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Introdução:A importância da retomada das obras do Porto de Luis Correia dar razão plausível para uma série de fatores que agregados a diversas outras obras desse complexo, origina à integração de uma parte exuberante que garantirá ao Estado o desenvolvimento que praticamente não existira antes. Objetivos: A presente análise objetiva identificar oportunidades de mercado para o futuro Porto de Luis Correia, no Estado do Piauí. Busca- se apresentar estratégia de crescimento e desenvolvimento regional a partir de uma base para exportação dos produtos produzidos e movimentados na Área de Influência do futuro Porto. Desse modo, é imperativo que as ações decorram de um planejamento que leve em conta uma análise situacional fundamentada no trajeto histórico do Estado, com as suas possibilidades. Aspectos Básicos ESTADO: PIAUI CAPITAL: TERESINA ÁREA: 250.934* km2 POPULAÇÃO: 3.145.325 hab. PRINCIPAIS CIDADES: Teresina, Parnaiba, Picos e Floriano ANÁLISE “OPORTUNIDADES DE MERCADO PARA O PORTO DE LUIS CORREIA-PIAUÍ”

Oportunidade De Mercado Porto De Luis Correia P I(2)

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ANÁLISE “OPORTUNIDADES DE MERCADO PARA O PORTO DE LUIS CORREIA-PIAUÍ” 2 Aspecto Gegráfico “Luis Correia está bem localizado estrategicamente, logo abaixo da linha do equador. É uma das rotas mais curtas do Brasil para a Europa e a África, além de estar a meio caminho para chegar-se aos outros Estados Brasileiros”. Relevo A superfície do Estado é formada por um relevo plano, somente 18% do território possui altitude acima de 600 metros. São identificadas três unidades de relevo: Baixada litorânea, ocorre ao norte do território; Planalto de Chapada e Serras, que apresentam os pontos mais elevados do Estado (entre 600 e 880 metros), encontrados a leste, sudoeste e sul; e a planície do Parnaíba, formação de terras baixas localizadas nas proximidades do rio Parnaíba que se estende até a Baixa Litorânea. Clima No Piauí são identificadas duas características climáticas: tropical quente e úmido, e semi-árido. O clima tropical é predominante em grande parte do território estadual, as temperaturas nessas áreas oscilam entre 25° e 27°C ao ano. O norte é mais úmido, e por isso, os índices pluviométricos são mais elevados (ao sul 700 mm e ao norte 1.200 mm). O clima semi-árido abrange, principalmente, o sudoeste do Estado. Os índices pluviométricos nessas áreas não ultrapassam os 700 mm anuais, além disso, as chuvas são distribuídas nessas regiões de maneira 3 irregular, provocando secas prolongadas. As temperaturas nessas áreas variam de 24° a 40°C. Vegetação Apesar de a seca fazer parte da realidade do Estado, o mesmo abriga diferentes coberturas vegetais. São elas: Caatinga, Cerrado, Floresta e Mata de Cocais. Cerrado Esse domínio é identificado principalmente no norte e sudoeste do Estado. O Cerrado tem como características: árvores retorcidas, campos cobertos por gramíneas e arbustos. Floresta Áreas cobertas por Carnaúba, Babaçu e Buriti, espécies vegetais encontradas em outros biomas. Mata dos Cocais Corresponde a uma área de transição entre os domínios da Amazônia e da Caatinga. Hidrografia O Piauí possui o rio Parnaíba como principal, além de seus afluentes, como o Uruçuí Preto e o Gurguéia Localizado na região Nordeste do Brasil, o Estado do Piauí é uma unidade da Federação brasileira. Em seu território vivem aproximadamente 3 milhões de habitantes. Em relação à população relativa, o Estado apresenta uma densidade de 12,06 hab/Km2. Os indicadores sociais refletem um IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) de 0,703 (médio). A expectativa de vida no Estado é de 68,2 anos, a mortalidade infantil é de 29,3 mortes a cada mil nascimentos e a taxa de analfabetismo é de 26,2%. A Indústria O setor industrial representa 16,94% do seu PIB e seu quantitativo gira em torno de 4.172 indústrias, onde a capital Teresina absorve 59% desse total. Os dados do IBGE mostram ainda, que as indústrias do Piauí 4 empregam mais de 43 mil pessoas diretamente, sendo que a capital fica com o maior número gerando 30 mil empregos. As indústrias do Estado estão divididas em quatro segmentos, são 1) indústrias extrativas; 2) indústrias de transformação, produção e distribuição de eletricidade; 3) gás e água e 4) no ramo da construção. Dentre eles predominam as indústrias de transformação, que somam 3.194 unidades no Estado e 1.669 na Capital. (Diário do Povo-PI-25.05.2008) O Turismo No Piauí encontram-se os mais antigos sítios arqueológicos do Brasil e da América, considerados entre os mais importantes do mundo. No município de São Raimundo Nonato, na parte sudeste do Estado, 280 desses sítios já foram mapeados por instituições científicas nacionais e internacionais e abrigam rico acervo de arte rupestre e materiais de origem orgânica, em boas condições de conservação. Nos municípios de Piripiri e Piracuruca, no norte do Estado, localizase o Parque Nacional

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Page 1: Oportunidade De  Mercado  Porto De  Luis  Correia  P I(2)

Introdução:A importância da retomada das obras do Porto de Luis Correia dar razão plausível para uma série de fatores que agregados a diversas outras obras desse complexo, origina à integração de uma parte exuberante que garantirá ao Estado o desenvolvimento que praticamente não existira antes.

Objetivos: A presente análise objetiva identificar oportunidades de mercado para o futuro Porto de Luis Correia, no Estado do Piauí. Busca-se apresentar estratégia de crescimento e desenvolvimento regional a partir de uma base para exportação dos produtos produzidos e movimentados na Área de Influência do futuro Porto. Desse modo, é imperativo que as ações decorram de um planejamento que leve em conta uma análise situacional fundamentada no trajeto histórico do Estado, com as suas possibilidades.

Aspectos Básicos

ESTADO: PIAUI

CAPITAL: TERESINA

ÁREA: 250.934* km2

POPULAÇÃO: 3.145.325 hab.

PRINCIPAIS CIDADES: Teresina, Parnaiba, Picos e Floriano

ANÁLISE “OPORTUNIDADES DE MERCADOPARA O PORTO DE LUIS CORREIA-PIAUÍ”

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Aspecto Gegráfico

“Luis Correia está bem localizado estrategicamente, logo abaixo da linha do equador. É uma das rotas mais curtas do Brasil para a Europa e a África, além de estar a meio caminho para chegar-se aos outros Estados Brasileiros”.

Relevo

A superfície do Estado é formada por um relevo plano, somente 18% do território possui altitude acima de 600 metros. São identificadas três unidades de relevo: Baixada litorânea, ocorre ao norte do território; Planalto de Chapada e Serras, que apresentam os pontos mais elevados do Estado (entre 600 e 880 metros), encontrados a leste, sudoeste e sul; e a planície do Parnaíba, formação de terras baixas localizadas nas proximidades do rio Parnaíba que se estende até a Baixa Litorânea.

Clima

No Piauí são identificadas duas características climáticas: tropical quente e úmido, e semi-árido. O clima tropical é predominante em grande parte do território estadual, as temperaturas nessas áreas oscilam entre 25° e 27°C ao ano. O norte é mais úmido, e por isso, os índices pluviométricos são mais elevados (ao sul 700 mm e ao norte 1.200 mm). O clima semi-árido abrange, principalmente, o sudoeste do Estado. Os índices pluviométricos nessas áreas não ultrapassam os 700 mm anuais, além disso, as chuvas são distribuídas nessas regiões de maneira

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irregular, provocando secas prolongadas. As temperaturas nessas áreas variam de 24° a 40°C.

Vegetação

Apesar de a seca fazer parte da realidade do Estado, o mesmo abriga diferentes coberturas vegetais. São elas: Caatinga, Cerrado, Floresta e Mata de Cocais.

Cerrado

Esse domínio é identificado principalmente no norte e sudoeste do Estado. O Cerrado tem como características: árvores retorcidas, campos cobertos por gramíneas e arbustos.

Floresta

Áreas cobertas por Carnaúba, Babaçu e Buriti, espécies vegetais encontradas em outros biomas.

Mata dos Cocais

Corresponde a uma área de transição entre os domínios da Amazônia e da Caatinga.

Hidrografia

O Piauí possui o rio Parnaíba como principal, além de seus afluentes, como o Uruçuí Preto e o Gurguéia

Localizado na região Nordeste do Brasil, o Estado do Piauí é uma unidade da Federação brasileira. Em seu território vivem aproximadamente 3 milhões de habitantes. Em relação à população relativa, o Estado apresenta uma densidade de 12,06 hab/Km2. Os indicadores sociais refletem um IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) de 0,703 (médio). A expectativa de vida no Estado é de 68,2 anos, a mortalidade infantil é de 29,3 mortes a cada mil nascimentos e a taxa de analfabetismo é de 26,2%.

A Indústria

O setor industrial representa 16,94% do seu PIB e seu quantitativo gira em torno de 4.172 indústrias, onde a capital Teresina absorve 59% desse total. Os dados do IBGE mostram ainda, que as indústrias do Piauí

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empregam mais de 43 mil pessoas diretamente, sendo que a capital fica com o maior número gerando 30 mil empregos. As indústrias do Estado estão divididas em quatro segmentos, são 1) indústrias extrativas; 2) indústrias de transformação, produção e distribuição de eletricidade; 3) gás e água e 4) no ramo da construção. Dentre eles predominam as indústrias de transformação, que somam 3.194 unidades no Estado e 1.669 na Capital. (Diário do Povo-PI-25.05.2008)

O Turismo

No Piauí encontram-se os mais antigos sítios arqueológicos do Brasil e da América, considerados entre os mais importantes do mundo. No município de São Raimundo Nonato, na parte sudeste do Estado, 280 desses sítios já foram mapeados por instituições científicas nacionais e internacionais e abrigam rico acervo de arte rupestre e materiais de origem orgânica, em boas condições de conservação.

Nos municípios de Piripiri e Piracuruca, no norte do Estado, localiza-se o Parque Nacional de Sete Cidades, área de flora e fauna ricas e onde se encontram conjuntos uniformes que insinuam a existência, em épocas remotas, de civilizações desenvolvidas.

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O Pólo Costa do Delta contempla cinco municípios e dispõe de costa litorânea de 66 quilômetros de extensão e de um exemplo único que o destaca das demais regiões, o Delta do Rio Parnaíba, que apresenta uma singular variedade paisagística, de fauna e flora. É o único delta das Américas em contato direto com o mar aberto e o terceiro do mundo, sendo formado por cinco “braços" de rio que deságuam no mar e que, em contraste com as dunas, formam um arquipélago pontilhado por 78 ilhas e ilhotas, traçando roteiros ecológicos com os seus igarapés de vegetação fechada e mangues, com área total de 2.700 km².”.( Fonte: Contas Regionais do Brasil – IBGE / Banco do Nordeste do Brasil)

Relação de desigualdade – Cenário Atual

Apresentamos a seguir algumas comparações que nos permite avaliar o impacto das deficiências na desigualdade da renda. A presente análise procura explorar o que está por trás da desigualdade, com ênfase no papel desempenhado por aquilo que chamamos de proficiência. O estudo da trajetória da desigualdade de renda entre os Estados do Nordeste visa verificar a possível contribuição desta variável para a eficiência na geração de bem-estar da Região.

Balança comercial dos estados do Nordeste exportações - acumulado de janeiro a agosto de 2009(Números divulgados pelo Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior).

Estados

(Estatrégia de desenvolvimento e crescmento sustentável a partir do Porto)

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Cenário Proposto - Percebe-se, dia a dia, o propósito do poder público de fomentar as operações do comércio exterior, seja por meio de alianças estratégicas com países emergentes, seja por meio de incentivos e programas desenvolvidos junto às empresas e indústrias exportadoras e é nessa relação que se deve abordar o crescimento, tanto no porto, como na cidade para uma versão globalizada que somente será compreendida se refletida dentro da máxima de agir localmente e pensar globalmente, em face das rápidas transformações dos cenários político, econômico, social, tecnológico e ecológico, que sacodem o mundo moderno.

Logicamente muitos serão os problemas e um primeiro elemento, básico, é a identificação dos principais impactos no espaço urbano de influência do Porto talvez que o elemento importante seja o de transformar os discursos governamentais em ação efetiva, definindo o Porto de Luis Correia como uma prioridade que venha a se constituir numa alavanca para o desenvolvimento da região. Mais do que os reiterados discursos, Luis Correia precisa de um Estudo de Viabilidade Técnica-Econômica e Ambiental, para demonstrar, de forma cabal a possibilidade fática da sua implantação.

Os estudos devem expressar a visão estratégica do Porto que se quer edificar, mostrando como a sua concretização ter um vínculo efetivo com o desenvolvimento regional, atuando como um pólo da cadeia logística que o liga à hinterlândia da qual advém os produtos destinados ao comércio exterior e, ainda, como um ponto importante de conexão para os serviços de turismo. A discussão, que se pretende trazer à tona, sobre o porto de Luis Correia é a de que é necessário assentá-la em um novo “paradigma de cooperação”, caracterizado pelo estabelecimento de um diálogo entre os stakeholders ou partes interessadas para obter-se o fortalecimento da idéia até a sua concretização. É importante criar-se um movimento que a mantenha viva, promovendo o engajamento e comprometimento de novos e importantes atores capazes de influir de forma decisiva no processo decisório. Organizações de classe, sindicatos, movimentos sociais, escolas, universidades e igrejas devem ser convidadas a engrossar as fileiras do movimento, para que ele seja interpretado como do interesse de toda a sociedade e não de uns poucos dos seus cidadãos.

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Os benefícios trazidos pelo intento das importações e exportações são incomensuráveis, na medida em que geram empregos e trazem riqueza local e para nação. O Brasil tem se destacado diante desse cenário internacional, uma vez que os seus produtos tem se tornado mais competitivos, lá fora. O investimento e o capital estrangeiro estão ingressando no País com uma freqüência cada vez maior. A importância da imediata criação de uma estrutura bem preparada e moderna para o Porto de Luis Correia tem que levar em conta os fatores que determinam a ótica sob o aspecto geográfico. A globalização econômica, da qual se derivam ou se associam as mudanças assinaladas, tem se caracterizado por um acentuado aumento dos fluxos de mercadorias que circulam por navios de um continente para outro, requer capacidade de organização e de promoção inovadora, assim como ações de logística mais articuladas.

OS PORTOSEnquanto Indutores do Desenvolvimento deverão considerar suas características nas seguintes dimensões:

1 - Área de Influência;2 - Geopolítica;3 - Organizacional;4 - Social;5 - Econômica;6 - Tecnológica e Comercial.

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1 – ÁREA DE INFLUÊNCIA

Nessa relação é possível conciliar a modalidade de transporte na sua abrangência interligando os sub-setores através da malha rodoviário para se chegar até o Porto.

Para as áreas de grandes potenciais de produção necessariamente incluiri-se-a no vetor logístico para substanciar os eixos de acessos rodoviários; ferroviários; hidroviário e marítimos com acesso até o Porto.

2 – Dimensão Geopolítica

2.1 - Fomentar as operações do comércio exterior, por meio de alianças estratégicas com países emergentes ou por meio de incentivos e programas desenvolvidos juntos as empresas atuantes.

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2.2 - Programas desenvolvidos juntos às empresas e industrias exportadoras numa abordagem de crescimento.

2.3 - Relação Porto/Cidade para uma versão globalizada.

2.4 - Relação com os Estados vizinhos definindo a área de influência e seu zoneamento.

3 – Dimensão Organizacional

3.1 - Deve-se atuar sobre todas as dimensões aqui explicitadas, assegurando operação e expansão em bases sistêmicas, envolvendo todos os setores de produção que utilizam o porto e, particularmente, as conexões de transportes a ele vinculadas.

3.2 - Transformar o multiplicador das atividades totais em ação efetiva, definindo o Porto como prioridade.

3.3 - Alavancar o desenvolvimento da região para que os efeitos das interdependências justifique a sua implantação.

4 – Dimensão Social

4.1 - Gerar o máximo número de empregos no PORTO;

4.2 - garantir-lhes qualidade de vida que lhes permita satisfação pessoal e alto desempenho no trabalho.

5 – Dimensão Econômica

Para garantir o desenvolvimento é necessário que:

• Se estimulem investimentos rentáveis os quais;• utilizem ao máximo as potencialidades locais em termos de recursos

de produção:• insumo;• tecnologia;• capital;• mão-de-obra; e• capacidade empresarial.

6 – Dimensão Tecnológica e Comercial

6.1 – Quanto a Dimensão Tecnológica o Porto deve:

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Contar com as conexões marítimas e terrestres bem projetadas e operadas;

6.2 – o uso de modernos equipamentos de: movimentação; transportes; e bem gerenciados.

Como não basta a um porto ofertar infra-estrutura sem dar a conhecer a gama e qualidade dos serviços ofertados, um vigoroso trabalho de comercialização e marketing é vital, demonstrando as vantagens econômico-financeiras de se instalarem no porto. Dentro dos modelos tradicionais de desenvolvimento, após a realização da obra do Porto de Luis Correia, pressupõe-se um aumento potencialmente considerável para uma economia de forte vocação exportadora. E com a eficiência e competitividade no setor portuário mudará o rumo com predominantes positivos para os demais modais de transportes substancialmente a outros setores da economia por significar a criação de um novo pólo de desenvolvimento econômico com potencial para atrair novos investimentos; com a geração de empregos diretos e indiretos e aumento da receita fiscal.

O Porto e o escoamento da produção:

- Indicadores de resultados de produção e consumo- Projeção de demanda;- Critério de projeção;- Previsão de fluxo de movimentação de carga.

Indicadores de Resultados Produção e Consumo

O Estado do Piaui, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística-IBGE, tem aumentado de forma regular as áreas de plantio, e elevado a sua produtividade em percentuais significativos. Um dos exemplos é o sucesso da cotonicultura (cultura algodoeira) que aumentou significativamente a sua produção de algodão herbáceo em 99,6% e em 2008 colheu 49,5 mil toneladas do produto, segundo números divulgados pelo Setor de Apoio a Logística e Gestão de Oferta (Segel), da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Na safra anterior, a produção foi de 24,8 mil toneladas.no cerrado que tem sido impulsionada pelas condições de clima favorável e das suas terras planas, que permitem a mecanização total da lavoura, apoiada pelos programas de incentivo do governo e pelo uso intensivo de tecnologias modernas. Esse último aspecto tem feito com que essa região detenha as mais altas produtividades na cultura algodoeira, principalmente, em áreas não irrigadas.

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Representando apenas 0,54% do PIB brasileiro em 2006, o Produto Interno Bruto do Piauí registrou R$ 12 bilhões, o que resultou, em termos nominais, numa variação de 72% em relação a 2002 e de 15% a 2004. Em termos reais, a variação nos dois últimos anos ficou em 6,1%, maior que o Nordeste (4,8%) e (4%) em relação ao Brasil

Entre os indicadores de crescimento, o consumo de cimento aumentou de 291 mil toneladas em 2002 para 386 mil em 2007, variando em termos percentuais 32,65%, alteração esta superior à verificada para o Brasil e o Nordeste. O mesmo se constata quando analisamos a variação nos dois últimos anos.

A produção de grãos dos cerrados piauienses aumentou de forma considerável entre 2002 e 2007. No caso da soja, a área plantada passou de 86 mil hectares para 217 mil, variando no período, 152%. Em relação à produção total dessa cultura, a variação foi mais significativa ainda, alcançando 437%. Em 2002, foram colhidas 90 mil toneladas e em 2007, chegou a 484 mil. O arroz, que em 2005 absorveu 57 mil hectares plantados, caiu no ano seguinte para 33 mil e findou 2007 com 40 mil hectares. O ano de 2005, também registrou o maior pico na produção de arroz, alcançando 130 mil toneladas, porém, caindo nos anos seguintes. A tendência crescente em área plantada também se verificou na cultura do milho, cuja variação, entre 2002 a 2007, ultrapassou sete mil hectares e a produção que era de 29 mil toneladas no primeiro ano chegou a 85 mil em 2007 (variação de 193%). A cultura de algodão herbáceo teve produção, em 2007, de 26.913 toneladas, cultivadas em área de 10.323 hectares.

Com o surgimento desses critérios é que serão projetadas as matrizes de produção e consumo, em nível de zoneamento de transportes, para cada produto considerado voltado para o horizonte de análise. É através dos setores de atividades econômicas dos produtos e análise de contagens volumétricas existentes, para projeção de níveis que designam as diferentes zonas de transporte para o agrupamento de cargas, que servirão para identificação das localizações e volumes de produção consumo e comércio exterior relativos a cada produto.

Projeção de demandaSurge a partir do cenário macroeconômico global e da interpretação

do impacto das tendências de crescimento nacional sobre a atividade econômica da área de influência relativa ao Porto ou a região, para

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estimativa de crescimento dos níveis de produção, consumo e comércio exterior.

Em função das características específicas dos diversos produtos que serão considerados, serão adotados critérios capazes de representar, de forma consistente, a evolução dos níveis de produção.

Critério de projeçãoA partir do cenário macroeconômico global e da interpretação do

impacto das tendências de crescimento nacional sobre a atividade econômica da área de influência da região, é possível estabelecer as premissas e hipóteses que serviram de referência para estimativa de crescimento dos níveis de produção, consumo e comércio exterior.

Previsão de fluxo de movimentação de cargaTodos os Produtos com seus respectivos componentes associados a

cada um dos agrupamentos de modo operante, deverão ser apresentados e contabilizados para previsão de movimentação do seu carregamento.

A definição do conjunto de produtos relevantes tem como objetivo identificar os itens de demanda por transporte que representam relevância para o sistema de transporte de carga seja por parte da demanda, seja pelos requisitos logísticos indispensáveis do mercado.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A par de todos os benefícios econômicos que o Porto pode proporcionar, é notável, em todos os portos, à sua capacidade de inclusão social, porque gera empregos e renda e exige mão de obra de crescente qualificação, em face do desenvolvimento continuado da tecnologia que utiliza. O porto que se almeja será aquele possuidor de características de sustentabilidade, pela preservação do ambiente no qual será edificado, um porto que sirva de link do Piauí com o mundo, por meio da intermodalidade que reúne os processos na cadeia de produção, criando novas escalas de rotas marítimas em virtude do aumento da capacidade

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física e operacional dos navios. Nessa perspectiva, a articulação e conexão modal são fundamentais ao trânsito mercantil, no sentido de assegurar o processo sistêmico de integração e circulação de mercadorias.

Luis Correia está bem localizado estrategicamente, logo abaixo da linha do equador. É uma das rotas mais curtas do Brasil para a Europa e a África, além de estar a meio caminho para chegar-se aos outros Estados Brasileiros.

O modelo citado neste documento deverá exercer os seus efeitos e o encadeamento numa suposição realística cuja aplicação se destine a uma região, ainda com baixo nível de renda. Nesse caso a exportação deverá exercer importantes efeitos de encadeamento sobre as atividades locais, mas não são as únicas variáveis a explicar o dinamismo regional. Com a diversificação econômica, e além da transformação dos modelos de produção com a visão às exportações, surgem atividades que expandem o nível de renda e emprego, como a construção civil nas obras de infraestrutura, gastos de turistas, ou transferências de renda de não residentes. Todas essas variáveis, reunidas conjuntamente, formam a base econômica regional. Para pequenas regiões, como é caso de Luis Correia, as exportações constituem a principal variável explicativa do crescimento local e o seu dinamismo se difunde internamente por economias de escala, maior demanda de insumos e serviços especializados.

Conforme demonstrado no decorrer desta análise, e no seu bojo, com a realização da obra do Porto de Luis Correia é de se esperar um aumento potencialmente considerável para uma economia de forte vocação exportadora. Com a eficiência e competitividade no setor portuário mudará o rumo com impactos positivos para os demais modais de transportes e outros setores da economia, por significar a criação de um novo pólo de desenvolvimento econômico com potencial para atrair novos investimentos; com a geração de empregos diretos e indiretos e aumento da receita fiscal.

A ampliação da renda, dos empregos e da arrecadação dos impostos para os governos estadual e municipal; fixação do proprietário rural e das suas famílias, no campo; uso de terras inaptas à agricultura; segurança no fornecimento de matéria-prima, diversificação das cadeias

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produtivas agrícolas; preservação do meio ambiente. Tudo isto causará forte estímulo ao desenvolvimento econômico e social em todo o Estado, aumentando a competitividade para os segmentos industriais mais importantes.

Pela sua relevância, este assunto de forma objetiva, visa proporcionar o acompanhamento por parte dos empresários e entidades que atuam no comércio exterior, sob o ponto de vista de aperfeiçoar a proposta no sentido de que, mais que a simples criação de um porto, o que se propõe é identificar os impactos positivos das exportações e da produção destinada ao mercado exterior, com a imperiosa necessidade de desenvolvimento de uma região, sempre, relegada a um segundo plano.

Por: Carlos Antonio Silveira

[email protected]

(61) 9676-5412

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“As informações usadas na elaboração desta análise resultaram de pesquisas direcionadas ao entendimento da Inserção territorial dos portos”.