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Oficio comam 097.12 campanha brasil tabagismo oab

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Page 1: Oficio comam 097.12 campanha brasil tabagismo oab

Av. Mato Grosso, 4.700 Carandá Bosque Campo Grande – MS CEP: 79.031-001 www.oabms.com.br Secretaria das Comissões (67) 3318-4720 e 3318-4723

Ofício/COMAM/OAB/MS/N.97/2012 Campo Grande/MS, 27 de Agosto de 2012.

Assunto: Dia Nacional de Combate ao Tabagismo Objeto: Fortalecimento da Causa - Convite

Ilustríssimo Senhor,

A Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional de Mato Grosso do Sul, tem como

missão a manutenção e o resgate da cidadania. A Comissão do Meio Ambiente da OAB/MS (Comam)

tem em seu escopo institucional realizar atividades buscando preservação e proteção da saúde e do meio

ambiente, e também meios de garantir a ordem, a equidade e a satisfação jurisdiscional.

Dispondo das prerrogativas e de vontade em ver Mato Grosso do Sul na vanguarda,

como um estado próspero, e Campo Grande, na qualidade da primeira capital livre do cigarro,

comprometida ambientalmente e com lei antitabagista, a Comam foi recentemente convidada a compor o

grupo precursor formado pela UFMS/Campus do Pantanal e Colégio Adventista de Corumbá.

A primeira ação foi ser signatária da petição pública (disponível em

http://www.peticaopublica.com.br/peticaover.aspx?pi=brverde) que será anexada à proposta já

encaminhada à Presidência da República no sentido de ampliar os direitos dos não-fumantes.

O grande desejo é sermos o primeiro estado e a primeira capital a implementar uma lei

contra o tabagismo, sem fumódromos, e englobando áreas abertas - públicas e privadas - de acesso ao

público de lazer, parques infantis e práticas desportivas.

A Comam abraçou a causa antitabagista para alterar a Lei Estadual nº. 3.576/2008 -

que permite fumódromos (salas de fumo) – e a Lei Complementar de Campo Grande nº. 150/2009

regulamentada pelo Decreto nº. 11.246 /2010 - onde não está expressa a proibição das salas. Isso por

ambas estarem em contrariedade ao Decreto Federal nº. 5.658/2006 e ao Tratado Internacional

(Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco/2005), conforme a legislação (em anexo).

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De proposta anterior há um Projeto de Lei Estadual, aprovado por todas as câmaras

técnicas da Assembleia Legislativa, aguardando pauta. Ocorre que nesse projeto só se retira a figura dos

fumódromos (embora a moção incluísse: áreas abertas, públicas e privadas, de acesso ao público, de

lazer e/ou prática desportiva).

Na apresentação (em anexo) se extrai que dos locais monitorados com o aumento da

proibição ao fumo os resultados puderam ser sentidos expressivamente (em especial no primeiro

trimestre), com redução de agravos/doenças em mais de 25%, especialmente cardíacas. Esses índices

são consideráveis quanto imaginamos um cenário de dispêndios com atendimento pelo Sistema Único de

Saúde (SUS).

Nos últimos anos temos visto as alíquotas sobre fumo serem aumentarem, mais

campanhas de conscientização e menos fumantes. Mas tudo isso não eliminou essa substância

altamente viciante da sociedade. Observe que 80% dos fumantes iniciam o vício antes dos 19 anos. E

servem como exemplos, os próprios fumantes!

Seja nas ruas, nas boates (ainda que não seja permitido o consumo nas áreas

internas), as calçadas ficam repletas de fumantes: ativos e passivos.

Dados recentes demonstraram que 40% dos fumantes são crianças. E os maus

exemplos estão em toda parte.

Só citando os direitos de proteção à vida como cláusula pétrea constitucional, ainda

vemos nascituros sendo expostos no ventre das gestantes-fumantes. E a proteção legal, o amparo e a

solidariedade a esse cidadão?

Só com a eliminação dos fumódromos não será suficiente. Apenas teremos

regularização dão compêndio legal. Outros Estados que já têm em seu arcabouço normativo essa

proibição não viram resultados mais significantes. É apertar o cerco para proteger mais crianças e

adolescentes, dificultando o consumo e o vício. Ademais, só para complementar, as pessoas se tornam

fumantes passivos involuntariamente.

Londrina é a única cidade brasileira em que a lei, além de atender aos preceitos legais,

excluiu fumódromos e ampliou a restrição ao fumo às praças, parques infantis e locais de práticas

desportivas.

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Essa é nossa vontade: sermos a primeira Capital e o primeiro Estado com leis

inclusivas e de proteção aos malefícios causados pelo fumo, especialmente o passivo.

Mas, quem simpatiza com o fortalecimento da OAB/MS em apoiar essa causa já é

convidado a comparecer na próxima 4ª. feira, dia 29 de agosto, Dia Nacional de Combate ao

Tabagismo, na Assembleia Legislativa, as 8h30min, onde a Comam subirá ao púlpito, juntamente com

as entidades que já se juntaram a nós: Associação Médica Brasileira, Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) ,

Conselho Regional de Medicina (CRM/MS), Conselho Regional de Odontologia (CRO/MS) e Conselho

Regional de Enfermagem (Coren/MS).

Contamos com sua presença e divulgação por todos os meios de comunicação. Quem

apoia a ideia pode assinar a petição on-line.

Disponibilizando-se para apresentar o tema a qualquer tempo, a Comissão do Meio

Ambiente da OAB/MS despede-se expressando votos de estima e consideração.

Leonardo Avelino Duarte Helena Clara Kaplan

Presidente da OAB/MS Presidente da Comam

(67) 9983-9356 [email protected]