando no período de 07:00 às 12:00

Local: Rua dona Benta 145 – Bairro Vila Fátima

Distrito Leste

Espaço João Amazonas – 3277-5632

Funcionando no período de 07:00 ás 12:00

Local: Rua Cinco de Janeiro , S/N – Bairro Mariano de Abreu

Distrito Nordeste

Ribeiro de Abreu – 3277-1309

Funcionando no período de 07:00 às 12:00

Local: Rua Dianópolis nº 100 -- Ribeiro de Abreu

Parque Jardim Belmont – 3277-1598

Funcionando no período de 07:00 às 12:00

Local: Rua Dom Silvério com Rua Anis – Jardim Belmont

Distrito Noroeste

Califórnia- 3277-9296

Funcionando no período de 07:00 às 12:00

Local: Rua dos Violões 570 – Bairro California

Mercado da Lagoinha – 3277-6194

Funcionando no período de 07:00 às 12:00

Local: Av. Antônio Carlos 821 – Bairro São Cristóvão

CIAME Coqueiral

Funcionamento 7:00 as 12:00hs

Local: Rua Guararapes, 1810 – Pindorama

Centro de Referência ao Idoso – 3277-7164

Funcionando no período de 07:00 às 12:00

Prof.: Ronan (3277-7164)

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Local: Av. Pedro II 7227 – Carlos Prates

Distrito Norte

Jaqueline – 3277-1804

Funcionando no período de 07:00 ás 12:00

Local: Rua Nossa Senhora do Belo Ramo, 26 – Bairro Jaqueline.

CAC Providência – 3277-7480

Funcionando de 07:00 ás 12:00 e 17:00 às 22:00

Local: Rua Arantina, 375 – Bairro Minaslândia

Maria Amélia Maia – 3277-7398

Funcionando no período de 07:00 às 12:00 e de 16:00 às 21:00 hs.

Local: Av. Maria Amélia Maia 270 – Bairro São Bernardo

Espaço Cultural Multiuso –3277-1338

Funcionando de 07:00 às 12:00

Local: Via 240 , 437 – Bairro Novo Arão Reis

Ginásio Poliesportivo Jair Flosino dos Reis – 3277-1312

Funcionando no período de 07:00 às 12:00

Local: Rua Professor Carlos de Almeida, 115 – Bairro Monte Azul

Distrito Oeste

Vila Leonina – 3277-6499

Funcionando (Local aberto) de 07:00 ás 12:00

Local: Rua 15 de Abril 240 – Bairro Nova Granada.

CRAS Havaí – 3277-9616

Funcionando no período de 07:00 às 12:00

Local: Av. Costa do Marfim 480 – Bairro Havaí

Amílcar Martins – 3277-1545

Funcionado no período de 07:00 às 12:00

Local: Rua Nelson de Sena 90 – Bairro Betânia

Distrito Pampulha

Universitário – 3277-7966

Funcionando no período de 07:00 às 12:00

Local: Rua Aristóteles Ribeiro Vasconcelos, 87 – Bairro Universitário

Confisco - 32777138

Funcionando no período de 07:00 às 12:00

Local: Rua “K”, 127 – Bairro Confisco

Distrito Venda Nova

Jardim Leblon – 3277-1828

Funcionando de 07:00 às 12:00

Local: Rua Salto da Divisa 99 – Bairro Jardim Leblon

CRAS Venda Nova – 3277-1825

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Oficina de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 8: Promoção da Saúde

Funcionando de 07:00 às 12:00

Local: Rua João Ferreira da Silva 285 Lagoinha – Venda Nova

Minas Caixa – 3277-1837

Funcionando de 07:00 às 12:00

Local: Rua Julita Nunes, 147 – Minas Caixa

Secretarias envolvidas e outros parceiros: Secretaria Municipal de Abastecimento, Secretaria Municipal de Saúde, Secretaria Municipal de Educação

LIAN GONG EM 18 TERAPIAS

O que é? O Lian Gong em 18 Terapias é uma prática corporal chinesa com movimentos suaves e firmes, que contribuem para aliviar as tensões musculares, alongar os tendões e ligamentos trabalhando as articulações, a postura e a percepção dos sentidos. A prática previne e trata dores no corpo, melhora a qualidade do sono e prolonga a vida com mais qualidade. Além disso, os exercícios trabalham as emoções e promovem a percepção do próprio corpo, estimulando o auto cuidado e a atenção com a própria saúde.

Com quem/como acontece? O Lian Gong em 18 terapias é oferecido aos usuários e trabalhadores da Rede SUS-BH. Por ser uma atividade física leve, pessoas de qualquer idade podem participar. Uma média de 7 mil pessoas já praticam o Lian Gong nas unidades de saúde da capital.

Onde encontrar? O Lian gong é oferecido em 165 espaços públicos de Belo Horizonte. Os principais locais são:129 Centros de Saúde, CERSAMs, UPAs, HOB, Centros de Convivência, Unidades de Referência, Unidades de Apoio, BH- Trans, SMARH, Parque Municipal, Parque Ecológico da Pampulha e Parque das Águas do Barreiro. Cada centro de saúde possui profissionais capacitados como instrutores para conduzirem a prática. A atividade acontece pelo menos duas vezes por semana com duração de 30 a 60 minutos.Os interessados devem buscar, em cada unidade, as informações sobre dia, local e horário em que atividade é desenvolvida.

Informações: 3246-5015 ou na Unidade mais próxima da moradia

Secretarias envolvidas e outros parceiros: Secretaria Municipal de Saúde

PROJETO ARTE DA SAÚDE – ATELIÊ DE CIDADANIA

O que é? É um projeto desenvolvido em todas as regionais da cidade, com o objetivo de substituir a institucionalização e medicalização da infância em rota de exclusão social. O projeto atende crianças e adolescentes com dificuldades escolares como distúrbios de comportamento, hiperatividade, déficit de atenção, entre outras.

Com quem/como acontece? O Arte da Saúde foi criado para acolher crianças e adolescentes com problemas na escola que eram encaminhadas para a saúde mental. O programa sustenta a ideia de encontrar saídas para estas crianças através de espaços em que elas demonstrarem seus potenciais. Ele acontece nas nove regionais de Belo Horizonte e atende cerca de 750 crianças e adolescentes, promovendo os ateliês da cidadania, que são Oficinas de arte, esporte, culinária, cultura e outras, realizadas por monitores da própria comunidade, em sua maioria, com grupos reduzidos de crianças e adolescentes. Além disso, os monitores e coordenadores do programa buscam a construção de redes interssetoriais nos regionais para trabalhar com estas crianças e adolescentes.

Onde encontrar? O projeto acontece em todas as regionais do município, com diferentes Oficinas e atividades. São quarenta e oito Oficinas de arte, artesanato, música, culinária, artes circenses entre outros , distribuídas em diferentes pontos da cidade. Todos os centros de saúde possuem um profissional responsável pelo encaminhamento das crianças e adolescentes ao projeto. É necessário entrar em contato com esses profissionais ou na coordenação distrital do projeto para saber os locais e horários em que as Oficinas ocorrem.

Informações: 3277-7793

Secretarias envolvidas e outros parceiros: Secretaria Municipal de Saúde em parceria com a Cáritas Diocesana.

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CONSULTÓRIOS DE RUA

O que é? Os Consultórios de Rua constituem uma modalidade de atendimento extramuros dirigida aos usuários de drogas que vivem em condições de maior vulnerabilidade social e distanciados da rede de serviços de saúde e intersetorial. Tem como princípios norteadores o respeito às diferenças, a promoção de direitos humanos e da inclusão social, o enfrentamento do estigma, as ações de redução de danos e a intersetorialidade.

Com quem/como acontece? São dispositivos clínico-comunitários que ofertam cuidados em saúde aos usuários em seus próprios contextos de vida, adaptados para as especificidades de uma população complexa. Promovem a acessibilidade a serviços da rede institucionalizada, a assistência integral e a promoção de laços sociais para os usuários em situação de exclusão social, possibilitando um espaço concreto do exercício de direitos e cidadania.

Onde encontrar? Devido à característica itinerante do projeto, é necessário entrar em contato com a coordenação para saber o planejamento dos locais onde acontecerão as atividades.

Informações: 3277-9530

Secretarias envolvidas e outros parceiros: Secretaria Municipal de Saúde.

PROGRAMA MAIOR CUIDADO

O que é? O Programa Maior Cuidado promove ações de proteção e segurança para a pessoa idosa. Inclui dois projetos inovadores que tornam Belo Horizonte uma cidade protagonista na atenção à pessoa idosa, o Domicílio Seguro para a Pessoa Idosa – kit banheiro e o Cuidador de Idosos, ambos integrantes do projeto sustentador Programa de Atenção ao Idoso, parte do BH Metas e Resultados.

Com quem/como acontece? Através do projeto Domicílio Seguro para a Pessoa Idosa será destinado um kit banheiro para idosos previamente cadastrados na Coordenadoria do Idoso, composto por barras de segurança, piso antider-rapante, cadeira de banho, elevação de bacia sanitária, maçaneta em forma de alavanca e luz noturna ou luz de vigília. A cadeira de banho será disponibilizada de acordo com a necessidade de cada idoso. O projeto Cuidador de Idosos consiste no acompanhamento domiciliar da rotina de idosos semi-dependentes e dependentes em situação de vulnerabi lidade social pela fragi lização de vínculos familiares e sociais e pela ausência de acesso a possibilidades de inserção, habilitação social e comunitária. O objetivo é prevenir situações de risco, exclusão e isolamento. Para tanto, foram contratados 127 cuidadores de idosos, que passaram por um processo seletivo criterioso, do qual fizeram parte o Núcleo de Gestão de Pessoas da Secretaria Municipal Adjunta de Assistência Social (Nugep), a Proteção Social Básica, profissionais da Saúde, o Sine e representantes da Associação dos Cuidadores de Idosos de Minas Gerais (Acimg), entidade parceira na execução do projeto.

Onde encontrar? Serão instalados 750 kits em domicílios de idosos até junho de 2012 e 298 idosos serão contemplados com o cuidador em seus domicílios. A cobertura do programa estende a todas as regionais de Belo Horizonte e a escolha dos idosos ocorre através de avaliações intersetoriais dos profissionais da secretaria de saúde e Secretaria Municipal Adjunta de assistência social. Para maiores informações é necessário entrar em contato com as coordenações distritais ou gerentes dos centros de saúde do município.

Informações: 3277-4562

Secretarias envolvidas e outros parceiros: Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAAS), Secretaria Municipal de Saúde, Secretaria Municipal de Políticas Sociais, Secretarias adjuntas de Assistência Social, de segurança alimentar e nutricional, de Esportes e Educação, da Fundação Municipal de Cultura, das coordenadorias de Direitos de Cidadania e dos Direitos da Pessoa Idosa e do Conselho Municipal do Idoso.

PROJETO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

O que é? Envolve um conjunto de ações a serem desenvolvidas para minimizar a geração de resíduos sólidos, aumentando a responsabilização de todos sobre a geração dos seus próprios resíduos e promovendo a partir da aplicação dessa alternativa tecnológica, a reciclagem, reutilização e reaproveitamento dos insumos descartados, por meio de vínculos entre os agentes de saúde e a comunidade. Dentre os objetivos específicos do projeto estão a promoção da coleta de óleo e a reciclagem de matéria orgânica em pontos estratégicos na região, a segregação dos resíduos secos e úmidos pela população, participação das associações/cooperativas de catadores e carroceiros nos bairros, divulgação do fluxo dos resíduos de construção e demolições e discussão com ACS, ACE e fiscais sobre a existência de cursos d’água em canal aberto ou em leito aberto.

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Oficina de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 8: Promoção da Saúde

Com quem/como acontece? O público alvo é a grande massa de trabalhadores da saúde, distribuída nas nove regionais, por meio de um processo de sensibilização e capacitação promovida por essas duas secretarias (Secretaria Municipal de Políticas Urbanas e Secretaria Municipal de Saúde) e demais parceiros externos, trazendo uma importante contribuição para ações de Promoção da Saúde e prevenção de doenças, na medida em que abordarão o manejo dos resíduos sólidos na cidade. Essa contribuição se efetivará após o processo de sensibilização e discussão do tema com esses agentes de saúde junto a lideranças comunitárias e fiscais da saúde e da limpeza urbana e ao realizarem as suas visitas domiciliares regulares orientando a população sobre o fluxo de resíduos na cidade. O projeto prevê a realização de rodas de conversa (reuniões) com a presença de representante da vigilância sanitária/ambiental, limpeza urbana regional e/ou central, mobilização saúde e SLU em todas as unidades.

Onde encontrar? As ações serão desenvolvidas na área de abrangência do centro de saúde de origem dos agentes sanitários e os fiscais responsáveis.

Informações: 3277-9370

Secretarias envolvidas e outros parceiros: Secretaria Municipal de Políticas Urbanas e Secretaria Municipal de Saúde.

PROJETO DE INTEGRAÇÃO DAS AÇÕES DE Promoção da Saúde NAS ESCOLAS INTEGRADAS/ PSE

O que é? Construir de maneira descentralizada e participativa a proposta de Promoção da Saúde do PSE, através da formação e mobilização dos profissionais da educação e da saúde território trabalhado onde as escolas integradas estão inseridas, visando o enfrentamento dos riscos e condicionantes do processo saúde doença, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida e saúde da população, enfocando a cultura da paz, a prevenção de agravos à saúde, a promoção da cidadania, direitos humanos e valorização de ações ambientais.

Com quem/como acontece? Formação de professores, profissionais de saúde juntamente com os monitores do PSE, com objetivo de promover a qualidade de vida e reduzir vulnerabilidade e riscos à saúde relacionada aos seus determinantes sociais de saúde e seus condicionantes. Esta formação será realizada através de 15 encontros semanais de 04 horas durante 03 meses, utilizando metodologias participativas, tais como: Oficinas, rodas de conversa e outras abordando 10 áreas temáticas. As turmas serão compostas de 25 a 30 participantes e realizadas nas Regionais, sendo que a Regional Leste e Centro Sul serão agrupadas.

Onde encontrar? O projeto envolverá os profissionais das escolas integradas e unidades de saúde de todas as regionais da cidade.

Informações: 3246-5015 – Coordenação PSE

Secretarias envolvidas e outros parceiros: Secretaria Municipal de Educação, Secretaria Municipal de Saúde.

ALIMENTAÇÃO ESCOLAR

O que é? Garantir que todos os alunos matriculados na rede municipal de ensino (escolas municipais, unidades municipais de educação infantil e Pró-jovem) tenham acesso à alimentação escolar com qualidade; em quantidade suficiente; com base em práticas alimentares saudáveis, fundamental para que possam desenvolver plenamente seu potencial.

Com quem/como acontece? A Secretaria Municipal Adjunta de Segurança Alimentar e Nutricional (SMSAN) planeja, compra e distribui gêneros alimentícios; fornece supervisão alimentar e orientação nutricional às escolas da rede pública municipal, com alunos em período parcial e integral. Os alunos com necessidade de dietas especiais, como aqueles que têm diabetes, intolerância à lactose e doença celíaca, recebem cardápios adaptados. Todas as compras de gêneros alimentícios passam pelo Núcleo de Controle de Qualidade da SMASAN, cuja equipe faz a descrição dos produtos; avaliação de amostras; recebimento e acompanhamento do produto estocado e avaliação sensorial. Além disso, realiza avaliações para orientação de reforma e construção dos espaços destinados à produção das refeições.

Onde encontrar? O projeto ocorre nas escolas municipais, Unidades Municipais de Educação Infantil (UMEI’s) e PRO JOVEM.

Informações: 3277-5661

Secretarias envolvidas e outros parceiros: Secretaria Municipal Adjunta de Segurança Alimentar e Nutricional; Secretaria Municipal de Educação.

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Oficina de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 8: Promoção da Saúde

ASSISTÊNCIA ALIMENTAR E NUTRICIONAL ÀS CRECHES CONVENIADAS

O que é? Garantir de que todas as crianças atendidas nas creches conveniadas tenham acesso à alimentação com qualidade; em quantidade suficiente; com base em práticas alimentares saudáveis; fundamental para que possam desenvolver plenamente seu potencial.

Com quem/como acontece? A Secretaria Municipal Adjunta de Segurança Alimentar e Nutricional (SMASAN) planeja, compra, faz o controle de qualidade e distribui gêneros alimentícios; fornece supervisão alimentar e orientação nutricional às creches da rede conveniada.

Onde encontrar? O projeto ocorre em todas as creches conveniadas

Informações: 3277-5661

Secretarias envolvidas e outros parceiros: Secretaria Municipal Adjunta de Abastecimento; Secretaria Municipal de Educação.

ASSISTÊNCIA ALIMENTAR E NUTRICIONAL AOS ABRIGOS E ALBERGUES

O que é? Fornecer gêneros alimentícios para os abrigos e albergues municipais e conveniados de forma a garantir ao público atendido o acesso à alimentação com qualidade; em quantidade suficiente e com base em práticas alimentares saudáveis.

Com quem/como acontece? A Secretaria Municipal Adjunta de Segurança Alimentar e Nutricional (SMASAN) planeja, compra, faz o controle de qualidade e fornece gêneros alimentícios; supervisão alimentar e orientação nutricional aos abrigos e albergues.

Onde encontrar? As ações ocorrem em abrigos e albergues dentro do município, totalizando 42 pontos de atendimento.

Informações: 3277-4776 / 4794

Secretarias envolvidas e outros parceiros: A Secretaria Municipal Adjunta de Segurança Alimentar e Nutricional (SMASAN), Secretaria de Políticas Sociais

ASSISTÊNCIA ALIMENTAR E NUTRICIONAL ÀS ENTIDADES INFANTO-JUVENIS/ PROJETOS DE SOCIALIZAÇÃO

O que é? Fornecer gêneros alimentícios para as entidades infanto-juvenis de forma a garantir ao público atendido o acesso à alimentação com qualidade; em quantidade suficiente e com base em práticas alimentares saudáveis.

Com quem/como acontece? A Secretaria Municipal Adjunta de Segurança Alimentar e Nutricional (SMASAN) planeja, compra, faz o controle de qualidade e fornece gêneros alimentícios, supervisão alimentar e orientação nutricional às entidades conveniadas com a PBH.

Onde encontrar? As ações são desenvolvidas em 98 pontos de atendimento distribuídos dentro do município de Belo Horizonte.

Informações: 3277-4777 / 4874

Secretarias envolvidas e outros parceiros: A Secretaria Municipal Adjunta de Segurança Alimentar e Nutricional (SMASAN), Secretaria de Políticas Sociais

ASSISTÊNCIA ALIMENTAR E NUTRICIONAL ÀS INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA PARA IDOSOS (ILPI’s)

O que é? Garantir que todos os idosos atendidos nas ILPI’s conveniadas tenham acesso à alimentação com qualidade; em quantidade suficiente e com base em práticas alimentares saudáveis.

Com quem/como acontece? A Secretaria Municipal Adjunta de Segurança Alimentar e Nutricional (SMASAN) planeja, compra, faz o controle de qualidade e fornece gêneros alimentícios, supervisão alimentar e orientação nutricional às instituições conveniadas com a PBH.

Onde encontrar? As ações são desenvolvidas em 20 pontos de atendimento do município.

Informações: 3277-4776 / 4794

Secretarias envolvidas e outros parceiros: Secretaria Municipal Adjunta de Segurança Alimentar e Nutricional (SMASAN)

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Oficina de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 8: Promoção da Saúde

BANCO DE ALIMENTOS

O que é? É um projeto da Secretaria Municipal Adjunta de Segurança Alimentar e Nutricional (SMASAN) realizado em parceria com o programa Alimentar do Serviço de Limpeza Urbana (SLU) com objetivo de arrecadar e captar doações de alimentos, industrializados ou não, realizadas por pessoas físicas ou jurídicas, para distribuir em entidades assistenciais cadastradas não conveniadas com a PBH.

Com quem/como acontece? Para ser um parceiro do programa basta ser um doador, pessoa física ou jurídica, tais como estabelecimentos comerciais, distribuidoras, cozinhas industriais, restaurantes comerciais ou coletivos, mercados, feiras, sacolões, instituições e órgãos públicos ou privados, entidades não-governamentais e outros. Os alimentos são doados para grupos social e economicamente vulneráveis, atendidos por entidades que não sejam contempladas em 100% de sua necessidade alimentar pelo poder público e/ou sociedade civil e que atendam aos critérios do Programa.

Onde encontrar? As informações para doação e/u o beneficiamento pelo programa podem ser encontradas na A Secretaria Municipal Adjunta de Segurança Alimentar e Nutricional (SMASAN).

Informações: 3277-5713

Secretarias envolvidas e outros parceiros: Secretaria Municipal Adjunta de Segurança Alimentar e Nutricional (SMASAN); Secretaria Municipal de Políticas Urbanas.

RESTAURANTES E REFEITÓRIOS POPULARES

O que é? Promover o acesso da população a uma alimentação saudável, de baixo custo e na quantidade adequada. Esse projeto possibilita ainda a articulação e integração com outras ações de segurança alimentar e nutricional, como o fortalecimento da agricultura familiar, promoção da alimentação saudável e combate ao desperdício de alimentos.

Com quem/como acontece? A Secretaria Municipal Adjunta de Segurança Alimentar e Nutricional (SMASAN) planeja, compra, faz o controle de qualidade, prepara e serve refeições com preços subsidiados à população em geral.

Onde encontrar? Atualmente são 4 restaurantes e 1 refeitório

Informações: 3277-4136

Secretarias envolvidas e outros parceiros: Secretaria Municipal Adjunta de Segurança Alimentar e Nutricional (SMASAN)

MOBILIZAÇÃO E EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL

O que é? Estimular a população, por meio de ações educativas e de comunicação, a adotar hábitos alimentares saudáveis, desde a infância, contribuindo para a prevenção e o controle de uma série de problemas relacionados à alimentação inadequada. Tem como enfoque prioritário o resgate de hábitos e práticas alimentares saudáveis que valorizem a produção e o consumo de alimentos de baixo custo e elevado valor nutritivo, desde os primeiros anos de vida, passando pela idade adulta até a terceira idade.

Com quem/como acontece? Desenvolvimento de ações de mobilização e educação alimentar e nutricional, como Oficinas, cursos, capacitações, atividades lúdicas, produção de cartilhas, folhetos, cartazes e vídeos, com abordagem em aspectos como alimentação saudável, enfatizando a cultura e hábitos locais; consumo responsável; higiene, armazenamento e conservação adequados; aproveitamento integral dos alimentos, como forma de potencializar o aproveitamento máximo do valor nutricional dos mesmos e minimizar o desperdício, entre outros.

Onde encontrar? As ações são desenvolvidas em diversos equipamentos sociais das regionais do município. Participam do programa alunos, educadores, funcionários, monitores e pais das escolas municipais e instituições da rede conveniada; agentes comunitários; população atendida nos CRAS (Centro de Referência da Assistência Social) e comunidade em geral em associações de bairros, igrejas, etc.

Informações: 3277-4136

Secretarias envolvidas e outros parceiros: Secretaria Municipal Adjunta de Segurança Alimentar e Nutricional (SMASAN), Secretaria Municipal de Saúde, Secretaria Municipal de educação, Secretaria Municipal Adjunta de Assistência Social.

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FORMAÇÃO DE MANIPULADORES DE ALIMENTOS DA REDE MUNICIPAL PÚBLICA E CONVENIADA

O que é? Promover o conhecimento e a prática das boas normas de manipulação de alimentos, de armazenamento e de higiene dentro do contexto da educação alimentar e nutricional, visando à preservação da saúde do público atendido nos programas de assistência alimentar e nutricional da SMASAN.

Com quem/como acontece? São realizados cursos periódicos de capacitação em boas práticas de produção de alimentos para os profissionais envolvidos na manipulação e/ou coordenação das refeições nas escolas municipais, instituições da rede conveniada, restaurantes populares e banco de alimentos.

Onde encontrar? As ações ocorrem com os profissionais das escolas municipais, restaurantes populares, banco de alimentos e instituições da rede conveniada.

Informações: 3277-4776 / 4794

Secretarias envolvidas e outros parceiros: Secretaria Municipal Adjunta de Segurança Alimentar e Nutricional

HORTAS COMUNITÁRIAS

O que é? Promover a prática da agricultura urbana em espaços comunitários, estimulando empreendimentos de produção de hortaliças e plantas medicinais visando o auto-abastecimento e a comercialização do excedente da produção.

Com quem/como acontece? Através de um oficio enviado para a Secretaria Municipal Adjunta de Segurança Alimentar e Nutricional (SMASAN), os técnicos realizam visitas nas entidades, avaliando o local ideal para implantar uma horta e orientações para um plantio adequado, juntamente com a entrega de insumos agrícolas e sementes de hortaliças em geral.

Onde encontrar? As hortas estão distribuídas no município, totalizando 21 hortas comunitárias para auto-abastecimento, sendo 4 delas para comercialização. Beneficiários: 5.975 pessoas.

Informações: 3277-4885 / 4779

Secretarias envolvidas e outros parceiros: Secretaria Municipal Adjunta de Segurança Alimentar e Nutricional.

HORTAS ESCOLARES

O que é? Promover a agricultura urbana na rede municipal de ensino, visando a produção de hortaliças e legumes para complementação da merenda escolar, atuando também como um espaço interdisciplinar para o aprendizado dos alunos.

Com quem/como acontece? Através de um oficio enviado para a SMASAN, os técnicos realizam visitas nas escolas da rede municipal e entidades, avaliando o local ideal para implantar um pomar e orientações para um plantio adequado, juntamente com a entrega de insumos agrícolas e mudas frutíferas de acerola, carambola, laranja, limão e mexerica. Parceria: Emater

Onde encontrar? As ações ocorrem com os profissionais das escolas municipais.

Informações: 3277-4885 / 4779

Secretarias envolvidas e outros parceiros: Secretaria Municipal Adjunta de Segurança Alimentar e Nutricional (SMASAN) e Secretaria de Educação.

BOLSA FAMÍLIA

O que é – qual é o objetivo da experiência?

InfoO Bolsa Família é um programa de transferência direta de renda com condicionalidades, que beneficia famílias em situação de pobreza e de extrema pobreza. O Programa integra a Fome Zero que tem como objetivo assegurar o direito humano à alimentação adequada, promovendo a segurança alimentar e nutricional e contribuindo para a conquista da cidadania pela população mais vulnerável à fome.

O Bolsa Família atende mais de 12 milhões de famílias em todo território nacional. A depender da renda familiar por pessoa (limitada a R$ 140), do número e da idade dos filhos, o valor do benefício recebido pela família pode variar entre R$ 32 a R$ 242. Esses valores são o resultado do reajuste anunciado em 1º de março e vigoram a partir dos benefícios pagos em abril de 2011.

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Diversos estudos apontam para a contribuição do Programa na redução das desigualdades sociais e da pobreza. O 4° Relatório Nacional de Acompanhamento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio aponta queda da pobreza extrema de 12% em 2003 para 4,8% em 2008.

O Programa possui três eixos principais: transferência de renda, condicionalidades e programas complementares. A transferência de renda promove o alívio imediato da pobreza. As condicionalidades reforçam o acesso a direitos sociais básicos nas áreas de educação, saúde e assistência social. Já os programas complementares objetivam o desenvolvimento das famílias, de modo que os beneficiários consigam superar a situação de vulnerabilidade.

Com quem/como acontece?

A gestão do Bolsa família é descentralizada e compartilhada por União, estados, Distrito Federal e municípios. Os três entes federados trabalham em conjunto para aperfeiçoar, ampliar e fiscalizar a execução do Programa, instituído pela Lei 10.836/04 e regulamentado pelo Decreto nº 5.209/04. A lista de beneficiários é pública e pode ser acessada por qualquer cidadão.

O Cadastro Único é o Instrumento de identificação e caracterização socioeconômicas das famílias de baixa renda (renda mensal de até meio salário mínimo por pessoa ou de três salários mínimos no total) obrigatoriamente utilizado para seleção de beneficiários e integração de programas sociais do Governo Federal. Em Belo Horizonte há cerca de 130 mil famílias cadastradas no CAD ÙNICO. E destas 70 mil são do Programa Bolsa Família.

As condicionalidades são os compromissos sociais assumidos pelas famílias beneficiárias do Programa.Considera-se condicionalidade a participação efetiva das famílias no processo educacional (acesso e frequência escolar) e nos programas de saúde (acompanhamento crescimento e desenvolvimento das crianças, calendário imunização, pré-natal e puerpério, amamentação e famílias com necessidade de proteção às crianças, adolescentes, mulheres e idosos) que promovam a melhoria das condições de vida na perspectiva da inclusão social. Além deste acompanhamento tem as ações complementares, ações muito diversificadas que incluem, por exemplo: atividades de geração de trabalho e renda, capacitação profissional, microcrédito, ampliação de escolaridade, garantia de direitos sociais, acesso e melhoria das condições habitacionais e desenvolvimento local das regiões mais pobres.

Onde encontrar?

Com o objetivo de promover o acesso à rede de serviços públicos, em especial, de saúde, educação e assistência social: Combater a fome e promover a segurança alimentar e nutricional, estimular a emancipação sustentada das famílias que vivem em situação de pobreza e extrema pobreza, promover a intersetorialidade e a sinergia das ações sociais do poder público este Programa é Coordenado pela Gerência de Coordenação de Programas de Transferência De Renda. O Programa Bolsa Família funciona de forma colegiada em vários fóruns: Grupo Técnico Nível Central (Saúde, Educação, Assistência Social, Gerência Transferência de Renda), Núcleos Intersetoriais Regionais-NIR nas nove Administrações Regionais, Fórum Saúde(Gestão e Técnicos) e Fórum Metropolitano do Programa Bolsa Família.

Secretarias envolvidas: Secretaria Municipal de Políticas Sociais, Secretaria Municipal de Saúde, Secretaria Municipal de Educação, Secretaria Municipal Adjunta de Assistência Social.

PROMOÇÃO DA IGUALDADE RACIAL

O que é – qual é o objetivo da experiência?

O GT-Grupo Técnico de Promoção da Igualdade Racial foi editado com o objetivo de acompanhamento e monitoramento das ações da Política de Promoção da Igualdade Racial na Secretaria Municipal de Saúde, elaborar produção e análise de informação sobre saúde da população negra além de Incluir intersetorialmente a promoção da igualdade racial nos programas de inclusão social com foco na juventude e mulher, conforme o Plano Municipal de Promoção da Igualdade Racial, desenvolvendo em especial as seguintes atividades:

I – Formulação de calendário das atividades por Distrito Sanitário;

II – Elaboração de proposta de Promoção da Saúde da População Negra;

III - Aplicação do Plano Municipal de Igualdade Racial – Eixo Saúde;

IV - Continuação das capacitações sobre Hemoglobinopatias/Anemia Falciforme para toda a Rede de Saúde

V - Sensibilização dos gestores e trabalhadores sobre a questão da Promoção da Saúde da população negra;

VI - Reforço junto aos trabalhadores da rede sobre a necessidade de preenchimento do quesito raça/cor em todo o sistema de informação;

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Oficina de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 8: Promoção da Saúde

VII - Conferência e acompanhamento do cumprimento dos acordos já realizados com Hospitais e Serviços de Urgência, Rede complementar com relação ao atendimento aos portadores de anemia falciforme/hemoglobinopatias

Conforme a Política Nacional de Promoção da Saúde Integral da População Negra, Plano Municipal de Saúde da População Negra, Estatuto da Igualdade Racial e Relatório Anual das desigualdades Raciais no Brasil.

Com quem/como acontece?

A Promoção da Igualdade Racial na Saúde é desenvolvida pelo Grupo Técnico de Promoção da Igualdade Racial, conforme PORTARIA SMSA/SUS-BH Nº 21/2009 publicada no DOM de 20 de Novembro de 2009 Ano XV – Edição N.: 3468 pela Secretaria Municipal de Saúde, pelos Grupos de Trabalho em cada Regional que transversalizam as ações de promoção da igualdade racial na Saúde, coordenados pela Gerência de Assistência.

Desde novembro de 2010 tem sido realizadas as Oficinas de Saúde Integral e Espiritualidade – a perspectiva das Comunidades Tradicionais que já se encontra na 5ª. Oficina com os representantes de Comunidades Tradicionais, gestores, trabalhadores e pesquisadores sobre o tema.

Está em fase de elaboração uma pesquisa sobre as desigualdades raciais na Secretaria Municipal de Saúde.

Onde encontrar?

Nas Coordenações da Criança e da Mulher na GEAS. As ações do Grupo Técnico são ações transversais dirigidas para todos os Setores e Programas da SMSA. Há o Fórum Intergovernamental de Promoção da Igualdade Racial que tem reuniões mensais, há o GT no nível central e em cada Regional Administrativa. O Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial foi eleito em janeiro de 2011.

Secretarias envolvidas:

Todas as Secretarias sob a coordenação da Coordenadoria de Promoção da Igualdade Racial da Secretaria Municipal de Políticas Sociais.

SEGUNDO TEMPO

O que é? O Programa Segundo Tempo é executado pela Secretaria Municipal Adjunta de Esportes (SMAES), em parceria com as secretarias municipais de Administração Regional, Secretaria Municipal de Educação, Fundação de Parques Municipais e com o Governo Federal, por meio do Ministério do Esporte, e se destina ao desenvolvimento físico, social, afetivo, cultural e cognitivo de crianças e adolescentes.

Com quem/como acontece? Em 151 núcleos que funcionam em escolas da Rede Municipal de Ensino, 15.100 crianças e adolescentes de 6 a 17 anos recebem aulas, no contra-turno escolar, de modalidades esportivas formais e não formais, como voleibol, futsal, futebol, handebol, ginástica rítmica, atletismo e queimada, dentre outras atividades recreativas. O Segundo Tempo também promove eventos esportivos e recreativos, palestras e cursos de capacitação, além de apoiar atividades empreendidas pelas comunidades, associações e entidades locais

Onde encontrar? Escolas da Rede Municipal de Ensino

Informações: 3277-8577/8747

Secretarias envolvidas e outros parceiros: Secretaria Municipal Adjunta de Esportes

VIDA ATIVA

O que é? O Vida Ativa promove eventos e palestras como público alvo as pessoas acima de 50 anos, proporcionando aos participantes do programa integração social e melhoria da qualidade de vida, por meio da convivência e da prática de atividades físicas e de lazer.

Com quem/como acontece? O programa atende, mensalmente, cerca de 3.500 pessoas que praticam ginástica sênior, dançam e fazem passeios dirigidos. Os participantes são integrantes de núcleos regionalizados da cidade.

Onde encontrar? As atividades ocorrem em 29 núcleos regionalizados – entre eles, o Centro de Referência do Idoso – e em áreas de atuação do BH Cidadania.

Informações: 3277-8762

1. Secretarias envolvidas e outros parceiros: Secretaria Municipal Adjunta de Esportes e Secretaria de Políticas Sociais.

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CAMINHAR

O que é? O Programa Caminhar promove a educação para a saúde, por meio do incentivo à prática regular e orientada da caminhada. Com atuação direta em pistas de caminhada e corrida, academias a “céu aberto”, escolas e eventos, os técnicos do Caminhar realizam avaliações físicas e orientam as pessoas sobre os benefícios e a importância da atividade física como instrumento de melhoria da qualidade de vida.

Com quem/como acontece? O programa é aberto para toda a população de Belo Horizonte, principalmente para os moradores das regiões de cobertura. As ações ocorrem nos territórios do Programa BH Cidadania, atendendo grupos de caminhantes com encontros frequentes, visando à formação do hábito da prática da atividade física.

Onde encontrar? O projeto é desenvolvido em parceria com os centros de saúde e utiliza o espaço das próprias comunidades para promover as caminhadas. É necessário buscar na comunidade e centros de saúde informações sobre os locais onde ocorrem as ações.

Informações: 3277-8871

Secretarias envolvidas e outros parceiros: Secretaria Municipal Adjunta de Esportes.

SUPERAR

O que é? O Superar se dedica à inclusão das pessoas com deficiência em programas e eventos de esporte e lazer.

Com quem/como acontece? Pessoas com deficiência atendidas no Centro de Referência Esportiva para a Pessoa com Deficiência

Onde encontrar? O Programa Superar oferece atendimento direto e permanente à sua clientela no Centro de Referência Esportiva para a Pessoa Portadora de Deficiência (CRE-PPD – Avenida Nossa Senhora de Fátima, 2.283 – Carlos Prates). Instalado nas dependências de um antigo clube recreativo de Belo Horizonte, que foi incorporado e reformado pela Prefeitura, o CRE-PPD atende às necessidades especiais dos seus usuários.

Informações: 3277-4546

Secretarias envolvidas e outros parceiros: Secretaria Municipal Adjunta de Esportes, Secretarias municipal de Saúde, Direitos de Cidadania, Assistência Social e da Fundação Municipal de Cultura, além de associações esportivas e escolas especiais.

SORRISO DE CRIANÇA

O que é? É um programa de promoção, prevenção e reabilitação em saúde bucal direcionado às crianças de zero a seis anos matriculadas nas creches conveniadas com a PBH. Tem como objetivo fazer o controle da incidência das doenças bucais. Propõe a implantação da escovação diária em todas as instituições de educação infantil do município e a discussão dos cuidados em saúde no currículo escolar.

Com quem/como acontece? Trata-se de uma parceria da SMSA BH com a Associação Municipal de Assistência Social. Uma equipe de saúde bucal é responsável pelo atendimento odontológico dentro das instituições. Há o suporte de uma Unidade Móvel Odontológica onde é realizado o tratamento mais complexo.

A cada ano é feito um levantamento de necessidades em saúde bucal que é repassado para as equipes dos centros de saúde. Esta ferramenta de vigilância permite a organização local para o atendimento individual destas crianças, respeitando o princípio da equidade. O levantamento também permite avaliar o impacto alcançado.

As auxiliares e técnicos em saúde bucal monitoram constantemente as instituições e crianças através de vistas periódicas. As crianças com necessidade de tratamento são notificadas e referenciadas para os Centros de Saúde. Na atenção primária, o evento sentinela em saúde bucal - criança de zero a seis anos com nove ou mais dentes com cavidade – recebe cuidado especial por parte das equipes de saúde da família. Quando necessário, a criança é encaminhada para o Centro de Especialidades Odontológicas.

Onde encontrar? Em todas as creches conveniadas e centros de saúde.

Informações: 3277-7795

Secretarias envolvidas e outros parceiros: Secretaria Municipal de Saúde, Secretaria Municipal de Educação, Assistência Social e Secretaria Municipal Adjunta de Segurança Alimentar.

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Oficina de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 8: Promoção da Saúde

TRIAGEM AUDITIVA NEONATAL

O que é? A Triagem Auditiva Neonatal destina-se a avaliar os RN de BH quanto a acuidade auditiva encaminhando se necessário as crianças a protetização precoce o que minimizará os prejuízos das deficiências auditivas na aquisição da linguagem.

Com quem/como acontece? O agendamento ocorre nos Centros de Saúde e a criança é encaminhada a Maternidade para realização do exame. Caso o exame apresente alterações, a criança é imediatamente encaminhada ao serviço de diagnóstico e caso seja confirmada a deficiência, a mesma será encaminhada à protetização.

Onde encontrar? A Triagem auditiva é agendada dos Centros de Saúde de BH para uma das seguintes Maternidades: Maternidade Odete Valadares, Hospital Odilon Behrens, Hospital Sofia Feldmam, Santa Casa, Hospital Júlia Kubsticheck, Hospital das Clínicas da UFMG.

Informações:

Secretarias envolvidas e outros parceiros: Secretaria Municipal de Saúde (Coordenação da Reabilitação e de Atenção a Criança e Adolescente), Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais.

AÇÕES DA IMUNIZAÇÃO

O que é? A imunização destina-se à proteção das doenças preveníveis tanto nas crianças, adolescentes e adultos. São elas: Tuberculose (formas graves das doença), difteria, coqueluche, tétano, hepatite B, rotavírus, caxumba, haemofilus, febre amarela, sarampo, rubéola, meningocos C e pneumococos .

Com quem/como acontece? As ações ocorrem em todos Centros de Saúde da Cidade. Abertas a todas as faixas etárias de acordo com a indicação segundo calendário do MS. Em casos especiais, as vacinas indisponíveis ainda para a população sem comorbidades graves podem ser recebidas no CRIE (Centro de Referência Imunopreviníveis Especiais) de acordo com o protocolo do MS.

Onde encontrar? Em todos os Centros de Saúde e no CRIE

Informações:

Secretarias envolvidas e outros parceiros: Secretaria Municipal de Saúde de BH. Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais. Ministério da saúde

REDE SOLIDÁRIA BH DE ALEITAMENTO MATERNO

O que é? É uma parceria acordada entre as maternidades públicas e a Secretaria municipal de saúde de Belo Horizonte com o objetivo de articular e integrar ações que garantam o sucesso do aleitamento materno resultando no aumento dos índices do mesmo no município, na suplementação da doação de leite humano e também na capacitação técnica de profissionais da atenção primária .

Com quem/como acontece? As ações acontecem nas maternidades cooperadas devendo estas Receber e acolher a população do distrito de referência para assistência, orientação e apoio ao aleitamento materno e a doação de leite humano, assim como capacitar os profissionais dos centros de saúde de referência sobre técnicas e cuidados relacionados ao aleitamento materno e doação de leite humano.

Onde encontrar? Abaixo estão relacionados os locais onde acontecem as ações e os contatos para maiores informações:

• Banco de Leite da Maternidade Odete Valadares- tel : 3298-6008

• Banco de Leite do Hospital Odilon Behrens -tel : 3277-6137

• Maternidade Sofia Feldman- tel : 3408- 2240

• Maternidade Hilda Brandão -tel : 3238-8210

• Hospital das Clínicas- tel : 3409- 9425

• Hospital Julia Kubitcheck - tel : 3389-7881

• Posto de coleta de leite humano do PAM Saudade- tel : 3277-5772

Secretarias envolvidas e outros parceiros: Secretaria Municipal de Saúde.

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Oficina de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 8: Promoção da Saúde

PROGRAMA CRIANÇA QUE CHIA

O que é? Em 1996 foi criado o Programa Criança que Chia com a proposta de reduzir a morbi-mortalidade e a taxa de internação por doenças respiratórias. Além de conseguir um controle sintomático dos pacientes classificados com asma persistente, o desafio é também melhorar a qualidade de vida dessas crianças. Inicialmente a cobertura do programa era até 5 anos, sendo estendida para 19 anos a partir de 2010. Neste ano também foram incluídos no arsenal farmacêutico da PBH medicamentos para o tratamento da Rinite Alérgica, doença cujo tratamento é fundamental para o controle da asma.

Com quem/como acontece? O atendimento acontece em todos os Centros de Saúde. Todos os profissionais médicos da atenção básica estão aptos a classificar e prescrever as medicações inalatórias para os pacientes asmáticos. A equipe do NASF desenvolve grupos educativos com os usuários. Os pacientes com quadro clínico mais grave são encaminhados para a Atenção Complementar, para uma atenção compartilhada com os pneumologistas/ alergologistas pediátricos da rede SUS/BH.

Onde encontrar? Todos os Centros de Saúde fazem o atendimento e disponibilizam a medicação para os pacientes que tem indicação.

Informações:

Secretarias envolvidas e outros parceiros: Secretaria de Saúde de Belo Horizonte

ADOLESCENTE EM CONFLITO COM LEI, EM INTERNAÇÃO E INTERNAÇÃO PROVISÓRIA

O que é? Em 2009 a Secretaria Municipal de Saúde (SMSA) elaborou o Plano de Assistência Integral à Saúde do Adolescente em Conflito com a Lei, em Internação e Internação Provisória com o objetivo de garantir assistência integral à saúde a esse grupo populacional. O Plano foi elaborado em consonância com as diretrizes da Portaria Interministerial 1426/MS/SDH/SPM, da Portaria 647/2008/MS, e também em consonância com as diretrizes da Lei Orgânica da Saúde, do Estatuto da Criança e Adolescente, do Plano Operativo Estadual de MG e do Sistema de Atendimento Socioeducativo (SINASE).

Com quem/como acontece? Após apresentação e pactuação com os Conselhos de Direitos da Saúde e da Criança e Adolescente, com a Subsecretaria de Atendimento do Sistema Socioeducativo (SUASE) da Secretaria Estadual de Defesa Social (SEDS) e com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), o plano foi enviado ao Ministério da Saúde (MS) para habilitação do município e garantia de repasse de recursos financeiros. Mesmo sem o repasse de recursos pelo MS a SMSA criou uma Equipe Especial de Saúde (médico, enfermeiro, assistente social e auxiliar de enfermagem), lotada no CSMAM/DSL, para atender, especificamente, os três centros de internação provisória (Ceips Dom Bosco, São Benedito e São Jerônimo). Para os centros de internação (DS Nordeste, DS Barreiro e DS Leste) as equipes de PSF e Apoio são responsáveis pelo atendimento.

Onde encontrar? No Distrito Leste (Centro de saúde Horto e Marco Antônio de Menezes), no Distrito Barreiro (Centro de saúde Vale Jatobá e Lindéia) e no Distrito Nordeste (Centro de saúde Capitão Eduardo).

Informações:

Secretarias envolvidas e outros parceiros: Secretaria Municipal de Saúde de BH, Secretarias Estaduais de Saúde e de Defesa Social e Promotoria da Infância e Juventude Infracional de Belo Horizonte.

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