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Os Botequins e Cafés do Porto Os primeiros botequins chegam a Portugal em pleno século XVIII. No entanto, antes de 1755 o hábito português de frequentar estes estabelecimentos ainda não se encontrava muito enraizado, verificando-se uma afluência mais generalizada entre os negociantes estrangeiros, que desenvolviam os seus negócios na cidade de Lisboa. A capital portuguesa será, portanto, o berço da tradição dos cafés em Portugal, que se irá, ulteriormente, expandir pela cidade do Porto e depois, por todo o país. Na cidade de Lisboa notabilizaram-se, neste período de finais da primeira metade da centúria de setecentos, e como verdadeiros pioneiros do café como estabelecimento de comércio em Portugal, o Botequim do Rosa na Rua Nova dos Mercadores e o Botequim de Madame Spencer, ambos fundados por volta de 1740. Mas será com o violento terramoto de 1755 e a ulterior reorganização urbana da cidade iluminista lisboeta, levada a cabo pelo Marquês de Pombal, que os botequins passarão a ter um valor relevante na Baixa Pombalina. Os cafés portuenses dos séculos XIX e XX foram, verdadeiros locais de intervenção social, cultural, económica, política e até religiosa. Encarados como espaços sociais que se enquadram na sua época e mentalidade, conferindo pertinência à reconstituição das suas clientelas mais fiéis, os cafés do Porto das centúrias de oitocentos e novecentos foram frequentados por clientes, que se enquadravam em classes sociais ou estatutos profissionais diferenciados, levando a que estes estabelecimentos se ajustassem as estas condicionantes, compreendendo-se, assim, “a existência de cafés de elite económica, de contestação, do operariado, de pequenos comerciantes, de marítimos ou de professores. Na sua grande maioria, concentravam-se nos espaços de maior acessibilidade, como por exemplo, a Praça de D. Pedro (antiga Praça Nova e atual Praça da Liberdade), “mas em muitos casos a sua vocação era em larga medida decorrente da proximidade dos focos de origem da clientela (como o Pepino e o Amaro e os marítimos ou o Âncora d’Ouro e os estudantes). O Botequim do Pepino ficava no Muro dos Bacalhoeiros na Ribeira e o do Amaro no Muro da Ribeira. Em meados do século XIX, a Praça D. Pedro no Porto era já o "ponto predileto de reunião dos homens graves da política e do jornalismo, da alta mercância tripeira e dos brasileiros” Aqui predominavam os botequins — "Porto Clube", "Europa", "Antiga Cascata", "Internacional", etc. — progressivamente desaparecidos. Na área onde se situava a antiga porta de carros, desapareceram O Botequim da Porta de Carros ou conhecido pelo Botequim do Sr. Frutuoso, O Botequim das Hortas, o Botequim da Neve (Servia sorvetes e era o preferido pelos libertinos da época), o Guichard , o Botequim da Porta do Olival ( No Olival) e o Botequim de S. Lázaro, estes dois últimos os preferidos pela juventude e intelectuais . O Botequim das Hortas ( hoje Rua do Almada ) esquina com a Rua da Fábrica existiu durante 60 anos até 1880. O Botequim do Senhor Frutuoso ficava em Frente à Igreja dos Congregados no começo da Rua da Madeira, que tinha esta denominação, por aí se fazer, em tempos, uma feira de madeira. O Botequim da Neve ficava na Rua de Stº António.

Os Botequins e Cafés Do Porto

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Os Botequins e Cafés Do Porto

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Page 1: Os Botequins e Cafés Do Porto

OsBotequinseCafésdoPorto Os primeiros botequins chegam a Portugal em pleno século XVIII. No entanto, antes de 1755 o hábito português de frequentar estes estabelecimentos ainda não se encontrava muito enraizado, verificando-se uma afluência mais generalizada entre os negociantes estrangeiros, que desenvolviam os seus negócios na cidade de Lisboa. A capital portuguesa será, portanto, o berço da tradição dos cafés em Portugal, que se irá, ulteriormente, expandir pela cidade do Porto e depois, por todo o país. Na cidade de Lisboa notabilizaram-se, neste período de finais da primeira metade da centúria de setecentos, e como verdadeiros pioneiros do café como estabelecimento de comércio em Portugal, o Botequim do Rosa na Rua Nova dos Mercadores e o Botequim de Madame Spencer, ambos fundados por volta de 1740. Mas será com o violento terramoto de 1755 e a ulterior reorganização urbana da cidade iluminista lisboeta, levada a cabo pelo Marquês de Pombal, que os botequins passarão a ter um valor relevante na Baixa Pombalina. Os cafés portuenses dos séculos XIX e XX foram, verdadeiros locais de intervenção social, cultural, económica, política e até religiosa. Encarados como espaços sociais que se enquadram na sua época e mentalidade, conferindo pertinência à reconstituição das suas clientelas mais fiéis, os cafés do Porto das centúrias de oitocentos e novecentos foram frequentados por clientes, que se enquadravam em classes sociais ou estatutos profissionais diferenciados, levando a que estes estabelecimentos se ajustassem as estas condicionantes, compreendendo-se, assim, “a existência de cafés de elite económica, de contestação, do operariado, de pequenos comerciantes, de marítimos ou de professores. Na sua grande maioria, concentravam-se nos espaços de maior acessibilidade, como por exemplo, a Praça de D. Pedro (antiga Praça Nova e atual Praça da Liberdade), “mas em muitos casos a sua vocação era em larga medida decorrente da proximidade dos focos de origem da clientela (como o Pepino e o Amaro e os marítimos ou o Âncora d’Ouro e os estudantes). O Botequim do Pepino ficava no Muro dos Bacalhoeiros na Ribeira e o do Amaro no Muro da Ribeira. Em meados do século XIX, a Praça D. Pedro no Porto era já o "ponto predileto de reunião dos homens graves da política e do jornalismo, da alta mercância tripeira e dos brasileiros” Aqui predominavam os botequins — "Porto Clube", "Europa", "Antiga Cascata", "Internacional", etc. — progressivamente desaparecidos. Na área onde se situava a antiga porta de carros, desapareceram O Botequim da Porta de Carros ou conhecido pelo Botequim do Sr. Frutuoso, O Botequim das Hortas, o Botequim da Neve (Servia sorvetes e era o preferido pelos libertinos da época), o Guichard , o Botequim da Porta do Olival ( No Olival) e o Botequim de S. Lázaro, estes dois últimos os preferidos pela juventude e intelectuais . O Botequim das Hortas ( hoje Rua do Almada ) esquina com a Rua da Fábrica existiu durante 60 anos até 1880. O Botequim do Senhor Frutuoso ficava em Frente à Igreja dos Congregados no começo da Rua da Madeira, que tinha esta denominação, por aí se fazer, em tempos, uma feira de madeira. O Botequim da Neve ficava na Rua de Stº António.

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Café Guichard em 1890, contíguo à Igreja dos Congregados

Café Guichard

Cafés importantes na zona entretanto desaparecidos da actual Praça da Liberdade e que foram instalados a partir da 2ª metade do séc XIX: ¬ O Lusitano, mais tarde passou a o Suíço; ¬ O Portuense ¬ O Camacho; ¬ O Lisbonense; ¬ O Ventura; ¬ O Central; ¬¬¬¬ O Imperial (hoje McDonald´s) “. O Lusitano que mais tarde daria lugar ao Suiço ficava na esquina do que é hoje a Rua Sampaio Bruno ( antes Sá da Bandeira) e a Praça D. Pedro, foi inaugurado em 1853. O Café Portuense, situava-se na esquina da actual Rua de Sampaio Bruno com a Rua Sá da Bandeira ( então Rua do Bonjardim) e foi inaugurado em 1860. Por seu lado, o café Camacho ficava na Praça D. Pedro ao lado da Igreja dos Congregados desde 1870 a 1917. Ficou famoso pelo seu serviço de restaurante.

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O café Lisbonense no 3º quartel do séc. XIX na Rua do Bonjardim , onde mais tarde foi a sede do Banco Borges. O Café Ventura foi inaugurado em frente ao Suiço em 1891 na Rua Sampaio Bruno. O Café Central , preferido dos estudantes situou-se onde está o actual Imperial.

Café Imperial, antigo Café Central

O Café da Porta de Carros ou do Senhor Frutuoso localizava-se no Largo com o mesmo nome, “nos baixos de um prédio de primeiro andar, que se achava (no meio de mais dois) encostado à demolida muralha Fernandina”, mesmo em frente à Igreja dos Congregados. Este café pertencia ao senhor Frutuoso, pai do arcebispo de Calcedónia, D. António Ayres Martins de Gouveia. Horácio Marçal informa-nos que, em 1852, este estabelecimento já era considerado muito antigo. O Café das Hortas encontrava-se sediado na Rua Nova das Hortas (atual Rua do Almada), na esquina com a Rua da Fábrica. Horácio Marçal indica-nos que este café “pertencia a Domingos José Rodrigues e foi fundado no ano de 1820, com secção de bilhares no primeiro andar”. Em 1880, já com outros proprietários, o café foi transformado em restaurante e os pisos superiores deram lugar ao Hotel Internacional, que ainda hoje subsiste.

Situado a Norte da Estação de S. Bento, o café Brasil ostenta numa das paredes o seu desenho original e existe desde 1859 e, tinha ao tempo, duas mesas exclusivas para jogar dominó.

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O Café do Senhor Frutuoso ficava à direita colado à muralha. Ao centro local do antigo e actual

Café Brasil. À esquerda a Rua 31 de Janeiro.

Café Brasil

Do lado nascente da antiga Praça D. Pedro, do lado nascente, ocupando o antigo convento dos Congregados, situavam-se o Café Suisso, o Café Central .

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Café Suisso na esquina do que é agora a Rua Sampaio Bruno, com os antigos Paços do

Concelho ainda de pé.

Café Suisso em 1932

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O Café Central ( 1897/ 1933)

O jogo do bilhar viria a dar origem em meados do século XX a cafés de referência na cidade como sejam os cafés Avenida, Monumental, Águia d’Ouro, Chave d’Ouro e, sobretudo, o Palladium possuíam autênticos salões especializados, com dezenas de mesas que se encontravam à disposição dos praticantes. O Monumental na Avenida dos Aliados durou poucos anos e o Café Avenida também na Avenida dos Aliados deu origem depois ao Café Vitória.

Café Palladium ( interior em 1940 )

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Café Águia D’ouro

Café Monumental

A música também desempenhou um papel de extremo relevo nos cafés do Porto, ao longo dos séculos XIX e XX. Os Cafés Suisso e Lisbonense foram, sem dúvida, os mais afamados. Nestes estabelecimentos existiam, todas as noites, concertos que iam desde as “composições ligeiras de Lecoq e de Suppé, até aos trechos classicos de Rossini e de Wagner”, passando pelas entusiásticas “valsas de Waldteufel”. Ao domingo, existiam as matinés no Café Lisbonense, que se realizavam pelas 14 horas da tarde, começando por tocar os principais artistas a solo, que interpretavam, em piano, os “transcendentes noturnos de Chopin e as belas sonatas de Beethoven”, em violino, “os arrebatadores trechos de Paganini e Sarasate” e em violoncelo, “os majestosos caprichos fantasias de Dunkler”. À noite era costume serem executados 10 números, onde figuravam seleções de óperas, sinfonias, zarzuelas, entre outros. Destacaram-se como principais executantes, os violinistas: Júlio Cagiani, Laureano Forssini, José Muner, Luigi Comuni, entre outros, os violoncelistas: Ferrucio Alberti, José Romagosa, Carlos Quilez, Mário Vergé, entre outros, os pianistas: Xisto Lopes, Pedro Blanco, Evélio Burull, Manuel Figueiredo, entre outros, e os contrabaixistas: Francisco Symaria, Manuel Jorge Paiva, entre outros. Com a inauguração

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do Café Guarany, em 1933, atuou, em exibições diárias, à tarde e à noite, um quinteto, que alcançou grande notoriedade na cidade. Era este constituído por “Raúl de Lemos, Manuel Constante, José da Costa, José Oliveira e Fausto Caldeira”. A música foi, assim, a par com o jogo, um dos principais passatempos dos portuenses, no interior dos cafés, ao longo dos séculos XIX e XX. Entre 1918 e 1939 destacam-se a abertura de , O Majestic, O Excelsior, O Imperial, O Palladium, O Monumental, O Avenida e O Guarany.

Café Guarany ( Actual)

Esplanada do Café Guarany em 1941

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O café Guarany em meados do séc.XX

Em meados de 1935 é inaugurado 0 Luso Caffé que é um espaço situado na Praça Carlos Alberto intimamente ligado à história da cidade do Porto, tendo sido fundado como Café Luso-Africano veio a adoptar a designação Luso Café e assim ficou conhecido durante as décadas seguintes, sendo um ponto de paragem obrigatória para Portuenses de todas as classes e extractos sociais bem como várias personalidades ligadas à cultura. O emblemático Café Luso, veio a ser a sede de campanha do general Humberto Delgado e a 14 de Maio de 1958 é aí que, no seu discurso, exclama: "O meu coração ficará no Porto!" Foi a maior enchente de pessoas jamais vista nesta praça. Em 1980 acolhe uma conversa rotineira entre Mário Dorminsky, Beatriz Pacheco Pereira e o pintor José Manuel Pereira. Os dois primeiros, já entusiasmados com o cinema, queriam mostrar filmes e o pintor queria, naturalmente, mostrar quadros. Conversa puxa conversa, senta-se mais uma pessoa na mesa, o actor António Reis, e surge, então, a ideia de fazer um festival de cinema fantástico e assim nasce o Fantasporto. Encerrado durante dez anos, reabre remodelado em 2010. “A partir do primeiro quartel do século XX, o Porto assumiu, decididamente, uma das suas mais requintadas tradições, através da construção de cafés, desenhados e ornamentados por arquitetos, escultores e pintores, que imprimiram aos lugares da sua implantação […] a marca de bom gosto […]”. De facto, foi, nesta época, que se construíram alguns dos mais notáveis cafés portuenses, que tinham como principais características, as suas qualidades estéticas de muito bom gosto artístico, teorizadas pelas vanguardas que se faziam sentir naquele período, com especial relevo para os movimentos Arte Nova e Arte Deco. De facto, foi, nesta época, que se construíram alguns dos mais notáveis cafés portuenses, que tinham como principais características, as suas qualidades estéticas de muito bom gosto artístico, teorizadas pelas vanguardas que se faziam sentir naquele período, com especial relevo para os movimentos Arte Nova e Arte Deco. Durante este período, dois estabelecimentos se notabilizaram como “as duas grandes instituições de referência neste mundo do convívio e da sociabilidade dos cafés”. Foram eles o Café A Brasileira e o Café Majestic.

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Fachada da Brasileira primitiva antes de 1916

Interior da Brasileira em 1903

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Barracão provisório em madeira, para venda, enquanto decorriam as obras em 1916. Já se observa o alpendre envidraçado

Interior do Barracão

Em questões estéticas, nos anos da República, o Majestic era um símbolo do que de melhor se desenhava na cidade do Porto. Atravessou o período da ditadura como local de encontro de uma panóplia diversificada de gente que povoava a baixa portuense e que ia dos trabalhadores do comércio às personalidades das Belas-Artes, passando por intelectuais de tendências variadas. Por volta dos anos 20 e 30, intelectuais como Leonardo Coimbra, Teixeira de Pascoaes e António Nobre, fizeram deste café o seu local de encontro habitual. Uns anos mais tarde, também por lá passava José Régio. Depois da Segunda Guerra Mundial, e com o desenrolar da segunda metade do século XX, foi surgindo uma nova geração de cafés que já não patenteiam da “grandeza e o requinte decorativo” dos cafés da primeira metade da centúria, prevalecendo a austeridade obtusa. Destacam-se no seio desta nova tipologia os cafés: Embaixador, Ceuta e Aviz.

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Café Ceuta ( actual)

A excepção será talvez o Rialto na Praça D. João I. I naugurado na década de quarenta tinha uma decoração exigente com murais de Abel Salazar, Guilherme Camarinha e Dórdio Gomes.

Café Rialto

No que diz respeito aos cafés em concreto, num universo de cento e sete estabelecimentos, que entre o início do segundo quartel do século XIX e o fim da primeira metade da centúria seguinte foram proliferando pelos cinco núcleos urbanos da cidade do Porto, destacam-se trinta e cinco cafés (vinte e sete extintos e oito ainda ativos na atualidade). Entre os trinta e cinco destacados, vinte e seis podem ser considerados café histórico. São eles os cafés: Porta de Carros, Hortas, Neve, Central, Chaves( situava-se na confluência das Ruas D. Pedro e Rua do Laranjal, mesmo nas traseiras dos antigos Paços do Concelho) Recreio (anterior República), Primavera, Astória(situado em frente à Estação de S. Bento, na esquina do prédio do Passeio das Cardosas) Leão d’Ouro (anterior Comuna), Graça, Martinho, Chaves no Chalet da Cordoaria, Vitória, Avenida, Sport, Monumental, Central (o da Avenida), Lisbonense, Au Chantecler, Rialto(Situado na Praça D. João I na cave do edifício Rialto na esquina com a Rua Sá da Bandeira ) e Excelsior (todos eles já extintos) e os cafés: Brasil,

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Chave d’Ouro, Portas do Olival, Âncora d’Ouro ( conhecido por Piolho) e Progresso (estes ainda ativos na atualidade). Os três útimos na zona da Reitoria da Universidade tinham clientela ligada ao sector estudantil. Nessa mesma zona podemos ainda referir o Café Lealdade depois Romão (ainda existente) na Praça Carlos Alberto e O Universidade contíguo ao “Piolho”.

Café Leão D’Ouro em 1913 antes de ao lado aparecer o Chave D’Ouro

Café Chave D’Ouro em 1927

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Café Astória em 1940

Café Âncora Douro

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Café Chaves por baixo do Hotel Francfort

Interior do Café Chaves

À esquerda Chalet do Café Chaves na Cordoaria

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Café Progresso

Café Luso ( actual)

Os restantes nove são aqueles que são sem sombra de dúvidas um café histórico e os mais emblemáticos. São eles os cafés: Guichard, Águia d’Ouro, Suisso (anterior Lusitano e Portuense), Camacho, Imperial e Palladium (todos eles extintos) e os cafés: A Brasileira, Majestic e Guarany (estes com maior longevidade). Houve uma época em que abriram cafés de cariz mais popular. Foi o caso do Café Primavera que em 1908 já existia na Rua do Laranjal, onde actuavam bailarinas espanholas e o Café República depois Café Recreio na Rua do Laranjal com actuação de bailarinas e cantadeiras. Do mesmo género apareceu na década de 30, O Colon depois Bristol na Rua Entre paredes , o Chinês na Rua do Campinho com orquestra e clube nocturno e o Vitória na Praça de Santa Teresa com fados e guitarradas. Texto, em grande parte, com a devida vénia a Nuno Fernando Ferreira Mendes e Maria Teresa Castro Costa.