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CAPA | Parabens cidades irmãs

Revista Olá Cultura

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Primeira edição da Revista Olá Cultura

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CAPA | Parabens cidades irmãs

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CAPA Parabéns cidades irmãs 12

ARTE DA TERRA *A beleza simples do cotidiano 20

CULTURA E CIDADE *Alto da Sé, um espetáculo Deslumbrante! 6 *Recife Antigo, quatro séculos de estilo 8 *Carnaval 2012 16 *Gastronomia Regional 23 *Agenda cultural

RITMOS Ritmos Pernambucanos 10

Súmario

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Cidade e Cultura

Editorial

Em cada cidade há um conjunto de atividades diferentes, e essas diferenças se mostram nas festas, com o modo de comemorar que pode ser visto no carnaval que é comemorado de um jeito no Recife, com o galo da madrugada e em Olinda com os blocos nas ladeiras e no Alto da Sé. A cultura é vista com clareza nas manifestações populares, nas artes, na gastronomia, nas músicas e no cotidiano de cada cidade.

A cultura é a engrenagem principal para movimentar uma metropole, move a população, move os ritos, move um cidadão. E cidade sem cultura é fria, sem turismo, sem interação. Cidade e Cultura devem está sempre unidas para preservação de nossa memoria, marcar a história e deixar um legado ao futuro que há de vir.

Vell Sanot

Revista

Área editorialDiretor Geral: Chyrllene KRedator: Maria Eduarda MauxAssistente de redator: JeffersonRevisor: Chyrllene AlburquequeEditor: Verlúcia SantosDiagramadores: Chyrlene, jefferson, Mª Eduarda Maux, VerlúciaDireção de Arte: VerlúciaFotografias: Jefferson Alípio

Área técnicaProjeto Gráfico: CFMVPré-impressão e impressão: by jeffTiragem: 1Públicidade:

A revista olá é propriedade da editora Nordeste com distribuição gratuita. Nossa públicação é aberta a colaboradores e todas as informações e opiniões são de responsabilidade dos respectivos autores, não refletindo a opinião da resvista olá, e não se responsabiliza por conceitos emitidos em materias assinadas em respeito à liberdade de expressão. Proibida a reprodução sem autorização previa e escrita.

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Alto da Sé, um espetáculo Deslumbrante!

Alto da Sé, onde tudo começou. O início da povoação de Olinda aconteceu na colina batizada de Alto da Sé, com uma excepcional vista para o oceano. O ponto mais alto da linda Olinda, a filha mais velha de Pernambuco é o Alto da Sé, de onde se avistam os belos coqueiros, o azul do mar, os casarios, igrejas seculares e também sua irmã, a bela Recife. A visão panorâmica é deslumbrante e bastante emocionante.

Poder ver tanta beleza natural e saber que há centenas de anos atrás, outras pessoas também tiveram este sentimento de encantamento, é demais. Os Turistas que chegam em Pernambuco, consideram a Sé de Olinda um passeio obrigatório. É a história viva do Brasil.

Ainda hoje o turista encontrará muitos atrativos para fotografar e ver do Alto da Sé o oceano com suas embarcações. O circuito das igrejas também merece um destaque especial. Existem inúmeras delas, dedicadas aos mais diferentes santos. A Igreja da Sé, ou como é conhecida: Sé de Olinda é um dos monumentos mais representativos da história de Olinda. Sua denominação atual: Catedral Metropolitana de Olinda e Recife. Do terraço lateral existe uma vista deslumbrante. O Castelo e Fortaleza, que se encontra em frente ao prédio do Observatório Meteorológico, no Alto da Sé, o visitante vão

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ALTO DA SÉ | Um Espetáculo Deslumbrante!

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ver o marco que indica onde foi erguidos Castelo e Fortaleza do donatário, com a seguinte legenda: ‘Neste morro levantou seu castelo Duarte Coelho Pereira, que deu início à Vila de Olinda, memória da colonização de Pernambuco, em 1537’. O Observatório Meteorológico é outro monumento muito visitado, no Alto da Sé de onde se projeta uma das mais belas visões de Olinda e Recife que estão inter-ligadas pelo mar. Sua construção data do século XIX. O Farol no Forte de Mon-tenegro, à beira mar, foi instalado a fim de facilitar a navegação. Adquirido em 1869, o farol de Olinda foi aceso pela primeira vez na tarde de 18 de novembro de 1871. É a cada ano visitado por uma infinidade de turistas.

Além dos monumentos o turista poderá ver e se desejar comprar, os artesanatos regionais, entalhados em madeira, barro ou ferro, tecido ou renda, exposta nas barracas existentes no Alto da Sé. Olinda é pura beleza e arte nas ruas de seu sítio histórico, inspiração para vários artistas plásticos que escolheram a cidade para montarem ateliês, galerias e museus. No pátio em torno da igreja, além do comércio bem variado de artesanatos nordestinos, existe uma espécie de “praça de alimentação” ao ar livre com a venda de comidas típicas, como por exemplo, a famosa tapioca com coco e queijo de coalho.

Nas ladeiras de Olinda brota uma infinidade de manifestações artísticas. A maior delas o ‘Carnaval de Olinda’. Dona do maior carnaval do mundo, as ladei-ras de Olinda enchem-se de fantasias e cores durante os quatro dias de folia. Os maracatus, os caboclinhos, as troças, bonecos gigantes e qualquer outro batuque, encontram nas ladeiras de Olinda o seu palco. Ao caminhar pelas ruas estreitas, observar os casarios centenários e a vegetação local, e a vista para o mar, o turista terá muitas razões para retornar a esta linda cidade que foi e continua sendo: ‘Oh! Linda situação para uma vila!’. Turistas e pernambucanos, não deixem de visitar a bela Olinda. Mesmo subindo as ladeiras, caminhando, vale a pena o sacrifício, pois Olinda é muito linda!

Ao chegar no topo do centro histórico, depois de uma subida simpática, encon-tra-se a Sé e um dos panoramas mais interessantes de Recife visto de lá. No alto de Olinda, não só enxergamos o restante do município, assim como uma grande parte da cidade de Recife, principalmente a porção correspondente ao Recife anti-go. Linda paisagem, ventinho bom no rosto… Mas o sol não alisa! No alto da Sé, também acontece uma feira de artesanato bacana, onde os nativos expõem traba-lhos de artistas locais, assim como seus próprios trabalhos. Objetos de barro, telas que trazem o olhar nativo da cidade, quadros com frases engraçadinhas, enfim, há de tudo. Além de artesanato, são vendidos também os beijus de tapioca, ou simplesmente tapioca, que são feitos na hora e recheados geralmente com carne seca e queijo coalho.

Outro ponto que chama bastante a atenção na cidade é a presença maçica de Ateliers, que reflete a preocupação com a cultura nativa. Há um incentivo grande em valorizar a arte local, traduzida não somente na presença dos ateliers, mas na preservação de tradições, como a própria configuração das casas e do carnaval olindense.

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RECIFE ANTIGO| Quatro Séculos de EstiloO

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Recife Antigo, quatro séculos de estilo.

O Bairro do Recife resume no seu

perímetro mais de quatro sécu-

los de formação de uma cidade.

A diversidade da malha urbana

e dos estilos arquitetônicos que

convivem lado a lado são o testemunho dessa trajetó-

ria. Andar pelas ruas do Bairro do Recife é reviver es-

tes quatro séculos de história. Muitos sobrados foram

recuperados pelo poder público, que utilizou o con-

traste das cores para destacar os detalhes da arqui-

tetura eclética do século 19, até então escondida por

trás de fachadas descaracterizadas ou arruinadas. O

local foi tombado e elevado à condição de Patrimônio

Histórico e Artístico Nacional, para nascer com um

novo conceito em matéria de serviços, comércio e la-

zer, abrigando em casarões centenários um complexo

de bares, boates, galerias e casas de show. O bairro

foi refúgio dos primeiros judeus a chegarem à Amé-

rica e o maior centro econômico de Pernambuco até

o início do século.

De portas abertas todos os dias da semana, com

muitos restaurantes abrindo para almoço, o Recife

Antigo é o point da juventude nas sextas e sábados à

noite e uma ótima pedida de happy-hour para execu-

tivos do centro de Recife. O bairro também oferece aos visi-

tantes a oportunidade de se ter uma bela visão das pontes

que cruzam o Capibaribe, por onde são realizados passeios

de catamarã à noite ou de dia, saindo do Marco Zero. O

Recife antigo é um ponto turístico obrigatório.

A melhor maneira de desbravar o bairro é andando a

pé pelas suas ruas de paralelepípedos e pedras portugue-

sas. Comece pela Rua do Bom Jesus, com casario peculiar

holandês e galerias de arte. O tour deve incluir ainda o Ob-

servatório Cultural Torre Malakoff, que descortina uma das

mais bonitas vistas da cidade; e o Teatro Apolo - inaugura-

do em 1846 e fechado durante mais de um século, é hoje

um dos mais concorridos cinemas de Recife. Para terminar,

aprecie o visual da cidade a partir do Marco Zero, à beira

do rio Capibaribe.

O Marco Zero, localizado no Recife Antigo, é uma placa

de bronze informa que “As distâncias no Recife são medi-

das a partir desse ponto”. Lá há uma pracinha rodeada por

alguns dos edifícios mais antigos do Recife e de lá pode-se

visualizar o Parque das Esculturas, com obras esculpidas por

Brennand, um dos mais famosos artistas pernambucanos.

Todo o centro histórico parte deste ponto. Este é o local em

que Recife nasceu e é onde os principais eventos culturais

do Recife acontecem. Se você estiver na cidade e souber

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RECIFE ANTIGO| Quatro Séculos de Estilo

que haverá um show no

Marco Zero, não perca!

Localizada no centro

do Recife Antigo, A rua dos

Judeus, ou do Bom Jesus,

como se denomina atu-

almente, continua muito

próxima do que foi outrora.

Quando se passa por ela

ainda se respira no ar o fre-

nesi do que foi o comércio

naquela rua, nos tempos

do Brasil Colônia. Ela con-

centra vários restaurantes e

clubes noturnos e nela foi

recentemente restaurada

a primeira Sinagoga das

Américas. Próxima à rua

do Bom Jesus, encontra-se

a Torre Malakof, o obser-

vatório é aberto ao público

algumas noites e durante o

dia, os salões da torre fre-

qüentemente abrigam ex-

posições culturais.

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Ritimos | Ritmos Pernambucanos

Ritmo Pernambucano

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Ritmos | Ritmos Pernambucanos

Como parte da comemoração do aniver-sário de 475 anos do Recife e 477 de Olinda, os cantores e compositores An-dré Rio, Fábio Trummer, da Banda Eddie, e o DJ Dolores produziram uma música em homenagem às cidades irmãs. A composição foi um desafio proposto pela Globo Nordeste aos três artistas.

“Foi um grande desafio no começo, a gente recebeu o ‘briefing’ da Globo para que cada qual compusesse um pedacinho de uma canção e depois a gente juntaria tudo. Quando a gente se encontra, cada um tem sua tendência. Para juntar isso, tem que ter muita pa-ciência, dedicação. Fizemos o melhor que a gente pôde; acho que o resulta-do ficou lindo”, comentou André Rio.

DJ Dolores, que é natural de Sergi-pe, adotou o Recife como sua cidade, quando chegou para estudar. Na can-ção, também tentou mostrar o amor que tem pela capital e por Olinda. “Tive que acompanhar os meninos, me con-centrei mais na parte do ritmo. (...) Foi super bacana, relaxado, todo o pro-cesso foi um prazer imenso”, comentou o músico. Segundo André Rio, o DJ atuou com um catalisador, equilibran-do o lado recifense de André, nascido e criado no bairro de São José, com o lado olindense de Fábio Trummer.

O resultado deixou os músicos bastante satisfeitos. “A grande vantagem foi o en-contro e o conhecimento, que acho que abriu pontes para parcerias futuras. (...) É muito bacana quando você tem um in-tuito e são três cabeças pensantes em tor-

no de um grande objetivo. O retorno da rua é sentido”, disse André Rio. O cantor também falou da mistura de diferentes estilos que a música traz. “A gente con-seguiu um resultado bacana, resumo de vários ritmos que a gente carrega no co-ração. Recife é uma cidade plural, Olin-da também, e conseguimos misturar fre-vo, com música eletrônica, com a poética de Olinda que Fabinho trouxe”, disse.

André Rio ainda falou sobre o que os artistas pensaram para compor a can-ção. “A gente tentou traduzir e fazer uma espécie de crônica de tudo que a gente vivencia, a noite recifense (...). A gente conseguiu falar das pontes, rios, ladeiras, todo casario que Olinda tem, toda a poesia que o Recife Antigo tem. O grande barato foi esse”, comentou. “A letra foi mais o que Fabinho imagi-nou. A harmonia é minha e o ritmo de [DJ] Dolores”, destacou André. A mú-sica “12 de março”, composta por An-dré Rio, Fábio Trummer e DJ Dolores, será lançada no show Recife em Canto.

A concepção do projeto durou cerca de três semanas, mas foram apenas três ho-ras de encontro para a gravação da mú-sica, que mistura o frevo com a música eletrônica. O resultado é impressionate.

Ritmo PernambucanoProjeto: Rede Globo Nordeste

Coordenação Geral: Arísio CoutinhoProdução: RTV

Direção: Toni Ferreira e Matheus AsforaFotografia: Ivanildo Machado

Assist. de Direção : André FarkattDir. de Arte: Paulo Pantoja

Áudio: Fábrica EstúdiosProdução: Simone Arruda

Assist. de Produção: Gabriela SantiagoMontagem: Caio Zatti

Finalização e cor: André FarkattTécnica/Som direto: Severo Santos

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Parabéns cidades irmãs!Os sinos ecoam mais sonoros, os clarins soam mais alto, o frevo é mais contagiante e a alegria é mais envolvente, no dia 12 de Março de 2012 (sábado) Recife e Olinda as duas mais antigas cidades de Pernambuco comemoram os seus aniversários 475 anos e 474, respectivamente.

O Recife é uma cidade que encanta à pri-meira vista. História e beleza misturam-se em um cenário plantado à beira-mar e cor-tado por extensos rios e pontes. A exemplo de outras cidades portuárias, nasceu e se desenvolveu em torno do seu porto.

O seu porto - mais uma vez ele - consolida-va-se como espaço privilegiado. O chama-do sítio urbano se alargava e o rico açúcar produzido na região despertava a cobiça de outros povos, como os holandeses. Os novos conquistadores dominaram a região por 24 anos e a fizeram prosperar. O conde Mau-rício de Nassau trouxe para o Recife os pin-tores Frans Post e Albert Eckout e cientistas como Willem Piso e Jorge Marcgrav. Inicia-va-se, sem dúvida, um período de prosperi-dade e o Recife começava a tomar ares de uma cidade moderna. Os tempos de Nassau ficaram na história como gloriosos e marca-ram o processo de urbanização da cidade,

que esteve sob domínio holandês até 1654.

Como descreve o escritor Josué de Castro, “é este um dos seus aspectos mais singulares: em regra, constrói-se um porto para servir a uma cidade; no caso, levantaram os holan-deses uma cidade para servir a seu porto”. Seu nome é uma variação da antiga forma arrecife, que do árabe ar-cif significa dique, alusão aos rochedos de corais abundantes ao longo do litoral.

De uma vila de pescadores, o Recife tornou--se uma cidade rica em história, cultura e monumentos. São igrejas seculares, pontes, fortificações, ruas antigas e estreitas que convivem, atualmente, com amplas aveni-das. Continua “serena (…) metade roubada ao mar, metade à imaginação”, como reci-tou um de seus poetas mais ilustres, Carlos Pena Filho. Nasceu do sonho dos homens e se inventa a cada dia.

Uma Breve História

CAPA | Parabens cidades irmãs

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12 de março foi o dia escolhido por coincidir com a data do documento mais antigo já registrado, o Foral de Olinda, de 1537.

Olinda nasceu em uma colina de onde a visão se projeta sobre o oceano. Além da beleza paisagística, a escolha do lugar teve razões estratégicas: do alto, era mais fácil combater invasores vindos pela costa em busca de riquezas naturais.

Ao chegar à nova terra, habitada pelos ín-dios Tabajares e Caetés, o português Duarte Coelho convenceu-se de que aquele era o lugar ideal para instalar a sede do seu go-verno. Segundo a tradição, ele teria excla-mado: “Oh! Linda situação para uma vila!”. Estava, então, fundada a Vila de Olinda, no dia 12 de março de 1537. Hoje a cidade Patrimônio Histórico da Humanidade com-pleta 473 anos.

Instalada a sede do primeiro governo da Capitania de Pernambuco, a nascente vila, que depois seria transformada em cidade e capital, foi, aos poucos, desenhando o seu traçado urbanístico. Sobrados e ruas coloniais, monumentos, igrejas imponentes, galerias de arte e artesanato transformaram

Olinda em uma cidade que “é só para os olhos. Não se apalpa, é só desejo” (Carlos Pena Filho).

A cidade tem um traçado irregular, de in-fluência medieval, adaptando-se de forma orgânica às curvas do terreno e sendo in-fluenciada pela arquitetura religiosa. As torres das igrejas se destacam na paisagem da cidade, ainda que muitas delas, as pri-meiras, tenham sido danificadas durante as invasões holandesas. Entre as construções existentes atualmente, se destacam a Cate-dral de Olinda, o Mosteiro de São Bento, o Convento de São Francisco, com a Igreja de Nossa Senhora das Neves, e a Igreja de Nossa Senhora do Carmo, entre outras.

A arquitetura civil, ao contrário da religiosa, é simples perto da de outras cidades brasi-leiras da época. Recebeu influência da ar-quitetura portuguesa, como construções com sacada em pedra ou madeira, fachadas contíguas e grandes quintais, adaptada ao clima tropical do local.

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http://www.calendarioseferiados.com/aniversario-de-recife-e-olin-da-12-de-marco/#ixzz1oizNCLmN

http://jconline.ne10.uol.com.br/ca-nal/cidades/noticia/2012/03/10/recife-e-olinda-prontas-para-celebrar--mais-um-aniversario-35275.php

http://www.nordesturismo.com.br/lazer/programacao-do-aniversario--de-olinda2012/

http://eventtospe.blogspot.com/2012/03/aniversario-de-reci-fe-2012.html

ComemoraçãoParabéns, também para o Recife. Dois anos mais nova que sua cidade-irmã, a capital pernambucana mexe com a imaginação dos visitantes e, principalmente, de quem mora aqui. Gente que consegue apreciar todo o sabor da capital pernambucana.O Recife tem gosto de quê? De camarão? Do caldinho, dos bares e das rodas de ami-gos? A cor, o cheiro, tomando conta dos mercados de São José, de Casa Amarela e da Madalena? Os coqueiros, o sol, o mar, as praias do recife. As padarias onde o dia começa para milhares de recifenses.O gosto doce das celebrações e datas im-portantes. O Recife do Galo da Madrugada, dos festejos juninos, do ciclo natalino, das ruas lotadas durante as festas da padroeira e do Morro da Conceição, do aniversário de 472 anos. E aniversário tem gosto de bolo. Não qual-quer um, porque também não pode ser achado em qualquer lugar: o bolo de rolo. “Ele é tradicional em Pernambuco e com cer-teza vai representar muito bem o aniversário do Recife”, garante a balconista Chimenes da Silveira.O sentimento por Olinda é revelado de mui-tas formas. “Na verdade, a imagem da ci-dade é inspiração para todo tipo de artista, desde o escultor, o pintor, o artista plástico de modo geral”, afirma o artesão Ademir Sá. “Com certeza, Olinda está no coração”.Do coração direto para um pedaço da casca de madeira de cajá, no qual é retratado o mar, o farol, o colorido do casario, o homem da meia-noite que interrompe a paz das igrejas seculares. A turista Elisângela Vieira não deixou a lembrança passar.

As duas aniversariantes do dia têm muitos encantos, muitas paisagens coloridas e mui-tos sabores que mexem com a imaginação de turistas e dos moradores também. Mas cada um tem um jeito diferente de gostar e admirar as belezas do Recife e de Olinda. As celebrações oficiais e populares são as mais diversas e as reflexões sobre a memó-ria, o presente e o futuro também não devem ser esquecidas. O que vale mais é a come-

moração. Poder público, organizações so-ciais e principalmente o povo, respiram uma só atmosfera: festa.

O aniversário de fundação de Olinda e do Recife será celebrado com repique de sinos, frevo, samba, lançamento de livro, ativida-des esportivas e corte de bolo para os mo-radores. Como 12 de março é feriado na Cidade Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade, o dia 11 será todo dedicado à festa. Na capital pernambucana, onde não é feriado, a programação começa na sexta e se prolonga até segunda (12), no Bairro do Recife, com entrada gratuita.

Um pouco mais cedo, recifenses com es-pírito esportista podem comemorar a data andando de bicicleta nas ruas históricas. O ponto de encontro do “4º Passeio Ciclístico Conheça o Recife Pedalando” é a Praça do Marco Zero, às 7h30, com saída pro-gramada para uma hora depois. A idéia da prefeitura é aliar a atividade física com a descoberta de pontos turísticos no Bairro do Recife, São José, Santo Antônio, Santo Amaro e Boa Vista, todos no Centro. O bolo com seis metros de comprimento, três metros de largura e 475 quilos – massa branca, re-cheio de creme e cobertura de glacê – será servido no domingo, na Praça do Arsenal. A decoração, com bonecos, é inspirada em Luiz Gonzaga. Em seguida, no Marco Zero, tem show com 29 artistas locais e nacionais.

Olinda abre os festejos do 477º aniversário na segunda, com repique de sinos na Cida-de Alta, corte de bolo – recheio de choco-late, cobertura com leite condensado e arte em papel arroz – e apresentações artísticas. No sábado, a Secretaria de Esportes, Lazer e Juventude promove torneio de dominó, natação, surfe, skate, ciclismo e caminhada, para comemorar a data de criação da ci-dade. As atividades começam às 7h e ter-minam às 17h, na Praça Duque de Caxias, localizada na Praia de Bairro. Café da ma-nhã, com a presença do prefeito de Olinda, Renildo Calheiros, abre a programação.

Referencias:

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A Prefeitura da Cidade do Recife preparou uma super programação para agitar a cida-de durante todo o final de semana. A festa em comemoração aos 475 anos da Cidade do Recife começa no dia 09 de Março e vai até o dia 12, data oficial do Aniversário da Cidade.

Abaixo você pode conferir a programação completa da festa:

Sexta-feira, 09 de Março, no Pátio de São Pedro:

19h – Banda Viruz20h30 – Comunidade Azougue22h – Ortinho

Sábado, 10 de Março, no Pátio de São Pedro:

19h30 – Orquestra Maia21h – Zé Manoel22h – Nonô Germano

Domingo, 11 de Março, no Marco Zero:7h30 – 4º Passeio Ciclístico do Conheça o Recife Pedalando17h – Samba Pernambucano com Belo Xix e Wellington do Pandeiro17h – Concentração de agremiações para o cortejo18h- Saída da Gigantes do Samba18h30 – Saída do Galo da Madrugada19h – Saída da Unidos da Tijuca19h30 – Apresentação da Unidos da Tijuca

Segunda-feira, 12 de Março, na Praça do Arsenal e Marco Zero:

18h – Corte do bolo com a presença do prefeito João da Costa, show da Or-questra 100% Mulher e bloco O Bonde. Na Praça do Arsenal.20h – Show Encanto Recife: Um canto de amor ao Recife. No Marco Zero.Artistas participantes: Emílio Santiago, Luiza Possi, Elba Ramalho, Chimbi-nha; Joelma; Luciano Magno; Pauli-nho Leite, Benil, Nádia Maia, André Rio, Gustavo Travassos, Gerlane Lops, Nena Queiroga, Edilza, Geraldinho Lins, Maestro Forró, Vanessa Olivei-ra, Cristina Amaral, Liv Moraes; Almir Rouche; Marrom Brasileiro; Josildo Sá, Rogério Rangel, Ed Carlos, Irah Caldeira, Adryana BB, Fábio Trummer, Dj Dolores e Cezzinha.

Primeiro, o maestro Spok, junto com 120 crianças, executa um repertório carnavales-co e faz um dueto com a filha de Getúlio Cavalcanti, Alessandra Cavalcanti. Em se-guida, o coral São Pedro Mártir, fundado em 1937, se apresenta, com peças da cultura popular e do folclore regional e nacional. O coral Encanto de Olinda vai apresentar um repertório de frevos, entre os quais “Hino de Elefante”, “Hino de Pitombeira”, “Valores do passado” e “Evocação n°1.

Em seguida há o tradicional ‘parabéns para você’ e corte do bolo gigante, de 477 quilos. Para terminar a noite, a cantora de samba Alexa e a banda Mundo Livre AS sobem ao palco em uma ação realizada com o apoio do Governo do Estado.

Abaixo você pode conferir a programação completa da festa:

06h – Repique dos sinos

16h – Solenidade no Palácio dos Gover-nadores (sanção da lei que cria a Polí-tica Municipal do Livro, da Leitura, da Literatura e das Bibliotecas de Olinda, sanção da lei que cria o Dia Municipal da Poesia e assinatura do convênio para a última etapa das obras do Cine Olin-da Convenções)

18h – Apresentações dos corais da En-canto de Olinda e São Pedro Mártir

19h – Corte e distribuição do bolo

21h – Shows com Alexa e Mundo Livre SA.

Prog

ram

ação

Recife Olinda

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CARNAVAL | ????

CarnavalRecife e Olinda 2012

Espontaneidade, irreverência e lirismo!

CARNAVAL | Recife e Olinda 2012O

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CARNAVAL | Recife e Olinda 2012

O Carnaval Multicultural do Recife é assim: democrático, popular, caloroso, diversifica- do e invejosamente animado.Totalmente descentralizado, com pólos de animação espalhados por toda a ci-dade, a festa leva possibilidades iguais de diversão e lazer para todos, com con-forto, segurança e comodidade. São es-petáculos gratuitos e de alta qualidade, seja nas apresentações de agremiações carnavalescas, seja nos shows de palco com artistas e orquestras. Não existem desfiles de escolas de samba, como no Rio; aqui, as escolas são substituídas por troças. Ninguém paga nada, não há in-gressos, não há abadás. Todos partici-pam apenas trazendo a animação.O Galo da Madrugada é considerado

Recife, Carnaval Multicultural

o maior bloco de carnaval do planeta. Passados já 34 anos desde seu primeiro desfile, ele tem o orgulho de permanecer fiel às suas raízes, valorizando o ritmo pernambucano e mostrando aos foliões dos quatro cantos, não mais apenas do Bairro de São José, do Recife, do Estado ou até do Brasil; mas, agora, de todo o planeta, que, pessoalmente ou à distân-cia, se encantam, numa total epifania ao ver o amor, a beleza e a magia da maior manifestação cultural do planeta.Todos seguem, pulando e cantan-do, como que seduzidos pelo refrão: “Ei pessoal, vem moçada! Carnaval começa no Galo da Madrugada.”Em Recife, capital multicultural do Brasil,

É um Carnaval de muito alto astral!

tem frevo, maracatu, caboclinho, ciran-da, coco-de-roda, samba, afoxé, rock, reggae e manguebeat. Todos os anos, o autêntico Carnaval de rua recifense arrebata milhões de foliões, turistas do Brasil e do exterior. Os ritmos contagian-tes e as fantasias criativas brilham nas cidades cheias de gente, luzes e sons.

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CARNAVAL | Recife e Olinda 2012

Olinda, o maior car-naval do mundo!

Olinda, Carnaval dos Gigantes Em seus primórdios, a história do carna-val de Olinda confunde-se com a história da folia no Recife e em Pernambuco. Tal como hoje a conhecemos, a maior festa popular do mundo é um evento relativa-mente recente, sendo marcado pelo sur-gimento de agremiações como o Clube Carnavalesco Misto Lenhadores, fundado em 1907, e o Clube Carnavalesco Mis-to Vassourinhas, de 1912, ambos ainda presentes nos carnavais da atualidade.

O carnaval de Olinda preserva as mais puras tradições da folia pernambucana e nordestina. Todo ano, pelas ruas e ladeiras da Cidade Alta desfilam cen-tenas de agremiações carnavalescas e tipos populares, que mantêm vivas as genuínas raízes da mais popular festa do Brasil. São clubes de frevo, troças, blocos, maracatus, caboclinhos, afoxés, cujas manifestações traduzem a mis-tura dos costumes e tradições de bran-cos, negros e índios, base da forma-ção do nosso povo e de nossa cultura.Um diferencial da folia olindense são os

bonecos gigantes, dos quais todo ano são criados novos tipos, e hoje já são mais de uma centena desfilando nas ruas e ladeiras da cidade. Na Terça-Feira Gorda, eles se reúnem e mostram toda sua graça entre os largos do Guadalupe e do Varadouro, em um encontro que se tornou tradição da folia em Olinda. Es-ses bonecos são uma herança européia e têm sua origem nas procissões do sé-culo XV. Lá, os bonecos acompanhavam os cortejos religiosos. Aqui, enfeitam a festa pagã. O primeiro boneco a sair às ruas de Olinda foi o Homem da Meia--Noite, que anima a folia desde 1932.

Os tipos populares também são outra tradição do Carnaval de Olinda. A cada ano, eles enchem as ladeiras da Cidade Alta encarnando personagens inspira-dos tanto nos noticiários do dia a dia, como nos mais tradicionais costumes, todos eles retratam em suas fantasias a irreverência e a crítica social presentes tradicionalmente no carnaval da cidade.

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Luz Tropical - Recife e Olinda | O fotógrafo Gilberto Marcelino faz uma homenagem ao aniversário as cidades de Olinda e Recife e realiza mostra fotográfica. São 27 cenas das cidades irmãs. A exposição está instalada no piso L3 do Shopping Plaza Casa Forte (Rua Doutor João Santos Filho, 255, Casa Forte), no horário de funcionamento do sho-ping. Até 18 de março.

Pernambuco: Cultura, História e Mar | Lentes que espelham os principais atrativos turísticos e manifestações culturais do Esta-do. Esse é o foco da exposição intitulada “Pernambuco: Cultura, História e Mar”, de autoria do fotógrafo Miguel Igreja, que é inaugurada neste sábado no Centro Cultural Correios. A mostra é composta por 28 fotos impressas em telas que são expostas em ca-valetes. A curadoria é assinada Ana Patrícia Vaz Manso. De 13 a 16 de março, das 9 as 18h00, Entrada gratuita.

Fórum Pernambucano de Literatura de Cor-del | O Fórum oferece cursos, oficinas, palestras e apresentação de trabalhos com especialistas da área, alcançando todos os públicos. Sediado no Centro de Educação da UFPE , dias 7, 8 e 9 de março.

Interferências do Carnaval | A exposição retrata leituras de vários artistas sobre uma das festas de mais destaque no país. A mos-tra reúne artistas nas técnicas de pintura, de-senho, gravura e escultura e está em cartaz na Rodrigues Galeria de Artes (Rua Othon Paraíso, 430, Torreão, Recife). O horário de visitação é das 10h às 18h, de segunda a sexta-feira, e das 9h30 às 13h, aos sába-dos. Até 31 de março.

Lua Gonzaga | A exposição Lua Gonza-ga traz textos e imagens acerca da vida e trajetória do Rei do Baião e fica em cartaz durante todo o mês de março no Centro, lo-calizado na Rua Real da Torre, 299, Bairro da Madalena, Recife. A mostra ocorrerá até 31 de março.

Museu do Mamulengo | O Museu do Ma-mulengo – Espaço Tiridá apresenta acervo de mais de 1,5 mil bonecos em uma estru-tura de sete salas para exposição, além de auditório para 50 pessoas, sala de aula, biblioteca, área para oficina e jardim. Ende-

reço: Rua do São Bento, 344, Sítio Histórico de Olinda. Horário de funcionamento: todos os dias, das 9 às 17h. Entrada: RS 1 (grátis para escolas públicas). Em cartaz por tempo indeterminado.

Um Olhar Militante | No dia 08 de março, quando é comemorado o Dia Internacional da Mulher, a Prefeitura de Olinda abre as porta do seu salão para mostrar a exposição “Um Olhar Militante”, da artista plástica Edí-ria Carneiro. A curadoria é de Tereza Costa Rêgo e realização da Prefeitura. Serão 21 telas em exposição até o dia 22 de março.

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Exposições

ShowsLenine | O cantor estreia a turnê Chão em show, a partir das 21h, no Teatro Luiz Men-donça (Parque Dona Lindu, Boa Viagem, Recife). Ingressos: R$ 50 (inteira), com des-conto para estudantes e idosos.

Homem do Mato | A banda faz o show de lançamento do seu primeiro albúm, a partir das 19h, no Jardim do Reggae de Olinda (Rua do Sol, 319, Olinda).

CinemaO artista | Na Hollywood de 1927, o as-tro do cinema mudo George Valentin (Jean Dujardin) começa a temer se a chegada do cinema falado fará com que ele perca espa-ço e acabe caindo no esquecimento. Em exibição no Plaza 2.

Billi Pig | Marivalda sonha ser atriz e Wan-derley é um corretor de seguros falido. Ela rotineiramente sonha com Billi, um porco de plástico que guarda desde a infância, até que um dia passa a conversar com ele. Em suas conversas com a dona, Billi a pressiona a largar Wanderley, alegando que ele não consegue lhe dar o luxo que merece. Ma-rivalda resolve dar um ultimato ao marido, que fica desesperado em busca de algo que possa manter o casamento. Em exibição no UCI Recife e UCI Tacaruna

CARNAVAL | Recife e Olinda 2012

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A beleza simples do cotidiano“Ver a beleza simples do cotidiano e expressar lá na pintura primi-tiva é compartilhar as expressões alegres da vida, é ser livre e ser criança sem nenhuma barreira ou limite, onde tudo é possível, até mesmo a magia. A magia da cor e sobretudo do amor.”

Militão dos Santos

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A arte Naif representa a criação primitiva, ingê-nua, espontânea, popular, além daquelas que incorporam a cultura visual do povo e suas re-presentações. E ninguém melhor que Militão dos Santos para representar essa belíssima forma da cultura Pernambucana.

Uma das maiores dificuldades de se debruçar sobre a arte dita naif, primitivista ou ainda de matriz popular é que ela se apresenta como aparentemente simples.

No entanto, é justamente esse um dos maiores enganos das críti-cas feitas a pintores que expressam a sua visão de mundo com autenticidade. Esse é o caso de Militão dos Santos. Nascido em Caruaru, PE, sua principal característica está na intensidade das cores. Elas são utilizadas sem medo, estabelecendo uma atmosfera

de ampla vivacidade em que surge uma realidade pictórica de contagiante explosão de sentimentos.

Suas obras retratam ambientes brasileiros, em que se destaca o ani-mado colorido, bem como a religiosidade e a raiz nordestina. Te-mas populares, que o artista conhece bem, como feiras e festas, são levados para a tela de modo a despertar no observador o que ele tem de melhor. Existe uma recuperação da idéia de que a realidade pode ser harmoniosa e da valorização de um paraíso perdido pelo cotidiano urbano em que as pessoas vagam solitárias.

A pintura do artista consegue assim articular um universo de sensa-ções em que a alegria de viver é fundamental. Ela se manifesta pela mencionado uso das cores e por composições em que o equilíbrio visual está associado à força de um trabalho que se caracteriza pelo amor à vida sobre todas as coisas.

ARTE DA TERRA | A beleza simples do cotidiano

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Militão dos Santos:

1 - Carnaval de Rua2 - Frevo 20123 - Ciranda em Porto de Galinhas4 - Carnaval de Olinda

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http://militaodossantos.artelista.com/http://www.militaodossantos.com/

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Mais do Artista

Galeria de Arte

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GastronomiaRegional

Os pratos típicos do Estado refletem a miscigenação de raças, responsável por uma das culinárias mais criativas do Brasil. A diversidade da gastrono-mia local é capaz de deixar qualquer um com água na boca. Tem sarapatel, buchada, dobradinha, mão-de-vaca, cozido, chambaril, peixada pernam-bucana, macaxeira com charque e a tradicional carne-de-sol. Achou pouco? Para a sobremesa tem os deliciosos bolo de rolo, bolo Souza Leão e ainda a Cartola, feita com banana frita, quei-jo, canela e açúcar.

Quem acha que a primeira refeição do dia deve ser a mais leve, não conhece um típico café da manhã pernambuca-no. No menu do desjejum tem cuscuz de milho ou de mandioca, inhame e macaxeira com carne de sol ou char-que, batata doce, banana comprida, munguzá, frutas, pão, arroz doce, angu, coalhada, broa de milho, can-jica e pamonha. Os sucos e refrescos de frutas regionais, a exemplo do caju, são idéais para acompanhar a refei-ção.

A tapioca do Alto da Sé, em Olinda, dá gosto ao pôr-do-sol visto de lá. Na praia de Boa de Viagem, a variedade de caldinhos e frutos do mar, faz mui-ta gente passar um tempo a mais cur-tindo a brisa do mar. Da herança dos engenhos, na Zona da Mata, vieram os vários tipos cachaça, fabricadas artesanalmente. É também da cana-de--açúcar que se originam a rapadura, o melaço e o delicioso mel de engenho. Este último, quando combinado com o tradicional queijo coalho, dá origem a uma das iguarias mais cobiçadas da culinária pernambucana.

Aí vão algumas dicas de restaurantes tipicamente regionais para serem visitados em Recife e Olinda:

Parraxaxá – Decorado do mesmo jei-tinho das casas do sertão, com tijolo aparente e cerca de vara de marme-lo, móveis rústicos e panelas de bar-ro, o Parraxaxá resgata a tradição da culinária típica nordestina servindo as delícias da cozinha regional. Em to-das as refeições há grande variedade de pratos quentes, bolos, doces regio-nais, sucos de frutas típicas e bebidas regionais. Tudo servido ao som de um forrozinho pé-de-serra autêntico em um ambiente rústico e agradável, com atendimento caloroso, igualzi-nho ao interior.

Boa Viagem: Av. Fernando Simões Barbosa, 1200 - Recife/PE | Tel.: (81) 3463-7874

Casa Forte: Av. 17 de Agosto, 807 - Recife/PE | Tel.: (81) 3268-4169

A Casa de Noca - Mantido por Seu Eraldo e Dona Noca, o restaurante está situado numa rua secundária do Sítio Histórico de Olinda, no caminho entre o Alto da Sé e os Quatro Can-tos de Olinda. Dada a intensidade e magnitude do prato, sugiro ao leitor não exagerar na dose ou, ao final da experîência gastronômica, não pode-rá subir as escadas que levam para a rua. A Casa de Noca se especializou na macaxeira com carne de sol de tal forma que em seu cardápio não há outros pratos, é só macaxeira com carne de sol, devidamente acrescida de saborosas fatias de queijo coalho assado.

Rua Bertioga, 243 Olinda – Pe | Tel.: (081) 3439-1040

Buraco de Otília - Às margens do po-ético Capibaribe, o restaurante man-tém firme as raízes da cozinha regio-nal, desde a década de cinquenta. São mais de trinta opções, entre elas a legendária galinha à cabidela.

Rua da Aurora, 1.231 - Santo Amaro , Recife - Pe| Tel.: (081) 3231-1528

GASTRONOMIA | Gastronomia Regional

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CAPA | Parabens cidades irmãsO

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