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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas

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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

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Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica – Turma 2013

Título: Jogos Educativos Cooperativos: uma proposta na socialização de alunos da Educação Básica.

Autor: Célia Regina Calvo.

Disciplina/Área: Educação Física.

Escola de Implementação do Projeto: Colégio Estadual Prof. Benoil F. M. Boska- Ensino Fundamental e Médio.

Município da escola: Ourizona- Pr.

Núcleo Regional de Educação: Maringá- Pr.

Professor Orientador: Roseli Terezinha Selicani Teixeira.

Instituição de Ensino Superior: Universidade Estadual de Maringá.

Relação Interdisciplinar:

Resumo:

No último ano, durante as reuniões pedagógicas do colégio houve um aumento nas reclamações por parte dos professores em relação ao mau comportamento dos alunos do 6º e 7º anos. Entre os principais maus comportamentos estão: os atos de violência física, atos de violência psicológica (bullying),falta de respeito aos professores e de cooperação em relação ao desenvolvimento das atividades propostas - teóricas como práticas, entre outros aspectos. Desta forma, nesta unidade didática, pretende-se mostrar que é nas aulas de Educação Física o espaço ideal para que os jogos cooperativos sejam realizados como elemento de motivação, favorecendo e contribuindo ao respeito, cooperação, exercício da cidadania, além de oportunizar a formação de atitudes e valores necessários á formação dos educandos. E com o desenvolvimento desta unidade didática outros professores também poderão oportunizar as crianças vivenciarem atividades cooperativas, que contribuam no comportamento e aprimorando o relacionamento interpessoal.

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Palavras-chave:

Educação física, jogos cooperativos, socialização, indisciplina.

Formato do Material Didático: Unidade Didática.

Público: Alunos do 6º e 7º anos do Ensino Fundamental.

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

PLANO DE TRABALHO

JOGOS EDUCATIVOS COOPERATIVOS: UMA PROPOSTA NA

SOCIALIZAÇÃO DE ALUNOS DA EDUCAÇÃO BÁSICA

MARINGÁ

2013

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CELIA REGINA CALVO

JOGOS EDUCATIVOS COOPERATIVOS: UMA PROPOSTA NA

SOCIALIZAÇÃO DE ALUNOS DA EDUCAÇÃO BÁSICA

Caderno Pedagógico apresentado à Coordenação do Programa de

Desenvolvimento Educacional – PDE, da Secretaria de Estado da

Educação do Paraná, em convênio com a Universidade Estadual

de Maringá.

Orientadora Dra. Roseli Terezinha Selicani Teixeira

MARINGÁ 2013

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IDENTIFICAÇÃO

Professor PDE: Célia Regina Calvo

Professor (a) Orientador (a): Dra. Roseli Terezinha Selicani Teixeira

Área PDE: Educação Física

NRE: Maringá

Escola de Implementação: Colégio Estadual Prof. Benoil F.M.Boska-

Ensino Fundamental e Médio

Público objeto da intervenção: alunos de 6º e 7º anos em contraturno

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1. INTRODUÇÃO

A elaboração desta unidade didática faz parte do Programa de

Desenvolvimento Educacional (PDE) da Secretaria de Estado da Educação do Estado

do Paraná como uma das etapas das produções didáticas. Esta unidade didática tem

como objetivo utilizar os jogos cooperativos como alternativa para que alunos

regularmente matriculados no 6º e 7º anos do ensino fundamental possam aprimorar

os níveis de relacionamento interpessoal por meio de manifestações lúdicas com o

caráter cooperativo no Colégio Estadual Prof. Benoil F. M. Boska.

Tem como intuito possibilitar o desenvolvimento de um pensar mais crítico por

meio de jogos cooperativos com objetivo de enraizar valores e atitudes, oferecer ás

crianças oportunidades para o desenvolvimento de potencialidades por meio de

atividades sistematizadas e resgatar a noção e a importância da brincadeira, do jogo,

das habilidades motoras durante o desenvolvimento das atividades programadas

(Anexo A).

As Diretrizes Curriculares de Ed. Física da Rede Pública de Educação do

Estado do PR tem como objetivo nortear e fundamentar o trabalho do professor e nele

inclui os jogos cooperativos como conteúdo estruturante e os conteúdos básicos

organizados para a disciplina de Educação Física. Desta forma, acredita-se que com o

desenvolvimento deste projeto outros professores também poderão oportunizar as

crianças vivenciarem atividades cooperativas, que contribuam no comportamento,

atitudes, relacionamento, aprimorando o relacionamento interpessoal.

Muitas vezes podemos perceber que os jogos e brincadeiras são esquecidos

na prática da Educação Física, e os jogos cooperativos apresenta uma nova

possibilidade pedagógica para contribuir em uma melhora significativa na convivência

dos alunos no âmbito escolar.

É fundamental que a escola busque diagnosticar os problemas que cercam a

realidade dos alunos e trabalhe no intuito de desenvolver ações que possam formar

atitudes e valores. Diante dessa constatação e de acordo com o projeto político

pedagógico da escola, é nas aulas de Educação Física, o espaço ideal para que os

jogos cooperativos sejam realizados como elemento de motivação, favorecendo e

contribuindo ao respeito, cooperação, exercício da cidadania. Além de oportunizar a

formação de atitudes e valores necessários á formação dos educandos.

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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Para Fromm (1971) citado por Soler (2008) expõe que para aprender uma arte é

necessário o domínio da teoria e o domínio da prática. Nessa unidade didática

retrataremos conceitos e características dos jogos cooperativos para assim embasar

nossas aulas e atividades, pois, “falar em cooperação é falar em aceitação, ajuda

mútua, divertimento, prazer, qualidade de vida, enfim, criar possibilidades de

mudanças” (SOLER, 2008, p.23).

2.1 JOGOS EDUCATIVOS COOPERATIVOS

2.1.1 Origem e Evolução

Diversas áreas de pesquisa têm realizado estudos a cerca do tema jogos,

porém, sendo mais explorado pelo campo da filosofia, da psicologia, da educação e da

educação física. Em geral, os estudos têm sido focados em identificar as

características, a classificação e o significado dos jogos.

Huizinga (1996) apresentou uma das primeiras referências a cerca da definição

do jogo quando publicou o livro “Homo Ludens” em 1938. O autor explica que o jogo

trata-se de uma atividade voluntária, que ocorre em um espaço definido e com um

tempo determinado. Ele é baseado em regras livremente constituídas (as regras

podem variar de acordo com o tipo, tempo e local), porém, obrigatórias, que geram

expectativas: tanto eufóricas como aflitivas, munido de seus próprios propósitos e

objetivos.

Após duas décadas, Caillois publica “Os Jogos e Homens” (1958). Nesta obra,

o autor realiza vários apontamentos sobre a caracterização e classificação dos jogos.

Ele também apresenta uma definição simples sobre o termo jogo: “é uma atividade

livre, delimitada, incerta, improdutiva, regulamentada e fictícia” (CAILLOIS, 1990, p.29).

Terry Orlick doutor em psicologia foi um dos primeiros estudiosos a associar os jogos

em uma perspectiva educativa. O livro que marcou seu trabalho foi escrito em 1978,

porém, publicado apenas em 1989 e intitulado: “Winning through cooperation”

(Vencendo a Competição). O livro é dedicado a uma abordagem sociológica do uso de

jogos no processo de formação humana.

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Orlick (1989) explica que durante o jogo o indivíduo faz uso de seus valores e

concepções de vida, logo, esses valores e concepções estão sujeitos às modificações

durante o contexto. “Por que não usar o poder transformador dos jogos para ajudar

anos tornarmos o tipo de pessoa que realmente gostaríamos de ser?” (ORLICK, 1978,

p. 107).

Amaral (2004) também partilha da mesma ideia, pois, para o autor, os jogos

proporcionam situações atrativas em diversos contextos, e isso faz com que haja uma

série de vivências que podem se encaixar em outras ocasiões no decorrer da vida, são

elas: confrontamento de pontos de vista, defesa de interesses, participação em

discussão, vivência da crise e do conflito. Baseadas nas concepções de formação

humana dos jogos, Piaget em 1982 formula algumas ideias relacionadas ao jogo,

focando o ponto de vista pedagógico. O autor discute a importância dos jogos no

desenvolvimento da inteligência da criança.

Os jogos tem uma evolução que perpassa pela exercitação, no período

sensório-motor; jogos simbólicos, com predominância na fase escolar e com forte

caracterização da imitação, jogos com regras, pressupondo a existência de parceiros e

um conjunto de obrigações, conferindo-lhe um caráter social favorecendo avanços do

pensamento e a preparação, a análise e o estabelecimento de relações (PIAGET,

1982, p.98).

Paes (2001) também concorda com a ideia de que o jogo pode servir como

uma importante ferramenta nos processos de ensino. “Reconhecemos no jogo, bem

como nas brincadeiras, uma forma para o desenvolvimento da criança” (PAES, 2001,

p. 81). Os estudos de Orlick sobre a importância dos jogos na formação humana levou

Ted Lentz (1950) a formular uma proposta de jogos cooperativos. A obra de Lentz

levou em português o título “Para Todos: Manual de jogos Cooperativos”, que teve

como coautora a educadora Ruth Cornelius. As ideias de Lentz foram amplamente

divulgas em diversos países e serviram como base para vários estudos.

Segundo Soler (2008) a história dos jogos cooperativos no Brasil é

relativamente recente. Teve em início em 1992 com Fabio Otuzzi Brotto juntamente

com sua esposa Gisela Sartori Franco os quais iniciaram o “Projeto Cooperação”, por

meio de oficinas, palestras, eventos e publicação de materiais didáticos.

Em 1995 Brotto publicou o primeiro livro sobre o assunto no Brasil: “Jogos

Cooperativos: se o importante é competir, o fundamental é cooperar”. A publicação foi

fundamental para a disseminação do tema no Brasil.

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2.1.2 A Prática no Ambiente Escolar

Os jogos cooperativos tem como foco principal a busca por uma meta comum,

assim, a união entre os participantes e que levará ao alcance da vitória. “Nos jogos

cooperativos, joga-se para superar desafios e não para derrotar os outros; joga-se para

gostar do jogo, pelo prazer de jogar” (BROTTO, 2001, p. 54). Amaral (2004) concorda

com Brotto (2001) quando expõe que os jogos cooperativos constituem uma atividade

coletiva que tem por objetivo a conquista de objetivo. Porém, o autor frisa que nem

sempre este objetivo precisa ser comum entre as partes, desde que o processo da

conquista satisfaça todos os envolvidos.

Brotto (2001) entende que temos no jogo uma oportunidade concreta de nos

expressarmos com um todo harmonioso, um todo que integra virtudes e defeitos,

habilidades e dificuldades, bem como as possibilidades de aprender a “ser” por inteiro

e, não, pela metade. Jogando por inteiro, podemos “desfrutar da inteireza uns dos

outros e descobrir o jogo como um extraordinário campo para a descoberta de si

mesmo e para o encontro com os outros” (BROTTO, 2001, p. 87). O autor ainda

complementa dizendo que aprendendo a jogar dentro do estilo cooperativo,

desfazemos a ilusão de sermos separados e isolados uns dos outros e percebemos o

quanto é bom e importante ser a gente mesmo, respeitar a singularidade do outro e

compartilhar para o bem-estar comum.

Brown (1994) explica que os jogos cooperativos podem interferir no

estabelecimento de relações mais harmoniosas. O autor entende que esta forma de

jogar visa à contribuição participativa, busca eliminar o clima agressivo e ajuda o

desenvolvimento da empatia e da comunicação. Soler (2008) complementa os estudos

de Brotto (2001) ao considerar que os jogos cooperativos favorecem algumas atitudes

essenciais para o exercício da convivência, pois evitam situações de exclusão;

diminuem as chances de experiências negativas; favorecem o desenvolvimento das

habilidades motoras e capacidades físicas (universo psicomotor) de forma prazerosa;

estimula um clima de alegria e descontração; promove o respeito e a valorização pelo

diferente e ensina para além das regras e estruturas do jogo.

Orlick (1989) baseou-se nos esportes e jogos tradicionais e foi inserindo

valores e princípios dos jogos cooperativos. Dividiu os jogos cooperativos em

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diferentes categorias: Jogos cooperativos sem perdedores, Jogos cooperativos de

resultado coletivo, Jogos de inversão, Jogos semi-cooperativos.

Estas categorias nos possibilita a aplicação das atividades e favorecem de

forma significativa a prática pedagógica, e na presente proposta desta unidade didática

estaremos proporcionando todos estes tipos de jogos educativos cooperativos. Amaral

(2008) explica que ao selecionar uma atividade, os objetivos devem estar claros,

adequar as atividades ao interesse dos alunos e ao ambiente. Procurar estabelecer

gradativamente o nível de dificuldades, à motivação e cooperação deste mesmo grupo.

Soler (2008) lista 11 habilidades que são desenvolvidas a partir do trabalho em

grupo por meio dos jogos cooperativos: participação igual; ouvir atentamente os outros

integrantes do grupo; olhar para quem fala; negociar; integrar no jogo as ideias

propostas; ser responsável; contribuir com as ideias e ideais; agir como líder e liderado

dependendo da situação; discordar com amorosidade e ampliar propostas de outros

participantes.

A participação igual é suscitada pelo jogo cooperativo, no qual todos os

participantes têm o mesmo grau de importância durante a atividade.

Consequentemente, evita-se o sentimento de rejeição e faz com que cada integrante

se sinta valorizado. As habilidades de ouvir atentamente os outros integrantes do

grupo, assim como olhar para quem fala é atitude de puro respeito, que os jogos

cooperativos prezam tanto, pois não se deve interromper a linha de raciocínio de outro

colega e a questão de olhar demonstra interesse no que o colega tem para falar.

A negociação está presente na maior parte das atividades cooperativas, pois

quando o professor propõe o desafio os alunos precisam discutir sobre a melhor forma

de alcançar o objetivo. Para isso é necessário que seja escutado a opinião de todos

para que se chegue a uma estratégia comum ao grupo, a um acordo. Para que haja

coerência na atividade é importante que durante a prática do jogo cooperativo seja

respeitada a ideia ou as ideias discutidas antes de ser iniciada a atividade.

2.1.3 Cooperação X Competição

Hoje é muito importante incentivar as crianças a brincarem, pois muitas delas

estão envolvidas com a tecnologia, passando muito tempo no computador, celular,

dentre outros; assim se distanciam dos colegas, falta diálogo, convivência e “olhos nos

olhos”. Observa-se que no convívio escolar que muitas crianças já não interagem umas

com as outras, se isolam, formam “grupinhos”, e segregam outras. Por meio dos jogos

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educativos e brincadeiras as crianças podem aprimorar suas relações, atitudes e

valores.

Os jogos competitivos têm preocupado pelo nível de agressividade, e

dificuldades de criar relações sociáveis. “As formas de competição ás vezes só nos

levam á frustração, angústia e agressividade e, em casos mais extremos, á violência”

(SOLER, 2008, p. 46). Para o autor a competição gera o stress, angústia e a

preocupação. O autor ainda explica que “jogar cooperativamente é disponibilizar-se a

viver desafios, já jogar competitivamente visa superar o adversário” (SOLER, 2008, p.

88). Porém, Amaral (2004) explica que não se pode desconsiderar o jogo competitivo,

pois, ele faz parte do universo infantil. Tirar a competição das brincadeiras seria tentar

maquiar um processo em que mais cedo ou mais tarde a criança irá se deparar durante

a vida, pois a competição nunca deixará de existir. Entretanto, não se deve

supervalorizar o vencedor, pois, se não houvesse outros competidores o mesmo não

se sagraria vencedor.

Amaral (2008) explica que a competição e a cooperação fazem parte do nosso

dia-a-dia e Soler (2008) complementa ao afirmar que há diferença entre ser

competente e competitivo, podemos ser competentes sem precisar ferir, derrotar e

excluir alguém. Soler (2008) diz que jogar cooperativamente é encarar os desafios,

mas competir visa apenas superar o adversário. De acordo com os estudos de Brotto

(1999) existem algumas alternativas importantes que podem se comparadas entre

jogos cooperativos e competitivos conforme o Quadro 01.

Ao observar o quadro fica claro a importância de se rever os conteúdos sobre

os jogos, enfatizando as aulas a cooperação. A falta de cooperação e individualismo

entre os alunos geram grandes problemas de indisciplina. O desenvolvimento dos

jogos educativos cooperativos cria uma grande possibilidade de mudanças de

comportamento, pois, a criança passa “a ter confiança em si mesma, a confiar no

grupo que joga tentar novamente quando erra, e é aceita pelo grupo, algo muito

estranho acontece: ela passa a gostar dos outros também” segundo (SOLER, 2008,

p.111).

Assim, a disciplina de Educação Física, pode auxiliar no processo de

mudanças de atitudes e ou de comportamentos dos alunos, através do

desenvolvimento da cooperação, do compartilhar e da união, onde realizam atividades

cooperativas e não competitivas, e tenham por objetivo promover a união, socialização;

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pois, “é através do jogo que o homem constrói pontes de comunicação” (AMARAL

2008, p.36).

Quadro 01 – Jogos Competitivos x Jogos Cooperativos (BROTTO, 1999, P. 78).

2.2 O PAPEL DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA

“O educador tem que ser profundo conhecedor de seus educandos, de suas

características, de seus interesses e de suas formas de expressão de sentimentos,

para oferecer exatamente aquilo que seja do seu interesse” (QUEIROZ; MARTINS,

2002, p12).

O professor deve proporcionar atividades diferenciadas e por meio de sua

prática pedagógica aulas que motivem seus alunos. Hoje em dia o professor de

Educação Física tem um papel fundamental durante suas aulas, planejando,

direcionando, mediando e estando atento a tudo que permeia sua aula, assim

dialogando e dando atenção as crianças. É nas aulas de Educação Física que se deve

proporcionar ambiente atrativo, onde todos devam participar priorizando a inclusão a

exclusão.

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Soler (2008) explica que é muito triste a constatação de que muitos

professores insistam em proporcionar nas aulas os jogos considerados competitivos,

sendo que o ideal é oportunizar o convívio e que o mesmo seja exercitado no âmbito

escolar. Para Platts (2001) o facilitador tem três obrigações: autenticidade, instruções

claras, ser democrático as mudanças, deixando a espontaneidade e criatividade

desabrochar durante as atividades. Brow (1994) expõe que as características do

facilitador, deveriam ser: comunicativo, criativo, flexível, paciente, amável-amigo.

Assim, o professor de Educação Física deve estimular para além dos “muros

da escola” e possibilitar a formação de valores, atitudes de companheirismo,

solidariedade, cooperação, respeito. Assim se mostrando um profissional

compromissado com a educação, com família, escola, começando a sonhada

transformação que tanto almejamos nessa sociedade desigual, injusta, competitiva.

É também preciso que o professor de Educação Física busque os jogos

educativos cooperativos como instrumento pedagógico, como forma de oportunizar

principalmente nas séries iniciais o aprimorar das relações de convívio entre os alunos,

não somente durante as aulas, mas como no âmbito escolar.

Soler (2002) explica que a Educação Física já muito reforçou a competição, e

hoje se faz necessário um repensar essas aulas, buscando a formação integral do ser

humano de forma responsável. O autor ainda salienta que o professor de Educação

Física não pode mais pensar em formação de atletas, e o esporte educacional através

dos jogos cooperativos é que tem o papel da mudança, da transformação.

3. ESTRATÉGIAS DE AÇÃO

A pesquisa se caracteriza como de campo e de cunho qualitativo, cujo objeto

para o desenvolvimento do estudo será uma escola de Ensino Fundamental e Médio

da rede pública da cidade de Ourizona-PR de acordo com o termo de consentimento a

ser preenchido pelo diretor desta instituição.

A escolha das amostras para vivenciar as atividades vai ocorrer de acordo com

o diagnóstico apontado nas reuniões pedagógicas do ano 2013, em relação às turmas

de 6º e 7º anos do período da manhã desta escola, em contra turno escolar. Ao todo,

estima-se a participação de 20 alunos distribuídos entre as duas turmas.

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Serão ministradas 02 aulas de 50 minutos por dia, duas vezes na semana

envolvendo atividades cooperativas, totalizando 32 horas, 16 aulas em um período de

02 meses.

Após a consulta da literatura, foi possível a divisão de 04 eixos de atuação, que

foram selecionados com base na problematização já citada. Cada eixo visa objetivos

específicos; e as seleções das brincadeiras foram realizadas de forma a trabalhar

todos os eixos ao mesmo tempo, conforme observado no Organograma 01.

Organograma 01 – Eixos Orientativos e Relação de Atividades

Para avaliação dos resultados pretende-se desenvolver uma análise

exploratória por meio de métodos científicos com três grupos diferentes. O primeiro

grupo será formado pelos orientadores pedagógicos da escola, no total de três e será

desenvolvido um questionário fechado com 05 perguntas (Anexo A) referentes à

coerência, aplicação e eficiência da proposta.

O segundo grupo será formado pelo corpo docente que ministra aulas as

turmas da 6º e 7º anos, no total de 10 professores. A técnica utilizada também será o

questionário fechado formado por 08 perguntas referentes à melhora do

comportamento dos alunos.

O terceiro grupo será formado pelos alunos que participarem ativamente do

projeto, com uma estimação de 20 crianças. Neste caso, a avaliação das contribuições

do projeto para cada aluno será feita através de um grupo focal. A intenção é

desenvolver um diálogo com as crianças onde elas poderão falar abertamente sobre as

•galinha cega, grupo colorido, máquina fotográfica, murmurando, passar o ferro, fotografia, nunca três, nunca só, salve-se com um abraço, pega corrente, entre joelhos, fuga alucinanete , meu tesouro é..., rodeado de amigos e splash

PROMOÇÃO E FORMAÇÃO DE ATITUDES

E VALORES

• festa das bexigas, frente a frete, guias, lápis na garrafa, reconheço o animal, encestar o pneu, nó humano, teia, manter o globo voando, passar a bola, quebra-cabeça cooperativo, sapatos congelados e sapatos

SOCIALIZAÇÃO

•equilibrio, grupinho, levante-se, manter o sonho no ar, pulando em duplas, a corrente, guardião do rei, pipoca melada, passeio do bambolê, toque, futebol cego, jogo dos autografos, próximo de mim, pulando com o balão e volençol

COOPERAÇÃO

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experiências vivenciadas durante o projeto, através da presença de dois mediadores,

essas experiências serão registrada em um diário e depois descritas na avaliação dos

resultados.

Também se pretende a adoção de um diário de campo, onde serão registradas

informações diárias em relação o desenvolvimento das atividades. O objetivo é que ao

final de cada dia crie-se o pesquisador tenha um registro do feedback geral da

participação dos alunos, considerando os critérios de cooperação, socialização,

comprometimento, empenho entre outros. Todos os dados serão comparados com os

questionários do grupo um e dois, além do relatório que será gerado durante o grupo

focal.

REFERÊNCIAS AMARAL, J. D. Jogos Cooperativos. São Paulo: Phorte, 2004. ___________. Jogos Cooperativos. São Paulo: Phorte, 2007. BREGOLATO, R. A. Cultura Corporal do Jogo. São Paulo: Ícone, 2005. BROTTO, F. Os Jogos Cooperativos: o jogo e o esporte como um exercício de convivência. São Paulo: Projeto Cooperação, 2001. BROWN, G. Jogos Cooperativos: teoria e prática. São Leopoldo: RS Sinodal, 1994. CAILLOIS, R. Os jogos e os Homens: a máscara e a vertigem. Lisboa: Cotovia, 1990. HUIZINGA, J. Homo Ludens: o jogo como elemento da cultura. São Paulo: Perspectiva, 1996. ORLICK, T. Vencendo a Competição. São Paulo: Círculo do livro, 1989. PAES, R. R. Educação Física Escolar: o esporte como conteúdo pedagógico do ensino fundamental. Canoas: ULBRA, 2001. PIAGET, J. O nascimento da Inteligência na Criança. Rio de Janeiro: Zahar, 1982. SOLER, R. Educação Física: Uma Abordagem Cooperativa. Rio de Janeiro: Sprint, 2006. _________. Brincando e Aprendendo com os Jogos Cooperativos. Rio de Janeiro: Sprint, 2008.

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ANEXO A

Questionário

1. Você considera que houve uma melhora positiva no comportamento dos alunos

dos 6º e 7º anos após a aplicação do projeto “JOGOS COOPERATIVOS” em

relação à última avaliação pedagógica de 2013? Por favor, justifique.

2. Você considera que houve uma melhora positiva em relação ao cumprimento

das normas do colégio pelos alunos dos 6º e 7º anos após a aplicação do

projeto “JOGOS COOPERATIVOS” em relação à última avaliação pedagógica

de 2013? Por favor, justifique.

3. Você considera que houve uma mudança nos processos de socialização,

relacionamento pessoal e trabalho em grupo dos alunos dos 6º e 7º anos após a

aplicação do projeto “JOGOS COOPERATIVOS” em relação à última avaliação

pedagógica de 2013? Por favor, justifique.

4. Você considera que houve uma melhora no clima em sala de aula, tornando o

ambiente mais calmo e atrativo após os alunos dos 6º e 7º participarem do

projeto “JOGOS COOPERATIVOS” em relação à última avaliação pedagógica

de 2013? Por favor, justifique.

5. Você considera que houve uma mudança moral e cognitiva em relação à

personalidade pessoal de cada aluno do 6º e 7º anos após a aplicação do

projeto “JOGOS COOPERATIVOS” em relação à última avaliação pedagógica

de 2013? Por favor, justifique.

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ANEXO B

Atividades Cooperativas Educativas

1ª Atividade: Na acolhida às crianças devem sentar-se em círculos juntamente com a professora,

para que a mesma explicite o objetivo do projeto de forma simples, linguagem clara e

objetiva para que as crianças possam interagir e dialogar.

2ª Atividade:

.Confecção de um “mural cooperativo ilustrativo”. Neste mural as crianças fará uma autobiografia, e no papel colocará nome, idade,

endereço, diversão, a disciplina e comida favorita, as coisas que mais gosta e menos

gosta de fazer.

Fica livre para colocar no papel outras informações que acharem necessário.

Em um segundo momento as crianças devem desenhar mãos em cartolinas coloridas e

recortá-las, e nelas escreverem o que entendem por cooperação, solidariedade,

valores, atitude, e depois colar no mural.

Assim, o visual das mãos coloridas recortadas e coladas ficará visualmente

representado no sentido de representar a ideia de grupo, união, cooperação.

3ª Atividade:

.Pesquisar na internet conceitos como: -Tolerância, paciência, diálogo, respeito, atitude, respeito a regras, solidariedade,

cooperação, união, espírito de equipe, disciplina.

-Depois de a pesquisa fazer um grupo de discussão, tentando estabelecer as relações

com os colegas, pais, professores, no âmbito escolar e linhas gerais.

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Jogos Educativos Cooperativos

1. A AMEBA

Material: Nenhum.

Disposição: O grupo deve ser dividido, e uma pessoa é escolhida para ser o pegador,

o restante deverá fugir.

Desenvolvimento: O pegador e os fugitivos devem se mover lentamente. Se o

pegador conseguir apanhar sua presa, os dois passam a formar uma ameba que

continua a se movimentar o mais devagar possível. Quando o par capturar uma

terceira pessoa, esta se agrega à ameba, que é quase adulta. Quando uma quarta

pessoa se juntar ao grupo, a ameba vira adulta e deve então se dividir em duas

amebas adolescentes. As duas amebas continuam a caçada. O jogo termina quando

todos fizerem parte da ameba, e agora podem cantar e dançar pelo espaço do jogo.

Objetivos:

a) Estimular a cooperação;

b) Desenvolver habilidades motoras, tais como: andar, correr, saltar etc.

c) Propiciar descontração e alegria.

2. BALÃO MALUCO

Material: Bexigas e aparelho de som.

Disposição: Formando um grande círculo.

Desenvolvimento: O facilitador explica que, após iniciar uma música, a bexiga será

passada em sentido anti-horário, entre os participantes, e quando ela parar, quem

estiver de posse da bexiga deverá se apresentar e fazer um movimento utilizando a

bexiga. Volta a música, e a bexiga continua passando de mão em mão, até que a

música para novamente.

Objetivos:

a) Conhecer o grupo;

b) Aprimorar a relação interpessoal;

c) Trabalhar o ritmo.

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3. BAMBOLÊ GIGANTE

Material: Três bambolês (desmontar os três, e montar um só).

Disposição: Todos à vontade, circulando pelo espaço destinado ao jogo.

Desenvolvimento: Rolando o “bambolê gigante”, propor tarefas aos participantes,

como, por exemplo: saltar passando por dentro do “bambolê gigante”;

. Em duplas, passando por dentro dele;

. Em trios;

. Todo o grupo tentando descobrir um modo de passar por dentro do “bambolê

gigante”;

. Em duplas, um segurando o “bambolê gigante”, e girando, os dois devem saltar,

deslocando-se pelo espaço.

Objetivos:

a) Integrar-se ao meio social;

b) Reforçar o trabalho em grupo;

c) Dar asas à imaginação e à criatividade.

4. BASQUETE COOPERATIVO

Material: Uma bola de basquete.

Disposição: Dois grupos com o mesmo número e participantes numa quadra de

basquete.

Desenvolvimento: Começamos com o jogo convencional, depois aos poucos vamos

incorporando elementos cooperativos, como:

Todos passam: A bola deve ser passada entre todos os jogadores do grupo antes de

ser arremessada à cesta.

Todos fazem cesta: O gruo só atingirá o objetivo se todos os participantes de um

mesmo grupo fizerem cesta durante o jogo.

Passe misto: A bola deve ser passada alternadamente, entre homens e mulheres.

Cesta mista: Uma hora vale cesta de mulher, outra só de homem.

Objetivos:

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a) Incentivar o espírito de equipe;

b) Desenvolver habilidades motoras, tais como: correr, girar, lançar e receber.

5. BATE E VOLTA

Material: Tiras de borracha. As tiras são amarradas em forma circular. (As tiras de

borracha podem ser substituídas por um elástico resistente).

Disposição: Todos os participantes dentro d circulo formado pelas tiras de borracha,

cuidando para que essa fique ao nível da cintura.

As pessoas devem inclinar-se para trás (frente a frente), deixando que a tira as

sustente. Ao final do facilitador, dois participantes trocam de lugar rapidamente,

fazendo-o várias vezes até alcançar um ritmo de vaivém.

Quando se consegue com duas pessoas, integra-se outro par, e depois outro, e assim

sucessivamente.

Variação: Podem-se numerar os participantes (aos pares), e o facilitador, fora do

círculo, vai chamando os números. Os pares trocam de lugar quando forem chamados

pelo número.

Objetivos:

a) Trabalhar a atenção;

b) Desinibir e reforçar a ideia de grupo;

c) Desenvolver a atenção e a observação.

6. CAIU NA REDE, É AMIGO.

Material: Nenhum.

Disposição: Todos à vontade destacam-se um para começar, sendo o “pegador”.

Desenvolvimento: Dado o sinal de início, o jogador sorteado para começar o jogo

corre em perseguição a todos os outros. O que for apanhado deverá dar-lhe a mão e,

assim, unidos, partirão à conquista de outro.

Os novos amigos incorporar-se-ão ao grupo dos perseguidores, unindo as mãos em

fileira, que será a rede. Correrão assim em perseguição aos que estiverem dispersos.

Os fugitivos tentarão escapar. O jogo termina quando se formar uma grande rede com

todos os jogadores.

Objetivos:

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a) Incentivar o trabalho em equipe;

b) Desenvolver hábitos e habilidades de trabalho em grupo;

c) Desenvolver habilidades motoras, tais como: andar, correr e desviar.

7. COBRA GIGANTE

Material: Nenhum.

Disposição: Todos formando pares de bruços com as pernas e os braços esticados,

uma pessoa segurando nos tornozelos da pessoa frente.

Desenvolvimento: O objetivo dos pares é se arrastar pelo solo em movimentos

ondulatórios. Logo, elas se juntam para formar uma cobra de quatro pessoas, de oito,

dez etc. até que o grupo todo forme uma imensa cobra.

Objetivos:

a) Estimular a cooperação;

b) Reforçar o trabalho em equipe;

c) Desenvolver habilidades motoras, tais como: arrastar, desviar etc.

8. CORDA AMIGA

Material: Uma corda bem grossa amarrada nas pontas, para formar um círculo.

Disposição: Todos ao redor da corda, esticando-a. Quando a corda estiver bem

esticada, todos se agacham e, à contagem de três, todos se levantam, ao mesmo

tempo.

Desenvolvimento: Essa experiência pode ser repetida várias vezes. O efeito é como

se houvesse alguma energia que impulsionasse todos. Também se pode fazer este

jogo com o grupo sentado sobre a corda e girando.

Para fazer isso, o grupo estica a corda ao nível da cintura. O facilitador convida um

grupo de cinco ou seis participantes para sentar-se, todos se apoiando nos ombros dos

vizinhos. O grupo estica a corda, levantando os companheiros sentados, girando-os.

Pondo a corda no chão, podem-se convidar alguns companheiros para pararem sobre

a corda e apoiarem-se com as mãos nos ombros dos vizinhos.

Num grupo de trinta participantes, pode haver cinco ou seis que param sobre a corda.

Essas pessoas têm que estar distribuídas ao redor do círculo.

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O facilitador explica que tentarão levantar seus companheiros, subindo pouco a pouco

a corda. Todos ao mesmo tempo.

Objetivos:

a) Integrar-se ao meio social;

b) Incentivar o trabalho em grupo;

c) Discutir valores;

d) Desenvolver habilidades motoras, tais como; girar, levantar, flexionar e

estender.

9. CORRENTE DAS CANETAS

Material: Uma caneta ou lápis para cada participante.

Disposição: Em círculo.

Desenvolvimento: O facilitador pede que cada pessoa se apresente, a pessoa que

começa a apresentação estende a mão direita (quando segura a caneta), e a outra

pessoa do grupo receberá a caneta com o dedo indicador da mão esquerda (a caneta

agora está segura por dois dedos indicadores). Essa segunda pessoa, sem deixar cair

a caneta, também se apresentará buscando outra, que se conectará à sua caneta. A

corrente vai crescendo até todo o grupo estar conectado. A última pessoa se conectará

com a primeira, fechando assim a corrente.

Objetivos:

a) Estimular a cooperação;

b) Integrar-se ao meio social;

c) Explicar a interdependência de todas as coisas.

10. DESENHO COM CADEIRAS

Material: Cadeiras, uma para cada participante.

Disposição: À vontade pelo espaço destinado ao jogo em cima da cadeira

Desenvolvimento: O facilitador dirá: desenhe um círculo (por exemplo). O objetivo do

grupo será formar um círculo com as cadeiras, sem que ninguém toque o solo. Se

alguém cair e tocar o solo, ficará congelado, e só poderá voltar quando alguém do

grupo o resgate usando a sua cadeira e dando-lhe um grande abraço. O jogo continua

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e o facilitador pedirá outros desenhos para serem feitos pelo grupo em cima das

cadeiras.

Objetivos:

a) Estimular a cooperação;

b) Reforçar o trabalho em grupo;

c) Integrar-se ao meio social;

11. ENTRE JOELHOS

Material: Uma bola de borracha.

Disposição: Em círculo, todos em pé.

Desenvolvimento: O facilitador pega uma bola e a coloca entre os joelhos,

segurando-a com a pressão das pernas. Caminhando como pode, ele se

aproxima de outro participante e se apresenta, passando a bola para ele, sem

tocá-lo com as mãos, e essa pessoa a recebe, também entre os joelhos. Esse

igualmente procura outro participante no círculo, se apresenta e passa-lhe a

bola. O jogo continua até todos terem se apresentado.

Objetivos:

a) Integrar-se ao meio social;

b) Investir em relações interpessoais;

c) Estimular a criatividade;

d) Discutir valores.

12. EQUILÍBRIO

Material: Nenhum.

Disposição: Divididos em pares, frente a frente, dando as mãos e juntando os

pés.

Desenvolvimento: O objetivo é que os pares consigam alcançar um ponto de

equilíbrio, fazendo movimentos e cooperando. A partir da disposição inicial, e

sem levantar os pés do solo, cada integrante vai se deixando cair com o corpo

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completamente reto. Cada um tenta conseguir o ponto de equilíbrio dentro da

dupla. Uma vez alcançado o ponto de equilíbrio, a dupla pode tentar fazer

movimentos cooperando e sem flexionar os braços. Podem-se fazer algumas

perguntas: “Como nos sentimos?” “Foi fácil encontrar o ponto de equilíbrio?”

“O que acontece quando os pares são desproporcionais?”.

Objetivos:

a) Aprimorar a relação interpessoal;

b) Estimular a cooperação;

c) Exercitar o equilíbrio.

13. FESTA DAS BEXIGAS

Material: Uma bexiga para cada participante e aparelho de som.

Disposição: À vontade pelo espaço destinado ao jogo. Entregar uma bexiga a

cada participante.

Desenvolvimento: Encher as bexigas. Deslocar-se pelo espaço destinado ao

jogo, tocando a bexiga, explorando partes do corpo. Exemplo: nariz, joelho,

cotovelo, pé, dedos da mão, testa, nuca, queixo etc.

Em duplas, tocando as bexigas um para o outro, utilizando partes do

corpo;

Em trios;

Formar novos trios, sem parar de tocar as bexigas uns para os outros;

Formar duplas, um na frente do outro e entre eles uma bexiga, deslocando-

se à vontade, sem deixar a bexiga cair. Evoluir para quatro, seis, oito, dez,

todos os participantes formando um grande trem, tendo as bexigas como

engate unindo os vagões.

Voltar a formar duplas, escolhendo alguém com quem você ainda não

brincou, e dar um grande abraço, estourando a bexiga.

Objetivos:

a) Integrar-se ao meio social;

b) Reforçar o trabalho em grupo;

c) Adquirir hábitos saudáveis de relações interpessoais;

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d) Discutir valores.

14. FESTAS DAS BEXIGAS II

Material: Bexigas, papel, caneta ou lápis, aparelho de som

Disposição: Todos em círculo, formar pares.

Desenvolvimento: Entregar uma bexiga, papel e caneta ou lápis para cada Supla.

Pedir a cada dupla que escolha três coisas para melhorar o mundo, escrever e

colocar dentro da bexiga.

Colocar uma música e pedir que todos comecem a dançar, colocando a bexiga

na testa, no queixo, peito, barriga, coxa, joelhos, nádegas, sem deixar a bexiga

cair. Passado algum tempo, pedir que troquem de pares, e continuem a dançar.

Ao final, estourar as bexigas, num grande abraço. Cada participante pegará um

papel, que estava dentro da bexiga, e fará uma reflexão a respeito do que estiver

escrito.

Objetivos:

a) Integrar-se ao meio social;

b) Reforçar o trabalho em equipe;

c) Adquirir hábitos saudáveis de relações interpessoais;

d) Discutir valores.

15. FOTOGRAFIAS

Material: Nenhum.

Disposição: Formar o grupo como se fosse tirar uma foto. Na fileira da frente,

sentados, na fileira do meio, ajoelhados ou agachados e na fileira de trás, em pé.

Todos bem juntinhos colocam as palmas das mãos à altura da cabeça.

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Desenvolvimento: Um de cada vez sairá do grupo e, tomando impulso, correrá e

saltará sobre o grupo que acolhe, sem deixar que caíssem no chão. O grupo

deve encorajar os participantes que se preparam para o voo.

Objetivos:

a) Adquirir hábitos saudáveis de relações interpessoais;

b) Incentivar o espírito de equipe;

c) Discutir valores.

16. FRENTE A FRENTE

Material: Aparelho de som.

Disposição: Divide-se o grupo em dois subgrupos. Formam-se dois círculos

concêntricos. As pessoas do círculo central olham para fora, e as do círculo

exterior olham para o centro. Os pares devem ficar frente a frente.

Desenvolvimento: Com um fundo musical, cada par se apresenta com um aperto

de mão, dizendo seu nome. Depois da apresentação, todos do círculo interno

dirão: “frente a frente” este é o sinal para que todos do círculo externo se movam

para a esquerda, ficando em frente da próxima pessoa do círculo interno.

Repetir-se-á a ação até que todos os participantes se cumprimentem.

O facilitador durante o jogo poderá propor outras formas de cumprimentos:

cotovelo com cotovelo, cabeça com cabeça, joelho com joelho, etc.

Objetivos:

a) Integrar-se ao meio social;

b) Enfatizar a necessidade de escutar o que o outro tem a lhe dizer;

c) Discutir valores.

17. FUGA ALUCINANTE

Material: Nenhum.

Disposição: À vontade pelo espaço destinado ao jogo.

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Desenvolvimento: Andar livremente, e ao sinal do facilitador, começar a imitar o

modo de andar de outro participante, tentando fazer com que ele não perceba.

Imitar por algum tempo, e cada vez que o facilitador disser: “Agora troca”,

procurar outra pessoa para continuar imitando. Após algum tempo, o facilitador

dirá: “Agora pega!” E cada pessoa tentará pegar aquela que perseguia neste

momento. O jogo fica muito divertido, pois você foge de um, e persegue outro.

Objetivos:

a) Adquirir hábitos saudáveis de relações interpessoais;

b) Aprimorar a atenção e a observação.

18. FUTEBOL CEGO

Material: Vendas para os olhos.

Disposição: Os participantes formando duas equipes com oito a dez integrantes,

formando pares, um segurando a mão do outro.

Desenvolvimento: Uma pessoa da dupla terá os olhos vendados, e jogarão uma

partida de futebol, sem goleiros, e o gol poderá ser marcado pelas pessoas que

estão de vendas. A comunicação entre as duplas é muito importante, pois quem

está sem venda terá a missão de guiar o outro.

Objetivos:

a) Estimular a cooperação;

b) Reforçar o trabalho em equipe;

c) Participar de uma atividade sem utilizar a visão.

19. FUTPAR

Material: Uma grande bola colorida.

Disposição: Dois grupos formados com os participantes de mãos dadas, só os

goleiros sem par.

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Desenvolvimento: Os pares não podem soltar as mãos, o restante das regras

permanece igual.

Variações:

Todos do mesmo grupo devem tocar na bola antes de fazer o gol.

A dupla que marcar o gol passa para o outro grupo.

Um dos participantes da dupla, de olhos fechado sendo guiado pelo outro.

Objetivos:

a) Adquirir hábitos saudáveis de elações interpessoais;

b) Incentivar o espírito de grupo;

c) Desenvolver habilidades motoras, tais como: andar, correr, girar,

flexionar e saltar.

20. GALINHA CEGA

Material: venda para os olhos.

Disposição: Todos em círculo dando as mãos, menos um, que representará a

galinha cega.

Desenvolvimento: No centro do círculo se colocará um participante vendado: a

galinha cega. Depois de dar três voltas sobre si mesmo, se dirigirá a qualquer

pessoa do circulo e apalpará seu rosto para tentar reconhecê-la. Se conseguir,

trocará de lugar com ela.

Objetivos:

a) Percepção tátil;

b) Percepção dos outros;

c) Vivenciar uma atividade sem utilizar a visão.

21. GRUPO COLORIDO

Material: Cordões coloridos (pedaços de mais ou menos vinte centímetros de

comprimento) e aparelho de som.

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Disposição: À vontade pelo espaço destinado ao jogo, entrega-se a cada pessoa

um corão colorido.

Desenvolvimento: Formar grupos segundo a cor dos cordões. O facilitador deve

pedir que cada participante do grupo se apresente depois pedir ao grupo que

escolha o som de um animal que todos possam imitar. Quando todos

escolherem seu som, o facilitador coloca uma música, e todos devem dançar, e

enquanto dançam, trocam os cordões. Para a música, e os grupos formam-se

novamente. Como todos trocaram várias vezes, um novo grupo nasce, e todos

voltam a se apresentar. A música volta a tocar, e todos repetem a operação:

outra vez ela é interrompida, e os participantes juntam-se, conforme as cores. No

final, o facilitador pedirá que cada um volte a seu grupo original, fechando os

olhos e orientando-se pelo som escolhido pelo grupo inicial.

Objetivos:

a) Integrar-se ao meio social;

b) Enfatizar a necessidade de escutar o que o outro tem a dizer;

c) Desinibir e descontrair o grupo.

22. GUARDIÃO DO REI

Material: duas ou mais bolas.

Disposição: Em círculo, escolhem-se dois participantes para ficar no centro do

círculo. Um representará o papel do rei, e o outro de seu guardião. O círculo

deverá ser desenhado no chão com giz.

Desenvolvimento: O objetivo do grupo será, passando a bola, tentar acertar o rei;

o objetivo do guardião será tentar defender o rei, utilizando para isto o seu

corpo. Quem conseguir acertar o rei trocará de lugar com ele, e escolherá outro

guardião.

Observação: Os participantes não poderão invadir o círculo para acertar o rei e

nem o rei poderá sair do círculo, para evitar ser acertado.

Variações: Utilizar mais de uma bola, pois isto exigirá uma maior movimentação

dos participantes de dentro do circulo.

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Objetivos:

a) Incentivar o espírito de equipe;

b) Desenvolver habilidades, tais como, atenção e observação;

c) Desenvolver habilidades motoras, tais como: lançar, receber, bater e

desviar.

23. JOGO DOS AUTÓGRAFOS

Material: Papel e caneta.

Disposição: À vontade pelo espaço destinado ao jogo.

Desenvolvimento: Pedir a cada um que anote seu próprio nome no alto da folha,

e trace um retângulo em volta dele. Avisar então que eles terão dois minutos

para conseguir autógrafos e pedir que consigam o maior número possível de

assinaturas. Jogar em dois tempos, no primeiro deixá-los livres, já no segundo

tempo, abrir para reflexões de como podemos fazer para atingir o objetivo

principal: conseguir o maior número possível de autógrafos.

Objetivos:

a) Integrar-se ao meio social;

b) Reforçar o trabalho em grupo;

c) Desenvolver habilidades, tais como: raciocínio, atenção e observação.

24. LÁPIS NA GARRAFA

Material: Barbante e lápis.

Disposição: Construir um círculo com o barbante, e no centro amarra-se um

pedaço de barbante, com mais ou menos cinquenta centímetros, ao qual se

prende um lápis. Formar um grande círculo, com os participantes.

Desenvolvimento: Todos amarram o barbante, e parados tentam enfiar o lápis

dentro da garrafa. Precisaremos da união de todos, para se conseguir o objetivo

final.

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Variações: Todos usando apenas um dedo; de costas, todos agarrando o

barbante com os dentes; com os olhos fechados, e apenas um com os olhos

abertos, guiando o grupo.

Objetivos:

a) Integrar-se ao meio social;

b) Incentivar o espírito de equipe;

c) Desenvolver habilidades tais como: raciocínio, atenção e observação;

d) Discutir valores.

25. LEVANTE-SE

Material: Nenhum.

Disposição: Todos formando duplas, sentados um de costas para o outro.

Desenvolvimento: O facilitador explica que as duplas devem levantar sem a

ajuda das mãos.

Objetivos:

a) Estimular a cooperação;

b) Reforçar o trabalho em equipe;

c) Afirmação enquanto grupo.

26. MANTER O GLOBO VOANDO

Material: Uma grande boa leve.

Disposição: Livremente pelo espaço destinado ao jogo.

Desenvolvimento: O facilitador lança a bola no ar. O objetivo do grupo será

impedir que ela tocasse o chão. A pessoa que tocar na bola terá que sentar no

chão, não podendo mais tocá-la. O objetivo comum será fazer com que todas as

pessoas se sentem antes de a bola tocar o chão.

Objetivos:

a) Estimular a cooperação;

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b) Reforçar o trabalho em grupo;

c) Discutir valores.

27. MÁQUINA FOTOGRÁFICA

Material: Nenhum.

Disposição: Em duplas.

Desenvolvimento: Quando as duplas já estão formadas, o facilitador explica que,

na dupla, um será a câmera, e o outro, o fotógrafo. As câmeras estarão

carregadas com filmes de apenas três poses. Os fotógrafos saem a passear com

suas câmeras. Eles as guiarão, porque as câmeras terão que manter os olhos

fechados (para que o filme não seja velado). Quando o fotógrafo vê algo

interessante, ajusta sua câmera e no instante em que está pronto dispara,

esfregando o lóbulo da orelha. Quando sente que a estão disparando, a câmera

abre os olhos, capta a cena e fecha os olhos. Quando consegue fazer suas três

fotos, o par troca de papéis, e a câmera se convertem em fotógrafo. Terminando,

retornam ao local de saída e conversam sobre a experiência.

Objetivos:

a) Adquirir hábitos saudáveis de relações interpessoais;

b) Vivenciar uma situação sem usar um dos sentidos (visão);

c) Discutir valores.

28. MÁQUINAS HUMANA

Material: Nenhum.

Disposição: Todos de pé em uma grande roda

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Desenvolvimento: Cada pessoa deverá pensar em um barulho e num movimento.

Uma pessoa começa e gradualmente todo mundo se junta, até que uma máquina

completa tenha sido criada.

Objetivos:

a) Estimular a cooperação;

b) Propiciar a relação interpessoal;

c) Permitir a maios aproximação do grupo.

29. MEU TESOURO É. . .

Material: Nenhum.

Disposição: Todos formando um grande círculo.

Desenvolvimento: Cada participante escolhe em segredo o seu tesouro (pode ser

objeto de sua propriedade, uma qualidade que possua ou uma atividade que

pratique). Esse é seu tesouro e o grupo tem que tentar adivinhar o tesouro de

cada um, fazendo perguntas. Quando o grupo acertar o tesouro, a pessoa terá

que explicar por que escolheu aquilo como seu tesouro. E o grupo passa a tentar

adivinhar o tesouro de outro participante.

Variação:

Passar o seu tesouro através de mímica.

Objetivos:

a) Estimular a cooperação;

b) Exercitar a criatividade;

c) Discutir valores.

30. MURMURANDO

Material: Vendas para os olhos.

Disposição: Todos de quatro, murmurando com as vendas nos olhos.

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Desenvolvimento: O facilitador deve escolher algumas pessoas para serem os

seguranças. O objetivo dos seguranças é evitar que as pessoas batam nas

paredes. O jogo começa com o facilitador dando um toque nas costas de alguém

que está de quatro; este fica de pé com as pernas abertas (olhos abertos). O

objetivo do grupo será achar a pessoa de pé, e passar por entre as suas pernas

(assim evoluirá). Quem vai passando levanta, abre as pernas e segura na cintura

do primeiro. Continuar o jogo até que todos tenham evoluído.

Objetivos:

a) Estimular a cooperação;

b) Aprimorar a relação interpessoal;

c) Vivenciar uma atividade sem utilizar a visão.

31. NÓS HUMANO

Material: Nenhum.

Disposição: Os participantes formando dois círculos, de mãos dadas.

Desenvolvimento: As pessoas dos círculos se deslocarão em direções

diferentes, passando por baixo ou por cima das mãos dos participantes. O

objetivo será formar um grande nó humano, e depois do nó feito, tentar voltar à

posição inicial. O grupo que conseguir terminar primeiro deverá ajudar o outro.

Objetivos:

a) Integrar-se ao meio social;

b) Enfatizar a importância do trabalho em grupo;

c) Desenvolver a atenção e o raciocínio;

d) Discutir valores.

32. NUNCA SÓ

Material: Nenhum.

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Disposição: à vontade pelo espaço destinado ao jogo, entre os participantes

escolher um para ser o pegador.

Desenvolvimento: Dado o sinal de início, todos os participantes deslocar-se~

Ao pelo espaço à vontade (andando, correndo, saltando etc.). o pegador tem a

missão de pegar qualquer um que estiver sozinho. Os demais, para não serem

pegos, deverão dar a mão para alguém, formando uma dupla; estes não poderão

ser pegos. O pegador se afasta, todos soltam as mãos, e voltam a andar à

vontade.

Objetivos:

a) Integrar-se ao meio social;

b) Trabalhar a atenção e a sociabilidade;

c) Investir em relações interpessoais.

d) Discutir valores.

33. NUNCA TRÊS

Material: Aparelho de som

Disposição: Aos pares, formando dois círculos concêntricos, sendo que todas as

pessoas estarão de frente para o centro. Fora, dois participantes: perseguidor e

fugitivo.

Desenvolvimento: Ao sinal do facilitador, o primeiro (perseguidor), correrá em

perseguição do segundo (fugitivo), e este, fugindo, deverá entrar à frente de um

grupo e dois, quando não mais poderá ser apanhado. No grupo ao qual se

incorporar, ficarão três e, como o jogo diz: “Nunca três”, a pessoa que estiver do

lado exterior do círculo correrá, fugindo do perseguidor.

Todas as vezes que o fugitivo for alcançado antes de formar um grupo de três,

os papéis serão invertidos.

Objetivos:

a) Integrar-se ao meio social;

b) Desenvolver a atenção e a observação;

c) Discutir valores.

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34. PASSAR A BOLA COM O BUMBUM

Material: Uma bola grande.

Disposição: Todos sentados formando um círculo.

Desenvolvimento: A bola terá que ser passada por baixo do grupo em sentido

anti-horário, mas o grupo só poderá utilizar os bumbuns para impulsionar a bola.

O facilitador pedirá ao grupo que conte quantas voltas cada um deles consegue

dar sem perder o controle da bola, agora cada uma roda para um lado. A cada

parada, estipular uma meta a ser alcançada pelo grupo.

Objetivos:

a) Integrar-se ao meio social;

b) Reforçar o trabalho em grupo;

c) Desinibir e descontrair o grupo.

35. PASSEIOS DO BAMBOLÊ

Material: Um bambolê.

Disposição: Um grande círculo, todos de mãos dadas, entre duas mãos coloca-

se um bambolê.

Desenvolvimento: Tentar fazer passar o bambolê pelo círculo. Como estão de

mãos dadas, os participantes devem fazê-lo com o movimento do corpo.

Importante à participação de todos do grupo, pois só assim o objetivo comum

será alcançado. Objetivos:

a) Integrar-se ao meio social;

b) Incentivar o espírito de equipe;

c) Enfatizar a importância do trabalho em grupo;

d) Discutir valores.

36. PEGA-BAMBOLÊ

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Material: Vários bambolês.

Disposição: À vontade pelo espaço destinado ao jogo.

Desenvolvimento: Um pegador é escolhido e entrega-se a ele um bambolê. Este

procura apanhar alguém para substituí-lo, enfiando o bambolê pela cabeça da

pessoa perseguida. Para evitar que isto aconteça, os participantes devem se

juntar dando um grande abraço. (No mínimo, três pessoas).

Variação: Escolher mais pegadores, utilizando vários bambolês.

Objetivos:

a) Integrar-se ao meio social;

b) Desinibir e descontrair o grupo;

c) Desenvolver habilidades motoras, tais como: andar, correr e saltar.

37. PEGAS CORRENTE

Material: Nenhum.

Disposição: Todos à vontade pelo espaço destinado ao jogo, o facilitador

escolherá um para ser o pegador.

Desenvolvimento: O pegador terá que perseguir os outros participantes. Quando

conseguir, segurará a sua mão procurando pegar outro. Quem vai sendo pego,

forma uma corrente que, ao chegar a oito integrantes, se divide em dois grupos

de quatro pessoas que continuam perseguindo os outros, que ainda não foram

pegos. Sempre que a corrente tiver o número de oito integrantes, ela se divide

em duas.

Objetivos:

a) Estimular a cooperação;

b) Aprimorar a relação interpessoal;

c) Desenvolver habilidades motoras, tais como: andar, correr saltar, desviar

etc.

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38. PIPOCAS MELADA

Material: Nenhum.

Disposição: Todos à vontade pelo espaço destinado ao jogo.

Desenvolvimento: O jogo começa com o facilitador pedindo para as crianças

pularem, como se fossem pipocas. Quando duas pipocas entram em contato

uma com a outra, elas devem ficar juntas. Uma vez grudadas, as crianças devem

continuar a procurar outras pipocas, até que todos formem uma grande bola de

pipocas.

Objetivos:

a) Estimular a cooperação;

b) Aprimorar a relação interpessoal;

c) Permitir a maior aproximação do grupo.

39. PRÓXIMOS DE MIM

Material: Papel e canetas.

Disposição: Todos formando um grande círculo, cada um com uma folha de

papel e caneta.

Desenvolvimento: No centro da folha de papel, cada um deverá escrever a

palavra “eu”. Pense em todas as pessoas de que você gosta ou que são

próximas a você. Escreva os nomes daqueles que são mais próximos, perto da

palavra “eu”. Desenhe uma linha indo deles até você. Agora, desenhe todas as

outras linhas. Mostre a seus amigos a figura e explique quem você colocou e por

que você a colocou lá.

Observação: Se o grupo ainda não sabe escrever, o facilitador poderá pedir que

desenhassem; o resultado será o mesmo.

Objetivos:

a) Estimular a cooperação;

b) Discutir valores.

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40. PULANDO EM DUPLAS

Material: Uma corda.

Disposição: Enquanto duas pessoas batem a corda, as demais formam duplas

dos dois lados da corda.

Desenvolvimento: Duas duplas entram na corda, cada dupla por um lado. O

objetivo será, quando se encontrarem, uma dupla passar por baixo do arco que

forma a outra dupla, quando levantarem as mãos entrelaçadas. Cada dupla deve

encontrar uma solução para resolver o problema.

.Objetivos:

a) Estimular a cooperação;

b) Reforçar o trabalho em grupo;

c) Exercitar habilidades motoras, tais como: saltar, andar, correr.

41. PULA EM GRUPO

Material: Uma corda e aparelho de som.

Disposição: Dois participantes são escolhidos pelo facilitador para baterem a

corda. Os demais ficam à vontade de um dos lados da corda.

Desenvolvimento: Ao sinal do facilitador, a música começa, e os participantes

terão o tempo de duração da música para conseguirem entrar e pular a corda. O

objetivo é que todos consigam. Se ficar alguém de fora, e a música terminar, dê

conversar e se organizar de forma que realizem a tarefa no tempo determinado,

contando com a ajuda de todos.

Objetivos:

a) Reforçar o trabalho em grupo;

b) Desenvolver habilidades motoras, tais como: correr, saltar;

c) Trabalhar a afetividade.

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42. QUEBRA CABEÇA COOPERATIVA

Material: Cartolinas, tintas, giz de cera.

Disposição: Todos à vontade pelo espaço destinado para a atividade.

Desenvolvimento: O facilitador deverá pedir às pessoas do grupo que pintem um

grande cartaz, que deverá ser bem grande, com o tema da paz. Depois disso,

cortar o cartaz em vários pedaços, de forma a se criar um grande quebra-cabeça.

O facilitador deverá misturar bem as peças, e pedir que cada um pegue um

pedaço. E o objetivo final será reconstruir novamente o cartaz.

Objetivos:

a) Estimular a cooperação;

b) Reforçar o trabalho em equipe;

c) Aprimorar a observação.

43. RECONHEÇO O ANIMAL

Material: Uma cadeira a menos que o número de participantes, e uma venda.

Disposição: Sentados nas cadeiras, formando um grande círculo.

Desenvolvimento: Um participante, escolhido para iniciar o jogo pelo facilitador,

deverá ter os olhos vendados, e passear pelo círculo. Escolher uma pessoa e

sentar em seu colo. A pessoa sobre quem sentou deverá imitir o som de um

animal. Se a pessoa vendada reconhecer quem é, trocará de lugar com ela; se

não, continuará o passeio, sentando em outra pessoa. . .

.Objetivos:

a) Conhecer o grupo;

b) Descontrair o grupo;

c) Percepção auditiva.

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44. RODEADO POR AMIGOS

Material: Vendas para os olhos.

Disposição: todos em pé, formando um grande círculo, menos um, que será

colocado no centro da roda com os olhos vendados.

Desenvolvimento: O que está vendado andará numa linha reta até encontrar

alguém do circulo, e ser recebido por ele. Este deverá girar a pessoa e leva-la de

volta ao centro do circulo. Como é estar sem o sentido da visão e sentir que o

grupo está ali para auxiliá-lo?

Como se parecem às mãos dos amigos?

Variação: Colocar várias pessoas com os olhos vendados.

Objetivos:

a) Incentivar o espírito de equipe;

b) Ingressar-se ao meio social;

c) Vivenciar uma atividade sem o sentido da visão.

45. SALADAS DE FRUTAS

Material: Bambolês.

Disposição: Todos colocados dentro dos bambolês, menos um.

Desenvolvimento: O facilitador dará o nome de uma fruta para cada um. Quem

estiver no centro sem bambolê, dirá: “quero um coquetel de frutas de...”, e

menciona as frutas que vai querer nesse coquetel (tem que ser, no mínimo,

quatro). As pessoas das frutas mencionadas deverão trocar de bambolês, e a

pessoa do centro tentará entrar em um.

Quem sobrar reinicia o jogo, pedindo um novo coquetel.

Objetivos:

a) Exercitar a agilidade;

b) Desenvolver habilidades motoras, tais como: andar, correr, saltar etc.

c) Aprimorar a capacidade de liderança.

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46. SALVEM-SE COM UM ABRAÇO

Material: Bexigas.

Disposição: Todos à vontade pelo espaço destinado para o jogo.

Desenvolvimento: O facilitador explica que se trata de um jogo de pega-pega, no

qual o objetivo é que todos se salvem. O pegador, com uma bexiga, tenta tocar o

peito de alguém. Se conseguir ele passará a bexiga e se inverterão os papéis.

Para não serem pegos, os participantes tem que se abraçar aos pares,

encostando o peito um no outro, salvando-se mutuamente.

O facilitador pode ir aumentando o número de pegadores, e propor abraços em

trio, quarteto, e grupos maiores.

Objetivos:

a) Estimular a cooperação;

b) Propiciar a relação interpessoal;

c) Permitir uma maior aproximação do grupo.

47. SAPATOS

Material: Um par de sapatos tamanho grande.

Disposição: Todos sentados em circulo, os sapatos são colocados no centro do

circulo.

Desenvolvimento: O facilitador escolhe um participante para começar o jogo, e

este diz o nome de uma pessoa, personagem ou lugar. Quem se sentir seguro vai

até o centro do circulo, calça ou par de sapatos e representa esta pessoa,

personagem ou diz estar passeando pelo lugar citado. O jogo continua, e outra

pessoa irá dizer outro nome, personagem ou lugar. E assim sucessivamente, até

todos terem usado os sapatos.

Objetivos:

a) Integrar-se ao meio social;

b) Criar situações lúdicas nas quais os participantes possam dar asas à

imaginação e à criatividade;

c) Desinibir o grupo.

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48. SAPATOS CONGELADOS

Material: Um sapato diferente para cada participante.

Disposição: Grupos de quatro pessoas. Um sapato é colocado sobre a cabeça de

cada participante do grupo.

Desenvolvimento: Pulando, dançando, andando ou correndo através de

obstáculos sem deixar cair o sapato de sua cabeça. Se o sapato cair, o

participante fica “congelado”, e um participante de seu grupo deverá apanhar o

sapato, recolocá-lo na cabeça de seu companheiro, e depois dar um abraço para

que ele se “descongele”. O objetivo de todos os grupos será chegar até o outro

lado do pátio, e todos com seus sapatos sobre as cabeças.

Objetivos:

a) Estimular a cooperação;

b) Desinibir e reforçar a ideia de grupo;

c) Dar asas à imaginação e à criatividade;

d) Discutir valores.

49. ENCESTAR NO PNEU

Material: Um paraquedas circular, e várias bolas de tênis.

Disposição: Todos em volta do paraquedas, segurando-o pelas bordas. No

centro, embaixo do paraquedas, colocar vários pneus (um sobre o outro), e

sobre os paraquedas, colocar várias bolas (entre 15 e 30).

Desenvolvimento: Os participantes realizam movimentos com o paraquedas,

tentando colocar todas as bolas pelo buraco central do mesmo, fazendo com que

caiam dentro dos pneus. Quando as bolas acabarem, contam-se quantas bolas o

grupo conseguiu colocar dentro dos pneus. Cada bola vale um ponto para o

grupo que joga.

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Antes do início do jogo, o facilitador deve estabelecer um número de pontos, que

o grupo deverá superar.

Objetivos:

a) Estimular a cooperação;

b) Reforçar o trabalho em equipe;

c) Aprimorar a relação interpessoal.