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Olá, vestibulando! Como está sua preparação para o ENEM? Se você está lendo esse pequeno
ebook, é porque você provavelmente já sabe da importância da redação
para ser aprovado em uma universidade através do ENEM, e isso é ótimo!
A redação é um dos principais desafios na vida de um vestibulando. Nós da
EscreverOnline já passamos por isso e conhecemos exatamente os
problemas que você enfrenta em redação.
Apesar da redação do ENEM ser a responsável pela eliminação de centenas
de milhares de candidatos todos os anos, ela tem uma função essencial:
selecionar os melhores candidatos através da capacidade deles de ordenar
e expressar suas ideias através de uma excelente argumentação. É
justamente por isso que a prova de redação do ENEM pode valer até
METADE da nota final do exame!
Com isso, tenha certeza de que quem vai mal na redação do ENEM
dificilmente será aprovado. Apesar disso, quem vai bem na redação do
ENEM tem uma alta chance de ser aprovado e entrar na universidade!
Nosso objetivo é ajudar você a dominar a redação do ENEM. Por isso,
preparamos este ebook para que você domine as cinco competências da
redação do ENEM e fique mais perto da vida universitária!
Caso você queira ter certeza de que está com a versão mais atual deste
ebook, você pode clicar aqui para baixar a mais recente.
Parte I – Modalidade
A redação do ENEM normalmente traz temas bastante atuais e discutidos
na mídia, então fique atento! Ela é avaliada em cinco diferentes critérios:
1. Modalidade escrita;
2. Tema e gênero;
3. Argumentação e coerência;
4. Coesão;
5. Propostas de intervenção.
Cada uma dessas competências recebe uma nota que varia entre 0 e 200
pontos, somando, ao final, 1000. Vejamos a seguir como variam as notas
na competência I, de acordo com o guia do participante divulgado em
2013:
Modalidade escrita formal:
200 pontos: Demonstra excelente domínio da modalidade escrita formal da
Língua Portuguesa e de escolha de registro. Desvios gramaticais ou de
convenções da escrita serão aceitos somente como excepcionalidade e
quando não caracterizem reincidência.
160 pontos: Demonstra bom domínio da modalidade escrita formal da
Língua Portuguesa e de escolha de registro, com poucos desvios
gramaticais e de convenções da escrita.
120 pontos: Demonstra domínio mediano da modalidade escrita formal da
Língua Portuguesa e de escolha de registro, com alguns desvios gramaticais
e de convenções da escrita.
80 pontos: Demonstra domínio insuficiente da modalidade escrita formal
da Língua Portuguesa, com muitos desvios gramaticais, de escolha de
registro e de convenções da escrita.
40 pontos: Demonstra domínio precário da modalidade escrita formal da
Língua Portuguesa, de forma sistemática, com diversificados e frequentes
desvios gramaticais, de escolha de registro e de convenções da escrita.
Zero ponto: Demonstra desconhecimento da modalidade escrita formal da
Língua Portuguesa.
Analisando as informações acima, podemos perceber que para
conseguir a nota máxima nessa competência o aluno deve ter
excelente domínio da modalidade padrão da Língua, ou seja, conhecer
muito bem as regras gramaticais, a fim de não cometer falhas, como de
pontuação, acentuação, ortografia, regência, concordância verbal ou
nominal, entre outras. O aluno precisa também escolher com cuidado o
vocabulário, para que o texto seja claro e direto, sem incoerências ou ainda
repetições desnecessárias. Termos ligados à linguagem coloquial, a
exemplo de gírias e outras expressões da oralidade não são bem-vindos
nesse tipo de texto.
Além disso, diz-se que nessa competência erros serão aceitos
apenas como excepcionalidade ou quando não indicarem
reincidência, deixando claro que pouquíssimos equívocos serão permitidos
para que o candidato tenha seus 200 pontos garantidos. E quando digo
pouquíssimos, são poucos mesmo! Pense, vestibulando, que se você
apresentar problemas com a acentuação em duas palavras diferentes, por
exemplo, isso já caracteriza uma reincidência no problema, não é mesmo?
E isso não deve ocorrer, de acordo com o que diz o manual do ENEM.
Portanto, esteja muito atento!
Logo, caro aluno, esteja sempre preocupado com a maneira como
você escreve. Faça seu rascunho com bastante atenção, leia várias
vezes o texto final antes de passá-lo a limpo e realize todas as alterações
necessárias para que errinhos indesejados não persistam. E nesse período
de treino em que você está agora, leve muito a sério as correções dos
professores que leem os seus textos, pois elas apontam o que ainda precisa
ser melhorado. Com esforço, atenção e dedicação, você melhorará cada
vez mais!
Parte II – Tema e Gênero
Vamos agora observar como funciona a competência II, cuja descrição, de
acordo com o Guia do Participante de 2013, é compreender a proposta de
redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para
desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-
argumentativo em prosa; ou seja, falaremos agora sobre Tema e Gênero.
Como podemos observar, nesse critério serão avaliados dois
elementos principais: o trabalho com o tema proposto e a
execução do texto dissertativo-argumentativo. Por isso, vestibulando, fique
atento. A boa estruturação do texto é fundamental! Além disso, com
relação à temática proposta, é preciso ir além do previsível. Não se restrinja
às informações da coletânea, tampouco copie trechos dela. Vá além,
dialogando com exemplos que fazem parte de sua formação discursiva, dos
seus conhecimentos de mundo, mostrando que você entendeu tão bem o
tema a ser discutido que se lembrou de várias informações interessantes
que podem exemplificá-lo.
Para que o texto fique realmente consistente, planeje sempre o
que você vai escrever. Isso mesmo, pense no projeto de texto, pois
isso ajudará muito a boa execução da escrita. Leia o tema com atenção,
reflita sobre o que você conhece a respeito, estabeleça um ponto de vista a
ser defendido e, a partir disso, selecione bons argumentos em prol dessa
defesa. Isso é importante para a boa escrita da redação, mas também para
que você não desvie a argumentação do tema proposto. Lembre-se de
que fuga ao tema ou fuga ao gênero proposto são faltas graves que
vão zerar sua redação!
Vejamos como são divididas as notas dessa competência:
200 pontos: Desenvolve o tema por meio de argumentação consistente, a
partir de um repertório sociocultural produtivo, e apresenta excelente
domínio do texto dissertativo-argumentativo.
160 pontos: Desenvolve o tema por meio de argumentação consistente e
apresenta bom domínio do texto dissertativo-argumentativo, com
proposição, argumentação e conclusão.
120 pontos: Desenvolve o tema por meio de argumentação previsível e
apresenta domínio mediano do texto dissertativo-argumentativo, com
proposição, argumentação e conclusão.
80 pontos: Desenvolve o tema recorrendo à cópia de trechos dos textos
motivadores ou apresenta domínio insuficiente do texto dissertativo-
argumentativo, não atendendo à estrutura com proposição, argumentação
e conclusão.
40 pontos: Apresenta o assunto, tangenciando o tema, ou demonstra
domínio precário do texto dissertativo-argumentativo, com traços
constantes de outros tipos textuais.
Zero ponto: Fuga ao tema/não atendimento à estrutura dissertativo-
argumentativa.
Depois de ler os itens anteriores com atenção, algumas
considerações são necessárias. Note, vestibulando, que para
chegar aos 200 pontos, você deve, além de escrever um texto dissertativo-
argumentativo que discorra sobre o tema, apresentar repertório
sociocultural produtivo, isto é, deve trazer para a discussão informações
que você tenha pensado em acrescentar no texto, externas às da
coletânea. Portanto, fuja do senso comum, leia bastante e atualize-se!
Além disso, pratique sempre, porque essa é uma das maiores
dificuldades que os alunos encontram ao escrever uma
dissertação, a de recorrer a um repertório diversificado de informações. E
isso não significa, caro aluno, que você terá que citar grandes filósofos em
sua composição. Esse repertório pode ser encontrado nas mais diversas
áreas do conhecimento, como Arte, Literatura, Biologia, Geografia,
Sociologia, História, entre outras.
Outro ponto a ser analisado é o que chamamos de tangenciar o
tema. Muitos candidatos, ao invés de abordarem o tema,
permanecem discorrendo apenas sobre o assunto, o que diminui
consideravelmente a nossa nessa competência. Por exemplo, se o tema é
“A violência contra a mulher”, tratar apenas da “violência” como um todo é
um tipo de tangência, já que aborda somente um dos itens que compõem
o tema. Então, cuidado! Leia sempre o que é pedido com muita atenção.
Você já tentou analisar seus próprios textos, vestibulando? Não?! Que tal
começar a fazer isso agora mesmo? Você já conhece dois critérios
importantes; tente, então, toda vez que produzir uma redação, verificar se
está cumprindo tudo o que é exigido em cada um deles.
Parte III – Argumentação
Agora vamos falar um pouco sobre a competência III, que avalia a
argumentação do candidato, cujo descritor apresentado no Guia do
Participante de 2013 é selecionar, relacionar, organizar e interpretar
informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.
Esse terceiro aspecto a ser avaliado no seu texto, vestibulando,
analisa a forma como você seleciona, relaciona, organiza e
interpreta informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa do ponto
de vista defendido como tese. É preciso, portanto, que você elabore um
texto que apresente, claramente, uma ideia a ser defendida e os argumentos
que justifiquem a posição assumida por você em relação à temática exigida
pela proposta de redação.
De acordo com o Guia do Participante, esta competência mede a
inteligibilidade do texto, ou seja, sua coerência, bem como a
plausibilidade entre as ideias apresentadas. Sendo assim, vale dizer que
você precisa não apenas selecionar informações interessantes e
pertinentes à discussão, mas também relacioná-las de maneira adequada
para que defendam realmente o ponto de vista apresentado, de maneira
coerente e plausível. Lembre-se de que o objetivo é fazer o leitor refletir e,
mesmo não concordando com o ponto de vista descrito, aceitá-lo devido ao
bom desenvolvimento da argumentação. Para que isso aconteça, quatro
fatores são extremamente importantes:
Relação de sentido entre as partes do texto;
Precisão vocabular;
Progressão temática adequada ao desenvolvimento do tema, revelando
que a redação foi planejada e que as ideias desenvolvidas são pouco a
pouco apresentadas, em uma ordem lógica; e
Adequação entre o conteúdo do texto e o mundo real.
Em suma, ao organizar o seu texto, você precisa levar em consideração os
passos sugeridos pelo próprio manual do candidato do Enem:
Apresentação clara da tese e seleção dos argumentos que a sustentam;
Encadeamento das ideias, de modo que cada parágrafo apresente
informações novas, coerentes com o que foi apresentado anteriormente,
sem repetições ou saltos temáticos;
Congruência entre as informações do texto e a realidade;
E precisão vocabular.
Ao abordarmos a competência II, semana passada, você pôde
perceber que a variedade do repertório de informações escolhidas
para comporem o texto era muito importante, não é mesmo? Com relação
à competência III, avalia-se a maneira como essas informações foram
encadeadas, ou seja, como o repertório sociocultural produtivo, avaliado na
competência II, foi empregado no texto em prol da defesa de um ponto de
vista.
Agora que você já sabe o que é importante, vamos analisar a pontuação:
200 pontos: Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema
proposto, de forma consistente e organizada, configurando autoria, em
defesa de um ponto de vista.
160 pontos: Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema,
de forma organizada, com indícios de autoria, em defesa de um ponto de
vista.
120 pontos: Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema,
limitados aos argumentos dos textos motivadores e pouco organizados, em
defesa de um ponto de vista.
80 pontos: Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema,
mas desorganizados ou contraditórios e limitados aos argumentos dos
textos motivadores, em defesa de um ponto de vista.
40 pontos: Apresenta informações, fatos e opiniões pouco relacionados ao
tema ou incoerentes e sem defesa de um ponto de vista.
Zero ponto: Apresenta informações, fatos e opiniões não relacionados ao
tema e sem defesa de um ponto de vista.
Perceba, vestibulando, que o diferencial nessa competência, além
da boa organização textual, é a autoria, item que só será
plenamente atingido se o repertório de informações utilizado por você for
coerente e empregado de maneira própria, que demonstre um ponto de
vista pessoal e não pautado no senso comum. Portanto, evite os clichês e o
lugar comum, seja claro, objetivo e não deixe nenhuma ideia
incompleta. Com organização e detalhamento você terá uma
argumentação consistente.
Parte IV – Coesão
Em nossa discussão sobre a redação do ENEM, já entendemos a
importância de trabalhar a modalidade escrita, considerando as normas
gramaticais e as escolhas lexicais, observamos como o tema e a
argumentação dependem do repertório sociocultural produtivo e, ainda,
compreendemos o conceito de autoria. Dando sequência à análise da
grade de correção, agora é hora de falar sobre a quarta competência
avaliada, que leva em consideração o bom uso dos recursos coesivos.
Vamos falar um pouco, portanto, sobre coesão.
O descritor desta competência aponta para o que é
fundamental: demonstrar conhecimento dos mecanismos
linguísticos necessários para a construção da argumentação. Estes
mecanismos devem garantir ao texto uma sequência lógica de ideias,
conectando frases e parágrafos de acordo com as relações de sentido
pretendidas, sejam elas de adição, de oposição, de explicação ou de
conclusão, por exemplo. Para que a articulação adequada aconteça, podem
ser usados advérbios, conjunções, preposições, pronomes, entre outros
termos essenciais ao bom encadeamento textual.
De acordo com o Guia do Participante de 2013, algumas estratégias
discursivas podem ser empregadas no texto em vista da coesão, sobretudo
para se referir a elementos que já apareceram no texto. Vejamos:
Substituição de termos ou expressões por pronomes pessoais, possessivos
e demonstrativos, advérbios que indicam localização, artigos;
Substituição de termos ou expressões por sinônimos, antônimos,
hipônimos, hiperônimos, expressões resumitivas ou expressões
metafóricas;
Substituição de substantivos, verbos, períodos ou fragmentos do texto por
conectivos ou expressões que resumam e retomem o que já foi dito; e
Elipse ou omissão de elementos que já tenham sido citados ou sejam
facilmente identificáveis.
Note, vestibulando, como a fluidez textual é valorizada visando
à clareza das ideias apresentadas. Além disso, a repetição
desnecessária de termos deve ser evitada, mostrando domínio vocabular e
conhecimento dos recursos coesivos.
Analisemos agora como funciona a pontuação desta competência,
observando os níveis de desempenho:
200 pontos: Articula bem as partes do texto e apresenta repertório
diversificado de recursos coesivos.
160 pontos: Articula as partes do texto com poucas inadequações e
apresenta repertório diversificado de recursos coesivos.
120 pontos: Articula as partes do texto, de forma mediana, com
inadequações e apresenta repertório pouco diversificado de recursos
coesivos.
80 pontos: Articula as partes do texto, de forma insuficiente, com muitas
inadequações e apresenta repertório limitado de recursos coesivos.
40 pontos: Articula as partes do texto de forma precária.
Zero ponto: Ausência de marcas de articulação, resultando em
fragmentação das ideias.
Como você pode perceber, vestibulando, a boa articulação das
partes do texto é imprescindível para garantir os 200 pontos dessa
competência. Contudo, além do uso adequado de pronomes, conjunções e
advérbios, é necessário também que haja variedade de recursos,
empregados corretamente. Novamente, evite repetições.
Por isso, caro aluno, leia muito e pratique sua escrita. Quanto mais
você exercitá-la, mas sua redação será fluida, clara e livre de
inadequações. Então, amplie seu vocabulário, fuja das repetições e use
conectivos variados.
Parte V – Proposta de Intervenção
Até agora, já discutimos quatro importantes competências que são
avaliadas no ENEM pelos corretores:
I. Modalidade escrita formal;
II. Tema e gênero;
III. Argumentação e coerência;
IV. Coesão.
Vamos agora entender melhor como funciona a avaliação da última
competência levada em consideração na nota final; a quinta
competência avaliada trata das propostas de intervenção. Seu descritor, de
acordo com o Guia do Participante de 2013, prevê a necessidade
de elaborar proposta de intervenção para o problema abordado,
respeitando os direitos humanos.
Como é possível perceber por meio da leitura deste descritor, além
de uma tese clara sobre o tema abordado, e de uma argumentação
coerente e bem organizada, desenvolvida em torno do repertório
sociocultural produtivo do candidato, é fundamental a apresentação de
possíveis soluções para as questões discutidas no texto. Ou seja, depois de
mostrar quais são alguns dos problemas que permeiam a temática
discutida, aponte ações que contribuam para a melhoria desses
transtornos. As propostas, portanto, seguindo o Guia do Participante de
2013, devem considerar os pontos abordados na argumentação, devem
manter vínculo direto com a tese desenvolvida no texto e coerência com os
argumentos utilizados.
Além disso, as possíveis soluções apresentadas interferem em
mudanças na vida social, se considerarmos a vertente social dos
temas do ENEM. Por isso, vestibulando, pense sempre em responsabilidade
compartilhada. Isso significa que, se o problema atinge toda a sociedade, é
essencial que cada setor participe de alguma forma da tentativa de
amenizar os conflitos apresentados. Logo, não proponha apenas uma
medida de intervenção, cujo agente aplicador seja um único setor da
sociedade. Pense em mais de uma ação, as quais possam ser desenvolvidas
e colocadas em práticas por diferentes grupos, entidades ou instituições.
Sendo assim, evite ainda propostas muito vagas ou abstratas;
prefira propor ações mais concretas, específicas, consistentes com
o desenvolvimento de suas ideias e detalhadas. Para não haver perda de
nota, o Guia do Participante dá uma dica: antes de elaborar sua proposta,
procure responder às seguintes perguntas: O que é possível apresentar
como proposta de intervenção na vida social? Como viabilizar essa
proposta? E além dessas, acrescento: explique o que deve ser feito, por
quem, de que forma e com qual finalidade. Isso garantirá o detalhamento
necessário das propostas.
Com relação à pontuação, observemos que ela varia também entre 0 e 200
pontos. Vejamos como essa nota é distribuída:
200 pontos: Elabora muito bem proposta de intervenção, detalhada,
relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto.
160 pontos: Elabora bem proposta de intervenção relacionada ao tema e
articulada à discussão desenvolvida no texto.
120 pontos: Elabora, de forma mediana, proposta de intervenção
relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto.
80 pontos: Elabora, de forma insuficiente, proposta de intervenção
relacionada ao tema ou não articulada com a discussão desenvolvida no
texto.
40 pontos: Apresenta proposta de intervenção vaga, precária ou
relacionada apenas ao assunto.
0 ponto: Não apresenta proposta de intervenção ou apresenta proposta
não relacionada ao tema ou ao assunto.
Como é possível observar, o detalhamento é fundamental para que
se atinja a nota máxima nessa competência. E claro, cuidado
para não desrespeitar os direitos humanos, pois ferir esses direitos básicos
anula a redação.
Parte extra - Respeito aos direitos humanos
Vamos agora detalhar alguns pontos importantes da última competência
discutida mostrando que é necessário tomar cuidado com a questão dos
direitos humanos.
Como vimos, as propostas de intervenção devem ser elaboradas de
acordo com a argumentação desenvolvida ao longo da redação.
Além disso, precisam ser concretas e detalhadas, apresentando realmente
soluções possíveis para os problemas apontados no texto, abordando o
que deve ser feito para amenizar os conflitos, quem colocará as ações
sugeridas em prática e com qual objetivo, tudo isso sem ferir os direitos
humanos.
Mas afinal, o que fere os direitos humanos?
É imprescindível que se tome cuidado com esse item ao escrever
sua redação, vestibulando, pois se sua argumentação ou suas propostas de
intervenção forem consideradas problemáticas no que diz respeito aos
direitos humanos, você terá sua redação zerada! Portanto, fique atento às
dicas a seguir:
Sua redação terá nota zero se ferir claramente os direitos humanos. Isso
significa ir contra o direito à vida, à liberdade, à alimentação, à
nacionalidade, etc;
Falar sobre questões polêmicas, como o aborto ou a pena de morte, por
exemplo, propondo uma reflexão em torno da legislação, não fere os
direitos humanos, já que estamos falando de algo previsto por lei (em
alguns países ao menos). Mas não se esqueça, é muito diferente propor
que as leis sejam revistas e propor que se mate alguém embasado no “olho
por olho, dente por dente”. Este último posicionamento fere os direitos
humanos;
Alguns posicionamentos preconceituosos, desde que não firam direitos
básicos do homem, poderão trazer perda de nota por serem enquadrados
no senso comum, mas não por ferirem os direitos humanos. Como já
mencionado, para que o texto receba nota zero deverá atacar claramente
esses direitos.
Por isso, vestibulando, esteja atento. Seja sempre claro, objetivo e
bastante coerente em suas considerações. Invista em informações
pertinentes à discussão e também em vocabulário adequado, sem ser
radical nas afirmações que fizer. Com coerência e fundamentando bem os
dados que usar, você certamente terá um bom texto.