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Escola de Saúde Pública do Estado de Minas Gerais Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte OFICINAS DE QUALIFICAÇÃO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE EM BELO HORIZONTE Oficina 5 Belo Horizonte, 2010 A Organização do Trabalho para a Atenção Programada Guia do Gerente de Projeto (Tutor)/Facilitador

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Escola de Saúde Pública do Estado de Minas GeraisSecretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais

Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte

OFICINAS DE QUALIFICAÇÃO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE EM BELO HORIZONTE

Ofi cina 5

Belo Horizonte, 2010

A Organização do Trabalho para a Atenção Programada

Guia do Gerente de Projeto

(Tutor)/Facilitador

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Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte e que não seja para venda ou qualquer fim comercial.

ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA DO ESTADO DE MINAS GERAIS Av. Augusto de Lima, 2.061 – Barro Preto – BH – MGCEP: 30190-002 Unidade Geraldo Campos ValadãoRua Uberaba 780 – Barro Preto – BH – MGCEP:30180-080 www.esp.mg.gov.br

Equipe do PDAPS – Superintendência de Educação- ESP-MGDinalva Martins IriasEleni Fernandez Motta de LimaIvan Rodrigues MachadoVirgínia Rodrigues Braga

Revisão Técnico-Pedagógica:Dinalva Martins IriasPoliana Estevam Nazar

Editora Responsável: Fabiane Martins Rocha

Produção Gráfica e Diagramação: André Moncorvo Oliveira Marcos Vinícius Braga

Impressão: Autêntica Editora

ELABORAÇÃO DO PLANO DIRETOR DA ATENÇÃOPRIMÁRIA À SAÚDE:Eugênio Vilaça MendesMaria Emi ShimazakiMarco Antônio Bragança de MatosFernando Antônio Gomes LelesWagner Fulgêncio EliasLuciana Maria de MoraesMarli Nacif

GRUPO DE ADAPTAÇÃO DAS OFICINAS DE QUALIFICAÇÃODA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE EM BELO HORIZONTE

Representantes da Secretaria Municipal de Saúde:Adriana Lúcia MeirelesAlexandre MouraAline Mendes SilvaAmália Efigênia Froes FonsecaAna Maria ResendeAndréia Ramos AlmeidaBárbara Lyrio UrsineBianca Guimarães VelosoCarlos Alberto Tenório CavalcanteDenise Ribeiro MesquitaEliana Maria de Oliveira Sá Eliane Maria de Sena SilvaEvely CapdevilleHeloisa Faria de MendonçaHeloisa Maria MuzziJanete dos Reis CoimbraJosei Karly S. C. MottaLenice Harumi IshitaniLetícia de Castro MaiaLorena Guimarães AntoniniLuisa da Matta Machado FernandesMaria Eliza V. SilvaMaria Imaculada Campos DrumondMaria Terezinha GariglioMax André dos SantosNeuslene Rivers QueirozNomária César de MacedoPaula Nair Luchesi SantosPaulo César NogueiraRosa Marluce Goes de AndradeRúbia Márcia Xavier de LimaSandra Alice Pinto Coelho MarquesSandra Cristina PaulucciSerafim Barbosa dos Santos FilhoSônia Gestera de MattosVanessa Almeida

Representantes da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais:Conceição Aparecida GonçalvesLuciana Maria de Moraes Pereira

SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DE MINAS GERAIS Rua Sapucaí, 429 – CEP: 30150-050Belo Horizonte – MGwww.saude.mg.gov.br

SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE BELO HORIZONTEAv. Afonso Pena 2336 Funcionários - Belo Horizonte – MG – CEP:30130-007www.pbh.gov.br

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Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada

SUMÁRIO

1. COMPETÊNCIAS............................................................................................................05

2. OBJETIVOS....................................................................................................................05

3. ESTRATÉGIAS E ATIVIDADES..........................................................................................05

4. ESTRUTURA GERAL E PROGRAMAÇÃO.........................................................................06

1° Dia ...............................................................................................................................07

Atividade I. Introdução e Dinâmica Inicial..........................................................................07 Atividade II. Apresentação das Atividade Realizadas no Período de Dispersão Relacionadas à Oficina III : Diagnóstico Local............................................................................................07

Atividade III. Reflexão sobre a Quarta Oficina no Nível Local...........................................08

Atividade IV. Os Desafios para Organização da Atenção Programada na Rede de Atenção em Saúde em Belo Horizonte...........................................................................................08

Atividade V. A Gestão Clínica : Conceitos e Ferramentas.................................................18

Atividade VI. A Gestão Clínica : Condução de Casos Clínicos...........................................30

2° Dia ...............................................................................................................................31

Atividade VII. A Organização da Atenção Programada.....................................................31

Atividade VIII. Programação Local: Conceitos e Importância para as Equipes de Saúde..31

Atividade IX. Programação Local: Programação das Ações para a Hipertensão Arterial..36

Atividade X. Plano de Trabalho para o Período de Dispersão...........................................43

Atividade XI. Avaliação da Oficina e Encerramento..........................................................48

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5

Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada

COMPETÊNCIAS1.

Ao final desta Oficina, espera-se que os participantes tenham desenvolvido capacidade para:

Compreender a importância da organização da atenção programada para • a estruturação do processo de trabalho na atenção primária em saúde;

Compreender os princípios da gestão clínica para orientar a • programação;

Elaborar a programação local para uma equipe de saúde tendo em vista • determinada população e um diagnóstico local.

OBJETIVOS2.

Este módulo está estruturado para alcançar os seguintes objetivos:

Apresentar o produto da Oficina 3 – Territorialização e Diagnóstico Local;•

Relatar as atividades realizadas no período de dispersão após a Oficina 4 – • Organização da Demanda Espontânea;

Identificar os elementos importantes para a reorganização dos processos • de trabalho e elaboração da agenda das equipes;

Realizar alinhamento conceitual sobre a gestão clínica;•

Realizar alinhamento conceitual e compreender a importância da • programação local;

Elaborar uma programação local para as equipes de saúde, utilizando um • método de cálculo com base nos protocolos da SMSA.

ESTRATÉGIAS E ATIVIDADES3.

Esta Oficina aponta a importância da programação das ações para a organização das agendas das equipes e traz abordagens que propiciem o engajamento dos participantes no processo de aquisição dos novos conhecimentos que favoreçam a reflexão sobre seu contexto e o processo a ser desenvolvido nas suas atividades.

As estratégias educacionais a serem desenvolvidas têm por objetivo subsidiar os profissionais nas atividades que serão realizadas nos períodos de dispersão e durante o exercício de sua prática na gestão municipal.

Este módulo tem carga horária total de 16 horas, distribuídas em dois dias de atividades.

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Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada

1° DIA

Horário Atividade Metodologia

8h00 às 8h30 Introdução e Dinâmica Inicial Apresentação no auditório

8h30 às 9h00

Apresentação das Atividades Realizadas no Período de Dispersão Relacionadas à Oficina III: Diagnóstico Local

Apresentação no auditório

9h00 às 9h30 Intervalo

9h30 às 10h30Reflexão sobre a Quarta Oficina no Nível Local

Atividades em grupo

10h30 às 12h00Os Desafios para Organização da Atenção Programada na Rede de Atenção à Saúde em Belo Horizonte

Atividade em grupo

12h00 às 13h30 Almoço

13h30 às 15h00A Gestão Clínica: Conceitos e Ferramentas

Atividades em grupo

15h00 às 15h15 Intervalo

15h15 às 17h00A Gestão Clínica: Condução de Casos Clínicos

Atividades em grupo

2° DIA

Horário Atividade Metodologia

8h00 às 10h00A Organização da Atenção Programada

Exposição dialogada no auditório

10h00 às 10h30 Intervalo

10h30 às 12h00Programação Local: Conceitos e Importância para as Equipes de Saúde

Atividades em grupo

12h00 às 13h30 Almoço

13h30 às 15h15Programação Local: Programação das Ações para a Hipertensão Arterial

Atividades em grupo

15h15 às 15h30 Intervalo

15h30 às 16h45O Plano de Trabalho para o Período de Dispersão

Atividade em grupo por distrito

16h45 às 17h00 Avaliação da Oficina e Encerramento Atividade em grupo

4. ESTRUTURA GERAL E PROGRAMAÇÃO

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Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada

1º DIA

Objetivo:

Apresentar uma síntese das primeiras oficinas e da estrutura geral da • quinta oficina.

Desenvolvimento:

Conduzir uma dinâmica inicial;•

Apresentar uma síntese das primeiras oficinas em Belo Horizonte;•

Apresentação da programação da Oficina 5 pelo relator, destacando • como ela se relaciona com as quatro oficinas que a precederam e com aquelas que a sucederão.

Objetivo:

Apresentar uma experiência bem-sucedida de realização do Diagnóstico • Local, produto da terceira oficina, refletindo a importância do processo ocorrido nas oficinas locais.

Desenvolvimento:

Um representante de um Centro de Saúde deverá apresentar aos • participantes da oficina um relato da experiência de elaboração do diagnóstico local, abordando a construção dos dados, as discussões ocorridas e como a equipe tem se apropriado dessas informações no cotidiano.

ATIVIDADE I – INTRODUÇÃO E DINÂMICA INICIAL

Tempo estimado: 30 minutos

33

CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE

ATENÇÃO

Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.

ATIVIDADE 6: Pré-Teste

30 minutos

Objetivo

Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.

Material

Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.

Desenvolvimento

1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;

2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;

3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.

Fechamento

Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades

AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1

Nome: ____________________________________________________Turma: _______

Município: __________________________________________________GRS: _______

Leia com atenção o seguinte caso:

1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).

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ATIVIDADE II – APRESENTAÇÃO DAS ATIVIDADES REALIZADAS NO PERÍODO DE DISPERSÃO RELACIONADAS À OFICINA III: DIAGNóSTICO LOCAL

Tempo estimado: 30 minutos

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CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE

ATENÇÃO

Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.

ATIVIDADE 6: Pré-Teste

30 minutos

Objetivo

Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.

Material

Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.

Desenvolvimento

1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;

2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;

3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.

Fechamento

Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades

AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1

Nome: ____________________________________________________Turma: _______

Município: __________________________________________________GRS: _______

Leia com atenção o seguinte caso:

1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).

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Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada

Objetivo:

Refletir sobre os processos ocorridos na quarta oficina local.•

Desenvolvimento:

O facilitador de cada grupo deverá conduzir os participantes da Oficina 5 • a uma reflexão avaliativa da situação atual após a quarta oficina local;

Os principais pontos para reflexão são:•

a interação entre a equipe distrital e os facilitadores; »

a interação entre o facilitador e os trabalhadores; »

a realização da quarta oficina local; »

a preparação do produto da quarta oficina: Matriz de Gerenciamento »de Processo.

É importante recuperar o que foi feito de relevante, como foram abordadas as possíveis dificuldades e as ações para superação dos problemas.

Objetivos:

Recuperar a discussão da Oficina 4 sobre as diretrizes institucionais para • a organização da demanda espontânea e programada e sobre o equilíbrio das agendas das equipes;

Refletir sobre os conceitos de condição aguda e crônica;•

Introduzir a discussão sobre a programação das ações e a atenção • programada.

Desenvolvimento:

Apresentar a atividade, destacando sua duração e etapas que a • compõem;

Realizar a leitura do Estudo de Caso (10 minutos);•

ATIVIDADE III – REFLEXÃO SOBRE A QUARTA OFICINA NO NÍVEL LOCAL

Tempo estimado: 1 hora

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CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE

ATENÇÃO

Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.

ATIVIDADE 6: Pré-Teste

30 minutos

Objetivo

Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.

Material

Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.

Desenvolvimento

1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;

2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;

3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.

Fechamento

Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades

AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1

Nome: ____________________________________________________Turma: _______

Município: __________________________________________________GRS: _______

Leia com atenção o seguinte caso:

1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).

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ATIVIDADE IV – OS DESAFIOS PARA ORGANIZAÇÃO DA ATENÇÃO PROGRAMADA NA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE EM BELO HORIZONTE

Tempo estimado: 1 hora e 30 minutos

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CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE

ATENÇÃO

Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.

ATIVIDADE 6: Pré-Teste

30 minutos

Objetivo

Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.

Material

Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.

Desenvolvimento

1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;

2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;

3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.

Fechamento

Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades

AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1

Nome: ____________________________________________________Turma: _______

Município: __________________________________________________GRS: _______

Leia com atenção o seguinte caso:

1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).

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Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada

Formar pequenos grupos;•

Cada grupo deve nomear um coordenador e um relator;•

O grupo deverá analisar o Estudo de Caso e procurar abordar as seguintes • questões (20 minutos):

Quais são os principais problemas identificados no Estudo de Caso? 1. (Citar 3)

As condições apresentadas no caso podem ser consideradas condições 2. agudas ou condições crônicas?

O que você entende por condição aguda e condição crônica?3.

Quais as principais diferenças na organização da atenção para as 4. condições agudas e para as condições crônicas?

Cada relator apresentará as conclusões de seu grupo, e a seguir o • facilitador conduzirá uma síntese destacando os pontos em comum e as divergências de cada grupo (20 minutos);

Ler o Texto 1: • Os desafios para organização da atenção programada na rede de saúde em Belo Horizonte (20 minutos);

Sintetizar a atividade com a turma, recuperando os conceitos mais • importantes (20 minutos).

ESTUDO DE CASO1

O Centro de Saúde Carmópolis está localizado no Bairro Leopoldina, em uma área de risco elevado, e possui quatro Equipes de Saúde da Família (ESF). De acordo com o cadastro atualizado dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS), em julho de 2010, o Centro de Saúde (CS) possuía uma população de 9.590 habitantes.

Na última semana, as equipes começaram a analisar os indicadores que vão compor o primeiro diagnóstico de saúde da população da área de abrangência da unidade. Em uma análise preliminar, a ESF 1 percebeu que apenas 52% dos pacientes hipertensos e 38% dos diabéticos eram considerados acompanhados, de acordo com o protocolo.

Nessa mesma semana, D. Maria Olímpia, que é vinculada à ESF1, novamente compareceu ao Centro de Saúde Carmópolis. Lá foi recebida pelo estagiário do “Posso Ajudar”, que a escutou atenciosamente e a direcionou para a recepção onde sua demanda seria encaminhada. D. Maria Olímpia não possuía nenhuma queixa clínica naquele dia e precisava conversar com sua ESF sobre a saúde de seu marido.

1 - O Estudo de Caso foi elaborado pela equipe de coordenação do Projeto Gestão Clínica em curso na SMSA e adaptado por Janete Ferreira.

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Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada

Em local reservado na recepção, a auxiliar de enfermagem perguntou se ela estava melhor da infecção urinária, pois não tinha dado notícia depois de sua última consulta e do tratamento recomendado. Ela sorriu, respondendo que estava bem e que havia melhorado muito com os remédios, mas que o motivo da sua visita era seu marido – o Sr. Tarcísio –, que estava tirando o seu sono nas últimas semanas e, em função disso, ela gostaria de agendar uma conversa com sua ESF. A auxiliar, então, agendou para o dia seguinte uma conversa com a enfermeira da sua equipe, que poderia escutar com mais atenção seu problema.

No dia seguinte, D. Maria Olímpia compareceu ao CS na hora marcada e foi atendida no consultório pela enfermeira da sua ESF. Disse à enfermeira que ela estava pelejando muito com o marido, pois ele “não tinha medo de nada, a não ser de médico e hospital”. Ao contrário dela, que fazia direitinho o acompanhamento da pressão alta e do colesterol, o Sr. Tarcísio às vezes ficava muito tempo sem ir ao Centro de Saúde.

D. Maria Olímpia disse que o Sr. Tarcísio andava muito desanimado, acordava à noite e havia emagrecido. Um dia, na volta do trabalho, o compadre preocupado com a falta de ar do amigo, vendo-o subir escadas, convenceu-o a procurar a Unidade de Pronto Atendimento (UPA): “Onde tudo é resolvido rápido, até com exame de sangue e urina.”

Na semana retrasada, ela levou o Sr. Tarcísio à UPA, e ele assustou-se ao ser informado de que precisaria ser internado no hospital, pois o coração estava inchado, e a glicose, alta. Injeções e comprimidos seriam necessários. Em 5 dias, recebeu alta com recomendação de procurar um cardiologista. Uns dias depois da alta, houve nova crise e, de novo, voltou à UPA. Uma nova internação foi necessária. Foram mais 6 dias desta vez até a alta com mais remédios (“de 5 tipos”), além da mesma recomendação de procurar o cardiologista.

Assim, D. Maria Olímpia pede à enfermeira que olhe o sumário de alta para conseguir o encaminhamento de seu marido para o cardiologista.

A enfermeira ouve tudo atentamente e comenta que realmente era uma pena que o Sr. Tarcísio não estivesse indo regularmente ao Centro de Saúde.

Sumário de alta

HOSPITAL “Z”Motivo da internação: Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC)Exame clínico: Dispnéia + crepitações + edemaExames complementares: Raio-X de tórax, ECG, exames laboratoriaisEvolução: boaTratamento realizado: O2, captopril, furosemida, espironolactona, glibenclamida, digoxina.Condições de alta: MelhoradoDiagnóstico de alta: ICC Recomendações pós-alta: Consulta com cardiologista

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Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada

D. Maria diz que ele ia ao Centro de Saúde de vez em quando pegar os remédios, mas falava que tinha que trabalhar muito e não queria saber desse negócio de “medir a pressão”: - Esse pessoal que tira pressão todo dia acaba passando mal!!!

A enfermeira, com o sumário de alta em mãos, sai para buscar o prontuário. No prontuário do Sr Tarcísio, ela não encontra a impressão da última consulta. Estava registrada apenas a medida de pressão arterial - PA (alta) e renovação de receita sem informar data de retorno.

A enfermeira considerou importante discutir o caso e foi conversar pessoalmente com sua equipe para encontrar uma solução. O médico, ao ver o sumário de alta, recomendou agendar uma consulta com o Sr. Tarcísio para o dia seguinte.

Na consulta, ao avaliar o Sr. Tarcísio, o médico fica impressionado como um caso tão grave não frequentasse regularmente o Centro de Saúde. Ouviu, anotou tudo e agendou a próxima consulta, além de encaminhar o paciente para uma avaliação com o cardiologista. O médico conversou com o Sr. Tarcísio e a D. Maria e falou que o acompanhamento da Insuficiência Cardíaca e da Hipertensão Arterial era muito importante para o paciente e para toda a Equipe de Saúde da Família.

Contou até que a equipe do Centro de Saúde Carmópolis estava justamente analisando os indicadores para o diagnóstico de saúde de sua população e que era importante que cada equipe conhecesse todos os hipertensos e diabéticos de sua área, realizasse esforços para que eles buscassem o Centro de Saúde e programasse o atendimento deles através de consultas regulares com o médico, enfermeiro ou cardiologista, de acordo com a necessidade.

D. Maria Olímpia aproveitou a oportunidade para dizer que ela ia com frequência ao CS, nunca perdia um retorno agendado, estava sempre em contato com o ACS e, quando tinha alguma dúvida, ia às reuniões de grupos que o Centro de Saúde organizava.

O médico deu os parabéns à D. Maria Olímpia e pediu a ela que ajudasse a diminuir o medo que o Sr Tarcísio tinha de médico: - Frequentar o Centro de Saúde e mudar alguns hábitos de vida é melhor do que precisar de outras internações e ficar com o coração cada vez mais fraco! Assim não dá nem para esperar o time ser campeão, Sr Tarcísio!!!!

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Ofi cinas de Qualifi cação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Ofi cina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada

TEXTO 1

OS DESAFIOS PARA A ORGANIZAÇÃO DA ATENÇÃO PROGRAMADA NA REDE DE SAÚDE EM BELO HORIZONTE 2

Estamos iniciando mais uma Ofi cina de Qualifi cação da Atenção Primária à Saúde (APS), a Ofi cina 5: Organização da Atenção Programada.

Nas três primeiras ofi cinas, tratamos da Análise da APS, da Rede de Atenção à Saúde e do Diagnósti co Local. Dissemos que esse diagnósti co nos prepararia para esta quinta ofi cina que aborda a programação das ações. A quarta ofi cina apontou as diretrizes para a organização do processo de trabalho para atendimento à demanda espontânea, que são apresentadas na Figura 1.

Nessa fi gura estão sinteti zados os principais conceitos e arranjos insti tucionais apontados para o atendimento da demanda espontânea e atenção programada, buscando a harmonia nesse processo nos Centros de Saúde (CSs) do município, ou seja, um processo de trabalho mais padronizado e uniforme que permita o reconhecimento da identi dade do SUS-BH perante seus usuários. Esses conceitos e arranjos serão discuti dos ao longo deste texto.

As discussões realizadas até aqui apontam a necessidade de construir um conjunto de ações padronizadas o suficiente para atender às diretrizes colocadas pela insti tuição e fl exíveis o bastante para respeitar

2 - Texto elaborado por Janete Maria Ferreira e colaboradores. Janete Maria Ferreira é pediatra, epi-demiologista e Gerente-Geral das Ofi cinas de Qualifi cação da Atenção Primária em Belo Horizonte. O texto se baseia fortemente nas discussões realizadas pelo grupo que conduziu a quarta ofi cina “Or-ganização da Demanda Espontânea” no SUS-BH.

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Figura 1: Demanda espontânea e atenção programada

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Ofi cinas de Qualifi cação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Ofi cina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada

as especifi cidades locais. Dessa forma, podemos dizer que são três os principais desafi os para a organização desse processo de trabalho: (1) a busca do equilíbrio na agenda das equipes, (2) a reorganização das ações para o atendimento das condições agudas e crônicas e (3) a complexidade da discussão do processo de trabalho em saúde, objeto muito dinâmico. Ressaltamos que, por isso, a discussão do processo de trabalho em cada centro de saúde poderá estar pronta, mas nunca estará acabada.

A busca do equilíbrio nas agendas

Estudos realizados até o momento pela equipe da Secretaria Estadual de Saúde (SES) e Secretaria Municipal de Saúde (SMSA) mostram que uma distribuição percentual equilibrada das ati vidades a serem realizadas pelas equipes seria: 38% para atendimento da demanda espontânea, 50% para atenção programada (incluindo as ações de promoção e vigilância em saúde), 10% para ati vidades relacionadas à educação permanente e 1% a 2% para ati vidades administrati vas (reuniões de equipe, por exemplo).

Como já apontamos anteriormente, para caminhar na direção a essa agenda mais equilibrada, é preciso, primeiramente, conhecer a população da área de abrangência do Centro de Saúde e elaborar um diagnósti co local. Esse diagnósti co apontará os principais aspectos do território, os problemas da população ali residente, como, por exemplo, o número esperado de gestantes, o número de hipertensos a serem acompanhados e as crianças a serem inscritas na Puericultura.

Além disso, é preciso abordar conjuntamente a demanda espontânea e a atenção programada. A Figura 1 apresentada neste texto aponta que, para além desses dois blocos, parece existi r um terceiro: a atenção não programada ou a ser programada.

Na práti ca, a discussão da agenda das equipes precisa perpassar todos os blocos, de forma a caminhar a parti r da atenção ao agudo em direção à atenção programada, como uma forma de organização progressiva do processo de trabalho das equipes.

O atendimento das condições agudas e crônicas

O segundo desafi o sobre o processo de trabalho nos Centros de Saúde é a abordagem dos conceitos de condição (de saúde) aguda e crônica, apontados na Ofi cina 2, quando da discussão do Modelo de Atenção. Segundo Mendes (2009), as condições de saúde podem ser defi nidas como as circunstâncias na saúde das pessoas que se apresentam de forma mais ou menos persistentes e que exigem respostas sociais reati vas ou proati vas e eventuais ou contí nuas por parte dos sistemas de atenção à saúde.

Tradicionalmente trabalha-se em saúde com uma divisão entre doenças transmissíveis e doenças crônicas não transmissíveis. Essa ti pologia é largamente uti lizada, em especial pela epidemiologia. É verdade que essa ti pologia tem sido muito úti l nos estudos epidemiológicos, mas, por outro lado, ela não tem sido úti l/adequada para referenciar a organização dos sistemas de atenção à saúde. A razão é simples: do ponto de vista da resposta social aos problemas de saúde - o objeto dos sistemas de atenção à saúde

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Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada

-, certas doenças transmissíveis, pelo longo período de seu curso natural, estão mais próximas da lógica de enfrentamento das doenças crônicas que das doenças transmissíveis de curso rápido. Por isso, tem sido considerada uma nova categorização, com base no conceito de condição de saúde, desenvolvida inicialmente por teóricos ligados aos modelos de atenção às condições crônicas (VON KORFF apud MENDES, 2009) e depois acolhida pela Organização Mundial da Saúde (MENDES, 2009): as condições agudas e as condições crônicas.

Essa tipologia está orientada, principalmente, por duas variáveis-chave contidas no conceito de condição de saúde: primeira, o tempo de duração da condição de saúde, breve ou longo; e segunda, a forma de enfrentamento pelo sistema de atenção à saúde. Nas condições agudas, o enfrentamento normalmente é episódico, reativo e feito sobre a queixa momentânea, e, nas condições crônicas, o enfrentamento precisa ser contínuo, proativo e realizado por meio de cuidados, mais ou menos permanentes, expressos num plano de cuidado elaborado conjuntamente pela equipe de saúde e pelas pessoas usuárias.

As condições agudas, em geral, apresentam um curso curto, inferior a três meses de duração, e tendem a se autolimitar; ao contrário, as condições crônicas têm um período de duração mais ou menos longo, superior a três meses, e, nos casos de algumas doenças crônicas, tendem a apresentar-se de forma definitiva e permanente (SINGH apud MENDES, 2009). As condições agudas, em geral, são manifestações de doenças transmissíveis de curso curto, como dengue e gripe, ou de doenças infecciosas, também de curso curto, como apendicite, ou de causas externas, como os traumas. As doenças infecciosas de curso longo são consideradas condições crônicas.

As condições crônicas englobam:

todas as doenças crônicas (como diabetes, doenças cardiovasculares, • cânceres, doenças respiratórias crônicas, etc),

doenças infecciosas persistentes (hanseníase, tuberculose, HIV/AIDS, • hepatites virais, etc.),

condições ligadas à maternidade e ao período perinatal (acompanhamento • das gestantes e atenção ao parto, às puérperas e aos recém-natos),

condições ligadas à manutenção da saúde por ciclos de vida (puericultura, • hebicultura e monitoramento da capacidade funcional dos idosos),

distúrbios mentais de longo prazo, •

deficiências físicas e estruturais contínuas (amputações, cegueiras, • deficiências motoras persistentes, etc.),

doenças metabólicas e algumas doenças bucais. •

As condições agudas manifestam-se, em geral, por eventos agudos; as condições crônicas podem se manifestar, em momentos discretos e de forma exuberante, sob a forma de eventos agudizados.

Do ponto de vista da organização dos sistemas de atenção à saúde, o que

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caracteriza uma condição crônica é a forma da resposta social desse sistema que será sempre proativa, contínua e integrada. Bem diferente do modo de resposta às condições agudas, que pode ser episódica e reativa.

Em relação às condições agudas, a Figura 1 apresenta um arranjo possível dentro das diretrizes institucionais que é a estruturação de uma “equipe de referência para os casos agudos” através do rodízio entre as equipes de um mesmo Centro de Saúde e os dispositivos do “Posso Ajudar” e da “Classificação de Risco”. Esse arranjo foi traduzido em um fluxograma apresentado na Figura 2.

O fluxograma aponta que todos os usuários em situação de emergência deverão ser atendidos de imediato pela equipe de saúde. A equipe deverá realizar os primeiros cuidados necessários, providenciar o suporte adequado e transferir o paciente de forma segura para o ponto de atenção competente, pactuado e com capacidade resolutiva.

As situações que não se caracterizam de imediato como “emergentes” deverão passar pela “classificação de risco” no fluxo habitual para avaliação da situação/queixa pelo profissional enfermeiro que poderá, dependendo da classificação de sua gravidade, encaminhá-lo para um atendimento ou agendar uma consulta. Esse momento demostra, claramente, o entrelaçamento entre o atendimento às condições agudas e crônicas.

Em relação às condições crônicas, o arranjo apresentado na Figura 1 se refere à atenção programada, ou seja, um processo planejado contínuo e integrado.

Neste ponto, consideramos necessário relembrar os conceitos de “necessidade” e “demanda”, apresentados na Oficina 4, e sua distinção. A “necessidade” pode ser definida como exigência proveniente de um sentimento de privação de qualquer coisa absolutamente imprescindível à vida; estado que resulta da privação do necessário. O conceito de “demanda” remete à ação de demandar; procura, pedido ou exigência, mais ou menos expresso pelo usuário, situado entre o desejo e a necessidade.

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Usuário chega na unidade

Emergência?

Queixaclínica?

Atender paciente na sala de observação

Classificarrisco

Amarelo

Verde

Azul

Realizaratendimento

clínicoMelhora?

Atenção a ser programada?

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Conduta?

Encaminhar para outros setores do CS

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Demandaassistencial?

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Vermelholaranja

Receber o usuário

Agendar com ESF

Usuário agendado

Usuário encaminhado

Encaminhar para os devidos setores (Gerência)

Usuário agendadoAgendar com ESF/Equipe

de apoio/outros profissionais

Encaminhar para UPA ou PS

Usuário encaminhado

Figura 2. Fluxograma da organização da demanda espontânea

Portanto, quando introduzimos a discussão da atenção programada, estamos indo ao encontro da necessidade da população adscrita a um serviço de saúde, nem sempre percebida ou trazida pelos cidadãos. Na atenção programada, buscamos o critério de adscrição da clientela em relação à equipe do PSF, ou seja, o usuário deverá, preferencialmente, ser identificado no território pelo Agente Comunitário de Saúde (ACS) e atendido pelo conjunto de profissionais do Centro de Saúde de sua área de moradia. Ou seja, o objetivo é conquistar os princípios do primeiro contato, da longitudinalidade, da integralidade do cuidado e o vínculo permanente de cada usuário com sua equipe de saúde. Como já apontado anteriormente, procura-se organizar o serviço, pautando-se não mais pelos eventos agudos, mas pela abordagem dos problemas crônicos e/ou condições crônicas.

Para a atenção programada, serão destinados atendimentos e consultas agendadas, estabelecendo-se o limite máximo de consultas por turno, conforme critério estabelecido previamente. Os quantitativos de consultas e atendimentos programados serão calculados tomando como base a população adscrita e o diagnóstico local realizado por cada Centro de Saúde (que se baseia nos dados de cadastramento das famílias residentes no território)

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e tendo como parâmetros os protocolos implantados na rede do SUS-BH e apresentados no sistema de Prontuário Eletrônico SISREDE.

Assim, a atenção programada deve abranger todos os ciclos de vida dos indivíduos/famílias – desde o nascimento à velhice –, atendendo aos protocolos institucionais (ou linhas de cuidado) operacionalizados por redes integradas de atenção, com o objetivo de promover a saúde, identificar precocemente e controlar as patologias de relevância, prestar assistência de forma integrada e resolutiva. Ou seja, a organização do atendimento dar-se-á de acordo com os ciclos de vida ou condição de saúde – SAÚDE DA CRIANÇA, DO ADOLESCENTE, DA GESTANTE, DO ADULTO E DO IDOSO, perpassadas pela SAÚDE MENTAL E BUCAL – ou por patologias de maior relevância – HIPERTENSÃO, DIABETES e TUBERCULOSE.

Nessa organização, deverão ser previstas também as ações de vigilância em saúde e promoção à saúde e a atenção à demanda assistencial a ser programada, destaque no bloco central da Figura 1.

Essa demanda a ser progressivamente programada é muito frequente hoje nos nossos Centros de Saúde e consiste em um universo de renovação de receitas, atestados médicos, solicitação de exames ou consultas de especialistas. O arranjo organizacional apontado para essa demanda é um horário reservado na agenda para conversa da equipe com seus usuários.

A complexidade do processo de trabalho em saúde

Finalmente, quanto ao terceiro desafio apontado na discussão do processo de trabalho em saúde, é importante relembrar os apontamentos da quarta oficina. A discussão do processo de trabalho em saúde tem característica própria: seu objeto e todos seus componentes são indivíduos que atuam e interferem no processo e no resultado final do trabalho, portanto, são todos sujeitos da ação. Esse sujeito detém algo muito precioso que é seu próprio saber e que deve ser escutado no processo de trabalho em saúde, gerando a necessidade de acolhimento em cada momento, seja em um atendimento a uma condição aguda ou crônica, seja em uma atividade programada ou não.

Em relação às condições crônicas, o protagonismo dos usuários se torna essencial. Como dito anteriormente, nas condições crônicas o enfrentamento precisa ser contínuo, proativo (incluindo mudanças de hábitos de vida e o autocuidado) e realizado por meio de cuidados expressos num plano elaborado conjuntamente pela equipe de saúde e pelas pessoas usuárias.

Apenas através dessa abordagem conjunta estabeleceremos, entre as equipes e seus usuários, a comunicação, a confiança, a cooperação e a autonomia necessária para o momento do encontro: o mais importante de todo nosso processo de trabalho.

REFERÊNCIAS

MENDES, EV (2009). As redes de atenção à saúde. ESP-MG. Belo Horizonte.

MEHRY, EE; CHAKKOUR, M; STÉFANO, E; STÉFANO ME; SANTOS, CM; RODRÍGUEZ, RA. Em busca de ferramentas analisadoras das tecnologias em saúde: a informação e o dia a dia de um serviço, interrogando e gerindo trabalho em saúde. In: MERHY, EE; ONOCKO, R (Orgs.). Agir em saúde: um desafio para o público. São Paulo: Hucitec, 1997. p.113-50.

TURCI, MA (org). Avanços e desafios na organização da atenção de saúde de Belo Horizonte. Secretaria Municipal de Saúde. Belo Horizonte, HMP Comunicação, 2008;

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ATIVIDADE V – A GESTÃO CLÍNICA: Conceitos e ferramentas

Tempo estimado: 1 hora e 30 minutos

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CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE

ATENÇÃO

Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.

ATIVIDADE 6: Pré-Teste

30 minutos

Objetivo

Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.

Material

Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.

Desenvolvimento

1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;

2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;

3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.

Fechamento

Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades

AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1

Nome: ____________________________________________________Turma: _______

Município: __________________________________________________GRS: _______

Leia com atenção o seguinte caso:

1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).

Manual do Docente.pmd 24/1/2008, 11:3233

Objetivos:

Compreender o conceito de Gestão Clínica;•

Conhecer as ferramentas ou instrumentos tecnológicos no cuidado • clínico;

Relacionar os conceitos e as ferramentas com a condução dos casos • clínicos pelas equipes.

Desenvolvimento:

Apresentar a atividade, destacando sua duração e etapas que a • compõem;

Formar pequenos grupos;•

Os grupos deverão discutir as seguintes questões (30 minutos):•

Qual a importância da Gestão Clínica? »

O que é Gestão Clínica? »

Quais os instrumentos da Gestão Clínica que você conhece? »

Discussão em plenária (30 minutos);•

Ler o• Texto 2 - Gestão Clínica: princípios, conceitos e proposições (30 minutos), destacando os pontos mais importantes.

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TEXTO 2 GESTÃO CLÍNICA: PRINCÍPIOS, CONCEITOS E PROPOSIÇÕES3

Gestão clínica: estratégia para a qualidade em saúde

O conceito de Gestão Clínica está intimamente relacionado à crescente e relativamente recente preocupação mundial com a qualidade na prestação de serviços na sociedade. Num sentido amplo, “Gestão Clínica” pode ser definida como “o dever da qualidade em saúde” [1], apontado pela Organização Mundial de Saúde já em 1983, no seu documento histórico, “Princípios da Garantia da Qualidade” [2]. Passados mais de 25 anos, muito mais que “garantir”, o desafio que se impõe é o de fomentar e sustentar a qualidade, numa agenda de esforços contínuos, que a Gestão Clínica quer facilitar.

No entanto, o próprio conceito de qualidade em saúde parece mais complexo do que em outras áreas da atuação humana. Isso porque a qualidade dos “produtos” das ações de saúde não são tão facilmente reconhecidos, nem medidos. Muitos indicadores de saúde dependem mais de variáveis econômicas e sociais, como a mortalidade infantil. Outras vezes, os indicadores são “macro” demais, e não podem orientar a percepção de qualidade que pode ser atribuída a um determinado prestador de cuidados à saúde. Outras vezes, um usuário satisfeito com o seu contato com o serviço de saúde, com a atenção e a solidariedade que encontrou pode ir para casa sem ter recebido as intervenções que poderiam fazer diferença para sua condição de saúde. A complexidade da definição da qualidade em saúde pode ser mais bem compreendida com o conceito de graus de excelência do cuidado [3], que pressupõe avanços e retrocessos em seis dimensões (Tabela 1).

FONTE: Material de apoio ao Projeto de Gestão Clínica nas Doenças Crônicas (SMSA, MS, OPAS e Hospital Albert Einstein)

3 - Texto elaborado valendo-se de adaptação do material de apoio do Projeto Gestão Clínica nas Doenças Crônicas, parceria SMSA, MS, OPAS, e Hospital Israelita Albert Einstein, que busca a implantação das linhas de cuidado das doenças crônicas com a incorporação de ferramentas da Gestão Clínica. Projeto em implantação na rede SUS-BH.

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Tabela 1

Qualidade na saúde: Dimensões da excelência clínica

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Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada

É importante notar que o desenvolvimento científico, tecnológico e econômico dos últimos anos não apenas facilitou, mas impôs desafios à conquista dos degraus da excelência clínica. Em outras palavras, o “progresso” nem sempre significa maior qualidade na saúde, conforme quadro abaixo (Quadro 1).

Desafios modernos à excelência clínica

Quanto mais recursos, mais gastos e, com frequência, menos •

qualidade e mais risco.

Recursos, procedimentos e intervenções são utilizados só porque •

estão disponíveis, não porque realmente fazem a diferença

(“consumismo” em saúde).

Os que mais precisam de cuidados tendem a receber o cuidado de •

pior qualidade.

Os cidadãos têm direitos iguais, mas a qualidade do cuidado à •

saúde é muito heterogênea.

O modelo assistencial é centrado no médico, com o paciente e a •

equipe interdisciplinar em segundo plano.

Uma parcela pequena dos cidadãos, que inclui muitos idosos, gasta •

a maior parte dos recursos da saúde.

Recursos especializados de alto custo e que beneficiam poucos •

devem estar concentrados, mas o acesso a eles nem sempre é

garantido aos que mais precisam.

QUADRO 1: Desafios modernos à excelência clínica.FONTE: Adaptado de Mendes, Plano Diretor da Atenção Primária, SES, 2009.

Em diversos países, a Gestão Clínica tem se mostrado uma estratégia

eficiente na promoção da qualidade do cuidado. O substantivo gestão

significa o ato ou o modo de governar ou de administrar, em outras

palavras, as decisões e ações para coordenar os meios para se atingir um

fim, um objetivo. Já o adjetivo “clínica” substitui a expressão “centrada no

paciente” e diz respeito ao encontro de qualquer profissional de saúde

da ponta com um paciente e na interação produtiva que ali ocorre.

Portanto, fazer Gestão Clínica significa tomar decisões e agir utilizando

de todos os meios para atingir o fim, o objetivo principal: a qualidade

clínica, que significa efetividade - fazer diferença - no atendimento das

demandas dos pacientes, que buscam sofrer menos, internar menos,

viver mais e melhor. Para a gestão clínica, todos os agentes envolvidos

seja eles profissionais de apoio, seja profissionais da ponta assistencial,

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Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada

seja gestores em todos os níveis, devem estar alinhados nesse mesmo

objetivo. Todos podem e devem fazer Gestão clínica quando administram

ou gerenciam o seu tempo, os seus investimentos pessoais em aprendizado,

a sua motivação, os recursos materiais ou humanos, o jeito de trabalhar, a

organização dos processos do dia a dia.

A gestão clínica quer deflagrar processos de descentralização progressiva,

promovendo a maior autonomia e responsabilidade dos profissionais de

saúde, de tal forma que os melhores resultados positivos para os pacientes

sejam reconhecidos como conquista de todos.

Os pilares e os princípios que sustentaram as experiências de Gestão

Clínica em diferentes países são sintetizados no Quadro 2.

Pilares e princípios da Gestão Clínica

PILARES PRINCÍPIOS

EFETIVIDADE CLÍNICA:• Uso eficiente da • informação

Avaliação da performance • clínica para MELHORAR

Desenvolvimento • profissional CONTÍNUO

GERENCIAMENTO DE •

RISCO E CULTURA DA

SEGURANÇA DO

PACIENTE

VALORES E •

ENVOLVIMENTO DO

PACIENTE - USUÁRIO

QUADRO 2: Pilares e princípios da Gestão Clínica.FONTE: Material de apoio ao Projeto de Gestão Clínica nas Doenças Crônicas (SMSA, MS, OPAS e Hospital Albert Einstein).

1. O que realmente importa – objetivo e foco maior – são os resultados para o paciente.

2. As lideranças clínicas devem promover envolvimento para a pactuação de responsabilizações.

3. Dados e informação devem ser utilizados para orientar ações.

4. A promoção da qualidade deve ser auto-sustentável.

5. A abordagem de problemas e desafios deve ser sistêmica e não focada em indivíduos ou na busca por culpados.

6. Uma forte cultura do aprendizado, a partir das demandas, erros e falhas deve ser disseminada.

7. Parcerias devem ser estabelecidas para que objetivos específicos sejam atingidos.

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Efetividade clínica e responsabilização

Efetividade clínica é a medida do efeito de intervenções específicas sobre seu objetivo, o de manter e melhorar a saúde, garantindo aos pacientes o maior ganho em saúde com os recursos disponíveis. Para a Gestão Clínica, esse efeito é fruto do trabalho de profissionais individuais que atuam em equipes, que operam em redes, dentro de um sistema. Com essa premissa, a Gestão Clínica foi definida como “responsabilização corporativa pela performance clínica” [7]. Mas o que é responsabilização?

Um autor a definiu como uma pirâmide de atributos, com a competência na sua base [8]. (Figura 1) - O pressuposto é o de que, sem competência, não há como assumir responsabilidades. Assim, um profissional competente (com seus conhecimentos, habilidades e atitudes) assume responsabilidades no cuidado de seus pacientes, seja diretamente, seja através do apoio ou da gestão.

De outra forma, os pacientes demandam a competência dos profissionais, que assumem responsabilidades com a autoridade conferida pelos gestores e pelos próprios pacientes, na sua autonomia, verdadeiros parceiros e corresponsável no cuidado.

Mas, para falar de responsabilização é preciso chegar a efeitos ou resultados. Esses podem acontecer aquém, dentro, ou além do esperado. Quaisquer que sejam os resultados, a competência dos profissionais passa a ser apenas a base (meio) para se chegar ao fim - resultados, ou efetividade clínica. Responsabilização pressupõe, então, prestação de contas dos resultados. No entanto, sabemos que iniciativas de cunho fortemente administrativo, que vêm de cima para baixo, e focadas em quantitativos numéricos, metas de produção de procedimentos e contenção de gastos, desmotivam e frustram os profissionais clínicos e pouco contribuem para a promoção da qualidade [9].

Ao invés disso, a Gestão Clínica propõe uma cultura de responsabilização pela qualidade a partir da consciência organizacional - que quer dizer “sentir-se parte” da equipe unida, envolvida e motivada, por um objetivo comum para profissionais, equipes e pacientes. Tal premissa está presente nas experiências de cogestão e nos contratos internos de gestão propostos

pela Política Nacional de Humanização [10, 11].

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FIGURA 1: Responsabilização por resultadosFONTE: Bergman, 1981

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De outra forma, efetividade clínica e responsabilização podem ser melhor

entendidas se você, a pessoa certa, faz a coisa certa, da forma certa (com

suas habilidades, competência e em equipe), na hora certa (tratamento,

serviços, cuidado quando o paciente precisa), no local certo (centro de

saúde, hospital ou outro ponto de atenção da rede assistencial bem

articulada), com o resultado certo ou esperado.

Ferramentas que facilitam a efetividade clínica: diretrizes, linhas de

cuidado, gerenciamento de doença e gerenciamento de casos

Precisamos de referências para nos guiar na tomada de decisões que

permitem implementar ações efetivas. De outra forma, como saberemos

se estamos fazendo a coisa certa, aquilo que faz diferença para os nossos

pacientes? O quadro abaixo sintetiza conceitos-chave para responder a

essa demanda.

De modo prático, existem pacientes parecidos, que têm determinada

condição de saúde, como aqueles com diabetes, hipertensão arterial ou

insuficiência cardíaca. Um enorme conhecimento científico foi acumulado

para cada uma dessas condições. As diretrizes baseadas em evidências

sintetizam o conhecimento que é realmente relevante para os pacientes.

Esse conhecimento é apresentado de modo claro e objetivo, na forma de

recomendações para o que deve ser feito e o que deve ser evitado. Com

essa base, ações coordenadas podem ser planejadas e executadas, de tal

forma que recursos sejam otimizados e mais pessoas sejam beneficiadas,

sem perder de vista a singularidade de cada paciente. As diretrizes servem

para orientar toda a equipe e os próprios pacientes.

Linhas de cuidado, gerenciamento de doença (ou condição de saúde)

e gerenciamento de caso (LC e GDC) dizem respeito a estratégias para

o cuidado integral coordenado desses grupos de pacientes com base

em diretrizes e se aplicam, particularmente, às doenças crônicas. Tais

estratégias devem dar respostas para todas as fases que um indivíduo

atravessa durante a evolução de sua doença ou condição de saúde, desde

a prevenção até os cuidados no fim de sua vida. O paciente é o centro das

LCs e do GDC e deve ser envolvido e apoiado para a sua participação e para

o autocuidado. Pacientes que recebem apoio e se cuidam bem ajudam a

si mesmos.

Ao fazer isso, também permitem que a equipe possa ter mais tempo para

ajudar os pacientes que precisam de mais ajuda, através do gerenciamento

de casos. Este pode ser entendido como um plano interdisciplinar de

cuidados para os pacientes que demandam mais, pelo seu alto risco e

complexidade. Esse é coordenado, geralmente, por um profissional de

enfermagem.

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Para que os pacientes realmente sejam incluídos nas linhas de cuidado

e se beneficiem do gerenciamento de doença e do gerenciamento de

casos, eles precisam ser conhecidos pela equipe. Isso pode ser conseguido

através de listas atualizadas de pacientes portadores de uma doença,

estratificados pelo seu risco e gravidade - os registros de pacientes. Desta

forma, a equipe passa a utilizar essa lista para conhecer a demanda dos

pacientes, o que orienta o gerenciamento das estruturas, dos recursos,

incluíndo as competências individuais, dos processos, e também o trabalho

em equipe e as articulações com a rede.

Diretrizes clínicas são proposições desenvolvidas sistematicamente

e sintetizam o melhor conhecimento para ajudar os profissionais e os

pacientes a decidir sobre as intervenções adequadas para determinadas

circunstâncias e condições clínicas [12].

Linhas de cuidado são planos multidisciplinares de cuidado integral,

aplicados em um momento apropriado, para ajudar os pacientes com uma

condição específica a “atravessar” etapas clínicas, visando a resultados

positivos [13].

Gerenciamento de doença (ou condição de saúde) e gerenciamento de

casos estão relacionados com o planejamento e a execução das linhas

de cuidado das doenças crônicas a partir da estratificação dos pacientes

pela sua necessidade de cuidado; os que demandam menos recebem

apoio para o autocuidado, e os mais graves recebem cuidado mais

intensivo pelos profissionais, tendo em vista um planejamento da oferta

dos recursos da rede [22,23].

Auditoria clínica: medir a performance para melhorar

Na busca da efetividade clínica, precisamos de uma medida objetiva

de como realmente estamos na nossa performance. Como tem sido o

cuidado dos pés dos nossos pacientes diabéticos, por exemplo? Os nossos

pacientes com insuficiência cardíaca estão recebendo os medicamentos

que evitam crises, internações e prolongam a vida, com melhor qualidade?

Sabendo como estamos, podemos planejar e pactuar recursos (como o

tempo), processos na equipe e articulações com a rede, para atingirmos

o padrão almejado. Com esse objetivo, a Gestão Clínica utiliza-se da

auditoria clínica.

Com a auditoria clínica, dados sobre o nosso desempenho num aspecto

peculiar do cuidado de um grupo específico de pacientes nossos levam

à ação que nos aproxima de um patamar de qualidade que podemos

alcançar.

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Portanto, não estamos falando de um instrumento de fiscalização de

fraudes, de punição de culpados, de regulação de acesso ou de burocracia,

sem feedback para quem está na ponta. É esse feedback que deve fortalecer

os agentes da mudança no aprimoramento da qualidade. Experiências

mostram que a auditoria clínica pode beneficiar principalmente aqueles

que mais precisam melhorar, quando esses recebem o feedback adequado

sobre sua performance [17].

PONTOS-CHAVE:

Gestão Clínica não é responsabilidade apenas dos gestores, nem •

centrada no médico; não é burocracia nem estratégia de redução de

custos.

Para a Gestão Clínica o trabalho em equipe significa responsabilização •

individual e coletiva pela efetividade clínica.

Efetividade clínica refere-se aos resultados alcançados em relação •

aos resultados que deveriam ser atingidos, utilizando padrões de

qualidade, na Prática Baseada em Evidências.

Linhas de cuidado, gerenciamento de doença e gerenciamento de •

casos dizem respeito a ações coordenadas e planejadas voltadas para

o cuidado integral de pacientes com condições específicas. Tais ações

são orientadas por diretrizes baseadas em evidências.

Profissionais motivados dedicam-se à Gestão Clínica quando pensam •

criticamente sobre o que fazem e buscam o aprendizado pelo resto da

vida: novos conhecimentos e habilidades para atender às demandas

dos pacientes.

Gerenciamento de risco e cultura da segurança do paciente

Qualidade e segurança na saúde são conceitos inseparáveis. Embora o

desejo de fazer o bem pressuponha o de “primeiro não fazer mal”, princípio

ético atribuído a Hipócrates, a realidade mostra que a segurança não está

garantida na assistência à saúde. Na perspectiva dos pacientes, procurar o

serviço de saúde pode também significar correr riscos.

Hoje, casos graves que resultam em processos jurídicos contra profissionais

e instituições de saúde estão frequentemente na mídia. Mas a iatrogenia,

entendida como danos resultantes da assistência à saúde, acontece no dia

a dia, e inclui desde reações alérgicas graves e outras complicações que

poderiam ser evitadas até omissões que podem também causar danos.

Estimativas da Organização Mundial de Saúde [19] sugerem que 1 em cada

300 pacientes sofre algum dano resultante de intervenções no processo

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de assistência à saúde, no hospital ou na comunidade. Esses danos podem

vir de diagnósticos tardios, causa frequente no cuidado primário, de

prescrições potencialmente danosas (3-5% delas, em alguns estudos), de

infecções ou de erros de comunicação [20]. Os custos de tais danos são

enormes.

Tal situação impõe o desafio de salvar vidas a partir do aprendizado com

os erros, ou melhor, com eventos significativos relacionados à segurança

do paciente, ou eventos sentinela. Esses são eventos não intencionais, não

importando o quanto trivial ou comum, que poderiam ou que realmente

causaram danos ao paciente [20]. Para aprender com erros, é necessária

uma cultura de transparência e de segurança do paciente, que permite

um gerenciamento de risco sustentável. Isso significa bem mais que uma

postura reativa [19], como as medidas que são tomadas em resposta à má

prática por conselhos profissionais ou comitês de ética.

Há duas abordagens diante de danos reais ou potenciais aos pacientes. A

primeira é uma abordagem individual, centrada na busca por culpados e na

punição da negligência, do deslize ou da fraqueza moral. Já a abordagem

sistêmica dos incidentes se concentra no entendimento das condições

em que os indivíduos trabalham, muitas delas “latentes”, verdadeiras

armadilhas para eventos que ameaçam os pacientes. A compreensão das

condições latentes e das falhas ativas permite o aprendizado com o erro.

Este permite que barreiras sejam construídas no caminho, para prevenir

que o mesmo erro ocorra com outros pacientes.

PONTOS-CHAVE:

Eventos significativos relacionados à segurança do paciente ou •

eventos-sentinela são aqueles que fogem de um padrão aceitável e

significam dano real ou potencial ao paciente.

A cultura da segurança torna os eventos-sentinela desafios para •

melhorar, e não motivos de culpa e vergonha, que precisam ser

escondidos.

Fazer auditoria clínica significa rever objetivamente a nossa •

performance para melhorar.

Gestão Clínica e microgestão para a qualidade

No Brasil é comum a utilização da expressão “gestão da clínica”, que foi

descrita como: “a aplicação de tecnologias de microgestão dos serviços

de saúde com a finalidade de assegurar padrões clínicos ótimos, de

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aumentar a eficiência, de diminuir os riscos para os usuários e para os

profissionais, de prestar serviços efetivos e de melhorar a qualidade da

atenção à saúde” [21]. O foco na microgestão e a finalidade nos padrões

clínicos ótimos deixam clara a essência comum. Também as ferramentas

propostas refletem as semelhanças: diretrizes clínicas, gerenciamento

de grupos de pacientes com problemas comuns (condição de saúde ou

doença), gerenciamento de casos e auditoria clínica.

Gestão Clínica no cuidado primário

No cuidado primário, podemos aprender com várias experiências bem-

sucedidas que permitiram identificar os componentes-chave para

incorporar a Gestão Clínica no dia a dia do Centro de Saúde:

Liderança clínica efetiva, que motiva e une a equipe no alinhamento de •

objetivos e metas.

Capacidade e competência na prestação de serviços.•

Gerenciamento proativo do risco (para pacientes e profissionais).•

Informação inteligente (coleta e utilização na clínica).•

Envolvimento nas auditorias clínicas multiprofissionais.•

Envolvimento dos pacientes e da comunidade no planejamento do •

serviço.

Promoção da qualidade a partir da experiência do paciente.•

Promoção de melhorias a partir de reclamações.•

Promoção de melhorias valendo-se de lições de eventos relacionados à •

segurança do paciente.

PONTO-CHAVE:

A Gestão Clínica não acontece sem liderança e envolvimento nos •

Centros de Saúde.

Conclusão

Em síntese, todo ato de gerir - e todos nós gerenciamos algo, como, por

exemplo, o nosso tempo e as nossas prioridades, esta inserido na Gestão

Clínica, quando o paciente é o centro das nossas ações, para quem

buscamos a efetividade clínica. Podemos pensar em gerenciamento de

doença (se estamos com foco nos pacientes diabéticos, por exemplo), de

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casos (se nos ocupamos daqueles que mais precisam de cuidados, como

aqueles pacientes com insuficiência cardíaca que acabaram de receber

alta do hospital), de filas, de fluxos, de pessoal, da educação permanente

e tantos outros gerenciamentos. Fazemos Gestão Clínica quando o nosso

foco é no paciente.

Mas, talvez, a melhor síntese esteja em um desafio, o de promover uma

cultura e um ambiente favoráveis à responsabilização pela segurança e

qualidade na saúde. Esse desafio passa, necessariamente, pela construção

de verdadeiras pontes essenciais, entre clínicos e gestores, entre clínicos

e pacientes, médicos e enfermeiros, entre conhecimento e performance,

entre atenção primária e secundária e tantas outras. Portanto, podemos

dizer também que a Gestão Clínica tem o desafio de construir pontes.

PERGUNTAS-CHAVE:

EFETIVIDADE CLÍNICA:

Que referências utilizamos para tomar as nossas decisões e • implementar as nossas ações?

Como é que sabemos se realmente estamos fazendo aquilo que faz a • diferença para os nossos pacientes?

GERENCIAMENTO DE RISCO E SEGURANÇA DO PACIENTE:

Como podemos reduzir as chances de coisas ruins acontecerem?•

Como podemos aprender com eventos-sentinela que tenham ou não • causado danos?

FOCO NO PACIENTE E ENVOLVIMENTO DA COMUNIDADE

Que experiência real os pacientes têm desse serviço?•

O serviço é seguro e efetivo nas suas ações?•

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REFERÊNCIAS:

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4. WESTERN Australia Clinical Governance Guidelines. Disponível em: <http://www.safetyandquality.health.wa.gov.au/docs/clinical_gov/1.2%20Clinical%20Governance%20Guidelines.pdf>

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13. CAMPBELL, H. et al. Integrated care pathways. BMJ, n. 316, p. 133-7, 1998.

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15. WU, S.Y.; Pearson, M. L.; KEELER, E. B. Sustainability and spread of chronicillness care improvement. Disponível em: <http://www.rand.org/health/projects/icice/improve_illness.html>.

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20. BHASALE, A. L. et al. Analysing potencial harm in Australian general practice: an incident-monitoring study. Med. J. Aust., n. 169, p. 73-6, 1998.

21. MENDES, Eugênio Vilaça. As redes de atenção à saúde. Belo Horizonte: ESP-MG, 2009.

22. MIDWEST BUSINESS GROUP ON HEALTH. JURAN INSTITUTE. Reducing the cost of poor-quality

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Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada

health care through responsible purchasing leadership. BMJ, n. 324, p. 1478, 2002.

23. Wagner EH, Austin BT, Von Korff M. Organizing care for patients with chronic illness. Milbank Quarterly, v. 74, n. 4, p. 511-44, 1996.

24. SCALLY, G.; DONALDSON, L. Clinical governance and the drive for quality improvement in the new NHS in England. BMJ, n. 317:p. 61-65, 1998.

Objetivo:

Relacionar os conceitos e as ferramentas com a condução dos casos • clínicos pelas equipes.

Desenvolvimento:

Formar pequenos grupos;•

Cada grupo deverá relacionar o texto 2 com o Estudo de Caso do Sr. • Tarcísio (pág. 9) a partir das seguintes questões (60 minutos):

No caso do Sr. Tarcísio, quais ferramentas de Gestão Clínica poderiam »ter sido utilizadas?

Com base na Gestão Clínica, como seria a responsabilização e o cuidado »clínico no caso do Sr. Tarcísio?

Quais os resultados esperados, caso o Sr. Tarcísio fosse abordado por »meio da Gestão Clínica?

Discussão em plenária (30 minutos);•

Sistematizar a atividade com a turma, recuperando os conceitos mais • importantes (15 minutos).

ATIVIDADE VI – A GESTÃO CLÍNICA: CONDUÇÃO DE CASOS CLÍNICOS

Tempo estimado: 1 hora e 45 minutos

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CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE

ATENÇÃO

Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.

ATIVIDADE 6: Pré-Teste

30 minutos

Objetivo

Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.

Material

Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.

Desenvolvimento

1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;

2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;

3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.

Fechamento

Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades

AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1

Nome: ____________________________________________________Turma: _______

Município: __________________________________________________GRS: _______

Leia com atenção o seguinte caso:

1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).

Manual do Docente.pmd 24/1/2008, 11:3233

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Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada

2º DIA

Objetivo:

Abordar as diretrizes institucionais para implantação do processo de • gestão clínica na rede de atenção à saúde de Belo Horizonte;

Apresentar as iniciativas em curso do projeto “Gestão Clínica” envolvendo • as equipes dos Centros de Saúde de Belo Horizonte;

Descrever a relação entre Gestão Clínica, programação e abordagem das • condições crônicas nos Centros de Saúde;

Apresentar as principais características do processo de programação • local e experiências exitosas;

Abordar a importância da programação local para o cotidiano e a • organização do processo de trabalho das equipes de saúde.

Desenvolvimento:

Painel no auditório: exposição dialogada com todos os participantes da • Oficina;

O Painel contará com representantes e convidados que abordarão os • temas relacionados aos objetivos dessa iniciativa;

Cada apresentador fará a apresentação do tema; deve ser reservado de • 40 a 60 minutos para discussão com os participantes.

Objetivo:

Realizar alinhamento conceitual sobre a programação local;•

Discutir a importância da programação local para a organização das • agendas;

ATIVIDADE VII – A ORGANIZAÇÃO DA ATENÇÃO PROGRAMADA

Tempo estimado: 2 horas

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CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE

ATENÇÃO

Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.

ATIVIDADE 6: Pré-Teste

30 minutos

Objetivo

Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.

Material

Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.

Desenvolvimento

1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;

2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;

3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.

Fechamento

Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades

AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1

Nome: ____________________________________________________Turma: _______

Município: __________________________________________________GRS: _______

Leia com atenção o seguinte caso:

1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).

Manual do Docente.pmd 24/1/2008, 11:3233

ATIVIDADE VIII – PROGRAMAÇÃO LOCAL: CONCEITOS E IMPORTÂNCIA PARA AS EQUIPES DE SAÚDE

Tempo estimado: 1 hora e 30 minutos

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CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE

ATENÇÃO

Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.

ATIVIDADE 6: Pré-Teste

30 minutos

Objetivo

Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.

Material

Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.

Desenvolvimento

1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;

2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;

3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.

Fechamento

Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades

AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1

Nome: ____________________________________________________Turma: _______

Município: __________________________________________________GRS: _______

Leia com atenção o seguinte caso:

1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).

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Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada

Introduzir a ideia de monitoramento e contratos internos de gestão.•

Desenvolvimento:

Retomar a discussão do auditório com a turma, reforçando os conceitos • de Gestão Clínica e agenda (30 minutos);

Formar pequenos grupos;•

Cada grupo deve nomear um coordenador e um relator;•

O grupo deverá abordar as seguintes questões:•

O que é programação?•

Qual é a sua importância?•

Como se faz programação?•

Cada relator apresentará as conclusões de seu grupo e, a seguir, o • facilitador conduzirá uma síntese destacando os pontos em comum e as divergências de cada grupo (20 minutos);

Ler o Texto 3: • Algumas considerações sobre a programação (15 minutos);

Sintetizar a atividade com a turma, reforçando os conceitos mais • importantes (15 minutos).

TEXTO 3 ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE A PROGRAMAÇÃO4

Nesta Oficina, estamos discutindo sobre a organização da atenção programada, e, para organizar essa atenção, o principal instrumento é a programação. Por isso, é necessário que façamos algumas considerações sobre essa importante ferramenta de trabalho das equipes da atenção primária.

Como dissemos na Oficina 4, a diferença entre a demanda espontânea e a programada é que nesta, temos tempo para planejar e programar como vamos atendê-la, ou seja, temos condição de fazer sua programação.

Para início de conversa, vamos considerar, por enquanto, planejamento e programação como a mesma coisa; porém, a rigor, existe uma diferença entre eles.

É preciso ter claro que o planejamento/programação é uma ação humana, inerente ao ser humano, fazemos isso “naturalmente”. Quem é que nunca planejou na vida? Fazemos isso o tempo inteiro. Planejamos nosso dia a dia, por exemplo, o que vamos fazer amanhã; uma viagem de férias; uma festa de aniversário, etc.

4 - Texto elaborado por Max André e colaboradores. Max André é médico sanitarista, integrante da equipe do Centro de Educação em Saúde da SMSA e do Grupo de Condução das Oficinas de Qualificação da Atenção Primária em Belo Horizonte.

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Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada

Aqui, podemos fazer outra consideração: nós planejamos não somente por uma questão de escolha, mas por necessidade. Podemos dizer que, de certa maneira, somos obrigados a planejar. Mas por que somos obrigados a isso? Basicamente, por dois motivos: primeiro, devido a escassez de recursos, ou seja, de maneira geral, nossos recursos são menores que nossas necessidades ou demandas. Por exemplo, a maioria de nós se vê obrigado a planejar/programar nosso orçamento doméstico, caso contrário, chegaremos ao final do mês com muitas contas para pagar. Isso porque nossa renda pode ser menor do que a quantidade de coisas que precisamos ou temos para pagar, não é mesmo? Em outras palavras, se somos responsáveis, precisamos organizar nosso orçamento, para não ficarmos em falta com nossas contas. Na linguagem gerencial, isto é uma questão de eficiência.

O segundo motivo é uma questão de eficácia, ou seja, para alcançarmos nosso objetivo. Aqui, cabe uma pergunta: podemos alcançar um objetivo sem planejar? Podemos, mas dependemos do acaso. O problema é que a chance de alcançarmos um objetivo, por sorte, é muito pequena.

E o inverso? Se planejarmos, teremos certeza de que nosso objetivo será alcançado? A resposta é não. O planejamento não nos dá certeza de nada, ele apenas aumenta a nossa chance de alcançar o objetivo.

Por exemplo, vamos pegar o caso do Amir Klink, o navegador, que atravessou a oceano Atlântico num barco a remo e aquele padre que resolveu viajar no balão. Um conseguiu seu objetivo e chegou bem ao destino, e o outro não. Podemos dizer, sem medo de errar, que houve uma diferença muito grande entre o planejamento de uma viagem e o da outra. Amir Klink ficou dois anos planejando e programando uma viagem de 100 dias, enquanto o padre, embora não saibamos em quantos dias ele planejou sua viagem, mas pela quantidade de falhas, podemos dizer, talvez, que não houve um bom planejamento. Aliás, essa é a nossa cultura, não gostamos muito de planejar as coisas, somos mais de “dar um jeitinho” ou de confiar em Deus, de que tudo vai dar certo.

Em síntese, queremos considerar, inicialmente, que o planejamento e a programação fazem parte de nossa vida e que são indispensáveis para a qualidade dela.

Obviamente que isso vale para o nosso trabalho. Devemos lembrar que, na última oficina, quando falamos do trabalho humano e comparamos com o trabalho animal, apontamos que o trabalho humano tem uma intencionalidade, que o homem é capaz de pensar o seu trabalho antes de realizá-lo, e, portanto, pode organizá-lo de maneiras diferentes? Pois é, isso é planejar e programar.

Portanto, assim como na nossa vida, em geral, no trabalho do Centro de Saúde, precisamos planejar e programar nossas ações. Nele, temos as mesmas dificuldades relacionadas à escassez de recursos, que, de maneira geral, são menores do que a necessidade e a demanda da população. Além disso, temos objetivos a ser alcançados. Se olharmos para o caso que foi apresentado nesta Oficina, veremos que o seu Tarcisio teve problemas no seu acompanhamento no Centro de Saúde e que os indicadores mostram que a equipe não está conseguindo alcançar seus objetivos. Portanto, isso

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Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada

demonstra que o processo de planejamento e programação precisa ser melhorado.

Nesta altura da conversa, provavelmente, você deve estar se perguntando: se o planejamento e a programação fazem parte do nosso cotidiano e é inerente ao ser humano, por que temos de vir para uma oficina de qualificação aprender a programar? Não seria uma incoerência aprender a fazer aquilo que já fazemos? A resposta é não. Uma coisa é planejar e programar coisas mais simples do nosso cotidiano. Outra coisa é programar a atenção da população da área de abrangência de um Centro de Saúde. Esta é uma programação muito mais difícil de ser feita.

Em geral, programamos nossas coisas do dia a dia de forma intuitiva, ninguém nos ensinou formalmente, aprendemos na vida, vendo os outros fazerem, ou por termos uma capacidade maior de organização, certo talento para isso. No entanto, para organizar o atendimento de um serviço de saúde, isso não basta. Um Centro de Saúde é uma organização complexa e temos de planejar e programar de forma sistemática, com método, senão corremos o risco de não dar certo, além de desperdiçarmos os recursos que são poucos.

O planejamento e a programação fazem parte de uma área de conhecimento na administração e da administração em saúde. Não podemos pensar na organização de nosso trabalho sem essa ferramenta. Temos de nos apropriar de método de planejamento e programação e este é o objetivo desta Oficina: criar competência e capacitar a equipe de saúde para programar e organizar sua agenda, a fim de dar conta da atenção programada e da demanda espontânea.

Antes de entrarmos no como fazer uma programação, precisamos falar do que é uma programação. Podemos definir o planejamento e a programação como uma ação pensada. Ou seja, é aquilo que podemos prever; portanto, podemos nos organizar, antes de fazer. Por exemplo, suponhamos que você tenha decidido fazer uma festa para comemorar o aniversário de seu filho. Você está planejando uma festa, antes de fazê-la. E a programação? Bom, uma vez decidido que você vai fazer a festa, você agora vai programá-la. Isto é, você vai dizer qual dia é melhor, o horário, o local da festa, o número de convidados, o que deverá ser servido e sua quantidade, a música, a decoração e assim por diante.

Resumindo, o planejamento é um raciocínio que realizamos antes de fazer alguma coisa. O contrário do planejamento é o improviso, porque fomos pegos de surpresa. Essa situação é chamada de “imprevisto”. Vamos supor que você tenha planejado e programado uma festa para 50 pessoas e apareceram 80, aí você, se não se preparou para isso, terá que improvisar.

E a programação? Podemos dizer que, dentro do planejamento, a programação é aquele momento em que vamos fazer os cálculos, para saber o como: quais as ações, para quantas pessoas, quando, quem fica responsável, com que recursos, etc.

Para isso, precisamos de parâmetros. Por exemplo, para sabermos a quantidade de salgados e doces, podemos usar como parâmetro 10 unidades de salgados e 5 unidades de doces por pessoa. Como se chegou a esse

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Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada

parâmetro? Provavelmente, pela experiência.

Assim também será no Centro de Saúde. Teremos que decidir como nos organizar para atender todos os hipertensos, os diabéticos, as crianças, os idosos, as mulheres, os doentes mentais, etc. Por exemplo, em relação aos usuários hipertensos, precisamos conhecer quantos hipertensos esperamos encontrar na nossa área; quantos deles serão hipertensos graves, moderados e leves. A partir disso, a equipe vai programar quantas consultas médicas, de enfermagem, grupos operativos, visitas domiciliares e outras ações terão que oferecer a esses hipertensos, para poder acompanhá-los. Ao final calcula quanto tempo os profissionais do Centro de Saúde terão que reservar na sua agenda, para fazer estes atendimentos.

Uma vez feito tais cálculos, a equipe poderá definir sua meta em relação à cobertura e ao acompanhamento de seus hipertensos. Essa meta poderá ser progressiva, ao longo dos anos, considerando aquilo que é possível fazer. Tudo isso precisa ser feito para que a equipe organize sua agenda.

Outra consideração importante é que, para que a equipe faça sua programação, é imprescindível o uso dos protocolos, pois, são eles que dizem o que tem de ser feito para a equipe acompanhar os hipertensos e são eles que também contêm os parâmetros para a programação.

Temos que considerar também a necessidade do uso da informática na elaboração dessa programação. Fazer todos estes cálculos “na mão” seria muito trabalhoso; portanto, precisamos utilizar o computador para nos ajudar. Assim, usaremos uma planilha de cálculo, de modo que, ao definirmos os parâmetros e a nossa população, ela fará o cálculo para nós.

Por fim, cabe dizer que, feita essa programação e organizada a agenda, se criam as condições para se fazer a pactuação entre os diferentes níveis da Secretaria de Saúde e com os Conselhos de Saúde. Ou seja, entre os níveis locais e distritais e estes e o nível central.

Essa pactuação deverá contemplar as metas de cobertura e acompanhamento da população das áreas de abrangência, bem como pactuar o que precisa ser feito para se atingirem estas metas, que seriam indicadores de processo.

Uma vez pactuadas e contratadas as metas, os indicadores serão monitorados e acompanhados por todos os níveis, para ver se o que foi combinado está ou não sendo cumprido. Tudo isso será discutido na Oficina 6.

Acreditamos que, desta forma, estaremos dando um passo importante na qualificação da nossa atenção primária. Considerando o conhecimento da população, o cadastro atualizado, o diagnóstico local, a Gestão Clínica e a programação, teremos a possibilidade de organizar a agenda das equipes, de forma a aproveitar melhor os recursos e a atingir melhores resultados (Figura 1).

Com certeza, todo esse esforço não será uma panaceia para todos os problemas, mas, sem dúvida, poderá amenizar e melhorar alguns deles, ajudando na caminhada para construirmos juntos um sistema de saúde melhor para os trabalhadores e a população.

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Ofi cinas de Qualifi cação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Ofi cina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada

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Objeti vo:

Compreender as fases e o método de cálculo para programação local • tendo como exemplo a hipertensão arterial;

Compreender a importância dos dados e das informações para a • programação local.

Desenvolvimento:

Apresentar a ati vidade, destacando sua duração e as etapas que a • compõem;

Formar pequenos grupos;•

Cada grupo deve nomear um relator.•

1ª Parte:•

Cada grupo deverá responder às questões propostas (30 minutos); »

Em seguida, socializar com todo o grupo (20 minutos). »

2ª Parte:•

*Contratos Internos de Gestão

FIGURA 1 - Etapas para organização da demanda espontânea e atenção programada

ATIVIDADE IX – PROGRAMAÇÃO LOCAL: PROGRAMAÇÃO DAS AÇÕES PARA A HIPERTENSÃO ARTERIAL

Tempo esti mado: 1 hora e 45 minutos

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CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE

ATENÇÃO

Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.

ATIVIDADE 6: Pré-Teste

30 minutos

Objetivo

Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.

Material

Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.

Desenvolvimento

1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;

2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;

3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.

Fechamento

Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades

AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1

Nome: ____________________________________________________Turma: _______

Município: __________________________________________________GRS: _______

Leia com atenção o seguinte caso:

1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).

Manual do Docente.pmd 24/1/2008, 11:3233

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Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada

Cada grupo deverá preencher o quadro de acordo com os dados »apresentados (20 minutos);

Em seguida, o relator de cada grupo deverá apresentar o resultado »do trabalho (20 minutos).

Ler o restante do texto (Pensando na Agenda) e sintetizar a atividade »com a turma, destacando os pontos importantes relacionados ao método apresentado para a programação local e como se relaciona com a atividade que se dará no período de dispersão (15 minutos).

1ª Parte:

Programando o acompanhamento dos portadores de Hipertensão Arterial da área de abrangência da ESF1 do Centro de Saúde Carmópolis5

Esta atividade pretende motivá-lo a refletir e a preparar-se para abordar o acompanhamento dos pacientes hipertensos adscritos ao seu Centro de Saúde. Discutiremos sobre ações que têm um enorme potencial de prevenção de problemas sérios como acidente vascular cerebral, insuficiência cardíaca, infarto agudo do miocárdio, insuficiência renal e outras, altamente prevalentes em nosso meio, além de poder detectar e abordar precocemente os fatores de risco para essas complicações. Além disso, esse tema introduz um importante conceito na organização dos serviços, que é a vigilância à saúde das pessoas. Por fim, entendemos que essas ações possibilitam o desenvolvimento de habilidades necessárias a todo profissional de saúde que atua na atenção primária, como a comunicação adequada com a população, o conhecimento da realidade de saúde, sociocultural e psicossocial da comunidade em que atua, e, por isso, essas ações são consideradas estruturantes da assistência à saúde do adulto.

É importante que você programe algum tempo para discutir com sua equipe as atividades que serão propostas ao longo do estudo. Você também precisará levantar dados sobre a comunidade em que atua. Procure conhecer suas possíveis fontes de informação e comece a mobilizar sua equipe para ajudá-lo. Esperamos que, ao final desse exercício, você tenha contribuições concretas a dar na organização do atendimento aos usuários hipertensos de sua área de abrangência.

Refletindo sobre a organização das ações da equipe de saúde: o diagnóstico do processo de trabalho atual e a definição de metas

Para planejar as ações de saúde, de modo geral, é necessário considerar alguns aspectos. Em relação à Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS):

A equipe conhece todos os moradores hipertensos da sua área? »

A equipe já desenvolve alguma ação planejada para os portadores »de HAS de sua área? Qual? Quem são os responsáveis?

Como é a programação atual da agenda da equipe para esse »acompanhamento?

O acompanhamento dos usuários hipertensos segue o protocolo? »

5 - Texto elaborado por Zeina Soares Moulin, médica de família e pediatra da SMSA, atualmente na GERSA Centro-Sul.

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Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada

Como a equipe avalia o impacto dessas ações na saúde dos usuários »hipertensos?

Dentro da sua realidade e governabilidade, o que poderia ser feito para »melhorar o processo de trabalho e alcançar melhores resultados?

Na Oficina 4, você deve ter refletido e discutido com a equipe questões como:

Como compatibilizar o atendimento de pacientes com problemas »agudos e o acompanhamento adequado das condições prioritárias, com os usuários hipertensos?

2ª Parte:

O acompanhamento da população portadora de Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS)

Hipertensão arterial sistêmica (HAS) é a mais frequente das doenças cardiovasculares, acometendo cerca de 35% da população brasileira acima de 40 anos. O controle da HAS é geralmente insatisfatório pelo curso assintomático na maior parte dos casos, subdiagnóstico e tratamento inadequado, além da baixa adesão por parte dos pacientes.

O acompanhamento dos usuários hipertensos é um eixo integrador na organização da atenção à saúde do adulto pelo grande número de portadores que demandam atendimento, pela importância da adesão ao tratamento e pela necessidade de mudanças de hábitos de vida e do autocuidado. No entanto, frequentemente os profissionais de saúde se deparam com dificuldades objetivas para implementar essas ações.

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PA limítrofe - é aquela cuja PASistólica está entre 130-139 e a PADiastólica entre 85-89mmHg.HAS Estágio 1 - PAS entre 140-159 e PAD entre 90-99.HAS Estágio 2 - PAS entre 160-179 e PAD entre 100-109HAS Estágio 3 - PAS entre ≥180 e PAD entre ≥110 Fonte: Protocolo de HAS/risco cardiovascular

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Estágio 1Hipertensão

Estágio 2Hipertensão

Estágio 3

Sem fatores de risco adicionais

Sem risco adicional

Sem risco adicional

Risco BaixoRisco

ModeradoRisco Alto

1 a 2 fatores de risco adicionais

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ModeradoRisco

ModeradoRisco

ModeradoRisco Alto

3 ou mais fatores de risco adicionais

Risco Alto Risco Alto Risco Alto Risco Alto Risco Alto

FONTE: 2007 ESH/ESC Guidelines - Adaptado

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Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada

Esperamos que, ao final dessa atividade, você compreenda a importância de:

Conhecer a proporção de adultos hipertensos esperados de sua área »de abrangência,

Realizar a estratificação de risco cardiovascular global de todos »os hipertensos segundo os níveis de PA e o risco cardiovascular global, utilizando a identificação de fatores de risco para doenças cardiovasculares e a presença de lesões de órgão-alvo e condições clínicas associadas;

Planejar as ações da equipe, de modo a promover o acompanhamento »adequado dos usuários hipertensos sob sua responsabilidade, com base no conhecimento da estratificação de risco cardiovascular global desse grupo populacional;

Atender, registrar no protocolo do SISREDE e analisar o »acompanhamento realizado;

Intervir oportuna e adequadamente nos casos de controle »insatisfatório.

PLANEJAR E PROGRAMAR É PRECISO...

Começaremos agora a montar um planejamento específico para as ações de saúde do adulto em uma área de abrangência. O primeiro passo é levantar algumas informações que ajudam a dimensionar o “problema”. É importante registrar, organizar e guardar essas informações, já que elas serão a sua referência para avaliar o sucesso de suas intervenções. Procure envolver todos os membros da sua equipe – médico, enfermeiro, auxiliares de enfermagem e agentes comunitários de saúde – não só no levantamento das informações necessárias, mas também na elaboração e implementação das propostas, ou seja, procure construir coletivamente um planejamento das ações.

Como exercício, usaremos os dados populacionais da Equipe de Saúde da Família 1 do CS Carmópolis. Nesta atividade, faremos uma simulação que permite o planejamento das ações, como:

Quantos adultos com 25 anos ou mais moram na área de »abrangência?

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Lembre-se... Planejar implica:Conhecer a realidade atual em que você atua.Definir claramente o que se deseja fazer.Prever o que deve ser feito para alcançar os objetivos propostos.Utilizar os recursos existentes da melhor forma para concretização dos objetivos.Avaliar os resultados obtidos.

Fonte: OPAS, 2000

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Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada

Quantos hipertensos são esperados nessa população? »

Quantos hipertensos, segundo o risco cardiovascular, são »esperados?

Agora vamos partir para a programação das atividades previstas, considerando o número de hipertensos, o grau de risco, o número de consultas médicas e de enfermagem e as ações coletivas/grupos operativos, sabendo que o protocolo propõe:

Reveja as informações que você já levantou e identifique aquelas que • ainda lhe faltam para que você possa programar o acompanhamento dos hipertensos.

Calcule qual seria a necessidade de atendimentos para acompanhar • sistematicamente todos os hipertensos, segundo o protocolo.

Analise criticamente os seus cálculos e discuta com a equipe que • tipo de atendimento vocês terão condições de realizar e quem poderá se responsabilizar por eles para que o calendário mínimo seja cumprido.

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Prevalência esperada de HAS em BH: 25,8% da população entre 25 e 59 anos; 52,5% para >60anos. Fonte: Ficha de qualificação dos indicadores

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FONTE: Protocolo de HAS/risco cardiovascular

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Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada

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Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada

Com essas informações, você poderá identificar também aqueles usuários hipertensos cuja saúde está em situação de maior risco e que precisarão de uma atenção especial da equipe do Centro de Saúde ou até de acompanhamento especializado.

Existem várias modalidades de atendimento. Cada uma cumpre objetivos específicos e poderá ser realizada por diferentes profissionais da equipe de saúde, de acordo com sua formação, suas habilidades pessoais, sua disponibilidade, etc. A utilização das várias modalidades de atendimento é uma excelente estratégia de abordagem, pois permite envolver toda a equipe no acompanhamento do hipertenso, possibilita uma abordagem integral da saúde e ajuda a equacionar a agenda dos profissionais. A escolha das modalidades de atendimento dependerá, então, das características da população assistida pela equipe, mas, também e principalmente, das características da própria equipe.

As atribuições a serem desenvolvidas por cada profissional da equipe para um acompanhamento qualificado dos usuários hipertensos estão descritas no protocolo de hipertensão arterial sistêmica preconizada pela SMSA e devem servir como norteador das ações da equipe.

PENSANDO NA AGENDA...

Você já levantou várias informações importantes para o planejamento de seu trabalho. Agora você pode sistematizá-las para elaborar uma proposta de agenda para cada profissional que realiza o acompanhamento do hipertenso, contemplando o número de atendimentos calculados. Procure detalhar o cronograma, a modalidade e os responsáveis por cada atendimento e os recursos materiais necessários.

Discuta com sua equipe e decidam juntos as metas a serem atingidas, os prazos e como será a avaliação. Lembrar que o exercício mostra como fazer o cálculo para o acompanhamento dos usuários hipertensos, mas sua programação deve contemplar atividades para todos os ciclos de vida, garantindo o acompanhamento adequado para todas as condições prioritárias e respeitando a capacidade potencial de atendimento de cada profissional.

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A SMSA preconiza: - 38% de demanda espontânea- 50% de atenção programada- 10% de educação permanente- 1% a 2% de atividades administrativas

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- Objetivo – “o que” se deseja alcançar- Atividade – “como fazer” para realizar os objetivos- Meta – aonde se quer chegar e em quanto tempo pretende fazê-lo

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Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada

A planilha de programação, que é objeto do período de dispersão desta Oficina, possibilitará uma visão geral do dimensionamento das atividades necessárias para cobertura dos grupos e condições prioritárias a partir dos parâmetros da SMSA. Com isso, a equipe terá melhores condições de definir metas “possíveis”, maior resolutividade nos atendimentos e maior grau de satisfação de todos. Mãos à obra!

Objetivos:

Aplicar os conteúdos apresentados nesta Oficina;•

Repassar o conteúdo da oficina para todos os profissionais da equipe • de saúde;

Apresentar e discutir com toda a equipe as fases e instrumentos da • programação local;

Elaborar uma programação local e introduzir a discussão da agenda da • equipe de saúde;

Operacionalizar uma programação local com a participação das • equipes.

ORIENTAÇÃO: OS PRODUTOS DO TRABALHO DE DISPERSÃO6

a) REPASSE DO CONTEÚDO DA OFICINA PARA AS EQUIPES DE SAÚDE

Esta atividade deverá ser realizada pelos facilitadores dos Centros de • Saúde com o apoio do nível distrital;

Repassar o conteúdo da Oficina para todos os profissionais das equipes • de saúde dos CSs, retomando o tema da programação, as etapas e os instrumentos de programação local.

b) ELABORAÇÃO DA PROGRAMAÇÃO LOCAL PARA A HIPERTENSÃO ARTERIAL E DIABETES

Durante a Oficina 5, foi feita uma atividade sobre Hipertensão Arterial. • Agora serão programadas, nesse primeiro momento, as ações para a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e Diabetes Melitus (DM) a partir da sua população e do seu diagnóstico local;

6 - Texto de apoio adaptado do Manual da Atenção Primária à Saúde - SES/MG.

ATIVIDADE X – O PLANO DE TRABALHO PARA O PERÍODO DE DISPERSÃO

Tempo estimado: 1 hora e 15 minutos

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CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE

ATENÇÃO

Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.

ATIVIDADE 6: Pré-Teste

30 minutos

Objetivo

Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.

Material

Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.

Desenvolvimento

1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;

2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;

3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.

Fechamento

Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades

AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1

Nome: ____________________________________________________Turma: _______

Município: __________________________________________________GRS: _______

Leia com atenção o seguinte caso:

1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).

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Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada

Esta atividade deverá ser realizada pelas equipes, com o apoio do nível • distrital, no período de dispersão da quinta oficina. Esse exercício será feito no próprio Centro de Saúde utilizando planilhas em Excel;

Cada equipe de saúde deve discutir os resultados a serem alcançados • para a HAS e a DM, assim como os parâmetros para sua execução e possíveis metas de cobertura e a agenda de saúde das equipes que será construída para atenção à demanda espontânea, atenção programada e ações de promoção e vigilância em saúde;

As diretrizes institucionais deverão orientar a elaboração dessa agenda • de saúde das equipes: os princípios e critérios que devem ser utilizados, as atividades a serem contempladas, a periodicidade e responsabilidade para definição, o monitoramento e as estratégias para implantação;

Baseada nessas normas, cada equipe deverá elaborar, após o término • da sexta oficina, a agenda de atendimento. Essa agenda será pactuada através de Contratos Internos de Gestão que serão o objeto de uma próxima oficina.

c) OPERACIONALIZAÇÃO PARA PROGRAMAÇÃO LOCAL PARA A HIPERTENSÃO ARTERIAL E DIABETES

Fase preparatória:

Fazer discussão com toda a equipe sobre o diagnóstico da área de responsabilidade, produto da terceira oficina, apontando os passos para a programação local:

o significado e o objetivo da programação;•

os instrumentos de programação;•

a relação da programação com o diagnóstico local realizado;•

a definição dos resultados, das atividades e metas;•

a importância da programação para a organização dos serviços prestados • à população da área de responsabilidade;

a relação da programação com o monitoramento e a avaliação das ações • realizadas.

Fase de programação:

A programação dever ser feita para a área de responsabilidade de cada equipe de saúde da família e para a sua população adstrita, para o período de 1 ano, a partir da situação de saúde diagnosticada previamente.

O instrumento de programação é a PLANILHA DE PROGRAMAÇÃO LOCAL, que é organizada por ciclo de vida, patologia ou condição e estratificação por grau de risco e estabelece:

os dados de cadastro da população, por faixa etária e sexo;•

a classificação das famílias por grau de risco;•

a situação de saúde da população cadastrada, com dados epidemiológicos •

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Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada

e assistenciais;

os resultados esperados para a resolução de problemas de saúde e • melhoria da situação de saúde e qualidade de vida da população;

as atividades mínimas a serem executadas para alcançar esses • resultados;

os parâmetros para realização das atividades, visando à garantia da • qualidade das ações de saúde;

as responsabilidades dos componentes das equipes na realização dessas • atividades, possibilitando a organização do serviço da UAPS;

o público a ser beneficiado, identificado por ciclo de vida, patologia ou • condição e grau de risco;

o quantitativo de atividades a serem executadas;•

as metas progressivas a serem alcançadas até a cobertura total da • população;

o prazo para cumprimento dessas metas.•

d) SEQUÊNCIA DE PASSOS PARA A PROGRAMAÇÃO LOCAL:

PASSO 1: CADASTRO DA POPULAÇÃO

Lançar na planilha Cadastro os dados relativos à população cadastrada, • por faixa etária e sexo;

Lançar também os dados relativos à classificação por grau de risco da • família (classificação segundo o risco social e clínico - Oficina 3), se a informação estiver disponível;

Na classificação segundo o risco social e clínico, deve ser lançado o número • de famílias e integrantes por grau de risco (sem risco, com baixo, médio e alto risco). A planilha fará o cálculo da densidade familiar média por grau de risco.

PASSO 2: SITUAÇÃO DE SAÚDE

A planilha SITUAÇÃO DE SAÚDE analisa alguns dados epidemiológicos e • assistenciais;

Na primeira coluna, identifica-se a população alvo, com suas condições • e patologias;

Na segunda coluna são indicados os parâmetros de incidência ou • prevalência dessas condições e patologias. A aplicação desses parâmetros, o valor em porcentagem, calcula a POPULAÇÃO ALVO ESTIMADA;

A equipe deve lançar na coluna POPULAÇÃO ALVO ATENDIDA o número • de usuários identificados ou cadastrados no acompanhamento da unidade de saúde;

Com esse dado, será calculada automaticamente a COBERTURA DE • ATENDIMENTO, indicando o vazio de assistência (diferença entre o

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Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada

percentual de cobertura encontrado com o ideal de 100% de cobertura) que deve ser superado com a programação de ações.

PASSO 3: PROGRAMAÇÃO

Como exercício da atividade de dispersão da quinta oficina, serão • trabalhados, nesse momento, as ações para hipertensão arterial e diabetes;

Em cada uma das planilhas, as atividades são descritas com os parâmetros • mínimos para a sua realização, assim como o responsável pela sua execução;

No lado direito da planilha, a equipe deve definir a META PROGRAMADA, • indicando a porcentagem de cobertura (%) que deseja alcançar para cada uma das atividades;

É sempre numérica e pode ser progressiva desde a atual porcentagem • de cobertura até a cobertura total da população (100%);

A planilha calculará o número correspondente de usuários beneficiados • na atividade, bem como o quantitativo dessas atividades para o prazo de um ano.

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Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada

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Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada

Objetivo:

Avaliar o desenvolvimento da Oficina 4, retomando seus objetivos e • competências propostas para seus participantes.

Desenvolvimento:

É importante compreender o momento de “preenchimento” do • questionário como uma “atividade avaliativa”, ou seja, uma oportunidade para que os participantes se corresponsabilizem com o desenvolvimento das oficinas, analisando o processo e fornecendo informações para ajustes/correções de rumos nos casos necessários;

A “atividade avaliativa” deve ser realizada distribuindo-se a turma em • grupos de 3 a 4 pessoas, cada grupo discutindo as questões e respondendo a um único questionário com as alternativas que melhor representarem sua percepção coletiva. Lembrar que se trata de uma avaliação tomando como base os objetivos previstos para cada oficina;

No momento de aplicação do instrumento, os condutores devem estar • atentos para esclarecer dúvidas (e registrar o que apareceu como dúvidas relacionadas às questões);

Ao final, os facilitadores devem recolher os questionários e encaminhá-• los à Coordenação da Oficina. Fazer uma conclusão rápida do trabalho realizado, dizer da própria avaliação sobre a Oficina e anunciar os próximos passos.

ATIVIDADE XI – A AVALIAÇÃO DA OFICINA E ENCERRAMENTO

Tempo estimado: 15 minutos

33

CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE

ATENÇÃO

Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.

ATIVIDADE 6: Pré-Teste

30 minutos

Objetivo

Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.

Material

Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.

Desenvolvimento

1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;

2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;

3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.

Fechamento

Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades

AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1

Nome: ____________________________________________________Turma: _______

Município: __________________________________________________GRS: _______

Leia com atenção o seguinte caso:

1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).

Manual do Docente.pmd 24/1/2008, 11:3233

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ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA DO ESTADO DE MINAS GERAIS

SUPERINTENDÊNCIA DE EDUCAÇÃO

Coordenadoria de Educação Permanente

INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DAS OFICINAS DE QUALIFICAÇÃO DA

ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE NO SUS-BELO HORIZONTE

DATA: ________ OFICINA N0. ___TURMA:___ COR:___________ DISTRITO(S): ______________

UNIDADE(S) DE SAÚDE: ___________________________________

1. Assinale o número da alternativa que melhor expressar sua avaliação sobre os itens abaixo:

1.Não 2.Muito pouco 3. Mais ou menos 4. Sim

Itens avaliativosPontuação

1 2 3 4

1. Conteúdo

Os conteúdos atendem aos interesses e às necessidades do serviço1.1)

Os conteúdos se relacionam com o cotidiano de trabalho1.2)

Os conteúdos foram tratados com profundidade suficiente, 1.3)considerando a proposta desta Oficina

Os produtos previstos ajudam na reorganização do processo de 1.4)trabalho local

2) Estratégias metodológicas

2.1) No início dos trabalhos, foram estabelecidas ou reafirmadas “regras de convivência”, pactuadas coletivamente

2.2) A pactuação de “regras de convivência” possibilitou maior corresponsabilidade e compromisso de todos com o andamento das oficinas

2.3) A programação e a condução das oficinas estimularam a participação e interação entre os participantes/equipe

2.4) A articulação/encadeamento das atividades favoreceu o clima de diálogo e participação

2.5) A forma de agrupamento/distribuição dos participantes (por turmas) favoreceu o compartilhamento de experiências, conhecimentos, etc.

2.6) O conhecimento e a experiências prévios dos participantes foram levados em conta

2.7) O tempo dedicado às atividades foi adequado e proveitoso

2.8) A metodologia utilizada favoreceu o alcance dos objetivos previstos

2.9) Esta Oficina está gerando oportunidade para que os participantes discutam e proponham ajustes para as oficinas seguintes

Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada

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49

Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 4: A organização da demanda espontânea

3) Sobre os condutores (oficineiros, facilitadores, apoiadores)

3.1) Os condutores mantiveram a postura de acolher e problematizar adequadamente as questões que o grupo levantou (temáticas, conflitos, questões relacionadas aos produtos, etc.)

3.2) Os condutores (em seu conjunto) mostraram-se com conhecimento suficiente/adequado quanto aos conceitos trabalhados

3.3) (Apenas para as oficinas realizadas nos CS) > Esta Oficina contou com a participação de referência técnica (apoiador) do Distrito Sanitário

3.4) Dê uma nota de 1 a 4 considerando sua avaliação relacionada ao desempenho geral da condução da Oficina pelo conjunto de condutores (número menor indicando pior desempenho e número maior indicando melhor desempenho)

4) Autoavaliação “do grupo” quanto à participação no processo

4.1) Conseguimos formular as questões que nos incomodam (caso não tenha havido necessidade dessa intervenção, deixar em branco

4.2) Tomamos iniciativas e fizemos sugestões nos trabalhos de grupo

4.3) Estabelecemos associação entre as oficinas e o trabalho cotidiano

4.4) Interessamo-nos pelas bibliografias sugeridas

4.5) Percebemos avanço na apropriação de conhecimento

4.6) Tivemos disponibilidade para mudar a forma de agir e interagir com o outro (nos casos que consideramos pertinentes, necessários)

4.7) Fizemos sugestões quando percebemos que a abordagem não estava agradando à turma ou não estava atendendo aos objetivos e às expectativas (caso não tenha havido necessidade dessa intervenção, deixar em branco)

4.8) Cumprimos/respeitamos as “regras de convivência” pactuadas coletivamente

5) Material didático

5.1) Textos, caderno de oficinas, orientações, instrumentos como planilhas, matrizes, etc., foram adequados

5.2) Os instrumentos utilizados permitiram reflexão entre o que foi discutido e o trabalho cotidiano

6) Infraestrutura e logística

6.1) Percebemos que houve cuidado em se providenciar um espaço satisfatório para realização das oficinas, considerando ambiente físico e logística em geral

6.2) O espaço/ambiente de oficinas foi satisfatório quanto a: lanche, água, banheiro e conforto em geral

7) Sobre o instrumento avaliativo

7.1) Este tipo de instrumento avaliativo (questionário) permite que você expresse sua opinião sobre o que você gostaria de avaliar

Espaço para sugestões:

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Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada

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Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 4: A organização da demanda espontânea

3) Sobre os condutores (oficineiros, facilitadores, apoiadores)

3.1) Os condutores mantiveram a postura de acolher e problematizar adequadamente as questões que o grupo levantou (temáticas, conflitos, questões relacionadas aos produtos, etc.)

3.2) Os condutores (em seu conjunto) mostraram-se com conhecimento suficiente/adequado quanto aos conceitos trabalhados

3.3) (Apenas para as oficinas realizadas nos CS) > Esta Oficina contou com a participação de referência técnica (apoiador) do Distrito Sanitário

3.4) Dê uma nota de 1 a 4 considerando sua avaliação relacionada ao desempenho geral da condução da Oficina pelo conjunto de condutores (número menor indicando pior desempenho e número maior indicando melhor desempenho)

4) Autoavaliação “do grupo” quanto à participação no processo

4.1) Conseguimos formular as questões que nos incomodam (caso não tenha havido necessidade dessa intervenção, deixar em branco

4.2) Tomamos iniciativas e fizemos sugestões nos trabalhos de grupo

4.3) Estabelecemos associação entre as oficinas e o trabalho cotidiano

4.4) Interessamo-nos pelas bibliografias sugeridas

4.5) Percebemos avanço na apropriação de conhecimento

4.6) Tivemos disponibilidade para mudar a forma de agir e interagir com o outro (nos casos que consideramos pertinentes, necessários)

4.7) Fizemos sugestões quando percebemos que a abordagem não estava agradando à turma ou não estava atendendo aos objetivos e às expectativas (caso não tenha havido necessidade dessa intervenção, deixar em branco)

4.8) Cumprimos/respeitamos as “regras de convivência” pactuadas coletivamente

5) Material didático

5.1) Textos, caderno de oficinas, orientações, instrumentos como planilhas, matrizes, etc., foram adequados

5.2) Os instrumentos utilizados permitiram reflexão entre o que foi discutido e o trabalho cotidiano

6) Infraestrutura e logística

6.1) Percebemos que houve cuidado em se providenciar um espaço satisfatório para realização das oficinas, considerando ambiente físico e logística em geral

6.2) O espaço/ambiente de oficinas foi satisfatório quanto a: lanche, água, banheiro e conforto em geral

7) Sobre o instrumento avaliativo

7.1) Este tipo de instrumento avaliativo (questionário) permite que você expresse sua opinião sobre o que você gostaria de avaliar

Espaço para sugestões:

ANEXOS

1 - Parâmetros assistenciais da SMSA para a programação das ações

2 - Ficha de qualificação dos indicadores

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Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada

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Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada

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OFICINAS DE QUALIFICAÇÃO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE EM BELO HORIZONTEOFICINAS DE QUALIFICAÇÃO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE EM BELO HORIZONTE

Ofi cina 3

Belo Horizonte, 2010

Territorialização e Diagnóstico Local

FICHAS DE QUALIFICAÇÃO DOS INDICADORES DO PERFILEPIDEMIOLÓGICO E ASSISTENCIAL PARA O

DIAGNÓSTICO LOCAL, DISTRITAL E MUNICIPAL

(PRIMEIRA FASE)

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Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada

INDICADORES DAS CRIANÇAS (0 A 9 ANOS)

1 - PROPORÇÃO DE NASCIDOS VIVOS DE BAIXO PESO AO NASCER

Nº 1 da planilha do Guia da Terceira Oficina•

1. CONCEITUAÇÃO

Percentual de nascidos vivos com peso ao nascer inferior a 2,5 kg, de • mães residentes na área e no período considerado em relação ao total de nascidos vivos na mesma área e período.

Compreende a primeira pesagem do recém-nascido, preferencialmente • realizada durante a primeira hora de vida7.

2. INTERPRETAÇÃO

Mede, percentualmente, a freqUência de nascidos vivos de baixo peso, • em relação ao total de nascidos vivos. A ocorrência de baixo peso ao nascer expressa retardo do crescimento intrauterino ou prematuridade e representa importante fator de risco para a morbi-mortalidade neonatal e infantil.

Proporção elevada de nascidos vivos de baixo peso está associada, em • geral, a baixos níveis de desenvolvimento socioeconômico e de assistência materno-infantil.

Numerador: Número de nascidos vivos com peso ao nascer inferior a 2,5 kg no período considerado e na área.

Denominador: Número total de nascidos vivos no período considerado e na área.

3. USOS

Analisar variação populacional, em determinado território e período da • proporção de nascidos vivos de baixo peso.

Subsidiar processos de planejamento, gestão e avaliação de políticas e • ações voltadas para a promoção da saúde reprodutiva, proteção e atenção à saúde materno-infantil.

4. LIMITAÇÕES

A construção do indicador pode estar inconsistente devido ao atraso na • entrada de dados no banco (outros municípios ou distritos, preenchimento inadequado de declaração de nascidos vivos).

Os dados de 2006 a 2009 estão disponibilizados no banco de dados do •

7. Organização Mundial de Saúde. Classificação internacional de doenças e problemas relacionados à saúde. Décima revisão. v.2. p. 137. São Paulo: Centro Colaborador da OMS para a Classificação de Doenças em Português/Edusp, 1994.

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Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada

Tabnet (Intranet) para os Centros de Saúde, caso seja necessário solicitar às GEREPIs.

5. FONTE

Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC).•

6. CÁLCULO

Número de nascidos vivos com baixo peso (< 2,5 kg) no período e na áreaNúmero total de nascidos vivos no período e na área

7. CATEGORIAS SUGERIDAS PARA ANÁLISE

Área: CS, Distrito Sanitário e Município • Periodicidade: anual•

8. COMENTÁRIOS

Parâmetro: 11% do total de nascidos vivos•

2 - PROPORÇÃO DE NASCIDOS VIVOS COM PREMATURIDADE

Nº 2 da planilha do Guia da Terceira Oficina•

1. CONCEITUAÇÃO

Percentual de crianças nascidas com tempo gestação menor de 37 • semanas, de mães residentes, na área e no período considerado, em relação ao total de crianças nascidas na mesma área e período.

Segundo à Organização Mundial de Saúde (OMS), consideram-se • prematuras as crianças nascidas com menos de 37 semanas ou 259 dias, contados a partir do primeiro dia do último ciclo menstrual regular.

2. INTERPRETAÇÃO

Mede, percentualmente, a frequência de nascidos vivos prematuros, • em relação ao total de nascidos vivos. A ocorrência de prematuridade ao nascer expressa importante fator de risco para a morbi-mortalidade neonatal e infantil.

Proporção elevada de nascidos vivos prematuros estão associada, em • geral, a fatores epidemiológicos: demográficos (idade materna, intervalo gestacional, número de gestações e gravidez indesejada), sócio-econômicos (estado civil, educação, nutrição e nível social), comportamentais (drogas lícitas e ilícitas), raças amarela e negras, estatura materna (menor que 1,50 m), doenças maternas da gravidez (infecção urinária, vaginose

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bacteriana, prematuridade iatrogênica, doença periodontal), atenção à saúde (qualidade de atendimento do pré-natal), disponibilidade e adequação das ações de saúde em todos os níveis.

Permite avaliar, de forma indireta, a disponibilidade de ações de saúde • em todos os níveis de atenção (educação e saúde, promoção e prevenção, diagnóstico precoce e tratamento) para a saúde materno-infantil.

Numerador: Número de crianças nascidas com menos de 37 semanas ou 259 dias (contados a partir do primeiro dia do último ciclo menstrual regular) no período considerado e na área.

Denominador: Número total de nascidos vivos no período considerado e na área.

3. USOS

Analisar variação populacional em determinado território e período da • proporção de nascidos vivos prematuros.

Contribuir para orientar iniciativas de intervenção nutricional, orgânica • e condutas de risco da gestante.

Subsidiar processos de planejamento, gestão e avaliação de políticas e • ações voltadas para a promoção da saúde materno-infantil.

4. LIMITAÇÕES

A construção do indicador pode estar inconsistente devido ao atraso na • entrada de dados no banco (outros municípios ou distritos, preenchimento inadequado de declaração de nascidos vivos).

Os dados de 2006 a 2009 estão disponibilizados no banco de dados do • Tabnet (Intranet) para os Centros de Saúde, caso necessário solicitar às GEREPIs

5. FONTE

Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC).•

6. CÁLCULO

Número de crianças prematuras (< 37 semanas) no período e na áreaNúmero total de nascidos vivos no período e na área

7. CATEGORIAS SUGERIDAS PARA ANÁLISE

Área: CS, Distrito Sanitário e Município • Periodicidade: anual•

x100

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8. COMENTÁRIOS

Parâmetro: •

9,5% do total de nascidos vivos segundo série histórica de Belo »Horizonte

6% a 8% do total de nascidos vivos segundo a OMS »

3 - NÚMEROS DE óBITOS DE CRIANÇAS < 1 ANO

Nº 3 da planilha do Guia da Terceira Oficina•

1. CONCEITUAÇÃO

Número de óbitos em menores de um ano de idade, residentes na área • e no período considerado.

O índice considerado aceitável pela OMS é de 10 mortes para cada mil • nascimentos.

2. INTERPRETAÇÃO

Estima o risco de morte dos nascidos vivos durante o seu primeiro ano • de vida.

Reflete, de maneira geral, as condições de desenvolvimento • socioeconômico e a infraestrutura ambiental, bem como o acesso e a qualidade dos recursos disponíveis para atenção à saúde materna e da população infantil.

Expressa a composição da mortalidade infantil por períodos, neonatal • (precoce e tardio) e pós-neonatal.

Percentuais elevados de óbitos neonatais estão preponderantemente • associados a fatores da gestação e do parto, enquanto, no período pós-neonatal, predominam as causas ambientais.

Para análise dos dados, sugere-se a participação do Comitê de Investigação • de Óbitos de cada distrito: o conhecimento dos óbitos por faixa de peso (<1.500g e >1.500g), por causa da morte, por componente (neonatal precoce e tardio, pós-neonatal), por classificação de evitabilidade e uma análise situacional dos óbitos investigados.

3. USOS

Analisar variação populacional em determinado território e período da • proporção de óbitos em < de 1 ano.

Contribuir na avaliação dos níveis de saúde da população da área de • abrangência.

Identificar a necessidade de estudos sobre as causas da distribuição da • mortalidade por subgrupos da faixa etária de menores de um ano.

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Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada

Subsidiar processos de planejamento, gestão e avaliação de políticas e • ações de saúde voltadas para a atenção ao pré-natal e ao parto, bem como para a proteção da saúde materno-infantil.

4. LIMITAÇÕES

A construção do indicador pode estar inconsistente devido ao atraso • na digitação de dados no banco (ocorrência em outros municípios, preenchimento ilegível da declaração de óbito e resgate de dados nos hospitais).

Os dados de 2006 a 2009 estão disponibilizados no banco de dados do • Tabnet (Intranet) para os Centros de Saúde, caso necessário solicitar às GEREPIs

5. FONTE

Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM)•

6. CÁLCULO

Número total de mortes de crianças menores de um ano na área e no período considerado

7. CATEGORIAS SUGERIDAS PARA ANÁLISE

Área: CS, Distrito Sanitário e município• Periodicidade: anual• Faixa etária: 6 dias (período neonatal precoce ), 7-27 dias (período neonatal • tardio) e 28-364 dias (período pós-neonatal).

8. COMENTÁRIOS

O recomendável é a ausência de mortes evitáveis de crianças menores • de 1 ano.

Parâmetro: em construção.•

4 - PROPORÇÃO DE CRIANÇAS <1 ANO ACOMPANHADAS NA PUERICULTURA

Nº 4 da planilha do Guia da Terceira Oficina•

1. CONCEITUAÇÃO

Número de crianças menores de 1 ano, residentes na área, acompanhadas • pelo médico de saúde da família ou pediatra ou enfermeiro e registradas

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no Sistema Saúde em Rede com CID Z00.1, Z76.1, Z76.2 no período considerado em relação ao total de crianças captadas/atendidas no mesmo período e na área.

2. INTERPRETAÇÃO

Conhecer como está se processando o acompanhamento de crianças • menores de 1 ano na população de responsabilidade da ESF.

Numerador: Serão considerados crianças menores de 1 ano acompanhadas aquelas que, ao completar 1 ano, tenham sido assistidas de acordo com o protocolo da SMSA, que recomenda:

5° dia: consulta com enfermeiro

1 mês: consulta com pediatra

2 meses: consulta com enfermeiro

3 meses: consulta com generalista

4 meses: consulta com enfermeiro

6 meses: consulta com pediatra

9 meses: consulta com enfermeiro

12 meses: consulta com generalista

Para efeito do indicador e registro no Sistema Saúde em Rede, serão considerados:

1. Os pacientes que completaram um ano de idade de 1º/01 a 31/12 do ano em questão

2. E que tiveram todas as consultas de acompanhamento, sendo no mínimo oito atendimentos e uma consulta no primeiro mês, cinco consultas até o final do primeiro semestre e três no segundo semestre. Dessas 8 consultas, quatro devem ser com profissional médico (generalista ou pediatra) com diagnóstico de puericultura assinalado ou CID Z00.1, Z76.1, Z76.2.

Numerador considerado no SISREDE:

Período Parâmetro

1º mês 1 consulta

Até o final do 1º semestre 5 consultas

2º semestre 3 consultas

Total 8 consultas

Denominador: Crianças menores de 1 ano atendidas no Sistema Saúde em Rede com CID 10a. rev. Z00.1, Z76.1, Z76.2, e/ou atendimento realizado no protocolo da criança pelo médico generalista e/ou pediatra e/ou enfermeiro.

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3. USOS

Contribuir em conjunto com os demais indicadores para o diagnóstico/• monitoramento do estado de saúde da população menor de 1 ano residente em Belo Horizonte, bem como a Atenção Primária em Saúde no nível local e distrital.

4. LIMITAÇÕES

Nos atendimentos realizados, nem sempre o profissional de saúde registra • o CID específico para atendimento da criança.

Em alguns casos, o paciente não tem o cadastro de endereço atualizado, • levando a que seja inserido na equipe de sua antiga moradia.

A falta de atualização das microáreas de responsabilidades do Agente • Comunitário de Saúde pode levar o paciente a ser considerado como de outra equipe ou de equipe ignorada.

As crianças que não tiveram concluído 1 ano em relação à data do 1º • atendimento não serão incluídas no numerador e no denominador desse indicador.

5. FONTE

Numerador: Sistema Saúde em Rede (SISREDE)•

Denominador: Sistema Saúde em Rede (SISREDE)•

6. CÁLCULO

Nº de crianças < 1 ano acompanhadas na puericultura no período e na áreaNº total de crianças <1 ano captadas/atendidas no período e na área

7. CATEGORIAS SUGERIDAS PARA ANÁLISE

Área: ESF, CS, Distrito Sanitário e município•

Período: trimestral, semestral e anual•

8. COMENTÁRIOS

Parâmetro: 100% de acompanhamento das crianças captadas/• atendidas

x100

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5 - PROPORÇÃO DE CRIANÇAS < 5 ANOS COM DESNUTRIÇÃO ACOMPANHADAS

Nº 8 da planilha do Guia da Terceira Oficina•

1. CONCEITUAÇÃO

Este indicador mede o número de crianças desnutridas com idade inferior • a 5 (cinco) anos acompanhadas pelo médico generalista e/ou pediatra e/ou enfermeiro no Sistema Saúde em Rede com CID E40 a E46 ou critério de desnutrição (moderada, grave ou em risco de desnutrição), segundo o protocolo da criança na área em questão.

2. INTERPRETAÇÃO

Nas crianças menores de cinco anos, a desnutrição está quase sempre • associado a baixos níveis socioeconômicos e a deficiente assistência materno-infantil. A contribuição dos fatores genéticos costuma ocorrer a partir dos cinco anos de idade8.

Numerador: Número de crianças desnutridas com idade inferior a 05 (cinco) anos acompanhadas pelo médico generalista e/ou pediatra e/ou enfermeiro no Sistema Saúde em Rede com CID E40 a E46 ou critério de desnutrição (moderada, grave ou em risco de desnutrição) segundo o protocolo da criança na área em questão.

1. Pacientes que foram atendidos no ano anterior ao do indicador e atendem aos critérios de diagnóstico conforme ficha de qualificação.

2. E pacientes atendidos em qualquer data e que atendem aos critérios de diagnóstico desde que tenham tido pelo menos um atendimento no ano anterior ao do indicador , por clínico, generalista ou enfermeiro em qualquer protocolo exceto acolhimento.

3. Destes pacientes, selecionar aqueles que têm idade dentro da Faixa etária conforme protocolo da ficha de qualificação de 01/01 a 31/12 do ano em questão (ano do indicador).

4. Selecionar aqueles que tiveram todas as consultas conforme ficha de qualificação NO ANO EM QUESTÃO.

Denominador: Número total de crianças < de 5 anos com desnutrição captadas/atendidas

3. USOS

Contribuir em conjunto com os demais indicadores, para o diagnóstico/• monitoramento do estado de saúde da população menor de 5 anos residente em Belo Horizonte, bem como a Atenção Primária em Saúde no nível local e distrital.

Analisar as variações por CS ou agregados por Distrito Sanitário, bem • como as variações temporais dos dados coletados para o SISREDE.

8. Habitch, JP et al. Height and weight standards for preschool children: how relevant are ethnic differences In growth potential.Lancet 1974 (April 6): 611-612.

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Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada

4. LIMITAÇÕES

Nos atendimentos realizados nem sempre o profissional de saúde refere • a doença, ou informa no protocolo específico.

Em alguns casos o paciente não tem o cadastro de endereço atualizado • levando a que seja inserido na equipe de sua antiga moradia.

A falta de atualização das microáreas de responsabilidades do Agente • Comunitário de Saúde pode levar o paciente a ser considerado como de outra equipe ou de equipe ignorada.

5. FONTE

Sistema Saúde em Rede (SISREDE)•

6. CÁLCULO

Nº de crianças <5 anos com desnutrição acompanhadas no período e área Nº total de crianças <5 anos com desnutrição captadas/atendidas no período e área

7. CATEGORIAS SUGERIDAS PARA ANÁLISE

Área: ESF, CS, Distrito Sanitário e Município•

Período: trimestral, semestral e anual. •

8. COMENTÁRIOS

Parâmetro: 100% de acompanhamento das crianças desnutridas captadas/• atendidas

6 - PROPORÇÃO DE CRIANÇAS < 5 ANOS COM ASMA ACOMPANHADAS

Nº 9 da planilha do Guia da Terceira Oficina•

1. CONCEITUAÇÃO

Este indicador mede o número de crianças com asma e idade inferior a 5 • (cinco) anos acompanhadas pelo médico generalista e/ou pediatra e/ou enfermeiro de acordo com o protocolo e registradas no Sistema Saúde em Rede com CID J45.0 a J46.9. Ou ainda atendimento realizado no protocolo de asma identificados no protocolo da criança na área em questão em relação ao total de crianças menores de cinco anos com asma captadas/atendidas na área e no período.

2. INTERPRETAÇÃO

Verificar o acompanhamento das crianças asmáticas na população de • responsabilidade da ESF em relação ao número total de crianças menores de cinco anos com asma captadas/atendidas.

x100

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Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada

x100

Numerador: número de crianças com idade inferior a 5 anos com asma acompanhadas pelo médico generalista e/ou pediatra e/ou enfermeiro no Sistema Saúde em Rede de acordo com o protocolo e registradas no Sistema Saúde em Rede com CID J45.0 a J46.9 ou atendimento realizado no protocolo de asma identificados no protocolo da criança

1. Pacientes que foram atendidos no ano anterior ao do indicador e atendem aos critérios de diagnóstico conforme ficha de qualificação.

2. E pacientes atendidos em qualquer data e que enquadrem nos critérios de diagnóstico desde que tenham tido pelo menos um atendimento no ano anterior ao indicado, por clínico, generalista ou enfermeiro em qualquer protocolo exceto acolhimento.

3. Desses pacientes, selecionar aqueles que têm idade dentro da faixa etária conforme protocolo da ficha de qualificação de 1º/1 a 31/12 do ano em questão (ano do indicador).

4. Selecionar aqueles que tiveram todas as consultas conforme ficha de qualificação no ano em questão.

Classificação Parâmetro

Asma com profilaxia medicamento/asma

4 consultas/ano

Denominador: Número total de crianças < de 5 anos com asma captadas/atendidas pelo médico generalista e/ou pediatra no Sistema Saúde em Rede com CID 10a. rev. J45.0 a J46.9 ou atendimento realizado no protocolo de asma.

3. USOS

Contribuir em conjunto com os demais indicadores para o diagnóstico/• monitoramento do estado de saúde da população menor de 5 anos residente em Belo Horizonte, bem como a Atenção Primária em Saúde no nível local e distrital.

Analisar as variações por CS ou agregados por Distrito Sanitário, bem • como as variações temporais dos dados coletados para o SISREDE.

4. LIMITAÇÕES

Nos atendimentos realizados, nem sempre o profissional de saúde indica • a doença ou informa no protocolo específico.

Em alguns casos, o paciente não tem o cadastro de endereço atualizado, • levando a que seja inserido na equipe de sua antiga moradia.

A falta de atualização das microáreas de responsabilidade do Agente • Comunitário de Saúde pode levar o paciente a ser considerado como de outra equipe ou de equipe ignorada.

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5. FONTE

Numerador: Sistema Saúde em Rede (SISREDE)

Denominador: Sistema Saúde em Rede (SISREDE)

6. CÁLCULO

Nº de crianças <5 anos com asma acompanhadas na área e no períodoNº total de crianças <5 anos com asma captadas/atendidas na área e no período

7. CATEGORIAS SUGERIDAS PARA ANÁLISE

Área: ESF, CS, Distrito Sanitário e Município•

Período: trimestral, semestral e anual•

8. COMENTÁRIOS

Dados de prevalência: 25% das crianças menores de 5 anos têm asma, • destes, 5% têm asma grave.

Parâmetro: 100% de acompanhamento das crianças com asma moderada • ou grave captadas/atendidas.

INDICADORES DOS ADOLESCENTES

(10 A 19 ANOS)

1 - NÚMERO DE INTERNAÇÕES POR ABORTAMENTO

Nº 1 da planilha do Guia da Terceira Oficina•

1. CONCEITUAÇÃO

Este indicador mede a ocorrência de internações hospitalares por aborto • (CID O00 a O08, O026-2, O031.1 e N96) e suas complicações no âmbito do SUS, nas adolescentes residentes de determinada área de abrangência de Belo Horizonte, na idade de 10 a 19 anos no período considerado.

2. INTERPRETAÇÃO

Avalia o impacto das ações de saúde relacionadas a adolescente gestante • (de 10 a 19 anos), especialmente no que se refere ao diagnóstico, promoção do autocuidado e tratamento adequado de casos.

Levar em consideração o número total de internações de mulheres de • 10 a 19 anos por aborto e suas complicações esperadas para aquela área de abrangência específica.

x100

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3. USOS

Contribuir em conjunto com os demais indicadores, para o monitoramento • do estado de saúde da população feminina adolescente e gestante de 10 a 19 anos, residente nas áreas de abrangência dos Distritos e Centros de Saúde e as redes: complementar, de urgência/emergência e hospitalar no nível distrital e local.

Analisar variações por CS, Distrito Sanitário, bem como variações temporais • do número de internações de adolescentes gestantes de 10 a 19 anos, por aborto e suas complicações, identificando situações de desigualdade e tendências que demandem ações e estudos específicos.

Contribuir na análise da qualidade da assistência à mulher gestante • das condições de acesso aos serviços de saúde, no contexto do modelo assistencial adotado.

Subsidiar processos de planejamento, gestão e avaliação de políticas e • ações de saúde voltadas para a atenção da mulher gestante.

4. LIMITAÇÕES

O indicador é influenciado pela contagem cumulativa de internações de • um mesmo paciente, pela mesma causa, durante o período analisado.

Frequentemente o aborto não é a causa principal da internação, mas sim • uma das suas complicações.

O número só abrange o universo das internações hospitalares na rede SUS, • não incluindo também o conjunto de pessoas beneficiárias de seguros privados de saúde.

5. FONTE

Banco de dados de egressos hospitalares•

6. MÉTODO DE CÁLCULO

Número de internações por aborto e suas complicações nas mulheres (10 a 19 anos) residentes de determinada área de abrangência de CS na faixa etária específica e no período de tempo considerado.

7. CATEGORIAS DE ANÁLISE

Unidade geográfica: CS, Distrito Sanitário e Município•

Periodicidade: ano fechado e 12 últimos meses disponíveis•

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2 - NÚMERO DE óBITOS POR CAUSAS EXTERNAS

Nº 2 da planilha do Guia da Terceira Oficina•

1. CONCEITUAÇÃO

Número de mortes por causas externas em residentes (acidentes e • violência), por subgrupos específicos, por faixa etária de 10 a 19 anos, no período considerado9.

2. INTERPRETAÇÃO

Mede o número de mortes por causas externas e dimensiona a sua magnitude • como problema de saúde pública.

Reflete aspectos culturais e de desenvolvimento socioeconômico, com o concurso • de fatores de risco específicos para cada tipo de acidente ou violência.

Expressa as condições da assistência médica dispensada e a qualidade do • registro das ocorrências.

Leva em consideração o número total de mortes por causas externas esperadas • para aquela área de abrangência específica.

3. USOS

Contribuir em conjunto com os demais indicadores para o monitoramento • do estado de saúde da população de 10 a 19 anos residente nas áreas de abrangência dos CS e Distritos Sanitários l.

Analisar variação populacionaes por Distrito Sanitário, bem como as • variações temporais do número de mortes por causas externas em segmentos populacionaes, identificando situações de desigualdade e tendências que demandem ações e estudos específicos.

Contribuir na avaliação dos níveis de saúde e de desenvolvimento • socioeconômico da população.

Subsidiar processos de planejamento, gestão e avaliação de políticas • públicas de promoção, proteção e recuperação da saúde, concernentes às causas externas de mortalidade.

4. LIMITAÇÕES

R• equer atenção à subenumeração de mortes captadas pelo sistema de informação sobre mortalidade.

Apresenta restrição de uso sempre que ocorra elevada proporção de • mortes sem assistência médica ou por causas mal definidas.

Imprecisão na declaração da intencionalidade da ocorrência (homicídio, • suicídio ou acidente) condiciona o aumento da proporção de causas externas de intenção não determinada, comprometendo a qualidade do indicador. Isso ocorre sempre que é registrada apenas a natureza da lesão observada (capítulo XIX da CID-10), dificultando a codificação segundo a causa externa (capítulo XX da CID-10).

9. As mortes por causas externas (acidentes e violência) correspondem aos códigos V01 a Y98 do capítulo XX – causas externas de morbidade e mortalidade, da 10ª Revisão da Classificação Internacional de Doenças (CID-10).

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5. FONTE

Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM ) •

6. MÉTODO DE CÁLCULO

Número de mortes de residentes por faixa etária de 10 a 19 anos em determinada área por causas externas em determinado período.

7. CATEGORIAS DE ANÁLISE

Área: CS, Distrito Sanitário e Município•

Periodicidade: ano fechado e 12 últimos meses disponíveis.•

Grupo de causas, de acordo com a seguinte classificação:•

Grupos de causas Códigos na CID-10

Acidentes de transporte V01-V99

Suicídios X60-X84

Homicídios, incluídas as interven-ções legais

X85-Y09 e Y35-Y36

Causas de intenção indeterminada Y10-Y34

Demais causas externas Demais códigos de V01-Y98

3 - PROPORÇÃO DE ADOLESCENTES GRÁVIDAS CAPTADAS/ATENDIDAS

Nº 7 da planilha do Guia da Terceira Oficina•

1. CONCEITUAÇÃO

Percentual de gestantes adolescentes captadas/atendidas residentes na • área no período considerado em relação à população total de gestantes adolescentes estimadas na mesma área e período.

Serão considerados como gestantes adolescentes captadas/atendidas toda • gestante na faixa etária de 10 a 19 anos atendida em primeira consulta pelo médico generalista e/ou ginecologista e/ou enfermeiro no Sistema Saúde em Rede com CID Z34 a Z35 ou atendimento realizado no protocolo de pré-natal, sendo gerado um número de identificação do SISPRENATAL.

2. INTERPRETAÇÃO

Verificar a captação de gestantes adolescentes (10 a 19 anos) em • relação ao total de gestantes adolescentes estimadas na população de responsabilidade da equipe.

Numerador: Toda gestante adolescente (10 a 19 anos) residente na área atendida pelo enfermeiro ou médico de saúde da família ou ginecologista

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no Sistema Saúde em Rede no protocolo de pré-natal com número de identificação do SISPRENATAL.

1. Gestante atendida no protocolo de pré-natal com geração de nº de SISPN no ano em questão

2. Selecionar aquelas na faixa de 10 a 19 anos na data do atendimento acima.

Denominador: Número estimado de gestantes adolescentes (10 a 19 anos) calculado de acordo com o número de nascidos vivos de mães adolescentes do SINASC no período considerado.

3. USOS

Contribuir em conjunto com os demais indicadores para o diagnóstico/• monitoramento do estado de saúde das adolescentes residentes em Belo Horizonte, bem como a captação para o pré-natal na Atenção Primária em Saúde no nível local e distrital.

4. LIMITAÇÕES

Não abranger o universo das gestantes, excluindo aquelas que não foram • cadastradas no SISREDE/ SISPRENATAL;

O número de gestantes esperado a partir do SINASC considera que a taxa • de crescimento é de 0%;

Os atendimentos às gestantes realizados pelo profissional de saúde • que não foram realizados no protocolo de pré-natal do SISREDE não gerarão número de identificação no SISPRENATAL, portanto não serão considerados no indicador;

Não serão contabilizadas na área de abrangência as mulheres que • realizarem pré-natal em serviços fora da rede municipal de saúde;

As mulheres atendidas serão contabilizadas no indicador da área de • abrangência responsável pela sua área de moradia;

Os dados cadastrais de endereço da família desatualizados no Censo BH • Social;

Os dados do denominador podem estar subestimados por não considerar • aborto, natimorto e gemelar.

5. FONTE

Numerador:• Sistema Saúde em Rede (SISREDE)

Denominador:• Sistema de Informação de Nascidos Vivos (SINASC)

6. MÉTODO DE CÁLCULO

Nº de gestantes adolescentes captadas/atendidas no último anoNº total de gestantes adolescentes estimadas no último ano

x100

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7.CATEGORIAS SUGERIDAS PARA ANÁLISE

Área: CS, Distrito Sanitário e Município •

Periodicidade: ano civil completo, parcial e 12 últimos meses válidos com • exclusão dos três últimos meses devido à baixa completude do dado.

8. COMENTÁRIOS

Para efeito do cálculo do numerador, considera-se gestantes cadastradas • no SISREDE (e consequentemente no SISPRENATAL) como gestantes captadas/ atendidas.

21,72% do total de gestantes em Minas Gerais são adolescentes. Em BH • esse percentual é de 10%, atingindo 30% nas áreas de risco.

Parâmetro: espera-se a captação de 100% das adolescentes gestantes • estimadas na área.

4-PROPORÇÃO DE ADOLESCENTES GRÁVIDAS ACOMPANHADAS

Nº 8 da planilha do Guia da Terceira Oficina•

1. CONCEITUAÇÃO

Percentual de gestantes adolescentes residentes na área da equipe • atendidas pelo médico de saúde da família ou ginecologista ou enfermeiro, no Sistema Saúde em Rede, no protocolo de pré-natal, com número de identificação no SISPRENATAL, que tenham entre 37 a 41 semanas + 6 dias de gravidez, e realizado 6 (seis) consultas ou mais conforme o estabelecido no protocolo de atendimento da SMSA no período selecionado em relação ao total de gestantes adolescentes captadas/atendidas na mesma área e período.

2. INTERPRETAÇÃO

Verificar o acompanhamento de gestantes adolescentes (10 a 19 anos) • em relação ao total de gestantes adolescentes estimadas na população de responsabilidade da equipe.

Numerador: Toda gestante adolescente (10 a 19 anos) residente na área atendida pelo médico de saúde da família ou ginecologista ou enfermeiro no Sistema Saúde em Rede no protocolo de pré-natal com número de identificação no SISPRENATAL, que tenha entre 37 a 41 semanas + 6 dias de gravidez, e realizado 6 (seis) consultas ou mais conforme o estabelecido no protocolo de atendimento da SMSA no período selecionado.

1. Gestante atendida no protocolo de pré-natal com geração de nº de SISPRENATAL no ano em questão e no ano anterior

2. Selecionar aquelas na faixa erária de 10 a 19 anos, na data do atendimento acima

3. Selecionar aquelas que tem todas as consultas de acordo com a ficha de qualificação na gestação acima

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4. Protocolo de acompanhamento (6 consultas) no ano de 2009

Classificação Parâmetro

Adolescente Gestante 1º trimestre 1 consulta

Adolescente Gestante 2º trimestre 2 consulta

Adolescente Gestante 3º trimestre 3 consulta

Total 6 consulta

Denominador: Toda gestante adolescente (10 a 19 anos) residente na área atendida pelo médico de saúde da família ou ginecologista ou enfermeiro no Sistema Saúde em Rede, no protocolo de pré-natal, com número de identificação no SISPRENATAL, que tenha entre 37 e 41 semanas + 6 dias de gravidez no período selecionado.

3.USOS

Contribuir em conjunto com os demais indicadores para o diagnóstico/• monitoramento do estado de saúde das gestantes adolescentes residentes em Belo Horizonte, bem como a Atenção Primária em Saúde no nível local e distrital.

4. LIMITAÇÕES

Nos atendimentos realizados, nem sempre o profissional de saúde se • refere a gravidez ou não menciona no protocolo específico para pré-natal.

5. FONTE

Numerador e denominador: Sistema Saúde em Rede •

6. MÉTODO DE CÁLCULO

7. CATEGORIAS SUGERIDAS PARA ANÁLISE

Área: ESF, CS, Distrito Sanitário e Município •

Período: trimestral, semestral e anual •

8. COMENTÁRIOS

Parâmetro: Espera-se um acompanhamento de 100% das gestantes • adolescentes captadas/atendidas.

Nº de adolescentes grávidas acompanhadas no período e na áreaNº total de adolescentes grávidas captadas/atendidas no período e na área

x100

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INDICADORES DOS ADULTOS (20 A 59 ANOS)

1- PROPORÇÃO DE ADULTOS HIPERTENSOS CAPTADOS/ATENDIDOS

Nº 1 da planilha do Guia da Terceira Oficina•

1.CONCEITUAÇÃO

Percentual de indivíduos com 25 anos a 59 anos com hipertensão arterial, • captados/atendidos de acordo com o protocolo específico da SMSA-BH pelas equipes de Belo Horizonte em relação ao total de hipertensos estimados na mesma faixa etária, da mesma área.

2.INTERPRETAÇÃO

Verificar a captação de hipertensos na população de responsabilidade • das equipes.

Numerador: Serão considerados hipertensos captados os indivíduos de 25 a 59 anos atendidos por médico generalista e/ou clínico no CS, com diagnóstico de hipertensão (CID 10a rev. I10 a I13) em qualquer protocolo e/ou atendimento no protocolo de risco cardiovascular/hipertensão classificados com hipertensão estágio I, II ou III (palheta de classificação).

Pacientes que foram atendidos no ano em questão e se enquadrem • nos critérios de diagnóstico conforme ficha de qualificação. Ou seja, serão considerados hipertensos captados os indivíduos de 25 a 59 anos atendidos por médico generalista e/ou clínico no CS, com diagnóstico de hipertensão (CID 10a rev. I10 a I13) em qualquer protocolo e/ou atendimento no protocolo de risco cardiovascular/hipertensão classificados com hipertensão estágio I, II ou III (palheta de classificação).

Também pacientes atendidos em anos anteriores que se enquadrem • nos critérios de diagnóstico desde que tenham tido pelo menos um atendimento no ano em questão, por clínico, generalista ou enfermeiro em qualquer protocolo, exceto acolhimento.

Desses pacientes, são selecionados aqueles que têm idade dentro da • faixa etária conforme ficha de qualificação no ano em questão.

OBS.: Quando o paciente tiver mais de um dos critérios de diagnóstico, considerar o mais recente.

Exemplo: adultos hipertensos captados em 2009:

1. Todos os pacientes atendidos em 2009 com os critérios de hipertensão da ficha (atendido por generalista ou clínico no protocolo de hipertensão e/ou CID de hipertensão...) são selecionados.

2. Selecionam-se também todos os pacientes atendidos até 31/12/2008 com os critérios de hipertensão da ficha (atendido por generalista ou clínico no protocolo de hipertensão e/ou CID de hipertensão...) desde que tenham tido pelo menos um atendimento em 2009 por generalista ou clínico ou enfermeiro em qualquer protocolo, exceto acolhimento.

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2.Em seguida, são selecionados os que completaram idade entre 25 a 59 anos de 1º/01 a 31/12 de 2009.

OBS.: Estes valores serão o denominador dos indicadores de acompanhados para o ano seguinte.

Denominador: Número estimado de 25,8% da população de 25 a 59 anos da área em questão, em determinado período de tempo. Serão construídos dois indicadores, usando-se dois denominadores diferentes:

Denominador 1 » : A estimativa de hipertensos esperados será baseada em 25,8% da população de 25 a 59 anos, fornecida pelo IBGE.

Denominador 2 » : A estimativa de hipertensos esperados será baseada em 25,8% da população de 25 a 59 anos, fornecida pelo Censo BH Social.

3.USOS

Contribuir em conjunto com os demais indicadores para a programação/• monitoramento do estado de saúde dos adultos residentes em cada área e do processo de trabalho no nível local.

4.LIMITAÇÕES

Nos atendimentos realizados, em que o profissional de saúde não tiver • inserido a doença ou o diagnóstico para hipertensão.

Em alguns casos, o paciente não tem o cadastro de endereço atualizado, • levando a que seja inserido na área de sua antiga moradia.

A falta de atualização das microáreas de responsabilidade do Agente • Comunitário de Saúde pode levar o paciente a ser considerado como equipe ou de equipe ignorada.

A falta de inativação do cadastro por motivo de óbito do paciente no • módulo do BH-Vida o manterá ativo na listagem dos indicadores.

As consultas dos hipertensos captados realizadas com os especialistas • não serão consideradas para efeito de acompanhamento; contudo, o especialista terá acesso ao protocolo e poderá reclassificar o indivíduo.

5.FONTE

5.1 Numerador: Sistema Saúde em Rede SISREDEDenominador: IBGE

5.2 Numerador: Sistema Saúde em Rede SISREDEDenominador: Censo BH Social

6.MÉTODO DE CÁLCULO

Nº de hipertensos de 25 a 59 anos captados na área e no períodoNº de hipertensos estimados de 25 a 59 anos na área e no período

x100

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7.CATEGORIAS DE ANÁLISE

Área: ESF, CS, Distrito Sanitário e Município•

Faixa etária: idade maior ou igual a 25 anos•

Gênero: feminino ou masculino•

Patologia: Hipertensão (CID I10 a I13)•

Periodicidade: ano civil completo e 12 últimos meses disponíveis•

8. COMENTÁRIOS

Parâmetro: Serão considerados como casos esperados para hipertensão • a prevalência de 25,8% da população com idade maior ou igual a 25 anos (sendo: 9,9% de 25 a 39 anos, 32% de 39 a 59 anos, e 52,5% acima de 60 anos).

Desse total, são estimados: 40% de hipertensos de baixo risco, 35% de • hipertensos de risco médio e 25% de hipertensos de alto risco.

Será utilizada a população cadastrada na área de responsabilidade da • Equipe de Saúde Família e da área de abrangência do CS.

São situações de alerta quando o resultado encontrado for • significativamente diferente do parâmetro esperado, o que deverá desencadear ações de vigilância.

2- PROPORÇÃO DE ADULTOS DIABÉTICOS CAPTADOS/ATENDIDOS

Nº 2 da planilha do Guia da Terceira Oficina•

1.CONCEITUAÇÃO

Percentual de indivíduos de 30 a 59 anos com diabetes mellitus, captados/• atendidos de acordo com o protocolo específico da SMSA-BH em determinada área de Belo Horizonte em relação ao total de hipertensos esperados, de 30 a 59 anos, dessa mesma área.

2.INTERPRETAÇÃO

Verificar a captação de diabéticos na população de responsabilidade • do CS.

Numerador: Serão considerados diabéticos captados os indivíduos atendidos pelo médico generalista e/ou médico clínico com CID E10 a E14 e/ou realizado no protocolo de diabetes, na faixa etária de 30 a 59 anos (considerar Diabetes Tipo 1 e Tipo 2).

Numerador dos indicadores de diabéticos captados/esperados para um determinado ano:

Pacientes que foram atendidos no ano em questão e se enquadram nos • critérios de diagnóstico conforme ficha de qualificação. Ou seja, serão considerados diabéticos captados os indivíduos de 25 a 59 anos atendidos

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por médico generalista e/ou clínico no CS, com diagnóstico de diabetes (CID 10a rev. E10 a E14) em qualquer protocolo e/ou atendimento no protocolo de diabetes.

Também pacientes atendidos em anos anteriores que atendem aos critérios • de diagnóstico desde que tenham tido pelo menos um atendimento no ano em questão, por clínico, generalista ou enfermeiro em qualquer protocolo, exceto acolhimento.

Desses pacientes, são selecionados aqueles que têm idade dentro da faixa • etária conforme ficha de qualificação no ano em questão.

OBS.: quando o paciente tiver mais de um dos critérios de diagnóstico, considerar o mais recente.

Denominador: Número estimado de 12% da população com idade de 30 a 59 anos da mesma área de abrangência em uma determinada área e período, considerado no numerador. Serão construídos dois indicadores, usando dois denominadores diferentes:

Denominador 1 » : A estimativa de diabéticos esperados será baseada em 12% da população de 30 a 59 anos, fornecida pelo IBGE.

Denominador 2 » : A estimativa de hipertensos esperados será baseada em 12% da população de 30 a 59 anos, fornecida pelo Censo BH Social.

3.USOS

Contribuir em conjunto com os demais indicadores, para a programação • e/ou monitoramento do estado de saúde dos residentes na faixa etária de 30 a 59 anos na área definida e do processo de trabalho no nível local.

4.LIMITAÇÕES

Nos atendimentos realizados, em que o profissional de saúde não tiver • inserido a doença ou o diagnóstico para diabetes.

Em alguns casos, o paciente não tem o cadastro de endereço atualizado, • levando a que seja inserido na área de sua antiga moradia.

A falta de atualização das microáreas de responsabilidades do Agente • Comunitário de Saúde pode levar o paciente a ser considerado como outra equipe ou de equipe ignorada.

A falta de inativação do cadastro por motivo de óbito do paciente no • módulo do BH-Vida o manterá ativo na listagem dos indicadores.

5.FONTE

5.1 Numerador: Sistema Saúde em Rede SISREDEDenominador: IBGE

5.2 Numerador: Sistema Saúde em Rede SISREDEDenominador: Censo BH Social

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6.MÉTODO DE CÁLCULO

7.CATEGORIAS DE ANÁLISE

Área : ESF, CS, Distrito Sanitário e Município•

Faixa etária: 30 a 59 anos•

Gênero: feminino ou masculino•

Patologia: Diabetes (CID E10 a E14- considerar Tipo1 e Tipo2)•

Periodicidade: ano civil completo e 12 últimos meses disponíveis•

8.COMENTÁRIOS

Parâmetro: Será considerada como caso esperado para diabetes a • prevalência de 12% da população com idade de 30 a 59 anos. Será utilizada a população cadastrada na área de responsabilidade da Equipe de Saúde Família e na área de abrangência do CS.

São situações de alerta quando o resultado encontrado for • significativamente diferente do parâmetro esperado, o que deverá desencadear ações de vigilância.

3- PROPORÇÃO DE ADULTOS DIABÉTICOS ACOMPANHADOS

Nº 6 da planilha do Guia da Terceira Oficina•

1.CONCEITUAÇÃO

Percentual de indivíduos com Diabetes Mellitus, acompanhados de acordo • com o protocolo específico da SMSA-BH em determinado período e área de Belo Horizonte em relação ao total de indivíduos diabéticos diagnosticados, desta mesma área e no mesmo período.

2.INTERPRETAÇÃO

Conhecer como está se processando o acompanhamento dos portadores • de diabetes na população de responsabilidade da ESF, acompanhados de acordo com o protocolo específico da SMSA-BH, que foram diagnosticados em uma determinada área, em um determinado período de tempo.

Numerador: serão considerados acompanhados os indivíduos de 30 a 59 anos atendidos com CID E10 a E14 e/ou atendimento realizado no protocolo de diabetes pelo médico generalista, clínico e/ou enfermeiro que tenha número de consultas correspondente ao preconizado no protocolo de atendimento ao diabético da SMSA.

Nº diabéticos com idade de 30 a 59 anos captados na área e no períodoNº diabéticos esperados com idade de 30 a 59 anos na área e no período

x100

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Diabético Classificação terapêutica Nº consultas/ano

Médico Enfermeiro

DM Tipo I Insulino-dependente 3 3

DM Tipo II Insulino-dependente 3 3

Não insulino-dependente 2 2

1. Pacientes que foram atendidos no ano anterior ao do indicador e se enquadram nos critérios de diagnóstico conforme ficha de qualificação.

2. Pacientes atendidos em qualquer data e que se enquadram nos critérios de diagnóstico desde que tenham tido pelo menos um atendimento no ano anterior ao do indicador por clínico, generalista ou enfermeiro em qualquer protocolo, exceto acolhimento.

3. Desses pacientes, selecionar aqueles que têm idade dentro da faixa etária conforme protocolo da ficha de qualificação de 1º/1 a 31/12 do ano em questão (ano do indicador).

4. Selecionar aqueles que tiveram todas as consultas conforme ficha de qualificação no ano em questão.

Denominador: Será considerado como paciente cadastrado (30 a 59 anos) que aquele em algum momento, for atendido por médico de saúde da família e/ou médico clínico ou especialista com diagnóstico relativo a diabetes (CID E10 a E14, considerar Tipo1 e Tipo 2) e/ou atendimento realizado no protocolo de diabetes.

O denominador corresponde ao numerador do indicador de captados conforme descrito acima para o ano anterior.

Os pacientes atendidos pontualmente ou equivocadamente no protocolo • de diabetes poderão ser excluídos mediante a concessão de alta administrativa no protocolo específico.

Não será considerada qualquer outra alta nesse protocolo.•

Os pacientes que estiverem sem informação sobre a classificação • terapêutica serão incluídos apenas no denominador até que sejam classificados e possam ser avaliados em relação ao acompanhamento no protocolo estabelecido.

Caso o paciente não tenha concluído 1 ano de acompanhamento em • relação à data do primeiro atendimento, ele não será incluído no indicador. Esses pacientes serão incluídos na listagem como pacientes que não completaram um ano.

3.USOS

Contribuir em conjunto com os demais indicadores para a programação • e/ou monitoramento do estado de saúde dos indivíduos, residentes na área definida e do processo de trabalho no nível local.

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4.LIMITAÇÕES

Nos atendimentos realizados, em que o profissional de saúde não tiver • inserido a doença ou o diagnóstico para diabetes.

Em alguns casos, o paciente não tem o cadastro de endereço atualizado, • levando a que seja inserido na área de sua antiga moradia.

A falta de atualização das microáreas de responsabilidades do Agente • Comunitário de Saúde pode levar o paciente a ser considerado como outra equipe ou de equipe ignorada.

A falta de inativação do cadastro por motivo de óbito do paciente no • módulo do BH-Vida o manterá ativo na listagem dos indicadores.

5.FONTE

Sistema Saúde em Rede (SISREDE)•

6.MÉTODO DE CÁLCULO

7.CATEGORIAS DE ANÁLISE

Área: ESF, CS, Distrito Sanitário e Município•

Faixa etária: 30 a 59 anos•

Gênero: feminino ou masculino•

Patologia: Diabetes•

Periodicidade: trimestral, semestral e anual •

8.COMENTÁRIOS

Parâmetro: 100% de acompanhamento dos diabéticos captados/• atendidos

Prevalência da diabetes na população 30 a 59 anos: 12%•

5- RAZÃO DE COLETA DE EXAMES CITOPATOLÓGICOS DE COLO DE ÚTERO – PAPANICOLAU

Nº 8 da planilha do Guia da Terceira Oficina•

1.CONCEITUAÇÃO

O indicador expressa a razão de exames citopatológicos do colo do útero • (Papanicolau) realizados em residentes da área, do sexo feminino de 25 a 59 anos, possibilitando avaliar a oferta de exames para a cobertura das residentes da área definida e no período considerado.

Nº diabéticos de 30 a 59 anos acompanhados na área e no períodoNº diabéticos de 30 a 59 anos captados/atendidos na área e no período

x100

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2. INTERPRETAÇÃO

Este dado revela e permite avaliar a capacidade da rede assistencial de • ofertar exames, bem como a capacidade de cobertura da população.

Numerador: número de exames citopatológicos coletados em mulheres na faixa etária de 25 a 59 anos que foram atendidas em qualquer protocolo pelo médico generalista e/ou ginecologista e/ou enfermeiro.

Serão construídos dois indicadores, usando dois denominadores diferentes:

Denominador 1 » : O número total de mulheres (100%) de 25 a 59 anos na área, segundo o IBGE.

Denominador 2 » : O número total de mulheres (100%) de 25 a 59 anos na área, segundo o Censo BH Social.

3. USOS

Contribuir em conjunto com os demais indicadores para o diagnóstico/• monitoramento do estado de saúde da população feminina de 25 a 59 anos residente em Belo Horizonte, bem como a Atenção Primária em Saúde no nível local e distrital.

Analisar as variações por CS ou agregados por Distrito Sanitário, bem como • as variações temporais dos dados coletados para o SISREDE, comparando-os com o SISCOLO, com o propósito de avaliar a sua consistência.

Pode indicar possíveis sub-registros expressivos de dados para o SISREDE e • SISCOLO e contribuir para o desenvolvimento operacional do sistema.

4. LIMITAÇÕES

O indicador não retrata a real cobertura da população-alvo do • rastreamento do câncer do colo do útero, já que avalia a solicitação de exame citopatológico com base no número de exames, e não no número de mulheres examinadas.

Como um indicador “proxy” (substituto ou indireto) de cobertura, é • preciso considerar:

1. Periodicidade de realização do exame: se houver repetição de exames em período menor que o preconizado pelo protocolo (um exame a cada três anos, após duas citologias anuais consecutivas negativas), pode significar que parte da população-alvo não esteja tendo acesso ao exame de Papanicolaou e que outra parte está repetindo exames desnecessariamente. Uma comparação com o SISCOLO pode ser interessante. O SISCOLO apresenta os campos citologia anterior (se a mulher já realizou o exame preventivo) e tempo da citologia anterior (há quanto tempo). Essa informação permite ao gestor avaliar o padrão de periodicidade de exames, bem como a captação de mulheres, ou seja, aquelas que estão realizando o exame pela primeira vez.

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2. Cobertura da saúde suplementar: nas unidades que considerarem os dados do IBGE, especialmente em áreas de baixo risco que apresentam cobertura alta de planos privados de saúde, a razão poderá mostrar resultados mais baixos, uma vez que o cálculo desse indicador considera a população feminina total.

As mulheres atendidas serão contabilizadas no indicador da equipe responsável pela sua área de residência.

5. FONTE

5.1 Numerador: Sistema Saúde em Rede SISREDE

Denominador: IBGE

5.2 Numerador: Sistema Saúde em Rede SISREDE

Denominador: Censo BH Social

Esse dado pode apresentar problemas, uma vez que o SISREDE reporta a proporção de mulheres que obtiveram solicitação de exame preventivo para câncer de colo de útero na população de responsabilidade das ESFs, nos CSs, realizados segundo protocolo da SMSA que preconiza uma coleta a cada 3 anos.

6. MÉTODO DE CÁLCULO

7. CATEGORIAS DE ANÁLISE

Área: ESF, CS, Distrito Sanitário e Município•

Faixa etária: 25 a 59 anos•

Periodicidade: ano civil completo e 12 últimos meses disponíveis•

8. COMENTÁRIOS

Parâmetro: 100% das mulheres de 25 a 59 anos realizam a coleta a cada • 3 anos (a população esperada corresponde a 33% da população feminina na faixa de 25 a 59 anos anualmente ).

São situações de alerta quando o resultado encontrado for • significativamente diferente do parâmetro esperado, o que deverá desencadear ações de vigilância.

Nº exames citopatológicos do colo do útero coletados em mulheres de 25 a 59 anos na área e no períodoNº total de mulheres de 25 a 59 anos, na mesma área e período

x100

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Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada

6 - TAXA DE INCIDÊNCIA DE INDIVÍDUOS COM TUBERCULOSE

• Nº 10 da planilha do Guia da Terceira Oficina

1. CONCEITUAÇÃO

• Número de casos novos notificados de tuberculose (todas as formas – códigos A15 a A19 da CID-10), por 100 mil habitantes, na população residente na área, no ano considerado em relação ao total de indivíduos da mesma faixa etária residentes, na mesma área.

2. INTERPRETAÇÃO

• Estima o risco de um indivíduo vir a desenvolver tuberculose, em qualquer de suas formas clínicas, numa determinada população, com intervalo de tempo determinado e exposta ao risco de adquirir a doença.

• Indica a persistência de fatores favoráveis à propagação do bacilo Mycobacterium tuberculosis, que se transmite de um indivíduo a outro, principalmente a partir das formas pulmonares da doença.

• Taxas elevadas de incidência de tuberculose estão geralmente associadas a baixos níveis de desenvolvimento socioeconômico e a insatisfatórioas condições de assistência, diagnóstico e tratamento de sintomáticos respiratórios. Outro fator a ser considerado é a cobertura de vacinação pelo BCG.

• Pode apresentar aumento da morbidade quando há associação entre tuberculose e infecção pelo HIV.

Numerador: Serão considerados os pacientes com 15 anos e mais no Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN) com diagnóstico confirmado de Tuberculose (código A15 a A19 da CID-10) no ano.

Serão construídos dois indicadores, usando dois denominadores diferentes:

Denominador 1: O número total de indivíduos com idade igual ou acima de 15 anos na área, segundo o Censo BH Social.

Denominador 2: O número total de indivíduos com idade igual ou acima de 15 anos na área, segundo o IBGE.

3. USOS

• Analisar variação populacional, geográfica e temporal na distribuição dos casos confirmados de tuberculose, como parte do conjunto de ações de vigilância epidemiológica da doença.

• Contribuir para a orientação e avaliação das ações de controle de tuberculose.

• Subsidiar processos de planejamento, gestão e avaliação de políticas e ações de saúde direcionadas para o controle da tuberculose em áreas e população de risco.

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Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada

4. LIMITAÇÕES

• Depende das condições técnico-operacionais do sistema de vigilância epidemiológica em cada área geográfica para detectar, notificar, investigar e confirmar casos de tuberculose. Na média nacional, o sub-registro de casos é estimado em aproximadamente 30%.

• O indicador não discrimina as formas clínicas de tuberculose que têm significados diferentes na dinâmica de transmissão da doença.

• Em alguns casos, o paciente não tem o cadastro de endereço atualizado, levando a que seja inserido na equipe de sua antiga moradia.

• Também a falta de atualização das microáreas de responsabilidade do Agente Comunitário de Saúde pode levar o paciente a ser considerado como de outra equipe ou de equipe ignorada.

• A falta de inativação do cadastro por motivo de óbito do paciente no módulo do BH-Vida o manterá ativo na listagem dos indicadores.

5. FONTE

5.1 Numerador: Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN)

Denominador: Censo BH Social

5.2 Numerador: Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN)

Denominador: IBGE-2000

6. MÉTODO DE CÁLCULO

7. CATEGORIAS DE ANÁLISE

• Área : ESF, CS, Distrito Sanitário e Município

• Faixa etária: 15 anos e mais

• Gênero: feminino ou masculino

• Patologia: Tuberculose

• Periodicidade: ano civil completo, parcial e 12 últimos meses disponíveis

Nº de casos novos notificados com tuberculose de 15 anos e mais da área no períodoNº total de indivíduos na faixa etária de 15 anos e mais residentes na área e no período

x100.000

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Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada

8. COMENTÁRIOS

• Parâmetro: 28 casos novos/ano/100.000 habitantes (Belo Horizonte, 2008).

• São situações de alerta quando o resultado encontrado for significativamente diferente do parâmetro, o que deverá desencadear ações de vigilância.

7 - TAXA DE PREVALÊNCIA DE INDIVÍDUOS COM HANSENÍASE

• Nº 11 da planilha do Guia da Terceira Oficina

1. CONCEITUAÇÃO

• Número de indivíduos com diagnóstico de hanseníase (código A30 da CID-10), por 100 mil habitantes, na população residente da área em relação à população de 20 anos ou mais da mesma área.

• A definição de caso de hanseníase baseia-se em critérios adotados pelo Ministério da Saúde para orientar as ações de vigilância epidemiológica da doença em todo o País.

2. INTERPRETAÇÃO

• Avalia a magnitude da hanseníase, numa determinada população com idade acima de 20 anos.

• Estima a ocorrência de casos de hanseníase, em qualquer de suas formas clínicas, indicando exposição ao bacilo Mycobacterium leprae. Os sinais e os sintomas iniciais da hanseníase costumam ser pouco expressivos e valorizados e surgem após longo período de incubação.

• Taxas elevadas estão geralmente associadas a baixos níveis de desenvolvimento socioeconômico e a insatisfatórias condições assistenciais para o diagnóstico precoce, o tratamento padronizado e o acompanhamento dos casos.

Numerador: Serão considerados os pacientes na faixa etária de 20 anos e mais no Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN) com diagnóstico confirmado de Hanseníase (código A30 da CID-10).

Serão construídos dois indicadores, usando dois denominadores diferentes:

Denominador 1: O número total de indivíduos com idade igual ou acima de 20 anos na área de responsabilidade da equipe, segundo o IBGE.

Denominador 2: O número total de indivíduos com idade igual ou acima de 20 anos na área de responsabilidade da equipe, segundo o Censo BH Social.

3. USOS

• Analisar variação populacional, geográfica e temporal na distribuição dos casos diagnosticados de hanseníase, como parte do conjunto de ações de vigilância epidemiológica da doença.

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Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada

• Contribuir para a avaliação e prevenção de casos de hanseníase.

• Subsidiar processos de planejamento, gestão e avaliação de políticas e ações de controle da hanseníase.

4. LIMITAÇÕES

• Depende das condições técnico-operacionais do sistema de vigilância epidemiológica, em cada área geográfica, para detectar, notificar, investigar e confirmar casos de hanseníase.

• Nos atendimentos realizados, em que o profissional de saúde não tiver inserido a doença ou o diagnóstico para hanseníase.

• Em alguns casos, o paciente não tem o cadastro de endereço atualizado, levando a que seja inserido na equipe de sua antiga moradia.

• Também a falta de atualização das microáreas de responsabilidade do Agente Comunitário de Saúde pode levar o paciente a ser considerado como de outra equipe ou de equipe ignorada.

• A falta de inativação do cadastro por motivo de óbito do paciente no módulo do BH-Vida o manterá ativo na listagem dos indicadores.

5. FONTE

5.1 Numerador: Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN)

Denominador: IBGE

5.2 Numerador: Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN)

Denominador: Censo BH Social

6. MÉTODO DE CÁLCULO

7. CATEGORIAS DE ANÁLISE

• Área: CS, Distrito Sanitário e Município

• Faixa etária: população de 20 anos e mais

• Gênero: feminino ou Masculino

• Patologia: Hanseníase

• Periodicidade: ano civil completo e 12 últimos meses disponíveis.

Nº de casos notificados de hanseníase de 20 anos e mais residentes na área e no períodoPopulação de 20 anos e mais da área no período

x10.000

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Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada

8. COMENTÁRIOS

• Parâmetro: 4,4 casos / 10.000 habitantes (BH – 2009).

• São situações de alerta quando o resultado encontrado for significativamente diferente do parâmetro esperado, o que deverá desencadear ações de vigilância.

INDICADORES DOS IDOSOS (60 ANOS E MAIS)

1 - PROPORÇÃO DE IDOSOS HIPERTENSOS CAPTADOS/ATENDIDOS

• Nº 1 da planilha do Guia da Terceira Oficina

1. CONCEITUAÇÃO

• Percentual da população hipertensa > 60 anos da área de abrangência, captada/atendida através de consulta realizada no Sistema Saúde em Rede por médico generalista e/ou clínico, em relação ao total estimado de portadores de Hipertensão Arterial, na faixa etária > 60 anos da mesma área, num determinado período.

• Hipertenso: indivíduo atendido com diagnóstico de Hipertensão (CID10ª ver.: I10 a I13) em qualquer protocolo e/ou atendido no Protocolo HAS/Risco Cardiovascular, com hipertensão estágio I, II ou III (paleta classificação).

2. INTERPRETAÇÃO

• Verificar a cobertura na captação dos portadores de Hipertensão Arterial na população da faixa etária > 60 anos da área de abrangência.

Numerador: Nº de idosos > 60 anos hipertensos captados/atendidos no Sistema Saúde em Rede, na AA, num determinado período.

Serão construídos 2 indicadores, usando dois denominadores diferentes:

Denominador 1: O número de idosos hipertensos estimados baseado no IBGE (52,5% da população residente na faixa etária > 60 anos).

Denominador 2: O número de idosos hipertensos estimados baseado no Censo BH Social (52,5% da população residente na faixa etária > 60 anos).

3. USOS

• Subsidiar processos de planejamento, gestão e a avaliação das ações de saúde para os idosos, num determinado território.

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Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada

4. LIMITAÇÕES

• Inexistência do indicador na faixa etária determinada (> 60 anos) e na prevalência sugerida. Tem de ser construído.

• Erros no geoprocessamento.

• Não inserção do diagnóstico de Hipertensão Arterial no atendimento quando esse não é realizado no Protocolo HAS/Risco Cardiovascular.

• Dados cadastrais desatualizados (endereço e data de nascimento).

• Não inclui o idoso hipertenso captado fora da rede pública municipalizada e informatizada.

• Falta de inquérito amostral mais atualizado da prevalência.

5. FONTES

5.1 Numerador: Sistema Saúde em Rede (SISREDE)

Denominador: IBGE

5.2 Numerador: Sistema Saúde em Rede (SISREDE)

Denominador: Censo BH Social

6. MÉTODO DE CÁLCULO

7. CATEGORIAS SUGERIDAS PARA ANÁLISE

• Área: ESF, CS, Distrito Sanitário e Município

• Período: anual

8. COMENTÁRIOS

• Parâmetro: Captação de 100% dos idosos hipertensos.

• Será considerada a prevalência de 52,5%, conforme dados do Ministério da Saúde – Taxa de Prevalência de Hipertensão Arterial na população com idade maior ou igual a 60 anos – Inquérito domiciliar de 2002-2003.

Nº de idosos > 60 anos hipertensos captados/atendidos na área e no períodoNº estimado de idosos hipertensos na área e no período

x100

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2 - PROPORÇÃO DE IDOSOS DIABÉTICOS CAPTADOS/ATENDIDOS

• Nº 2 da planilha do Guia da Terceira Oficina

1. CONCEITUAÇÃO

• Percentual da população diabética > 60 anos da área de abrangência, captada/atendida através de consulta realizada no Sistema Saúde em Rede, por médico generalista e/ou clínico, em relação ao total estimado de portadores de Diabetes na faixa etária > 60 anos da mesma área, num determinado período.

• Diabético: indivíduo com diagnóstico de diabetes (CID10ª ver.: E10 a E14) em qualquer protocolo e/ou atendimento no protocolo de diabetes.

2. INTERPRETAÇÃO

• Verificar a cobertura na captação dos portadores de diabetes na população na faixa etária > 60 anos da área.

• Numerador: Nº de idosos > 60 anos diabéticos captados/atendidos da área no Sistema Saúde em Rede, num determinado período. Serão construídos dois indicadores, usando dois denominadores diferentes:

Denominador 1: O número de idosos diabéticos estimados baseado no IBGE (20% da população residente na faixa etária > 60 anos).

Denominador 2: O número de idosos diabéticos estimados, baseado no Censo BH Social (20% da população residente na faixa etária > 60 anos).

3. USOS

• Subsidiar processos de planejamento, gestão e a avaliação das ações de saúde, num determinado território.

4. LIMITAÇÕES

• Não inserção do diagnóstico de diabetes no atendimento quando esse não é realizado no Protocolo de Diabetes.

• Dados cadastrais desatualizados (endereço e data de nascimento).

• Não inclui o idoso diabético captado fora da rede pública municipalizada e informatizada.

5.FONTES

5.1 Numerador: Sistema Saúde em Rede (SISREDE)

Denominador: IBGE

5.2 Numerador: Sistema Saúde em Rede (SISREDE)

Denominador: Censo BH Social

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Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada

6. MÉTODO DE CÁLCULO

7. CATEGORIAS SUGERIDAS PARA ANÁLISE

• Área: ESF, CS, Distrito Sanitário e Município

• Período: anual

8. COMENTÁRIOS

• Parâmetro: Captação de 100% dos idosos diabéticos.

• Será considerado a prevalência de 20%, conforme dados fornecidos pela SMSA para a população com idade maior ou igual a 60 anos.

3 - PROPORÇÃO DE IDOSOS DIABÉTICOS ACOMPANHADOS

• Nº 6 da planilha do Guia da Terceira Oficina

1. CONCEITUAÇÃO

• Percentual da população diabética > 60 anos da área de abrangência, acompanhada através do protocolo da SMSA no Sistema Saúde em Rede, em relação à população de diabéticos captados/atendidos, na faixa etária > 60 anos da mesma área, num determinado período.

• 2.INTERPRETAÇÃO

• Verificar a cobertura no acompanhamento dos portadores de diabetes captados/atendidos da população na faixa etária > 60 anos da área de abrangência.

• A avaliação do acompanhamento ocorrerá mediante o cumprimento do nº de atendimentos preconizados pela SMSA:

Diabético Classificação terapêuticaNº consultas/ano

Médico Enfermeiro

DM Tipo I Insulino-dependente 3 3

DM Tipo IIInsulino-dependente 3 3

Não insulino-dependente 2 2

Nº de idosos diabéticos captados/atendidos na área e no períodoNº estimado de idosos diabéticos na área e no período

x100

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92

Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada

x100

Numerador: serão considerados acompanhados os indivíduos > 60 anos atendidos com CID E10 A E14, e/ou atendimento realizado no protocolo de diabetes pelo médico generalista, clínico e/ou enfermeiro que tenham nº de consultas correspondente ao preconizado no protocolo de atendimento ao diabético da SMSA.

Denominador: Será considerado como idoso diabético captados/atendidos o indivíduo > 60 anos atendido no Sistema Saúde em Rede por médico generalista, clínico ou enfermeiro, com diagnóstico de diabetes (CID E10 a E14) em qualquer protocolo e/ou atendimento realizado no protocolo de diabetes, no mesmo período.

3. USOS

• Subsidiar processos de planejamento, gestão e avaliação das ações de saúde, num determinado território.

4. LIMITAÇÕES

• Erros no geoprocessamento.

• Não inserção do diagnóstico de diabetes no atendimento quando esse não é realizado no Protocolo de Diabetes.

• Dados cadastrais desatualizados (endereço e data de nascimento).

• Não inclui o idoso diabético captado fora da rede pública municipalizada e informatizada.

5. FONTES

Numerador: SISREDE

Denominador: SISREDE

6. MÉTODO DE CÁLCULO

Nº total de idosos diabéticos acompanhados na área e no períodoNº total de idosos diabéticos captados/atendidos > 60 anos na área e no período

7. CATEGORIAS SUGERIDAS PARA ANÁLISE

• Área: ESF, CS, Distrito Sanitário e Município

• Periodicidade: trimestral, semestral e anual

• 8.COMENTÁRIOS

• Parâmetro: Acompanhamento de 100% dos idosos diabéticos captados/atendidos, conforme o protocolo da SMSA.

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Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada

INDICADORES DAS GESTANTES

1- PROPORÇÃO DE GESTANTES CAPTADAS/ ATENDIDAS

• Nº 1 da planilha do Guia da Terceira Oficina

1. CONCEITUAÇÃO:

• Percentual de gestantes captados/atendidos no período considerado e residentes na área em relação ao total de gestantes esperadas na mesma área e período.

2. INTERPRETAÇÃO

• Verificar a captação de gestantes na população de responsabilidade da Equipe de Saúde da Família, Unidade de Atenção Primária à Saúde, Distrito Sanitário.

Numerador: Toda gestante residente na área atendida pelo enfermeiro ou médico de saúde da família ou ginecologista no Sistema Saúde em Rede no protocolo de pré-natal com número de identificação (cadastro) do SISPRENATAL.

Denominador: Considerar como gestantes esperadas o número de nascidos vivos no SINASC no último ano disponível

• 3.USOS

• Dimensionar a rede assistencial, considerando que as gestantes de risco realizam pré-natal em unidades específicas;

• Contribuir em conjunto com os demais indicadores para o monitoramento da atenção à saúde da gestante residente nas áreas de abrangência da referida Unidade de Atenção Primária à Saúde e do processo de trabalho no nível local.

4. LIMITAÇÕES

• Não abranger o universo das gestantes, excluindo aquelas que não foram cadastradas no SISREDE/ SISPRENATAL;

• O número de gestantes esperado a partir do SINASC considera que a taxa de crescimento é de 0%;

• Os atendimentos às gestantes realizados pelo profissional de saúde que não foram realizados no protocolo de pré-natal do SISREDE não gerarão número de identificação no SISPRENATAL, portanto, não serão considerados no indicador;

• Não serão contabilizadas na área de abrangência as mulheres que realizarem pré-natal em serviços fora da rede municipal de saúde;

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Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada

• As mulheres atendidas serão contabilizadas no indicador da área de abrangência responsável pela sua área de moradia;

• Os dados cadastrais de endereço da família desatualizados no Censo BH Social;

• Os dados do denominador podem estar subestimados por não considerar aborto, natimorto e gemelar.

5.FONTES

Numerador: Sistema Saúde em Rede (SISREDE)

Denominador: Sistema de Informação de Nascidos Vivos (SINASC)

6. MÉTODO DE CÁLCULO

Nº total de gestantes captadas/atendidas na área e no período*Nº total de gestantes esperadas na área e no período

7. CATEGORIAS SUGERIDAS PARA ANÁLISE

• Área: CS, Distrito Sanitário e Município

• Periodicidade: anual

2 - PROPORÇÃO DE GESTANTES ACOMPANHADAS NO PRÉ-NATAL

• Nº 3 da planilha do Guia da Terceira Oficina

1. CONCEITUAÇÃO

• Percentual de gestantes residentes na área atendidas pelo médico de saúde da família ou ginecologista ou enfermeiro, no Sistema Saúde em Rede, no protocolo de pré-natal com número de identificação no SISPRENATAL, que tenham completado as 37 a 41 semanas + 6 dias de gravidez e realizado 06 (seis) consultas ou mais, conforme o estabelecido no protocolo de atendimento da SMSA no período considerado.

Classificação Parâmetro

Gestante 1º trimestre 1 consulta

Gestante 2º trimestre 2 consulta

Gestante 3º trimestre 3 consulta

Total 6 consulta

2. INTERPRETAÇÃO

• Percentual de gestantes que realizaram as consultas de pré-natal preconizadas, pressupondo acompanhamento adequado para diminuição de riscos de mortalidade materno-infantil.

x100

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Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada

Numerador: Toda gestante residente na área atendida pelo médico de saúde da família ou ginecologista ou enfermeiro no Sistema Saúde em Rede, no protocolo de pré-natal, com número de identificação no SISPRENATAL e que tenha completado de 37 a 41 semanas + 6 dias de gravidez e realizado 06 (seis) consultas ou mais conforme o estabelecido no protocolo de atendimento da SMSA no período considerado.

Denominador: Toda gestante residente na área atendida pelo médico de saúde da família ou ginecologista ou enfermeiro no Sistema Saúde em Rede, registrada no protocolo de pré-natal, com número de identificação no SISPRENATAL que tenha completado de 37 a 41 semanas + 6 dias de gravidez no período selecionado.

3. USOS

• Contribuir em conjunto com os demais indicadores para o monitoramento da atenção à saúde da gestante residente na área de abrangência da referida Unidade de Atenção Primária à Saúde e do processo de trabalho no nível local.

• Avaliar o cumprimento das recomendações relativas ao número adequado de consultas para acompanhamento do pré-natal às gestantes captadas que são da área de abrangência de responsabilidade da Unidade de Atenção Primária à Saúde.

• Avaliar adesão, dificuldade de acesso, do fluxo de referência – contrarreferência.

4. LIMITAÇÕES

• Os atendimentos às gestantes registrados pelo profissional de saúde que não foram realizados no protocolo de pré-natal não gerarão número de identificação no SISPRENATAL, portanto, não serão considerados no indicador.

• Não serão contabilizadas, na área de abrangência, as mulheres que realizarem pré-natal em serviços fora da rede municipal de saúde;

• As mulheres atendidas serão contabilizadas no indicador da área de abrangência responsável pela sua área de moradia;

• Os dados cadastrais de endereço da família desatualizado no Censo BH Social;

5. FONTE

Numerador: Sistema Saúde em Rede (SISREDE)

Denominador: Sistema Saúde em Rede (SISREDE)

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Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada

6. MÉTODO DE CÁLCULO

Nº de gestantes acompanhadas na área e no períodoNº total de gestantes captadas/atendidas na área e no período

7. CATEGORIAS SUGERIDAS PARA ANÁLISE

• Área: ESF, CS, Distrito Sanitário e Município

• Periodicidade: trimestral, semestral e anual

3 - NÚMERO DE MORTES MATERNAS

• Nº 8 da planilha do Guia da Terceira Oficina

1. CONCEITUAÇÃO

• Número de mortes maternas, de mães residentes na área e no período considerado.

2. INTERPRETAÇÃO

• Mede o número de mortes de mulheres em idade fértil ocorridas até 42 dias após o término da gravidez, atribuídas a causas ligadas à gravidez, ao parto e ao puerpério.

• O conceito de morte materna estabelecido pela Organização Mundial de Saúde é detalhado na 10ª Revisão da Classificação Internacional de Doenças (CID-10) como a “morte de uma mulher durante a gestação ou até 42 dias após o término da gestação, independentemente da duração ou da localização da gravidez, devido a qualquer causa relacionada com a gravidez ou agravada pela gravidez ou por medidas em relação a ela, porém não devida a causas acidentais ou incidentais”1.

• Em Belo Horizonte, todos os anos as mortes maternas são sistematicamente investigadas pelo Comitê de Prevenção de Mortes Maternas.

• Reflete a qualidade da atenção à saúde da mulher. Números elevados de mortes maternas estão associadas à insatisfatória prestação de serviços de saúde a esse grupo, desde o planejamento familiar e a assistência pré-natal, até a assistência ao parto e ao puerpério.

3. USOS

• Contribuir em conjunto com os demais indicadores para o monitoramento do estado de saúde da população gestante, residente nas áreas de abrangência das UAPS e a regionalização (Território) da saúde no nível local.

x100

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Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada

• Analisar variação populacional, por UAPS, bem como a variação temporal do número de mortes maternas, identificando situações de desigualdade e tendências que demandem ações e estudos específicos.

• Realizar comparação local, para o que se adota a definição tradicional de morte materna, ocorrida até 42 dias após o término da gestação.

• Contribuir na avaliação dos níveis de saúde e de desenvolvimento socioeconômico.

• Subsidiar processos de planejamento, gestão e avaliação de políticas e ações de saúde direcionadas à atenção pré-natal, ao parto, ao puerpério e ao planejamento familiar.

4. LIMITAÇÕES

• Exige conhecimento preciso da definição de morte materna e das circunstâncias em que ocorrem as mortes, para que sejam classificadas corretamente. Em Belo Horizonte, este trabalho é feito pelo Comitê de Prevenção de Óbitos.

5. FONTE

• Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e Comitês de Prevenção de Óbitos no nível central e nos níveis distritais.

• Definição de morte materna: Organização Mundial de Saúde. Classificação Internacional de Doenças: décima revisão - CID10. 4ª ed. v.2. São Paulo: Edusp, 1998. p. 143.

6. MÉTODO DE CÁLCULO

Número de mortes de mulheres residentes em determinado área por causas e condições consideradas de morte materna no período considerado

7. CATEGORIAS DE ANÁLISE

• Área: CS, Distrito Sanitário e Município

• Periodicidade: ano civil completo, parcial e 12 últimos meses disponíveis

8. COMENTÁRIOS

• Parâmetro: Não são esperadas mortes maternas para nenhuma área de abrangência de CS. Quando ocorrer um caso, esse será considerado um evento-sentinela.

• O “evento sentinela”, que foi adotado por Rutstein et al. (1976), como um dos métodos para vigilância à saúde, evidencia situações indesejáveis que possibilitem o monitoramento de serviços e sistema de saúde.

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• A ocorrência desses eventos-sentinela serve de alerta aos profissionais da saúde a respeito da possível ocorrência de agravos preveníveis, incapacidades ou de óbitos possivelmente associados à má qualidade de serviços ou das intervenções, que devem ser aprimoradas10.

4 - COBERTURA VACINAL DE GESTANTES CONTRA O TÉTANO

• Nº 9 da planilha do Guia da Terceira Oficina

1. CONCEITUAÇÃO

• Percentual de gestantes residentes na área, atendidas pelo enfermeiro ou médico de saúde da família ou ginecologista no Sistema Saúde em Rede, no protocolo de pré-natal, com número de identificação no SISREDE, e posteriormente no SISPRENATAL, que tenham sido imunizadas ou estejam em imunização contra o tétano em relação ao total de gestantes atendidas residentes na mesma área e período.

• 2. INTERPRETAÇÃO

• Avaliar o cumprimento das recomendações básicas em relação à prevenção do tétano neonatal de acordo com o protocolo de pré-natal da SMSA-BH nas gestantes que foram captadas na área.

Numerador: Toda gestante residente na área imunizada por dupla viral no período considerado.

Denominador: Toda gestante residente na área captada/atendida pelo médico de saúde da família ou ginecologista ou enfermeiro no Sistema Saúde em Rede, registrada no protocolo de pré-natal no período considerado.

3. USOS

• Contribuir em conjunto com os demais indicadores para o monitoramento da atenção à saúde da gestante residente nas áreas das equipes e do processo de trabalho no nível local.

• Subsidiar processos de planejamento, gestão e avaliação de políticas e ações voltadas para a atenção primária à saúde da gestante.

4. LIMITAÇÕES

• Os atendimentos às gestantes realizados pelo profissional de saúde que não foram realizados no protocolo de pré-natal não gerarão número de identificação no SISPRENATAL, portanto, não serão considerados no indicador;

• A ausência do registro da informação de “gestante imunizada” no protocolo do pré-natal no SIS-REDE;

• Não serão contabilizadas na área do CS as mulheres que realizarem pré-natal e imunização em serviços fora da rede municipal de saúde;

10. Rutstein DD,Berenberg W, Chalmers TC,Child CG, Fishman AP, Perrin EB.Measuring the quality of medical care: a clinical method. The New England Journal of Medicine 1976; 294(11):582-88.

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• As mulheres atendidas serão contabilizadas no indicador do CS responsável pela sua área de moradia;

• Os dados cadastrais de endereço da família desatualizado no Censo BH Social.

5. FONTE

Numerador: Sistema Saúde em Rede (SISREDE)

Denominador: Sistema Saúde em Rede (SISREDE)

6. MÉTODO DE CÁLCULO

7. CATEGORIAS DE ANÁLISE

• Área: ESF, CS, Distrito Sanitário e Município

• Periodicidade: trimestral, semestral e anual

5 - PROPORÇÃO DE GESTANTES CAPTADAS/ ATENDIDAS QUE REALIZARAM CONSULTA DE PUERPÉRIO

• Nº 10 da planilha do Guia da Terceira Oficina

1. CONCEITUAÇÃO

• Percentual de puérperas residentes na área, atendidas pelo enfermeiro ou médico de saúde da família ou ginecologista no Sistema Saúde em Rede, com número de identificação do SISPRENATAL e com diagnóstico CID Z39 (Exames e Cuidados pós partos), Z39.0 (Assistência e exame imediatamente após o parto), Z39.1 (Assistência e exame da mãe nutriz), Z39.2 (Seguimento pós-parto de rotina), ou com tipo de atendimento relativo ao Puerpério, primeira vez ou Puerpério Subsequente (aba dispensa), em relação ao total de gestantes captadas/atendidas na área e no período.

• Considera-se como “puérpera atendida” o atendimento realizado pelo médico generalista ou ginecologista ou enfermeiro no Sistema Saúde em Rede, com número de identificação no SISPRENATAL, que ocorra até 42 dias após a DPP.

Nº de gestantescaptadas/atendidas imunizadas por dupla viral na área e no períodoNº total de gestantes captadas/atendidas na área e no período

x100

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2. INTERPRETAÇÃO

• Avaliar o cumprimento das recomendações de realização da consulta de puerpério de acordo com o protocolo de pré-natal nas gestantes captadas que são da área de responsabilidade do CS.

Numerador: Número de puérperas residentes na área que foram atendidas por médico generalista ou ginecologista ou enfermeiro no Sistema Saúde em Rede, com número de identificação no SISPRENATAL, que ocorra até 42 dias após a DPP.

Denominador: Número de gestantes com 42 dias da DPP residentes na área de abrangência captadas/atendidas da área no mesmo período.

3. USOS

• Contribuir em conjunto com os demais indicadores para o monitoramento do estado de saúde da população gestante residente nas áreas das equipes e do processo de trabalho no nível local.

• Contribuir para a prevenção da mortalidade materno-infantil no nível local.

• Subsidiar processos de planejamento, gestão e avaliação de políticas e ações voltadas para a atenção primária à saúde da gestante.

4. LIMITAÇÕES

• Os atendimentos às gestantes realizados pelo profissional de saúde que não foram realizados no protocolo de pré-natal não gerarão número de identificação no SISPRENATAL, portanto, não serão considerados no indicador.

• A ausência de fechamento do período de gestação e a falta de informação sobre o diagnóstico da consulta de puerpério ou o motivo do atendimento.

• Não serão contabilizadas na área das equipes as mulheres que realizarem pré-natal em serviços fora da rede municipal de saúde;

• As mulheres atendidas serão contabilizadas no indicador do CS responsável pela sua área de moradia;

• Os dados cadastrais de endereço da família desatualizado no Censo BH Social.

5. FONTE

Numerador: Sistema Saúde em Rede (SISREDE)

Denominador: Sistema Saúde em Rede (SISREDE)

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6. MÉTODO DE CÁLCULO

7. CATEGORIAS DE ANÁLISE

• Área: ESF, CS, Distrito Sanitário e Município

• Periodicidade: Ano civil completo, parcial e 12 últimos meses válidos com exclusão dos três últimos meses devido à baixa completude do dado.

6 - PROPORÇÃO DE GESTANTES CAPTADAS/ ATENDIDAS ATÉ O FINAL DO 1º QUADRIMESTRE - 120 dias

• Nº 12 da planilha do Guia da Terceira Oficina

1. CONCEITUAÇÃO

• Percentual de gestantes residentes na área, atendidas pelo enfermeiro ou médico de saúde da família ou ginecologista no Sistema Saúde em Rede, no protocolo de pré-natal, gerando um número de identificação no SISREDE, e posteriormente no SISPRENATAL, que tenham sido captadas/atendidas com até 120 dias de gravidez na primeira consulta, em relação ao total de gestantes captadas/atendidas residentes na mesma área e período.

2. INTERPRETAÇÃO

• Verificar a captação/atendimento oportuno de gestantes entre as gestantes captadas/atendidas pelo enfermeiro ou médico de saúde da família ou ginecologista na área de responsabilidade da equipe.

Numerador: Número de gestantes atendidas pelo enfermeiro ou médico de saúde da família ou ginecologista no Sistema Saúde em Rede no protocolo de pré-natal, gerando um número de identificação do SISPRENATAL, que tenha sido captada com até 120 dias de gravidez na primeira consulta.

Denominador: Número de gestantes captadas/atendidas residentes na área no período considerado.

3. USOS

• Contribuir em conjunto com os demais indicadores para o monitoramento do estado de saúde da população gestante residente na área da equipe e do processo de trabalho no nível local.

• Subsidiar processos de planejamento, gestão e avaliação de políticas e ações voltadas para a atenção primária à saúde da gestante e o seu respectivo pré-natal.

Nº de puérperas atendidas em consulta de puerpério na área e no período Nº de gestantes captadas/atendidas com 42 dias da DPP na área e no período

x100

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Nº de gestantes captadas/atendidas que iniciaram o pré-natal com até 120 dias na área e períodoNº de gestantes captadas/atendidas na área e período.

x100

4. LIMITAÇÕES

• Os atendimentos às gestantes realizados pelo profissional de saúde que não foram realizados no protocolo de pré-natal não gerarão número de identificação no SISPRENATAL, portanto, não serão considerados no indicador;

• Não serão contabilizadas na área do CS as mulheres que realizarem pré-natal em serviços fora da rede municipal de saúde;

• As mulheres atendidas serão contabilizadas no indicador do CS responsável pela sua área de moradia;

• Os dados cadastrais de endereço da família desatualizado no Censo BH Social.

5. FONTE

Numerador: Sistema de Informação Saúde em Rede (SISREDE)

Denominador: Sistema de Informação Saúde em Rede (SISREDE)

6. MÉTODO DE CÁLCULO

7. CATEGORIAS DE ANÁLISE

• Área: ESF, CS, Distrito Sanitário e Município

• Periodicidade: trimestral, semestral e anual

INDICADORES DA SAÚDE BUCAL

1 - PROPORÇÃO DE TRATAMENTOS ODONTOLÓGICOS COMPLETADOS

• Nº 3 da planilha do Guia da Terceira Oficina

1. CONCEITUAÇÃO

• Percentual de usuários de todas as faixas etárias que tiveram o tratamento odontológico individual completado na Atenção Primária à Saúde em determinada área, em relação ao número de usuários que realizaram a primeira consulta odontológica na mesma área e período considerado.

2. INTERPRETAÇÃO

• Medir a capacidade de o sistema ser resolutivo no atendimento individual da atenção primária em saúde bucal (tratamento completado) em todas as idades e em todas os CSs em Belo Horizonte (ESF, Centro de Saúde, Distrito Sanitário e Município).

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Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada

• O “Tratamento Completado” refere-se aos indivíduos residentes em Belo Horizonte de todas as idades, atendidos pelo Cirurgião Dentista e Técnico em Saúde Bucal, que tenham iniciado e concluído o tratamento odontológico individual na Atenção Primária à Saúde. Significa que o usuário obteve o controle das doenças bucais, de acordo com o protocolo.

Numerador: Total de indivíduos de todas as faixas etárias que tiveram o tratamento odontológico individual completado na Atenção Primária à Saúde na área em determinado período.

Denominador: Número de indivíduos que realizaram a primeira consulta odontológica na mesma área e período considerado.

3. USOS

• Avaliar a resolutividade assistencial em relação às primeiras consultas. Pode ser aplicado nas áreas de equipe, áreas de abrangência do CS, distritos ou geral no município.

• Subsidiar processos de planejamento, gestão e avaliação de políticas e ações voltadas para o aumento da resolutividade e do acesso ao atendimento individual.

4. LIMITAÇÕES

• Nos atendimentos realizados em que o profissional de saúde não tenha lançado os dados no sistema de informação.

• O indicador não mensura o acesso e a extensão da cobertura das ações coletivas de saúde bucal em relação à população da área de abrangência, mas sim em relação a quem teve acesso à primeira consulta odontológica. Desta forma, um CS pode apresentar um percentual de tratamento completado de 100% em relação ao total de primeiras consultas, mas efetivamente ter coberto (ações individuais e coletivas) uma proporção pequena da população total.

• Os dados podem ser influenciados por atendimentos eventuais como os de urgência/emergência e pronto atendimento que não tem seguimento previsto.

• Os procedimentos oferecidos na atenção primária nem sempre contemplam todas as necessidades de tratamento odontológico do usuário, sendo necessário o referenciamento.

5. FONTE

• Sistema FÊNIX (5Q6) GEREPI

• 6.MÉTODO DE CÁLCULO

Nº total de tratamentos completados na área e períodoNº total de primeiras consultas na área e no período

x100

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Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada

7. CATEGORIAS DE ANÁLISE

• Área: ESF, CS, Distrito Sanitário e Município

• Periodicidade: trimestral, semestral e anual

8. COMENTÁRIOS

• Parâmetro: Mínimo de 70% da população que acessa a atenção primária em saúde com tratamento completado.