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FORTISSIMO Nº 22 — 2016
ALLEGRO
VIVACE
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MINISTÉRIO DA CULTURA, GOVERNO DE MINAS GERAIS E CEMIG APRESENTAM
Nossos concertos são possíveis graças à Lei Rouanet e aos nossos patrocinadores.
ALLEGRO
VIVACE
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Recebemos com alegria o pianista
finlandês Antti Siirala, que nos
brinda pela primeira vez com
sua presença e interpreta o belo
Concerto nº 2 de Felix Mendelssohn.
Marcos Arakaki, regente associado
da Filarmônica, expõe três lados
distintos do Romantismo do
século XIX: a expressão clássica,
mas subjetiva, da Italiana de
Mendelssohn, a força dramática
e incontida do famoso Prelúdio e
morte por amor, do revolucionário
Richard Wagner, e o romantismo
tardio do austríaco Anton Webern.
Emoções das mais variadas nos
esperam nesta noite de primavera.
Preparam-se para elas.
FABIO MECHETTIDiretor Artístico e Regente Titular
Caros amigos e amigas,
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Desde 2008, Fabio Mechetti é Diretor Artístico e Regente Titular
da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, sendo responsável
pela implementação de um dos projetos mais bem-sucedidos
no cenário musical brasileiro. Com seu trabalho, Mechetti
posicionou a orquestra mineira nos cenários nacional e
internacional e conquistou vários prêmios. Com ela, realizou
turnês pelo Uruguai e Argentina e gravações para o selo Naxos.
Natural de São Paulo, Fabio Mechetti serviu recentemente como
Regente Principal da Orquestra Filarmônica da Malásia, tornando-se
o primeiro regente brasileiro a ser titular de uma orquestra asiática.
Depois de quatorze anos à frente da Orquestra Sinfônica de Jacksonville,
Estados Unidos, atualmente é seu Regente Titular Emérito. Foi
também Regente Titular da Sinfônica de Syracuse e da Sinfônica
de Spokane. Desta última é, agora, Regente Emérito.
Foi regente associado de Mstislav Rostropovich na Orquestra
Sinfônica Nacional de Washington e com ela dirigiu concertos
no Kennedy Center e no Capitólio norte-americano. Da
Orquestra Sinfônica de San Diego, foi Regente Residente.
Fez sua estreia no Carnegie Hall de Nova York conduzindo a
Orquestra Sinfônica de Nova Jersey e tem dirigido inúmeras orquestras
norte-americanas, como as de Seattle, Buffalo, Utah, Rochester,
Phoenix, Columbus, entre outras. É convidado frequente dos festivais
de verão nos Estados Unidos, entre
eles os de Grant Park em Chicago
e Chautauqua em Nova York.
Realizou diversos concertos no México,
Espanha e Venezuela. No Japão dirigiu
as orquestras sinfônicas de Tóquio,
Sapporo e Hiroshima. Regeu também a
Orquestra Sinfônica da BBC da Escócia,
a Orquestra da Rádio e TV Espanhola
em Madri, a Filarmônica de Auckland,
Nova Zelândia, e a Orquestra
Sinfônica de Quebec, Canadá.
Vencedor do Concurso Internacional de
Regência Nicolai Malko, na Dinamarca,
Mechetti dirige regularmente na
Escandinávia, particularmente a
Orquestra da Rádio Dinamarquesa e a
de Helsingborg, Suécia. Recentemente
fez sua estreia na Finlândia, dirigindo
a Filarmônica de Tampere, e na
Itália, dirigindo a Orquestra Sinfônica
de Roma. Em 2016 estreou com a
Filarmônica de Odense, na Dinamarca.
No Brasil, foi convidado a dirigir a
Sinfônica Brasileira, a Estadual de
São Paulo, as orquestras de Porto
Alegre e Brasília e as municipais de
São Paulo e do Rio de Janeiro.
Trabalhou com artistas como Alicia
de Larrocha, Thomas Hampson,
Frederica von Stade, Arnaldo Cohen,
Nelson Freire, Emanuel Ax, Gil
Shaham, Midori, Evelyn Glennie,
Kathleen Battle, entre outros.
Igualmente aclamado como regente
de ópera, estreou nos Estados Unidos
dirigindo a Ópera de Washington.
No seu repertório destacam-se
produções de Tosca, Turandot, Carmem,
Don Giovanni, Così fan tutte, La Bohème,
Madame Butterfly, O barbeiro de
Sevilha, La Traviata e Otello.
Fabio Mechetti recebeu títulos
de mestrado em Regência e em
Composição pela prestigiosa
Juilliard School de Nova York.
FABIO MECHETTIdiretor artístico e regente titular
6
Anton WEBERNPassacaglia, op. 1
Felix MENDELSSOHN Concerto para piano nº 2 em ré menor, op. 40
Allegro appassionato
Adagio – Molto sostenuto
Finale – Presto scherzando
Richard WAGNERTristão e Isolda: Prelúdio e morte por amor
Felix MENDELSSOHNSinfonia nº 4 em Lá maior, op. 90, “Italiana”
Allegro vivace
Andante con moto
Con moto moderato
Saltarello – Presto
MARCOS ARAKAKI, regente
ANTTI SIIRALA, piano
PROGRAMA
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MARCOSARAKAKI
Marcos Arakaki é regente associado da
Filarmônica de Minas Gerais e colabora
com a Orquestra desde 2011. Bacharel
em música pela Universidade Estadual
Paulista, na classe de violino do professor
Ayrton Pinto, em 2004 concluiu o
mestrado em Regência Orquestral
pela Universidade de Massachusetts,
Estados Unidos. Participou do Aspen
Music Festival and School (2005),
recebendo orientações de David Zinman
na American Academy of Conducting
at Aspen, nos Estados Unidos, além
de masterclasses com os maestros Kurt
Masur, Charles Dutoit e Sir Neville
Marriner. Sua trajetória artística é
marcada por prêmios como o do
1º Concurso Nacional Eleazar de Carvalho
para Jovens Regentes, promovido pela
Orquestra Petrobras Sinfônica em 2001, e
o Prêmio Camargo Guarnieri, concedido
pelo Festival Internacional de Campos do
Jordão em 2009, ambos como primeiro
colocado. Foi também semifinalista no
3º Concurso Internacional Eduardo Mata,
realizado na Cidade do México em 2007.
Além da Orquestra Filarmônica de
Minas Gerais, Marcos Arakaki tem
dirigido outras importantes orquestras
tanto no Brasil como no exterior.
Estão entre elas as orquestras sinfônicas
Brasileira (OSB), do Estado de São Paulo
(Osesp), do Teatro Nacional Claudio
Santoro, do Paraná, de Campinas, do
Espírito Santo, da Paraíba, da Universidade
de São Paulo, a Filarmônica de Goiás,
Petrobras Sinfônica, Orquestra
Experimental de Repertório, orquestras
de Câmara da Cidade de Curitiba e da
Osesp, Camerata Fukuda, dentre outras.
No exterior, dirigiu as orquestras
Filarmônica de Buenos Aires,
Sinfônica de Xalapa, Filarmônica
da Universidade Autônoma do México,
Kharkiv Philharmonic da Ucrânia
e a Boshlav Martinu Philharmonic
da República Tcheca.
Marcos Arakaki acompanhou
importantes artistas do cenário
erudito, como Gabriela Montero,
Sergio Tiempo, Anna Vinnitskaya,
Sofya Gulyak, Ricardo Castro,
Rachel Barton Pine, Chloë Hanslip,
Luíz Filíp, entre outros.
Ao longo dos últimos dez anos,
Marcos Arakaki tem contribuído de
forma decisiva para a formação de novas
plateias, por meio de apresentações
didáticas, bem como para a difusão da
música de concertos através de turnês a
mais de setenta cidades brasileiras. Atua,
ainda, como coordenador pedagógico,
professor e palestrante em diversos
projetos culturais e em instituições
como Casa do Saber do Rio de Janeiro,
programa Jovens Talentos de Furnas,
Música na Estrada, Universidade
Federal da Paraíba, Universidade
Federal do Rio Grande do Norte,
Universidade Federal de Roraima e
em vários conservatórios brasileiros.
11
Classificado em primeiro lugar em
três concursos internacionais de piano,
incluindo a prestigiosa Competição
de Leeds, o finlandês Antti Siirala se
estabeleceu como um dos melhores
pianistas de sua geração. Além de uma
estreia impressionante com a Sinfônica
de São Francisco, sob regência de Osmo
Vänskä, ele se apresentou nos Estados
Unidos com as sinfônicas de Detroit,
Indianápolis, Jacksonville, Knoxville e
Nova Jersey, com a Filarmônica da
Louisiana e com a Mostly Mozart Orchestra
no Lincoln Center. Nesta temporada,
estreia com a Orquestra de Sarasota.
Ao redor do mundo, Siirala já se
apresentou com as sinfônicas de Bamberg,
da BBC de Londres, de Birmingham, de
São Petersburgo, de Viena e de Cingapura;
orquestras do Festival de Budapeste,
da Rádio Finlandesa, da Rádio de
Frankfurt, da Rádio Sueca, de Melbourne,
de Queensland, NDR de Hannover,
WDR de Colônia, SWR de Freiburg e
Baden-Baden, Nacional Real Escocesa;
Sinfônica Alemã de Berlim, Sinfônica
NHK; Deutsche Staatsphilharmonie
e filarmônicas de Liverpool e do
Novo Japão; Residentie Orkest de
Haia e Tonhalle-Orchester Zürich.
O pianista esteve sob regência de Paavo
Berglund, Herbert Blomstedt, Semyon
Bychkov, Stéphane Denève, Thierry
Fischer, Mikko Franck, Michael Gielen,
Miguel Harth-Bedoya, Pietari Inkinen,
Kristjan Järvi, Neemi Järvi, Fabio Luisi,
Susanna Mälkki, Sakari Oramo, François-
Xavier Roth, Esa-Pekka Salonen, Jukka-
Pekka Saraste, Lan Shui, Mario Venzago,
Hugh Wolff e Xian Zhang. Também teve
colaborações de sucesso com pianistas
como Emanuel Ax, Yefim Bronfman,
Hélène Grimaud e Ivo Pogorelich.
Siirala foi um dos quatro artistas
selecionados pela série de recitais de
piano da Filarmônica de Berlim, junto
com Pierre Laurent Aimard, Lang Lang e
Martin Helmchen. Ele tocou no Kölner
Philharmonie, no Concertgebouw,
Festival de Lucerna, Schumannfest,
Tonhalle de Zurique e Wigmore Hall,
além de salas em Bruxelas, Milão, Detroit
e Nova York. Na música de câmara,
Siirala tem colaborações com Jan Vogler,
grupo Moritzburg, Caroline Widmann,
Christian Poltera e Lawrence Power.
Seu álbum de estreia com trabalhos de
Schubert para a Naxos e sua gravação de
Brahms para a Ondine foram Escolha do
Editor da revista Gramophone; a Piano
News deu ao disco de Brahms sua nota mais
alta em interpretação. Ele também gravou
Beethoven para os selos AVIE e Sony.
Brahms e Beethoven estão no centro do
repertório de Siirala, mas sua compreensão
e compromisso com a música chegam
à música nova. Ele estreou obras de
Walter Gieseler, Kuldar Sink, Uljas
Pulkkis, Kalevi Aho e Kaijo Saariaho.
Em 2013, tornou-se professor de piano
no Hochschule für Musik und Theater,
em Munique.
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ANTTISIIRALA
12 WINSTRUMENTAÇÃO
Piccolo, 2 flautas, 2 oboés, corne inglês, 2 clarinetes, clarone, 2 fagotes, contrafagote, 4 trompas, 3 trompetes, 3 trombones, tuba,
tímpanos, percussão, harpa, cordas.
PARA OUVIRCD Webern – Complete Works, op. 1-op. 31
– London Symphony Orchestra and others – Pierre Boulez, regente – Sony Classical –
2013 (3 discos)
PARA ASSISTIRWDR Sinfonieorchester Köln – Jukka-Pekka
Saraste, regente | Acesse: fil.mg/wpassacaglia
PARA LEROliver Neighbour; Paul Griffiths; George Perle
– Segunda Escola Vienense – Série The New Grove – L&PM Editores – 1990
Áustria, 1883 – 1945
A Passacaglia, op. 1, marca a conclusão dos estudos musicais de
Webern sob a supervisão direta de Schoenberg. Nessa obra, o tema
parece evocar os passos de uma caminhada que, ao longo da peça,
mostra o compositor tributário da tradição romântica, em especial
a que remonta a Mahler e Brahms. No entanto, essa tradição se
apresenta, aqui, sob a forte influência do diálogo já estabelecido
por Schoenberg e do expressionismo schoenberguiano, presente
em obras do mestre, tais como a Primeira Sinfonia de Câmara e o
Segundo Quarteto de Cordas. A exemplo do professor, que falava
abertamente de sua fecunda relação dialógica com a tradição,
Webern assimila e incorpora, mas também responde e transforma.
A Passacaglia surpreende o ouvinte, quando confrontada com a
evolução da obra weberniana. A ela não são estranhos o arroubo e
as passagens eloquentes, de orquestração mahleriana. Passagens desse
tipo ficam muito em evidência nos pontos culminantes das seções
inicial e final da obra. Tais seções exploram os limites da tonalidade
de ré menor, diga-se, de passagem, uma tonalidade especialmente
cara a obras da maturidade de Mahler. A seção central, contrastante,
tem algo do pathos brahmsiano que, vale dizer, percorre toda a
Passacaglia e aflora de modo especial no cantabile de inúmeros
gestos melódicos, entregues, sobretudo, aos instrumentos de sopro.
Mas a filiação pós-romântica da Passacaglia não exclui elementos
composicionais caros ao estilo que marcaria a evolução da linguagem
composicional de Webern. O próprio tema, anunciado pelas cordas,
em pizzicato, valoriza um elemento essencial da poética weberniana:
o silêncio, carregado de expressividade e de expectativa, que valoriza
cada novo som apresentado em um movimento lento e uniforme.
Na estruturação melódica desse tema, de apenas oito notas –
a exemplo de inúmeros temas da
passacalhas barrocas –, chama atenção,
primeiramente, a estruturação
melódica, que parte da tônica (ré) e a
ela retorna, após anunciar, através de
um lá bemol, estranho à tonalidade de
ré menor, que estamos, desde já, diante
de uma tonalidade expandida. Outra
importante característica dessa melodia
é, à exceção da tônica, a não repetição
de notas, princípio composicional caro
aos compositores da Segunda Escola de
Viena. Nesse sentido, a própria escolha
da passacalha, que tem como base a
técnica da variação, parece consequente,
pelo discurso que evita o retorno.
Podemos constatar ainda que, já nas
primeiras variações, Webern acrescenta
ao tema, como a um cantus firmus,
outros materiais melódicos, e o faz
com o domínio do contraponto e da
concisão de escritura que prefigura
aspectos distintivos de outras obras
suas. Ao acrescentarmos que, não
raro, uma orquestração de meias
tintas, caracterizada pela limpidez e
transparência, veicula a ideia musical
através do essencial, temos outra
evidência de que já estamos diante do
compositor que não cessaria de nos
surpreender. Ao ouvinte, fica o convite
para a fruição da Passacaglia e das
demais obras às quais Anton Webern
imprimiu sua personalíssima
linguagem composicional.
Anton
WEBERN
13
OILIAM LANNA Compositor, professor da Escola de Música da Universidade Federal de Minas Gerais.
PASSACAGLIA, OP. 1 (1908) 15 min
14MINSTRUMENTAÇÃO
2 flautas, 2 oboés, 2 clarinetes, 2 fagotes, 2 trompas, 2 trompetes, tímpanos, cordas.
PARA OUVIRCD The Romantic Piano Concerto – vol. 17:
Felix Mendelssohn – City of Birmingham Symphony Orchestra – Lawrence Foster,
regente – Stephen Hough, piano – Hyperion – 1997
PARA ASSISTIROrquestra da Rádio e Televisão
Espanhola – Jozsef Horvath, regente – Fernando Cruz, piano (1º movimento)
Acesse: fil.mg/mpiano2
PARA LERAttila C. Sampaio; Dietmar Holland –
Guia Básico dos Concertos – Civilização Brasileira – 1995
O ano de 1835 marcou o início de uma venturosa fase para o compositor
alemão Felix Mendelssohn. Ele fora convidado a dirigir a Sociedade
dos Concertos da Gewandhaus, de Leipzig, obtendo extraordinário
êxito. O sucesso naquela cidade carregava um significado especial para
Mendelssohn: lá, um século antes, vivera seu ídolo, Johann Sebastian Bach.
O ambiente de Leipzig inspirou Mendelssohn a compor uma grande
obra de estilo bachiano, o Oratório São Paulo, concluído em 1836.
A obra foi executada durante o Festival de Birmingham de 1837,
na Inglaterra. Nessa ocasião, Mendelssohn também estreou seu
Concerto para piano n° 2. A essa altura de sua vida, ele já possuía
reputação internacional tanto como pianista quanto como compositor,
sendo particularmente popular na Inglaterra vitoriana, e firmara-se
como um hábil compositor de concertos, gênero ao qual dedicou
dezenas de criações. Para piano e orquestra já havia composto o
Capricho Brilhante, o Rondó Brilhante e o Concerto n° 1, além do
Concerto em lá menor e outros dois concertos para dois pianos.
Embora o período de Leipzig representasse prestígio profissional
para Mendelssohn, foi marcado pela morte de seu pai, fato que
o abateu profundamente. O alento foi trazido pelo amor de
Cécile Charlotte Sophie Jeanrenaud, com quem Mendelssohn se
casou em 1837. No Concerto para piano n° 2, iniciado durante a
lua de mel, podem ser percebidos elementos exteriores como a tragédia
da morte, representada pela tonalidade de ré menor, e momentos
calorosamente românticos e suaves, pintados em tonalidades maiores.
Na introdução, as primeiras intervenções do piano são hesitantes, e o
material melódico é sugerido em poucas notas. Após trinta compassos,
uma cascata de oitavas do piano impulsiona toda a orquestra a expor
integralmente o tema. Esse material temático sofrerá variações, que se
desenvolverão em imitações contrapontísticas e figurações melódicas
no piano, com alternância das mãos, à maneira de Liszt e Thalberg.
Os solos do piano, no entanto,
em simplificada escrita coral, limitarão
o caráter virtuosístico do Concerto nº 2
em relação ao seu predecessor,
o Concerto nº 1. O compositor
Robert Schumann, na sua crítica
ao Concerto nº 2 de Mendelssohn,
enganou-se ao considerá-lo uma obra
menor: “uma produção dos grandes
mestres enquanto se recuperam
de grandes esforços”. Na verdade,
Mendelssohn debruçou-se sobre
o Concerto nº 2 por mais de seis
meses, fato incomum se levada em
conta sua facilidade inventiva.
O Adagio, ligado ao Allegro appasionato
por introspectivos arpejos do piano,
inicia-se quase desapercebidamente.
Nele, a escrita da parte solista
assemelha-se às Canções sem Palavras,
famoso conjunto de peças para piano
de Mendelssohn. O ambiente plácido
e devocional do Adagio logo dá lugar
ao rítmico Finale. O romantismo
apaixonado cede à alegria radiante.
A sobriedade do arpejo descendente
em ré menor, que introduzira o
primeiro movimento, se dissipa em
um vibrante arpejo ascendente em
ré maior, concluindo o concerto.
15
MARCELO CORRÊA Pianista, Mestre em Piano pela Universidade Federal de Minas Gerais, professor na Universidade do Estado de Minas Gerais.
Alemanha, 1809 – 1847
Felix
MENDELSSOHNCONCERTO PARA PIANO Nº 2 EM RÉ MENOR, OP. 40 (1837)
25 min
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INSTRUMENTAÇÃO
Piccolo, 3 flautas, 2 oboés, corne inglês, 2 clarinetes, clarone, 3 fagotes, 4 trompas,
3 trompetes, 3 trombones, tuba, tímpanos, harpa, cordas.
PARA OUVIRCD Richard Wagner – Tannhäuser;
Siegfried Idyll; Tristan und Isolde – Orquestra Filarmônica de Viena – Herbert von Karajan,
regente – Jessye Norman, soprano – Deutsche Grammophon – 1988
PARA ASSISTIRChicago Symphony Orchestra – Georg Solti,
regente | Acesse: fil.mg/wtristaoeisolda
PARA LERRoger Scruton – Death-Devoted Heart:
Sex and the Sacred in Wagner’s Tristan and Isolde – Oxford University Press – 2012
De Debussy a Schoenberg – para apenas mencionar dois polos
diametralmente opostos –, todas as vozes aclamam Tristão e Isolda
em uníssono. Debussy vai duas vezes em peregrinação a Bayreuth,
depois de assistir ao Tristão em Viena, em 1882. Se, depois, ele
toma um caminho muito diferente, é inegável que o contato com
Wagner lhe propôs importantes ferramentas para libertar-se das
funções tonais e da retórica do desenvolvimento temático. Os
wagnerianos e, pouco mais tarde, a Segunda Escola de Viena,
consideram Tristão e Isolda o anúncio profético dos caminhos
musicais futuros: nessa obra, o trabalho audacioso com encadeamentos
cromáticos potencializa a função expressiva, leva o sistema tonal
aos seus limites mais extremos, esgota os recursos da harmonia
– vedando-lhe a estabilidade – e inaugura as premissas de uma
possível dissolução da tonalidade, mais tarde concretizada.
O resultado expressivo dos cromatismos em Tristão e Isolda tem
nitidamente uma função dramática: a expectativa constante da
resolução das dissonâncias, incessantemente adiada, é um procedimento
capaz de criar o clima de tensão propício à paixão trágica e aos estados
de crise. A lenda medieval que intitula a ópera de Wagner talvez
não pudesse ter achado recurso musical mais adequado. A despeito
dessa inventividade tamanha e de seu lugar fundamental dentre
os maiores monumentos musicais do Ocidente, Tristão e Isolda
não é a última ópera do compositor. Estreada em Munique, em
1865, sob a regência de Hans von Bülow, a ela sucederam ainda
Os Mestres Cantores de Nurembergue (1868), Siegfried e O Crepúsculo
dos Deuses (terceira e quarta partes, respectivamente, do ciclo
O Anel do Nibelungo, ambas estreadas em 1876) e Parsifal (1882).
No entanto, mais que na tetralogia do Anel, é em Parsifal e em Tristão
que a música de Wagner encontra a sua expressão mais genuína.
No Prelúdio de Tristão e Isolda, a
indefinição tonal que se instala desde
os três primeiros compassos – nos
quais uma curta e angulosa melodia
desemboca em um acorde ambíguo,
que não se resolve por completo – gera
tamanha tensão e causa uma impressão
dramática tão impactante que deixa
estarrecido até o ouvinte mais atual.
O par formado pelo prelúdio de Tristão
e a ária final da ópera transformaram-se,
desde muito cedo, pelas mãos do
próprio Wagner, em uma única peça
de concerto. Na verdade, essa
combinação foi executada pela
primeira vez em 1862, três anos antes
da estreia da ópera propriamente dita.
Há, para ela, duas versões: uma que
inclui a voz na parte final e outra
puramente orquestral. Chamado pelo
próprio Wagner de Transfiguração
(Verklärung), o extático e pungente
cântico entoado por Isolda diante do
cadáver de Tristão revela, dela, os
sentimentos mais íntimos e, por isso
mesmo, os menos definidos. Nesse
cântico, Isolda se transporta para um
estado em que amor, dissolução, união
e morte magicamente se integram,
onde o mar se confunde com o próprio
universo. Mesmo sem voz, a versão
orquestral do Mild und leise é sólida o
suficiente para garantir – integralmente
– o impacto dramático desse trecho
antológico da obra de Wagner.
MOACYR LATERZA FILHO Pianista e cravista, Doutor em Literaturas de Língua Portuguesa, professor da Universidade do Estado de Minas Gerais e da Fundação de Educação Artística.
Alemanha, 1813 – Itália, 1883
Richard
WAGNERTRISTÃO E ISOLDA: PRELÚDIO E MORTE POR AMOR (1857/1859) 17 min
1918MAlemanha, 1809 – 1847
Felix
MENDELSSOHNSINFONIA Nº 4 EM LÁ MAIOR, OP. 90, “ITALIANA” (1833/1834)
27 min
INSTRUMENTAÇÃO
2 flautas, 2 oboés, 2 clarinetes, 2 fagotes, 2 trompas, 2 trompetes, tímpanos, cordas.
PARA OUVIRCD Mendelssohn – Symphonies nos. 3 & 4 , Scottish & Italian – The Chamber Orchestra
of Europe – Nikolaus Harnoncourt, regente – Teldec – 2013
PARA ASSISTROrquestra Sinfônica Nacional da Rai –
Rafael Frühbeck de Burgos, regenteAcesse: fil.mg/msinf4
PARA LERLarry L. Todd – Mendelssohn: a life in music –
Oxford University Press – 2003
Larry L. Todd (ed.) – Mendelssohn and his world – Princeton University Press – 1991
A Sinfonia Italiana é originária da viagem de três anos que Mendelssohn
empreendeu pela Europa, aos vinte anos de idade, patrocinado pelo pai,
um rico banqueiro de Berlim. Ao visitar a Itália, ele se encantou com
as obras de arte, a beleza natural, o clima ensolarado e a contagiante
alegria dos italianos, e logo começou a esboçar uma nova sinfonia.
Nos primeiros meses do ano de 1831, Mendelssohn faz menção, em
várias cartas, à sinfonia que estava compondo e que desejava fosse uma
obra alegre. Mas ele sentia que só conseguiria terminá-la após visitar
Nápoles, cidade onde seria capaz de absorver, por completo, o espírito
italiano. Ao que tudo indica, ele não conseguiu terminá-la na Itália,
porque, em uma carta à irmã, de 21 de janeiro de 1832, de Paris, deixa
claro haver abandonado a composição da Sinfonia Italiana para terminar
a abertura da cantata Die erste Walpurgisnacht, op. 60. Constantemente
insatisfeito com a obra, Mendelssohn fez correções até abril de 1833,
quando a levou consigo para a estreia, em Londres, no dia 13 de maio,
com a Sociedade Filarmônica de Londres, sob sua direção. Embora a
Sinfonia tenha sido recebida com grande entusiasmo, Mendelssohn,
alguns anos mais tarde, tirou-a de circulação para revisões e nunca se
viu satisfeito com o resultado. A obra só foi editada após a sua morte.
O primeiro movimento é extremamente alegre. Sua natureza festiva
é apresentada logo no início. O segundo movimento, de acordo com
as cartas de Mendelssohn à irmã, foi o último a ser composto. Seu
caráter introspectivo contrasta com a atmosfera brilhante do primeiro
movimento. O terceiro movimento é uma espécie de minueto. Doce e
bucólico, carrega certa nostalgia da época em que essa dança figurava
nas sinfonias vienenses. O quarto movimento é um saltarello, dança leve
e alegre, típica da Itália, dançada por casais, de mãos dadas, realizando
uma série de pequenos saltos (do italiano saltare). O saltarello da
Sinfonia nº 4, extremamente dinâmico, é
de uma energia incrível, do início ao fim.
As cinco sinfonias de Mendelssohn são
numeradas pela ordem de publicação,
e não de composição. Pela ordem
de composição teríamos a seguinte
sequência: sinfonias números 1, 5, 4,
2 e 3. A primeira sinfonia, composta
em 1824, foi também a primeira a
ser editada (1830), por isso recebeu
o nome de Sinfonia nº 1. Em 1830,
Mendelssohn compôs uma segunda
sinfonia, que receberia o nome de
Sinfonia nº 5 por ter sido a última a
ser publicada (apenas em 1868, vinte e
um anos após a morte do compositor).
Sua terceira sinfonia, hoje conhecida
como Sinfonia nº 4, “Italiana”, foi
publicada quatro anos após a morte
do compositor, em 1851. A cantata
sinfônica Lobgesang, composta em
1840 e segunda a ser publicada (1841),
foi considerada sua Sinfonia nº 2.
E sua quinta e última sinfonia, que,
com a Italiana, é uma das mais
executadas, composta em 1842 e
publicada no mesmo ano, recebeu o
nome de Sinfonia nº 3, “Escocesa”.
19
GUILHERME NASCIMENTO
Compositor, Doutor em Música pela Unicamp, professor na Escola de Música da UEMG, autor dos livros Os sapatos floridos não voam e Música menor.
2120
MB e Orquestra Filarmônica,uma parceria que soa como música para os seus ouvidos.
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Patrocinar a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais nas séries Allegro e Vivace é estar afinado com a cultura.
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FORTISSIMO
novembro nº 22 / 2016 ISSN 2357-7258
EDITORA Merrina Godinho Delgado
EDIÇÃO DE TEXTO Berenice Menegale
* principal ** principal associado *** principal assistente **** músico convidado Ilustrações: Mariana Simões
GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAISFernando Damata Pimentel
VICE-GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAISAntônio Andrade
SECRETÁRIO DE ESTADO DE CULTURA DE MINAS GERAISAngelo Oswaldo de Araújo Santos
SECRETÁRIO DE ESTADO ADJUNTO DE CULTURA DE MINAS GERAISJoão Batista Miguel
Instituto Cultural Filarmônica(Oscip – Organização da Sociedade Civil de Interesse Público – Lei 14.870 / Dez 2003)
DIRETOR ARTÍSTICO E REGENTE TITULAR
Fabio Mechetti
REGENTE ASSOCIADO
Marcos Arakaki
Orquestra Filarmônica de Minas Gerais
PRIMEIROS VIOLINOS Anthony Flint – SpallaRommel Fernandes – Spalla AssociadoAra Harutyunyan – Spalla AssistenteAna Paula SchmidtAna ZivkovicArthur Vieira TertoBojana PantovicDante BertolinoHyu-Kyung JungJoanna BelloRoberta ArrudaRodrigo BustamanteRodrigo M. BragaRodrigo de Oliveira
SEGUNDOS VIOLINOSFrank Haemmer *Leonidas Cáceres ***Gideôni LoamirJovana TrifunovicLuka MilanovicMartha de Moura PacíficoMatheus BragaRadmila BocevRodolfo ToffoloTiago EllwangerValentina Gostilovitch
VIOLASJoão Carlos Ferreira *Roberto Papi ***Flávia MottaGerry VaronaGilberto Paganini Juan DíazKatarzyna Druzd Luciano GatelliMarcelo NébiasNathan Medina
VIOLONCELOSPhilip Hansen *Felix Drake ***Camila PacíficoCamilla RibeiroEduardo SwertsEmilia NevesLina RadovanovicRobson Fonseca William Neres
CONTRABAIXOSNilson Bellotto *André Geiger ***Marcelo CunhaMarcos LemesPablo Guiñez Rossini ParucciWalace Mariano
FLAUTASCássia Lima *Renata Xavier ***Alexandre BragaElena Suchkova
OBOÉSAlexandre Barros *Israel MunizMoisés Pena
CLARINETESMarcus Julius Lander *Jonatas Bueno ***Ney FrancoAlexandre Silva
FAGOTESCatherine Carignan *Victor Morais ***Andrew HuntrissFrancisco Silva
TROMPASAlma Maria Liebrecht *Evgueni Gerassimov ***Gustavo Garcia Trindade José Francisco dos SantosLucas Filho Fabio Ogata
TROMPETESMarlon Humphreys *Érico Fonseca **Daniel Leal ***Tássio Furtado TROMBONESMark John Mulley *Diego Ribeiro **Wagner Mayer ***Renato Lisboa
TUBAEleilton Cruz *
TÍMPANOSPatricio Hernández Pradenas *
PERCUSSÃO Rafael Alberto *Daniel Lemos ***Sérgio AluottoWerner Silveira
HARPADiana Todorova ****
TECLADOSAyumi Shigeta *
GERENTE Jussan Fernandes
INSPETORAKarolina Lima
ASSISTENTE ADMINISTRATIVA Débora Vieira
ARQUIVISTAAna Lúcia Kobayashi
ASSISTENTESClaudio StarlinoJônatas Reis
SUPERVISOR DE MONTAGEMRodrigo Castro
MONTADORESAndré BarbosaHélio SardinhaJeferson SilvaKlênio CarvalhoRisbleiz Aguiar
Conselho Administrativo
PRESIDENTE EMÉRITO Jacques Schwartzman
PRESIDENTE Roberto Mário Soares
CONSELHEIROS Angela Gutierrez Berenice MenegaleBruno VolpiniCelina SzrvinskFernando de AlmeidaÍtalo GaetaniMarco Antônio PepinoMauricio FreireMauro BorgesOctávio ElísioPaulo BrantSérgio Pena
Diretoria Executiva
DIRETOR PRESIDENTE Diomar Silveira
DIRETOR ADMINISTRATIVO-FINANCEIROEstêvão Fiuza
DIRETORA DE COMUNICAÇÃO Jacqueline Guimarães Ferreira
DIRETORA DE MARKETING E PROJETOS Zilka Caribé
DIRETOR DE OPERAÇÕES Ivar Siewers
Equipe Técnica
GERENTE DE COMUNICAÇÃO Merrina Godinho Delgado
GERENTE DE PRODUÇÃO MUSICAL Claudia da Silva Guimarães
ASSESSORA DE PROGRAMAÇÃO MUSICALGabriela Souza
PRODUTORES Luis Otávio RezendeNarren Felipe
ANALISTAS DE COMUNICAÇÃO Marciana Toledo (Publicidade) Mariana Garcia (Multimídia)Renata GibsonRenata Romeiro (Design gráfico)
ANALISTA DE MARKETING DE RELACIONAMENTO Mônica Moreira
ANALISTAS DE MARKETING E PROJETOSItamara KellyMariana Theodorica
ASSISTENTE DE MARKETING DE RELACIONAMENTO Eularino Pereira
ASSISTENTE DE PRODUÇÃO Rildo Lopez
Equipe Administrativa
GERENTE ADMINISTRATIVO-FINANCEIRA Ana Lúcia Carvalho
GERENTE DE RECURSOS HUMANOSQuézia Macedo Silva
ANALISTAS ADMINISTRATIVOS João Paulo de OliveiraPaulo Baraldi
ANALISTA CONTÁBIL Graziela Coelho
SECRETÁRIA EXECUTIVAFlaviana Mendes
ASSISTENTE ADMINISTRATIVACristiane Reis
ASSISTENTE DE RECURSOS HUMANOSVivian Figueiredo
RECEPCIONISTAS Lizonete Prates SiqueiraMeire Gonçalves
AUXILIAR ADMINISTRATIVO Pedro Almeida
AUXILIARES DE SERVIÇOS GERAIS Ailda ConceiçãoRose Mary de Castro
MENSAGEIROSBruno RodriguesDouglas Conrado
MENOR APRENDIZYana Araújo
Sala Minas Gerais
GERENTE DE INFRAESTRUTURA Renato Bretas
GERENTE DE OPERAÇÕES Jorge Correia
TÉCNICO DE ÁUDIO E ILUMINAÇÃOMauro Rodrigues
TÉCNICO DE ILUMINAÇÃO E ÁUDIO Rafael Franca
ASSISTENTE OPERACIONALRodrigo Brandão
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PARA APRECIAR UM CONCERTO
CONCERTOS COMENTADOSAgora você pode assistir a palestras sobre temas dos concertos das séries Allegro, Vivace, Presto e Veloce. Elas acontecem na Sala de Recepções, à esquerda do foyer principal, das 19h30 às 20h, para as primeiras 65 pessoas a chegar.
CUMPRIMENTOSApós o concerto, caso queira cumprimentar os músicos e convidados, dirija-se à Sala de Recepções.
ESTACIONAMENTOPara seu conforto e segurança, a Sala Minas Gerais possui estacionamento, e seu ingresso dá direito ao preço especial de R$ 15 para o período do concerto.
PONTUALIDADE Uma vez iniciado um concerto, qualquer movimentação perturba a execução da obra. Seja pontual e respeite o fechamento das portas após o terceiro sinal. Se tiver que trocar de lugar ou sair antes do final da apresentação, aguarde o término de uma peça.
APARELHOS CELULARESConfira e não se esqueça, por favor, de desligar o seu celular ou qualquer outro aparelho sonoro.
FOTOS E GRAVAÇÕES EM ÁUDIO E VÍDEONão são permitidas durante os concertos.
APLAUSOSAplauda apenas no final das obras. Veja no programa o número de movimentos de cada uma e fique de olho na atitude e gestos do regente.
CONVERSAA experiência do concerto inclui o encontro com outras pessoas. Aproveite essa troca antes da apresentação e no seu intervalo, mas nunca converse ou faça comentários durante a execução das obras. Lembre-se de que o silêncio é o espaço da música.
CRIANÇASCaso esteja acompanhado por criança, escolha assentos próximos aos corredores. Assim, você consegue sair rapidamente se ela se sentir desconfortável.
COMIDAS E BEBIDASSeu consumo não é permitido no interior da sala de concertos.
TOSSEPerturba a concentração dos músicos e da plateia. Tente controlá-la com a ajuda de um lenço ou pastilha.
0 PROGRAMA DE CONCERTOS
O Fortissimo é uma publicação indexada aos sistemas nacionais e internacionais de catalogação. Elaborado com a participação de especialistas, ele oferece uma oportunidade a mais para se conhecer música. Desfrute da leitura e estudo. Mas, caso não precise dele após o concerto, por favor, devolva-o nas caixas receptoras para que possamos reaproveitá-lo.
O Fortissimo também está disponível no formato digital em nosso sitewww.filarmonica.art.br.
Para que sua noite seja ainda mais especial, nos dias de concerto, apresente seu ingresso em um de nossos restaurantes parceiros e obtenha benefícios exclusivos.
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CONCERTOS dez
Veja detalhes em filarmonica.art.br/concertos/agenda-de-concertos.
1 e 2 / dez, 20h30Prokofiev
9 / dez, 20h30 10 / dez, 18hMozart — Último capítulo
15 e 16 / dez, 20h30Mahler
PRESTO VELOCE • Séries de assinatura: Allegro, Vivace,
Presto, Veloce, Fora de Série• Concertos para a Juventude• Clássicos na Praça• Concertos Didáticos• Festival Tinta Fresca• Laboratório de Regência• Turnês estaduais• Turnês nacionais e internacionais• Concertos de Câmara
Visite filarmonica.art.br/filarmonica/sobre-a-filarmonica e conheça cada uma delas.
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