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Oficina OLHAR A CIDADE Elisa Vigna Giorgia Fiorini UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL INSTITUTO DE LETRAS TEORIA E PRÁTICA DE LEITURA 2014/1

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OficinaOLHAR A CIDADE

Elisa VignaGiorgia Fiorini

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SULINSTITUTO DE LETRAS

TEORIA E PRÁTICA DE LEITURA

2014/1

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Público-alvo: alunos de 1º ano do ensino médio, de 14 a 18 anos de idade, de uma escola pública da Zona Norte de Porto Alegre.

Objetivos e justificativas: Trabalhar gêneros textuais diferentes, como artigo de jornal, poesia e propaganda, introduzindo também diferentes tipos de intervenção urbana (pichação, grafite etc.) como possíveis gêneros para reflexão. A ideia é trabalhar as suas diferentes linguagens dentro de um tema importante para exercermos a nossa cidadania.

Número de alunos: 20 alunos

Número de horas/aula: 3 aulas de 2 horas cada.    

Recursos necessários: Projetor, folhas impressas, computador.

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Resultados esperados: Esperamos propor uma reflexão sobre a cidade em que vivemos, de modo a podermos percebê-la como é, e nos percebermos como cidadãos, como pessoas atuantes na vida da cidade e nas suas transformações. Há melhorias que imaginamos para a cidade em que vivemos, quais são elas? Como podemos participar das mudanças que imaginamos para ela? Qual é o papel das intervenções urbanas na vida de quem passa pela cidade? A ideia central se apresenta, portanto, como um convite a um olhar humano para os aspectos também humanos das intervenções urbanas da nossa cidade.

Forma de avaliação: 1) Textos produzidos no 1º encontro;2) Produção final: foto de intervenção urbana na cidade e produção textual acerca de tal intervenção (a ser apresentada/lida no fechamento da oficina, quando acontecerá a mostra de intervenções urbanas);3) Autoavaliação.

Unidade temática: olhar, perceber, curtir, transformar a cidade.

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Bate-papo

•Você gosta da sua cidade? Na sua opinião, o que poderia melhorar?

•Você acha que a cidade em que você mora é um espaço em que as pessoas têm espaço? O que é ter espaço na cidade?

•Quando você passa pela cidade, seja de ônibus, de carro ou a pé, o que lhe chama a atenção?

•Quando está em algum meio de transporte, você gosta de olhar pela janela ou prefere fazer outra coisa, como ouvir música ou ler um livro?

•Quando você olha alguma pichação, por exemplo, você pensa por que uma pessoa escreveu na parede? Você prefere paredes pintadas ou pichadas?

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A cidade e a indiferençaO choque entre as manifestações pelo direito à cidade e a metrópole como o

coração de um investimento comercial que exige retornoLuís Augusto Fischer

17/08/2013

Há uma quadra de Porto Alegre que para mim nunca é trivial. Sempre que passo por ali alguma coisa acontece no meu coração – uma vez, meu amigo e guru Paulo Coimbra Guedes escreveu um lindo ensaio sobre a canção Sampa, do Caetano Veloso, que o atento leitor viu que eu citei acima; o artigo do Paulo começava dizendo que o melhor conhecimento começa com uma coisa acontecendo no coração, e só depois é que a razão entra em cena.

A quadra especial é aquela ali da João Pessoa, diante da Casa do Estudante da UFRGS, de um lado, e a Faculdade de Economia da mesma UFRGS, do outro. Agora se ergue no meio da rua uma estação de ônibus (por sinal, palco de uma tragédia, porque um sujeito morreu de choque ali, e sua memória ganhou o duvidoso consolo de fazer figurar seu nome como título da estação). O motivo desse arrepio no coração nada tem a ver com vida infantil, que isso eu vivi em outras ruas, no Quarto Distrito e no bairro São João; o motivo foi uma passeata.

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Dia 23 de agosto de 1977, logo depois do almoço. Foi meu batismo em passeatas. (A passeata é uma forma de procissão, velhíssima prática humana que põe umas gentes a andar pela cidade em favor de algo, ou contra algo: para ir até a cruz e lá morrer; para arder ou ver alguém arder numa fogueira; para acompanhar um fogo sagrado; para cantar a glória de alguém ou de alguma coisa; para dançar e espantar o tédio.)

Não importam os detalhes, mas a alma do episódio: eu estava lá, com meus contemporâneos, entre os quais alguns colegas e escassos amigos, para pedir (a gente dizia “exigir”, que convém mais ao radicalismo de boca que uma passeata política requer) Anistia Ampla, Geral e Irrestrita, uma Constituinte Livre, Soberana e Democrática e a revogação de leis autoritárias que pairavam sobre os sonhos dos líderes estudantis. E nós todos, muitas dezenas, algumas centenas, fomos para a rua. Trancamos a passagem, porque sentamos no leito asfáltico. Os líderes puxavam palavras de ordem, a gente respondia; cantávamos alguns refrões, sem maior criatividade.Aquela passeata deu certo, medida pela extensa régua do tempo: veio a Anistia (torta mas veio), assim como a Constituinte (idem); algumas lideranças hoje estão em altos cargos da república. Na hora nos assustamos, corremos, nos refugiamos no campus da UFRGS para escapar das borrachadas, que mesmo assim atingiram alguns, ao passo que outros foram presos para em seguida serem soltos; mas ganhamos a parada. 

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Por isso é que alguma coisa acontece no meu coração, quando passo por ali: eu sentei naquele chão, com uma convicção que só em certos momentos históricos é possível um cético como eu ter. No meu rarefeito panteão pessoal, aquele local trivial tem relevância grande – exagerando um tanto, posso dizer que ali eu conquistei a cidade.(...)Pulo para o presente e me pergunto: os milhares de brasileiros que foram às ruas em junho modificaram sua maneira de viver a cidade? Acontecem coisas no coração dos que passaram pelas ruas-palco dessas modernas procissões? 

http://zh.clicrbs.com.br/rs/entretenimento/noticia/2013/08/luis-augusto-fischer-a-cidade-e-a-indiferenca-4237910.html

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A cidade e a indiferença. Luís Augusto Fischer

1) Este texto conta uma história do autor ou de outra pessoa?

2) O autor do texto escreve muitos parênteses (primeiro, segundo, terceiro, quinto parágrafos). Para que servem estes parênteses?

“Agora se ergue no meio da rua uma estação de ônibus (por sinal, palco de uma tragédia, porque um sujeito morreu de choque ali, e sua memória ganhou o

duvidoso consolo de fazer figurar seu nome como título da estação).”

“Foi meu batismo em passeatas. (A passeata é uma forma de procissão, velhíssima prática humana que põe umas gentes a andar pela cidade em favor de algo, ou contra algo: para ir até a cruz e lá morrer; para arder ou ver alguém arder numa

fogueira; para acompanhar um fogo sagrado; para cantar a glória de alguém ou de alguma coisa; para dançar e espantar o tédio.)”

Luís Augusto Fischer nasceu em Novo Hamburgo em 1958, mas vive em Porto Alegre desde seu primeiro ano de vida. É escritor, ensaísta e professor de literatura da UFRGS.

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3) Existe, na sua cidade, alguma quadra, praça, rua que faz com que “alguma coisa aconteça no seu coração”?

[Reprodução de Sampa, de Caetano Velosohttps://www.youtube.com/watch?v=btn7E8yYvaM]

Produção: Escreva uma história curta, de no mínimo um parágrafo, que tenha como pano de fundo um lugar da sua cidade.

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Olho o mapa da cidadeComo quem examinasseA anatomia de um corpo...(É nem que fosse o meu corpo!)

Sinto uma dor infinitaDas ruas de Porto AlegreOnde jamais passarei...

Há tanta esquina esquisita,Tanta nuança de paredes,Há tanta moça bonitaNas ruas que não andei(E há uma rua encantadaQue nem em sonhos sonhei...)

Quando eu for, um dia desses,Poeira ou folha levadaNo vento da madrugada,Serei um pouco do nadaInvisível, delicioso

Que faz com que o teu arPareça mais um olhar,Suave mistério amoroso,Cidade de meu andar(Deste já tão longo andar!)

E talvez de meu repouso...

O mapa. Mário Quintana

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O mapa. Mário Quintana.

Mario Quintana foi jornalista, tradutor e poeta rio-grandense. Nasceu em Alegrete em 1906 e mudou-se para a capital em 1919. Entendeu muito bem a cidade de Porto Alegre, cenário de alguns de seus mais belos poemas. Morreu em Porto Alegre em 1994.

1) O poema é escrito em 1ª ou em 3ª pessoa? Depois de descobrir a resposta, discuta com os colegas qual a diferença entre ser escrito nessa pessoa, pensando na questão do “olhar”.

2) Que diferenças há entre a linguagem do poema e a linguagem utilizada no artigo de jornal?

3) Que diferenças há entre a forma em que é escrito um poema e a forma do artigo?

4) O que há nas ruas da cidade que fazem o poeta “sentir uma dor infinita”?

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5) A quem se refere o pronome “teu” na penúltima estrofe?

6) O poeta faz uma metáfora da cidade com o corpo humano. Imagine que a sua cidade é um corpo. Onde ou o que seria o coração?

E o cérebro?

E os membros locomotores?

7) De que maneira “O mapa” se relaciona com o texto “A cidade e a indiferença”?

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Propaganda da Prefeitura de Porto Alegre (2014)

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1) Esta propaganda, que circulou nos outdoors de Porto Alegre na primeira metade de 2014, traz elementos que fazem alusão ao futebol, desde o título “Futebol 2014”.

a) Que elementos da imagem comprovam isso?

b) A que se referem as expressões abaixo?“A melhor tática é estar bem preparado”“Não tem zero a zero”

2) Uma propaganda costuma ser utilizada para vender um produto a um cliente ou consumidor. No caso do outdoor acima, qual é o “produto” que está sendo “vendido”? E quem são os “clientes”?

3) De que a propaganda quer nos convencer?

4) Repare nos verbos utilizados. Como classificamos os verbos “decore” e “receba” (em modo, pessoa e número)? Que efeito estes verbos criam na propaganda?

5) Em que outro tipo de texto encontramos verbos neste modo verbal? Para que eles servem?

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Uma pausa para olhar os muros da cidade...

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REFLEXÃO:

•Qual a relação desses grafites com a propaganda da Copa do Mundo?

•Para que serve o grafite? E a propaganda?

•Você acha que esses grafites cumprem alguma função decorativa para a Copa do

Mundo na cidade?

•Quem está representado nesses grafites? Quem era representado na

propaganda?

•Quais das intervenções (os grafites ou a propaganda) você acha que provoca

maior efeito na mudança do pensamento de quem passa pela cidade?

•Quais das duas intervenções você acha mais realista?

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Intervenção de rua em Florianópolis.

http://olheosmuros.tumblr.com/post/86400120127/a-arte-da-rua-disfarca-o-descasorua-felipe

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• Na sua opinião, qual é o papel que a arte de rua exerce na cidade?

• O texto do muro fala em descaso. A que descaso ele se refere?

• Agora que já discutimos as funções sociais das intervenções urbanas, vamos pensar: a que outras finalidades essas intervenções podem servir?

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Vamos imaginar que é de manhã, você acordou atrasado para a aula, perdeu o ônibus e, ainda por cima, não teve tempo de tomar café da manhã. Se, nessa situação, você passasse pela rua e visse esse stencil numa parede, que reação você teria?

Você acha que pichações, grafites e stencils pelas ruas podem mudar o dia de alguém?

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PRODUÇÃO FINAL

Agora que já refletimos acerca do nosso olhar sobre a cidade, a tarefa é a seguinte:

• No seu andar pela cidade, escolha alguma intervenção urbana que “mexe com seu

coração” ou que, de alguma forma, provoca alguma reflexão ou dúvida sobre

qualquer assunto.

• Registre essa intervenção por meio de uma fotografia e prepare um texto reflexivo

sobre ela, deixando claro o seu posicionamento sobre a arte de rua. Esse texto

pode ser um poema, uma crônica ou um curto artigo de opinião, e deve ser lido por

você durante a mostra de fotografias da turma.