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JOVENS SEM DROGAS “Do envolvimento à superação, família tem papel prioritário” Ola você merece o melhor REVISTA ANO 01 »»» Nº01 »»» JUNHO 2013

Olá Revista

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Edição - Junho 2013

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JOVENSSEM DROGAS“Do envolvimento à superação, família tem papel prioritário”

Olav o c ê m e r e c e o m e l h o r

r e v i S t aAno 01 »»» nº01 »»» junho 2013

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» » » í n D i c e

34» CAPAA oLÁ FAZ uM LEVAnTAMEnTo DE CoMo

ESTÁ A RELAÇÃo DoS joVEnS CoM o

CEnÁRio DAS DRogAS E CoMo A FAMíLiA

VEM ConSEguinDo VEnCER ESSE pRobLEMA

6» poL í T i CA

o pRES iDEnTE DA CâMARA DE VEREADoRES

Do MuniC íp io DE LAuRo DE FRE i TAS , o

VEREADoR g i LMAR oL i VE iRA RECEbEu A

Equ ipE DA oLÁ pARA uMA EnTREV iSTA

E ExpL iCou quAL A FunÇÃo DE uM

VEREADoR E DE quE FoRMA A popuLAÇÃo

poDE F iCAL i ZAR o SEu TRAbALho

8» gASTRonoMiA

o ChEF CLÁuD io MAToS REVELA quAL o

REAL ConCE i To DA ALTA gASTRonoMiA

10» ESpoRTE

STAnD up pADDLE SuRF Conqu iSTA

ADEpToS EM LAuRo DE FRE i TAS

1086

16

34

38

16» TuR iSMo

LAuRo DE FRE i TAS : CoMo ExpLoRAR

o SEu poTEnC iAL TuR íST iCo?

38» uT i L iDADE P ú b l i C AEnTREV iSTAMoS VAnDER SAnToS ,

pRES iDEnTE DA ASSoC iAÇÃo DAS

pESSoAS CoM DEF iC i ênC iA DE LAuRo

DE FRE i TAS ( ASpDELF ) , pARA SAbERMoS

uM pouCo MA iS SobRE A quESTÃo DE

ACESS ib i L iDADE no Muni í p io

f O t O C A P A - E S t ú D i O A R t i S

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R e g i s t R e c o m s e n t i m e n t oe a R t e a s R i q u e z a s d a v i d a

71 8869 - 3284 | 9314 - 0313h t t p:// w w w. fac e b o o k . co m / c e lo g a n d R a

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» » » e D i t O r i a L

CARO lEitOR

O portunidade é o termo que define o município de Lauro de Freitas, atualmente com mais de 170 mil habitantes, um dos que mais crescem no estado. Localizado ao norte de Salva-dor, apenas quem conheceu o município há cerca de 10 ou

15 anos, principalmente na região do entorno da Avenida Luís Tarquínio e da Estrada do Coco, tem a noção do quanto a economia local se desenvolveu. Os maiores bancos e supermercados, além de lojas de todos os gêneros e empresas de prestação de serviço, estão aproveitan-do este vetor natural de crescimento da capital baiana para se esta-belecer e desenvolver juntamente com um mercado já consolidado. Lauro de Freitas reúne ainda praias lindas, atraindo cada vez mais vis-itantes e proporcionando uma população flutuante que também usu-frui de toda a infraestrutura de comércio e serviços oferecida na região. Soma-se a estes fatores locais o aumento quantitativo e qualitativo do poder de consumo da população brasileira, especialmente a baiana. Neste contexto, surge a Olá Revista, um veículo multiplataforma linkando o que o empresário tem a oferecer e o que a população de Lauro de Freitas precisa saber para satisfazer suas necessidades imediatas nos principais segmentos – serviços, utilidade pública, saúde e bem estar, moda, cultura, entre outros. Com uma equipe especializada nas áreas de tecnologia e comunicação, a Olá Revista é o que faltava para trazer soluções práticas tanto para a população quanto ao empresariado, unindo o que há de melhor no mercado ao melhor mercado da região.

Boa Leitura!

Alexandre RosaDiretor Executivo

Neste contexto, surge a Olá Revista, um veículo

multiplataforma linkando o que o empresário tem

a oferecer e o que a população de lauro de

freitas precisa saber para satisfazer suas

necessidades imediatas nos principais segmentos

– serviços, utilidade pública, saúde e bem estar, moda, cultura,

entre outros”

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OlAREviStA

Olav o c ê m e r e c e o m e l h o r

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DiREtORA fiNANCEiRAPatricia Pinto

JORNAliStA RESPONSávElRaul Rodrigues - DRT 5587

REPORtAGEMCarlos RibeiroLíliam CunhaLorena SáLuisa Torreão Sandra Léa BergemannThiago Por tugalVictor Lima

EDitORAçãO GRáfiCA E REviSãOAPMÍDIA

fOtOGRAfiAEstúdio Ar tisLuciano Oliveira Marcelo Gandra

tiRAGEM20.000 exemplares

Esta edição - lançamento - 10.000 exemplares

iMPRESSãOGráfica Santa Mar ta

EStA PubliCAçãO NãO SE RESPONSAbilizA POR CONCEitOS Ou OPiNiõES EMitiDOS EM ARtiGOS ASSiNADOS.

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7 1 8 1 8 3 7 9 7 3 | 9 1 6 2 4 0 1 8l O i M A G E M @ G M A i l . C O M

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Os fiscais dO povo poR: LíLiAM CunhA » » » F O t O : e S t ú D i O a r t i S

ConhECiDo popuLARMEnTE CoMo o FiSCAL Do poVo no MuniCípio, o vereador tem por função fiscalizar as ações daprefeitura e legislar

» » » P O L í t i c a

Mas, afinal, o que é l e g i s l a r , você sabe

como isso é feito? E a quem cabe o po-der de vistoriar o trabalho deles? Para responder a estas e outras perguntas, a Olá conversou com o presidente da Câmara de Vereadores do Município de Lauro de Freitas, o vereador Gilmar Oliveira.

No exercício do seu quinto mandato como vereador, Oliveira diz que legislar é fazer leis que possibilitem melhorar a vida do cidadão como um todo.

Estas leis são, segundo ele, criadas através da análise e aprovação dos projetos de leis apresentados pelos próprios parlamentares, pelo Executi-vo (prefeito), ou pela sociedade civil (o povo). Entretanto, os projetos enviados pelos vereadores não podem mexer no orçamento municipal, explica Oliveira.

“Cabe a nós vereadores a indica-ção e o requerimento dos atos. É atra-vés destas ferramentas que sugerimos as ideias ao executivo para que ele possa absorver e torná-las realidade”, ressalta o vereador. Ou seja, para que as propostas do legislativo sejam co-locadas em prática precisa que o pre-feito, através do estudo de viabilidade

econômica, e funcional (de que forma aquilo será útil às pessoas e ao muní-cipio), aprove-as e inclua-as no plano plurianual do município. “Feito isso, inicia-se o trabalho dos vereadores de fiscalizar e cobrar o cumprimento”, destaca ele.

Atualmente o município de Lauro de Freitas conta com uma bancada com-posta por 17 vereadores, tendo sido três deles eleitos pela coligação de par-tidos que elegeu o atual prefeito Már-cio Paiva, e os demais pertencentes aos chamados partidos da oposição. Mas Oliveira garante: “Na hora de votar favorável ou contra, o que prevalece é o que o projeto irá gerar de benefícios à população, independente de ter sido ele sugerido por membros da situação ou oposição”. O tempo de votação de cada projeto varia de acordo com a sua relevância. “Os prazos urgentes levam em média oito dias para serem analisa-dos e votados. Já os convencionais le-vam em média 45 dias”, diz o vereador.

Mas, e a quem cabe fiscalizar o tra-balho dos vereadores? O presidente da Câmara responde: “Primeiramente ao povo. Ele é o nosso maior fiscal, é ele que elege o vereador e o mantém ou não no poder. O vereador que não trabalha a contento dos seus eleito-

res, só se elege uma vez”, pondera Gilmar Oliveira.

Segundo o vereador, para super-visionar o trabalho dos legisladores a população pode se utilizar dos veícu-los de comunicação (rádio, televisão, jornais, sites e revistas), ou ainda con-sultar a Ouvidoria Municipal, o Tribu-nal de Contas do Município (TCM), e o portal da Transparência, ferramenta obrigatória determinada por lei federal, onde o cidadão tem acesso a todas as

P r e s i d e n t e d a C â m a r a d e v e r e a d o r e s d o M u n i c í p i o d e l a u r o d e f r e i t a s , v e r e a d o r G i l m a r O l i v e i r a

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“ Primeiramente ao povo. Ele é o nosso

maior fiscal, é ele que elege o vereador

e o mantém ou não no poder. O vereador que

não trabalha a contento dos seus eleitores, só

se elege uma vez”

ações do legislativo. “Caso encontre al-guma irregularidade o cidadão deverá efetuar uma denúncia aos órgãos pú-blicos que atuam como fiscalizadores do município como um todo, que são o Ministério Público e o Tribunal de Contas”, explica. Ele ressalta que, des-de a posse da nova gestão municipal, ocorrida em janeiro deste ano, o portal da transparência, acessado através do endereço www.cmlf.gov.br, funciona em tempo real.

A população pode ainda, acompa-nhar o trabalho dos legisladores com-parecendo às sessões ordinárias reali-zadas as terças e quintas-feiras, a partir das 16 horas, na Câmara Municipal.

“É importante ainda dizer que esta é a casa do povo e que as portas es-tão sempre abertas para que qualquer pessoa possa vir se informar, sugerir melhorias, solicitar serviços, e acom-panhar como cada um de nós está tra-balhando”, diz Gilmar Oliveira. O

P r e s i d e n t e d a C â m a r a d e v e r e a d o r e s d o M u n i c í p i o d e l a u r o d e f r e i t a s , v e r e a d o r G i l m a r O l i v e i r a

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Quando se fala em alta gastronomia é comum pensar em pratos confeitados e cheios

de requinte, daqueles que estampam páginas de revistas. Mas, a definição deste estilo de cozinha vai muito além, é o que afirma o chef Cláudio Matos. Formado em nutrologia com produção alimentar pela Escola Superior de Ho-telaria e Turismo de Estoril (Portugal) e em Gastronomia pela Le Cordon Bleu (Paris) e Escola de Gastronomia

Sabor para satisfazer todos os sentidospoR: LíLiAM CunhA » » » F O t O S : e S t ú D i O a r t i S

ALTA gASTRonoMiA: o quE é pRECiSo SAbER SobRE ESTA ATiViDADE que movimenta milhões de reais e satisfaz os paladares mais exigentes

de Croydon (Inglaterra), o chef define o conceito de alta gastronomia como sendo a fusão entre a utilização de produtos de excelência com o conhe-cimento técnico a ser desenvolvido no trabalho.

A alta gastronomia é também re-presentada pelo serviço prestado. Por isso, é necessário que o responsável, chamado chef executivo, seja agente de toda a gestão da cozinha, conhe-cendo desde o fornecedor, origem e ar-mazenagem dos produtos até a criação

e o desenvolvimento dos pratos, que devem ser elaborados para que o con-sumidor se sinta satisfeito no contexto geral. “É o comer com os olhos, olfato e paladar”, explica Matos.

“É necessário, ainda, o estudo do custo de viabilidade para inserção do prato no mercado, analisar, trei-nar e cuidar dos recursos humanos, ou seja, investir no treinamento e na qualificação constante dos cozinhei-ros. É fundamental ainda uma política de segurança alimentar, para que os

» » » G a S t r O n O M i a

C h e f C l á u d i o M a t o s

“ é fundamenta l a i nda uma po l í t i ca de segurança a l i -

menta r, pa ra que os c l i en tes t enham consc i ênc i a de que es tão comendo em um loca l

saudáve l e í n teg ro”

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clientes tenham consciência de que estão comendo em um local saudável e íntegro”, ressalta o chef.

OriginaLidade é fundamentaL para ser um BOm chefPor definição a alta gastronomia é fei-ta de preparações e apresentações elaboradas. Durante o processo de criação, os chefs executivos pensam não só na escolha dos ingredientes, mas também, na forma de cozimento, na textura, no cheiro, sabor, quantida-de, disposição no prato, tipo e formato de louça em que será servido, e em toda sua concepção visual. “Entretan-to, tenho observado que os chefs de hoje mais copiam do que criam suas receitas, são os chamados chefs de laboratório”, lamenta.

Mas, e aquela ideia de que se come pouco na alta gastronomia? O chef ga-

rante que é ilusória. Segundo ele, as quantidades servidas são definidas a partir da média de consumo de uma pessoa por refeição. “As pessoas comem em média 450 gramas, e a quantidade das porções é definida e cuidadosamente planejada para sa-tisfazê-las, sem que haja exageros”, diz o chef.

Para aqueles que estão pensando em seguir carreira de chef executivo, Cláudio Matos dá a dica: “Preocu-pem-se mais com o conhecimento, busquem aguçar a curiosidade, de-senvolvam a autocrítica e nunca se conformem com a primeira apresenta-ção que lhes vem à frente”. Se você não tem intenção de seguir carreira, mas quer preparar algo especial para os amigos, família ou para você mes-mo, o chef trouxe uma receita simples e fácil de fazer. Mas, não esqueça: es-

colha ingredientes de qualidade, capri-che na apresentação e bom apetite! O

salmão em crosta de gergelime legumes ao vapor com molho de mamão

ingredientes:Limbo de salmão 260 gr » Vagem 50 grBrócolis 50 gr » Cenoura 50 grCouve- flor 50 gr » Mamão 95 gr » SalPimenta do reino branca » Gergelim

preparo: Em uma frigideira quente sele o salmão tempe-rado com sal e pimenta e o gergelim. Reserve e leve ao formo pré aquecido à 160 graus. Em um cuscuzeiro cozinhe os legumes ao vapor até fi-carem ao dente. Bata o mamão no liqüidificador até virar uma papa e adicione sal e pimenta. Regue os legumes com azeite e sirva.

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» » » e S P O r t e e S a ú D e

stand up paddle surf

conquista adeptos em lauro de freitas poR: LíLiAM CunhA » » » F O t O : L u c i a n O O L i v e i r a i M a G e M

quEM DiSSE quE pARA SuRFAR é pRECiSo TER onDAS? Ao Con-TRÁRio DoS SuRFiSTAS TRADiCionAiS, quE buSCAM poR onDAS

gigAnTES, oS pRATiCAnTES Do STAnD up pADDLE ou Sup, COMO é POPulARMENtE CONhECiDO, PREfEREM A MANSiDãO E

tRANquiliDADE DAS áGuAS DO MAR, lAGOS, lAGOAS E RiOS

Variante do surf, o esporte que tem conquistado cada dia mais adeptos no estado foi criado pelos havaianos, e é feito sobre uma prancha longa, mais larga e mais grossa que as pranchas de surf convencionais, com o auxílio de um remo que pode ser

de madeira, alumínio ou fibra de carbono. Um esporte bastante democrático, praticado por homens, mu-lheres e crianças, sem restrições de idade, o principal objetivo

do SUP é manter o equilíbrio sobre a prancha enquanto se rema pelas águas calmas. “O aprendizado é rápido, já na

primeira aula é possível que o aluno consiga ficar em pé sobre a prancha, remar e curtir as sensações que o es-porte proporciona. A partir daí é só evolução”, garante Adriano Palmeira, proprietário de uma academia de SUP no município de Lauro de Freitas.

O desempenho do praticante é influenciado pelo tamanho e tipo de material da sup board, nome dado às pranchas usadas nos stand up paddle, é o que explica Palmeira. “Quanto melhor a prancha flutuar,

melhor será a performance do remador, que é o nome dado a quem pratica o SUP”, diz. E, segundo ele, quan-

do o assunto é o equilíbrio sobre a prancha, as mulheres são mais rápidas que os homens. “As mulheres arrasam na

i n f o r m e P u b l i c i t á r i o

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arte de ficar em pé e remar, já os homens geralmente demo-ram a se equilibrar”, revela.

pranchas e equipamentOsFabricadas por encomenda ou comercializadas diretamen-te nas lojas especializadas, as pranchas medem em torno de três a quatro metros (onze pés), e podem ser feitas de madeira, fibra de carbono, plástico rígido e cortiça. Há ainda uma prática versão inflável, feita em PVC e fibras de nylon, a supflex, que depois de utilizada pode ser esvaziada, guarda-da e transportada em uma mochila. Os preços variam de R$ 3 mil a R$ 6 mil. Já os remos são encontrados ao preço de R$ 350 a R$ 1,5 mil.

Ao escolher a prancha, o praticante deve atentar para o

modelo adequado à sua necessidade. “A sup board é en-contrada em duas versões, a sup race, que oferece melhor desempenho para uso em longas distâncias e maior veloci-dade, e a sup cave - de tamanho menor ela é mais ágil que a sup race e é indicada para quem deseja pegar onda -”, explica Palmeira. Outra dica diz respeito à escolha do local. Se o objetivo for surf, é importante que se tenha boas ondas e pouco vento, agora se a pessoa quiser remar a passeio, é bom que procure por locais com águas calmas e sem cor-renteza. “Eu gosto muito de praticar na praia de Buraqui-nho, mas existem outros lugares mais reservados, como as lagoas em condomínios fechados. Para quem quer pegar on-das, todas as praias de Lauro de Freitas são bem vindas”, diz Adriano Palmeira. O

E m p é : M a r i a n a eA d r i a n o P a l m e i r a C r i a n ç a : M a i a r aD o g : k a l i s c aC o n t a t o p a r a a u l a s :E s c o l a s t a n d u pn a t u r e : 7 1 8 1 7 1 7 3 9 1

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Yoga equilíbrio do corpo e da mente poR: LíLiAM CunhA »»» FOtOS: LucianO OLiveira iMaGeM e virGíLiO netO

MAiS Do quE uMA pRÁTiCA SAuDÁVEL, o yogA ALiA bEnEFíCioS FíSiCoS E quALiDADE DE ViDA A ExERCíCioS quE ConTRibuEM pARA o EquiLíbRio DoS SiSTEMAS, ATRAVéS Do bEM ESTAR FíSiCo, MEnTAL E EMoCionAL. ENtRE AS PRiNCiPAiS bENfEitORiAS EStãO AS DE CARátER ENERGétiCO E ESPiRituAl. quEM REvElA AS quAliDADES DA PRátiCA é A PROfESSORA DE yOGA E yOGAtERAPEutA EliANE CAlADO

» » » e S P O r t e e S a ú D e

Segundo ela, os exercícios do yoga vão muito além da busca pelo corpo perfeito. “São ati-vidades que acalmam a mente, aumentam a flexibilidade e o tônus, trabalham o equilíbrio,

a força, a consciência corporal e reduzem a ansiedade, e esse conjunto de fatores faz com que corpo e mente, em comunhão, fiquem bem”, avalia a professora. Entretanto, ressalta Eliane, por se tratar de uma prática que disciplina as pessoas, auxiliando-as a colocar ordem na vida e fazendo com que tenham menos necessidade de fazer uso de cigar-ros ou bebidas, por exemplo, o yoga também, contribui para que haja melhorias na forma física, mesmo não sendo este o seu objetivo principal.

Toda e qualquer pessoa pode praticar yoga, sendo ne-cessário apenas encontrar entre os diferentes estilos (in-tenso, moderado e suave) aquele que melhor se encaixa à sua condição, explica. “Até mesmo aquelas pessoas que possuem limitações médicas para atividades físicas podem praticar yoga realizando os exercícios de respiração e me-ditação”, exemplifica.

púBLicOPraticante há 22 anos, ela conta que o público que procura o yoga, em geral, é formado por pessoas adultas, com idade entre 25 e 65 anos. “São pessoas que estão buscando um

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jeito de viver melhor em todos os aspectos: corpo, mente e espírito, estabelecendo uma maior conexão consigo mesma e com Deus”, descreve. Para perceber os efeitos do yoga são necessários alguns meses de prática constante. Segundo ela, depois de um certo período, os músculos ficam ao mes-mo tempo mais tonificados e alongados e a capacidade car-diovascular e respiratória aumenta. “Todo o corpo fica mais saudável devido à eliminação de toxinas”, explica a profes-sora. Além disso, muitas pessoas relatam transformações psicológicas associadas à prática do yoga.

Entre os aspectos mais citados, diz Eliane, está o aumen-to da autoestima e da confiança em si mesmo, que ocorre na medida em que os obstáculos vão sendo vencidos, tanto no momento da prática, quanto na vida. “Alguns praticantes também fazem referência à estabilidade emocional e ao au-mento do nível da concentração e da paciência. Vale frisar, no entanto, que os benefícios são fruto da prática constante”, conclui a professora. O

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“ Até mesmo aquelas pessoas que possuem limitações médicas para atividades físicas podem praticar

yoga realizando os exercícios

de respiração e meditação”

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» » » c a S a e D e c O r a Ç Ã O

decoração sustentávelpoR: LíLiAM CunhA » » » F O t O S : e S t ú D i O a r t i S

TEnDênCiA EnTRE DESignERS, DECoRADoRES E ARquiTEToS, A MADEiRA DE DEMoLiÇÃo ESTÁ CADA VEZ MAiS pRESEnTE noS pRojEToS DE DECoRAÇÃo, SEJAM ElES DE AMbiENtES iNtERNOS Ou ExtERNOS, RESiDENCiAiS Ou COMERCiAiS

f o t o s P r o d u z i d a n o C a r r o d e b o i M ó v e i s e m M a d e i r a d e D e m o l i ç ã o - 7 1 3 3 6 9 7 9 0 3

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www.olarevista.com.br » » » junho 2013 17

Utilizada em móveis, pisos, paredes, pai-néis decorativos, luminárias, e onde

mais a criatividade permitir, a madeira é extraída e recuperada de antigas ca-sas e galpões e além de conferir uma grande beleza estética, é resistente, de alta durabilidade e se integra com perfeição a ambientes rústicos e/ou sofisticados.

A madeira extraída das constru-ções, a madeira de demolição, como é popularmente conhecida, tornou-se um sucesso na decoração por permitir a criação de peças exclusivas, explica a arquiteta Lili Mesquita. Segundo ela, esta tendência surgiu com base na conscientização ambiental e na escas-sez dos recursos naturais.

“Descobriu-se que as peças de madeira retirada em bom estado de conservação durante a demolição das edificações, ao serem tratadas e remo-deladas, poderiam ser reutilizadas e, além de evitar o desmatamento, ofe-reciam resistência, durabilidade e um caráter exclusivista, uma vez que cada peça reaproveitada carrega em si ca-racterísticas únicas conquistadas pe-las marcas deixadas pelo tempo”, diz.

A escolha da madeira deve ser feita respeitando as propriedades específi-cas do material, já que além das ques-tões referentes à estética, como cor e textura, por terem estruturas físicas diferentes, cada tipo de madeira apre-senta uma resistência específica aos esforços e às intempéries. Também é importante decidir corretamente onde e como utilizá-la, de modo a obter um resultado que case beleza e durabilida-de, ressalta a arquiteta.

Mas, apesar de ter se tornado uma tendência, ainda existe a ideia equivo-cada de que este tipo de material não

deve ser utilizado em qualquer ambien-te, explica a arquiteta. Entretanto, ela defende que, respeitando-se os limites e características é possível sim utilizar a madeira de demolição em qualquer local, inclusive em estabelecimentos comerciais. “O importante é manter a característica intrínseca à atividade exercida no ambiente e definir qual sensação deseja-se passar aos funcio-nários e aos clientes. Utilizada em con-junto com vidros e metais, por exemplo, a madeira causa um contraste harmo-nioso, tornando o ambiente aconche-gante e requintado”, exemplifica.

Quanto ao perfil de quem opta pelo uso da madeira de demolição, a arquiteta afirma que geralmente são pessoas que primam por um ambiente confortável, aconchegante, com carac-terísticas singulares, e/ou que optam pelo uso de elementos naturais como forma de se manterem integradas ao meio ambiente e dispostas a pagar mais por isso. “Como tudo o que é único, a madeira de demolição é um material mais caro, chegando muitas

vezes a custar mais que o dobro da madeira comum”, afirma. O alto cus-to é em razão das marcas do tempo que elas carregam, o que faz com que mesmo possuindo um mesmo design, um móvel em madeira de demoli-ção, nunca será igual a outro, explica. “Quanto maior a idade da madeira, e mais detalhes e marcas, mais cara ela será. O valor da madeira de demolição está na sua história”, ressalta ela. Já os cuidados exigidos são os mesmos indicados a qualquer peça de madeira: limpeza e aplicação de produtos contra xilófagos (insetos que se alimentam de madeira), quando necessário. “Em pe-ças envernizadas, eventualmente é ne-cessária a limpeza da antiga camada de verniz para aplicação de uma nova camada. No entanto, esta também é uma manutenção esporádica, o que torna ainda mais interessante o uso desta madeira”, destaca Lili. Ela acres-centa que, em geral, por serem mais resistentes ao tempo, normalmente as madeiras de lei, como a peroba, mogno e jacarandá são as mais utilizadas. O

l i l i M e s q u i t a » A r q u i t e t a

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» » » t u r i S M O

lauro de freitascomo explorar o seu potencial turístico?poR: ViCToR LiMA » » » F O t O S : e S t ú D i O a r t i S e M a r c e L O G a n D r a

mesmo sendo uma cidade bonita, repleta de praias, áreas de preservaçãoe MonuMEnToS hiSTóRiCoS, LAuRo DE FREiTAS pRECiSA DE MAiS ATEnÇÃo no SEToR TuRíSTiCo

Porque o potencial turístico de Lauro de Freitas não tem sido mais explorado

pelo poder público até então, já que o município é rota de passagem entre a capital e toda a extensão do litoral nor-te? Sendo a primeira cidade da costa dos coqueiros e estando bem próximo ao Aeroporto Internacional Luis Eduar-do Magalhães, o que falta para Lauro

de Freitas estar entre as principais ci-dades turísticas da Bahia? O município oferece 6km de praias, que são consi-deradas as principais belezas naturais e pontos de maior visitação turística da cidade. Oferece também áreas de preservação, a exemplo dos mangue-zais e do próprio Rio Joanes que corta o município, além da histórica Paróquia Santo Amaro de Ipitanga e o Terminal Turístico Mãe Mirinha de Portão.

A cidade também tem um grande potencial de hospedagem, entre hotéis e pousadas já estabelecidos, e novos empreendimentos que estão sendo construídos. Existem pelo menos 20 estabelecimentos hoteleiros em Lauro de Freitas.

De acordo com o Departamento de Turismo da Secretaria de Cultura e Tu-rismo de Lauro de Freitas, a prefeitura tem feito um trabalho de fortalecimen-

www.olarevista.com.br » » » junho 201318

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“ Entendemos que lauro de freitas tem um potencial

turístico muito forte. O que deve ser feito é

desenvolver uma política de fortalecimento de tu-rismo no município. Em seguida, potencializar o que temos, qualificando

também as empresas voltadas ao turismo, agências de viagem, hotéis, restaurantes,

pousadas, para que se possa atender bem o tu-rista. Então a partir daí,

apresentaremos políticas para atrair mais turista

ao município”

i g o r f i d e l e s , D i r e t o r d o D e p a r t a m e n t o d e t u r i s m o d a S e c r e t a r i a d e C u l t u r a e t u r i s m o d e l a u r o d e f r e i t a s

to dos atrativos turísticos já existentes, para em seguida desenvolver um plano de crescimento do setor em Lauro de Freitas.

Segundo Igor Fideles, diretor do de-partamento, o órgão está fazendo um levantamento da oferta turística, que fornecerá um diagnóstico do que real-mente o município oferece, para então se pensar em ações posteriores para maior atratividade do turismo local.

“Entendemos que Lauro de Freitas tem um potencial turístico muito forte. O que deve ser feito é desenvolver uma política de fortalecimento de turismo no município. Em seguida, potencia-lizar o que temos, qualificando tam-bém as empresas voltadas ao turismo, agências de viagem, hotéis, restauran-tes, pousadas, para que se possa aten-der bem o turista. Então a partir daí, apresentaremos políticas para atrair mais turista ao município”, afirma.

Dentre os projetos já discutidos pela Prefeitura Municipal para o aper-feiçoamento do atendimento e deman-da turística estão, a revitalização do Terminal Turístico Mãe Mirinha de Por-tão e da orla marítima, e a qualificação de pessoal, visando principalmente, a proximidade dos eventos esportivos, como a copa das confederações que será realizada em junho deste ano e copa do mundo de 2014

reVitaLizaçãO da OrLaSegundo o departamento de Turis-mo as obras de revitalização da orla estão sendo discutidas em conjunto com a Superintendência de Patrimônio da União e a principal preocupação é acompanhar o projeto em concordân-cia com as leis ambientais. ”Estamos

tendo o cuidado de priorizar as ques-tões ambientais para que este projeto não venha afetar o ecossistema local”, destaca Fideles.

quaLificaçãO de prOfissiOnaisFideles afirma ainda que por alguns anos a cidade foi esquecida do cenário turístico e que por este motivo o pre-feito está começando uma política de inserção turística para o município. Neste sentido, a prefeitura firmou par-ceria com a Secretaria de Turismo do Estado para qualificação de pessoas em línguas estrangeiras voltadas ao atendimento turístico, e recentemente, em intervenção com o Ministério do Turismo, a cidade foi inserida entre os nove municípios que participarão dos programas de qualificação profissional, o Pronatec, Pronatec Copa e Pronatec Social, sendo previsto o desenvolvi-mento destas atividades para o mês de junho.

A atividade turística tem grande importância no que diz respeito ao de-senvolvimento e crescimento da eco-nomia. O investimento direcionado ao setor turístico gera emprego e renda, além de contribuir diretamente para receita municipal. O turismo represen-ta hoje uma parcela significativa do PIB de muitas cidades brasileiras, o que têm melhorado suas condições econô-micas em decorrência do avanço que o setor tem proporcionado.

E com a proximidade da copa das confederações e da copa do mundo é necessário que o município se profis-sionalize mais neste setor, pois estes eventos com certeza trarão muitos be-nefícios para Lauro de Freitas. O

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Secretaria de Cultura e Turismo de Lauro de Freitas apresenta ações a serem realizadas no municípiopoR: ViCToR LiMA » » » F O t O S : M a r c e L O G a n D r a

revitalização do terminal turístico de portão, inauguração do núcleo do museu da CiDADE E pRogRAMAÇÃo DAS FESTAS juninAS SÃo ALguMAS DAS METAS DA SECRETARiA

A Secretaria de Cultura e Tu-rismo de Lau-ro de Freitas

apresentou no dia 15 de maio, no Ter-minal Turístico Mãe Mirinha de Portão o lançamento do Projeto Agô, “dá licença” em Iorubá, e a inauguração do Núcleo

do Museu da Cidade, com a primeira exposição sobre a Cultura Popular de Lauro de Freitas. O Projeto é uma ini-ciativa da Prefeitura Municipal, em parceria com o Governo do Estado, que prevê o resgate e a valorização da cul-tura no município.

O Projeto Agô estabelece estraté-

gias e ações no setor cultural e turís-tico, como a revitalização de todo o espaço do Terminal Turístico, a cons-trução do novo Serviço de Atendimento ao Turista (SAT) e o fortalecimento da cultura da cidade, principalmente a cul-tura de matriz africana.

De acordo com Márcia Tude, secre-

M á r c i a t u d e - S e c r e t á r i a d e C u l t u r a e t u r i s m o d e l a u r o d e f r e i t a s

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tária de Cultura e Turismo de Lauro de Freitas, a primeira ação do projeto con-siste na mobilização social em prol da construção de políticas públicas para sustentabilidade e valorização do espa-ço Agô, hoje conhecido como Centro de Referência da Cultura Afro.

“A nossa cultura é negra, 85% de nossa população é negra, quando per-cebemos que a cultura é negra, samba de roda, terno de reis, estamos falando da cultura de raiz, começamos a en-tender que os terreiros são verdadeiros quilombos urbanos, que mostram toda a resistência da cultura Ketu, Angola e Jeje em nosso município. Por isso o espaço Agô celebra essa legitimidade” disse Márcia Tude.

A secretária também informa que o projeto nasceu de um mapeamento extenso feito pela Secretaria de Cultu-ra e Turismo que catalogou instituições

religiosas, grupos culturais, grupos de dança e baianas de acarajé. A pesquisa confirma Lauro de Freitas como municí-pio com maior quantidade de terreiros por metro quadrado no Brasil.

O projeto também prevê a revitaliza-ção do Programa Valores da Terra, que agora será chamado Talentos da Gente. O programa consiste na realização de concursos de poesias, música e artes plásticas. Os vencedores terão os seus trabalhos divulgados em um livro, e em gravação de um DVD que será realizado na Concha Acústica de Lauro de Freitas. A divulgação do projeto começará em junho deste ano.

Entre as ações da Secretaria, as preparações para o São João também são destaque quanto à estrutura e pla-nejamento com o projeto Forró Show – Lauro de Freitas, a bola da vez. Segun-do Márcia Tude, as festas juninas serão

diferenciadas dos anos anteriores, porque, a prefeitura está construindo o São João junto com as associações, en-tidades locais e poder público estadual. O evento já aprovado pela Bahiatursa trará atrações como Adelmário Coêlho, bem como espaço infantil com oficina de mamulengo, de bandeirola e de cor-del, com trabalhos expostos na praça. A secretária adianta também, que a deco-ração será feita em parceria com a Igre-ja. “Será um São João em clima verde amarelo, não com influência da Copa do Mundo, mas será o São João da Copa das Confederações”, afirma.

A Secretaria instalará também, um receptivo para as festas juninas no sa-guão do aeroporto, que indicará para os turistas, as principais atividades e locais de festas em Lauro de Freitas, além da recepção aos atletas da Copa das Con-federações. O

A Secretaria de Cultura e Turismo de Lauro de Freitas fez o lançamento do PROJETO AGÔ e inauguração do Núcleo de Museu do município, no dia 15.05, no Terminal Turístico Mãe miri-nha de Portão. O evento reuniu artistas grupos culturais lideranças politicas, comunitárias, religiosas, autoridades municipais e estaduais. O projeto pre-vê a revitalição do próprio Terminal e ações no âmbito cultural e turístico.

fOtO 01 » DEPutADO EStADuAl CACá lEãO, SECREtáRiA DE CultuRA E tuRiSMO DE lAuRO DE fRE itAS , PREfE itO MáRCiO PA ivA ,PA i ANDERSON DE OxAlá , vEREADORA Al iNE Ol ivE iRA ,PA i bAlbiNO DE xANGô, vEREADOR AlExANDRE MARquES

fOtO 02 » CARlOS SObRiNhO, D iREtOR DECOM lAuRO DE fRE itAS , CR iSt iANO SANtANA E ANDRé Mi -RANDA, ASSESSORES DO DEPutADO EStADuAl CACá lEãO E PAulO MANEiRA - DECOM lAuRO DE fRE itAS

fOtO 03 » v iCE -PREfE itO bEbEl CAR vAlhO E SuA ESPOSA Su iANNE

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Jair gabriel poR: SAnDRA LéA bERgEMAnn » » » F O t O S : M a r c e L O G a n D r a e ta r S O F i G u e i r a

“A SuRpREEnDEnTE pinTuRA DE jAiR gAbRiEL, ViVA E bELA, FEiTA DE ARTE E inVEnÇÃo, ME CoMoVE. SuAS CoRES VibRAnTES, A DELiCADEZA, A FoRÇA E A ElEGâNCiA DE SuAS fiGuRAS, SObREtuDO AS DOS PáSSAROS, ME ENCANtAM.” (ZéLiA gATTAi - ESCRiToRA)

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E é assim, como-vendo e encan-tando, que as obras de Jair Ga-

briel têm conquistado reconhecimen-to mundial. Uma manifestação artísti-

ca, brotada aqui na Bahia, mas com suas raízes na Floresta Amazônica.

Seringueiro, filho de um baiano soldado da borracha, Jair Gabriel é um autêntico caboclo da floresta. Nascido em Rondônia, tornou-se po-

licial. Com esse histórico seria talvez impossível imaginar que se tornaria o grande e sensível artista que é hoje. Sua introdução às artes visuais deu-se em 1995, pelo artista e crítico de arte Edison Da Luz, que lhe forneceu

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o material necessário, assim como lhe apresentou diversas técnicas. Jair es-colheu o pontilhismo e, mesmo sem ter estudado ou pesquisado inicialmente sobre esta técnica, sozinho conseguiu chegar a um patamar de excelência e

criatividade único no mundo. A crítica de artes Matilde Matos tem sido uma de suas grandes incentivadoras. Logo no inicio ao ver seu trabalho disse: “Olhe, esse rapaz tem alguma coisa a conquistar aqui na Bahia”. E foi a par-

tir desse momento que ele começou a crescer na carreira.

Hoje, Jair Gabriel é um dos mais importantes artistas do nosso paÍs. Reconhecido internacionalmente, já participou de diversas exposições na-cionais e internacionais. Sua arte já chegou a todos os continentes. Mas, apesar do sucesso, Jair lamenta a es-cassez de apoio à cultura nacional. Mesmo assim, continua buscando aprimorar cada vez mais a sua arte. Conforme revela: “todo artista encon-tra inspiração no dia a dia, mas além da inspiração vinda do cotidiano, eu busco inspiração nas minhas raízes, na Floresta Amazônica, nos contos e lendas existentes na região”. E assim ele segue unindo o místico e o lúdico, expressando de maneira rica e intuiti-va suas lembranças e sentimentos. O

“todo artista encon-tra inspiração no dia a dia, mas além da

inspiração vinda do coti-diano, eu busco inspiração nas minhas raízes, na floresta Amazônica, nos contos e lendas existentes na região”

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edison da luz40 anos sobrevivendo de artepoR: ThiAgo poRTugAL » » » F O t O S : L u c i a n O O L i v e i r a i M a G e M e M a r c e L O G a n D r a

o ARTiSTA pLÁSTiCo EDiSon DA LuZ RECEbEu A EquipE DE REpoRTAgEM DA oLÁ REViSTA pARA uM bATE pApo EM SEu ATELiER, no bAiRRo DE pATAMARES, EM SAlvADOR. uM hOMEM quE fAlA O quE PENSA, ElE NãO DEixA DE RESPONDER A NENhuMA PERGuNtA E, EM AlGuNS MOMENtOS, ChEGA A SER POlêMiCO. MAS NãO SE ENGANE, EDiSON é uM hOMEM DE GEStOS SiMPlES E quE fAlA COM A ExPERiêNCiA DE quEM vivE, há MAiS DE 40 ANOS, DE SuA ARtE

Ele já começa a en-trevista afirmando que “o povo baia-no está tão no sol

que não consegue visualizar mais a

cor. Tanto que no vestuário baiano não se vê muita cor. O baiano tem vergonha de se vestir colorido”. Edison diz ainda que “a cor é a presença da luz, faltou luz, não se tem mais cor”. Para ele, “a

cor tem um processo emocional, faz parte de um movimento de vida, atra-vés da cor você pode ter raiva, pode ter alegria, a cor é morte, é vida, ela está sempre vinculada dentro da gente de

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várias maneiras”. Ele lembra que a cor muitas vezes é utilizada no processo de cura de doenças, conhecida como cromoterapia.

Segundo da Luz, ao longo de mais de 40 anos como artista, ele desen-volveu uma linha de trabalho que já faz parte de sua obra, “uma técnica muito difícil, que ninguém no mundo hoje sabe fazer”. Ao ser questionado de onde vem tanta inspiração para as suas obras, ele afirma que “inspiração é uma balela, não existe inspiração, isso aí o homem criou porque não teve nome para dar pra outras coisas. Nin-guém está inspirado em nada, tudo não passa de uma necessidade do seu movimento, onde se está inserido. O que existe é a consciência trabalhando em sua memória, tudo é recordando, é fazendo uma mistura que a pessoa tem de saber selecionar”. Edison avalia que viajar pelo mundo ajudou a expan-dir a sua mente, “pois tudo é igual, mas nada se parece”.

prOduçãO artística e cuLturaL Outra opinião controversa do artista é afirmar que não faltam espaço nem dinheiro para a cultura, citando o tam-bém artista plástico Bell Borba para ilustrar. Ao ser questionado sobre o assunto ele diz: “Nós temos espaço, temos incentivo, temos dinheiro para fazer arte, temos tempo, temos tudo. O problema é a organização política para fazer as coisas”. E continua. “Pergunte a Bell Borba se falta espaço. Bell colo-ca escultura onde ele quer”. Da Luz cita um projeto que ele está desenvolvendo com o que chama de autofinanciamen-to, para colocar esculturas em toda a orla. “Depois, se o governo quiser, vai ter que pagar para ficar com a obra”.

O artista revela uma conversa que

teve com o secretario estadual da Cul-tura, Albino Rubim, na qual sugeriu a realização de salões de artes nos mu-nicípios do interior. “Rubim disse que quer fazer, que tem interesse em fazer uma grande documenta da arte baia-na e até hoje nada”. Da Luz não para por aí. Questiona a utilização do Centro de Convenções e do Parque de Exposi-ções, espaços que, segundo ele, pode-riam ser utilizados para exposições de artes, ou para uma feira permanente, aumentando a utilização desses luga-res. O artista nos contou uma ideia que tem para levar para a secretá-ria de Cultura e Turismo de Lauro de Freitas, Márcia Tude: uma documenta de arte dentro do município, para se saber o que há na cidade. Ele sugere que seja feito um intercambio cultural e que a secretária “diga ao povo da ci-dade qual a proposta dela, quais são os projetos que o município tem na área da cultura”.

ficha técnicaEdison Benicio da Luz, Bacharela-do e pós Graduado em Crítica de Arte pela Universidade Federal da Bahia, é Artista Plástico re-conhecido internacionalmente, ganhador de diversos prêmios nacionais e internacionais,pesquisador nas áreas de Arte integrada e Arte Comunitária, abrangendo setores de antro-pologia, arqueologia, etno-logia e música. Criador do Centro de Arte Comunitária em Porto Seguro, Bahia em 1977; do Movimento MAIS (Movimento de Arte Integra-da Social); e do ETSEDRON – grupo criado em 1969, no momento conhecido como Contracultura, ten-

do como pano de fundo a repressão po-lítica e cultural promovida pela ditadura militar implantada em 1964. Existiu até 1979 e aglutinou a uma estrutura cen-tral calcada nas artes plásticas, elemen-tos de música, dança, teatro e pesquisa de cunho etnográfico. Sua intenção era desenvolver uma estética contemporâ-nea nas artes visuais a partir da identi-dade cultural brasileira pesquisada nas zonas rurais do Norte e Nordeste. Con-trapunha-se a correntes estrangeiras que então faziam sucesso no circuito nacional de arte erudita como a Pop Art norte-americana. O

participou das Bienais de:»» 1967: IX Bienal de São Paulo»» 1969: X Bienal de São Paulo»» 1971: XI Bienal de São Paulo»» 1973: XII Bienal de São Paulo»» 1974: Bienal Nacional»» 1978: I Bienal Latino Americanade São Paulo

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paulo mendes e heloísa biral apresentam técnica artística milenarpoR: ViCToR LiMA » » » F O t O S : M a r c e L O G a n D r a

poR SE TRATAR DE uMA ARTE MiLEnAR, o bATik SE MAnTêM FiEL, SEM SOfRER MuDANçAS NA fORMA DE CONStRuçãO DE SuAS tElAS, DENtRO DE uM PROCESSO quE ExiGE GRANDE CONCENtRAçãO

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Há mais de 20 anos, os paulistas radicados na Bah-ia, Paulo Mendes

e Heloísa Biral desenvolvem o batik em suas telas, cartões postais e folhe-tos. A técnica proveniente da Indoné-sia consiste em tingimento no tecidos com cera derretida e materiais coran-tes que proporcionam um resultado impressionante e rico em detalhes e cores. A principal característica do ba-tik é o efeito singular produzido pela cera, que ao se partir em alguns luga-res cria um craquelê no desenho (apa-rentes rachaduras ou ressecamentos) resultando na simulação de um enve-lhecimento do objeto com, graça, bele-za e luxo. O batik é feito manualmente, o que proporciona originalidade no tra-balho artístico. Tudo que tenha como suporte o tecido, como: quadros, can-gas e lenços pode ser utilizado para pinturas.

Além de cidades brasileiras, o ca-sal expôs seus trabalhos nos Estados Unidos e países Europeus como, Ale-manha, Suíca, França Itália e Portugal. Recentemente, os artistas fizeram ex-posições em congressos, centros de

convenções e eventos corporativos. Suas telas já foram vendidas para pes-soas famosas, como o ex-presidente americano, Gerald Ford, e o ministro de Portugal, Mário Soares. Empresas de grande porte como a Bayer, Nestlé, Sadia, Dow Quimical e H. Stern estão entre seus clientes, além de lojas de arte em São Paulo e Rio e Janeiro.

Com criações bem brasileiras, Paulo Mendes informa que a inspira-ção artística está no cotidiano, na ob-servação de paisagens, monumentos históricos, acontecimentos e aspectos religiosos. Durante a carreira, os ar-tistas conquistaram prêmios no Salão de Artes Plásticas de algumas cidades como Embu, Vale do Paraíba, Taubaté e no Salão Nacional de artes plásticas. O casal aborda também a dificuldade de se vender artes. A falta de incenti-vo, de espaço e de um local de expo-sição dificultam o comércio de peças.

“Em outros estados, como Rio de Janeiro, Belo Horizonte e São Paulo existem locais para os artistas expo-rem e venderem seus trabalhos, como feiras de artes e exposições em praças públicas. Infelizmente em Lauro de Freitas e na Bahia não existem muitos

eventos como estes. O Brasil precisa aprender a valorizar seus artistas, sua arte e não valorizar só o que vem de fora, já que nosso país exporta tanto”, afirma Paulo Mendes.

ficha técnicapaulo mendes é natural de São Pau-lo e aprendeu batik em 1970, na Wal-dorf Schule, escola antroposófica de Ruldolf Steiner, cuja filosofia é ensinar as matérias convencionais através das técnicas artísticas. Premiado, o artis-ta tem exposto e organizado vários eventos no Brasil e no exterior. Paulo também é o autor do curta-metragem “Sinfonia do Alto Ribeira”, estrelado pelo músico Hermeto Pascoal. heloísa Biral é natural de São Pau-lo. Licenciada em artes plásticas pela Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP-SP), aprendeu a técnica do ba-tik em Florença, em 1977. Heloísa vem expondo seus trabalhos no Brasil e em países como Portugal, França, Itália, Suíça e Áustria. Atualmente, tem se de-dicado a crianças e pessoas com mais idades, ensinando-lhes arte através da pedagogia de Waldorf.

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cadEiRa elétricamemÓrias de quem sobreviveu poR: CARLoS RibEiRo » » » F O t O S : M a r c e L O G a n D r a

LiVRo DE LEVi WEnCESLAu Foi LAnÇADo no DiA 2 DE MAio, no TEATRo EVA hERZ - LiVRARiA CuLTuRADo SALVADoR Shopping, COM PAlEStRA DO AutOR, PARtiCiPAçãO DOS ESCRitORES EDSON lODi E CARlOS RibEiRO, MEMbRO DA ACADEMiA bAiANA DE lEtRAS, E APRESENtAçõES DOS MuSiCOS MARGAREth MENEzES, fláviA wENCESlAu E CElO COStA E POESiAS DE JACkSON COStA

O livro de estreia de Levi Wenceslau chega às livrarias cercado de grandes expectativas

e excelentes referências. Com a pro-dução de Talita Magalhães, o lança-mento foi marcado por um espetácu-lo que mesclou música, poesia e um

bate-papo especial do autor do livro com os escritores presentes. Além da participação da plateia. Com o públi-co estimado em 400 pessoas foram vendidos mais de 200 livros na noite do lançamento, sendo que boa parte do público já tinha adquirido o exem-plar anteriormente, sucesso que co-

meçou através das redes sociais.Os livros estão sendo vendidos na

Livraria Cultura do Salvador Shopping ou através do e-mail [email protected].

sOBre O LiVrOO livro, além de uma dramática histó-

E s c r i t o r l e v i w e n c e s l a u

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ria de superação, é também uma obra que, segundo o escritor Carlos Ribeiro, que assina o texto das “orelhas”, aten-de à exigência básica do poeta alemão Rainer Maria Rilke (1875-1926), quan-do este diz que “Uma obra de arte é boa quando nasceu por necessidade” e que justamente “Nesse caráter de origem está o seu critério – o único existente”.

“Ao ler o livro de Levi Wenceslau percebi, com grande intensidade, o quão desnecessária é a maioria dos livros que abarrotam as livrarias. Muito poucos expressam uma necessidade tão vital, manifestada em uma lingua-gem elegante que prima pela fluência, clareza, lirismo, criatividade e precisão, características do texto de um verda-deiro escritor. Sem falar do seu refina-do senso de humor”, diz Ribeiro, que é também professor de jornalismo da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia e membro da Academia de Le-tras da Bahia.

A opinião é compartilhada por Ed-

son Lodi, para quem, “Ainda que o tema seja dramático, a prosa de Levi prende o leitor pela fluência e elegância com que se desenvolve. Linguagem simples e escorreita, revelando momentos de finíssima poesia, que, mesmo em mo-mentos de quase desespero, não foge à realidade, ao equilíbrio. Essa per-cepção é essencial para a exata com-preensão do aqui e agora, para receber o estímulo fundamental – o reinventar da vida, o sorrir”.

LiçÕes de VidaOutra característica marcante do livro é a multiplicidade de níveis de leituras que ele proporciona ao leitor. Multiplici-dade que engloba questões espirituais, transcendentes e, mesmo, “sobrena-turais”, mas também uma vigorosa denúncia das péssimas condições de atendimento nos hospitais públicos, e, sobretudo, do despreparo do poder público e das pessoas, em geral, em re-lação às necessidades básicas de so-brevivência e mobilidade do deficiente

físico. [Levi questiona a utilização de eufemismos, a exemplo de portador de necessidades especiais, entendidas por ele como “nomenclaturas que ten-tam amenizar o impacto das palavras deficiente físico” e não correspondem à realidade da pessoa nessas circuns-tâncias].

Em suma, Cadeira elétrica trata da historia real de Levi Wenceslau, um jo-vem que se torna tetraplégico no dia de seu aniversário de 23 anos, em um acidente automobilístico provocado por um animal morto na BR-101 (Re-cife - João Pessoa, dando inicio a um calvário de muita dor, mas também crescimento e superação. O livro mos-tra as experiências pelas quais passou durante as três paradas cardíacas que sofreu, uma delas de mais de 20 minu-tos de duração, sinais que se apresen-taram desde a infância do que estaria em seu destino, dois nascimentos, o original e depois do acidente, além de uma leitura envolvente que traz uma narrativa com muitas lições de vida. O

e m p é : E d s o n l o d i , C a r l o s R i b e i r o , R a f a e l t o p á z i o , h e l o í s a w e n c e s l a u , A ç u c e n a n o c o l o , f á v i a w e n c e s l a u , M a r g a r e t h M e n e z e s , t a l i t a M a g a l h ã e s , C e l o C o s t a e J e f e r s o n S o u z a - N a c a d e i r a : l e v i w e n c e s l a u A b a i x a d o s : f e l i p e w e n c e s l a u , M o í s e s P i n t o , J a c k s o n C o s t a , R o b e r t o A m o r i m e f r a b r í c i o R i o s .

P R O D u t O R A t A l i t A M A G A l h ã E S 7 1 8 8 6 2 3 3 6 7

t A l i t A _ M A G A l h A E S @ h O t M A i l . C O M

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J a c k s o n C o s t a

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MOda paRa gestantepoR: LoREnA SÁ » » » F O t O S : e S t ú D i O a r t i S

gRAViDEZ é uMA DÁDiVA A quAL ToDAS AS MuLhERES SonhAM E MuiTAS DELAS Só SEDizEM REAlizADAS DEPOiS DE DESCObRiR O AMOR iNCONDiCiONAl ENtRE MãE E filhO.é uMA fASE SubliME, MAS DE GRANDE MODifiCAçãO NO CORPO

Com o novo biotipo, a palavra chave no que-sito roupas é CONFOR-TO, mas o universo de

moda gestante vai além das peças coringas: leggings, calças e shorts com elástico, vestidos e blusas amplas. As

mulheres mesmo no período de gesta-ção querem continuar bem vestidas, sem perder o estilo.

No mercado baiano este nicho ain-da é pouco explorado, porém vem des-pertando interesse em diversas mar-cas, como a Martenalle com 10 anos

de mercado e jovens talentos, como é o caso da estudante de Design de moda Larissa Iten Gomes, que para o seu trabalho de conclusão de curso está desenvolvendo uma coleção com 30 peças que fujam do óbvio e que tragam referências de moda e tendências para

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esse público. “O grande desafio das marcas que trabalham no segmento é criar peças adaptáveis e confortáveis para as futuras mães e que, ao mesmo tempo, sejam elegantes e com informa-ção de moda, sem a cara de “roupa de grávida” previsível”, diz a universitária.

Na Artis – Estúdio Criativo, os en-saios fotográficos para gestantes são vistos por uma ótica peculiar, desper-tando a sensibilidade e retratando as emoções deste momento mágico. Há toda uma preocupação com o bem es-tar e conforto da futura mamãe, onde a produção de moda preza pela indi-vidualidade a cada ensaio, agregando as tendências com muita atitude e per-sonalidade, para que elas continuem lindas, charmosas e fashion, demons-trando o carinho e amor pelo futuro membro da família. O

“ O grande desafio das marcas que trabalham no segmento é criar peças adaptáveis

e confortáveis para as futuras mães e que, ao mesmo tempo, sejam elegantes

e com informação de moda, sem a cara de “roupa de grávida” previsível”

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Maternidade ativa cria filhos segurospoR: LuiSA ToRREÃo » » » F O t O S : P r i S c i L a c O S ta P i n t O e e S t ú D i O a r t i S

DESMAMAR pRECoCEMEnTE, TERCEiRiZAR oS CuiDADoS, DoRMiR SEpARADo, DEixAR ChoRAnDo pARA ACoSTuMAR. ConSELhoS Do Tipo nÃo FALTAM EM LiVRoS ESCRiToS pARA MÃES DiSpoSTAS A “ADESTRAR” OS filhOS PARA A iNDEPENDêNCiA. DiANtE DA ACElERADA ROtiNA quE SE vivENCiA hOJE, é ASSiM quE OS bEbêS EStãO SENDO CRiADOS, AfiNAl

Remando contra essa maré, no entanto, outra parcela de mães vêm buscan-

do uma forma de criar os filhos com mais afeto para torná-los adultos emocional-mente seguros, exercendo a maternida-de de maneira ativa e consciente. Na prática, significa um resgate ao instinto maternal, evitando padrões de compor-tamento baseados em meras conven-ções e pressões sociais.

“Não posso dizer que é sempre lin-do, temos muitos dias difíceis, mas vi-ver intensamente a maternidade é um presente, uma oportunidade única de reflexão sobre nossas escolhas, sobre o mundo. A maternidade ativa foi uma porta para uma nova vivência que me-xeu em todos aspectos da minha vida”, afirma Carolina Lube, mãe do recém-nascido Cauê, de 1 mês, e de Sophia, de 4 anos.

Para algumas mulheres, a postura ativa pode começar ainda na gravidez, com a tomada de consciência dos pro-cessos por que passam o corpo e as

emoções, bem como com a busca pelo conhecimento da fisiologia do parto.

Mas nem sempre é assim. “Pode e seria maravilhoso que começasse na gravidez, mas é importante ressaltar que não é o único caminho. Muitas ve-zes, a mulher só se dá conta que pode exercer uma maternidade ativa depois de muitos tropeços. Às vezes, só o próprio puerpério [pós-parto] é capaz de mexer profundamente com falsas crenças que a mulher traz consigo”, diz Carolina. Foi assim com ela, ainda no nascimento da primeira filha. Precisou passar por uma cesárea desnecessária para compreender como deveria viven-ciar a experiência de ser mãe. Hoje, ten-do parido o segundo filho de forma natu-ral, sabe que escolheu o caminho certo.

presença físicaA maternidade ativa é também exerci-da por Clesia Miranda com seus dois filhos – Arthur, de 3 anos, e Theo, de 7 meses. Sem babá em casa, ela e o marido se dividem nos cuidados dos pequenos.

Enquanto bebês, o quarto é com-partilhado com os pais. Mamadeira de leite artificial, eles nunca viram. Fralda descartável o mais velho até usou, po-rém o menor sequer sabe o que é. Usa apenas fraldas ecológicas de pano, desde que nasceu – versões modernas da antiga calça enxuta.

Tudo isso é apenas uma parte das opções que Clesia fez para os filhotes. O mais importante na criação é afeto, entrega, dedicação, presença física. “Acho que toda ou quase toda mãe sente essa vontade de estar sempre perto e que é mais que natural, mas um monte de coisas da vida moderna, bem como alguns métodos, acabam por afastar as mulheres dessa vonta-de”, diz Clesia.

O psicólogo Alexandre Coimbra Amaral explica que essa vontade natu-ral nasce do vínculo estabelecido entre mãe e filho desde o nascimento. “A mãe é sentida pelo filho como parte in-trínseca dele. Ele, enquanto bebê, não consegue compreender que são duas entidades separadas. Por isso, vive a

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f o t o : P r i s c i l a C o s t a P i n t oM o d e l o s : a m ã e C a r o l i n a l u b e c o m a f i l h a S o p h i ae o f i l h o C a u ê

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f O t O : E S t ú D i O A R t i SM O D E l O : C A R O l f A l k

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separação com tanta angústia e o dis-tanciamento com tanto choro”.

Segundo ele, a mãe que também sente essa distância com angústia está bem do ponto de vista da vincu-lação. “Nós não nos vinculamos aos nossos filhos porque é bom para eles, mas porque nós também precisamos deste vínculo para nos transformar-mos em pais”.

Pelo menos, assim deveria ser, não fosse a urgência do mundo moderno. Criar filho deixou de ser prioridade. Pre-sença física já não é o mais importan-te. A justificativa é que qualidade supe-ra quantidade. Será?

Não é o que diz Alexandre, pai de dois filhos, com um terceiro a caminho. “Esta distorção de que é possível me-diar a falta de quantidade pelo excesso de qualidade é uma falácia. Filho quer e precisa de muita mãe e de muito pai”.

De acordo com ele, não é porque passamos a estar mais tempo fora de casa, priorizando as demandas profis-sionais e pessoais, que os filhos pas-saram a precisar de menos quantidade de mãe e pai.

“Se a vida está corrida, temos que abrir mão de outras coisas em nosso pouco tempo livre para dar a eles o que eles mais precisam: a nossa presença genuína, vívida, cheia de vontade de estar ali”, afirma o psicólogo, fundador, junto com a esposa, do Grupo Rodaviva de apoio a gestação, parto e materni-

dade. Clesia Miranda também pensa assim. Para ela, a importância da mãe é fundamental nos primeiros anos, já que é o momento em que a crian-ça está formando a personalidade. E, afinal, ninguém melhor que a mãe para transmitir valores e conhecimen-to.“Estar presente fisicamente é um dos fatores principais dessa relação. E eu não acredito que somente umas horinhas com qualidade vá suprir isso. Criança precisa de qualidade, mas de quantidade também. Porque ela preci-sa de tempo para aprender, entender, sentir-se segura de suas escolhas”, considera.

prOfissãO Para Alexandre, é importante dizer que não se trata de abrir mão da carreira e dos estudos, mas de reavaliar o estilo de vida. “As mulheres que ainda não compreendem o movimento de huma-nização acham que humanizar a ma-ternidade é negar as conquistas femi-nistas quanto à vida profissional. Mas, ser uma mãe com preceitos humanis-tas é repensar a voracidade com que as mulheres vêm lidando com a vida”.

O tempo da maternidade é o tempo da entrega, ou, como define o psicólo-go, da guiança pelas necessidades do bebê. “Para viver isso, é necessário desacelerar para sentir. Não se sente a potência que a experiência materna pode dar à mulher quando se vive de

forma tão vertiginosa”, afirma.Clesia é uma que não abriu mão

da vida profissional mas, em compen-sação, trabalha em um horário pouco usual. “Fico fora de casa por seis ho-ras, num período que quase ninguém gostaria, porque é das 16h às 22h. Fiz isso para poder ficar a maior parte do tempo com meus filhos. Posso passar o dia quase inteiro com eles, cuidando, educando”, conta.

Na casa dela, ajudantes além de pai e mãe, só se não houver jeito. “Nos revezamos nos horários para estarmos sempre com eles a maior parte do tem-po possível, acompanhar o crescimen-to, o desenvolvimento, passar seguran-ça para eles. É cansativo? Sim, e muito! Mas pensamos que o futuro deles será bem melhor assim, se forem cuidados e educados por nós”.

O marido fica com os meninos à noite, enquanto ela não chega em casa. “Mas claro que para isso precisa-mos abrir mão de muitas coisas, pois a renda acaba ficando menor já que trabalho menos, mas abrimos mãos de coisas materiais, coisas que para nós não são tão importantes quanto estar perto e cuidar dos nossos filhos”.

Ela complementa: “Eles podem até não ter o brinquedo caro, a roupa cara, a gente nem sempre viaja nas férias, mas eles têm o mais importante que é a nossa presença e amor constante na vida deles”. O

“Se a vida está corrida, temos que abrir mão de ou-tras coisas em nosso pouco tempo livre para dar a

eles o que eles mais precisam: a nossa presença genuína, vívida, cheia de vontade de estar ali”

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Juventude família é peça chave no enfrentamento Às drogaspoR: LuiSA ToRREÃo » » » F O t O : e S t ú D i O a r t i S » » » iLuSTRAÇÃo: CAMiLo CunhA

AoS 16 AnoS, MiRiAn SouZA FonSECA jÁ Viu MuiToS CoLEgAS percorrerem um caminho de onde poucos conseguem voltar

Jovens que, como ela, te-riam tudo para estar es-tudando, se divertindo, não fossem as drogas

capazes de mudar tantos destinos. “Via colegas saindo e todo mundo be-bendo, logo começando a usar outras coisas. Isso me incomodava muito”, conta a garota, que decidiu transformar a realidade à volta dela fazendo parte de um projeto social de enfrentamento às drogas, o Travessia Cidadã.

Parte do Programa Conjunto da Or-ganização das Nações Unidas (ONU) Segurança com Cidadania, o projeto acontece em Itinga, o maior e mais po-puloso bairro do município de Lauro de Freitas (Grande Salvador), com quase 90 mil habitantes, dos quais 41,7% têm idade entre 10 e 24 anos.

Com alto histórico de violência e uso indiscriminado de drogas – 62% dos moradores admitem conhecer al-gum usuário –, não é à toa que a lo-calidade foi escolhida para trabalhar a prevenção ao consumo juvenil de álcool e outras substâncias químicas.Prevenção esta que deve ser iniciada dentro de casa. A questão é que, na

maioria das vezes, o problema também começa ali, no seio do lar. E não é só uma questão de periferia.

Arraigada em toda sociedade, tor-na-se visível o quanto a droga está corroendo famílias de classes média e alta, fazendo escravos longe das fa-velas. “Está em todos os lugares, não importa o nível social. O traficante não é mais o bandido mal encarado. Pode ser um colega de escola, do con-domínio”, alerta a terapeuta familiar Carmélia Musse.

O inimigo, dentro da própria casa, pode ser sutil. “Normalmente, as situa-ções já estão na família, com a presen-ça do cigarro ou a associação do prazer com a bebida. As drogas lícitas estão expostas para o jovem desde cedo, as receitadas também”, diz Carmélia.

A psicóloga Vera da Ros, consultora do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (UNODC), concorda. “O cafezinho para acordar, o chá para acalmar, a cervejinha no fim de sema-na e muitas outras drogas estão arrai-gadas aos costumes de todas as cama-das e níveis socioeconômicos”, elenca.

“Vivemos em uma civilização quími-

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ca. Há toda uma cultura condicionada para o uso das drogas. Elas funcionam como uma válvula de escape. Primeiro, proporciona um sensação de prazer e tranquilidade. Depois, aparece a de-pressão, a tristeza, a dor e o sofrimen-to”, reforça Carmélia.

Ainda assim, a descoberta por par-te dos pais é sempre uma surpresa. “O que acontece é colocar a culpa lá fora, nos amigos. A família não percebe a sua responsabilidade – a mãe que trabalha o dia inteiro, o pai que está ausente ou dá pouca atenção”, afirma.

A terapeuta ensina que, para solu-cionar o problema, o melhor caminho é não se fechar, mas buscar auxílio, seja na religião, na medicina, na terapia ou mesmo entre os próprios familiares.De acordo com ela, a família precisa se capacitar para saber falar com o jovem sobre as drogas. “Não se deve aterrorizar, nem adianta chegar com o sermão pronto. Tem que haver diálogo, não monólogo”.

Carmélia ressalta que os pais preci-sam prestar atenção nos filhos, amigos e escola, bem como oferecer constan-temente carinho e atenção, sem ter medo de dizer não, quando necessário. “Não dá para ser permissivo, nem auto-ritário demais”.

ÁLcOOL Para Cleide Rezende, secretária execu-tiva do Projeto Travessia Cidadã e mo-radora de Itinga, é justamente a falta de estrutura familiar, aliada à falta de informação e instrução, a maior dificul-dade percebida nos trabalhos com a comunidade.

“E normalmente só se pensa nas drogas ilícitas, mas a gente sabe que o álcool está acabando com os jovens. Educação é a solução para isso”, diz.

O Documento Final de Diagnóstico

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Institucional da ONU confirma que o consumo abusivo e a glamorização da bebida alcoólica estão amplamente di-fundidos no bairro de Itinga.

“O usuário do álcool não se acha um dependente. Já começa o proble-ma assim”, admite Fátima Carvalhal, representante da Secretaria Municipal da Saúde, para quem a conscientiza-ção é peça chave na prevenção.

Vera da Ros afirma que o aumen-to do uso de drogas legais entre os jovens traz graves consequências às condições de saúde física e psíquica, notadamente pela infecção por HIV e hepatites virais.

“Há uma tendência de uso de ál-cool e outras drogas cada vez mais cedo, bem como altas prevalências do uso de álcool. Esta situação apresenta-se mais grave quando se consideram as consequências danosas, por exem-plo, na vida afetiva, familiar e social, além dos prejuízos à saúde nessa po-pulação”, diz.

Segundo Fátima Carvalhal, em Lau-ro de Freitas, o enfrentamento vem sendo realizado com palestras, capa-citações, feiras, atendimentos de rua,

entre outros. “Mas não adianta pensar só no jovem, se não trabalhar a famí-lia”, enfatiza.

escOLa A representante da Secretaria Muni-cipal de Educação Isa Croesy acredi-ta que a droga é uma preocupação pertinente a todos. “Nas escolas, nas famílias, em todas as instâncias, trata-se de uma realidade muito próxima. O jovem hoje, se não usa, já conviveu ou soube de alguém que usou”.

Para Isa, a escola não pode jamais estar de fora do processo de enfrenta-mento às drogas. “Ela tem um papel muito grande, principalmente devido à ausência dos pais. Lá são despejados todos os problemas sociais”, alega.

Representante colegiada do Traves-sia Cidadã e coordenadora do projeto Mérito Juvenil (premiação internacio-nal que valoriza atividades realizadas por jovens), Leide Manuela Santos acredita no protagonismo juvenil como forma de enfrentamento.

“A valorização dos jovens, com ações que deem visibilidade para eles, é uma forma de contribuir para reduzir

C a r m é l i a M u s s e , t e r a p e u t a d a f a m í l i a

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a participação na criminalidade. É pre-ciso manter os jovens ocupados com coisas positivas”, defende.

As causas que levam às drogas são muitas. Ausência de espaços para lazer, despreparo para o mercado de trabalho, evasão escolar e desestru-tura familiar estão entre os principais fatores apontados no Documento Final de Diagnóstico Institucional, produzido pelo Programa Conjunto da ONU.

Trata-se, portanto, de um problema multifatorial, cujo enfrentamento deve ser conduzido levando em conta os diversos aspectos – pessoais, sociais, econômicos, culturais etc.

A via é de mão-dupla. “Nos mesmos domínios da vida nos quais se encon-tram os fatores de risco, encontraremos os de proteção: indivíduo, família, esco-la, pares, comunidade, sociedade”, ga-rante a psicóloga Vera da Ros.

É justamente o que vem buscando colocar em prática o Programa Conjunto da ONU Segurança com Cidadania, e por meio dele o projeto Travessia Cidadã.

Implantado desde 2011 em Lauro de Freitas, o Programa tem a proposta de prevenir a violência fortalecendo o papel do cidadão e da comunidade. Por meio de ações diversas, reúne instân-cias de educação, saúde, comunicação, cultura, lazer e segurança pública.

Exemplo disso são as Feiras de Convivência e Segurança Cidadã, rea-lizadas de abril a junho, em Itinga, re-unindo atividades artísticas, oficinas e oferta de serviços públicos.

Um prova de que a mobilização vem

dando certo é a constatação da redu-ção de 50% no número de homicídios em Itina, no primeiro trimestre deste ano. A meta é reduzir em 30% a taxa geral de assassinatos de jovens de 15 a 24 anos, até 2016.A estimativa do Programa é de que cerca de duas mil pessoas já tenham participado de cursos de capacitação, palestras, oficinas e outras ações, des-de setembro de 2012.

prOgrama da OnuPrevenir a violência, criando ambientes mais seguros e saudáveis para jovens entre 10 e 24 anos, em condições vul-neráveis. Esse é objetivo do Programa Conjunto da ONU Segurança com Cida-dania. As ações estão sendo realizadas em três áreas geográficas específicas, escolhidas por meio de um edital públi-co, que recebeu mais de 82 inscrições de várias regiões metropolitanas do país. São elas: Bairro Itinga, em Lauro de Freitas (BA); Região Nacional, em Contagem (MG); e Região Administra-tiva VII - São Pedro, em Vitória (ES). Of o n t e : O N u

NÍvEiS DE ENvOlviMENtO COM AS DROGAS

Nível 1 - uso por curiosidade experimentações pontuais

Nível 2 - uso ocasional quando o local e a companhia favorecem

Nível 3 - uso habitual sempre que repete determinada ação

Nível 4 - uso dependente já não tem controle do uso

fonte: Carmélia Musse, terapeuta da família

“ Normalmente, as situações já estão na família, com a presença do cigarro ou a associação do

prazer com a bebida. As drogas lícitas estão expos-tas para o jovem desde cedo, as receitadas também”

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ACESSibiliDADEo direito de ir e vir garantido pela constituição federalpoR: ViCToR LiMA » » » F O t O S : M a r c e L O G a n D r a

a acessibilidade deve garantir que as pessoas com deficiências ou com mobilidade reduzida possam circular e se movimentar pELoS ESpAÇoS DA CiDADE DE FoRMA pLEnA E LiVRE DE bARREiRAS

O direito de acesso ao meio físico, sobretudo para as pessoas com deficiência ou mobilida-

de reduzida foi assegurado na Consti-tuição Federal brasileira e em diversas normas infraconstitucionais. Porém, o

que ainda se vê é a existência de inú-meras barreiras físicas que impedem que essas pessoas usufruam do direito fundamental de se locomoverem livre-mente pelas calçadas, praças, edifica-ções públicas e de uso coletivo.

Por este motivo, Vander Santos,

presidente da Associação das Pessoas com Deficiência de Lauro de Freitas (ASPDELF), tem procurado junto ao poder público municipal, estadual e so-ciedade civil organizada, contribuições para melhoria das condições de vida que garantam autonomia e mobilidade

» » » u t i L i D a D e P ú B L i c a

v a n d e r S a n t o s ( p r e s i d e n t e d a A S P D E l f ) t e n t a n d o s u b i r a c a l ç a d a

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para os cidadãos que sofrem de algum tipo de deficiência física. Segundo ele, Lauro de Freitas tem avançado no que diz respeito às questões de promoção da acessibilidade, contudo a necessidade de uma continuidade e empenho do poder público para atender esta parte da população requer mais atenção.

“Nós os cadeirantes sofremos muito quando nos loco-movemos pela cidade, simplesmente porque um pequeno degrau torna-se às vezes uma muralha. Hoje o município não tem uma quantidade boa de rampas nas vias públicas, fazendo com que a gente divida os espaços com os automó-veis no asfalto. São poucas as edificações públicas que têm o acesso fácil, mas tanto a gestão anterior, quanto a atual vem se preocupando com a situação”, ressalta.

Ainda segundo o presidente da ASPDELF, o município tem duas ferramentas muito importantes, o Plano Munici-pal de Direito da Pessoa com Deficiência, e o Conselho Mu-nicipal do Direito das Pessoas com Deficiência Física, que apontam como grandes conquistas para os as pessoas com mobilidade reduzida na cidade. Porém, é necessário que as secretarias se comprometam, principalmente a Secretaria de Infraestrutura do Município (SEINFRA), que até então, em suas edificações não contemplam um plano de acessibili-dade. Santos também cita que outras secretarias não são acessíveis, a exemplo da Secretaria de Educação de Lauro de Freitas.

O governo federal estabeleceu prazo para que as edifi-cações públicas de uso coletivo e privado sejam adequadas à lei 10.098 de 2000, que prevê normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade. O fato é que este prazo se estendia até o ano de 2007, e infelizmente alguns órgãos públicos e privados ainda não regularizaram seus espaços para que as pessoas com mobilidade reduzida adentrem aos seus prédios com mais facilidade.

O presidente da ASPDELF informa também, que a asso-ciação apresentou alguns projetos à prefeitura como o “Praia para Todos”, que cria a primeira praia acessível de Lauro de Freitas e o “Rota Acessível”, que prevê em concordância com a SEINFRA, o mapeamento de trechos com rampas e estru-tura que facilitem a locomoção de cadeirantes e pessoas com qualquer tipo de dificuldade de mobilidade.

“A prefeitura quer fazer, mas ela prioriza outras questões. Cabe a nós do movimento, fazer essa cobrança, como venho fazendo ao longo do tempo. As ações vêm acontecendo, po-rém ainda com lentidão, e, às vezes de forma equivocada, como a rampa construída no Anexo da Câmara de Vereado-

A m a i o r i a d o s P o n t o s d e ô n i b u s s e m e s t r u t u r a p a r a c a d e i r a n t e s

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res. Hoje a rampa é totalmente inaces-sível”, acrescenta.

De acordo com o Secretário André Luis, existe na SEINFRA, em relação à execução de obras, um projeto que irá urbanizar e pavimentar as ruas não pa-vimentadas, pensando-se em rolamento para veículo, passeio, meio fio e drena-gem. A secretaria também está desen-volvendo projeto para requalificação do centro como um piloto para questão da mobilidade urbana. O intuito é modificar vias e reestruturar o sistema viário, para que ruas estreitas sem passeios sejam transformadas em calçadão.

“Onde pudermos vamos alargar os passeios e criar rampas de acessibilida-de para travessia de um passeio ao ou-tro. Além disso, estamos também com um projeto de recapeamento das vias, que hoje estão em condições precárias, ou seja, a vida útil já está no fim, tem vias que não tem como fazer mais tapa buracos. Também estamos criando um padrão de passeio, observando a qua-lidade, o concreto bem acabado, sem ressaltos, sem declividades muito gran-des, para uma melhor segurança no an-dar”, afirma o secretário de Infraestrutu-ra do município.

Ainda segundo ele, a mobilidade também passa pela questão do trans-porte público e por isso deve-se conec-tar a pista com passeio, com equipa-mentos públicos, com praças e pontos de ônibus. O novo modelo de sistema viário deve conectar estes pontos para que haja melhores condições de trân-sito para o cadeirante. O secretário in-forma também que este planejamento como um todo, está sendo feito pela Secretaria Municipal de Planejamento (SEPLAN).

A l g u n s p o n t o s d a c i d a d e j á c o n t e m p l a m a a c e s s i b i l i d a d e , c o m o n o f i m d e l i n h a d e ô n i b u s n o c e n t r o

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Alguns órgãos municipais e estaduais têm abraçado a causa da promoção da acessibilidade no município junto à ASPDELF, como a Superintendência Estadual de Direito da pessoa com Deficiência, órgão da Secretaria Estadual da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH), represen-tada pelo superintendente Alexandre Barone e pela diretora de acessibilidade Marília Cavalcante, e a coordenação de reabilitação da Secretaria Municipal de Saúde na figura de Tito Coelho, que em parceria com a SEINFRA se propôs estar presente nas execuções do projeto.

Segundo o IBGE de 2010, existem pelo menos 42 mil pessoas com qualquer tipo de deficiência no município. Em levantamento feito pelo presidente da ASPDELF, há no mínimo 30 cadeirantes, hoje, só no bairro de Portão. Caso houvesse hoje um mapeamento no município, seriam cons-tatadas pelo menos 300 pessoas que utilizam a cadeira de rodas em Lauro de Freitas.

No dia 24 de abril, o prefeito Márcio Paiva e o secretário de Infraestrutura André Luis visitaram a região de Quintas do Picuaia para vistoriar uma série de obras, que segundo o secretário, considerará a questão da mobilidade urbana na localidade. Serão investidos cerca de R$ 12,7 milhões em pavimentação, e outras questões como micro e macro drenagem do Rio Picuaia e obras de esgotamento sanitá-rio, iluminação pública e projetos socioambientais, além da construção de uma creche, uma quadra poliesportiva e um galpão de triagem de resíduos sólidos em convênio com o Governo Federal. O

praia para tOdOsA praia acessível vem crescendo no cenário na-cional. Estados como Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná implantaram o projeto em sua orla e calçadões. Para o funcionamento do projeto é ne-cessário que haja na praia uma esteira, uma área protegida com toldo de apoio e pessoas para aju-dar na transferência da cadeira de rodas para a cadeira anfíbia, tudo isso para que o cadeirante possa atingir o mar e usufrua do oceano.

rOta acessíVeLAlguns trechos já foram definidos pela ASPDELF junto com a SEINFRA começando pelo terminal de ônibus do Centro de Lauro de Freitas em direção à saída que se estende até a Secretaria de Esporte do município, passando pelo correio. Já existe no município uma rota acessível, com mais ou menos nove rampas próximo à Secretaria de Esporte, à Secretaria de Assistência Social e ao Restaurante Popular, até a Estrada do Coco, passando por baixo do viaduto.

D i f i c u l d a d e d e l o c o m o ç ã o n a m a i o r i a d a s r u a s e c a l ç a d a s d o m u n i c í p i o

S e c r e t á r i o m u n i c i p a l d a i n f r a e s t r u t u r a , A n d r é l u i s

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O » » » c L a S S i F i c a D O S » » » D i v e r S O S

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