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Open Space de Danilo Tiisel no dia 25/05/12- Incentivos fiscais na captação de recursos. #FLAC2012
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Conhecer os impostos e buscar
isenções e qualificações também
é captação de recursos
(ITCMD / ISS / ICMS / COFINS)
(OSCIP / UPF / CEBAS)
Michel Freller e Danilo Tiisel
Imunidades (limitação constitucional, de competência)
Isenções (direito de cobrar tributo não exercido)
Incentivos fiscais (dirigidos aos financiadores dos projetos socioambientais e culturais)
Benefícios tributários e incentivos fiscais
Imunidade
Limitação constitucional ao poder da União, Estados e municípios de instituir impostos sobre determinadas pessoas jurídicas ou situações
CF/1988 – artigo 150, inciso VI, alínea c : imunidade de impostos sobre o patrimônio, renda ou serviços relacionados com as finalidades essenciais das entidades de educação e assistência social sem fins lucrativos
Discussão - requisitos legais: Lei Complementar ou Lei Ordinária
MECANISMOS INDIRETOS PARA CAPTAÇÃO DE RECURSOS PÚBLICOS
Isenção
Desobrigação do pagamento de determinado tributo, observados os requisitos legais; matéria regulada por legislação infraconstitucional
Pode ser revogada a qualquer tempo (prazo)
A obrigação tributária nasce, mas a entidade é dispensada de pagar o tributo; há o direito de cobrar, mas ele não é exercido
MECANISMOS INDIRETOS PARA CAPTAÇÃO DE RECURSOS PÚBLICOS
DIFERENÇAS BÁSICAS ENTRE IMUNIDADE E ISENÇÃO
IMUNIDADE ISENÇÃO
Regida pela Constituição Federal. Regida por legislação infraconstitucional.
Não pode ser revogada, nem mesmo por Emenda Constitucional.
Pode ser revogada a qualquer tempo.
Não há o nascimento da obrigação tributária.
A obrigação tributária nasce, mas a entidade é dispensada de pagar o tributo.
Não há o direito de cobrar o tributo.
Há o direito de cobrar, mas ele não é exercido.
Podem organizações sem fins lucrativos exercer atividade de natureza econômica?
─ Previsão estatutária, atividade meio e aplicação nas finalidades
Inexiste na legislação brasileira proibição à prestação de serviços ou à comercialização de mercadorias por entidades do Terceiro Setor.
PROGRAMAS DE GERAÇÃO DE RENDA
Projetos de Geração de renda ofenderia o principio da livre concorrência? Seria abuso de poder econômico?
Argumento: adotam preços idênticos à concorrência, mas estão livres de impostos.
PROJETOS DE GERAÇÃO DE RENDAConcorrência Desleal e Abuso do poder Econômico
IVES GANDRA DA SILVA MARTINS: se exercerem atividades idênticas ou análogas às de outras empresas privadas não gozam de imunidade (art. 150, parágrafo 4º e art. 173, parágrafo 4º, da CF). Todavia, se NÃO forem de expressão econômica relevante e não caracterizarem concorrência desleal gozam de imunidade.
Argumento contrário: art. 150, VI, alínea a, CF:
Os resultados positivos auferidos com os programas de geração de renda, quando aplicados na assistência social e na educação – direitos sociais previstos na CF – não devem gerar impostos.
PROGRAMAS DE GERAÇÃO DE RENDAConcorrência Desleal e Abuso do poder Econômico
RUY BARBOSA NOGUEIRA: Por não possuírem capacidade contributiva e tendo o seu patrimônio, renda e os serviços imunes, qualquer exigência do imposto que incida sobre situação ou relação fática será NULA, por absoluta inconstitucionalidade.
As entidades de assistência social e educação são imunes (art. 150, VI, CF).
Município de São Paulo (Decreto 42.836/2003) - isenção específica para associações culturais e desportivas
Pelo decreto de São Paulo, o reconhecimento de imunidade deve ser renovado a cada três anos e o requerimento de isenção deve ser anual
ISS - Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza
GERAÇÃO DE RENDAAspectos Jurídicos
É uma questão interpretativa
Contribuinte do ICMS é qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize, com habitualidade ou em volume que caracterize intuito comercial, operações de circulação de mercadorias ou prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicações, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior.
PROGRAMAS DE GERAÇÃO DE RENDA
ICMS – Imposto sobre a circulação de mercadorias e serviços de transporte interestadual e intermunicipal e comunicação
IRPJ – Imposto de Renda Sobre Pessoa Jurídica (imunidade ou isenção dependendo do caso)
CSSL – Contribuição Social Sobre o Lucro (Imunidade, isenção ou não incidência)
PIS – Contribuição para o Programa de Integração Social (1% sobre folha de pagamento)
COFINS – Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social
PROGRAMAS DE GERAÇÃO DE RENDA
PROGRAMAS DE GERAÇÃO DE RENDA
COFINS
ATIVIDADES PRÓPRIAS ATIVIDADES NÃO PRÓPRIAS
IMUNES ----------------- 3,0%
ISENTAS ----------------- 7,6%
INSRF nº 247/2002, artigo 47, § 2º Atividades próprias
PROGRAMAS DE GERAÇÃO DE RENDA
Cofins
Receitas decorrentes de contribuições, doações, anuidades ou mensalidades recebidas de associados ou mantenedores, sem caráter contraprestacional direto, destinadas ao custeio e ao desenvolvimento dos objetivos sociais.
Receitas de atividades não próprias (decorrentes de atividades econômicas)
Prestação de serviços e/ou venda de mercadorias, mesmo que exclusivamente aos associados
Exploração de estacionamentos de veículos
Aluguel de imóveis
De aluguel ou taxa cobrada pela utilização de salões, auditórios, quadras, piscinas, campos esportivos, dependências e instalações
Outras
PROGRAMAS DE GERAÇÃO DE RENDA
Cofins
Conceito
Tributo de competência dos Estados ou Distrito Federal, previsto no art. 155, I da CF;
Incidência: transmissão não onerosa de quaisquer bens ou direitos.
“Art. 155, CF. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:
I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos”
Imposto sobre Transmissão "Causa Mortis" e Doação de Quaisquer Bens ou Direitos – ITCMD
ITCMDImunidade e Isenção
Imunidade de ITCMD para Instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos (Artigo 4º, do Decreto 46.655/2002)
Requerimento dirigido ao Delegado Regional Tributário (no Posto Fiscal), conforme modelo e relação de documentos previstos nos Anexos I, II, III, IV ou V;
Reconhecimento de Imunidade de ITCMD - Modelo do Anexo I
Reconhecimento de Imunidade (São Paulo)(CF, art. 150, VI, c, e § 4º; CTN, arts. 9º, IV e 14)
Transmissão por doação cujo valor não ultrapassar 2.500 (duas mil e quinhentas) UFESPs (o valor da Unidade Fiscal do Estado de São Paulo – UFESP, para o período de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2012 é de R$ 18,44); = R$ 46.100,00 - ano
Transmissões "causa mortis" e sobre doação de quaisquer bens ou direitos a entidades sem fins lucrativos, cujos objetivos sociais sejam vinculados à promoção dos direitos humanos, da cultura ou à preservação do meio ambiente (procedimentos - resoluções conjuntas)
Isenção do ITCMD (São Paulo) (Artigo 6º, inciso II, a e § 1 do Decreto 46.655/2002)
Isenção do ITCMD - Modelos dos Anexos III, IV ou V - Organizações cujos objetivos sociais sejam vinculados, respectivamente, à promoção da cultura, à preservação do meio ambiente ou à promoção dos direitos humanos, sem prejuízo da observância da disciplina prevista nas Resoluções Conjuntas SF/SC-1, de 23 de abril de 2002 , SF/SMA-1, de 26 de junho de 2002 , e SF/SJDC-1, de 5 de dezembro de 2002.
Procedimento (Imunidade e Isenção do ITCMD em SP) (Artigo 2º, Portaria CAT-15/2003; Decreto 46.655/02, arts. 4º, 6º e 7º)
A "Declaração de Reconhecimento de Imunidade ao - ITCMD" terá validade por 2 (dois) anos, contado da data da sua emissão, devendo ser renovada três meses antes do término dessa validade.
A "Declaração de Isenção do Imposto - ITCMD" terá validade pelo período de 1 (um) ano, contado da data da sua emissão, devendo ser renovada três meses antes do término dessa validade.
Procedimento (Imunidade e Isenção do ITCMD em SP) (Artigo 2º, Portaria CAT-15/2003; Decreto 46.655/02, arts. 4º, 6º e 7º)
Organizações culturais
Certificado de Reconhecimento de Instituição Cultural, emitido pela Secretaria da Cultura
Organizações ambientais
Certificado de Reconhecimento de Entidade Ambientalista, emitido pela Secretaria do Meio Ambiente,
Organizações que promovem os direitos humanos
Certificado de Reconhecimento de Entidade Promotora dos Direitos Humanos, emitido pela Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania,
Documentos Necessários – Isenção de ITCMD(Portaria CAT-15/2003, Anexos III, IV e V)
ENTIDADES SEM FINS LUCRATIVOS QUE PRESTAM SERVIÇOS GRATUITOS – DE
UTILIDADE PÚBLICA OU OSCIPs
Características
CEBASCertificado de Entidade Beneficente de Assistencia Social
Solicitado aos Ministérios de Educação, Assistência Social, ou Saúde
Permite a “isenção” da cota patronal (28% da folha) e outra contribuições sociais
Lei nº 9.249/95 - Beneficiários
Pessoas jurídicas podem fazer doações diretas a entidades civis, sem fins lucrativos, constituídas no Brasil, utilizando incentivo específico
As entidades devem prestar serviços gratuitos em benefício de interesse público
INCENTIVOS FISCAISDoação para entidades sem fins lucrativos que prestam
serviços gratuitos – de UPF ou OSCIPs
Lei nº 9.249/95
Promove-se a dedução do valor das doações como despesa operacional até o limite de 2% do lucro operacional
A declaração de Imposto de Renda da doadora deve ser com base no Lucro Real (vedado às de lucro presumido ou Simples)
34% da doação “recuperada” (deixa-se de pagar para ao Governo e investe-se na entidade); 66% da doação é efetiva
INCENTIVOS FISCAISDoação para entidades sem fins lucrativos que prestam
serviços gratuitos – de UPF ou OSCIPs
Lei nº 9.249/95 - Requisitos
Doações em dinheiro: crédito na conta corrente diretamente em nome da beneficiária
A Pessoa jurídica doadora deverá manter em arquivo declaração (modelo IN SRF 87/1996) da beneficiária comprometendo-se a aplicar integralmente os recursos na consecução dos objetivos sociais e não distribuir lucros, bonificações ou vantagens
Beneficiária reconhecida como de Utilidade Pública Federal ou OSCIP
INCENTIVOS FISCAISDoação para entidades sem fins lucrativos que prestam
serviços gratuitos – de UPF ou OSCIPs
INCENTIVOS FISCAISOrganizações da Sociedade Civil de Interesse Público
Qualificação outorgada pelo Ministério da Justiça
A entidade deverá cumprir os requisitos que repercutem principalmente no teor do estatuto social e nas práticas de gestão adotadas
Entidades que possuam uma das finalidades contidas no artigo 3º da lei de OSCIP