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1 Engenharia Mecânica COMEDOURO AUTOMATIZADO PARA CÃES Matheus Nunes de Barcellos Almeida Vitor Henrique Peres Martins de Almeida William Vinícius Mendes Silveira Campinas 2016

OM OURO AUTOMATIZA O PARA ÃS

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Engenharia Mecânica

COMEDOURO AUTOMATIZADO PARA CÃES

Matheus Nunes de Barcellos Almeida

Vitor Henrique Peres Martins de Almeida

William Vinícius Mendes Silveira

Campinas

2016

2

Engenharia Mecânica

COMEDOURO AUTOMATIZADO PARA CÃES

Matheus Nunes de Barcellos Almeida RA: 004201200281 Vitor Henrique Peres Martins de Almeida RA: 004201200282 William Vinícius Mendes Silveira RA: 004201200114

Projeto de Monografia apresentado à disciplina Metodologia do Trabalho Científico, do Curso de Engenharia Mecânica da Universidade São Francisco, sob a orientação metodológica do Prof. Filipe Alves Coelho, como exigência parcial para conclusão do curso de graduação. Prof.(a). Orientador(a) do Trabalho de Graduação: Filipe Alves Coelho

Campinas

2016

3

RESUMO

Hoje em dia o mercado de animais de estimação está crescendo no cenário nacional,

devido a um processo de humanização do animal de estimação, que fez as pessoas dessem

mais importância ao seu animal, investindo assim mais dinheiro e atenção ao bem-estar e

saúde do mesmo, principalmente o cachorro, o qual é a preferência da população.

Embora as pessoas gostem de seus animais de estimação, elas passam muito tempo

trabalhando e torna-se difícil cuidar deles, por isso, dão-lhes uma refeição uma vez por dia,

mas em excesso, e isso pode ocasionar alguns problemas de saúde para seu animal.

Uma maneira de resolver este problema seria usar um comedouro automático, mas é

difícil encontrar um no mercado e aqueles que existem não são completos porque não dão a

informação sobre o histórico da alimentação do cão. Para resolver este problema seria

necessário criar um projeto capaz de salvar o histórico de alimentos e mostrá-lo ao dono. Este

é o propósito deste trabalho de graduação

O protótipo de comedouro automático de cães desenvolvido e descrito neste trabalho é

capaz de se conectar a uma rede sem fio e enviar informações sobre o histórico alimentar

para o usuário, que será capaz de visualizar essa informação a qualquer hora do dia.

O comedouro também tem o potencial de ajudar o veterinário a dar diagnósticos mais

precisos sobre o cão e determinar se sua doença está associada a sua alimentação de

acordo com o histórico alimentar fornecido pelo comedouro automático.

O usuário pode escolher até cinco refeições através de um aplicativo e sua autonomia

para alimentação de cães de pequeno porte pode chegar entre 5 a 49 dias.

PALAVRAS-CHAVE: Cachorro, comedouro, alimentação, histórico alimentar, arduino.

4

ABSTRACT

Nowadays the pet market is rising in the national scenery due to a process of

humanization of pets that made people give more importance to their animals, thus investing

more money and attention to the their well-being and health, especially the dog, which is the

national preferred pet.

Although people love their pets, they spend much time working and it makes difficult to

take care of them, because of that, people give them a meal once a day, but in excess, which

can cause some health troubles to their pet.

A way to solve this problem would be using an automatic pet feeder, but it is hard to find

one on the market, and those that exist are not complete because they don't give information

about the dog's food history. To solve this issue it would be necessary to create a project able

to save the food history and show it to the pet's owner. It is the purpose of this

undergraduation work.

The prototype presented in this work is an automatic dog feeder that is able to connect

to a wireless network and send information about a dog's food history and the user will be able

to visualize that information any time of the day.

Eventually it will also help the veterinary to give a more accurate diagnosis about the

dog and assess if its illness is associated to its alimentation according to the food history

provided by the automatic feeder.

The user can choose up to five meals through an app for a dog and the food reservoir

autonomy is around 5 a 49 days for small sized dogs.

KEYWORDS: Dog, pet feeder, feeding, feeding history, arduino

5

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Comedouro por gravidade. (Fonte: Azpetshop, 2016). .................................................. 22

Figura 2 – Comedouro digital. (Fonte: Azpetshop, 2016). ............................................................... 23

Figura 3-Massa específica dos materiais estudados à temperatura ambiente. (Fonte:

CALLISTER JR, 2008). ...................................................................................................................................... 28

Figura 4 – Rigidez dos materiais estudados à temperatura ambiente. (Fonte: CALLISTER JR.,

2008). ................................................................................................................................................................... 28

Figura 5 – Resistência à tração dos materiais estudados à temperatura ambiente. (Fonte:

CALLISTER JR., 2008). ..................................................................................................................................... 29

Figura 6 – Resistência à fratura dos materiais estudados à temperatura ambiente. (Fonte:

CALLISTER JR., 2008). ..................................................................................................................................... 29

Figura 7 – Olá Mundo em Assembly e C.

(Fonte: http://ratosdelaboratorio.blogspot.com.br/2009/04/assembly-hello-world.html) ........................... 31

Figura 8 – Leitura do sinal PMW pelo arduino através da largura do pulso (Fonte:

www.arduinoeletronica.com.br) ........................................................................................................................ 33

Figura 9 - RTC DS3231 ........................................................................................................................ 34

Figura 10 - modulo bluetooth hc-06..................................................................................................... 34

Figura 11 - modulo ESP8266 ............................................................................................................... 35

Figura 12 – Servomotor da marca Futaba. (Fonte: Futaba) ............................................................ 36

Figura 13 – Célula de Carga e seu funcionamento. (Fonte:

http://www.ee.co.za/article/troubleshooting-load-cell-applications.html) ..................................................... 37

Figura 14 – Funcionamento de uma ponte de Wheatstone. (Fonte:

http://www.ee.co.za/article/troubleshooting-load-cell-applications.html) ..................................................... 38

Figura 15 – Amplificador HX711(Fonte: https://www.sparkfun.com/products/13879). ................. 38

Figura 16 - Dispensador de Cereais (Fonte: http://balancassaoroque.com.br/, 2016). ............... 42

Figura 17 - Eixo e aleta. ........................................................................................................................ 44

Figura 18 - Peça de alumínio para proteção. ..................................................................................... 45

Figura 19 - Estrutura de alumínio em forma de “moldura”. .............................................................. 45

Figura 20 – Barras para fixação do reservatório e célula de carga. ............................................... 46

Figura 21 – Proteção do reservatório e célula de carga fixas a estrutura...................................... 47

Figura 22 - Cantoneira de fixação do motor na base de alumínio. ................................................. 48

Figura 23 - Caixa dos componentes fixa na base. ............................................................................ 48

Figura 24 – Site do projeto ................................................................................................................... 54

Figura 25 - Exemplo de Configuração de programa para Windows. .............................................. 55

6

Figura 26 - Exemplo de Configuração de programa para celular ................................................... 56

Figura 27 - Comedouro finalizado ....................................................................................................... 57

7

LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Vitaminas necessárias ao cachorro. .................................................................................. 15

Tabela 2. Necessidade diária para cães de raças pequenas. ......................................................... 19

Tabela 3. Necessidade diária para cães de raças de médias, grandes e gigantes. .................... 20

Tabela 4. Necessidade diária para cães adultos de raças pequenas ............................................ 20

Tabela 5. Necessidade diária para cães adultos de raças médias, grandes e gigantes. ............ 20

Tabela 6. Necessidade para cães idosos ........................................................................................... 21

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SUMÁRIO

Sumário

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................................... 9

1.1 INTRODUÇÃO AO PROJETO ................................................................................................... 9

1.1.1 JUSTIFICATIVA ..........................................................................................................................................11

1.2 OBJETIVO ................................................................................................................................ 12

1.2.1 OBJETIVO PRINCIPAL .............................................................................................................................12

1.2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .....................................................................................................................12

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................................. 13

2.1 NUTRIÇÃO ANIMAL ................................................................................................................ 13

2.2 ALIMENTOS ............................................................................................................................. 15

2.3 MÉTODOS DE ALIMENTAÇÃO .............................................................................................. 18

2.4 QUANTIDADE E NÚMERO DE REFEIÇÕES ......................................................................... 19

2.5 COMEDOUROS EXISTENTES NO MERCADO ..................................................................... 22

2.6 MATERIAIS ADEQUADOS À CONSTRUÇÃO DO COMEDOURO ...................................... 24

2.6.1 MATERIAIS CERÂMICOS .........................................................................................................................24

2.6.2 POLÍMEROS ...............................................................................................................................................25

2.6.3 MATERIAIS METÁLICOS ..........................................................................................................................26

2.7 COMPONENTES ELETRÔNICOS .......................................................................................... 30

2.7.1 SHIELDS PARA O ARDUINO ...................................................................................................................33

2.7.2 ATUADORES ..............................................................................................................................................35

2.7.3 MOTORES ELÉTRICOS ...........................................................................................................................35

2.7.4 SENSORES ................................................................................................................................................36

2.7.5 CÉLULA DE CARGA..................................................................................................................................37

3 METODOLOGIA .................................................................................................................... 39

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ......................................................................................... 41

4.1 PROJETANDO O COMEDOURO ............................................................................................ 41

4.1.1 CONSTRUÇÃO DA PARTE MECÂNICA .................................................................................................42

4.1.2 MONTAGEM DA PARTE ELETRÔNICA .................................................................................................50

4.2 MELHORIAS ............................................................................................................................. 57

5 CONCLUSÃO ........................................................................................................................ 61

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................... 63

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1 INTRODUÇÃO

1.1 INTRODUÇÃO AO PROJETO

Atualmente o mercado de animais de estimação, os chamados pets, tem ganhado seu

lugar de destaque na economia do país, pois com o passar dos anos se percebe o interesse

que os seus donos têm dado aos produtos e serviços disponibilizados no mercado. Essa

importância tem se expandido graças ao processo/fenômeno de humanização dos animais

domésticos o qual está diretamente ligada a evolução do consumo de produtos e serviços

voltados para este novo tipo de consumidor (ELIZEIRE, 2013).

Esse processo faz com que os proprietários dediquem atenção e empenho aos seus

animais, refletindo essa afetividade no momento da compra e com o crescimento do mercado

pet e as possibilidades oferecidas por ele, os donos vem consumindo muito nos últimos anos

para se satisfazer e para agradar seus animais de estimação.

Com isso, a indústria pet brasileira está numa crescente econômica desde o ano de

2013, quando faturou R$ 15,2 bilhões. Já em 2014 a indústria conseguiu conquistar R$ 16,7

bilhões, com o crescimento de 10% em relação ao ano de 2013, e no ano de 2015, o setor

atingiu R$ 18 bilhões em faturamento um aumento de 7,6% sobre 2014 e as previsões para

2016 é que a indústria fature R$19,2 bilhões, com isso a indústria pet obteve o terceiro lugar

no mercado mundial apenas atrás dos Estados Unidos e do Reino Unido (ABINPET, 2016).

Esses dados mostram que os donos estão gastando cada vez mais com seus animais,

tanto que a Abinpet (Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de

Estimação) estima-se que um cachorro de grande porte custe R$ 315 por mês ao dono. Do

total gasto, 66,9% foram para rações e outros tipos de alimentos; 18,8% com serviços como

consultas veterinárias, banhos, tosas, creche e passeadores; 8% com cama, roupas, coleira e

xampus e, finalmente, com 7,3% dos gastos, remédios e vacinas.

Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), de 2013, o

Brasil possui a quarta maior população de animais de estimação do mundo com cerca de

132,4 milhões de animais onde 52,2 milhões são de cachorros (ZUINI, 2015).

Além de ser o animal mais presente nas casas, pesquisas indicam que o cachorro é o

animal doméstico mais antigo (domesticado há 10000 anos) e hoje está presente nas casas

de muitas famílias servindo em várias utilidades como cão de guarda, caçador, puxador de

10

trenós, guiador de cegos, rastreamento de drogas e ajudando a encontrar pessoas

desaparecidas, tudo isso devido ao seu excelente olfato e audição.

Normalmente ele se alimenta de ração e deve ser bem escolhido para que o animal

receba uma dieta balanceada, recebendo todos os nutrientes necessários para uma boa

qualidade de vida.

Porém, muitos donos não sabem a quantidade ideal de ração que deve ser dada ao

cachorro e esse questionamento aumenta quando se envolve a idade que o animal está, pois

é essencial ter controle da quantidade, já que a dosagem exacerbada a um filhote pode

acarretar em risco de excesso de peso e contribuir para um desequilíbrio nutricional.

No caso de um cachorro adulto é indicado que receba de 2,5% até 4% do seu peso em

alimentos, divididos em duas porções de ração ao dia (TUBALDINI, 2014). É necessário

analisar o perfil do cachorro, pois um cão agitado e que exerce muitas atividades tem um

gasto calórico maior que um cão sedentário, assim necessitando de mais nutrientes para

repor as energias.

Porém, gerenciar de maneira eficaz a quantidade de comida e o número de refeições

diárias, não é tarefa fácil, o que tem feito algumas empresas a projetar e vender comedouros

automáticos, a fim de facilitar a vida dos donos dos animais.

Uma revisão dos produtos automáticos disponíveis no mercado permite dividi-los em

duas categorias: comedouros que funcionam com gravidade, de modo que o alimento vai

caindo para o animal conforme o reservatório for esvaziando e comedouros digitais, que

disponibilizam o alimento em horários e quantidades programadas. O primeiro, porém, não é

aconselhável visto que o cachorro estaria livre para comer de forma desregrada.

Mas isso ainda é pouco, pois muitos donos consideram seus animais de estimação

como membro da família e estão sempre buscando uma melhor forma de agradar seu animal,

portanto o projeto facilitaria a vida dos donos, pois eles teriam acesso às informações da

alimentação de seu animal onde quer que esteja sendo feito através do celular.

E com o crescente uso de celular na última década, torna-se cada vez mais

interessante o desenvolvimento de tecnologias para este dispositivo, alcançando grande parte

da população. Devido a esses motivos um sistema ideal que abrangeriam tanto o lado

fisiológico do cão quanto o lado de conforto do usuário seria um comedouro automatizado

para cães.

11

Assim, o presente trabalho teve por finalidade a construção de um protótipo de

comedouro automático digital com capacidade de sincronização e armazenamento de

informações na internet para acompanhamento da alimentação do cachorro fazendo com que

ele se alimente na quantidade correta e no horário estipulado pelo seu dono ou pelo

veterinário. Com isso o sistema envia informações através de um aplicativo para o celular

criando um histórico onde poderá ser visualizado pelo seu dono e se tornar útil para possíveis

consultas veterinárias.

Para abordar de forma mais clara o projeto, ele foi divido em capítulos onde no capítulo

II foi apresentado à revisão bibliográfica no qual foram apresentadas informações sobre a

nutrição animal, os nutrientes que os animais necessitam, quantidade e número de refeições,

importância do horário na alimentação, sobre automatizar os horários da alimentação canina,

sobre comedouros existentes no mercado, os materiais, os componentes eletrônicos,

atuadores e sensores envolvidos na construção do comedouro.

Capítulo III é a metodologia em si, onde foi apresentado tudo o que foi utilizado no

projeto e como foi desenvolvido o protótipo do comedouro automatizado, sobre o aplicativo,

sobre dimensionamento do reservatório, como seria o comportamento do sistema de uma

forma geral.

Finalmente o Capitulo IV contém os resultados e as discussões.

1.1.1 JUSTIFICATIVA

A alimentação canina é uma das questões mais importantes se tratando em cuidados

com animal de estimação, assim como no ser humano, a alimentação inadequada e em

horário errado pode gerar doenças relacionadas com a obesidade, tais como diabetes, maior

pressão sobre o coração devido ao peso excessivo, pulmões, enfraquecimento do sistema

imunológico, problemas gastrointestinais, entre outras doenças.

A diferença entre o cachorro e o ser humano na questão da obesidade, é que o homem

é responsável pela sua alimentação, enquanto o animal come o que é dado para ele, muitas

vezes o dono não tem tempo ou disponibilidade suficiente para alimentar seu animal de

estimação de forma correta, e pensando nisto, o projeto de comedouro para cachorro tem

como prioridade controlar a dieta canina de forma adequada, pois a ração exposta o dia todo

pode acumular umidade podendo desenvolver fungos e bactérias e por consequência do

12

cachorro ter acesso à comida durante o dia todo, ele está propenso a ingerir mais do que o

necessário podendo acarretar na obesidade do cachorro.

O projeto também tem como prioridade dosar a quantidade e os horários das refeições

do animal, visto que o fato de você controlar o horário que o seu cachorro se alimenta e

dando a ração sempre nos mesmos horários estipulados e na mesma quantidade, é possível

perceber que o seu cachorro estará se alimentando regularmente ou não, podendo assim

ajudar a identificar alguma alteração de apetite mais rapidamente. Funcionando também

como um recurso importante durante uma visita ao veterinário com registros no aplicativo do

equipamento.

1.2 OBJETIVO

1.2.1 OBJETIVO PRINCIPAL

Este trabalho visou à construção de um protótipo de um comedouro automático de

ração para cães de pequeno porte, cujo foi possível programar o horário e quantidade de

ração e cujas informações nutricionais (histórico de alimentação) ficariam disponíveis para o

dono através de aplicativo para celular.

1.2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Dimensionamento do reservatório para ração.

Construção do sistema de monitoramento e sistema de atuação para transporte da ração

do reservatório para o prato do animal.

Planejamento e construção de uma interface física/software para configuração do

equipamento via internet.

13

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 NUTRIÇÃO ANIMAL

A relação entre o homem e os animais de estimação vem de muitos anos e nas últimas

décadas se intensificou tornando-os cada vez mais uma parte importante da família. Esse

processo de importância dada ao animal está ocorrendo devido ao fato deles suprirem a

carência de algumas pessoas que vivem sozinhas e também desempenham um papel

importante na qualidade de vida de seus proprietários.

Assim, os donos estão se preocupando cada vez mais com a alimentação e nutrição de

seu animal para que ele tenha uma vida longa. A alimentação é um dos fatores mais

importantes para o crescimento e desenvolvimento do seu animal de estimação, mas não é

suficiente dar ração a ele desregrado ao dia, é necessário conhecer quais os tipos de

nutrientes seu animal precisa e selecionar a ração adequada que os contenham.

A nutrição é a ciência que estuda os fenômenos físicos, químicos e biológicos pelos

quais os nutrientes provenientes dos alimentos são digeridos e assimilados por um organismo

vivo, utilizando-os como matéria-prima para seu crescimento, reposição ou regeneração dos

tecidos corporais (MACIEL, 2016).

Um dos fatores principais para a nutrição do animal são os nutrientes presentes nos

alimentos, representando uma entidade química, que entra no metabolismo celular e concorre

para a manutenção da vida.

Uma nutrição adequada é a base para um correto desenvolvimento do animal e

proporciona condições para uma ótima saúde geral e desempenho futuro. Caso a nutrição

seja inadequada, tanto sofrendo excesso ou deficiência de nutrientes, pode resultar em

alterações fisiológicas, podendo causar sérios problemas aos animais, como mau

desenvolvimento corporal, obesidade, alterações reprodutivas e má constituição óssea.

Portanto para que um animal tenha uma alimentação balanceada, deve conter uma

relação correta entre lipídeos, proteínas, carboidratos, minerais e vitaminas.

Os lipídeos são importantes na nutrição, pois concentram 2,25 vezes mais energia do

que as proteínas ou carboidratos. Por ser abundante em animais, sua obtenção na dieta

natural é facilitada e, na dieta industrializada, o custo para sua adição é reduzido. Além de

14

serem excelentes fontes de energia, os lipídeos são importantes também na alimentação por

estarem diretamente relacionados com o aroma e paladar do alimento (ALBANO, 2016).

As fontes lipídicas podem ser de origem animal e vegetal e as principais fontes

utilizadas nas rações são normalmente óleo de aves, óleo de peixe, gordura bovina e gordura

suína, já na vegetal podem ser óleo de alecrim, óleo de arroz, de linhaça e de soja

(ANFALPET, 2008).

As proteínas também são um dos componentes essenciais que os animais necessitam,

pois exercem um papel indispensável no crescimento do pelo, das unhas e da pele e também

é uma parte imprescindível para os músculos, tendões e ligamentos.

As fontes proteicas podem ser de origem vegetal, que incluem os grãos e os farelos, e

os de origem animal são provenientes de tecidos animais ou de subprodutos de abatedouros

(bovinos, frangos, suínos, ovinos e peixes) (ANFALPET, 2008).

Os carboidratos representam a maior parte de ingestão calórica dos animais. São

considerados fontes de energia rápidas enquanto os lipídeos são a principal reserva

energética. Os carboidratos atuam no revestimento celular, lubrificam as juntas esqueléticas e

promovem adesão entre as células (ALBANO, 2016).

Algumas das fontes de carboidratos podem ser citadas tais como a fécula de

mandioca, milho (grão integral), amido de milho, farelos de gérmen de milho, arroz (grão

integral), sorgo e farinha de trigo (ANFALPET, 2008).

Os minerais também são nutrientes essenciais na dieta dos animais para manter

adequadamente seu crescimento e suas funções biológicas. Eles podem ser divididos em

dois grupos: macroelementos e microelementos. Nos macroelementos os principais minerais

incluem cálcio, magnésio, sódio, potássio, fósforo, enxofre, cloro. Já nos microelementos

incluem ferro, iodo, cobre manganês, zinco, cobalto, molibdênio, selênio, vanádio, níquel,

cromo, estanho, flúor, silício e arsênio (ALBANO, 2016).

As vitaminas assumem um papel importante na nutrição do animal, pois são

encarregadas de proteger o seu animal de infecções e doenças, além de contribuírem para o

funcionamento correto do organismo. O cão necessita de treze tipos de vitaminas como

mostra a tabela 1.

15

Tabela 1. Vitaminas necessárias ao cachorro.

Tipo de vitamina Onde é encontrada Função

Vitamina A Óleos de fígado de peixe, em fígado e em ovos.

É importante para uma boa visão, ajuda no crescimento e na resistência a doenças.

Vitamina B1 Cereais, em farelos e em levedura.

Contribui para o metabolismo energético e funcionamento do sistema nervoso.

Vitamina B2 Cereais, de leite e de levedura.

Ajuda no metabolismo dos aminoácidos e das gorduras.

Vitamina B3 Leveduras e em fígados. Serve para melhorar o metabolismo das proteínas e na síntese da hemoglobina.

Vitamina B4 Ingredientes naturais. Contribui para o metabolismo das gorduras e fornece uma proteção maior ao fígado.

Vitamina B5 Fígado, peixes, laticínios e arroz.

Ajuda na integridade dos tecidos.

Vitamina B6 Cereais, leite, peixe e levedura.

Essa vitamina serve para contribuir com o metabolismo das proteínas, das gorduras, dos glicídios e do ferro.

Vitamina B12 Fontes de ferro, em peixes e em laticínios.

Ajuda no metabolismo das proteínas e na síntese da hemoglobina.

Vitamina D Óleo de fígado de peixe e ovos.

Ajuda no equilíbrio do metabolismo fosfocálcio e melhora significativamente a absorção de cálcio por parte do organismo.

Vitamina E Leite e ovos. Serve como antioxidante, além de prevenir a patologia muscular.

Vitamina H Leveduras e Ingredientes Naturais.

Colabora no metabolismo dos glicídios, na integridade dos tecidos, no metabolismo de lipídios e de protídeos.

Vitamina K Peixe, fígados e grãos. Aumenta a produção de fatores de coagulação.

Vitamina PP Cereais, leveduras, peixes e ovos.

Essa vitamina ajuda a manter e melhorar a integridade dos tecidos.

(Fonte: http://www.naturalistotalalimentos.com.br/info/vitaminas-para-caes-quais-sao-as-vitaminas-essenciais-

para-seu-cao/)

2.2 ALIMENTOS

O alimento é toda a matéria suscetível a ser transformada e aproveitada pelos animais,

é capaz de contribuir para assegurar o ciclo regular da vida e a sobrevivência da espécie e

são constituídos de elementos chamados nutrientes ou princípios nutritivos que exercem um

papel particular no organismo.

16

Geralmente o alimento dado aos animais domésticos é chamado de ração onde é a

quantidade total de alimento fornecido e consumido por um animal num período de 24 horas

(MACIEL, 2016). Para determinar a qualidade da ração ou dos alimentos comerciais, existem

algumas classificações de modo a facilitar o entendimento por parte do nutricionista e do

proprietário nas quais são: o teor de umidade (úmido, semiúmido e seco), as indicações no

rotulo (alimentos completos, alimentos específicos e alimentos coadjuvante) e segundo a

indústria (standard, Premium e superpremium) (Saad et al., 2005).

Segundo a Abinpet (2016) há diferenças entre os tipos de alimento para os animais de

estimação onde se subdividem em:

Alimento Natural: derivado de ingredientes vegetais, animais ou minerais no seu

estado natural. O principal motivo de se usar esse tipo de alimento é que uma maior

quantidade de nutrientes pode ser absorvida e utilizada pelo organismo do animal. Porem

muitos donos não optam por essa alimentação, pois muitos deles não dispõem de tempo e da

atenção que a dieta exige. Para que a dieta natural funcione, o dono do animal precisa

estudar muito e seguir à risca as instruções do médico veterinário, sem substituir ingredientes.

Alimento Industrializado: é todo alimento que sofreu qualquer tipo de processamento

em ambiente industrial e que atende a todas as regulamentações específicas do setor.

Segundo Carciofi (2007) os alimentos industrializados se subdividem pela classificação

comercial em:

Alimentos econômicos: Utilizam ingredientes de baixo custo, onde suas

concentrações nutricionais aproximam-se dos limites mínimos ou máximos

permitidos. As fontes proteicas são misturas de origem vegetal e animal, onde

os farelos vegetais são fontes de carboidratos, os teores de extrato etéreo são

reduzidos e as fibras e a matéria mineral são elevadas.

Alimentos standard: Sua formulação é variável, pois os ingredientes dependem

do preço e da disponibilidade do mercado. Possuem concentração nutricional

melhor, com mais proteínas e extrato etéreo, menos fibras e elevada matéria

mineral.

Alimentos Premium: O produto visa melhor atendimento das necessidades

nutricionais com foco na digestibilidade e na palatabilidade dos produtos com

base em ingredientes diferenciados e nutracêuticos.

17

Alimentos superpremium: São produtos de alta qualidade, com formulação fixa e

ingredientes de elevado valor nutricional. Suas concentrações nutricionais

empregadas visam à otimização de saúde, com controle de desbalanços e

interações.

Alimento completo: produto com características específicas, composto por

ingredientes capaz de atender integralmente às suas exigências nutricionais.

Alimento coadjuvante: produto capaz de atender integralmente as exigências

nutricionais dos animais com distúrbio fisiológicos ou metabólicos, cuja formulação é

incondicionalmente privada de qualquer agente farmacológico ativo.

Alimentos específicos: produto composto por ingredientes, matérias-primas,

destinado à alimentação de animais de estimação com finalidade de agrado, prêmio ou

recompensa, e que não se caracteriza como alimento completo.

Alimento caseiro: São produtos preparados fora dos ambientes industriais, porém a

Abinpet é contra esse tipo de alimentação, pois caso não ocorra uma manipulação correta

dos nutrientes nas quantidades mínimas recomendadas pode prejudicar o desenvolvimento

mental e físico dos pets e pode causar doenças diversas.

Os alimentos também podem ser classificados em função do seu conteúdo de água

em:

Alimentos úmidos: possuem de 70% a 85% de umidade que compreendem os

alimentos enlatados, carnes e legumes frescos.

Alimentos semiúmidos: possuem de 20% a 60% de umidade que compreendem

alimentos extrusados e estabilizados com adição de conservantes mantidos sob-

refrigeração.

Alimentos secos: possuem menos de 12% de umidade onde compreendem os

croquetes, biscoitos, flocos de cereais e massas, porém devendo ser associados

a outros alimentos para assegurar o suprimento da necessidade fisiológica

(ALVES et al., 2001)

18

2.3 MÉTODOS DE ALIMENTAÇÃO

O cachorro quando possui uma alimentação balanceada e equilibrada, a alimentação

compensa os gastos energéticos devidos a atividades físicas ou as necessidades fisiológicas,

porém quando há uma má alimentação o cachorro come mais do que gasta, sofrendo

excesso de gordura e causando algumas consequências listadas abaixo.

Risco aumentado em cirurgias

Maior pressão sobre o coração, pulmões, rim e articulações.

Agravamento de doenças articulares, como a artrite.

Desenvolvimento de problemas respiratórios em tempo quente e durante exercício

Desenvolvimento de diabetes

Aumento da pressão sanguínea que pode originar problemas cardíacos

Aumento da probabilidade de desenvolver tumores

Perda de eficácia do sistema imunológico

Problemas gastrointestinais

Atualmente existem três métodos de alimentar animais de estimação: consumo livre,

alimentação de tempo controlado e a alimentação com rações controladas (GENARO, 2016).

O método de consumo livre é quando se fornece mais alimento do que o animal

consome e sempre estando disponível no prato ou pote do animal, onde se limpa o prato todo

dia e renova-se o alimento. Esse método apresenta algumas vantagens como: diminuição da

agressividade entre os animais e desestimula a coprofagia (prática de ingestão de fezes).

Porém esse método não é muito recomendo, pois pode fazer com que o cachorro

coma mais do que precise e pode causar a obesidade, a ração quando exposta o dia inteiro

no pote pode causar acúmulo de umidade podendo devolver alguns fungos e bactérias no

alimento e também podendo atrair outros animais como ratos, baratas e formigas.

O método da alimentação de tempo controlado fornece mais alimento ao animal do que

ele consome em um determinado período de tempo, normalmente se deixa entre 5 a 30

minutos e depois se retira o alimento. Porém esse método não é muito recomendado, pois

assim como o método de consumo livre a uma alta probabilidade dos animais de estimação

de tornarem obesos.

Já o método de alimentação com rações ou porções controladas é o mais indicado

entre os três. Esse método consiste em oferecer o alimento em uma quantidade pré-

19

determinada que atenda às necessidades do animal, permita também ao criador alto grau de

controle sobre a dieta do animal e se colocando a ração sempre na mesma quantidade e nos

mesmos horários o dono perceberá se o cachorro está se alimentando normalmente,

podendo identificar alguma alteração no apetite mais rapidamente.

2.4 QUANTIDADE E NÚMERO DE REFEIÇÕES

Os principais fatores que influenciam no número de refeições são a idade (filhotes,

adultos e idosos) e animais com necessidades especiais (cadela gestante, cadela

amamentando).

Os filhotes por estarem em fase de crescimento precisam comer muito, porém como

têm o estômago pequeno não conseguem comer muito de uma vez só, portanto o ideal é que

eles se alimentem algumas vezes por dia em pequenas quantidades de no mínimo 3 a 4

vezes por dia.

As instruções que constam nas embalagens dos alimentos costumam apresentar uma

tabela na qual consta a quantidade em gramas que o animal deve comer ao dia em relação

ao peso. Denominada “Guia Alimentar”.

Tendo como referência as tabelas da PEDIGREE®, empresa no ramo de ração, são

apresentadas nas tabelas 2 e 3 a quantidade ideal em gramas por dia, que os filhotes de

raças pequenas, médias, grandes e gigantes devem consumir.

Tabela 2. Necessidade diária para cães de raças pequenas.

Peso estimado

Quando adulto

1 a 3 kg

3 a 6 kg 6 a 8 kg 8 a 10 kg 10 a 15 kg

Idade atual

do filhote

(meses) /

Necessidade

diária

(gramas)

2 30 a 65 65 a 105 105 a 130 130 a 155 155 a 210

3 35 a 80 80 a 135 135 a 165 165 a 195 195 a 265

4 40 a 90 90 a 150 150 a 185 185 a 215 215 a 295

6 40 a 90 90 a 150 150 a 190 190 a 225 225 a 305

9 PEDIGREE®

Adulto

PEDIGREE®

Adulto

150 a 190 190 a 220 230 a 300

10 PEDIGREE®

Adulto

PEDIGREE®

Adulto

PEDIGREE®

Adulto

20

Tabela 3. Necessidade diária para cães de raças de médias, grandes e gigantes.

Peso estimado

Quando adulto

Raça media

10 a 25 kg

Raça grande

25 a 45 kg

Raça gigante

Mais de 45 kg

Idade atual

do filhote

(meses) /

Necessidade

diária

(gramas)

2 155 a 295 295 a 370 370 ou mais

3 200 a 385 385 a 525 525 ou mais

4 220 a 430 430 a 695 620 ou mais

6 230 a 450 450 a 700 695 ou mais

9 225 a 450 450 a 700 700 ou mais

12 PEDIGREE®

Adulto

440 a 695 695 ou mais

Quando o cachorro chega à fase adulta a necessidade de ração (em gramas) muda

como visto nas tabelas 4 e 5 e o animal passa a ter 2 refeições ao dia, porém se o animal

participa de competições eles necessitam de rações especificas e podem ter mais de 2

refeições ao dia.

Tabela 4. Necessidade diária para cães adultos de raças pequenas

Exemplo de raças Peso do cão Necessidade de gramas/dia

Yorshire 1 a 3 kg 30 a 65 Pinscher 3 a 6 kg 65 a 105

Lhasa-apso 6 a 8 kg 105 a 130 Poodle médio 8 a 10 kg 130 a 155

Beagle 10 a 12 kg 155 a 175 Cocker spaniel 12 a 15 kg 175 a 210

Tabela 5. Necessidade diária para cães adultos de raças médias, grandes e gigantes.

Exemplo de raças Peso do cão Necessidade de gramas/dia

Yorkshire Terrier, Poodle Minim Chihuahua

1 a 5 kg 30 a 95

Schnauzer Miniatura, Poodle Miniatura, Shih Tzu

5 a 10 kg 95 a 155

Cocker Spaniel, Beagle, Schnauzer

10 a 25 kg 155 a 315

Labrador, Golden Retriever, Pastor Alemão.

25 a 45 kg 315 a 485

Dogue Alemão, São Bernardo, Rottweiler

Mais de 45 kg 485 ou mais

21

Quando o cachorro chega à fase idosa, eles se tornam menos ativos e têm uma maior

propensão para engordar e sua necessidade energética diminui por isso eles necessitam de

ração especifica. A ração deve conter maior quantidade de vitaminas e de fibras e pequena

elevação na proporção de proteínas. Portanto a quantidade de refeições que se deve dar ao

animal é de 1 ou 2 vezes ao dia e a quantidade de gramas deve ser de acordo o com o peso

do animal, como visto na Tabela 6.

Tabela 6. Necessidade para cães idosos

Tamanho da raça Peso do cão Necessidade de Gramas/dia

Mini 1 a 5 kg 30 a 95 Pequeno 5 a 10 kg 95 a 160

Médio 10 a 25 kg 160 a 315 Grande 25 a 45 kg 315 a 495 Gigante Mais de 45 kg 495 ou mais

Quando a cadela está na fase de gestação, ela tende a engordar mais, pois seus

filhotes estão crescendo cada vez mais isso faz com que a cadela necessite de um aumento

entre 10% e 15% da quinta semana de gestação em diante e chegando próximo ao parto ela

deve estar comendo aproximadamente 50% a mais do que comia. Portanto o ideal é a cadela

se alimente de 3 a 4 vezes ao dia.

Já no período de amamentação a cadela precisa de uma quantidade de nutrientes e

energia muito mais alta, pois durante o pico da lactação ela estará perdendo entre 4% a 7%

do seu peso em forma de leite. Durante a amamentação ela continuará comendo de 3 a 4

vezes por dia e a ração de adulto que estava comendo no período de gravidez pode ser

trocada por ração de filhote.

A alimentação dos cães é feita diariamente pelo dono, porém existe um produto que é

capaz de armazenar a comida ao animal e disponibiliza-lo ao animal sem que o dono

necessite de fazê-lo de forma manual e diariamente. Esse produto é o comedouro.

22

2.5 COMEDOUROS EXISTENTES NO MERCADO

Ao se tratar sobre alimentação canina é bastante comum e prático o uso de

comedouros para alimentar os cães de estimação durante certo período de tempo sem que

haja a necessidade de que o dono do animal tenha que alimentá-lo várias vezes durante o

decorrer do dia. Além de práticos, os comedouros podem auxiliar seus usuários caso os

mesmos necessitem ficar longe de suas residências por algum motivo.

Dentre os comedouros existentes no mercado se destacam dois tipos de comedouro:

os mais simples e os digitais.

Nos comedouros mais simples, e também os mais comuns de se encontrar nos pet

shops, a alimentação é feita através da aceleração da gravidade que faz com que a ração

seja reposta de forma instantânea conforme o animal vai se alimentando, como pode ser visto

na figura 1.

Porém o mesmo não é aconselhável entre os veterinários, devido ao fato de que o

animal fica livre para comer de maneira desregrada e assim ocasionando doenças

relacionadas ao excesso de peso do animal.

O outro comedouro para cães disponíveis no mercado são os digitais, que além de

distribuir o alimento ao cão, o mesmo tem a função de permitir ao dono do animal especificar

o horário da refeição canina.

Este tipo de comedouro funciona como um timer digital, geralmente o mesmo trabalha

com um número máximo de refeições que o usuário pode estabelecer, e também a

quantidade pode ser especificada pelo dono, como pode ser visto na figura 2.

Figura 1 – Comedouro por gravidade. (Fonte: Azpetshop, 2016).

23

Esta segunda opção é a mais indicada para os casos em que o dono possui uma rotina

agitada e possa trabalhar, ou realizar suas atividades, de maneira tranquila, pois além de

deixar o animal com comida, o mesmo está se alimentando da forma correta seguindo uma

dieta, e consequentemente mantendo sua saúde em dia, evitando assim possíveis doenças.

Porém este tipo de dispositivo tem um custo mais elevado e encontrá-lo em lojas

físicas não é uma tarefa fácil, pois ele é vendido em alguns sites pela internet, em uma faixa

de preço de R$ 300,00. Além da dificuldade de se encontrar, o mesmo não garante com

confiabilidade a saúde canina, visto que este produto se limita apenas em distribuir a ração ao

animal, mas não garante que o mesmo irá comer e nem o horário em que o animal irá se

alimentar e essas informações são de extrema importância para o veterinário em uma

eventual consulta, o projeto de um comedouro automatizado para cães é importante, pois ele

enviará ao dono informações sobre a alimentação de seu cão pelo celular que será

armazenada, assim auxiliará o veterinário a dar um diagnóstico mais preciso.

Um comedouro é dividido em duas partes, o reservatório de ração e sua tigela, ambos

geralmente fabricados de plástico, devido à facilidade de se trabalhar com este material.

É altamente indicado a higienização dessas suas partes, visto que pode sobrar restos

de alimento, que ao ficar velhos, se tornam um local propício ao aparecimento de fungos e

bactérias, sendo que, para a tigela é exigido um cuidado especial, visto que nela há um

Figura 2 – Comedouro digital. (Fonte: Azpetshop, 2016).

24

contato com a língua e dentes do animal, tornando-o um local úmido e intensificando assim a

cultura de bactérias que podem causar doenças ao cão.

2.6 MATERIAIS ADEQUADOS À CONSTRUÇÃO DO COMEDOURO

Se tratando de produtos destinados a cães é interessante que esses materiais sejam

resistentes à fratura, ou seja, tenham uma ductilidade alta, pois é extremamente necessário

considerar a possibilidade de que o cão possa derrubar e quebrar o produto. Além de

resistente à fratura, o material deve ser rígido com a finalidade dificultar a abertura de buracos

através de mordidas, pois nestes locais se torna um local propício a surgimento de bactérias.

Ao se tratar de produtos destinados para a alimentação, o mesmo não pode passar

odores e nem gosto para a comida presente nele, então é indicado evitar materiais que

sofram corrosão à temperatura ambiente, pois a corrosão interfere no sabor, além de fazer

mal para a saúde do animal.

Existem vários tipos de materiais comuns para a confecção desses componentes,

como por exemplo, o vidro, porcelana, aço inoxidável, alumínio e plástico.

2.6.1 MATERIAIS CERÂMICOS

Os materiais cerâmicos possuem em suas características mecânicas uma rigidez e

resistência elevada (podendo ser comparada com alguns metais). Apesar de a cerâmica ser

um material duro devido a seu baixo índice de ductilidade, que é a propriedade dos materiais

se deformarem antes de sofrer fratura, ou seja, materiais cerâmicos tendem a se fraturarem

com grande facilidade. Exemplos do cotidiano desse tipo de material é o vidro e a cerâmica.

O vidro é um material cerâmico composto de areia, calcário, carbonato de sódio e

óxido de alumínio cujas suas principais características é sua facilidade de fabricação e a

transparência. Como todo material cerâmico, em sua temperatura ambiente ele é um material

muito frágil, o que o torna inviável para aplicações que possuem riscos elevados de fraturas.

(CALLISTER JR, 2008.)

25

A porcelana é um material cerâmico, feito da argila, que é um material de custo

bastante baixo, pois ele é encontrado em abundância e é utilizado do mesma forma que é

extraído, não requerendo melhorias em sua matéria-prima. Além de encontrados com muita

facilidade, as argilas permitem, ao serem misturadas com a água de maneira correta, formar

uma massa plástica, sendo facilmente moldadas do melhor formato para seu uso em projetos.

(CALLISTER JR, 2008.)

A porcelana por ser um material cerâmico, possui a mesma ausência de ductilidade do

vidro, porém leva vantagem deste material devido ao fato da cerâmica ser fácil de ser

moldada, permitindo assim, um produto final mais bonito.

Devido a essas propriedades, é muito difícil encontrar tigelas para rações de vidro ou

cerâmica, pois podem quebrar facilmente podendo machucar o animal.

2.6.2 POLÍMEROS

Outro material utilizado na fabricação e confecção de tigelas e pratos caninos, e

bastante encontrado no mercado, é o plástico (nome popular referente a uma classe dos

polímeros).

Os polímeros podem ser artificiais, também conhecidos como sintéticos. Por serem

artificiais, esse tipo de material pode sofrer alterações em sua estrutura molecular provocando

melhorias em suas propriedades, e devido a isso, em alguns casos os polímeros chegam até

a substituir materiais metálicos. Devido à possibilidade de alterar a forma estrutural deste tipo

de material, os polímeros não possuem características tão definidas como as dos materiais

cerâmicos, pois eles variam de acordo com seu uso em determinada aplicação. (CALLISTER

JR, 2008.)

O termoplástico é um polímero sintético muito utilizado atualmente, pois o mesmo pode

ser produzido com um custo baixo e também sua propriedade pode ser modificada de várias

formas, de acordo com sua finalidade ao projeto.

Os polímeros com maior propriedade dúctil são os indicados para a fabricação de

pratos, tigelas e recipientes de maneira geral, pois, por serem materiais dúcteis não quebram

com tanta facilidade e também pelo baixo custo de fabricação e a pela pouca complexidade

de trabalhar com o material. Porém, a limpeza do mesmo não é muito fácil, principalmente por

entrar em contato direto com a boca de animais, especialmente os de médio a grande porte,

26

que possuem mais força em sua mordida, fazendo com que abra furos no material, que pode

ser um local propício para aparecimento de bactérias, exigindo assim um cuidado mais

cauteloso no momento da higienização de seus utensílios.

2.6.3 MATERIAIS METÁLICOS

Os outros materiais indicados para a fabricação de tigelas e reservatórios para rações

caninas pertence a outro grupo de classificação de materiais, que são as ligas metálicas, que

são subdivididas em dois grandes grupos, que são os materiais ferrosos e os não-ferrosos.

Essa divisão é feita por conta de sua composição estrutural, e como o próprio nome sugere, a

classe de materiais ferrosos é composta de um agrupamento de elementos em que o ferro

está presente em sua maior parte, dentro desta classe, se encontra os aços e os ferros

fundidos. No outro grupo, ao contrário do primeiro, é composto de materiais que não são à

base de ferro, como o alumínio, ligas de cobre, e ligas bronze, por exemplo. (CALLISTER JR,

2008.)

Os materiais ferrosos possuem grandes chances de sofrer corrosão, que ocorre

naturalmente em metais cujo seu principal componente é ferro, pois o oxigênio presente no

ar, fazendo com que o material perca elétrons. Este processo é intensificado com a umidade,

visto que a água acelera esse processo.

Ao se tratar de um produto destinado aos animais, que consequentemente entrarão em

contato com salivas e mordidas, além de ficarem normalmente expostos ao meio ambiente, o

produto tem uma chance elevada de sofrer corrosão, sendo assim, materiais ferrosos

suscetíveis a corrosão não são muito indicados para esta finalidade.

Ainda no grupo dos materiais ferrosos, na subdivisão dos aços, se encontra o aço

inoxidável. Como o próximo nome sugere, este tipo de material é altamente resistente à

corrosão graças a grande quantidade de cromo presente em sua estrutura, de no mínimo

11%. Sua resistência à corrosão pode ser aumentada através de um acréscimo de níquel e

molibdênio na sua estrutura. (CALLISTER JR, 2008.)

Na outra classe dos materiais ferrosos, se encontra o grupo de ferro fundido, que é

pouco utilizado na fabricação de utensílios para animais, devido à sua facilidade de sofrer

corrosões, e até certo ponto serem muito pesados, e de bastante dureza que pode fazer com

que o animal se machuque caso morda o produto, além da limpeza ser dificultada visto que

ao se lavar esse tipo de produto, a água pode contribuir para a corrosão do mesmo.

27

Por fim, o último grupo de materiais a ser analisado são as ligas metálicas de materiais

não ferrosos que se encontra um dos elementos indicados com o propósito de se fabricar

tigelas e reservatórios para alimentação é o alumínio.

O alumínio possui massa específica de 2,7 g/cm³, ou seja, ela é baixa se comparada

ao aço (7,9 g/cm³) além de possuir uma fina e invisível camada de óxido em sua composição

o que lhe garante uma grande resistência a corrosão em ambientes comuns, principalmente a

condições atmosféricas. (CALLISTER JR, 2008.)

Pelo fato de alumínio possuir uma estrutura cristalina Cúbica de Face Centrada (CFC),

sua propriedade dúctil se mantém presente nas temperaturas mais baixas. Pelo fato de

possuir essas características, as ligas de alumínio não precisam ser submetidas a processos

de tratamentos térmicos, principalmente se comparado aos aços, pois na fabricação destes é

necessário a realização deste tipo de procedimento, além de outros processos cuja finalidade

é de melhorar as propriedades do material. O alumínio é contraindicado para trabalhos em

temperaturas elevados, visto que seu ponto de fusão é baixo (660°C). (CALLISTER JR,

2008.)

O alumínio possui ductilidade elevada, tal característica fundamental se tratando de

animais, e possuir boa resistência mecânica. Além de suas resistências mecânicas serem

elevadas, esta característica pode ser melhorada através de tratamentos térmicos, porém

esse procedimento reduz a sua resistência a corrosão.

Outra característica importante dessa liga é resistência específica, que é uma

propriedade relacionada à resistência à tração do material pelo seu peso específico, em

outras palavras, este material possui limites inferiores aos de materiais mais pesados como

os aços, porém esta liga presente em grande quantidade será capaz de suportar cargas

maiores. (CALLISTER JR, 2008.)

Outro fator relacionado ao alumínio é sua capacidade de ser reciclável, pois este

material pode ser recuperado de forma significante após anos de uso, como exemplo latas de

alumínio que são bastante recicladas, contribuindo para melhorar o meio ambiente.

Se tratando de finalidades voltadas para alimentação, pelo fato do alumínio ser

impermeável o mesmo consegue manter o sabor e o aroma do produto sem qualquer

influência externa, permitindo assim, conservar a ração de uma melhor forma. Além disso,

pelo fato do alumínio ser resistente a corrosão e sua limpeza ser mais fácil se comparado aos

28

materiais suscetíveis e ela, torna-se assim um bom material para a confecção de pratos e

tigelas para cães.

Um comparativo entre os materiais quanto à sua massa específica (Figura 3), Rigidez

(Figura 4), resistência à tração (Figura 5) e resistência à fratura (Figura 6), estão

representados abaixo.

:

Figura 3-Massa específica dos materiais estudados à temperatura ambiente. (Fonte: CALLISTER JR, 2008).

Figura 4 – Rigidez dos materiais estudados à temperatura ambiente. (Fonte: CALLISTER JR., 2008).

29

Além do material do qual o comedouro digital é feito, o mesmo também possui

componentes eletrônicos, que têm a função de controla-lo da forma que garanta que o

produto funcione de maneira adequada e satisfatória. Esses componentes podem ser

atuadores, sensores, amplificadores, resistores, entre outros.

Figura 5 – Resistência à tração dos materiais estudados à temperatura ambiente. (Fonte: CALLISTER JR., 2008).

Figura 6 – Resistência à fratura dos materiais estudados à temperatura ambiente. (Fonte: CALLISTER JR., 2008).

30

2.7 COMPONENTES ELETRÔNICOS

Para se realizar qualquer tipo de controle é necessário o uso de componentes

eletrônicos. Além dos exemplos citados, outro exemplo de componente são os circuitos

integrados (CI’s), que é a construção de todos os elementos de um circuito no mesmo

invólucro, que juntos realizam uma determinada função, porém, existe um tipo de circuito

integrado que realiza um grupo amplo de atividades pré-determinadas pelo seu utilizador, que

é o microcontrolador.

O microcontrolador não possui uma função específica, pois sua função é alterada de

acordo com a programação que se encontra nele, que pode ser Assembly ou linguagem C.

Ele pode ser comparado a um computador, pois o microcontrolador une o processador e os

periféricos necessários para a execução de tarefas em seu encapsulamento, ou seja, este

dispositivo possui memória interna, cristal para clock (unidade de temporização),

comunicação serial e conversores de sinais, sendo capaz de realizar as atividades a ele

previamente programadas pelo programador.

O microcontrolador entende apenas código binário para se comunicar e realizar suas

operações e atividades e as linguagens de programação foram criadas de maneira a trazer

proximidade à linguagem humana da linguagem de máquina quanto mais distante for essa

interação, mais alto nível a linguagem é considerada.

Dentre as linguagens citadas, as quais o dispositivo aceita, Assembly é considerada de

baixo nível, pois esta linguagem foi feita com o propósito de comunicar com os

microprocessadores e microcontroladores, que após escrita e compilada, seus códigos são

convertidos para números hexabinários, os quais os dispositivos reconhecem.

Outra linguagem um pouco mais próxima da máquina, porém considerada de alto nível,

é a linguagem C, a qual se aproxima a linguagem humana e de máquina, e da mesma forma

que o Assembly, depois de compilada, a mesma é convertida para linguagem de máquina, um

exemplo de comparação entre linguagens podem ser visualizados na figura 7, ambos os

códigos têm a mesma função, de escrever “olá mundo” no prompt de comando do Windows.

31

Figura 7 – Olá Mundo em Assembly e C. (Fonte: http://ratosdelaboratorio.blogspot.com.br/2009/04/assembly-hello-world.html)

Embora não exista uma linguagem melhor de programação, e sim a melhor indicada

para determinada aplicação, um comparativo entre a linguagem C e Assembly, é que a

primeira é mais fácil de compreender e de escrever, porém seu programa ocupa um espaço

maior de memória, enquanto o Assembly poupa o espaço, porém o tempo de programação é

mais demorado devido a sua linguagem ser mais distante da linguagem humana.

Por não possuir uma função específica, os microcontroladores são versáteis e sua

função é definida pelo programador ao escrever o código-fonte do projeto. Um exemplo de

função pode ser dado pela leitura e armazenamento de dados obtidos através de medições

de sensores, processados pela CPU do microcontrolador, e posteriormente acionar um

atuador com base no sensor. Se tratando de um comedouro canino, a função deste

dispositivo para esse propósito seria verificar dados de um sensor que verifica se existe

alimento para o cão comer, caso não haja, o mesmo aciona um atuador que leve a comida

para a tigela. Os microcontroladores mais comuns são o 8051, o PIC e o AVR.

O AVR é o nome dos microcontroladores fabricados pela ATMEL, possuindo um núcleo

de processamento além das memórias de programa e memória de dado de forma separada

uma das outras, facilitando e agilizando o seu uso interno.

32

O AVR é subdivido em 4 grupos, Tiny, ATMega, ATxMega, e AT94k. O primeiro é o

mais simples, possuindo uma memória de programa de 0,5kbytes a 8kbytes e pode ter 6 ou

32 pinos.

O ATMega tem memória de programa de 4kbytes a 256kbytes, possui 20 ou 100 pinos,

o ATxMega possui memória de programa de 16kbytes a 384kbytes, 64 ou 100 pinos, além de

ter um desempenho melhor que o anterior. Enquanto o último possui SRAM (Memória

estática) como memória de programa.

Para utilizar esses microcontroladores é necessário ter um gravador, o qual envia as o

programa feito e compilado no computador para sua memória de programa, além de

necessário produzir todo o esquema elétrico para testes, dificultando o trabalho. Porém, uma

empresa italiana criou um dispositivo que facilita o trabalho com protótipos, chamado de

Arduino, uma placa completa para projetos eletrônicos, composta de um microcontrolador

AVR da Família Atmel chamado de ATMEGA328P.

O Arduino é uma plataforma de código aberto que é capaz de ler sinais elétricos de

sensores, como por exemplo, sinais de luz, vazão, acionamento de botões, entre outros, e

através de sua programação processar esses dados de leitura, realizar cálculos (se

necessário) e com os resultados obtidos enviar sinais elétricos também para dispositivos de

saída, também chamado de atuadores, como por exemplo, acionar motores, soar alarmes,

aceder LED’s, entre outros.

O Arduino é composto de portas que servem de entrada e saída de sinais e podem ser

analógicas ou digitais, cuja quantidade delas varia de acordo com o tipo do Arduino, e sua

função são definidas previamente pela programação. A programação do Arduino pode ser

feita através de sua linguagem própria ou através da linguagem C e quem a escolhe é o seu

programador.

As portas digitais funcionam através de níveis (alto ou baixo), no qual significam ligado

e desligado respectivamente, assumindo o valor de 1 ou 0. O Arduino trabalha com tensão de

até 5V em suas portas, no caso das portas digitais, ele está preparado para enviar e receber

informações cujo 5V representa que está ligado e 0V desligado. Porém, nem sempre os

sensores trabalham com 5V ou 0V, existem casos que o sensor precisa enviar outro tipo de

informação para o microcontrolador, e é o caso das outras portas.

33

As portas digitais podem trabalhar com um tipo de sinal chamado PWM, Pulse Width

Modulation (Modulação de Largura de Pulso), os pulsos são de ondas quadradas porém é

possível controlar a largura de pulso mantendo sua amplitude, sendo assim tendo uma opção

de sinal diferente para se trabalhar com o microcontrolador.

Nesse tipo de sinal, tenta-se simular uma porta analógica, porém a medição é feita

através do tempo em que a saída se encontra em determinado nível lógico. Em sua

programação esse valor pode variar de 0 a 255 (0 e 5V), controlando de maneira mais precisa

através do período entre os pulsos, como pode ser melhor visualizado na figura 8.

Figura 8 – Leitura do sinal PMW pelo arduino através da largura do pulso (Fonte: www.arduinoeletronica.com.br)

As portas analógicas são bastante utilizadas em sensores e atuadores que necessitam

medir tensões e resistências que variam constantemente resolução é maior que PWM sendo

0 a 1024 (0 e 5V), tendo uma precisão maior que as portas digitais.

O Arduino é capaz de trabalhar com shields (dispositivos que aumentam as

funcionalidades dessa placa de forma simples e eficaz), atuadores e sensores.

2.7.1 SHIELDS PARA O ARDUINO

Além de ser um dispositivo próprio para protótipo e testes, o Arduino traz ao usuário a

possibilidade de realizar tarefas específicas adicionando complementos a ele, esses

complementos são chamados de Shields. Os Shields funcionam como extensões ao Arduino,

fazendo com que ele realize tarefas específicas de forma eficaz, apenas conectando-o ao

microcontrolador, e na maioria dos casos substituindo outros componentes como indutores,

capacitores, resistores, entre outros.

34

O shield RTC DS3231 como visto na figura 9 é um relógio de tempo real de alta

precisão e baixo consumo de energia onde fornece informações como segundos, minutos,

dia, data, mês e ano. Em sua placa existe um cristal oscilador e um sensor de temperatura,

para melhorar sua exatidão, e uma bateria no módulo garante que as informações de data e

hora não sejam perdidas em caso de falta de alimentação do circuito.

Figura 9 - RTC DS3231

(Fonte: http://eletronicos.mercadolivre.com.br/dallas-ds3231-rtc-arduino-pic)

O shield bluetooth visto na figura 10 possui um modulo bluetooth integrado onde é

facilmente acoplado as placas Arduino para uma comunicação com outros dispositivos com

suporte a bluetooth. Assim, seria possível com esse modulo trocar informações com

smartphones e computadores sem a utilização de fios.

Figura 10 - modulo bluetooth hc-06

(Fonte: http://buildbot.com.br/blog/configuracao-do-modulo-bluetooth-hc-06-com-arduino/)

35

O modulo ESP8266 visto na figura 11 pode conectar o Arduino a uma conexão nas

redes wireless 802.11 b/g/n, podendo enviar e receber dados nos modos AP (ponto de

acesso) ou como uma STA (Estação).

Figura 11 - modulo ESP8266

(Fonte: http://www.baudaeletronica.com.br/modulo-wifi-esp8266-serial.html)

Esse módulo é bastante útil, pois pode conectar o microcontrolador na rede e enviar

informações do dispositivo para a rede, sendo possibilitado acessar em qualquer lugar que

haja conexão com a internet.

2.7.2 ATUADORES

Os atuadores podem ser definidos como toda a parte do sistema que transformam

energia elétrica em outro tipo de energia, como por exemplo, energia mecânica.

Um dos principais atuadores são os motores elétricos, que com energia podem

transmitir movimentos ao sistema, sendo bastante eficaz para se controlar o alimento em

reservatórios, que quando acionados, possam abrir o compartimento possibilitando assim,

distribuir a ração para o cão.

2.7.3 MOTORES ELÉTRICOS

Os motores elétricos são um tipo de atuador que converte energia elétrica em energia

mecânica, servem como atuadores de sistemas, pois são capazes de trazer movimentos nos

mais variados sistemas.

Se tratando de protótipos, são muito utilizados motores de passo, servomotores, e

motores CC. Os motores de passo são de alta precisão possuem solenoides alinhados dois a

36

dois, que têm a função de atrair o rotor para realizar pequenas variações angulares, que são

chamadas de passo e ele é capaz de girar 360° (CARVALHO, 2006).

Ele é energizado através de seus solenoides que são ligados separadamente, atraindo

de forma magnética, e conforme o acionamento e desligamento de cada bobina faz com que

o motor opere.

Servomotores são motores projetados para ter funções de torque, velocidade e

posicionamento, sendo mais indicados que o primeiro tipo de motor ao se tratar de

posicionamento visto que, este consegue rotacionar de forma controlada e precisa

(CARVALHO, 2006).

Na programação, a movimentação desse tipo de motor é feita através do ângulo de

rotação que se deseja obter, que varia de 0 a 180°, visto que ele é incapaz de realizar

movimento com ângulos maiores. A figura 12 exibe a imagem de um servomotor.

Figura 12 – Servomotor da marca Futaba. (Fonte: Futaba)

Também existem os motores CC alimentados por corrente continua onde a tensão

aplicada ao motor tem por finalidade energizar os enrolamentos no motor, produzindo polos

eletromagnéticos que formam a força magnetomotriz. Uma das principais aplicações do motor

CC está ligada ao controle de velocidade com necessidade crítica de torque isto significa que

os motores de corrente continua são ótimas alternativas quando necessitamos manter um

torque considerável, mesmo variando a velocidade (CARVALHO, 2006).

2.7.4 SENSORES

Os sensores ao contrário dos atuadores recebem grandezas de diversas formas, como

vazão e temperatura e a transformam em sinais elétricos para que possam ser interpretados e

exibidos por outros dispositivos.

37

2.7.5 CÉLULA DE CARGA

A célula de carga é um transdutor, ou seja, ela sensibiliza uma grandeza física, como

por exemplo força, peso e pressão, e transforma essas medidas em sinais de saída pra

serem enviados para indicadores, controladores ou a um sistema de aquisição de dados

ligado a um computador como mostra figura 13. Os sinais enviados pelos transdutores podem

ser de diversos tipos, como elétrico (analógico ou digital), pneumático, hidráulico ou

mecânico, a escolha depende da necessidade de aplicação.

Na célula de carga o sinal de saída é elétrico, esse sinal é gerado através da variação

de resistência ôhmica de um extensômetro quando se aplica força sobre ele. Um

extensômetro é uma barra fina de metal, que quando exercida uma força, ela estica um lado e

comprime outro, assim mudando sua resistência elétrica. Na célula existem 4 extensômetros

ligados na configuração de Ponte de Wheatstone, que são ideais para medir as mudanças de

resistências, como pode ser visto na figura 14. A ponte recebe uma tensão de alimentação, e

é desbalanceada proporcionalmente a deformação dos extensômetros em função da força

aplicada. Esses extensômetros são fixados em uma peça metálica, que se chama corpo da

célula de carga.

O campo de aplicação da célula de carga é normalmente em balanças comerciais e

industriais, na automatização e controle de processos industriais.

Figura 13 – Célula de Carga e seu funcionamento. (Fonte: http://www.ee.co.za/article/troubleshooting-load-cell-applications.html)

38

Como o valor medido pela célula de carga é bastante pequeno, o mesmo precisa ser

amplificado para que um microcontrolador consiga processá-lo e para isso é bastante usado o

amplificador HX7111.

O Amplificador HX711 é uma placa com componentes que permite fazer a amplificação

e conversão com precisão de um sinal analógico para digital/serial vindo dos valores de

resistência dos sensores de uma célula de carga. Foi projetado para ser usado principalmente

em balanças digitais. Mas é utilizado na indústria aeroespacial, mecânica, elétrica,

construção, química entre outros.

Para trabalhar com o Arduino e célula de carga, esse amplificador possui uma

biblioteca própria na qual suas funções já convertem o sinal elétrico em massa. A figura 15

mostra o amplificador.

Figura 14 – Funcionamento de uma ponte de Wheatstone. (Fonte: http://www.ee.co.za/article/troubleshooting-load-cell-applications.html)

Figura 15 – Amplificador HX711(Fonte: https://www.sparkfun.com/products/13879).

39

3 METODOLOGIA

O projeto de comedouro automatizado para cães foi desenvolvido com o propósito de

auxiliar os donos a cuidarem de seus animais de uma forma mais saudável, distribuindo o

alimento nos horários corretos, além de salvar informações referentes à alimentação canina

que podem ser consultados posteriormente em consultas veterinárias, ajudando o profissional

a dar um diagnóstico mais preciso durante a consulta. Além do propósito voltado para a

saúde do animal, o projeto também visa ao conforto do dono, possibilitando a este poder

realizar eventuais viagens, acompanhando a alimentação de seu animal de estimação pelo

smartphone.

Para um melhor desenvolvimento do projeto, o mesmo foi dividido em etapas visando

guiar a construção do protótipo buscando minimizar erros durante a montagem. Essas etapas

são: Dimensionamento do reservatório de ração, escolha dos materiais adequados para

fabricação do protótipo, e por fim, a programação do microcontrolador e do aplicativo para

celular.

Para dimensionar o reservatório de ração, primeiro foi escolhido o porte do animal o

qual se deseja trabalhar, pois, como previamente visto, a quantidade de ração e refeições

mudam de acordo com o tamanho do cão, e a escolha do porte é fundamental para evitar

problemas em seu uso na residência, como excesso ou falta de ração armazenada.

Nesta etapa de dimensionamento foi levado em consideração o tamanho do animal,

bem como a quantidade de refeições diárias necessárias para a alimentação adequada dele e

também um prazo de tempo que o dono possa ficar ausente da residência.

Após esta etapa inicial, a escolha do material pelo qual o comedouro foi fabricado foi

fundamental e dependendo do tipo do animal definido, foi possível analisar as vantagens e

desvantagens de cada tipo de material, como o preço, a eficiência e suas características. Os

materiais utilizados na construção da parte física foram:

Barra de perfil U de alumínio 32x32mm - 1,6 metros

Barra chata de alumínio 19mm 1,1 metros

Cantoneira 38x38x3mm 0,40 metros

16 Parafusos, 16 porcas e 16 arruelas de 6,3x19mm

4 Parafusos, 4 porcas, 4 arruelas de M6x40mm

40

1,20m de varão roscado, 16 porcas, 16 arruelas de 7,8mm

Chapa de alumínio 30x30x1mm

Assadeira alumínio redonda com aba

Recipiente de alumínio

Além dos materiais de fabricação, também foi necessário escolher os materiais

eletrônicos. Começando pela escolha do microcontrolador, pois este dispositivo é o mais

importante do projeto, visto que nele foram conectados todos os outros componentes e

dispositivos necessários para o bom funcionamento do protótipo.

Como o propósito deste projeto é distribuir o alimento ao animal em horários e

quantidades que variam para cada cão, o protótipo precisa se adequar às preferências de seu

usuário e está comunicação precisa ser feita para que o seu utilizador possa configurar o

modulo de acordo com as necessidades do cão.

As variáveis a serem configuradas desse sistema são o tempo e a quantidade de ração

e é necessário monitorá-las, a fim de garantir a alimentação adequada ao animal. Assim

como na vida real, para se monitorar o tempo é necessário o uso de relógio para saber se o

horário real é o mesmo que o usuário definiu para alimentação de seu animal.

Além de distribuir o alimento no horário indicado, o protótipo também precisa medir a

quantidade de ração que está na tigela do animal e para se fazer isso foi construída uma

balança embaixo da tigela, com o intuito de verificar constantemente a massa de comida

presente na tigela, assim acompanhando-se a variação e consequentemente, se o cão se

alimentou.

Com essas informações em mãos, o protótipo precisa entregá-las ao seu usuário, para

que este possa estar ciente de tudo que está acontecendo com seu animal, além de dar

suporte ao veterinário em uma eventual consulta. Além deste propósito o protótipo pode

informá-lo através da internet acessada por um smartphone.

41

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.1 PROJETANDO O COMEDOURO

Primeiramente, foi projetado o comedouro com todas as funções que o mesmo deveria

possuir, a fim de montar um escopo do que seria necessário para a montagem e automação

do protótipo, e foi decidido que o comedouro deveria atender a cães de pequeno e médio

porte e armazenar o histórico alimentar do animal para poder ser consultado posteriormente

pelo dono.

Como o projeto requer uma comunicação com seu usuário, o mesmo precisa de uma

interface de comunicação, e devido ao grande número de usuários que hoje possuem um

smartphone, foi decidido que o projeto iria aproveitar o avanço tecnológico, e ser um

diferencial no mercado e usar o celular para a comunicação, além de acompanhar a

tecnologia, se torna uma forma mais clara de visualização.

Para se comunicar com o celular foi pensado em criar um aplicativo que conseguisse

mostrar o histórico alimentar do cachorro e também ajustar o comedouro de acordo com a

necessidade do usuário. Como o propósito do projeto é ser acessado em qualquer localidade,

o mesmo necessita se comunicar a internet, que seria possível de duas formas, através do

cabo ethernet ou com wifi, e foi escolhida a segunda opção para dar comodidade ao usuário

que não necessitaria de deixar o produto próximo ao seu modem.

Para se conectar a uma rede wifi, é necessário fornecer ao dispositivo o usuário e

senha da rede, então seria necessária outra forma de conexão entre o comedouro e o

usuário, e aproveitando que seria desenvolvido um aplicativo, foi pensado em utilizar o

bluetooth do celular para se conectar ao comedouro, para que este receba as informações

necessárias para que consiga se conectar à internet.

Após ter as funcionalidades e características do projeto já definidas, foi escolhido o

microcontrolador a ser utilizado, pois essa escolha é a mais importante, pois de acordo com o

microcontrolador se torna mais prático projetar com mais detalhes e também pensar na parte

técnica do protótipo, bem como suas limitações, pontos positivos, e seu custo. Devido ao fato

de ser mais prático, foi definido o Arduino Uno como o microcontrolador do projeto, pois além

42

de sua praticidade o mesmo possui portas suficientes para se conectar com os outros

dispositivos do protótipo.

Outro ponto positivo do Arduino é a sua conexão direta ao computador através de

cabo USB, e aproveitando disto, foi acrescentado ao projeto a criação de um software para

computador para atender um grupo maior de usuários. Porém, uma limitação deste

microcontrolador, é que o mesmo não possui uma vasta memória para dados (2KB), então se

tornaria inviável e impossível armazenar todo o histórico alimentar do cão em sua memória.

Para solucionar este problema, foi pensado em duas opções, utilizar cartão de memória para

o Arduino, ou armazenar estas informações em um banco de dados, e foi escolhida a

segunda opção, pois ela possibilita maior praticidade ao usuário que não precisaria ficar

monitorando o cartão de memória constantemente, e também, com o banco de dados se

torna muito mais organizado as informações.

4.1.1 CONSTRUÇÃO DA PARTE MECÂNICA

O dimensionamento da estrutura do comedouro foi baseado no tamanho do pote onde

o cachorro irá comer e do reservatório de ração, pois são as duas partes que influenciam para

dimensionar a base de apoio, pois já tem características já dimensionadas. O reservatório de

ração foi reaproveitado, pois ele é geralmente usado por pessoas onde usam para cereais,

grãos, frutas secas, massas pequenas entre outros e pode ser encontrado no mercado como

dispensador de cereais como visto na figura 16.

Figura 16 - Dispensador de Cereais (Fonte: http://balancassaoroque.com.br/, 2016).

43

O material do reservatório é o plástico, pois como já o encontramos pronto e o

reaproveitamos acoplando o motor, ele também possui uma alta resistência, um baixo custo e

é uma excelente barreira a umidade preservando assim o sabor do alimento.

No dispensador foi acoplado um motor com rotação de 3rpm, torque de 15kgf.cm,

tensão de operação de 12V e de corrente de 250mA, capaz de girar rações para cães de

pequeno porte sem dificuldades porem se houver ração para cachorro de grande porte no

reservatório o motor deverá ser trocado pois com o torque de 15kgf.cm, o motor não é capaz

de girar pois a ração é maior em relação a de pequeno porte portanto é necessário um motor

com torque maior.

O eixo no qual o motor foi acoplado foi confeccionado em um torno para usinar o eixo e

a rosca e fechar a medida do comprimento, e depois foi utilizada uma fresa, onde foi feito um

chanfro no eixo com formato de D. Esse chanfro tem a função de uma chaveta em transmitir o

movimento, pois o furo onde o eixo é alocado não é inteiro redondo, tem uma parte reta,

justamente para o eixo não rodar em falso como mostra a figura 17.

44

Figura 17 - Eixo e aleta.

E para proteger o reservatório de plástico foi utilizada uma peça de alumínio como

mostra a figura 18, pois além de serem mais rígidos que os polímeros, evitando que os

animais quebrem o reservatório com mordidas ou o derrubando, ele também possui uma

resistência à fratura maior assim garantindo uma maior vida útil ao comedouro.

45

Figura 18 - Peça de alumínio para proteção.

As medidas do reservatório e do suporte do pote foram realizadas, e o primeiro

desenho da base foi confeccionado. O desenho da base tomou forma de uma moldura com

barras transversais, onde a moldura apoiara no chão para ter estabilidade, e as barras

estarão em cima da moldura para poder fazer a fixação da célula de carga e do reservatório.

Tomando referência as dimensões do desenho, a primeira parte a ser feita foi à base

de apoio. A barra de perfil U foi cortada em quatro partes com um ângulo de 45º para poder

encaixar uma na outra e assim formar 90º como mostra a figura 19.

Figura 19 - Estrutura de alumínio em forma de “moldura”.

Para fixar as 4 partes, foi retirada a medida de profundidade interna do perfil U para

saber a medida limite que a cantoneira de fixação poderia ter, a medida foi 28mm, então

foram cortados 4 pedaços da cantoneira com 26mm. Com as partes da barra de perfil U e a

46

cantoneira cortada foram feitos os puncionamentos do centro dos furos e logo depois foi feito

a furação utilizando uma broca de 6,3mm.

Com as peças furadas e também rebarbadas foi feita a fixação das mesmas através de

parafusos, porcas e arruelas dando um formato de “moldura” a base. A próxima etapa foi

cortar, puncionar centro dos furos e furar a barra chata que se fixara a base, são 2 chapas,

nas quais as duas para apoio do reservatório e para a fixação da célula de carga foi utilizado

um pedaço do perfil U como mostra a figura 20. A broca utilizada nos furos nas laterais da

barra foi de 6,5mm e nos furos do centro de 8,5mm. A barra chata com os furos foi fixada na

base através de parafuso, porca e arruela. O varão roscado foi cortado e já fixado na barra

chata também por porcas.

Figura 20 – Barras para fixação do reservatório e célula de carga.

Depois foi fixado o reservatório e o suporte do pote em uma mesma estrutura, assim

tornando um conjunto de peças fixas como visto na figura 21. A única peça móvel será o pote

por necessidade de limpeza, que poderá ser removido facilmente ficando apoiado no suporte

que possui abas laterais impedindo do pote cair.

47

Figura 21 – Proteção do reservatório e célula de carga fixas a estrutura.

O reservatório tem que ficar acima do pote, mas não pode ficar na mesma linha

vertical, pois se não os varões de fixação do reservatório atrapalhará o cachorro comer. Então

foram colocados um ao lado do outro com alturas diferentes. Como não estão na mesma linha

vertical há a necessidade de ter uma rampa para transportar a ração que sai do reservatório

até o pote.

O pote está acoplado à célula de carga, então foi necessário tomar como referência as

características da célula na qual não pode encostar-se a nenhuma parte quando fizer sua

flexão para fazer a sua medição correta e também a posição do reservatório juntamente com

o motor que está fixado no mesmo.

A peça de alumínio foi furada com uma broca 8,5mm onde encaixarão os varões e os

parafusos que prendem o suporte do motor, os furos maiores foram feitos utilizando uma

serra copo de 65mm na parte lateral, onde encaixara o motor e uma de 100mm na parte

inferior onde passara a ração do reservatório para a rampa.

Para fixação do motor, a ideia foi usar uma cantoneira de suporte, onde um lado fixará

o motor e outro fixará no reservatório. Então foi realizada a medida de centro a centro dos

furos próprios para fixação do motor em sua carcaça, e também realizada medida do centro

48

do eixo, já que o mesmo é excêntrico. Depois disso foi criado um desenho modelo para ser

colocado sobre a cantoneira para ter referência dos centros dos furos depois foi feito o

puncionamento dos centros dos furos e realizado a furação como mostra figura 22.

Figura 22 - Cantoneira de fixação do motor na base de alumínio.

Por fim foi fixada na base a caixa na qual ira os componentes eletrônicos no qual será

responsável pelo controle do comedouro como visto na figura 23.

Figura 23 - Caixa dos componentes fixa na base.

Depois do protótipo pronto e finalizado foram feitos os cálculos da dosagem com

rações para cães de pequeno porte, mostrando que a cada vez a aleta gira, ela demora

aproximadamente 3s para trocar de uma aleta para outra e em média despejando 15,5gramas

no mínimo por compartimento.

Logo após foi feito o procedimento para descobrir quanto o reservatório é capaz de

suportar de ração então ele foi inteiro completado com a ração e em seguida foi retirada a

ração para ser pesada para descobrir a massa que o reservatório suporta, o valor encontrado

49

foi de 1,474kg. Tendo como base a tabela 2 necessidade diária para cães de raças pequenas

com peso entre 1 a 3 kg com de idade de 2 meses no qual ele consume de 30 a 65g diárias

portanto o comedouro teria uma autonomia entre 21 a 49 refeições onde a ração durará de 21

dias até 1 mês e 19 dias. E para um cachorro com peso 10 a 15 kg e com 9 meses de idade

onde ele consome de 230 a 300g por dia, o comedouro teria autonomia de 6 a 5 refeições

com isso a ração durará entre 6 a 5 dias.

E para calcular o volume de ração no reservatório, foi necessário encontrar a

densidade da ração. Então foi feito procedimento de analise para encontrar uma resposta. Foi

utilizado um béquer com volume de 1000ml e uma balança de precisão.

O procedimento foi colocar o béquer vazio na balança e fazer a pesagem do mesmo, a

massa encontrada foi de 0,306kg. Foi colocado ração no béquer até atingir volume de 900ml

e foi pesado. O valor da massa encontrado foi de 0,757kg após isso descontamos a massa do

béquer e encontramos somente o valor da massa de ração o valor foi de 0,451kg. Com o

volume e a massa foi calculada a densidade e o valor encontrado foi de 501,1kg/m3 usando

como a base a ração Herói cães filhotes.

𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝐵𝑒𝑐𝑘𝑒𝑟 𝑣𝑎𝑧𝑖𝑜 = 0,306kg

𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝐵𝑒𝑐𝑘𝑒𝑟 𝑐𝑜𝑚 𝑟𝑎çã𝑜 = 0,757kg

𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑟𝑎çã𝑜 = 0,451kg

𝐷 =0,451

0,0009(900𝑚𝑙)

𝐷𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = 501,1kg/𝑚3

Com o valor da densidade e da massa foi possível encontrar o volume do reservatório

através da fórmula da densidade.

50

𝐷𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = 501,1kg/𝑚3

𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 = 1,474kg

𝐷 =𝑚

𝑣

501 =1474

𝑣

𝑣 = 0,00294𝑚3

𝑣 = 2,94 litros

4.1.2 MONTAGEM DA PARTE ELETRÔNICA

No protótipo foi utilizado um motor DC de tensão de 12V sendo necessário o

acionamento através do módulo rele, conectado em normalmente aberto(NA), para que

quando necessário seu funcionamento, o Arduino através de uma de suas portas digitais

aciona a bobina do rele, fazendo com que exista contado no circuito NA, dessa maneira, o

alimento é distribuído para o pote de ração, que está em cima de uma célula de carga.

A célula de carga funciona como uma balança que vai medir as variações de comida

no pote através de sua massa, e enviará este sinal elétrico para o Arduíno, que irá trabalhar

estes dados com os outros componentes do circuito.

O Arduino utilizará estes dados fornecidos com a finalidade de mostrar ao usuário em

qualquer momento e lugar, e para isso utilizará o ESP8266, que é um módulo WIFI, que

possui uma antena para se conectar com as redes wifi disponíveis no local, e realiza a

51

comunicação de forma serial com o Arduino através dos pinos TX e RX. Este módulo possui

uma biblioteca própria para sua programação com o Arduino, facilitando assim a criação do

código utilizado no sistema. O ESP8266 opera com uma tensão de 3,3V e uma corrente de no

máximo 500mA e o Arduino não oferece esta corrente, então foi necessário utilizar seu

adaptador que supre as necessidades do módulo wifi.

Outro módulo que utiliza os pinos TX e RX para funcionar é o módulo Bluetooth HC-06.

O módulo bluetooth opera com uma tensão de 5V, cuja taxa de recebimento (RX) e

transmissão (TX) operam com 3,3V. Como os pinos digitais do Arduino estão preparados para

receber até 5V o mesmo pode se comunicar com este modulo, porém esses pinos podem

transmitir uma tensão de 5V que queimariam o pino RX do bluetooth, para resolver este

problema foi feito um divisor de tensão utilizando resistores de 3300Ω e 1800Ω possibilitando

sua conexão. Os cálculos da divisão de tensão podem ser visto a seguir.

𝑣𝑠 = 𝑅2

𝑅1 + 𝑅2. 𝑣𝑒

3,3 = 3300

𝑅1 + 3300 . 5

3,3

5(𝑅1 + 3300) = 3300

0,66𝑅1 + 2178 = 3300

𝑅1 = 3300 − 2178

0,66

𝑅1 = 1700𝛺

Devido ao fato deste resistor não ser comercial, foi calculado a tensão de saída para

resistores próximos a este, e por isso foi escolhido o de 1800Ω, pois a tensão de saída é

inferior à suportada pelo HC-06. Os cálculos podem ser visto a seguir.

52

𝑣𝑠 =3300

1500+3300 . 5 𝑣𝑠 =

3300

1800+3300 . 5

𝑣𝑠 = 3,4375𝑉 𝑣𝑠 = 3,23529𝑉

Ao receber um dado seja por Bluetooth ou USB, o Arduino precisa comparar o horário

de refeição com o horário atual, para fazer isto, foi utilizado o módulo relógio RTC DS3231,

que possui uma biblioteca própria de fácil utilização, cujo possui funções que atribuem os

valores da data atual através de números inteiros, tornando fácil a comparação de horários.

O circuito do projeto pode ser visto no apêndice A.

4.1.2.1 PROGRAMAÇÃO DO SISTEMA

A programação do sistema foi dividia em três etapas para melhor organização do

trabalho. A primeira consiste na programação do Arduino, com a finalidade de automatizar e

fazer o protótipo funcionar. A segunda etapa foi a criação do banco de dados, necessário para

armazenar o histórico alimentar do cachorro. A terceira foi o desenvolvimento do software e

aplicativo, responsáveis pela interface com o usuário.

4.1.2.2 PROGRAMAÇÃO DO ARDUINO

O programa contido no Arduino começa com a declaração de variáveis que

armazenarão os dados do sistema, ou seja, as informações que o usuário deverá fornecer ao

sistema. Essas variáveis começam com valores já atribuídos para horários inexistentes no

mundo real, com o propósito de identificar uma possível reinicialização do comedouro. Os

dados personalizados chegam ao Arduino através do software ou do aplicativo. O Arduino

atribui os dados responsáveis pela alimentação do animal nas variáveis necessárias.

Após ter os valores atribuídos, o comedouro passa a verificar cada posição dos vetores

para horas e minutos e compará-los ao tempo real, caso os valores sejam iguais, significa que

a ração deve ser distribuída, e assim dosada de acordo com a necessidade.

Independentemente de ser o horário de refeição ou não, o comedouro pesará o pote de

ração, e enviará as informações para o banco de dados do projeto, através do ESP8266,

sendo que caso haja modificações no peso, ele enviará a quantidade de ração em gramas, e

53

caso não haja diferença entre as pesagens, o mesmo apenas enviará o horário do sistema,

com a finalidade de que o usuário possa saber se o comedouro está funcionando ou não. E

depois de tudo isso, o programa retorna no começo da verificação, devido ao fato dele

funcionar em loop contínuo, e seu código fonte se encontra no apêndice C.

4.1.2.3 CRIAÇÃO DO BANCO DE DADOS

Para construir um banco de dados, primeiramente foi necessário abrir e configurar um

servidor que pudesse hospedá-lo. O servidor foi feito utilizando o WAMP Server, que é um

conjunto de programas necessários para criar um banco de dados (APACHE MYSQL e PHP).

Para permitir o acesso externo, foi configurada a porta de acesso e um serviço de DNS para

redirecionamento de IP.

Com o servidor permitindo o acesso externo, foi criado o banco de dados, com duas

tabelas, uma para histórico alimentar (os dados são inseridos em novos registros), e outra

para a atualização do horário do sistema (o dado é atualizado, mantendo apenas um registro)

e também um site em HTML e PHP para o cadastro de dados, onde o HTML contém um

formulário, e PHP contém os códigos necessários para gravar e recuperar dados no banco

(que pode ser acessado através do navegador, ou aplicativo/software).

A figura 24 abaixo mostra o site do projeto:

54

Figura 24 – Site do projeto

4.1.2.4 PROGRAMAÇÃO DO SOFTWARE E APLICATIVO

Para a programação do aplicativo para celulares Android e software para

computadores e notebooks foi usado à mesma lógica de programação, apenas diferindo a

linguagem. Para programar para Android, baseado em JAVA, foi utilizado o Android Studio,

enquanto para os outros dispositivos citado, feito em C#, foi utilizado o Visual Studio.

Para a interface dos programas, foi pensado em construí-los com duas abas, uma que

carrega a tabela do banco de dados através de códigos SQL e mostra ao usuário, e a outra

onde se encontra as informações que serão passadas para o comedouro, seja Bluetooth ou

USB, que, para isto, o usuário utilizará o aplicativo/software para se conectar com o produto

de acordo com o recurso de seu dispositivo (bluetooth para celulares e cabo USB para

computadores)

Tanto o software quanto o aplicativo permitem que o usuário escolha até 5 refeições

personalizáveis para o cachorro, e nessas refeições podem ser definido a quantidade de

55

ração em gramas e também o horário da alimentação para o cão. Além de definir as

informações sobre a refeição do animal, o usuário também pode atribuir o nome e senha de

sua rede para a conexão entre comedouro-servidor, como pode ser visto nas figuras 25 e 26.

Ao clicar em confirmar, o programa envia todas as escolhas para o comedouro e também o

horário atual do sistema, para que este funcione corretamente.

Figura 25 - Exemplo de Configuração de programa para Windows.

56

Figura 26 - Exemplo de Configuração de programa para celular

De maneira geral, o sistema funciona de acordo com o fluxograma disponibilizado no

apêndice b, e por fim, na figura 27 abaixo pode ser visto o comedouro concluído.

57

Figura 27 - Comedouro finalizado

4.2 MELHORIAS

Por se tratar de um produto ainda inexistente no mercado, e se tratar de um

comedouro para cães, que, como visto, ele está presente na maioria das casas brasileiras,

com certeza existirão casos em que este projeto não atenderá, e por isso, seria necessário

algumas melhorias, como pode ser visto a seguir:

Microcontrolador Nano

Utilizando um microcontrolador menor, proporcionaria a diminuição da caixa de

circuitos, podendo ocupar um espaço menor.

Sistema de dosagem por rosca sem fim

58

Alterando o sistema de dosagem atual (que utiliza o tempo como parâmetro de

distribuição de ração), por uma rosca sem fim, deixaria o comedouro com mais precisão na

distribuição de ração, pois não teria mais o sistema de aletas, e utilizaria o passo da rosca

para distribuir o alimento. Além de mais preciso, atenderia mais tipos de ração.

Sistema de reconhecimento para lares com mais de um cão

Atualmente o projeto atende apenas um cachorro, visto que ele não está apto a

identificar o cachorro que comeu a ração, e em caso de casas com mais de um cão, seria

inviável utilizar o comedouro. Para solucionar este problema, poderia colocar um leitor RFID

próximo ao pote e as tags para leitura na coleira do animal, enviando ao banco de dados à

identificação do cachorro que comeu, assim o protótipo estaria apto a atender casos como

este.

Ampliação para cães de raça maiores

O projeto poderia ser reforçado para atender cães de raças maiores, partindo na

alteração do motor atual para um cujo torque é maior (para girar rações maiores), e até

melhorar a estrutura mecânica para evitar que o cão consiga derrubar o comedouro.

Buzzer para avisar que a comida está servida

Adicionando um buzzer que emitiria um som quando a ração estivesse servida, poderia

condicionar o cão, a saber, o horário certo de comer associando o som escutado por ele (para

isso funcionar iria requerer também um adestramento para o cachorro). Este som poderia ser

em frequência escutada apenas pelo animal, para não atrapalhar ou incomodar os seres

humanos ao redor.

Monitorar o reservatório de ração

Adicionando leds infravermelhos, poderia fazer com que o sistema saiba quando a

ração do reservatório estiver no fim, assim auxiliará o dono para saber quando terá que repor

a ração no comedouro.

Ampliar o projeto para fornecer água

59

Construindo um bebedouro para o cão seria essencial para deixar o projeto completo.

A construção poderia conter válvulas de entrada e saída de água, para abastecimento e troca,

respectivamente.

O bebedouro poderia ter sensor de temperatura para água, para que quando ela

estiver muito quente, o sistema a trocaria por uma água nova. Ou também poderia ser trocada

em horários definidos pelo usuário.

Ampliar os animais atendidos pelo projeto

Por se tratar de um comedouro, o mesmo pode ser aplicado aos outros animais,

atendendo desde os outros animais domésticos (como gato, coelhos, porquinhos-da-índia),

até animais rurais (como vaca, galinha, cavalo). Para essa ampliação deveria haver algumas

adaptações físicas e lógicas para que o projeto consiga atender de forma satisfatória outros

animais. As adaptações físicas se implicam na fabricação do comedouro para cada porte de

animal e as lógicas para que o mesmo atenda as necessidades alimentícias de cada animal,

desde a quantidade e número de refeições que o mesmo pode fazer.

Personalização do comedouro

Para deixar o projeto mais barato o mesmo poderia ser criado com as funcionalidades

básicas, ou seja, o sistema de dosagem e de pesagem da ração permitindo o usuário adquirir

as peças separadamente (Wifi, bluetooth) de acordo com sua necessidade pois além deixar o

produto mais barato, o deixa customizável podendo até ser desenvolvido outros componentes

para atender a necessidade de cada tipo de pessoa.

Distribuição manual de comida

Uma melhoria possível seria possibilitar o usuário distribuir a comida de forma manual,

pois em alguma possível circunstância isso poderia ser necessário dessa maneira ele não

terá de aguardar o tempo determinado.

Programação de horário de verão

60

O comedouro poderia estar apto a alterações de horário sem necessitar reprogramá-lo

poderia ser feito com dois botões, um para subtrair e outro para adicionar uma hora, ou até

mesmo o aplicativo possuir esta função para que o usuário consiga alterar o horário sem

mexer nas suas preferências de refeição.

Sistema de Nobreak

Criando uma fonte alternativa de energia como, por exemplo, bateria deixaria o sistema

mais confiável, pois caso haja queda na rede elétrica o comedouro poderia continuar

operando não deixando o cachorro sem comida.

61

5 CONCLUSÃO

Este trabalho apresentou o desenvolvimento de um comedouro automatizado para

cães, baseado no conceito de proporcionar ao usuário o acesso ao histórico alimentar de seu

cão, bem como ter portabilidade para a maioria dos dispositivos existentes no mercado que

permitem ao usuário a configurar o comedouro e acessar as informações longe de sua casa,

permitindo assim o dono do animal se ausentar em um determinado período e manter a

saúde do seu animal.

Ao realizar este trabalho pôde-se concluir que, com o crescimento contínuo que o

mercado pet vem tendo no cenário nacional até mesmo com a crise no Brasil, a população

não deixa de ter cuidados especiais com seus cães, investir em produtos e projetos voltados

a esse público é bastante interessante, pois não faltam ideias para melhorar a vida dos

animais de estimação seja sua saúde ou conforto, e proporcionar aos donos melhores

condições para cuidar de seus animais.

E o fato de que os cães, assim como os seres humanos necessitam de uma dieta

correta para evitar problemas de saúde, e devido ao fato de que o animal age por impulso, ou

seja, sempre que houver comida, ele come, cabe aos donos cuidar e zelar pelo bem estar e

saúde do animal.

De maneira geral, se conclui também, que em um projeto longo, principalmente de

engenharia, é muito útil projetar todos os detalhes e funções que o mesmo deverá ter,

evitando problemas durante a execução do projeto. Além de projetar corretamente, deve-se

gerenciar o tempo também, para que cada etapa do projeto comece e termine de forma

ordena e coerente.

Se tratando da construção do comedouro a alteração do seu sistema de dosagem

atual, que usa o tempo como variável de controle por um sistema controlado não pelo tempo,

mas sim, por posição ou ângulo, como por exemplo a rosca sem fim, traria uma dosagem

mais eficiente e com melhor resolução, pois a densidade e o tamanho da ração alteram na

quantidade no tempo da dosagem devido a diferença do qual os grão se compactam entre si.

Construindo o site com todas as funcionalidades que o software e o aplicativo possuem

e fazendo com que estes acessem o site ao invés de possuírem uma interface gráfica própria

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permitiu uma atualização mais adequada, pois iria atualizar apenas a programação do site,

não necessitando grandes atualizações em cada plataforma.

O comedouro automatizado para cães seria um produto muito útil no mercado, a

começar pela sua autonomia que possibilitaria os donos de cães de pequeno porte, os quais

o projeto é destinado, a viajarem no máximo cinco dias deixando o reservatório cheio.

Outra conclusão importante é a eficácia da lógica no banco de dados, que, dividido em

duas tabelas, uma para inserção de registros e a outra para atualização, faz com que o

servidor não sobrecarregue com uma tabela muito extensa para armazenar todas as

informações que o sistema atualizou, pois o importante para o usuário é saber apenas o

último horário.

Por se tratar de um produto inexistente no mercado o torna passivo de muitas

melhorias as quais resultariam em um projeto mais completo, que conseguiria atender um

maior número de donos de cães, visto que esse projeto visa proporcionar maior conforto e

comodidade ao seu usuário além de buscar melhorar a saúde e qualidade dos cães, além de

auxiliar o veterinário a dar um diagnóstico mais preciso, ou seja, esse projeto além de auxiliar

a sanar possíveis problemas, ele também ajuda a prevenção dos mesmos.

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