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COMISSÃO EUROPEIA DIRECÇÃO-GERAL FISCALIDADE E UNIÃO ADUANEIRA Política aduaneira Gestão do risco, segurança e controlos específicos Bruxelas, 29 de Junho de 2007 TAXUD/2006/1450 OPERADORES ECONÓMICOS AUTORIZADOS ORIENTAÇÕES

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COMISSÃO EUROPEIA DIRECÇÃO-GERAL FISCALIDADE E UNIÃO ADUANEIRA Política aduaneira Gestão do risco, segurança e controlos específicos

Bruxelas, 29 de Junho de 2007

TAXUD/2006/1450

OPERADORES ECONÓMICOS AUTORIZADOS ORIENTAÇÕES

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ÍNDICE

Índice ...............................................................................................................................................2 PARTE 1, Secção I .......................................................................................................................5

Introdução ...................................................................................................................................5 I.1 Como utilizar estas Orientações? ..............................................................................6 I.2. AEO – Simplificações Aduaneiras: .............................................................................7 I.3 AEO – Segurança e Protecção: .................................................................................7 I.4 AEO – Simplificações Aduaneiras / Segurança e Protecção:...............................8 I.5 Quem pode ser um AEO?...........................................................................................8

PARTE 1, Secção II ......................................................................................................................9 Como efectuar a auditoria ........................................................................................................9 II.1 Generalidades ................................................................................................................9 II.2 PME ...............................................................................................................................10 II.3 Factores que facilitam o processo de autorização.................................................11

II.3.1 Autorizações aduaneiras em vigor ...................................................................12 II.3.2 Certificações e conclusões apresentadas por peritos ...................................12 II.3.3 Sociedades-mãe e sociedades afiliadas com sistemas/procedimentos comuns 13

PARTE 1, Secção III ...................................................................................................................15 Benefícios AEO........................................................................................................................15 III.1 Menos controlos físicos e documentais ...................................................................15 III.2 Tratamento prioritário de remessas em caso de selecção para controlo ..........15 III.3 Escolha do local dos controlos ..................................................................................16 III.4 Acesso mais fácil a simplificações aduaneiras.......................................................16 III.5 Conjunto reduzido de dados para as declarações sumárias ...............................16 III.6 Notificação prévia ........................................................................................................17 III.7 Benefícios indirectos ...................................................................................................17 III.8 Melhores relações com as alfândegas.....................................................................18 III.9 Reconhecimento como um parceiro comercial seguro e protegido ....................18 III.10 Reconhecimento mútuo..........................................................................................18

PARTE 1, Secção IV...................................................................................................................19 A cadeia de abastecimento internacional e o conceito de segurança ............................19 IV.1 Parceiros comerciais...............................................................................................19 IV.2 Requisitos de segurança para parceiros comerciais .........................................19 IV.3 Partes interessadas numa cadeia de abastecimento internacional ....................22

IV.3.1 Fabricante ............................................................................................................23 IV.3.2 Exportador ...........................................................................................................23 IV.3.3 Transitário ............................................................................................................23 IV.3.4 Depositário...........................................................................................................24 IV.3.5 Despachante .......................................................................................................24 IV.3.6 Transportador......................................................................................................25 IV.3.7 Importador ...........................................................................................................25

IV.4 Condições de entrega (INCOTERMS 2000) em relação com a segurança da cadeia de abastecimento .......................................................................................................27

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PARTE 1, Secção V ....................................................................................................................28 Determinação do Estado-Membro competente para a apresentação de um pedido AEO ...........................................................................................................................................28 V.1 Generalidades ..............................................................................................................28 V.2 Empresas multinacionais: afiliadas...........................................................................28 V.3 Empresas multinacionais ou de grande dimensão: sucursais .............................29 V.4 Acessibilidade da documentação aduaneira ......................................................30

PARTE 1, Secção VI...................................................................................................................32 Controlo.....................................................................................................................................32 VI.1 Generalidades ..........................................................................................................32 VI.2 Planos de auditoria da gestão dos riscos ................................................................32

PARTE 2, Secção I .....................................................................................................................34 I.1 Critérios .........................................................................................................................34 I.2. Os riscos e pontos a ter em conta ............................................................................36

I.2.1 Secção I Informações relativas à empresa .........................................................36 I.2.1.1 Subsecção 1 Volume de negócios ..................................................................36 I.2.1.2 Subsecção 2 Estatísticas em matéria aduaneira ..........................................38 I.2.2 Secção II Registo de cumprimento das obrigações...........................................41 I.2.2.1 Subsecção 1 Cadastro relativamente às autoridades aduaneiras e a outras autoridades públicas pertinentes ..........................................................................42 I.2.1.2 Subsecção 2 Informações.................................................................................43 I.2.3 Secção III Sistema contabilístico e logístico dos requerentes .........................44 I.2.3.1 Subsecção 1 Pista de auditoria........................................................................45 I.2.3.2 Subsecção 2 Sistema contabilístico ................................................................46 I.2.3.3 Subsecção 3 Sistema de controlo interno ......................................................49 I.2.3.4 Subsecção 4 Fluxos de mercadorias .............................................................50 I.2.3.5 Subsecção 5 Práticas aduaneiras habituais .................................................54 I.2.3.6 Subsecção 6 Procedimentos relativos a cópia de segurança, recuperação e opções de contingência e arquivo .................................................................................55 I.2.3.7 Subsecção 7 Segurança das informações – protecção dos sistemas informáticos ..........................................................................................................................56 I.2.3.8 Subsecção 8 Segurança das informações – segurança da documentação 58 I.2.4 Secção IV Solvabilidade financeira ......................................................................60 I.2.4.1 Subsecção 1 Insolvência...................................................................................63 I.2.5 Secção V Requisitos de segurança e de protecção ..........................................64 I.2.5.1 Subsecção 1 Avaliação da segurança realizada pelo operador económico (auto-avaliação) ...................................................................................................................64 I.2.5.2 Subsecção 2 Entrada e acesso às instalações .............................................66 I.2.5.3 Subsecção 3 Segurança física.........................................................................67 I.2.5.4 Subsecção 4 Unidades de carga .....................................................................69 I.2.5.5 Subsecção 5 Processos logísticos ..................................................................71 I.2.5.6 Subsecção 6 Requisitos não fiscais ................................................................71 I.2.5.7 Subsecção 7 Mercadorias entradas ................................................................72 I.2.5.8 Subsecção 8 Armazenagem de mercadorias...............................................75 I.2.5.9 Subsecção 9 Produção de mercadorias.........................................................76

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I.2.5.10 Subsecção 10 Carga das mercadorias.......................................................77 I.2.5.11 Subsecção 11 Requisitos de segurança para parceiros comerciais .....80 I.2.5.12 Subsecção 12 Segurança do pessoal ........................................................81 I.2.5.13 Subsecção 13 Serviços externos.................................................................82

PARTE 3 .......................................................................................................................................84 I.1 Quadro de critérios aplicáveis aos diferentes intervenientes na cadeia de abastecimento ..........................................................................................................................84 I.2. Abreviaturas ................................................................................................................91

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PARTE 1, SECÇÃO I

Introdução

Conforme indicado na Comunicação da Comissão "Um quadro simples e sem papel para as alfândegas e os operadores económicos"1, e tal como solicitado pelos representantes das autoridades aduaneiras dos Estados-Membros, deveriam ser elaboradas orientações destinadas tanto às autoridades aduaneiras como aos operadores económicos com vista a garantir uma compreensão comum e uma aplicação uniforme da nova legislação aduaneira relacionada com o conceito de Operador Económico Autorizado (authorised economic operator - AEO), bem como a assegurar a transparência e a igualdade de tratamento dos operadores económicos2. As presentes Orientações não constituem um instrumento juridicamente vinculativo, sendo de carácter explicativo. O seu objectivo é proporcionar um instrumento que facilite a correcta aplicação pelos Estados-Membros das novas disposições jurídicas relativas a Operadores Económicos Autorizados. A última versão das Orientações AEO está disponível no sítio Internet da DG TAXUD sobre Alfândegas e Segurança: http://ec.europa.eu/taxation_customs/customs/policy_issues/customs_security/index_en.htm As Orientações AEO terão de ser desenvolvidas e explicadas com melhores práticas, depois da entrada em vigor das disposições AEO. Sem experiência prática e tendo em conta a situação muito específica e, em particular, as divergências entre empresas multinacionais e PME, é difícil nesta fase apresentar orientações mais pormenorizadas. No futuro poderão ser elaboradas melhores práticas quando tivermos mais experiência prática na utilização das Orientações AEO3. O presente documento contém notas explicativas sobre os critérios de qualificação para a obtenção do estatuto de Operador Económico Autorizado (AEO), ao abrigo do artigo 5º-A do Código Aduaneiro Comunitário, conforme alterado pelo Regulamento (CE) n.º 648/2005

1 JO C/2004/96, p. 10.

2 A fim de proporcionar uma abordagem à escala de toda a Comunidade, os indicadores e as descrições de risco constantes das presentes Orientações basearam-se no enquadramento COMPACT que estabelece um método comunitário de "melhores práticas" de avaliação dos riscos para fins da aplicação da regulamentação aduaneira, incluindo procedimentos simplificados. Além disso, na Parte 2 das presentes Orientações foi acrescentada uma nova secção relativa a normas de segurança e protecção.

3 O Comité do Código Aduaneiro sobre Regulamentação Aduaneira Geral será a instância adequada para debater e

alterar as Orientações AEO.

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(seguidamente designado CAC), e dos artigos 14.º-A a 14.º-Q das suas Disposições de Aplicação, conforme alteradas pelo Regulamento (CE) n.º 1875/2006 (seguidamente designado DAC). Os operadores económicos não têm qualquer obrigação de obter o estatuto AEO, pelo que se trata apenas de uma possibilidade que os operadores poderão utilizar com base na sua situação específica. Os AEO também não têm qualquer obrigação de exigir aos seus parceiros comerciais a obtenção do estatuto AEO4. Um Operador Económico Autorizado pode ser definido como um operador económico que é fiável em toda a Comunidade no contexto das suas operações de âmbito aduaneiro e que, por conseguinte, tem direito a usufruir de benefícios em toda a Comunidade. Um Certificado AEO, conforme estabelecido no artigo 14.º-B das DAC, proporciona um acesso mais fácil a simplificações aduaneiras ou permite ao seu titular beneficiar de facilidades no que diz respeito a controlos de segurança e protecção. Além disso, há benefícios que abrangem todas as categorias de AEO, nomeadamente a realização de menos controlos aduaneiros físicos e documentais (a menos que outra legislação comunitária estabeleça um número fixo). Os operadores económicos podem também solicitar um certificado conjunto ("simplificações aduaneiras" juntamente com "segurança e protecção") incluindo todos os benefícios supramencionados.

I.1 Como utilizar estas Orientações?

A Parte 1 das Orientações contém explicações e exemplos que podem servir de apoio no processo de tomada de decisão AEO, tanto para as autoridades aduaneiras como para os operadores económicos. A Parte 2 das Orientações contém um questionário com uma lista de pontos a ter em conta com vista a ajudar as autoridades aduaneiras e os operadores económicos a avaliar se os critérios AEO são respeitados. Há várias formas de abordar as questões especificadas no questionário: os mesmos requisitos podem ser satisfeitos utilizando diferentes meios e métodos. Em geral, a Parte 2 das Orientações contém o método de trabalho a seguir apresentado, que pode ser utilizado juntamente com o modelo COMPACT OEA5 que descreve uma metodologia de avaliação dos riscos para requerentes AEO:

O objectivo é avaliar os riscos existentes para cada requerente, de acordo com o quadro apresentado no final das Orientações. O que significa que a atenção incide apenas nos riscos e nos pontos a ter em conta relevantes, pelo que os requerentes não deveriam

4 Na Secção IV da Parte 1 são apresentados esclarecimentos mais pormenorizados.

5 http://ec.europa.eu/taxation_customs/customs/policy_issues/customs_security/index_en.htm#auth_eco

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responder a todas as perguntas se a informação já for do conhecimento da autoridade aduaneira ou se a pergunta não for relevante para a situação específica do requerente.

Todos os indicadores de risco constantes da Parte 2 das Orientações estão ligados a uma descrição de risco e a um ou vários pontos a ter em conta.

As descrições de risco clarificam se um indicador poderá ser importante. Os pontos a ter em conta podem ser utilizados para detectar se os riscos são efectivamente relevantes para um determinado operador e para investigar quais foram as medidas tomadas pelo operador para lidar com esses riscos.

I.2. AEO – Simplificações Aduaneiras:

O Certificado AEO – Simplificações Aduaneiras é emitido em nome de qualquer operador económico estabelecido na Comunidade que obedeça aos critérios de cumprimento das obrigações aduaneiras, de normas adequadas de manutenção de registos e de solvabilidade financeira. Estes critérios estão descritos mais pormenorizadamente nas Secções II, III e IV das Orientações. O titular deste certificado tem direito a: - um acesso mais fácil às simplificações aduaneiras enumeradas no n.º 1 do artigo 14.º-B das DAC; - menos controlos físicos e documentais; - tratamento prioritário quando seleccionado para controlo; - possibilidade de solicitar um local específico para esse controlo.

I.3 AEO – Segurança e Protecção:

O Certificado AEO – Segurança e Protecção é emitido em nome de qualquer operador económico estabelecido na Comunidade6 que obedeça aos critérios de cumprimento das obrigações aduaneiras, de normas adequadas de manutenção de registos e de solvabilidade financeira e que mantenha normas de segurança e protecção adequadas. As normas de segurança e protecção estão descritas na Secção V. O titular deste certificado tem direito a: - possibilidade de notificação prévia conforme descrito no n.º 2 do artigo 14.º-B das DAC;

6 A excepção à regra geral de estabelecimento na Comunidade está prevista no artigo 14.º-G e no n.º 2 do artigo

14.º-K das DAC. A excepção diz respeito apenas ao certificado AEO - Segurança e Protecção.

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- apresentação de um conjunto reduzido de dados para declarações sumárias conforme especificado no n.º 3 do artigo 14.º-B das DAC; - menos controlos físicos e documentais; - tratamento prioritário quando seleccionado para controlo; - possibilidade de solicitar um local específico para esse controlo. Na elaboração dos requisitos AEO/Segurança e Protecção, foram estudadas e, sempre que possível, integradas as normas de segurança e protecção (Quadro SAFE) da Organização Mundial das Alfândegas (WCO), as normas de segurança em vigor para o transporte marítimo e aéreo e a norma ISO/PAS 28001. A integração do Quadro SAFE da WCO era um aspecto muito importante, dado que o reconhecimento mútuo do estatuto de AEO seguro não poderia ser garantido sem uma base comum mundialmente reconhecida. Além disso, os serviços competentes da Comissão trabalharam em estreita ligação a fim de evitar a duplicação desnecessária de requisitos jurídicos em certificados de segurança e/ou protecção reconhecidos a nível internacional e europeu no domínio dos transportes marítimo, aéreo e terrestre de mercadorias. Desta forma, os requisitos podem ser compatíveis, o que permite o reconhecimento mútuo dos certificados de segurança por parte das autoridades.

I.4 AEO – Simplificações Aduaneiras / Segurança e Protecção:

O Certificado AEO – Simplificações Aduaneiras/Segurança e Protecção é emitido em nome de qualquer operador económico estabelecido na Comunidade que obedeça aos critérios de cumprimento das obrigações aduaneiras, de normas adequadas de manutenção de registos e de solvabilidade financeira, que mantenha normas adequadas de segurança e protecção e que deseje usufruir de todos os benefícios AEO. O titular desse certificado tem direito a todos os benefícios enumerados nos pontos I.2 e I.3 supra.

I.5 Quem pode ser um AEO?

Só podem ser aceites pedidos de estatuto AEO apresentados por operadores económicos que se encontrem nas condições definidas no ponto 12 do artigo 1.° das DAC, segundo o qual: «"Operador económico" é a pessoa que, no âmbito da sua actividade profissional, exerce actividades abrangidas pela legislação aduaneira.» Com base nesta definição, um fornecedor estabelecido na UE que não exerça actividades de âmbito aduaneiro e que forneça a um fabricante estabelecido na UE matérias-primas que já se encontram em livre prática não pode requer o estatuto AEO. Do mesmo modo, neste caso, o operador de transportes que apenas transporta mercadorias em livre prática dentro do território aduaneiro da Comunidade7 também não pode requer o estatuto AEO.

7 Pressupõe-se também que não está envolvido na comprovação do estatuto comunitário das mercadorias

transportadas, em aplicação do artigo 313.º das DAC.

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A definição de operador económico não restringe a noção de exercício de "actividades abrangidas pela legislação aduaneira" apenas ao exercício directo. Um fabricante que produz mercadorias para exportação pode requer o estatuto AEO mesmo que as formalidades de exportação sejam efectuadas por terceiros. O conceito de AEO – Segurança e Protecção está estreitamente ligado à gestão da cadeia de abastecimento. Os operadores que tratam mercadorias sujeitas a supervisão aduaneira ou que tratam dados relacionados com essas mercadorias podem requer o Certificado AEO – Segurança e Protecção.

PARTE 1, SECÇÃO II

Como efectuar a auditoria

II.1 Generalidades

O número de horas necessárias para efectuar uma auditoria AEO variará em função de uma série de factores, incluindo: - a dimensão e complexidade das operações dos requerentes; - a sua preparação e registos; - as informações e autorizações existentes na posse das autoridades aduaneiras (ver II.3.2); - a eventual necessidade de consulta entre autoridades aduaneiras; - a necessidade, quando adequado, de proceder a consultas com outras autoridades governamentais. Em muitos casos, as autoridades aduaneiras terão acesso directo a uma grande quantidade de informações já na sua posse sobre o requerente, como: - informações recolhidas quando os operadores económicos apresentaram pedidos de autorizações aduaneiras; - informações de auditorias aduaneiras e - informações constantes dos sistemas informáticos aduaneiros sobre a utilização diária de

procedimentos aduaneiros por parte do operador económico.

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Tanto quanto possível, as autoridades aduaneiras deveriam utilizar essas informações no processo de autorização AEO, a fim de reutilizar as informações de que já dispõem. Tal permitirá assegurar uma execução eficiente do processo de autorização. Se o requerente estabelecido na Comunidade for titular de uma autorização de procedimento simplificado, isso significa que várias componentes dos critérios AEO já foram examinadas quando da concessão da autorização de simplificação. Este facto deveria ser tido em consideração ao preparar a auditoria. As autoridades aduaneiras receberão também uma grande quantidade de informações sobre o requerente no pedido por este apresentado. As notas explicativas para o preenchimento do formulário de pedido constante do Anexo 1C das DAC contêm a lista das informações gerais a apresentar pelo requerente no seu pedido. Espera-se e recomenda-se também que os requerentes façam preparativos adequados antes da realização da auditoria. É essencial que o operador económico garanta um fluxo de comunicação fluido e coordenado entre os seus serviços relevantes, a fim de permitir um processo de auditoria eficiente.

II.2 PME

O conceito de pequenas e médias empresas está definido na Recomendação da Comissão de 6 de Maio de 2003 relativa à definição de micro, pequenas e médias empresas8, segundo a qual :

1. A categoria das micro, pequenas e médias empresas (PME) é constituída por empresas que empregam menos de 250 pessoas e cujo volume de negócios anual não excede 50 milhões de euros ou cujo balanço total anual não excede 43 milhões de euros.

2. Na categoria das PME, uma pequena empresa é definida como uma empresa que emprega menos de 50 pessoas e cujo volume de negócios anual ou balanço total anual não excede 10 milhões de euros.

3. Na categoria das PME, uma microempresa é definida como uma empresa que emprega menos de 10 pessoas e cujo volume de negócios anual ou balanço total anual não excede 2 milhões de euros.

O n.º 2 do artigo 14.º-A das DAC estabelece como obrigação jurídica que "as autoridades aduaneiras devem ter em conta as características específicas dos operadores económicos, em especial das pequenas e médias empresas." Os critérios AEO são aplicáveis a todas as empresas independentemente da sua dimensão. Contudo, os meios para o cumprimento das obrigações aduaneiras variarão e estarão em relação directa com a dimensão e complexidade da empresa, o tipo de mercadorias em causa, etc.

8 JO L 124/2003

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Por exemplo, todos os requerentes que solicitem uma autorização AEO/Segurança e Protecção terão de demonstrar a adequação da segurança física das suas instalações. Tal poderá incluir: • um fabricante de grande dimensão que tenha um muro/vedação do perímetro, guardas de

segurança e câmaras CCTV (sistemas de televisão em circuito fechado), etc.; • um despachante a trabalhar num único gabinete num edifício com fechaduras nas portas,

janelas e arquivos. Um outro exemplo seria que uma PME cumprisse o requisito de identificação das pessoas autorizadas (empregados, visitantes) por outros meios que não os baseados na utilização de crachás. Outro exemplo, relacionado com o requisito de manutenção de registos: todos os requerentes que solicitam um Certificado AEO – Simplificações Aduaneiras terão de demonstrar que dispõem de um bom sistema de manutenção de registos que facilite os controlos aduaneiros por auditoria. Tal poderá incluir: • um requerente de grande dimensão que disponha de um sistema integrado de registo

electrónico que facilite directamente a realização de auditorias por parte das autoridades aduaneiras;

• uma PME que disponha apenas de um sistema simplificado de manutenção de registos em suporte papel.

Para mais exemplos, consultar: - Secção IV.2 da Parte 1 - Secção III da Parte 2, nota de pé-de-página 18 - Secção IV - Introdução.

II.3 Factores que facilitam o processo de autorização

A fim de acelerar o tratamento dos pedidos, as autoridades aduaneiras deveriam, na medida do possível, utilizar as informações de que já dispõem sobre os requerentes AEO, a fim de reduzir o tempo necessário para a realização da pré-auditoria. Tal incluirá informações de:

• pedidos anteriores de autorizações aduaneiras; • informações já comunicadas à autoridade aduaneira; • auditorias aduaneiras; • procedimentos aduaneiros utilizados/declarações apresentadas pelo requerente; • auto-avaliação efectuada pelo requerente antes da apresentação do pedido; • normas existentes do requerente e • conclusões existentes dos peritos relevantes, conforme estabelecido no n.º 2 do artigo

14.º-N das DAC.

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Contudo, as alfândegas poderão verificar novamente os critérios já satisfeitos, a fim de se assegurarem que ainda continuam válidos. Além disso, as autoridades aduaneiras terão também em conta determinadas normas reconhecidas internacionalmente relevantes para a autorização AEO, que o requerente satisfaz e que lhes foram comunicadas pelo requerente. (No questionário é acrescentada uma coluna específica para possíveis normas conexas, a fim de fornecer orientações às autoridades aduaneiras. A lista de normas não é exaustiva.)

II.3.1 Autorizações aduaneiras em vigor

Quando um operador económico solicita um Certificado AEO, deveria ser tida em conta a avaliação dos critérios já examinados para outras autorizações aduaneiras. Tal permitirá reduzir o tempo necessário para a realização da auditoria. No entanto, poderá ser necessário verificar os critérios já preenchidos a fim de assegurar que ainda continuam válidos.

II.3.2 Certificações e conclusões apresentadas por peritos

A legislação garante o reconhecimento automático de normas segurança e protecção para agentes reconhecidos [n.º 3 do artigo 14.º-K das DAC]. Esse reconhecimento automático deveria ser aplicado aos estabelecimentos do requerente que adquiriram o estatuto de agente reconhecido. Conforme estabelecido no n.º 4 do artigo 14.º-K das DAC, os critérios de segurança e protecção serão também considerados cumpridos na medida em que os critérios para a emissão de um certificado sejam idênticos ou correspondam aos estabelecidos nas DAC, se o requerente, estabelecido na Comunidade, dispuser de um dos seguintes documentos:

• Um certificado de segurança e/ou protecção internacionalmente reconhecido emitido com base em convenções internacionais;

• Um certificado europeu de segurança e/ou protecção emitido com base em legislação comunitária;

• Uma norma internacional da Organização Internacional de Normalização; • Uma norma europeia das organizações europeias de normalização.

Isto só é válido para certificações emitidas por certificadores acreditados internacionalmente9 ou por autoridades nacionais competentes. As certificações emitidas por outros podem ser tidas em conta de acordo com o estabelecido no n.º 2 do artigo 14.º-N das DAC, quando adequado. Em consequência, as Orientações foram actualizadas com a inclusão de uma coluna para normas internacionais em vigor. (No entanto, na ausência de experiência prática, a lista não é exaustiva.) Isso significa que a auditoria demorará menos tempo e que será mais fácil para o operador 9 MLA (Multilateral Recognition Arrangement – Acordo de reconhecimento multilateral) ou MRA (Mutual

Recognition Arrangement – Acordo de reconhecimento mútuo). Ver também www.european-accreditation.org

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económico já conforme avaliar, antes da apresentação de um pedido, se satisfaz os critérios que são idênticos ou comparáveis, na medida das semelhanças existentes entre os critérios dos certificados internacionais e os critérios AEO. As normas mais relevantes identificadas até à data são várias normas ISO (por exemplo, ISO 9001, 14001, 20858, 28000, 28001 e 28004) e o código ISPS10. O facto de se ser titular de uma determinada certificação ISO não significa automaticamente que os critérios AEO específicos estejam satisfeitos. Por vezes, a certificação ISO está conforme com os critérios AEO, mas outras vezes não está plenamente conforme, pelo que o requerente deverá satisfazer requisitos adicionais. O cumprimento verificável dos requisitos e normas de segurança estabelecidos por organizações intergovernamentais, como a Organização Marítima Internacional (IMO), a Comissão Económica para a Europa das Nações Unidas (UNECE) e a Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO), pode igualmente constituir um cumprimento parcial ou total dos critérios de segurança, na medida em que os requisitos sejam idênticos ou comparáveis. Além disso, as autoridades aduaneiras podem, conforme estabelecido no n.º 2 do artigo 14.º-N das DAC, aceitar conclusões apresentadas por um perito em matéria de manutenção de registos, de solvabilidade financeira ou de normas de segurança e protecção.

II.3.3 Sociedades-mãe e sociedades afiliadas com sistemas/procedimentos comuns

Cada sociedade afiliada que deseje solicitar o estatuto AEO deve preencher um formulário de pedido separado11.

No entanto, se as sociedades afiliadas aplicarem os mesmos procedimentos/normas empresariais nas suas actividades de âmbito aduaneiro, o questionário12, constante da Parte 2 das Orientações, poderá ser preenchido pela sociedade-mãe em nome de todas as afiliadas que apresentaram um pedido. Neste caso, a autoridade aduaneira pode receber um grande número de formulários de pedidos, mas apenas um questionário preenchido abrangendo todos os pedidos no que diz respeito aos critérios que podem ser comuns a todas as sociedades afiliadas, principalmente os constantes das Secções 3 e 5 da Parte 2.

10 Estas normas podem ser consideradas como certificados de segurança e protecção nos termos do n.º 4 do artigo

14.º-K e como conclusões de um perito nos termos do n.º 2 do artigo. 14.º-N, se estiverem relacionadas com a manutenção de registos.

11 Ver igualmente a explicação na Secção V.1 da Parte 1. A definição de sociedades afiliadas está consignada na Directiva 90/435/CEE do Conselho, bem como na legislação nacional.

12 A utilização do questionário é explicada na Secção I.1.

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Esta solução não é apenas aplicável a situações em que a sociedade-mãe e as suas sociedades afiliadas estão estabelecidas no mesmo Estado-Membro. É também aplicável a situações em que a sociedade-mãe tem sociedades afiliadas noutros Estados-Membros. Quando necessário, as autoridades aduaneiras nacionais deveriam preparar os seus processos de pedido AEO, incluindo procedimentos de consulta, com outras administrações aduaneiras em conformidade. Isto é especialmente recomendado nos casos em que a sociedade-mãe e as suas sociedades afiliadas já são titulares de uma autorização única europeia.

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PARTE 1, SECÇÃO III

Benefícios AEO

É de salientar que o Certificado AEO é emitido em nome do requerente e não dos seus clientes. Por conseguinte, os benefícios só podem ser utilizados pelo AEO. Este é um princípio geral para todos os tipos de operadores na cadeia de abastecimento internacional.

Os benefícios AEO, que dependem do tipo de certificado, são resumidos em seguida13.

III.1 Menos controlos físicos e documentais

Este benefício será aplicável a partir de 1 de Janeiro de 2008, abrangendo todas as categorias de AEO. O n.º 4 do artigo 14.º-B das DAC estabelece que os AEO serão sujeitos a menos controlos físicos e documentais que os outros operadores económicos. Isso significa que um AEO terá uma classificação de risco inferior e beneficiará de passagens nas fronteiras mais rápidas (consoante o tipo de certificado). O titular de um Certificado AEO terá uma classificação de risco inferior em todos os Estados-Membros, dado que o estatuto é reconhecido em todos os Estados-Membros em aplicação do artigo 5.º-A do Código Aduaneiro Comunitário. A classificação de risco inferior deveria ser integrada nos sistemas de gestão dos riscos e de movimentos aduaneiros, a fim de permitir a utilização deste benefício nas operações diárias do AEO.

III.2 Tratamento prioritário de remessas em caso de selecção para controlo

Este benefício será aplicável a partir de 1 de Janeiro de 2008, abrangendo todas as categorias de AEO. Se, na sequência da análise de risco, a estância aduaneira seleccionar para exame complementar uma remessa coberta por uma declaração sumária ou por uma declaração aduaneira apresentada por um AEO, essa autoridade efectuará os controlos necessários a título prioritário. Isso significa que a remessa deveria ser controlada em primeiro lugar, caso sejam também seleccionadas outras remessas de operadores que não sejam AEO.

13 Ver igualmente o artigo 14.º-B das DAC, com a redacção que lhe foi dada pelo Regulamento n.º 1875/2006.

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III.3 Escolha do local dos controlos

Este benefício será aplicável a partir de 1 de Janeiro de 2008, abrangendo todas as categorias de AEO. Um AEO pode solicitar a deslocação de um controlo aduaneiro para outro local caso tal permita reduzir o atraso ou os custos daí decorrentes para o AEO. Contudo, essa deslocação do controlo está sujeita a acordo da autoridade aduaneira em causa.

III.4 Acesso mais fácil a simplificações aduaneiras

Este benefício será aplicável a partir de 1 de Janeiro de 2008, abrangendo os titulares de Certificados AEO – Simplificações Aduaneiras ou de Certificados AEO – Simplificações Aduaneiras/Segurança e Protecção. Os operadores económicos não precisam de ter o estatuto AEO para obterem uma autorização de simplificação prevista na legislação aduaneira. Contudo, se a pessoa que solicita uma simplificação for titular de um Certificado AEO – Simplificações Aduaneiras (ou de um certificado conjunto), a autoridade aduaneira não reexaminará as condições que já foram analisadas quando da concessão do estatuto AEO. Os critérios considerados satisfeitos por um AEO constam do artigo relevante da simplificação específica, sendo a seguir apresentada uma lista: Domiciliação Artigo 264.º, n.º 3 Declaração simplificada Artigo 261.º, n.º 4; artigo 270.º, n.º 5 Serviço de linha regular Artigo 313.º-B, alínea a) do n.º 3 Prova do carácter comunitário/expedidor autorizado

Artigo 373.º, n.º 3

Prova do carácter comunitário/artigo 324.º-E Artigo 373.º, n.º 3 Simplificações de trânsito Artigo 373.°, n.º 3 e artigo 454.°-A, n.º 5 Exemplar de controlo T5/artigo 912.º-G Não especificado, mas inerente no artigo

912.º-G, n.º 4

III.5 Conjunto reduzido de dados para as declarações sumárias

Este benefício será aplicável a partir de 1 de Julho de 2009, abrangendo os titulares de Certificados AEO – Segurança e Protecção ou de Certificados AEO – Simplificações Aduaneiras/Segurança e Protecção. Os importadores AEO e os exportadores AEO têm automaticamente direito a apresentar declarações sumárias com um conjunto reduzido de informações. O conjunto reduzido de dados é apresentado no Quadro 5 do Anexo 30A das DAC.

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Os transportadores AEO, os transitários AEO e os despachantes AEO podem utilizar este benefício apenas em relação aos seus clientes que são titulares de um Certificado AEO – Segurança e Protecção ou de um Certificado AEO – Simplificações Aduaneiras/Segurança e Protecção.

III.6 Notificação prévia

Este benefício será aplicável a partir de 1 de Julho de 2009, abrangendo titulares de Certificados AEO – Segurança e Protecção ou de um certificado conjunto. Quando um AEO entrega uma declaração sumária, a estância aduaneira competente pode, antes da partida das mercadorias da Comunidade ou da sua chegada à Comunidade, notificar o AEO quando, em resultado da análise dos riscos de segurança e protecção, a remessa tiver sido seleccionada para controlo físico suplementar. Esta informação só será comunicada caso não prejudique o controlo a efectuar. Contudo, as autoridades aduaneiras podem efectuar um controlo físico mesmo quando o AEO não foi notificado.

III.7 Benefícios indirectos

Qualquer operador económico que satisfaça os critérios e adquira o estatuto AEO pode usufruir de benefícios que não estão directamente ligados aos aspectos aduaneiros da sua actividade comercial.

O investimento feito pelos operadores na melhoria das suas normas de segurança e protecção pode ter efeitos positivos nas seguintes áreas: visibilidade e rastreabilidade, segurança do pessoal, desenvolvimento de normas, selecção de fornecedores e investimento, segurança do transporte e dos meios de transporte, sensibilização e competências em matéria de infra-estruturas organizativas, colaboração entre as partes da cadeia de abastecimento, investimentos em tecnologia proactiva e cumprimento voluntário das regras de segurança.

São a seguir apresentados alguns exemplos dos benefícios indirectos que podem resultar destes efeitos positivos:

• Diminuição dos furtos e das perdas; • Menos remessas em atraso; • Melhor planeamento; • Maior fidelização dos clientes; • Maior empenhamento dos empregados; • Menos incidentes de segurança e protecção; • Redução dos custos de inspecção dos fornecedores e maior cooperação; • Diminuição de actos criminosos e de vandalismo; • Menos problemas decorrente do reconhecimento do trabalho dos empregados; • Melhoria da segurança e da comunicação entre os parceiros da cadeia de abastecimento.

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III.8 Melhores relações com as alfândegas

A fim de permitir uma boa cooperação entre as autoridades aduaneiras e o AEO, recomenda-se que o AEO tenha acesso a um centro de serviço ou a uma pessoa de contacto na autoridade aduaneira à qual possa colocar as suas questões. O centro de serviço poderá não ser capaz de responder a todas as perguntas, mas serviria de ponto de contacto inicial com as autoridades aduaneiras e orientaria o AEO sobre a melhor forma de proceder e quem contactar.

III.9 Reconhecimento como um parceiro comercial seguro e protegido

O AEO que preencha os critérios relativos à segurança e protecção é considerado um parceiro seguro e protegido na cadeia de abastecimento. Tal significa que o AEO envida todos os esforços possíveis para reduzir as ameaças à cadeia de abastecimento em que participa. O estatuto AEO promove a sua reputação. Além disso, o facto de ser um parceiro seguro e protegido da cadeia de abastecimento permite beneficiar de facilidades em termos de controlos de segurança. Por conseguinte, o AEO pode ser escolhido como parceiro comercial em vez de um operador não-AEO, quando um outro operador económico procura novos parceiros comerciais.

III.10 Reconhecimento mútuo

O objectivo da Comunidade é obter o reconhecimento mútuo em matéria de segurança e protecção AEO relativamente a todos os países que aplicam um programa AEO ou equivalente. Desta forma, um operador com o estatuto de segurança e protecção AEO/CE usufruiria de benefícios em países terceiros idênticos aos dos AEO estabelecidos nesses países. Globalmente, tal asseguraria uma maior previsibilidade nas suas operações de comércio internacional. Sujeito às disposições do acordo internacional relevante entre a CE e o país terceiro, um operador com estatuto de segurança e protecção AEO/CE poderia não ter necessidade de solicitar o estatuto AEO/país terceiro no país em causa, dado que o certificado CE poderia ser reconhecido por esse terceiro. É fundamental o reconhecimento mútuo não só dos AEO, mas também das normas de controlo e dos controlos. Dado que um número elevado de membros da Organização Mundial das Alfândegas (WCO) se comprometeu a aplicar o Quadro SAFE da WCO, a implementação de medidas comparáveis a uma escala internacional e, dessa forma, o reconhecimento mútuo em determinadas zonas do mundo tornar-se-ão uma realidade.

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PARTE 1, SECÇÃO IV

A cadeia de abastecimento internacional e o conceito de segurança

Este capítulo diz respeito aos requentes do Certificado AEO - Segurança e Protecção ou de um certificado conjunto. Numa perspectiva aduaneira, a cadeia de abastecimento internacional de extremo-a-extremo representa o processo desde o fabrico das mercadorias destinadas a exportação até à entrega das mercadorias ao destinatário efectivo noutro território aduaneiro (seja este o território aduaneiro da CE ou outro território aduaneiro). A cadeia de abastecimento internacional não é uma entidade identificável distinta. É sim uma série de componentes ad hoc constituída por operadores que representam vários segmentos do sector empresarial. Em alguns casos, os operadores são todos conhecidos e pode existir uma relação de longa data, enquanto noutros casos os operadores podem mudar frequentemente ou só se juntar para uma única operação.

IV.1 Parceiros comerciais

Numa perspectiva aduaneira, os parceiros comerciais mencionados no n.º 1, alínea e), do artigo 14.º-K das DAC podem ter a possibilidade de solicitar o estatuto AEO14, mas, se decidirem não recorrer a essa possibilidade, deveriam oferecer garantias aos outros membros da cadeia de abastecimento no que diz respeito à segurança e protecção. Todos os operadores da cadeia de abastecimento situados entre o exportador/fabricante e o destinatário podem ser considerados parceiros comerciais.

IV.2 Requisitos de segurança para parceiros comerciais

O n.º 1, alínea e), do artigo 14.º-K das DAC estipula que as normas de segurança e protecção relativas a parceiros comerciais serão consideradas adequadas quando "o requerente aplica medidas que permitem uma identificação clara dos seus parceiros comerciais, a fim de proteger a cadeia de abastecimento internacional." Os Operadores Económicos Autorizados só podem ser responsabilizados pela sua parte da cadeia de abastecimento, pelas mercadorias que estejam sob a sua custódia e pelas instalações em que trabalham. Contudo, estão também dependentes das normas de segurança dos seus parceiros comerciais para garantir a segurança das mercadorias sob a sua custódia. 14 Se estiverem estabelecidos na Comunidade, como princípio geral.

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A fim de satisfazer este requisito, os AEO deveriam, ao celebrar novas modalidades contratuais com um parceiro comercial, incentivar a outra parte contratante a avaliar e aumentar a segurança da sua cadeia de abastecimento e, na medida do possível para o seu modelo comercial, incluir esses aspectos nessas modalidades contratuais. Além disso, recomenda-se ao AEO que conserve a documentação comprovativa relativa a este aspecto, a fim de demonstrar que envidou esforços para assegurar que os seus parceiros comerciais satisfaçam esses requisitos. O AEO pode igualmente analisar informações comerciais relevantes referentes à outra parte contratante antes do estabelecimento de relações contratuais. Exemplos do modo como um AEO pode aumentar a segurança da sua cadeia de abastecimento são: - A cadeia de abastecimento pode ser considerada plenamente protegida se o AEO for

responsável por toda a cadeia de abastecimento, por exemplo, o AEO funciona como exportador e transportador;

- O AEO trabalha com outros AEO ou com operadores equiparáveis15; - O AEO estabelece modalidades contratuais relativas à segurança com os seus parceiros

comerciais; - Os subcontratantes (por exemplo, transportadores) utilizados pelo AEO são escolhidos com

base na sua adesão a determinas regras de segurança; - Os contentores são selados com "selos de alta segurança" da norma ISO-PAS 17712; - Os contentores são inspeccionados nas instalações do subcontratante, no terminal e nas

instalações do destinatário a fim de verificar que foram correctamente selados; - As informações gerais provenientes de organismos responsáveis pelo registo das sociedades

(sempre que possível) e dos produtos dos parceiros (mercadorias de risco e sensíveis, etc.) são consideradas antes do estabelecimento de modalidades contratuais;

- O AEO exige uma declaração de segurança16; - São utilizadas instalações que são regidas por certificados de segurança internacionais ou

europeus (por exemplo, Código ISPS e agentes reconhecidos). Quando um AEO tem conhecimento que um dos seus parceiros comerciais que participa na cadeia de abastecimento internacional não dispõe de normas estabelecidas adequadas em matéria de segurança e protecção, esse AEO tomará imediatamente medidas adequadas para aumentar, na medida do possível, a segurança da cadeia de abastecimento. Relativamente a remessas transferidas de parceiros comerciais desconhecidos, recomenda-se que o AEO tome medidas para garantir que os riscos de segurança relacionados com parceiros comerciais desconhecidos possam ser limitados a um nível aceitável. Caso o AEO detecte

15 A declaração sumária apresentada pelo AEO reflectirá sempre esta situação, dado que os números de

identificação AEO relevantes serão indicados em cada casa para cada parceiro comercial do AEO (por exemplo, as casas para "transportador", "destinatário" e "expedidor").

16 A título de exemplo, ver a Parte 3.18 da ISO/PAS: "uma declaração de segurança é um compromisso documentado de um parceiro comercial que especifica as medidas de segurança implementadas por esse parceiro comercial, incluindo, no mínimo, o modo como são salvaguardadas as mercadorias e instrumentos físicos do comércio internacional, como são protegidas as informações associadas e como são demonstradas e verificadas as medidas de segurança."

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dificuldades no cumprimento das obrigações, deve informar as autoridades aduaneiras dessas ocorrências.

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IV.3 Partes interessadas numa cadeia de abastecimento internacional Na cadeia de abastecimento internacional há várias partes interessadas que, de acordo com a sua participação nessa cadeia, têm responsabilidades diferentes. A fim de avaliar as capacidades do operador em matéria de segurança da cadeia de abastecimento, devem ser cumpridos diferentes conjuntos de critérios consoante a responsabilidade do operador dentro da cadeia de abastecimento. Por conseguinte, são seguidamente apresentados, do ponto de vista aduaneiro, os diferentes tipos de operadores económicos e as suas diferentes responsabilidades na cadeia de abastecimento internacional. O quadro de critérios com todas as subsecções para as partes interessadas pode ser consultado na Parte 3 das Orientações17. Contudo, nesta fase não é possível enumerar todos os intervenientes na cadeia de abastecimento internacional. A lista apresentada infra pode ser actualizada quando as autoridades aduaneiras adquirirem maior experiência prática sobre a aplicação do sistema AEO.

17 Na Parte 3 é apresentada uma explicação mais pormenorizada.

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IV.3.1 Fabricante

A responsabilidade do fabricante na cadeia de abastecimento internacional pode ser considerada do seguinte modo:

• Assegurar um processo seguro e protegido de fabrico dos seus produtos.

• Assegurar um fornecimento seguro e protegido dos seus produtos aos seus clientes.

IV.3.2 Exportador

Um exportador é, nos termos do artigo 788.º das DAC, a parte que faz, ou em nome de quem é feita, a declaração de exportação e que é o proprietário da mercadoria ou tem um direito similar de dispor sobre a mesma, no momento em que a declaração é aceite. Quando a propriedade ou o benefício de um direito similar de dispor das mercadorias pertence a uma pessoa estabelecida fora da Comunidade nos termos de um contrato no qual se baseia a exportação, considera-se como exportador a parte contratante estabelecida na Comunidade. A responsabilidade do exportador na cadeia de abastecimento internacional pode ser considerada do seguinte modo:

• Responsável pela exactidão da declaração de exportação e pela sua apresentação em devido tempo, se a declaração de exportação for apresentada pelo exportador.

• Se a declaração de exportação for apresentada pelo exportador, responsável pela

apresentação de uma declaração de exportação que contenha os elementos da declaração sumária de saída, a partir do momento em que entrarem em vigor, a 1 de Julho de 2009, as disposições relativas à declaração sumária de saída.

• Responsável pelo cumprimento das formalidades de saída legais em conformidade com as

regras aduaneiras, incluindo as medidas de política comercial e, sempre que adequado, os direitos de exportação.

• Responsável por garantir um abastecimento seguro e protegido das mercadorias ao

transportador, transitário ou despachante.

IV.3.3 Transitário

O transitário organiza o transporte de mercadorias no comércio internacional em nome de um exportador, de um importador ou de outra pessoa. Em alguns casos, o transitário requerente presta ele próprio o serviço e funciona como um transportador. A actividade típica do transitário pode incluir: obtenção, verificação e preparação da documentação com vista a satisfazer as obrigações aduaneiras.

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A responsabilidade do transitário na cadeia de abastecimento internacional pode ser considerada do seguinte modo:

• Aplicar as regras relativas a formalidades de transporte

• Assegurar, se relevante, um transporte de mercadorias seguro e protegido

• Aplicar, se relevante, as regras relativas a declarações sumárias em conformidade com a legislação

IV.3.4 Depositário

O depositário é uma pessoa autorizada a gerir um entreposto aduaneiro, nos termos do artigo 99.° do Código Aduaneiro Comunitário, ou uma pessoa que explora um armazém de depósito temporário, nos termos do n.º 1 do artigo 51.º do Código e do n.º 1 do artigo 185.º das DAC. A responsabilidade do depositário na cadeia de abastecimento internacional pode ser considerada do seguinte modo:

• Assegurar que as mercadorias não são subtraídas à fiscalização aduaneira enquanto permanecerem num entreposto aduaneiro ou em depósito temporário.

• Cumprir as obrigações resultantes da armazenagem das mercadorias sujeitas ao regime de entreposto aduaneiro ou a regras relativas a depósito temporário.

• Observar as condições específicas estabelecidas na autorização do entreposto aduaneiro ou do armazém de depósito temporário.

• Assegurar a protecção adequada da área de armazenagem contra a intrusão de terceiros.

• Assegurar a protecção adequada contra o acesso não autorizado, a substituição e a manipulação ilícita das mercadorias.

IV.3.5 Despachante

O despachante referido nas presentes Orientações AEO designa um representante aduaneiro de acordo com o estabelecido no artigo 5.° do Código Aduaneiro Comunitário. O representante aduaneiro age em nome de uma pessoa que desenvolve actividades comerciais de carácter aduaneiro (por exemplo, um importador ou exportador). O representante aduaneiro pode agir em nome dessa pessoa (representação directa) ou em seu próprio nome (representação indirecta)18.

18 É de salientar que, no que se refere ao certificado AEO - Segurança e Protecção, os critérios de segurança incidem

sobretudo na protecção das instalações em que estão armazenadas as mercadorias ou na protecção dos contentores. Apenas um número limitado de critérios (como "segurança do pessoal") pode ser satisfeito pelos

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A responsabilidade do despachante na cadeia de abastecimento internacional pode ser considerada do seguinte modo:

• Aplicar as disposições necessárias em conformidade com a regulamentação aduaneira específica para o tipo de representação em causa, para fins de apresentação das mercadorias ao abrigo de um regime aduaneiro.

• Em caso de representação indirecta, responsável pela exactidão da declaração aduaneira ou sumária e pela sua apresentação em devido tempo.

IV.3.6 Transportador

O transportador é a pessoa que transporta efectivamente as mercadorias ou que está encarregue ou é responsável pela exploração do meio de transporte.

A responsabilidade do transportador na cadeia de abastecimento internacional pode ser considerada do seguinte modo:

• Garantir um transporte seguro e protegido das mercadorias, em particular evitando o acesso não autorizado ou a manipulação ilícita dos meios de transporte e das mercadorias transportadas.

• Fornecer a documentação de transporte necessária.

• Cumprir as formalidades legais necessárias em conformidade com a legislação aduaneira.

IV.3.7 Importador

O importador é um operador em cujo nome é passada uma declaração de importação. A responsabilidade do importador na cadeia de abastecimento internacional pode ser considerada do seguinte modo:

• Se não designou um representante indirecto perante as autoridades aduaneiras, responsável por atribuir um tratamento ou utilização aprovado pelas alfândegas às mercadorias apresentadas à alfândega.

• Se a declaração de importação for apresentada pelo importador, responsável pela exactidão da declaração e pela sua apresentação em devido tempo.

despachantes que tratam apenas da elaboração de declarações aduaneiras e que não exercem actividades de depositário nem de transitário. Além disso, não há correlação alguma entre o tipo de representação (directa ou indirecta) e a gama de tarefas executada por um despachante (trabalho de documentação aduaneira apenas ou também de entreposto, transporte, etc.).

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• O importador pode ser o operador que apresenta a declaração sumária de entrada quando

as disposições relevantes entrarem em vigor a partir de 1 de Julho de 2009 e, por conseguinte, poderá ser responsável pela aplicação correcta das regras relativas a declarações sumárias.

• Cumprir as formalidades legais necessárias em conformidade com as regras aduaneiras

aplicáveis à importação de mercadorias.

• Garantir uma recepção segura e protegida das mercadorias, em especial evitando o acesso não autorizado e a sua manipulação ilícita.

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IV.4 Condições de entrega (INCOTERMS 2000) em relação com a segurança da cadeia de abastecimento

Decorre do exposto que os conceitos de "importador", "exportador" ou outra parte na cadeia de abastecimento estão definidos na legislação aduaneira e que as definições têm apenas uma relação muito limitada com as condições de entrega. As condições de entrega surgem no momento em que um vendedor e um comprador celebram um contrato. É uma ferramenta que pode ser utilizada para aumentar a segurança da transacção. Outras partes do contrato podem conter requisitos de segurança adicionais, nomeadamente avisos prévios de mercadorias ou o procedimento de selagem. Os INCOTERMS ICC/ECE da Câmara de Comércio Internacional, bem como o seu significado, estão incorporados no Anexo 38 das DAC (Título II, caixa 20). Os INCOTERMS constituem um bom guia sobre a influência que um operador pode ter na segurança da cadeia de abastecimento. Por conseguinte, a fim de proteger a sua cadeia de abastecimento, recomenda-se que o comprador AEO, tendo em conta a sua dimensão e ambiente empresarial, só deveria celebrar contratos que lhe dêem a maior influência possível na escolha dos prestadores de serviços de transporte (expedidores, transportadores). Isto pelo facto de, ao ter influência na escolha dos prestadores de serviços de transporte, o comprador AEO fica a saber quais são os fornecedores que estão empenhados em salvaguardar a sua cadeia de abastecimento e os que não estão. Recomenda-se ao exportador AEO que faça o mesmo em sentido inverso. Contudo, as autoridades aduaneiras têm de tomar em consideração as operações das PME. Esta é uma obrigação legal nos termos do n.º 2 do artigo 14.º-A das DAC, que estabelece que "as autoridades aduaneiras devem ter em conta as características específicas dos operadores económicos, em especial das pequenas e médias empresas." As PME não têm a mesma capacidade que as empresas de maior dimensão para influir na segurança da cadeia de abastecimento. As autoridades aduaneiras não podem esperar que uma PME tenha responsabilidades na cadeia de abastecimento idênticas às de um operador multinacional. Os restantes riscos para um operador decorrentes das diferentes cadeias de abastecimento serão considerados quando as autoridades aduaneiras seleccionarem remessas para controlos de segurança e protecção. Cada caso tem de ser avaliado individualmente, pelo que, mesmo que um operador celebre um contrato em que assuma a responsabilidade por toda a cadeia de abastecimento, falta ainda proceder à cartografia dos outros riscos potenciais (como o procedimento de selagem).

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PARTE 1, SECÇÃO V

Determinação do Estado-Membro competente para a apresentação de um pedido AEO

V.1 Generalidades

O Estado-Membro ao qual deveria ser apresentado o pedido AEO é determinado no artigo 14.º-D das DAC. A ideia principal é que o pedido deveria ser apresentado ao Estado-Membro que tem o melhor conhecimento das actividades de âmbito aduaneiro do requerente, o que implica que um pedido deve ser apresentado ao Estado-Membro no qual:

- a contabilidade principal do requerente relativa aos procedimentos aduaneiros em causa é mantida ou está acessível e

- as operações de âmbito aduaneiro são realizadas,

devendo ambas as condições ser satisfeitas simultaneamente. Se não for possível determinar o Estado-Membro desta forma, o pedido deveria ser apresentado ao Estado-Membro no qual se encontra ou está acessível a contabilidade principal relativa aos procedimentos aduaneiros. Em virtude das actuais tendências verificadas nas estruturas organizativas das empresas e nos fluxos comerciais, bem como a tendência em curso de externalização de determinadas actividades, incluindo a contabilidade, a decisão correcta nem sempre é evidente. Recomendam-se os princípios orientadores a seguir apresentados, antes de se tomar a decisão final.

V.2 Empresas multinacionais: afiliadas

As empresas multinacionais são normalmente compostas por uma sociedade-mãe e por sociedades afiliadas, sendo cada uma destas uma pessoa colectiva, ou seja, uma entidade jurídica registada no registo local de sociedades de acordo com o direito das sociedades do Estado-Membro em que se encontra estabelecida a sociedade afiliada em causa. Por conseguinte, se uma sociedade-mãe desejar obter o estatuto AEO para uma parte ou para a totalidade das suas sociedades afiliadas, os pedidos AEO devem ser apresentados por todas as sociedades afiliadas que desejam obter o estatuto AEO. Exemplo:

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Uma sociedade-mãe "P" está estabelecida na Alemanha. Tem as seguintes sociedades afiliadas: sociedade afiliada "S1" registada na Bélgica e sociedade afiliada "S2" registada na Áustria. A sociedade-mãe "P" não desenvolve actividades comerciais de âmbito aduaneiro, mas as suas afiliadas desenvolvem actividades abrangidas pela legislação aduaneira. A sociedade-mãe "P" gostaria de obter o estatuto AEO para todas as actividades de âmbito aduaneiro realizadas pelas suas afiliadas. A contabilidade principal relativa aos procedimentos aduaneiros em causa bem como as actividades de âmbito aduaneiro são realizadas nos Estados-Membros onde estão registadas as sociedades afiliadas. O pedido tem de ser apresentado por todas as sociedades afiliadas, em seu próprio nome: a afiliada "S1" tem de apresentar o seu pedido na Bélgica e a afiliada "S2" na Áustria.

V.3 Empresas multinacionais ou de grande dimensão: sucursais

De acordo com o direito das sociedades, uma "sucursal" não é uma entidade jurídica individual; é um escritório/instalação/outro local da própria empresa e faz parte dos activos totais da empresa. Uma empresa desse tipo que deseje obter o estatuto AEO não necessita de apresentar pedidos para todas as suas sucursais; é suficiente apresentar apenas um pedido no Estado-Membro conforme descrito na parte introdutória desta secção. Exemplo n.º 1: A empresa "C" tem a sua sede na Bélgica e tem também a sua contabilidade principal na Bélgica. A empresa mantém um entreposto "W" em França para as suas operações de importação. A contabilidade principal relativa aos procedimentos aduaneiros em causa é mantida nesse entreposto. O pedido tem de ser apresentado pelo requerente "C" em França. Na casa 13 do formulário do pedido, deveria ser indicado "França", e as casas 16 e 17 deveriam conter o endereço do entreposto "W", enquanto que a casa 18 deveria referir um endereço na Bélgica. Exemplo n.º 2: A empresa "A" está registada em França de acordo com o direito das sociedades francês. Constitui a sede para a região Europa-Médio Oriente-África e está situada em Paris, França. É o centro de serviços partilhados para os distribuidores, escritórios de venda, cadeias de retalho e lojas em toda a Europa, Médio Oriente e África e nele se encontra situado o serviço de gestão e finanças. Contudo, não são desenvolvidas quaisquer actividades de âmbito aduaneiro nesse local. A empresa "A" tem uma sucursal na Bélgica, que é o centro de distribuição para toda a região Europa-Médio Oriente-África. Todas as actividades e contabilidade de âmbito aduaneiro são realizadas na Bélgica. Toda a contabilidade relevante relacionada com os procedimentos aduaneiros é mantida nesse local. A empresa "A" tem diversas autorizações aduaneiras concedidas na Bélgica, para serem utilizadas nas actividades das sucursais:

− Entreposto do tipo D

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− Entreposto do tipo C − Expedidor-Destinatário autorizado − Exportador autorizado − Emissão de declarações T2L

Para apresentar o pedido AEO no Estado-Membro correcto, é de considerar em primeiro lugar o local em que é mantida a contabilidade principal relacionada com os procedimentos aduaneiros. Isso significa: considerar a contabilidade principal relacionada com os procedimentos aduaneiros em causa e não apenas a contabilidade financeira principal. A contabilidade principal neste caso inclui os registos e documentação que permitam à autoridade aduaneira verificar e controlar as condições e os critérios necessários para a obtenção do Certificado AEO [n.º 1, último parágrafo, do artigo 14.º-D das DAC]. Por conseguinte, neste caso, embora a empresa "A" esteja registada em França, de acordo com o artigo 14.º-D das DAC, o pedido deveria ser apresentado na Bélgica.

V.4 Acessibilidade da documentação aduaneira

A alínea b) do n.º 1 e a alínea b) do n.º 2 do artigo 14.º-D das DAC tratam da situação em que uma empresa externaliza a sua contabilidade aduaneira a uma entidade noutro Estado-Membro ou num país terceiro. Esta prática é normal e legalmente permitida em muitos Estados-Membros. Nesses casos, a empresa assegura que a autoridade aduaneira do Estado-Membro em que se encontra estabelecido tenha acesso electrónico à documentação mantida noutro Estado-Membro ou num país terceiro. Nessas situações, o pedido tem de ser apresentado no Estado-Membro ao qual a empresa assegura a acessibilidade e onde são realizadas as suas actividades de gestão logística, bem como onde são realizadas (pelo menos em parte) as suas actividades de âmbito aduaneiro [n.º 1, alínea b), do artigo 14.º-D das DAC]. Se a empresa desenvolver as suas actividades de âmbito aduaneiro noutro Estado-Membro, o pedido tem de ser todavia apresentado no Estado-Membro em que é garantida a acessibilidade à sua contabilidade principal relacionada com procedimentos aduaneiros e onde são realizadas as suas actividade de gestão logística [n.º 2, alínea b), do artigo 14.º-D das DAC]. Exemplo n.º 1:

A empresa "C" está estabelecida na Suécia. Desenvolve todas as suas actividades económicas na Suécia, com excepção da contabilidade que é externalizada na Estónia. A empresa assegura o acesso electrónico à sua documentação à autoridade aduaneira sueca, conforme definido nas regras relevantes na Suécia.

O pedido AEO deve ser apresentado na Suécia.

Exemplo n.º 2

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A empresa "C" está estabelecida no Reino Unido. Externaliza a sua contabilidade na Irlanda e assegura o acesso electrónico à sua documentação à autoridade aduaneira do Reino Unido, conforme definido nas regras relevantes do Reino Unido. Importa mercadorias da Ásia através da Itália, mas as actividades gerais de gestão logística continuam a ser realizadas no Reino Unido.

O pedido AEO deve ser apresentado no Reino Unido.

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PARTE 1, SECÇÃO VI

Controlo

VI.1 Generalidades

O n.º 4 do artigo 14.º-Q das DAC estabelece que "as autoridades aduaneiras controlam o cumprimento das condições e critérios a satisfazer pelo operador económico autorizado".

Esta disposição exige que as autoridades aduaneiras emissoras garantam o desenvolvimento, em conjunto com o AEO, de um sistema para controlar o cumprimento das condições e critérios da autorização. Todas as medidas de controlo adoptadas pelas autoridades aduaneiras deveriam ser registadas. As autoridades aduaneiras podem cumprir esta disposição dos seguintes modos:

• A autoridade aduaneira elabora um plano de auditoria descrevendo o modo como tenciona responder aos riscos identificados durante a avaliação. Por conseguinte, o plano de auditoria será diferente consoante o operador. O plano de auditoria pode incluir dados pormenorizados das seguintes medidas a adoptar: o Verificação aleatória das declarações; o Eventuais inspecções físicas das mercadorias e/ou auditorias a realizar; o Avaliação de quaisquer alterações que venham a ser observadas no comportamento da

empresa ou nos seus padrões comerciais.

• Solicitar ao operador que assine um conjunto de condições antes da concessão do Certificado AEO, abrangendo as responsabilidades do operador no cumprimento das condições e critérios AEO. O AEO está legalmente obrigado a informar as estâncias aduaneiras competentes de ocorrências importantes que possam afectar a sua autorização, designadamente em caso de alteração das condições de acesso às informações ou da forma como as informações são disponibilizadas.

VI.2 Planos de auditoria da gestão dos riscos

A autoridade aduaneira deveria elaborar um plano de acompanhamento e de auditoria. O plano de auditoria descreve o modo como a autoridade aduaneira tenciona responder aos riscos identificados. Todas as medidas de controlo, verificações das declarações, inspecções físicas de mercadorias e/ou auditorias a realizar pelas alfândegas deveriam ser descritas e programadas no plano de auditoria. Os resultados das actividades de controlo devem ser documentadas.

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É muito importante que os critérios e condições do estatuto AEO sejam avaliados regularmente. Há uma série de elementos, a seguir descritos, que desempenham um papel nesta avaliação:

• Resultados dos controlos Os resultados das actividades de controlo conforme descrição no plano de auditoria. Estes resultados podem dar uma indicação de que os riscos já não estão suficientemente cobertos pelo operador. As autoridades aduaneiras deveriam avaliar os resultados das actividades de controlo regularmente. Tal poderá levar a ajustamentos do método de controlo. • Sinais de alarme precoce Sinais do operador sobre alterações nas suas actividades, organização ou procedimentos. Ao conceder o estatuto AEO, deveria ser acordado que o operador está obrigado a comunicar as alterações às autoridades aduaneiras. • Controlo dos riscos É necessário que as autoridades aduaneiras verifiquem minuciosamente se o operador se encontra ainda em situação de controlar os riscos. Há novos riscos? A qualidade da organização administrativa e do sistema de controlo interno continua a ser tão boa como no momento da pré-auditoria? Por esta razão, as autoridades aduaneiras devem efectuar periodicamente uma auditoria de avaliação.

Se um dos elementos da avaliação levar a concluir que o operador não está ou já não está em posição de controlar um ou mais dos riscos, a autoridade aduaneira informa o operador dessa conclusão. O operador deve então realizar acções de melhoria. Cabe novamente às alfândegas a missão de avaliar essas acções de melhoria. Tal poderá levar também à conclusão de que o estatuto AEO deveria ser suspendido ou retirado. Contudo, o controlo permitirá também uma melhor compreensão da actividade comercial do AEO que poderá mesmo levar as autoridades aduaneiras a recomendar ao AEO uma forma melhor e mais eficiente de utilizar os procedimentos aduaneiros ou as regras aduaneiras em geral.

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PARTE 2, SECÇÃO I

I.1 Critérios

O artigo 5.º-A do Código Aduaneiro Comunitário19 prevê a concessão do estatuto AEO a operadores fiáveis que satisfaçam os critérios estabelecidos no n.º 2 do artigo 5.º-A do Código Aduaneiro Comunitário. O estatuto AEO será reconhecido pelas autoridades aduaneiras de todos os Estados-Membros.

Critérios AEO:

— Registo adequado do cumprimento das obrigações aduaneiras;

— Sistema satisfatório de gestão dos registos comerciais e, quando adequado, dos registos de transporte, que permita controlos aduaneiros adequados;

— Solvabilidade financeira demonstrada e

— Quando aplicável, normas adequadas em matéria de segurança e de protecção.

Estes critérios são definidos de forma mais pormenorizada nos respectivos artigos 14.º-H a 14.º-K das DAC.

O questionário a seguir apresentado fornece uma lista de pontos a ter em conta a fim de ajudar as autoridades aduaneiras e os operadores económicos a avaliar o cumprimento ou não dos critérios AEO. O questionário está dividido em secções. A primeira secção ajuda as autoridades aduaneiras a ter uma imagem global do requerente, numa perspectiva "aduaneira". As outras secções correspondem cada uma delas a um critério específico descrito no artigo 5.º-A do Código Aduaneiro Comunitário e no artigo relevante das DAC (por exemplo, a secção II corresponde ao artigo 14.º-H das DAC - cumprimento das obrigações aduaneiras). A maioria das secções está ainda dividida em subsecções que correspondem às sub-rubricas específicas do artigo relevante nas DAC.

Os requerentes não deveriam responder a todas as perguntas se a informação já for do conhecimento da autoridade aduaneira ou se a pergunta não for relevante para a situação específica do requerente. O questionário deveria também ser lido em conjunto com a Parte 3 que indica as áreas dos critérios que são aplicáveis às diferentes partes na cadeia de abastecimento.

19 JO L 117 de 4.5.2005, p. 13.

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Há várias formas de abordar as questões especificadas no questionário: os mesmos requisitos podem ser satisfeitos utilizando diferentes meios e métodos. No caso de empresas estabelecidas recentemente, é possível que uma empresa possa não ter capacidade para apresentar todas as informações sobre questões relacionadas com a sua história. Se a nova empresa tiver sido criada através de uma fusão de empresas já existentes, as informações gerais sobre essas empresas, bem como sobre o seu cumprimento das obrigações, ajudariam as autoridades aduaneiras a avaliar os riscos relacionados com a escassez de informação.

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I.2. Os riscos e pontos a ter em conta

I.2.1 Secção I Informações relativas à empresa

A presente secção contém uma lista com as informações necessárias para a autoridade aduaneira dispor de uma "imagem" do requerente e das suas actividades. Algumas destas informações podem já estar disponíveis se já tiverem sido concedidas ao requerente autorizações aduaneiras. O processo de concessão do estatuto AEO implica que o requerente tem de apresentar informações pormenorizadas conforme estabelecido no final das notas explicativas do Anexo 1C das DAC. O requerente pode utilizar as áreas da presente secção para garantir a comunicação das informações pormenorizadas e para facilitar o processo de concessão do estatuto AEO.

I.2.1.1 Subsecção 1 Volume de negócios

1.01. Indicador Pontos a ter em conta

1. Volume de negócios anual (geral)

Qual é o montante do volume de negócios anual (geral) nos últimos 3 anos?

2. Ganhos e perdas

Qual é o montante dos ganhos e perdas do requerente nos últimos 3 anos?

3. Capacidade de armazenagem

Qual é a capacidade (em metros quadrados ou cúbicos) das instalações de armazenagem?

4. Aquisições (comércio externo)

Apresentar uma estimativa (por fornecedor, se pertinente) do volume (em termos de quantidades e montantes) das aquisições previstas nos próximos 2 anos. Incluir nesta panorâmica a respectiva descrição.

5. Mercadorias recebidas em entreposto aduaneiro ou fiscal

Apresentar uma estimativa (por fornecedor, se pertinente) do volume (em termos de quantidades e montantes) das mercadorias previstas para recepção no entreposto aduaneiro ou fiscal nos próximos 2 anos. Incluir nesta panorâmica a respectiva descrição.

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6. Mercadorias utilizadas no processo de produção

Apresentar uma estimativa do volume (em termos de quantidades e montantes) das mercadorias previstas para utilização no processo de produção nos próximos 2 anos. Incluir a descrição das matérias-primas e artigos semi-acabados.

7. Resultado do processo de produção

Apresentar uma estimativa dos resultados do processo de produção (em termos de quantidades e montantes) previstos nos próximos 2 anos. Incluir nesta panorâmica a respectiva descrição.

8. Vendas (comércio externo)

Apresentar uma estimativa (por fornecedor, se pertinente) do volume (em termos de quantidades e montantes) das vendas previstas nos próximos 2 anos. Incluir nesta panorâmica a respectiva descrição.

9. Mercadorias levantadas do entreposto aduaneiro ou fiscal

Apresentar uma estimativa (por fornecedor, se pertinente) do volume (em termos de quantidades e montantes) das mercadorias previstas para levantamento no entreposto aduaneiro nos próximos 2 anos. Incluir nesta panorâmica a respectiva descrição.

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I.2.1.2 Subsecção 2 Estatísticas em matéria aduaneira

1.02. Indicador Descrição do risco Pontos a ter em conta Referências possíveis a normas internacionais reconhecidas

1. Classificação pautal

Classificação incorrecta das mercadorias. Taxa de direitos incorrecta.

De que modo e por quem são as mercadorias classificadas (pauta das mercadorias, categoria do imposto especial de consumo, outras imposições)? Existe um ficheiro separado no qual cada número de adição esteja associado a um código das mercadorias? Em caso afirmativo, indicar o responsável pela gestão do ficheiro. O ficheiro contém também a taxa actual? Em caso afirmativo, indicar o responsável pela actualização. Quais são as práticas habituais para a classificação de mercadorias/novos produtos? Apresentar uma panorâmica de todos os números de adição pertinentes relacionados com o código de mercadorias e as taxas (IVA, imposto especial de consumo, direitos de importação, mercadorias PAC). Apresentar uma lista do suporte do operador (por exemplo, uma biblioteca ou manual) para a classificação.

2. % dos direitos de importação

Utilização de códigos de direitos baixos.

Apresentar uma panorâmica das taxas pertinentes associadas aos códigos de mercadorias.

3. % do IVA Utilização de uma taxa de IVA baixa.

Apresentar uma panorâmica das taxas pertinentes associadas aos códigos de mercadorias.

4. % do imposto especial de consumo

Utilização de códigos de imposto especial de consumo baixos.

Apresentar uma panorâmica das taxas pertinentes associadas às mercadorias.

5. PAC (direitos e restituições)

Utilização de códigos pautais de direitos baixos/restituições altas.

Apresentar uma panorâmica das taxas pertinentes associadas aos códigos de mercadorias.

6. Medidas preferenciais

Utilização de uma origem incorrecta ou de um código pautal incorrecto.

As mercadorias com que o requerente trabalha beneficiam de medidas preferenciais?

7. Direitos antidumping

Utilização de um código pautal incorrecto ou de um fornecedor incorrecto.

Apresentar uma panorâmica dos direitos antidumping pertinentes associados aos códigos e ao fabricante das mercadorias.

8. Origem / proveniência das

Abuso de direitos preferenciais. Evitar restrições recorrendo

Apresentar uma panorâmica da origem das mercadorias declaradas para importação. Apresentar uma panorâmica das mercadorias/adições

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mercadorias a uma indicação da origem incorrecta.

(números) relativamente às quais a empresa solicita direitos preferenciais. Quais são as práticas habituais para verificar a exactidão do país ou da origem das mercadorias importadas? Quais são as práticas habituais para a emissão da prova de origem na exportação?

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9. Valor

aduaneiro/IVA Nota: Só o IVA relacionado com a importação e a exportação

Valor aduaneiro incorrecto. Quais são as práticas habituais para determinar o valor aduaneiro e o valor do IVA? Quais são as práticas habituais para declarar os custos de frete e de seguro? Caso haja um acordo relativo ao valor aduaneiro (decisão), citar a referência e anexar uma cópia da carta de decisão. Podem ser verificados os seguintes aspectos relacionados com o valor aduaneiro:

Os Incoterms utilizados. A relação comprador/vendedor em termos do

regulamento CE e a influência que pode ter no preço das mercadorias importadas.

Restrições à cessão das mercadorias pelo comprador. Se a venda ou o preço está subordinado a condições ou

considerações cujo valor não possa ser determinado relativamente às mercadorias em avaliação.

Os direitos de exploração (royalties) e os direitos de licença relacionados com as mercadorias importadas, a pagar directa ou indirectamente pelo comprador como condição de venda.

Disposições nos termos das quais parte do produto de qualquer revenda, cessão ou utilização posteriores reverta directa ou indirectamente a favor do vendedor.

Os custos incorridos pelo comprador (mas não incluídos no preço) com as comissões ou a corretagem (excepto comissões de compra) ou com os contentores e embalagens.

Bens fornecidos e/ou serviços prestados pelo comprador gratuitamente ou a um custo reduzido para serem utilizados no âmbito da produção e venda para exportação das mercadorias importadas.

Outros custos para além dos associados à entrega das mercadorias importadas incluídos no preço a pagar.

De que modo está o declarante informado sobre os eventuais custos indirectamente ligados a uma remessa?

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I.2.2 Secção II Registo de cumprimento das obrigações

Critério: Registo adequado do cumprimento das obrigações aduaneiras Artigo 14.º-H das DAC

O operador económico requerente, as pessoas responsáveis do requerente ou que exercem controlo sobre a sua gestão e, se for caso disso, o representante legal do requerente em assuntos aduaneiros e o responsável na empresa requerente pelos assuntos aduaneiros não deverão ter cometido infracções graves ou recidivas à legislação aduaneira nos três anos anteriores à apresentação do pedido. No entanto, o registo do cumprimento das obrigações aduaneiras pode ser considerado adequado se as eventuais infracções puderem ser consideradas como de importância negligenciável relativamente ao número ou à dimensão das operações de âmbito aduaneiro e não levantarem dúvidas quanto à boa-fé do requerente.

O cumprimento das obrigações por parte do requerente pode ser apreciado com base nos registos da autoridade aduaneira. Se as pessoas que exercem controlo sobre a gestão da empresa requerente estiverem estabelecidas ou forem residentes num país terceiro, o seu cumprimento das obrigações aduaneiras será avaliado com base nos registos e informações disponíveis.

Se o requerente estiver estabelecido há menos de três anos, o seu cumprimento das obrigações aduaneiras será avaliado com base nos registos e informações disponíveis.

Infracções menores A fim de estabelecer o que pode ser considerado uma infracção menor, a primeira orientação a observar é que cada caso é diferente e deveria ser tratado em função dos seus próprios méritos no contexto dos antecedentes e da dimensão do operador em causa. Uma infracção menor num Estado-Membro pode ser uma infracção grave noutro Estado-Membro. Deveria estabelecer-se se as infracções são indicativas de um problema subjacente de falta de conhecimento da regulamentação e procedimentos aduaneiros por parte do operador ou se são consequência de negligência. Caso se decida que a infracção pode ser considerada menor, o operador deve dar provas das medidas que tenciona tomar para reduzir o número de erros que ocorrem nas suas operações aduaneiras. A seguinte lista de verificação pode ajudar os funcionários aduaneiros a avaliar se uma infracção pode ser considerada menor:

• Recomenda-se que as infracções sejam consideradas numa base cumulativa; • A frequência da infracção deveria ser examinada em função do número e dimensão das operações de âmbito aduaneiro; • Não deve haver uma intenção de fraude deliberada; • Deveria ser sempre considerado o contexto;

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• Se o agente do operador for responsável pelas infracções, então o operador deve dar provas das medidas que tenciona tomar para reduzir o número de infracções por parte do seu agente.

Nota: As informações das duas subsecções seguintes podem, na sua maioria, ser recolhidas pela própria autoridade aduaneira com base nas informações de várias fontes no âmbito da autoridade aduaneira, designadamente os serviços responsáveis pela aplicação da legislação, nacionais e internacionais.

I.2.2.1 Subsecção 1 Cadastro relativamente às autoridades aduaneiras e a outras autoridades públicas pertinentes

2.01. Indicador Descrição do risco Pontos a ter em conta

1. Operações aduaneiras

As irregularidades combinadas com um elevado volume de negócios podem resultar num elevado risco financeiro ou não financeiro.

• Número total de declarações aduaneiras nos últimos 3 anos por tipo de declaração.

• Eventuais alterações substanciais previstas nos próximos anos.

• Estâncias aduaneiras em causa. • Panorâmica sobre os correctores/despachantes (nome,

endereço e número) envolvidos.

2. Controlo do grau de cumprimento20

Comportamento não conforme

Os resultados do último controlo do grau de cumprimento foram positivos? Caso sejam negativos, que medidas tomou o requerente para evitar comportamentos não conformes?

3. Pedidos (anteriores) de autorização

Comportamento não conforme

Especificar se, nos últimos três anos, foi revogada ou suspensa uma autorização aduaneira em nome do requerente, ou se um pedido de autorização aduaneira não conduziu à emissão de uma licença e, em caso afirmativo, a justificação da autoridade aduaneira.

4. Cumprimento aduaneiro

Sensibilização inadequada para as infracções à regulamentação aduaneira

O requerente estabeleceu procedimentos para a comunicação de irregularidades aos serviços públicos competentes? Descrever as práticas habituais para a comunicação de informações aos serviços aduaneiros em caso de suspeita de actividades criminais.

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I.2.1.2 Subsecção 2 Informações

2.02. Indicador Descrição do risco Pontos a ter em conta

1. Irregularidades

Comportamento não conforme

a) Especificar eventuais irregularidades fiscais e não fiscais relativamente à legislação e procedimentos aduaneiros, bem como a outras obrigações legislativas pertinentes em matéria de importação, exportação e transporte de mercadorias.

b) O requerente foi objecto de inquéritos antifraude? c) A actividade do requerente inclui mercadorias de alto risco

como armas, bens de dupla utilização, mercadorias sujeitas a impostos especiais de consumo ou mercadorias PAC?

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I.2.3 Secção III Sistema contabilístico e logístico dos requerentes

Critério: Sistema satisfatório de gestão dos registos comerciais e, se for caso disso, dos registos de transportes, que permita controlos aduaneiros adequados Artigo 14.º-I das DAC A subsecção seguinte corresponde aos seguintes subcritérios: Alínea a) do artigo 14.º-I das DAC: O requerente deve manter um sistema contabilístico que seja compatível com os princípios contabilísticos geralmente aceites e aplicados no Estado-Membro em que é mantida a contabilidade e que facilite o controlo aduaneiro por auditoria. Alínea b) do artigo 14.º-I das DAC: Para que as autoridades aduaneiras possam aplicar os controlos necessários, o requerente tem de facultar à autoridade aduaneira o acesso físico ou electrónico aos registos aduaneiros e, se adequado, aos registos de transportes. O acesso electrónico não é uma condição prévia para o cumprimento desta obrigação.

Alínea c) do artigo 14.º-I das DAC: O requerente deve dispor de um sistema logístico que estabeleça a distinção entre mercadorias comunitárias e mercadorias não comunitárias, não sendo necessário satisfazer este critério no caso de um Certificado AEO – Segurança e Protecção. Este requisito não é aplicável ao Certificado AEO - Segurança e Protecção.

Acesso aos registos da empresa O acesso aos registos de uma empresa é definido como a possibilidade de obter as informações exigidas, independentemente do local em que os dados estão fisicamente armazenados. As informações exigidas incluem os registos da empresa, bem como outras informações relevantes, necessários para a realização da pré-auditoria. O acesso pode ter lugar de formas diferentes: • Em suporte papel: é entregue uma cópia em papel das informações exigidas. A solução de apresentação das informações em suporte papel é

adequada quando a quantidade das informações exigidas é limitada. Esta situação pode, por exemplo, ocorrer quando da verificação das contas anuais.

• CD-ROM etc.: é entregue uma cópia das informações exigidas num CD-ROM ou suporte similar. Esta solução é adequada quando a quantidade de informações é maior e é necessário proceder ao processamento dos dados. A situação pode, por exemplo, ocorrer quando é verificada a totalidade ou um extracto das transacções financeiras de um fornecedor específico num determinado período.

• "Acesso em linha": através do sistema informático da empresa em caso de visita no local. Esta situação é uma mistura dos dois casos supramencionados.

Independentemente da forma de acesso aos dados, as autoridades aduaneiras deveriam ter a possibilidade de proceder ao processamento dos dados (por exemplo, possibilidade de trabalhar sobre os dados).

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I.2.3.1 Subsecção 1 Pista de auditoria

Em contabilidade, uma pista de auditoria é um processo ou método de estabelecimento de uma correspondência entre os lançamentos contabilísticos e as suas fontes, a fim de facilitar a verificação da sua correcção. Uma pista de auditoria completa permite rastrear o ciclo de vida das actividades operacionais, neste contexto relacionadas com o fluxo de mercadorias e produtos entrados, em transformação ou saídos da empresa requerente. São muitas as empresas e organizações que precisam de uma pista de auditoria nos seus sistemas automatizados por razões de segurança. A pista de auditoria mantém o registo histórico dos dados que permite rastrear uma informação desde a sua entrada até à sua saída do ficheiro. 3.01. Indicador Descrição do risco Pontos a ter em conta Referências possíveis a normas

internacionais reconhecidas 1. Nível de

acesso das autoridades competentes

Incapacidade de efectuar prontamente uma auditoria devido à forma como o sistema contabilístico do requerente está estruturado.

Falta de controlo da segurança e do acesso do sistema.

a) As autoridades aduaneiras devem ter acesso aos registos do requerente para fins de controlo, incluindo as declarações sumárias, conforme exigido.

b) Existe uma pista de auditoria para fins fiscais e/ou aduaneiros?

ISO 9001:2001, secção 6.3

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I.2.3.2 Subsecção 2 Sistema contabilístico

3.02. Indicador Descrição do risco Pontos a ter em conta Referências possíveis a normas internacionais reconhecidas

1. Ambiente informático

Um sistema de gestão complexo oferece a possibilidade de cobrir transacções ilegais.

Omissão da ligação entre os fluxos de mercadorias e os fluxos financeiros.

Organização do ambiente informático do requerente. Deveriam ser incluídos os seguintes elementos: - Amplitude da informatização com base na seguinte

escala: computador central/minicomputador/rede de PCs ou PC autónomo.

- Plataforma de hardware disponível e respectivo sistema operativo.

- Como está organizada a separação de funções (entre desenvolvimento, testes e operações) no âmbito do serviço (funções) de informática?

- Como está organizada a separação de funções entre os utilizadores e a informatização?

- Como está organizada a separação de funções entre utilizadores no sistema?

- Como é controlado o acesso às várias partes do sistema?- Quais as aplicações que foram instaladas noutros locais? - A que empresa de software foram atribuídas?

ISO 9001:2001, secção 6.3

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3.02

. Indicador Descrição do risco Pontos a ter em conta Referências possíveis a normas

internacionais reconhecidas 2. Sistema de

contabilidade integrado

Registo incorrecto e/ou incompleto de transacções no sistema contabilístico.

Falta de separação de tarefas entre funções21. Falta de conciliação entre as existências físicas e os registos contabilísticos.

As contas financeiras e as contas logísticas fazem parte de um sistema contabilístico integrado? Gestão financeira Apresentar uma descrição geral do sistema financeiro. Incluir os seguintes elementos na descrição ou na resposta às seguintes perguntas: a) Especificar o pacote informático que a empresa utiliza. b) Trata-se de um pacote desenvolvido para a empresa ou

normalizado? c) Qual é o produtor/fornecedor do pacote informático? d) Foram feitas adaptações ao pacote informático

normalizado? Em caso afirmativo, indicar quais e o motivo.e) Onde e por quem é efectuada a gestão financeira? f) Apresentar uma lista das contas do razão geral que são

utilizadas. g) Quem verifica se os lançamentos nos livros auxiliares

correspondem às do razão geral? h) O sistema utiliza contas provisórias de verificação ? Quem

é o responsável pela coordenação destas contas provisórias de verificação? Em caso afirmativo, apresentar uma panorâmica das contas do razão indicando onde ocorre o respectivo registo.

i) As dívidas de direitos de importação/impostos especiais de consumo são registadas no razão de acordo com as políticas contabilísticas? Em caso afirmativo, apresentar uma panorâmica das contas do razão indicando onde ocorre o respectivo registo.

j) Os fornecedores de mercadorias não comunitárias podem ser diferenciados dos fornecedores de mercadorias comunitárias?

21 A separação de tarefas deveria ser examinada em estreita correlação com a dimensão do requerente. Por exemplo, uma microempresa que desenvolve actividades de transporte

rodoviário com um pequeno volume de operações diárias: as tarefas de embalagem, movimentação, carga/descarga de mercadorias poderiam ser atribuídas ao condutor do camião. No entanto, as tarefas de recepção de mercadorias, do seu registo no sistema de administração e de pagamento/recebimento de facturas deveriam ser atribuídas a outra(s) pessoa(s).

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Gestão logística a) Qual é o pacote informático que o requerente utiliza? b) É um pacote informático desenvolvido pela empresa ou

normalizado? c) Qual é o produtor/fornecedor do pacote informático? d) Foram feitas adaptações ao pacote informático

normalizado? Em caso afirmativo, indicar quais e o motivo.e) Onde e por quem é efectuada a gestão logística? f) Há uma separação entre a gestão de material de escritório

e a gestão das existências no armazém? g) Trabalham com lotes? h) A gestão das existências está automaticamente associada

à gestão financeira? Na negativa, qual é a interface entre a gestão de existências e a gestão financeira?

i) De que modo se podem distinguir, na gestão logística, as mercadorias comunitárias das mercadorias não comunitárias ou sujeitas a fiscalização aduaneira?

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Critério: Sistema satisfatório de gestão dos registos comerciais e, se for caso disso, dos registos de transportes, que permita controlos aduaneiros adequados

Alínea d) do artigo 14.º-I das DAC: O requerente deve dispor de uma organização administrativa que corresponda ao tipo e à dimensão da empresa e que seja adequada à gestão dos fluxos de mercadorias, e dispor de um sistema de controlos internos que permita detectar transacções ilegais ou irregulares.

Alínea e) do artigo 14.º-I das DAC: Se for caso disso, o requerente deve dispor de procedimentos satisfatórios que permitam gerir as licenças e autorizações relacionadas com as medidas de política comercial ou com o comércio de produtos agrícolas.

I.2.3.3 Subsecção 3 Sistema de controlo interno

3.03.

Indicador Descrição do risco Pontos a ter em conta Referências possíveis a normas internacionais reconhecidas

1. Procedimentos de controlo interno

Registo incorrecto e/ou incompleto de transacções no sistema contabilístico.

A utilização de dados incorrectos ou desactualizados, como, por exemplo, números de adição e códigos pautais.

a) O Conselho de Administração da empresa aprovou orientações que devem ser seguidas pelo pessoal afectado aos processos de aquisição, armazenagem, produção e venda, bem como ao transporte e trânsito de mercadorias? Em caso afirmativo, essas orientações foram registadas?

b) Apresentar um resumo das orientações estabelecidas. c) A empresa utiliza quaisquer normas relacionadas com os

sistemas contabilísticos? d) As orientações são periodicamente actualizadas e

revistas? Avaliação interna a) Descrever sucintamente os procedimentos internos que

visam a avaliação da existência e funcionamento da organização administrativa e dos controlos internos (ou seja: OA/CI) em relação ao fluxo de mercadorias. Se tiverem sido comunicados resultados no contexto desta avaliação nos últimos três exercícios financeiros, apresentar um resumo desses resultados e das medidas tomadas para melhorar a situação.

Dados de base a) Descrever os procedimentos relativos à alteração dos

dados de base (ficheiros principais) que são relevantes para os serviços aduaneiros (por exemplo, ficheiros de

ISO 9001:2001, subsecção 7.4

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base de credores, números de adição, códigos de mercadorias e dados estatísticos).

b) Quem/quais são o ou os departamentos responsáveis? c) De que modo são arquivadas as adaptações? d) De que modo os dados (de base) permanentes são

armazenados em formato electrónico? e) É mantido um registo de dados (de base) permanentes?

2. Procedimentos de controlo interno especificamente para a produção

Controlo inadequado dos processos empresariais por parte do requerente.

Procedimentos de controlo interno inexistentes ou insuficientes dão azo a fraudes e actividades não autorizadas ou ilegais.

a) A função de produção está separada das funções de aquisição, de venda e de gestão?

b) Quem/Qual departamento efectua o recálculo e com base em que dados?

c) Existem cálculos efectuados por período ou por lote produzido?

d) Descrever o procedimento de resolução de discrepâncias relativamente ao cálculo inicial e ao recálculo. Por quem é efectuado?

e) Quem inscreve os dados e que dados são inscritos na gestão de fornecimento e na gestão financeira em relação aos fornecimentos que foram utilizados no processo de produção? Em que base é isto efectuado?

f) De que modo são os resultados da produção processados na gestão financeira?

g) A que tipo de lançamentos no diário dá origem o processo de produção?

ISO 9001:2001, secções 5.5, 6.3, 7.5, 8.2, 8.5

I.2.3.4 Subsecção 4 Fluxos de mercadorias

Se necessário por questões de clareza, pode ser elaborado um fluxograma para visualização dos fluxos de mercadorias. Além disso, os fluxogramas existentes elaborados pelo requerente podem ser utilizados para este fim. 3.04. Indicador Descrição do risco Pontos a ter em conta Referências possíveis a normas

internacionais reconhecidas 1. Generalidade

s A falta de controlo dos movimentos das existências permite acrescentar às existências mercadorias perigosas

a) Os movimentos internos de mercadorias são registados e as ligações entre as diferentes fases desses movimentos são estabelecidas? Em caso afirmativo, com que frequência e por quem?

b) O registo é efectuado em quantidades e/ou em

ISO 9001:2001, secção 6.3

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e/ou relacionadas com actos terroristas e levantar mercadorias sem o devido registo.

montantes? c) Quem analisa estes movimentos e com que frequência? d) Quem autoriza as medidas a tomar em relação aos

desvios detectados? e) Quais são as normas aplicadas neste contexto?

2. Fluxo de mercadorias entradas

Falta de conciliação entre as mercadorias encomendadas, as mercadorias recebidas e os lançamentos nos registos contabilísticos.

A falta de controlo dos movimentos das existências permite acrescentar às existências mercadorias perigosas e/ou relacionadas com actos terroristas e levantar mercadorias sem o devido registo.

a) Procedimentos de aquisição e de recepção de mercadorias importadas de países não comunitários.

b) De que modo (com base em que documentos), quando e por quem são as mercadorias importadas registadas no sistema de gestão das existências?

c) Em que altura é a entrada registada nas existências? d) Sistemas contabilísticos associados à aquisição, recepção

e pagamento das mercadorias e) Modalidades para a devolução de mercadorias. f) Medidas em caso de discrepância nas mercadorias

entradas. g) Disposições para os lançamentos incorrectos na gestão

das existências. h) Dados pormenorizados dos procedimentos de inventário.

ISO 9001:2001, secção 6.3

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3.04. Indicador Descrição do risco Pontos a ter em conta Referências possíveis a normas

internacionais reconhecidas 3. Armazenage

m Falta de controlo dos

movimentos das existências.

A falta de controlo dos movimentos das existências permite acrescentar às existências mercadorias perigosas e/ou relacionadas com actos terroristas e levantar mercadorias sem o devido registo.

a) O requerente dispõe de procedimentos adequados para controlar as existências?

Esses procedimentos podem, designadamente, incluir as seguintes medidas:

uma afectação clara do local de armazenagem das mercadorias;

existência de um procedimento de inventário; procedimentos em caso de escolha de um local temporário de armazenagem das mercadorias;

modalidades de controlo da ruptura, degradação ou inutilização das mercadorias.

ISO 9001:2001, secção 6.3

4. Produção Falta de controlo das existências utilizadas no processo de fabrico.

A falta de controlo dos movimentos das existências permite acrescentar às existências mercadorias perigosas e/ou relacionadas com actos terroristas e levantar mercadorias sem o devido registo.

Identificar se o requerente dispõe de procedimentos adequados para controlar os processos de fabrico. a) Descrever o procedimento relativo ao pedido de matérias-

primas e à entrega a partir do entreposto. b) Descrever o procedimento relativo ao registo de utilização

de matérias-primas no processo de produção. c) Descrever o procedimento relativo ao registo do produto

acabado. d) Descrever o procedimento relativo às perdas ocorridas no

processo de produção. e) Descrever o procedimento relativo ao envio do produto

acabado para o entreposto. Esses procedimentos podem, designadamente, incluir as seguintes medidas: - Departamento responsável pela afectação à produção.

- Os responsáveis pela afectação à produção registam-na na gestão. - Uso de métodos de fabrico normalizados. - Documentação adequada dos métodos de fabrico. - Controlo periódico dos métodos de fabrico. - Os produtos finais deveriam ser objecto de um controlo de qualidade.

ISO 9001:2001, secção 6.3

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Os resultados do controlo deveriam ser registados. 5. Fluxo de

mercadorias saídas. Saída do entreposto e expedição e transferência de mercadorias

A falta de controlo dos movimentos das existências permite acrescentar às existências mercadorias perigosas e/ou relacionadas com actos terroristas e levantar mercadorias sem o devido registo.

Falta de conciliação entre o registo das existências e os lançamentos nos registos contabilísticos.

Não comunicação voluntária de informações adequadas

Indicar se o requerente dispõe de procedimentos adequados para controlar a saída das mercadorias do entreposto e a sua expedição. Esses procedimentos podem, designadamente, incluir as seguintes medidas:

Informação do departamento de venda – com base em procedimentos normalizados – ao entreposto da ordem de venda/saída das mercadorias.

Nomeação de pessoas autorizadas a decidir se as mercadorias estão prontas para serem vendidas/para saírem do entreposto.

A saída das mercadorias é devidamente registada. Um procedimento normalizado de informação entre o

depositário e a unidade/departamento do requerente responsável pelos assuntos aduaneiros, para permitir a sincronização interna da entrega das mercadorias e o início do procedimento de exportação.

Um controlo final antes da saída para conferir a ordem de saída com as mercadorias que são carregadas.

Procedimentos operacionais normalizados para as mercadorias de retorno – verificação, contagem e registo.

ISO 9001:2001, secções 6.3 e 7.1

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I.2.3.5 Subsecção 5 Práticas aduaneiras habituais

3.05. Indicador Descrição do risco Pontos a ter em conta

1. Generalidades

Uso inelegível das práticas habituais

Descrever em pormenor as práticas habituais de tratamento das declarações aduaneiras. No caso de fabricantes, exportadores, depositários e importadores, deveria haver procedimentos internos para verificar as operações aduaneiras conduzidas por representantes directos e/ou indirectos.

ISO 9001:2001, secção 6.2.2

2. Licenças para importação e/ou exportação relacionadas com medidas de política comercial ou com o comércio de produtos agrícolas

Uso inelegível das mercadorias

Indicar se o requerente transacciona mercadorias sujeitas a licenças comerciais de carácter económico (por exemplo, sector dos têxteis ). Em caso afirmativo, devem existir procedimentos e práticas habituais adequados para a gestão das licenças relacionadas com a importação e/ou a exportação das mercadorias. Esses procedimentos podem, designadamente, incluir as seguintes medidas:

Registo das licenças com base em procedimentos normalizados.

Controlo periódico das licenças no que respeita à validade e ao registo.

O registo das licenças é efectuado por uma pessoa ou por um grupo de pessoas que não são as que controlam as licenças.

Normas para a comunicação de irregularidades nas licenças.

Procedimentos para controlo da utilização das mercadorias a que se referem as licenças.

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Sistema satisfatório de gestão dos registos comerciais e, se for caso disso, dos registos de transportes, que permita controlos aduaneiros adequados

Alínea f) do artigo 14.º-I das DAC: O requerente deve dispor de procedimentos satisfatórios de arquivo dos registos e informações do requerente e de protecção contra a perda de informações. Alínea g) do artigo 14.º-I das DAC: O requerente deve garantir que os trabalhadores sejam sensibilizados para a necessidade de informar as autoridades aduaneiras sempre que se detectem dificuldades de cumprimento das exigências, e estabelecer contactos adequados para informar as autoridades aduaneiras de tais ocorrências (por exemplo: documentação relativa a carga invulgar ou suspeita, pedidos de informação anómalos relativos a remessas, carga não registada, selos danificados, etc.).

Alínea h) do artigo 14.º-I das DAC: O requerente deve estabelecer medidas de segurança informática adequadas – por exemplo, barreiras de segurança (firewalls) e protecção antivírus - para proteger o sistema informático do requerente contra o acesso não autorizado e para proteger a sua documentação.

I.2.3.6 Subsecção 6 Procedimentos relativos a cópia de segurança, recuperação e opções de contingência e arquivo

3.06 Indicador Descrição do risco Pontos a ter em conta Referências possíveis a normas internacionais reconhecidas

1. Requisitos para a conservação/ arquivo de registos

Incapacidade de efectuar prontamente uma auditoria devido à forma como o sistema contabilístico do requerente está estruturado.

Destruição deliberada ou perda de informações pertinentes.

Apresentar uma descrição dos procedimentos relativos à cópia de segurança, recuperação e opções de contingência, tendo em conta as seguintes perguntas, se aplicável.

Por quanto tempo estão os dados disponíveis em linha, no seu formato original?

Por quanto tempo estão os dados acessíveis em linha e se mantêm disponíveis para arquivo/historial ou resumo estatístico?

Por quanto tempo são os dados guardados fora-de-linha?

Em que tipo de suporte informático são os dados armazenados?

Em que formato (software) são os dados armazenados? Os dados são compactados? Em que fase? Quais são as garantias quanto à disponibilidade a longo

prazo (qualidade técnica do suporte de registo, disponibilidade do equipamento e do código do programa, descrições dos dados e do código do programa)?

ISO 9001:2001, section 6.3 ISO 17799:2005 ISO 27001:2005 ISO norms for standards in the IT security

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56

I.2.3.7 Subsecção 7 Segurança das informações – protecção dos sistemas informáticos

3.07 Indicador Descrição do risco Pontos a ter em conta Referências possíveis a normas internacionais reconhecidas

1. Normas de certificação para protecção do ambiente informático

Acesso não autorizado e/ou intrusão nos sistemas informáticos do operador económico.

São aplicadas normas de certificação para proteger os sistemas informáticos?

ISO 17799:2005 ISO 27001:2005

2. Procedimentos de controlo interno

Acesso não autorizado e/ou intrusão nos sistemas informáticos do operador económico.

Destruição deliberada ou perda de informações pertinentes.

a) Quais as medidas implementadas (por exemplo: barreira de segurança, senhas periodicamente modificadas) para proteger os sistemas informáticos do operador económico contra a intrusão não autorizada?

b) Foi feito um teste de intrusão? Na negativa, o requerente deve efectuar esses testes para demonstrar a segurança do seu sistema.

Esses procedimentos podem, designadamente, incluir as seguintes medidas:

Uma política actualizada e documentada sobre a protecção dos sistemas informáticos do requerente; o acesso registado para as pessoas autorizadas; mudança regular das senhas; sistemas de controlo, etc.

Um plano de segurança actualizado, descrevendo as medidas adoptadas para proteger os sistemas informáticos do acesso não autorizado, bem como da destruição deliberada ou da perda de informações.

ISO/PAS 28001:2006, secção A 3.3 ISO 27001:2005

3. Ambiente informático

Acesso não autorizado e/ou intrusão nos sistemas informáticos do operador económico.

Destruição deliberada ou perda de informações

a) Quais são as políticas/procedimentos existentes para a emissão de autorizações de acesso e qual é o nível de acesso aos sistemas informáticos? O acesso a informações sensíveis deveria limitar-se ao pessoal autorizado a proceder a alterações ou aditamentos nas informações.

b) Quem é responsável pela protecção e funcionamento do sistema informático do requerente? A responsabilidade

ISO/PAS 28001:2006, secção A 3.3 ISO 27001:2005

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pertinentes. não se deveria limitar a uma só pessoa, mas a várias pessoas, permitindo o controlo recíproco das respectivas acções.

4. Plano de contingência

Acesso não autorizado e/ou intrusão nos sistemas informáticos do operador económico.

Destruição deliberada ou perda de informações pertinentes.

O requerente deveria dispor de um plano de acção com previsão de procedimentos em caso de incidentes.

ISO/PAS 28001:2006, secção A 3.3 ISO 27001:2005

5. Práticas habituais em caso de avaria informática

Acesso não autorizado e/ou intrusão nos sistemas informáticos do operador económico.

Destruição deliberada ou perda de informações pertinentes.

O requerente deveria ter práticas habituais de cópia de segurança para quando os sistemas informáticos estão fora de serviço. Deveriam também existir procedimentos para introduzir as informações nos sistemas informáticos quando estes voltam a funcionar.

ISO 27001:2005

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I.2.3.8 Subsecção 8 Segurança das informações – segurança da documentação

3.08. Indicador Descrição do risco Pontos a ter em conta Referências possíveis a normas internacionais reconhecidas

1. Procedimentos de controlo interno

Uso indevido do sistema de informações do operador económico para pôr em perigo a cadeia de abastecimento.

Destruição deliberada ou perda de informações pertinentes.

a) Que medidas existem para proteger a documentação do operador económico de intrusões?

b) Foi feito algum teste de intrusão com resultados positivos? Na negativa, o requerente deveria efectuar esses testes para demonstrar a segurança do seu sistema.

Esses procedimentos podem, designadamente, incluir as seguintes medidas:

Uma política actualizada e documentada sobre a segurança da documentação: métodos de registo dos documentos, autorizações de acesso, cópia de segurança dos documentos, etc.

Um plano de segurança actualizado, descrevendo as medidas adoptadas para proteger os documentos do acesso não autorizado, bem como da destruição deliberada ou da perda de documentos.

Procedimentos para o arquivo de documentos.

ISO/PAS 28001:2006, secção A 4.2 ISO 17799:2005 ISO 27001:2005

2. Plano de contingência

Uso indevido do sistema de informações do operador económico para pôr em perigo a cadeia de abastecimento.

Destruição deliberada ou perda de informações pertinentes.

Indicar se ocorreram incidentes durante o último ano e o tipo de medidas tomadas em consequência a fim de melhorar a segurança das informações/documentação.

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3. Nível de autorização para as categorias de pessoal

Uso indevido do sistema de informações do operador económico para pôr em perigo a cadeia de abastecimento.

Destruição deliberada ou perda de informações pertinentes.

Quais as categorias de pessoal que têm acesso a dados relativos aos fluxos de mercadorias e de informações? Quais as categorias de pessoal que estão autorizadas a alterar esses dados?

ISO/PAS 28001:2006, secção A 3.3

4. Requisitos em matéria de segurança e protecção impostos a terceiros

Uso indevido do sistema de informações do operador económico para pôr em perigo a cadeia de abastecimento.

Destruição deliberada ou perda de informações pertinentes.

Que requisitos de segurança são aplicados aos parceiros comerciais do requerente e a outros contactos que lidam com informações sensíveis fornecidas pelo requerente?

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I.2.4 Secção IV Solvabilidade financeira

Critério: Solvabilidade financeira comprovada Artigo 14.º-J das DAC Conforme estabelecido no artigo 14.º-J das DAC, considera-se satisfeita a condição relativa à solvabilidade financeira do requerente se essa solvabilidade puder ser comprovada em relação aos últimos três anos. A legislação estabelece que se entende por solvabilidade financeira uma situação financeira sólida, suficiente para permitir ao requerente cumprir os compromissos assumidos, tendo em devida conta as características do tipo de actividade comercial.

Se o requerente estiver estabelecido há menos de três anos, a sua solvabilidade financeira será avaliada com base nos registos e informações disponíveis. Reconhece-se que, em algumas circunstâncias, poderá ser prática normal que uma empresa apresente activos líquidos negativos, por exemplo quando uma empresa é criada por uma sociedade-mãe para fins de investigação e desenvolvimento, caso em que o passivo pode ser financiado mediante um empréstimo da sociedade-mãe ou de uma instituição financeira. Nestas circunstâncias, os activos líquidos negativos podem não ser um indicador de que uma empresa não tem capacidade para pagar as suas dívidas. Contudo, a autoridade aduaneira pode exigir provas suplementares, como um compromisso do mutuante ou uma carta de facilidades bancárias, a fim de satisfizer o requisito ou, caso se trate de uma empresa em nome individual ou, por exemplo, de uma parceria, uma lista de eventuais bens pessoais que são utilizados para justificar a solvabilidade da empresa. Há muitas formas de verificar se o requerente satisfaz este critério. A exaustividade da recolha de informações depende também de o requerente ser ou não um cliente conhecido da autoridade aduaneira.

• As autoridades aduaneiras podem verificar e analisar o balanço e os movimentos financeiros do requerente a fim de aferir a capacidade do requerente para pagar as suas dívidas.

• Na maioria dos casos, a instituição bancária do requerente poderá informar sobre a sua solvabilidade financeira. • Podem também ser contactados o banco central nacional ou outras instituições financeiras do requerente (declarações, relatórios ou provas de

qualquer tipo). • Se necessário, podem ser consultadas associações de protecção de crédito.

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• A prova da solvabilidade financeira pode também ser apresentada pelo próprio requerente. O requerente pode, por exemplo, fazer referências a um relatório de auditoria, à sua classificação por um banco ou a informações bancárias. Esses documentos podem em seguida ser verificados durante a auditoria.

Além disso, as autoridades aduaneiras podem igualmente estabelecer se o requerente tem capacidade para pagar as suas dívidas mediante verificação:

• O requerente não consta nesse momento de uma lista de empresas insolventes ou em liquidação.

• O requerente não celebrou um acordo para pagamento de dívidas (time to pay agreement). (Acordos celebrados entre um operador económico e as autoridades aduaneiras para pagamento das dívidas do operador às autoridades aduaneiras ao longo de um período acordado, caso o operador tenha dificuldades financeiras ou problemas de fluxo de tesouraria e não possa, por conseguinte, pagar a dívida no prazo devido).

• O requerente não recebeu, nos últimos três anos, uma citação ou visita de um oficial de justiça relativamente ao diferimento do pagamento de direitos.

• O requerente não teve atrasos no pagamento de montantes legalmente devidos às alfândegas nos últimos três anos (estão excluídos os montantes ainda não legalmente em dívida ou em recurso).

As informações sobre a capacidade do requerente para pagar as suas dívidas a terceiros podem também fornecer antecedentes úteis para a tomada de decisão. As autoridades aduaneiras podem examinar o conjunto completo das contas anuais do requerente referentes aos últimos três anos e ter em consideração:

• Quando exigido pelo direito das sociedades, o facto de as contas serem apresentadas no prazo estabelecido na lei.

• Observações sobre motivos de preocupação quanto à continuação da actividade comercial, por exemplo por parte de auditores ou directores.

• A situação em termos de activos correntes líquidos.

• A situação dos activos líquidos e a medida em que os activos intangíveis estão incluídos.

Nota relativa a PME:

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Não é invulgar que uma pequena empresa solicite por vezes facilidades de pagamento conforme previsto no artigo 229.º do Código. A existência desses pedidos isolados de deferimento do pagamento não deveriam ter automaticamente como consequência que o requerente seja considerado incapaz de pagar e que, por conseguinte, lhe seja recusado o estatuto AEO.

Nota relativa a sociedade-mãe/sociedades afiliadas:

Ao aferir a situação financeira de uma sociedade afiliada, deveria ter-se em conta que uma sociedade afiliada pode funcionar ao abrigo de uma garantia da sociedade-mãe. As autoridades aduaneiras podem solicitar provas complementares sobre o compromisso do fiador.

Nota relativa a empresas estabelecidas recentemente: A sua solvabilidade financeira será aferida, de acordo com o estabelecido no n.º 2 do artigo 14.º-J das DAC, com base nos registos e informações disponíveis no momento da apresentação do pedido. Tal poderá incluir o último fluxo de tesouraria, o balanço e as previsões de ganhos e perdas aprovados pelos directores/parceiros/empresário individual. Se a empresa do requerente for financiada por um empréstimo de outra pessoa ou instituição financeira, a autoridade aduaneira pode igualmente exigir uma cópia da situação comercial do requerente, a carta de facilidades bancárias e prova de que o requerente desenvolve a sua actividade no âmbito da sua facilidade de descoberto aprovada. Nota relativa a procedimentos de insolvência ou cobrança: Caso o operador seja objecto de um processo de insolvência ou de cobrança, deveriam ser recolhidas informações sobre as circunstâncias que levaram ao início do processo (recessão económica, falência de sociedades afiliadas, mudanças temporárias e inesperadas nas tendências de mercado), bem como sobre os montantes devidos. Os montantes devidos podem ser comparados com o montante de diferentes tipos de activos de que dispõe o requerente, ou seja, activos correntes (caixa e outros instrumentos líquidos, incluindo créditos, que podem ser convertidos em numerário no prazo máximo de um ano), activos a longo prazo (fábricas, equipamentos, bens imobiliários e outros activos fixos, líquidos de depreciação), activos intangíveis (activos com um valor determinado, mas não moduláveis, como o fundo de comércio (goodwill), patentes, direitos de autor e reconhecimento de marcas) e activos diferidos e pré-pagos (despesas para cobrir encargos ou custos futuros, como seguros, juros ou rendas, que são inscritos como activos a amortizar durante um período aplicável). É necessário analisar se a insolvência pode ter um efeito negativo no cumprimento das obrigações e nos processos comerciais do requerente (sempre que possível, identificação dos principais credores e determinação se estes estão sujeitos a riscos aduaneiros e de segurança). Recomenda-se que o termo "insolvência", na acepção das presentes Orientações AEO, não seja considerado equivalente a "falência", que significa a incapacidade ou capacidade reduzida legalmente declarada, geralmente por um tribunal, de uma empresa pagar aos seus credores. Os credores podem apresentar uma declaração de falência relativamente a um devedor numa tentativa de recuperar parte do que lhes é devido. Na maioria dos casos, a declaração de falência é feita pelo devedor (empresa falida). Nos termos de artigo 14.º-F das DAC, um pedido AEO deve ser rejeitado devido a falência, devendo esta rejeição ter sido notificada antes de a autoridade aduaneira iniciar a auditoria.

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I.2.4.1 Subsecção 1 Insolvência

4.01. Indicador Descrição do risco Pontos a ter em conta Referências possíveis a normas internacionais reconhecidas

1. Insolvência Comportamento não conforme

Verificar e analisar o balanço e os movimentos financeiros do requerente a fim de examinar a sua capacidade de pagamento das dívidas. Na maioria dos casos, a instituição bancária do requerente poderá informar sobre a sua solvabilidade financeira.

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I.2.5 Secção V Requisitos de segurança e de protecção

Critério: Normas de segurança e de protecção adequadas N.º 1 do artigo 14.º-K das DAC

I.2.5.1 Subsecção 1 Avaliação da segurança realizada pelo operador económico (auto-avaliação)

O operador deveria demonstrar na política adoptada uma elevada sensibilização para as medidas de segurança e de protecção, tanto a nível interno como nas actividades comerciais com os seus clientes, fornecedores e prestadores de serviços externos. Como preparação da pré-auditoria das autoridades aduaneiras, o operador pode proceder a uma auto-avaliação que lhe permita analisar se está apto a satisfazer os requisitos de segurança. A avaliação constitui uma tentativa de identificação dos riscos e das ameaças que poderiam surgir na parte da cadeia de abastecimento em que o requerente exerce as suas actividades e de análise das medidas aplicadas para minimizar esses riscos e ameaças. Esta área não é mencionada nas disposições de aplicação, mas deveria ser vista como uma ajuda para o candidato satisfazer aos critérios de segurança. É um método de trabalho mencionado, por exemplo, no modelo COMPACT AEO e na ISO/PAS 28001 e constitui um requisito obrigatório no Código ISPS. 5.01. Indicador Descrição do risco Perguntas sobre a avaliação Referências possíveis a normas

internacionais reconhecidas 1. Auto-avaliação Sensibilização

inadequada para as questões de segurança e protecção.

Que tipo de riscos ou perigos foram identificados a nível da segurança e da protecção ?

ISO/PAS 28001:2006, secção A 4.2 Código ISPS

2. Organização interna

Coordenação inadequada a nível interno do requerente no que respeita à segurança e à protecção.

De que modo se efectua a coordenação das medidas de segurança e de protecção a nível interno? Indicar a pessoa e/ou a unidade da empresa responsável por essa coordenação.

ISO/PAS 28001:2006, secção A.3.3 ISO 9001:2001, secção 5.5.1 Código ISPS

3. Sistema de controlo interno

Controlo inadequado do requerente a nível interno em relação às questões de segurança e de protecção.

Existem práticas habituais de segurança documentadas e de que modo são transmitidas ao pessoal e a terceiros que visitam a empresa?

ISO/PAS 28001:2006, secções A.3.3 e A.4.2 Código ISPS

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4. Procedimentos de controlo interno

Registo incorrecto e/ou incompleto dos incidentes de segurança e de protecção. Falta de contramedidas adequadas para os incidentes de segurança e de protecção.

No último ano, que tipo de incidentes ocorreram e que tipo de medidas daí resultaram? A avaliação relativa às ameaças cobre este tipo de incidentes? Quais são os procedimentos para registo e comunicação de incidentes?

ISO/PAS 28001:2006, secções A.3.3 e A.4.2 Código ISPS

5. Certificação para fins de segurança e protecção por terceiros

Medidas inadequadas de segurança e de protecção.

A empresa já foi certificada para fins de segurança (dos transportes) por um outro serviço ou organismo público?

ISO/PAS 28001:2006, secções A.3.3 e A.4.3 Código ISPS Certificados de segurança reconhecidos para partes interessadas no sector do tráfego marítimo: Acordo de código ISPS tal como referido no Regulamento (CE) n.° 725 /2004 do Parlamento Europeu e do Conselho Certificados de segurança reconhecidos para partes interessadas no sector do tráfego aéreo tal como referido no Regulamento (CE) n.° 2320/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho e no Regulamento (CE) n.° 622/2003. Quando homologada, norma ISO/PAS 28001 relativa a sistemas de gestão da segurança da cadeia de abastecimento internacional.

6. Requisitos de segurança e protecção específicos de mercadorias

Execução inadequada dos requisitos de segurança e protecção.

Existem requisitos de segurança e protecção específicos para mercadorias que a empresa importa/exporta?

Código ISPS

7. Avaliação das ameaças por terceiros

Sensibilização inadequada para as questões de segurança e protecção.

No caso de recorrer aos serviços de uma empresa de segurança, essa empresa efectuou uma avaliação das ameaças da empresa do requerente?

Código ISPS

8. Requisitos de segurança impostos por terceiros

Medidas inadequadas de segurança e protecção.

A companhia de seguros da empresa impõe-lhe requisitos de segurança? Os clientes da empresa impõem-lhe disposições de segurança?

Código ISPS

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Critério: Normas de segurança e de protecção adequadas: N.º 1, alínea a), do artigo 14.º-K das DAC: A área será considerada adequada se os edifícios a utilizar no âmbito das operações a cobrir pelo certificado estiverem construídos com materiais que resistam a um acesso não autorizado e ofereçam protecção contra intrusões ilegais. Alíneas a) e b) do artigo 14.º-K das DAC: São aplicadas medidas adequadas de controlo do acesso para impedir o acesso não autorizado às zonas de expedição, aos cais de carga e às zonas de carga.

I.2.5.2 Subsecção 2 Entrada e acesso às instalações

5.02. Indicador Descrição do risco Pontos a ter em conta Referências possíveis a normas internacionais reconhecidas

1. Práticas habituais para o acesso ou a entrada de veículos, pessoas e mercadorias

Acesso ou entrada não autorizados de veículos, pessoas ou mercadorias nas instalações e/ou nas imediações das zonas de carga e de expedição.

Identificar o sistema existente de controlo do acesso. Só é autorizado o acesso às instalações a pessoas, veículos e mercadorias devidamente identificados e autorizados. O acesso às instalações deveria ser controlado. As pessoas deveriam usar crachás. Os crachás deveriam ser emitidos e supervisionados pelo requerente.

ISO/PAS 28001:2006, secção A.3.3 Código ISPS

2. Procedimentos operacionais normalizados em caso de intrusão

Não há nenhuma acção adequada prevista em caso de detecção de intrusão.

O requerente deveria ter estabelecido procedimentos de resposta aplicáveis em caso de detecção de um intruso nas instalações (por exemplo, contactar a autoridade policial local ou o pessoal da segurança interna).

ISO/PAS 28001:2006, secção A.3.3 Código ISPS

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I.2.5.3 Subsecção 3 Segurança física

5.03. Indicador Descrição do risco Pontos a ter em conta Referências possíveis a normas internacionais reconhecidas

1. Limites externos das instalações

Protecção inadequada das instalações contra intrusões do exterior.

De que modo estão os limites externos das instalações protegidos? Todos os edifícios deveriam ser construídos com materiais que resistam à entrada não autorizada e protejam de intrusões do exterior. Todas as janelas, portões e vedações interiores ou exteriores devem ser protegidos com dispositivos de fecho ou medidas alternativas de vigilância ou de controlo do acesso, como sistemas de alarme anti-roubo ou sistemas de televisão em circuito fechado (CCTV) internos/externos.

ISO/PAS 28001:2006, secção A.3.3 Código ISPS

2. Portões e portas de acesso

Existência de portões ou de portas de acesso não vigiados.

Identificar todos os portões e portas de acesso das instalações. Quando os portões e as portas de acesso não estão fechados à chave, devem ser guardados ou sujeitos a medidas alternativas de vigilância ou de controlo do acesso.

ISO/PAS 28001:2006, secção A.3.3 Código ISPS

3. Dispositivos de fecho

Dispositivos inadequados de fecho de portas, janelas, portões e vedações, interiores e exteriores.

De que tipo de fechaduras estão equipadas as portas, janelas e portões, interiores e exteriores?

ISO/PAS 28001:2006, secção A.3.3

4. Iluminação Iluminação inadequada de portas, janelas, portões, vedações e áreas de estacionamento, interiores e exteriores.

Quando necessário, deveria ser proporcionada iluminação adequada.

5. Procedimentos de acesso às chaves

Acesso não autorizado às chaves.

Devem existir procedimentos para se ter acesso às chaves. Apenas um número limitado de pessoas deveria ter acesso às chaves. As chaves deveriam ser guardadas num local especialmente designado para o efeito. Deveria ser nomeado um responsável pelas chaves. Deveria existir um método de registo de quem está a utilizar as chaves, de quando elas foram retiradas e por quem e quando foram devolvidas ao local designado.

ISO/PAS 28001:2006, secção A.3.3

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6. Medidas internas de segurança física

Acesso inadequado a secções internas das instalações.

Existem medidas internas de segurança física? Só devem ter acesso às secções internas das instalações as pessoas devidamente identificadas e autorizadas.

ISO/PAS 28001:2006, secções A.3.3 e A.4.2 Código ISPS

7. Estacionamento de veículos particulares

Protecção inadequada das instalações contra a intrusão do exterior.

O requerente deveria ter procedimentos de vigilância para evitar o estacionamento de veículos particulares nas imediações das zonas protegidas das instalações.

8. Manutenção dos limites externos e dos edifícios

Manutenção inadequada dos limites externos das instalações e dos edifícios.

Os limites externos e os edifícios deveriam ser periodicamente verificados por uma pessoa especialmente nomeada para o efeito ou por um terceiro. Se o responsável pela verificação e manutenção dos limites externos e dos edifícios for uma parte terceira, esta terá de informar o membro do pessoal do requerente nomeado responsável pelo controlo dos trabalhos de manutenção dos limites externos e dos edifícios.

ISO/PAS 28001:2006, secção A.3.3

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Critério:

Normas de segurança e de protecção adequadas: N.º 1, alínea c), do artigo 14.º-K das DAC: A área será considerada adequada se as medidas relativas à manipulação das mercadorias incluírem uma protecção contra a introdução, substituição ou perda de materiais e alteração de unidades de carga. N.º 1, alínea d), do artigo 14.º-K das DAC: Se for caso disso, existem procedimentos de gestão das licenças de importação e/ou de exportação de mercadorias sujeitas a medidas de proibição e de restrição, bem como procedimentos para distinguir estas mercadorias das outras.

I.2.5.4 Subsecção 4 Unidades de carga

5.04. Indicador Descrição do risco Pontos a ter em conta Referências possíveis a normas internacionais reconhecidas

1. Práticas habituais para o acesso às unidades de carga

Acesso não autorizado às unidades de carga.

Só deveriam ter acesso às unidades de carga as pessoas devidamente identificadas e autorizadas.

ISO/PAS 28001:2006, secção A.3.3 Código ISPS

2. Práticas habituais para assegurar a integridade das unidades de carga

Manipulação ilícita das unidades de carga.

A integridade das unidades de carga deveria ser assegurada, mantendo-as sob controlo permanente ou numa zona segura e fechada.

ISO/PAS 28001:2006, secção A.3.3 Código ISPS

3. Utilização de selos

Manipulação ilícita da carga.

O requerente AEO deveria utilizar – na medida do possível – selos que respeitem as normas ISO em vigor ou sejam equivalentes. Os acordos internacionais podem estabelecer normas específicas para os selos.

ISO/PAS 17712

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4. Procedimentos para a inspecção da estrutura da unidade de carga

Uso de esconderijos nas unidades de carga para contrabando.

Quando adequado ao tipo de unidade de carga utilizado, recomenda-se um processo de inspecção que incida em sete pontos:

o Frente o Lado esquerdo o Lado direito o Chão o Tecto/Telhado o Portas interiores/exteriores o Exterior/parte inferior

ISO/PAS 28001:2006, secção A.3.3

5. Procedimentos operacionais normalizados em caso de intrusão e/ou manipulação ilícita de unidades de carga

Inexistência de acções adequadas em caso de detecção de acesso não autorizado ou de manipulação ilícita.

O requerente deveria dispor de procedimentos adequados sobre as medidas a tomar em caso de detecção de um acesso não autorizado ou de uma manipulação ilícita.

ISO/PAS 28001:2006, secção A.3.3

6. Propriedade das unidades de carga

Controlo incompleto das unidades de carga.

O requerente é proprietário das unidades de carga? Na negativa, deveriam existir procedimentos de exame da integridade da unidade de carga antes do carregamento. A inspecção referida no ponto 5.04.3 deveria ser obrigatória para o pessoal.

7. Manutenção das unidades de carga

Manipulação ilícita das unidades de carga.

A manutenção das unidades de carga é feita dentro ou fora das instalações? A manutenção deve ser realizada periodicamente e não apenas em caso de danos ou incidentes. Caso a manutenção seja feita fora das instalações ou sem a supervisão do pessoal da empresa, a unidade de carga deve ser inspeccionada ao ser devolvida ao requerente, a fim de assegurar a sua integridade.

ISO/PAS 28001:2006, secção A.3.3

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I.2.5.5 Subsecção 5 Processos logísticos

5.05. Indicador Descrição do risco Pontos a ter em conta Referências possíveis a normas internacionais reconhecidas

1. Meios de transporte activos

Falta de controlo do transporte das mercadorias.

Identificar quais são os meios de transporte normalmente utilizados pelo requerente. No caso de fabricantes, exportadores, depositários e importadores, indicar também se o transporte é efectuado pelo próprio requerente ou por transitários/transportadores externos. Neste último caso, o requerente pode utilizar transitários e/ou transportadores regularmente, podendo ter contratos a longo prazo com transitários e transportadores. Identificar se o transitário ou o transportador é membro de um programa de transporte seguro. Na negativa, indicar de que modo a segurança é garantida. No caso dos transitários, indicar se o transporte é efectuado por transportadores externos e, em caso afirmativo, se os transportadores externos celebraram contratos a longo prazo. No caso dos transportadores, indicar se estes transportam efectivamente as mercadorias ou se estão encarregues ou são responsáveis pela exploração do meio de transporte.

I.2.5.6 Subsecção 6 Requisitos não fiscais

5.06. Indicador Descrição do risco Pontos a ter em conta Referências possíveis a normas internacionais reconhecidas

1. Aspectos não fiscais

Uso inelegível das mercadorias

O requerente trabalha com mercadorias sujeitas a licenças de importação e/ou exportação ou a autorizações/licenças especiais de comércio ligadas a proibições e restrições? O requerente trabalha com bens de dupla utilização? O requerente trabalha com mercadorias que são objecto de embargo? Sempre que adequado, o requerente deveria estabelecer práticas habituais para:

o distinguir entre mercadorias objecto de requisitos não fiscais e outras mercadorias.

o verificar se as operações são realizadas em

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conformidade com a legislação (não fiscal) em vigor. o tratar mercadorias que são objecto de embargo. o tratar de licenças. o outras mercadorias que são objecto de restrições. o identificar potenciais bens de dupla utilização e

práticas habituais para o seu tratamento.

I.2.5.7 Subsecção 7 Mercadorias entradas

5.07. Indicador Descrição do risco Pontos a ter em conta Referências possíveis a normas internacionais reconhecidas

1. Práticas habituais para o controlo do transporte à entrada

Falta de controlo da recepção de mercadorias que não é registada num sistema logístico e que possa constituir um risco de segurança ou de protecção.

Sempre que adequado, o requerente deveria estabelecer práticas habituais para:

o nomear pessoal responsável pela recepção do condutor e das mercadorias à chegada.

o registar os documentos de transporte e os documentos aduaneiros que acompanham as mercadorias.

o comparar as mercadorias com os documentos de transporte e os documentos aduaneiros que as acompanham.

o registar a conclusão e os resultados dos controlos. o informar as autoridades aduaneiras da chegada das

mercadorias para que estas possam realizar os controlos das remessas em tempo útil.

o informar o departamento de compras e a administração da recepção das mercadorias.

ISO 9001:2001, secção 6.2.2 ISO/PAS 28001:2006, secção A.3.3

2. Práticas habituais para verificar as medidas de segurança impostas a terceiros

Falta de controlo da recepção de mercadorias que não é registada num sistema logístico e que possa constituir um risco de segurança ou de protecção.

No caso de existirem acordos sobre medidas de segurança com fornecedores nacionais e estrangeiros, o pessoal da empresa deveria ter deles conhecimento, devendo ser estabelecidas práticas habituais para verificar o seu cumprimento.

ISO/PAS 28001:2006, secção A.3.3

3. Supervisão da recepção das mercadorias

Falta de controlo da recepção de mercadorias que não é registada num sistema logístico e que possa constituir um risco

Não deveria ser possível proceder à entrega de mercadorias em zonas que não sejam supervisionadas. O requerente deveria identificar procedimentos para evitar que as mercadorias fiquem sem supervisão.

ISO/PAS 28001:2006, secção A.3.3

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de segurança ou de protecção.

4. Nível de sensibilização do pessoal para a segurança e a protecção

Falta de conhecimento adequado sobre a segurança de que resulta a aceitação de mercadorias não seguras ou não protegidas. Aceitação de mercadorias que não estão registadas num sistema logístico e sobre as quais a empresa não tem qualquer controlo.

O requerente deveria informar regularmente o pessoal das medidas e/ou das disposições em matéria de segurança, a fim de garantir a sensibilização do pessoal para estes aspectos.

ISO/PAS 28001:2006, secção A.3.3

5. Selagem de mercadorias entradas

Falta de controlo da recepção de mercadorias que não é registada num sistema logístico e que possa constituir um risco de segurança ou de protecção.

Na recepção das mercadorias deveria ser verificada a integridade dos selos. Quando relevante, o requerente deveria ter práticas habituais para a selagem de mercadorias entradas.

ISO/PAS 28001:2006, secção A.3.3 ISO/PAS 17712

6. Marcação uniforme das mercadorias

Falta de controlo da recepção de mercadorias que não é registada num sistema logístico e que possa constituir um risco de segurança ou de protecção.

As mercadorias entradas deveriam ser objecto de uma marcação uniforme ou armazenadas em zona(s) designada(s).

ISO 9001:2000, secção 7.4

7. Pesagem e conferência das mercadorias

Falta de controlo da recepção de mercadorias que não é registada num sistema logístico e que possa constituir um risco de segurança ou de protecção.

Quando relevante, o requerente deveria estabelecer práticas habituais para pesar e conferir as mercadorias entradas.

ISO 9001:2000, secção 7.4

8. Procedimentos administrativos de recepção das

Falta de controlo da recepção de mercadorias que não é registada num sistema logístico e que possa constituir um risco

O requerente deveria estabelecer procedimentos administrativos de recepção das mercadorias:

o Como (com base em que documentos), quando e por quem são as mercadorias recebidas registadas na gestão de existências?

ISO 9001:2000, secção 7.4

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mercadorias de segurança ou de protecção.

o Verificação das mercadorias com as listas de carga e as ordens de compra.

o Registo das mercadorias nas existências, o mais rapidamente possível após a sua chegada.

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5.07. Indicador Descrição do risco Questões Referências possíveis a normas

internacionais reconhecidas 9. Procediment

os de controlo interno

Inexistência de acções adequadas em caso de detecção de discrepâncias e/ou irregularidades.

Deveriam existir procedimentos de controlo interno para quando são detectadas discrepâncias e/ou irregularidades. Deveria existir uma separação de funções entre a encomenda das mercadorias (aquisição), a recepção (armazém), o lançamento das mercadorias no sistema (gestão) e o pagamento da factura.

I.2.5.8 Subsecção 8 Armazenagem de mercadorias

5.08. Indicador Descrição do risco Pontos a ter em conta Referências possíveis a normas internacionais reconhecidas

1. Atribuição do local de armazenagem

Protecção inadequada da área de armazenagem contra a intrusão do exterior.

Deveriam ser designadas uma ou mais áreas para a armazenagem de mercadorias.

2. Procedimentos de controlo interno

Inexistência de acções adequadas em caso de detecção de discrepâncias e/ou irregularidades.

Deveriam existir procedimentos relativos à realização de inventários regulares. Deveriam existir procedimentos a aplicar em caso de detecção de discrepâncias e/ou irregularidades.

ISO 9001:2001, secção 2.2

3. Armazenagem separada de mercadorias diferentes

Substituição não autorizada e/ou manipulação ilícita das mercadorias.

Sempre que adequado, os diferentes tipos de mercadorias deveriam estar separados; por exemplo: mercadorias estrangeiras, mercadorias nacionais, mercadorias de elevado valor, mercadorias perigosas, etc. (ver também 5.06.1). O local de armazenagem deveria ser registado na gestão logística logo que as mercadorias dão entrada no local de armazenagem.

Certificado TAPA (Technology Asset Protection Association - Associação de protecção de bens tecnológicos)

4. Medidas de segurança e protecção adicionais para o acesso às mercadorias

Acesso não autorizado às mercadorias.

Existem outras medidas de segurança, para além das referidas nas Secções 5.02 e 5.03, que protejam as mercadorias do acesso por parte de pessoas não autorizadas?

ISO/PAS 28001:2006, secção A.3.3

5. Nível de autorização

Acesso não autorizado às mercadorias.

Acesso à área de armazenagem e às mercadorias reservado exclusivamente ao pessoal designado e a pessoas

ISO/PAS 28001:2006, secção A.3.3 Código ISPS

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para as categorias de pessoal

devidamente autorizadas.

I.2.5.9 Subsecção 9 Produção de mercadorias

5.09. Indicador Descrição do risco Pontos a ter em conta Referências possíveis a normas internacionais reconhecidas

1. Afectação do local

Falta de um controlo total sobre o processo de produção.

Deve ser designada uma ou mais áreas para a produção de mercadorias. Quando as mercadorias são produzidas por terceiros, o requerente deveria estabelecer disposições de segurança com os responsáveis pelas instalações externas, a fim de assegurar a integridade das mercadorias.

ISO/PAS 28001:2006, secção A.3.3

2. Procedimentos de controlo interno

Manipulação ilícita das mercadorias.

Deveriam ser estabelecidos processos e procedimentos de segurança para assegurar a integridade do processo de produção, por exemplo, acesso reservado exclusivamente ao pessoal designado ou a pessoas devidamente autorizadas, supervisão e acompanhamento do processo de produção por sistemas e/ou por pessoal da empresa. Deveria existir uma separação de funções entre o responsável pelo controlo dos métodos de fabrico e o responsável pelo estabelecimento dos métodos de fabrico.

ISO/PAS 28001:2006, secção A.3.3

3. Medidas de segurança e protecção adicionais para o acesso às mercadorias

Acesso não autorizado às mercadorias.

Existem outras medidas de segurança, para além das referidas nas Secções 5.02 e 5.03, que protejam as mercadorias do acesso por parte de pessoas não autorizadas?

ISO/PAS 28001:2006, secção A.3.3

4. Nível de autorização para as categorias de pessoal

Acesso não autorizado às mercadorias.

Acesso à área de produção e às mercadorias reservado exclusivamente ao pessoal designado ou a pessoas devidamente autorizadas.

ISO/PAS 28001:2006, secção A.3.3

5. Acondicionamento de produtos

Controlo incompleto do fluxo de mercadorias.

Quando o acondicionamento dos produtos finais não é feito nas instalações do requerente mas por terceiros, o requerente deveria ter estabelecido procedimentos de segurança com os responsáveis pelas instalações externas,

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a fim de assegurar a integridade das mercadorias.

6. Controlo da qualidade

Controlo incompleto do fluxo de mercadorias.

A existência de um controlo de qualidade das mercadorias pode constituir um elemento adicional para garantir a sua integridade.

I.2.5.10 Subsecção 10 Carga das mercadorias

5.10. Indicador Descrição do risco Pontos a ter em conta Referências possíveis a normas internacionais reconhecidas

1. Práticas habituais para o controlo do transporte à saída

Falta de controlo da entrega de mercadorias que não é registada num sistema logístico e que possa constituir um risco de segurança ou de protecção.

Sempre que adequado, o requerente deveria estabelecer práticas habituais para:

o nomear o pessoal responsável por receber o condutor e pelo carregamento das mercadorias à chegada.

o registar os documentos de transporte e os documentos aduaneiros que acompanham as mercadorias.

o conferir as mercadorias com os documentos de transporte e os documentos aduaneiros que as acompanham.

o registar a conclusão e os resultados dos controlos. o informar as autoridades aduaneiras da partida das

mercadorias para que estas possam realizar os controlos das remessas em tempo útil.

o informar o departamento de vendas e a administração da partida das mercadorias.

ISO/PAS 28001:2006, secção A.3.3

2. Práticas habituais para verificar as medidas de segurança impostas por terceiros

Violação de disposições acordadas em matéria de segurança com o risco de entrega de mercadorias não seguras ou não protegidas. Entrega de mercadorias que não é registada num sistema logístico e sobre as quais a empresa não tem qualquer controlo.

Sempre que adequado, indicar como são verificadas, quando da carga das mercadorias, as disposições em matéria de segurança impostas pelos clientes da empresa.

ISO/PAS 28001:2006, secção A.3.3

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3. Supervisão da carga das mercadorias

Falta de supervisão da carga de mercadorias

Deveria ser nomeado pessoal para supervisionar a carga das mercadorias. Deveria evitar-se que as mercadorias que saem possam ser carregadas ou deixadas sem supervisão. O requerente deveria identificar os procedimentos aplicáveis para evitar que as mercadorias fiquem sem supervisão.

ISO/PAS 28001:2006, secção A.3.3

4. Nível de sensibilização do pessoal para a segurança e a protecção

Falta de conhecimentos adequados em matéria de segurança de que resulta a carga de mercadorias não seguras ou não protegidas. Carga de mercadorias que não estão registadas num sistema logístico e sobre as quais a empresa não tem qualquer controlo.

O requerente deveria informar regularmente o pessoal das medidas e/ou disposições em matéria de segurança, a fim de garantir a sensibilização do pessoal para estes aspectos.

ISO/PAS 28001:2006, secção A.3.3 Código ISPS

5. Selagem de mercadorias saídas

Falta de controlo da selagem de mercadorias

As mercadorias saídas são seladas? De que modo são os selos controlados?

ISO/PAS 28001:2006, secção A.3.3 ISO/PAS 11712:116 ISO PAS 17712

6. Marcação uniforme das mercadorias

Falta de controlo da entrega de mercadorias que não é registada num sistema logístico e que possa constituir um risco de segurança ou de protecção.

As mercadorias saídas devem ser objecto de uma marcação uniforme ou armazenadas em zona(s) designada(s).

7. Pesagem e conferência das mercadorias

Entrega de mercadorias que representam riscos em matéria de segurança ou de protecção. Entrega de mercadorias que não é registada num sistema logístico e sobre as quais a empresa não tem qualquer controlo.

Sempre que adequado, a empresa deveria estabelecer práticas habituais para pesar e conferir as mercadorias saídas.

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8. Procedimentos administrativos de carga das mercadorias

Entrega de mercadorias que representam riscos em matéria de segurança ou de protecção. Entrega de mercadorias que não é registada num sistema logístico e sobre as quais a empresa não tem qualquer controlo.

O requerente deveria estabelecer procedimentos administrativos de entrega das mercadorias:

o Como (com base em que documentos), quando e por quem é contabilizada a saída das mercadorias carregadas na gestão de existências?

o Conferir as mercadorias com as listas de carga e as ordens de compra.

o Registar a saída das mercadorias nas existências, o mais rapidamente possível após a sua partida.

9. Procedimentos de controlo interno

Inexistência de acções adequadas em caso de detecção de discrepâncias e/ou irregularidades.

Deveriam existir procedimentos a aplicar em caso de detecção de discrepâncias e/ou irregularidades.

ISO/PAS 28001:2006, secção A.3.3

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Critério: Normas de segurança e de protecção adequadas: N.º 1, alínea e), do artigo 14.º-K das DAC: A área será considerada adequada se o requerente aplicar medidas que permitam uma identificação clara dos seus parceiros comerciais, a fim de proteger a cadeia de abastecimento internacional. Os operadores económicos só podem ser responsabilizados pela sua parte da cadeia de abastecimento e pelas mercadorias que estejam sob a sua custódia. As partes sequentes da cadeia de abastecimento podem ser protegidas mediante disposições contratuais entre o requerente e os seus parceiros comerciais. As remessas não cobertas ou parcialmente cobertas por medidas de segurança não serão consideradas completamente protegidas e, por conseguinte, não beneficiarão do tratamento máximo possível no que diz respeito a uma classificação de risco inferior.

I.2.5.11 Subsecção 11 Requisitos de segurança para parceiros comerciais

5.11. Indicador Descrição do risco Pontos a ter em conta Referências possíveis a normas internacionais reconhecidas

1. Requisitos de segurança impostos a terceiros

Violação de disposições acordadas em matéria de segurança com o risco de entrega de mercadorias não seguras ou não protegidas.

Identificar e analisar as disposições que são adoptadas para a execução de medidas de segurança entre o requerente e os seus parceiros comerciais. Na medida em que seja praticável para o modelo comercial relevante, poderão ser incluídas medidas de segurança nas disposições contratuais.A eficácia das medidas de segurança implementadas pelos parceiros comerciais do requerente deveriam ser regularmente verificadas com base na análise de risco.

ISO/PAS 28001:2006, secção A.3.3

2. Procedimentos de controlo externo

Violação de disposições acordadas em matéria de segurança com o risco de entrega de mercadorias não seguras ou não protegidas.

Indicar se no último ano ocorreram incidentes relacionados com as disposições supramencionadas. Em caso afirmativo, indicar o tipo de medidas adoptadas em consequência.

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Critério: Normas adequadas em matéria de segurança e de protecção, quando aplicável: N.º 1, alínea f), do artigo 14.º-K das DAC: A área será considerada adequada se o requerente efectuar, na medida em que a legislação o permita, uma triagem de segurança prévia aos futuros trabalhadores que possam vir a ocupar cargos sensíveis em matéria de segurança e realizar controlos periódicos aos seus antecedentes. N.º 1, alínea g), do artigo 14.º-K das DAC: O requerente assegura que o pessoal em causa participa em programas de sensibilização para as questões da segurança.

I.2.5.12 Subsecção 12 Segurança do pessoal

5.12. Indicador Descrição do risco Pontos a ter em conta Referências possíveis a normas internacionais reconhecidas

1. Política de emprego

Infiltração de pessoal que possa constituir um risco de segurança.

A política de emprego do requerente deveria ter em conta os seus requisitos de segurança.

ISO/PAS 28001:2006, secção A.3.3

2. Controlos de segurança dos futuros trabalhadores

Infiltração de pessoal que possa constituir um risco de segurança.

Se a legislação nacional o permitir, o requerente deveria realizar inquéritos pessoais sobre os novos trabalhadores com funções em cargos sensíveis em termos de segurança. Estes inquéritos podem também incidir em trabalhadores já contratados que venham de outros serviços que não sejam considerados tão sensíveis de um ponto de vista de segurança e que sejam transferidos para esses cargos. Os métodos de controlos da segurança podem incluir, antes do recrutamento, inquéritos baseados em elementos incontestáveis e/ou oficiais das suas referências e antecedentes profissionais. Para cargos elevados e/ou críticos em termos de segurança, podem ser exigidos controlos policiais sobre condenações cumpridas e não cumpridas. Os empregados nomeados podem informar o seu empregador de infracções/libertações sob fiança, processos judiciais em curso e/ou condenações. Deveriam igualmente informar sobre qualquer outro emprego ou actividade sujeito a riscos de segurança.

ISO/PAS 28001:2006, secção A.3.3

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Quando o pessoal sai ou é despedido, têm de ser tomadas medidas rigorosas para garantir que já não sejam possíveis intrusões físicas ou "virtuais" (retirada do acesso informático, devolução do passe de segurança ou do crachá).

3. Formação em matéria de segurança e de protecção

Sensibilização inadequada para os requisitos de segurança.

O pessoal em causa deveria receber formação adequada, logicamente baseada no modelo comercial do requerente, no que diz respeito aos riscos de segurança e de protecção associados aos movimentos de mercadorias na cadeia de abastecimento do comércio internacional. Essa formação poderia proporcionar informação sobre os protocolos de segurança, a detecção de intrusão/manipulação ilícita e a comunicação de incidentes, o reconhecimento de ameaças internas potenciais à segurança e a protecção dos controlos de acesso. A expressão "pessoal em causa" pode significar, consoante as circunstâncias específicas, pessoal de segurança, pessoal de movimentação de cargas e de documentação de cargas, bem como trabalhadores nas áreas de expedição e de recepção na medida em que estas estejam sob o controlo do requerente.

ISO/PAS 28001:2006, secção A.3.3

4. Requisitos de segurança e de protecção para pessoal temporário

Infiltração de pessoal que possa constituir um risco de segurança.

O requerente deveria estabelecer requisitos de segurança sobre o recurso a pessoal temporário.

ISO/PAS 28001:2006, secção A.3.3

I.2.5.13 Subsecção 13 Serviços externos

5.13. Indicador Descrição do risco Pontos a ter em conta Referências possíveis a normas internacionais reconhecidas

1. Serviços externos

Infiltração de pessoal que possa constituir um risco de segurança.

Caso estes serviços sejam subcontratados, por exemplo, transporte, guardas de segurança, limpeza, manutenção, as exigências em matéria de segurança deveriam ser incluídas nas disposições contratuais com empresas

ISO/PAS 28001:2006, secção A.3.3

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externas.

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PARTE 3

I.1 Quadro de critérios aplicáveis aos diferentes intervenientes na cadeia de abastecimento

O quadro infra indica as áreas dos critérios que são aplicáveis às diferentes partes na cadeia de abastecimento enumeradas na Parte 1 da Secção IV. O quadro dá apenas uma panorâmica das áreas; os critérios pormenorizados estão explicados nas secções e subsecções supra da Parte 2. Caso um requerente AEO combine nos seus processos empresariais várias das funções mencionadas neste quadro, as colunas deveriam ser fundidas a fim de estabelecer uma lista completa de critérios a preencher:

1) No caso de um exportador que transporta as suas próprias mercadorias (sem utilizar os serviços de um transitário), as colunas "exportador" e "transportador" deveriam ser fundidas.

2) No caso de uma empresa que organiza o transporte de mercadorias por conta de um exportador, que é também proprietária e utilizadora de um veículo de transporte de mercadorias e que actua em nome do exportador como despachante, as colunas "transitário", "transportador" e "despachante" deveriam ser fundidas.

3) No caso de um transitário gerir também um entreposto aduaneiro no qual armazena mercadorias dos seus clientes, as colunas "transitário" e "depositário" deveriam ser fundidas.

4) Se um despachante também desenvolver actividades de entreposto, as colunas "despachante" e "depositário" deveriam ser fundidas.

A sigla "CSF" utilizada no quadro significa: C: Certificado AEO – Simplificações Aduaneiras S: Certificado AEO – Segurança e Protecção F: Certificado AEO – Simplificações Aduaneiras/ Segurança e Protecção

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Fabricante Exportador Transitário Depositário Despachante Transportador Importador 1.01 Volume de negócios 1.01.1 Volume de negócios anual (geral) CSF CSF CSF CSF CSF CSF CSF 1.01.2 Ganhos e perdas CSF CSF CSF CSF CSF CSF CSF 1.01.3 Capacidade de armazenagem CSF CSF 1) CSF CSF CSF 1) CSF CSF 1.01.4 Aquisições (comércio externo) CSF CSF CSF 1.01.5 Mercadorias recebidas em

entreposto aduaneiro ou fiscal CSF

1.01.6 Mercadorias utilizadas no processo de produção

CSF

1.01.7 Resultado do processo de produção

CSF

1.01.8 Vendas (comércio externo) CSF CSF 1.01.9 Mercadorias levantadas do

entreposto aduaneiro ou fiscal CSF

1.02 Estatísticas em matéria aduaneira

1.02.1 Classificação pautal 3) CSF CSF CSF 1.02.2 % dos direitos de importação 3) CSF CSF 1.02.3 % do IVA 3) CSF CSF 1.02.4 % do imposto especial de

consumo 3) CSF CSF

1.02.5 PAC (direitos e restituições) 3) CSF CSF 1.02.6 Medidas preferenciais 3) CSF CSF CSF 1.02.7 Direitos antidumping 3) CSF CSF 1.02.8 Origem / proveniência das

mercadorias 3) CSF

1.02.9 Valor aduaneiro/IVA 3) 1) CSF CSF CSF 2.01 Cadastro 2.01.1 Operações aduaneiras CSF CSF CSF CSF CSF CSF CSF 2.01.2 Verificação do grau de

cumprimento CSF CSF CSF CSF CSF CSF CSF

2.01.3 Pedidos (anteriores) de autorização

CSF CSF CSF CSF CSF CSF CSF

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2.01.4 Cumprimento aduaneiro CSF CSF CSF CSF CSF CSF CSF 2.02 Informações CSF CSF CSF CSF CSF CSF CSF 2.02.1

Irregularidades CSF CSF CSF CSF CSF CSF CSF

Fabricante Exportador Transitário Depositário Despachante Transportador Importador 3 Sistema contabilístico e

logístico do requerente 3.01 Pista de auditoria CSF CSF CSF CSF CSF CSF CSF 3.01.1 Nível de acesso para as

autoridades competentes CSF CSF CSF CSF CSF CSF CSF

3.02 Sistema contabilístico CSF CSF CSF CSF CSF CSF CSF 3.02.1 Ambiente informático CSF CSF CSF CSF CSF CSF CSF 3.02.2 Sistema de contabilidade

integrado CSF CSF CSF CSF CSF CSF CSF

3.03 Sistema de controlo interno 3.03.1 Procedimentos de controlo

interno CSF CSF CSF CSF CSF CSF CSF

3.03.2 Procedimentos de controlo interno especificamente para a produção

CSF

3.04 Fluxos de mercadorias 3.04.1 Generalidades CSF CSF CSF CSF 3.04.2 Fluxo de mercadorias entradas CSF CSF CSF CSF 3.04.3 Armazenagem CSF CSF CSF CSF 3.04.4 Produção CSF 3.04.5 Fluxo de mercadorias saídas.

Saída do entreposto e expedição e transferência de mercadorias CSF CSF CSF

3.05 Práticas aduaneiras habituais 3.05.1 Generalidades 1) CSF 1) CSF 1) CSF 1) CSF 1) CSF CSF 1) CSF 3.05.2 Licenças para importação e/ou

exportação relacionadas com medidas de política comercial ou com o comércio de produtos agrícolas 1) CSF 1) CSF 1) CSF 1) CSF 1) CSF CSF 1) CSF

3.06 Procedimentos relativos a cópia de segurança,

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recuperação e opções de contingência e arquivo

3.06.1 Requisitos para a conservação/ arquivo de registos CSF CSF CSF CSF CSF CSF CSF

3.07

Segurança das informações – protecção dos sistemas informáticos

Fabricante Exportador Transitário Depositário Despachante Transportador Importador 3.07.1 Normas de certificação para

protecção do ambiente informático CSF CSF CSF CSF CSF CSF CSF

3.07.2 Procedimentos de controlo interno CSF CSF CSF CSF CSF CSF CSF

3.07.3 Ambiente informático CSF CSF CSF CSF CSF CSF CSF 3.07.4 Plano de contingência CSF CSF CSF CSF CSF CSF CSF 3.07.5 Práticas habituais em caso de

avaria informática CSF CSF CSF CSF CSF CSF CSF 3.08 Segurança das informações –

segurança da documentação 3.08.1 Procedimentos de controlo

interno CSF CSF CSF CSF CSF CSF CSF 3.08.2

Plano de contingência CSF CSF CSF CSF CSF CSF CSF

3.08.3 Nível de autorização para as categorias de pessoal CSF CSF CSF CSF CSF CSF CSF

3.08.4 Requisitos em matéria de segurança e protecção impostos a terceiros CSF CSF CSF CSF CSF CSF CSF

Section IV Solvabilidade financeira 4.01 Insolvência CSF CSF CSF CSF CSF CSF CSF Section V Requisitos de segurança e de

protecção 5.01 Avaliação da segurança realizada

pelo operador económico SF SF SF SF SF SF SF 5.01.1 Auto-avaliação SF SF SF SF SF SF SF 5.01.2 Organização interna SF SF SF SF SF SF SF 5.01.3 Sistema de controlo interno SF SF SF SF SF SF SF

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5.01.4 Procedimentos de controlo interno SF SF SF SF SF SF SF

5.01.5 Certificação para fins de segurança e protecção por terceiros SF SF SF SF SF SF SF

5.01.6 Requisitos de segurança e protecção específicos de mercadorias SF SF SF SF SF SF SF

5.01.7 Avaliação das ameaças por terceiros SF SF SF SF SF SF SF

5.01.8 Requisitos de segurança impostos por terceiros SF SF SF SF SF SF SF

5.02 Entrada e acesso às instalações SF SF SF SF SF SF SF

Fabricante Exportador Transitário Depositário Despachante Transportador Importador 5.02.1 Práticas habituais para o acesso

ou a entrada de veículos, pessoas e mercadorias SF SF SF SF SF SF SF

5.02.2 Procedimentos operacionais normalizados em caso de intrusão SF SF SF SF SF SF SF

5.03 Segurança física SF SF SF SF SF SF SF 5.03.1 Limites externos das instalações SF SF SF SF SF SF SF 5.03.2 Portões e portas de acesso SF SF SF SF SF SF SF 5.03.3 Dispositivos de fecho SF SF SF SF SF SF SF 5.03.4 Iluminação SF SF SF SF SF SF SF 5.03.5 Procedimentos de acesso às

chaves SF SF SF SF SF SF SF 5.03.6 Medidas internas de segurança

física SF SF SF SF SF SF SF 5.03.7 Estacionamento de veículos

particulares SF SF SF SF SF SF SF 5.03.8 Manutenção de limites externos e

de edifícios SF SF SF SF SF SF SF 5.04 Unidades de carga 5.04.1 Práticas habituais para o acesso

às unidades de carga SF SF SF SF SF SF SF 5.04.2 Práticas habituais para assegurar

a integridade das unidades de carga SF SF SF SF SF SF SF

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5.04.3 Utilização de selos SF SF SF SF SF SF SF 5.04.4 Procedimentos para a inspecção

da estrutura da unidade de carga SF SF SF SF SF SF SF 5.04.4 Procedimentos operacionais

normalizados em caso de intrusão e/ou manipulação ilícita de unidades de carga SF SF SF SF SF SF SF

5.04.5 Propriedade das unidades de carga SF SF SF SF SF SF SF

5.04.6 Manutenção das unidades de carga SF SF SF SF SF SF SF

5.05 Processos logísticos 5.05.1 Meios de transporte activos SF SF SF SF SF SF SF 5.06 Requisitos não fiscais SF SF SF SF SF SF SF 5.06.1 Aspectos não fiscais SF SF SF SF SF SF SF 5.07 Mercadorias entradas SF SF SF SF SF SF SF 5.07.1

Práticas habituais para o controlo do transporte à entrada

SF SF SF SF SF SF

SF

Fabricante Exportador Transitário Depositário Despachante Transportador Importador 5.07.2 Práticas habituais para verificar

as medidas de segurança impostas a terceiros SF SF SF SF SF SF SF

5.07.3 Supervisão da recepção das mercadorias SF SF SF SF SF SF SF

5.07.4 Nível de sensibilização do pessoal para a segurança e a protecção SF SF SF SF SF SF SF

5.07.5 Selagem de mercadorias entradas SF SF SF SF SF SF SF

5.07.6 Marcação uniforme das mercadorias SF SF SF SF SF SF SF

5.07.7 Pesagem e conferência das mercadorias SF SF SF SF SF SF SF

5.07.8 Procedimentos administrativos de recepção das mercadorias SF SF SF SF SF SF SF

5.07.9 Procedimentos de controlo interno SF SF SF SF SF SF SF

5.08 Armazenagem de mercadorias

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5.08.1 Atribuição do local de armazenagem SF SF 1) SF SF SF 1) SF 2) SF

5.08.2 Procedimentos de controlo interno SF SF

1) SF SF SF

1) SF 2) SF

5.08.3 Armazenagem separada de mercadorias diferentes SF SF

1) SF SF SF

1) SF 2) SF

5.08.4 Medidas de segurança e protecção adicionais para o acesso às mercadorias SF SF

1) SF

SF SF

1) SF

2) SF 5.08.5 Nível de autorização para as

categorias de pessoal SF SF 1) SF

SF SF 1) SF

2) SF 5.09 Produção de mercadorias 5.09.1 Afectação do local SF 5.09.2 Procedimentos de controlo

interno SF 5.09.3 Medidas de segurança e

protecção adicionais para o acesso às mercadorias SF

5.09.4 Nível de autorização para as categorias de pessoal SF

5.09.5 Acondicionamento de produtos SF 1) SF 5.09.6 Controlo da qualidade SF 1) SF 5.10 Carga das mercadorias 5.10.1 Práticas habituais para o controlo

do transporte à saída SF SF SF SF SF SF 5.10.2 Práticas habituais para verificar

as medidas de segurança impostas por terceiros SF SF SF SF SF SF SF

5.10.3 Supervisão da carga das mercadorias SF SF SF SF SF SF

SF

Fabricante Exportador Transitário Depositário Despachante Transportador Importador 5.10.4 Nível de sensibilização do

pessoal para a segurança e a protecção SF SF SF SF SF SF SF

5.10.5 Selagem de mercadorias saídas SF SF SF SF SF SF 5.10.6 Marcação uniforme das

mercadorias SF SF SF SF SF SF SF 5.10.7 Pesagem e conferência das

mercadorias SF SF SF SF SF SF SF

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5.10.8 Procedimentos administrativos de carga das mercadorias SF SF SF SF SF SF SF

5.10.9 Procedimentos de controlo interno SF SF SF SF SF SF SF 5.11 Requisitos de segurança

aplicáveis aos parceiros comerciais estrangeiros

5.11.1 Requisitos de segurança impostos a outros parceiros comerciais SF (E) SF (E) SF (I/E) SF (I/E) SF (I/E) SF (I/E) SF (I)

5.11.2 Procedimentos de controlo externo SF (E) SF (E) SF (I/E) SF (I/E) SF (I/E) SF (I/E) SF (I)

5.12 Segurança do pessoal 5.12.1 Política de emprego SF SF SF SF SF SF SF 5.12.2 Controlos de segurança de

futuros trabalhadores SF SF SF SF SF SF SF 5.12.3 Formação em matéria de

segurança e de protecção SF SF SF SF SF SF SF 5.12.4 Requisitos de segurança e de

protecção para pessoal temporário SF SF SF SF SF SF SF

5.13 Serviços externos 5.13.1 Serviços externos SF SF SF SF SF SF SF 1) Quando adequado 2) Apenas em caso de utilização do procedimento de domiciliação. 3) Quando adequado, se for aplicado um regime aduaneiro económico como, por exemplo, o aperfeiçoamento passivo e/ou activo. 4) Quando adequado, em especial no caso de mercadorias PAC ou de utilização do procedimento de domiciliação. (I) Importação (E) Exportação

I.2. Abreviaturas

AEO Operador Económico Autorizado (Authorised Economic Operator) Modelo COMPACT AEO Operador económico autorizado, parceria entre as alfândegas e os operadores económicos para fins de cumprimento das

obrigações (Authorised Economic Operator, Compliance and Partnership Customs and Trade)

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Sucursal Escritório/instalação/outro local da própria empresa e que faz parte dos activos totais e da personalidade jurídica da empresa.

CAC Código Aduaneiro Comunitário DAC Disposições de Aplicação do Código Aduaneiro Comunitário CE Comunidade Europeia UE União Europeia ICAO Organização da Aviação Civil Internacional (International Civil Aviation Organisation) Incoterms Definições comerciais normalizadas e geralmente utilizadas nos contratos de vendas internacionais sobre quem assume os

custos e riscos das mercadorias e em que momento ISO Organização Internacional de Normalização (International Standard Organisation) ISO/PAS Organização Internacional de Normalização, especificação disponível ao público (International Standard Organisation,

Public Available Specification) Código ISPS Código Internacional de Segurança dos Navios e das Instalações Portuárias (Convenção internacional IMO vinculativa) IMO Organização Marítima Internacional (International Maritime Organisation) JO Jornal Oficial PME Pequenas e médias empresas Sociedades afiliadas As empresas multinacionais são normalmente compostas por uma sociedade-mãe e por sociedades afiliadas, sendo cada

uma destas uma pessoa colectiva, ou seja, uma entidade jurídica individual registada no registo local de sociedades de acordo com o direito das sociedades do Estado-Membro em que se encontra estabelecida a sociedade afiliada em causa.

UK Reino Unido UNECE Comissão Económica para a Europa das Nações Unidas (United Nations Economic Commission for Europe) WCO SAFE Quadro de normas de segurança e protecção (Quadro SAFE) da Organização Mundial das Alfândegas (World Customs

Organisations Safe and Secure Framework of Standards)