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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7Cadernos PDE
II
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO - SUED
DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS - DPPE
Ficha para Identificação da Produção Didático-Pedagógica
Professor PDE/2014
Título: Hábitos alimentares dos adolescentes: consciência ou consequência
Autor Veroni Elsa Ruschel
Disciplina/Área (ingresso no PDE) Ciências
Escola de Implementação do Projeto
e sua localização
Colégio Estadual José Armim Matte - EFMNP
Município da escola Chopinzinho
Núcleo Regional de Educação Pato Branco
Professor Orientador Welligton Luciano Braguini
Instituição de Ensino Superior UNICENTRO
Relação Interdisciplinar
Biologia; bioquímica, bioquímica da nutrição.
Resumo
A alimentação é fator determinante para a sobrevivência das espécies e também é uma preocupação constante das pessoas. A busca de um estilo de vida saudável, ou a melhora da saúde, ou para satisfazer uma necessidade fisiológica, a nutrição adequada e criteriosa é importante. O presente projeto tem por objetivo orientar e conscientizar estudantes do ensino fundamental (8ª ano) sobre a importância de uma alimentação saudável. Existem muitos problemas ligados à obesidade que levam adolescentes a desenvolverem distúrbios ou disfunções alimentares. A escola é o lugar onde a informação e a formação de opinião pode levar cidadãos a discernirem quanto à
conduta e consciência de manter uma alimentação saudável. O estilo de vida dos adolescentes, como omitir refeições, consumo de refeições rápidas, aliada ao sedentarismo leva-os ao caminho da obesidade.
Palavras-chave Adolescência; alimentação; obesidade; saúde.
Formato do Material Didático Unidade Didática
Público Alvo Alunos do 8º ano do Ensino Fundamental.
APRESENTAÇÃO
A produção desta Unidade Didática constitui parte integrante do Projeto de
Intervenção Pedagógica do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, a
qual será realizada junto ao Colégio Estadual José Armim Matte – EFMNP, município
de Chopinzinho – Paraná, com alunos do 8º ano do Ensino Fundamental. Essa
temática objetiva promover o consumo de alimentos saudáveis e a consciência de
sua contribuição para a promoção da saúde de forma atraente, lúdica e educativa.
Partindo desse pressuposto os educandos terão acesso a variadas fontes
sobre a temática, pesquisas em materiais diversos; palestras com profissionais como
nutricionista, profissional de educação física, análise de imagens, recortes de filmes,
vídeos, análise de rótulos de alimentos, produção de folders criação de pratos
saudáveis e divertidos.
Para desempenhar as atividades cotidianas e manter uma boa saúde, o
organismo necessita de uma alimentação equilibrada e saudável. Porém entre os
adolescentes é comumente a ingestão de alimentos prontos e industrializados, entre
eles os lanches e refrigerantes, os quais apresentam altas taxas de energia,
gorduras, açucares, e em contra partida baixa quantidade de ferro, cálcio, fibras e
vitaminas.
Segundo GAMBARDELLA (1996) “Estudos sobre alimentação de grupos de
adolescentes brasileiros, indica ocorrência de inadequação alimentar com carência
de ingestão de produtos lácteos, frutas e hortaliças e excesso de açúcar e gordura”.
Os hábitos alimentares estão sendo transformados pela facilidade de
consumir produtos já prontos, também pela influencia das mídias e ainda pelo ritmo
do cotidiano que as pessoas vivem, tendo cada vez menos tempo para preparar a
alimentação.
A alimentação deixou de ser preocupação quanto a saúde e passou a ser
tratada como “comercio” sem os devidos cuidados quanto aos malefícios ou
benefícios proporcionados por ela.
A problemática que envolve a nutrição como desequilíbrio físico e energético
vem sendo observado na fase da adolescência e sentida na escola.
É sabido que educar para a saúde é de responsabilidade de diferentes
segmentos da sociedade, porém a escola estando em contato direto com os
educandos tem o papel de promover ações pertinentes a sensibilização e
conscientização da importância de bons hábitos alimentares, para a prevenção de
doenças como a obesidade e consequências oriundas da mesma, transtornos
alimentares como a bulimia e anorexia.
Segundo CARDOSO (2008)
A educação em saúde consiste em oferecer subsídios aos sujeitos, educar para a vida. Sendo a escola co-responsável pelo aprendizado do aluno e de sua instrumentalização para enfrentamento da vida, torna-se um ambiente propício à prática da educação em saúde.
A escola, portanto, é o um lugar que possibilita desenvolver trabalhos que
promovam a formação de valores para uma alimentação saudável na fase da
adolescência, contribuindo para o desenvolvimento adequado.
DESENVOLVIMENTO
1ª Etapa
Apresentar o Projeto de Intervenção Pedagógica e seus objetivos aos alunos.
Para sondar o conhecimento prévio dos alunos sobre o tema em questão será
aplicado um teste/questionário para conhecer a realidade alimentar dos educandos.
Objetivando conhecer o que se consome; quantidades, variedades, bem
como nutrientes presentes na alimentação. Como estratégia de ação será
apresentado um questionário em sala de aula, no qual os alunos irão relatar sobre
sua alimentação diárias, alimentos que mais consomem e suas preferencias
alimentares.
Essa atividade tem como função o conhecimento prévio para posterior
encaminhamento da temática. O resultado do questionário será somente utilizado
como referencial do saber já adquirido pelo aluno sem nomeação e não será
divulgado.
QUESTIONÁRIO A SER APLICADO AOS ALUNOS
1 – Você toma café da manhã? a) ( ) Todos os dias b) ( ) De 1 a 3 vezes por semana c) ( ) De 3 a 5 vezes por semana d) ( ) Não toma café da manhã 2 – Quais os alimentos que ingere no café da manhã? a) ( ) pães b) ( ) bolachas c) ( ) bolos d) ( ) chocolate e) ( ) leite f) ( ) café preto g) ( ) chás h) ( ) queijos i) ( ) doces j) ( ) outros 3 – Você almoça em casa ou em restaurante? a) ( ) Casa b) ( ) Restaurante c) ( ) Casa/Restaurante 4 – Que tipo de alimento costuma ingerir no almoço? a) ( ) arroz b) ( ) feijão c) ( ) massas d) ( ) verduras e) ( ) carnes f) ( ) ovos g) ( ) legumes h) ( ) outros 5 – Costuma fazer lanche da tarde?
a) ( ) Nunca b) ( ) De 1 a 2 vezes por semana c) ( ) De 2 a 4 vezes por semana d) ( ) Mais que 4 vezes por semana 6 – O que ingere no lanche da tarde? a) ( ) Frutas b) ( ) Sucos c) ( ) Chás d) ( ) Leite e) ( ) Café f) ( ) Pães g) ( ) Biscoitos h) ( ) Bolos i) ( ) Queijos j) ( ) Salgadinhos k) ( ) Refrigerantes j) ( ) Outros 7 – Que tipos de alimentos costuma consumir no jantar? a) ( ) arroz b) ( ) feijão c) ( ) massas d) ( ) saladas e) ( ) carnes f) ( ) peixe g) ( ) legumes h) ( ) sopas i) ( ) café j) ( ) leite k) ( ) pão i) ( ) outros 8 – Você costuma ler as informações nutricionais dos rótulos de alimentos industrializados? a) Nunca faço leitura b) Algumas vezes em alguns produtos c) Sempre leio os rótulos d) Quase sempre leio e) Não acho importante
9 – Como você considera uma alimentação saudável? a)Aquela que nunca se deve comer gorduras ou doces, mesmo em dias de festa. b) Aquela que deve conter todos os alimentos necessários para o bom funcionamento do organismo. c) Comer tudo o que gosto d) Comer somente frutas e verduras e) Comer tudo o que não engorda
10 – Quantas vezes por dia você come? (conte também os lanches da manhã e da
tarde);
a) Uma ou duas vezes por dia;
b) De três a quatro vezes por dia;
c) Mais de cinco vezes por dia.
2ª Etapa
Palestra com nutricionista sobre a importância da alimentação saudável
sensibilizando os educandos que os alimentos naturais são saudáveis, nutritivos e
ricos em fibras, e, portanto necessários para o bom funcionamento do organismo.
A família exerce influência direta nos hábitos alimentares dos indivíduos.
Desde o nascimento é apresentada à criança uma alimentação de acordo com as
condições econômicas e/ou costumes tradicionais que a família possui.
Como menciona Rossi (2008) “A influência parental sobre as escolhas
alimentares pode se manifestar de várias maneiras: por meio da aquisição de
gêneros alimentícios (...), da religião e da cultura”. Nos primeiros anos de vida o ser
humano tem pouco ou nenhum poder de decisão sobre a alimentação fornecida a
ele. Neste sentido, há prejuízo ao desenvolvimento do indivíduo.
A prática de uma alimentação adequada entre os estudantes inicia no
contexto familiar, posteriormente é na escola que os hábitos vão se configurando
negativamente ou positivamente, dependendo da influencia recebida no espaço de
convivência (PARANÁ, 2008).
Quando a criança começa a frequentar a escola, ela traz consigo
ensinamentos práticos, saberes acumulados sobre alimentação, e a escola tem
como função sistematizar esse conhecimento, bem como orientar e dar
embasamento teórico para que o educando chegue ao conhecimento científico.
Na adolescência ocorrem transformações no desenvolvimento físico, psíquico
e social, sendo necessário o equilíbrio de nutrientes para atender as necessidades
deste intensa e rápida mudança no individuo (JACOBSON, EISENSTEIN, COELHO, 1998).
Segundo a Organização Mundial da Saúde – OMS, adolescência é a faixa
etária compreendida entre 10 e 19 anos e consistem em um período marcado por
grandes transformações, como afirma Eisenstein (2005), “Adolescência é o período
de transição entre a infância e a vida adulta, caracterizado pelos impulsos do
desenvolvimento físico, mental, emocional, sexual e social e pelos esforços do
indivíduo em alcançar os objetivos relacionados às expectativas culturais da
sociedade em que vive”.
Na fase da adolescência a alimentação é vinculada conforme o porte físico
idealizado e mostrado pelas mídias, tidos como perfeitos e adequados para o
mercado de trabalho e relações interpessoais.
A busca por esses ideais faz com que os adolescentes vivam o momento
atual, não se preocupando com as consequências de uma alimentação inadequada,
quanto à falta de nutrientes importantes nesta fase em que o corpo passa por
transformações fisiológicas.
Outro fator determinante nesta fase é o fato que o adolescente passa boa
parte do tempo fora de casa, na escola, com grupo de amigos, que recebe influência
direta e indiretamente na escola dos alimentos (GAMBARDELLA, FRUTUOSO E
FRANCHI, 1999).
Os adolescentes consomem comumente alimentos prontos e industrializados,
entre eles os lanches e refrigerantes, os quais apresentam altas taxas de energia,
gorduras, açucares, e em contra partida baixa quantidade de ferro, cálcio, fibras e
vitaminas.
3ª Etapa
Pesquisa em grupos no laboratório de informática, sobre os grupos e tipos de
alimentos objetivando especificar os nutrientes dos alimentos e reconhecer como
carboidratos, proteínas, lipídios, vitaminas e sais minerais em quantidades diferentes
bem como suas funções no organismo. Diferenciar tipos de alimentos quanto a sua
composição. Posteriormente os resultados da pesquisa serão apresentados pelos
grupos em sala através de cartazes.
Sugestão de pesquisa:
http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Corpo/alimentos.php. Acesso em 25/09/2014
http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Corpo/alimentos2.php. Acesso em 25/09/2014
http://dicasnutricionais.spaceblog.com.br/1287075/Os-alimentos-e-suas-funcoes/. Acesso
em 25/09/2014
http://anvisa.gov.br/alimentos/rotulos/manual_consumidor.pdf. Acesso em 25/09/2014
4ª Etapa
Atividade com rótulos de embalagens de alimentos consumidos pelos
educandos, visando incentivar os educandos na escolha de alimentos nutritivos e
boa qualidade.
Os educandos trarão para sala de aula, rótulos de alimentos consumidos pela
família, com os quais farão em grupo, uma análise da quantidade de cada nutriente
presente neste alimento e da necessidade diária para o organismo levando em
consideração a idade, sexo, gasto de energia. Posteriormente será feita uma
comparação das quantidades de nutrientes em diferentes alimentos.
Segundo Manual de orientação aos consumidores – Educação para o
Consumo Saudável – elaborado pela Agencia Nacional de Vigilância Sanitária
(ANVISA) (BRASIL, 2008), O rótulo é uma forma de comunicação entre produtos e
consumidores e deve apresentar os seguintes dados:
Porção É a quantidade média do alimento que deve ser usualmente consumida por pessoas sadias a cada vez que o alimento é consumido, promovendo a alimentação saudável.
%VD Precentual de Valores Diários (%VD) é um número em percentual que indica o quanto o produto em questão apresenta de energia e nutrientes em relação a uma dieta 2000 calorias.
Cada nutriente apresenta um valor diferente para se calcular o VD. Veja os valores diários de referência Valor energético – 2000kcal / 8.400kJ Carboidratos – 300g Proteínas – 75g Gorduras Totais – 55g Gorduras Saturadas – 22g Fibra Alimentar – 25g Sódio – 2400mg Não há valor diário para as gorduras trans.
Medida Caseira Indica a medida normalmente utilizada pelo consumidor para medir alimentos. Por exemplo: fatias, unidades, pote, xícaras, copos, colheres de sopa.
A apresentação da Medida caseira é obrigatória Esta informação vai ajudar você, consumidor, a entender melhor as informações nutricionais
FONTE: http://anvisa.gov.br/alimentos/rotulos/manual_consumidor.pdf acesso em
25/09/2014
Além desses dados, os rótulos devem apresentar ainda:
- nome do produto;
- lista de ingredientes;
- conteúdo líquido;
- procedência do produto;
- identificação do lote;
- prazo de validade;
- instrução para uso. (BRASIL, 2008).
5ª Etapa
Palestra com profissional da saúde e/ou educação física sobre a importância
de uma alimentação saudável e da prática de atividades físicas, bem como, os
prejuízos, doenças, distúrbios alimentares acarretados pela ausência destes hábitos
na vida das pessoas.
Durante a adolescência a alimentação balanceada é tão importante quanto na
primeira infância, em função da ingestão de nutrientes bem como, a criação e
manutenção de bons hábitos alimentares, os quais levam consigo durante toda a
vida.
De acordo com Ortigoza (2008) os adolescentes são considerados grupos de
risco, propensos a serem adultos com problemas de saúde dentre eles a obesidade
e diabetes. Esses riscos ficam evidentes não só pela má alimentação, mas também
pela falta de atividade física. A atividade é importante porque o adolescente está em
uma fase de mudanças físicas, psicológicas devido a alta concentração de
hormônios.
Gastando energia no esporte o adolescente tende a ficar mais equilibrado, e
por outro lado, as atividades esportivas ajudam também na socialização e na
autoestima ajudando no equilíbrio da ingestão e no gasto de calorias prevenindo
assim, doenças advindas do sedentarismo (BARBOSA, 1991).
A influência dos pais e amigos tem muita importância para os adolescentes. A
cobrança em manter-se dentro dos padrões de beleza leva-os a trilharem os
caminhos das dietas sem prescrição e acompanhamento de responsável
especializado, e chegam a desencadear problemas fisiológicos e emocionais, como
é o caso da bulimia e anorexia.
Bergada (1998) retrata a realidade que permeia o mundo juvenil em relação à
transformação corporal e sua relação com os hábitos alimentares nesta idade
Do ponto de vista físico e psicológico, a adolescência é uma das fases mais dinâmicas, que os seres humanos experimentam na vida. (Anais Nestle, volume 55, 1998). Na fase da adolescência estão interligados corpo e emoção. A juventude está pautada de “valores” que nem sempre estão presentes na vida real. A busca pelo corpo perfeito faz parte do cotidiano de meninas e meninos que buscam constantemente, podendo chegar a extremos para conseguir o objetivo desejado. Nessa busca estão as dietas malucas, ou as práticas de bulimia e anorexia (BERGADA, 1998, p. 12).
A bulimia é um transtorno alimentar frequentemente crônico que se
caracteriza pela ingestão compulsiva de grande quantidade de alimentos e, também
de algumas ações, após ingestão, com o objetivo de impedir o ganho de peso. Pois
mesmo estando no peso normal a pessoa se sente acima do peso. Dentre os
artifícios utilizados, estão a indução do vômito e o uso abusivo de laxantes e
diuréticos (SEABRA, 2004).
A pessoa que pratica a bulimia é afetada duplamente; sendo a parte
fisiológica e psicológica. Por se tratar de uma prática silenciosa a família e os amigos
não percebem logo de início. Outro distúrbio alimentar que comumente afeta os
adolescentes é anorexia (ABREU e CANGELLI, 2004).
A ansiedade e o medo excessivo de ganhar peso levam os adolescentes a
praticar anorexia que é um distúrbio alimentar que consiste em abster-se de
qualquer tipo de alimento, exagerar nas atividades físicas, fazer uso de diuréticos e
laxantes e outros métodos para não sentir fome ou reduzir apetite.
As consequências são perda de peso, pele seca com manchas, pensamentos
confusos, depressão, extrema sensibilidade ao frio, diminuição da massa muscular e
fragilidade óssea. A anorexia geralmente tem início na adolescência, sendo mais
comum em mulheres, porém pode ser vista em homens (ABREU e CANGELLI,
2004).
A falta de cuidado nas refeições dos adolescentes pode resultar com o
aumento de peso, que se não controlado poderá se tornar um adulto obeso. Recine;
Radaelli, (s/d, p. 3) define obesidade como: “doença crônica caracterizada pelo
excesso de gordura corporal, que causa prejuízos à saúde do indivíduo”.
O patrimônio genético da pessoa, maus hábitos alimentares e algumas
disfunções endócrinas podem ser as causas da obesidade. A obesidade por si só já
é um problema: a não aceitação da aparência, sendo também um fator de risco que
desencadeia doenças como: a pressão alta, problemas nas articulações, diabetes,
dificuldades respiratórias, pedras na vesícula e até algumas formas de câncer
(MARIATH et al., 2007).
Sendo a obesidade presente, não se pode esquecer as doenças que vão se
desencadeando quando o quadro de sobrepeso é constante. A diabete conhecida
desde a antiguidade e continua a afetar um número de pessoas cada vez maior.
Qualquer que seja o tipo de diabete faz-se necessário tratamento
medicamentoso e mudanças de hábitos alimentares, pois a doença como é crônica
pode ser controlada e em alguns casos a cura é possível. O paciente com diabetes
pode levar uma vida normal, se tomar os cuidados com o tratamento e com a
alimentação (FRANCISCHI et al, 2000).
De acordo com Sichieri et al. (2000) “Com o aumento da obesidade e das
doenças associadas à obesidade, no Brasil, há que se combinar orientações para a
redução das deficiências nutricionais, ainda presentes, com orientações visando a
prevenção das doenças crônicas não transmissíveis” (SICHIERI et al., 2000, p. 227).
6ª Etapa
Vídeos e filme que retratem problemas de saúde ocasionados pela má
alimentação. Os vídeos serão apresentados em momentos diversos sempre que se
fizerem pertinentes.
Sugestões de vídeos:
http://www.ciencias.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=8901.
Acesso em 25/09/2014
http://www.ciencias.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=8719.
Acesso em 25/09/2014
O filme tem como objetivo mostrar as consequências que uma alimentação
feita nos fast foods ocasionam ao organismo.
Sinopse do filme: O diretor Morgan Spurlock decide ser a cobaia de uma
experiência: se alimentar apenas em restaurantes da rede McDonald's, realizando
neles três refeições ao dia durante um mês.
Durante a realização da experiência o diretor fala sobre a cultura do fast food
nos Estados Unidos, além de mostrar em si mesmo os efeitos físicos e mentais que
os alimentos deste tipo de restaurante provocam.
http://www.ciencias.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=11339.
Acesso em 25/09/2014
Filme disponível em https://www.youtube.com/watch?v=p5VGZVawW0c.
Acesso em 25/09/2014
Os alunos após assistirem o filme farão a análise fílmica.
ROTEIRO PARA ANÁLISE FÍLMICA
1-Identificação do aluno:
Aluno:___________________________________________________________
Série:___________________________Data:_____________________________
2-Ficha técnica do filme:
Título do filme:_____________________________________________________
Atores principais:__________________________________________________
Localização da filmagem :_______________________________________
_________________________________________________________________
3-Tipo de filme:
( ) Histórico
( ) Ficção
( ) Comédia
( ) Adaptação
( ) Documentário
( ) Outros. Especifique
4-Grau de entendimento:
( ) Fácil
( ) Razoável
( ) Difícil
5-Temas que estão sendo tratados;
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
6-Cena de maior influência ou impacto – Justifique:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
7-Ideia ou imagem central do filme:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
8-Contribuição do filme para o estudo da disciplina:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
7ª Etapa
Quiz sobre alimentação e nutrição. No laboratório de informática, acessando
os links abaixo, os alunos farão o quiz sobre alimentação e nutrição verificando os
conceitos adquiridos.
http://www.unimed.coop.br/pct/index.jsp?cd_canal=49146&cd_secao=66953&cd_materia=35
6899
http://www.wickbold.com.br/espaco-kids/quiz-dos-alimentos/
http://www.smartkids.com.br/jogos-educativos/nutricao-quiz.html
http://www.agricolahorizonte.com.br/saude/quiz.php
8ª Etapa
Os alunos em grupos desenvolverão um jogo de bingo sobre os conceitos de
alimentação e nutrição. Após conclusão cada grupo apresentará seu jogo para a
turma.
Esclarecer os adolescentes sobre a importância de uma alimentação saudável
pode ser feita de maneira lúdica e agradável. O jogo de bingo é uma estratégia que
pode contribuir para esse aprendizado.
O jogo de bingo tem como objetivo associar os conceitos de um jogo comum
aos conhecimentos sobre alimentação e nutrição adquiridos anteriormente.
O jogo é composto de vinte cartelas feitas com cartolina, com oito alternativas
de resposta por cada cartela. O número de respostas por cartela é divido como em
cartelas de um bingo tradicional, três colunas e três linhas, onde na segunda coluna
e na segunda linha o elemento central é marcado pelo nome do jogo, não sendo
assim considerada uma alternativa de resposta para as perguntas.
Junto com as tabelas, também deve ser elaborada uma ficha onde conterá 35
perguntas sobre o tema, de fácil compreensão e com termos e conceitos que foram
estudados anteriormente.
Nessa ficha junto com as perguntas terá a resposta para conferencia quando
se apresente o ganhador e caso surja alguma dúvida durante o jogo.
Em vez de usar as tradicionais bolinhas, serão usadas fichas, sendo que cada
uma contendo uma pergunta especifica sobre o tema. Os cartões ficarão dentro de
uma sacola e serão tirados e lidos um a um como num jogo de bingo normal. Como
o jogo será feito por grupos de alunos que aplicarão na turma, um grupo de cada vez
apresentará o seu. Um integrante do grupo retira uma ficha da sacola e faz a leitura
em voz alta da pergunta para a turma, sendo que quem tiver, em sua cartela a
resposta marcará a mesma com lápis hidrográfico e a ficha retirada e lida deve ser
colocada em um local que não se misture com as demais.
As respostas nas cartelas devem ser distribuídas de forma aleatória, de modo
que não haja cartelas com todos os campos iguais.
A premiação pode ser pensada em cada grupo, sendo que vale como
sugestão alimentos saudáveis. Ex: frutas.
Fonte: file:///C:/Users/Usuario/Downloads/Bingo%20Bio%20-%20Texto%20de%20Orientacao_Manual%20(3).pdf. Acesso em 05/11/2014.
9ª Etapa
Direcionar os alunos na elaboração de um infográfico com o tema
alimentação.
O infográfico é uma representação visual que traz imagens e informações. É
uma dinâmica de apresentar informações educativas, cientificas ou publicitarias.
No trabalho desenvolvido em sala de aula essa metodologia auxilia na
compreensão do tema proposto, visto que as imagens podem ser uma ferramenta a
mais na construção do conhecimento.
Na sala de aula a utilização do infográfico permite ligar a imagem aos
conceitos conforme definição:
Tudo deve ser explicado, esclarecido e detalhado - de forma concisa e exata, numa linguagem tanto coloquial e direta quanto possível [...] O didatismo deve estender-se também à disposição visual do que é editado. [...] A apreensão pelo leitor deve ser fácil, clara e rápida. [...] A rigor, tudo o que puder ser dito sob a forma de quadro, mapa, gráfico ou tabela não deve ser dito sob a forma de texto. (SILVA, 2005 apud TEIXEIRA, 2011, p. 25).
O infográfico busca uma forma mais fácil e clara de comunicar uma
informação. Sendo que o infográfico permite ao educando acompanhar, interpretar,
acrescentar informação, sintetizando a compreensão de um determinado tema.
10ª Etapa
Criar pratos saudáveis e divertidos, utilizando-se dos grupos de alimentos
pesquisados especificando as propriedades de cada um, sua importância para o
organismo. Também será feita a composição da pirâmide alimentar por grupo de
alimentos na prática. Essa atividade culminará com uma socialização com os
professores e outras turmas de alunos com a apresentação da pirâmide alimentar na
prática , infográficos, finalizando com degustação dos alimentos.
Usar a imaginação no preparo dos alimentos e brincar com misturas que
podem ser feitas, cores e sabores, é uma maneira de tornar a alimentação divertida
e saudável. Muitas vezes há o receio de experimentar certos alimentos, então usá-
los juntamente com outros fazendo lanches coloridos e com decoração ajudam na
ingestão dos mesmos.
Na decoração pode-se usar personagens de quadrinhos ou desenho
animado, formando carinhas com cabelo, olhos e boca. Também pode-se fazer
objetos e paisagens com alimentos saudáveis e com isso introduzir alimentos que
vão auxiliar na saúde e que sozinhos dificilmente seriam ingeridos.
Neste contexto também pode-se diferenciar alguns alimentos como: pão
branco do pão integral; queijos e orgânicos, mostrando suas especificações.
A pirâmide alimentar será montada pelos alunos na prática, utilizando-se de
suporte de madeira e alimentos. Os alunos explicarão que as pirâmides alimentares
tem como função orientar sobre hábitos e alimentação saudável. De forma gráfica,
apresenta os grupos de alimentos. Cada parte da pirâmide é composta por um grupo
de alimento e a quantidade recomendada diariamente.
Para garantir a quantidade de nutrientes necessária para nosso organismo
precisamos incluir todos os grupos de alimentos da pirâmide. Os alimentos que
ficam na base da pirâmide são os precisam ser consumidos em quantidades
maiores. Seguindo a formação da pirâmide com as necessidades diárias em
menores quantidades.
REFERÊNCIAS
BARBOSA, D. J. O adolescente e o esporte. In: MAAKAROUN, M. F; SOUZA, R. P; CRUZ, A. R. Tratado de adolescência: um estudo multidisciplinar. Rio de Janeiro: Cultura médica, 1991. BERGADA, C. A puberdade e a medicina do adolescente. Anais Nestlé: 1998, pp. 1-8. BRASIL. Manual de orientação aos consumidores Educação para o Consumo Saudável. Brasília, 2008. Disponível em http://anvisa.gov.br/alimentos/rotulos/manual_consumidor.pdf . Acesso em: 25 set.2014. EISENSTEIN, E. Adolescência: definições, conceitos e critérios. Adolesc Saúde. 2005, vol. 2, n. 2, pp. 6-7.
FRANCISCHI, R. P. P. de. et al. Obesidade: atualização sobre sua etiologia, morbidade e tratamento. Ver. Nutr. 2000, vol. 13, n. 1, pp. 17-28. GAMBARDELLA, A. M. D.; FRUTUOSO, M. F. P.; FRANCHI, C. Prática alimentar de adolescentes. Rev Nutr. 1999, vol. 12, n.1, pp. 55-63. GAMBARDELLA, Ana Maria Dianezi. Adolescentes, estudantes de período noturno: como se alimentam e gastam suas energias. Diss. Universidade de Säo Paulo. Faculdade de Saúde Pública. Departamento de Nutrição, 1995. JACOBSON, Marc S., EVELYN EISENSTEIN, Simone C. COELHO. Aspectos nutricionais na adolescência. Adolesc. Latinoam 1.2 (1998): 75-83. MARIATH, A. B. et al. Obesidade e fatores de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis entre usuários de unidade de alimentação e nutrição. Cad. Saúde Pública. 2007. vol. 23, n. 4, pp. 897-905. ORTIGOZA, S. A. G. Alimentação e saúde: as novas relações espaço-tempo e suas implicações nos hábitos de consumo de alimentos. Raega – O Espaço Geográfico em Análise, [S.I], v. 15, mai 2009. Disponível em: http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/raega/article/view/14247. Acesso 18 ago 2014. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação – SEED – Diretrizes Curriculares Estaduais para o Ensino de Ciências. Curitiba: SEED, 2008. SEABRA, B. G. de M, et al. Anorexia nervosa e bulimia nervosa e seus efeitos sobre a saúde bucal. Ver. Bras. Patol. Oral. 2004, vol. 3, n. 4, pp. 195-198. TEIXEIRA, Tattiana. Infografia e jornalismo: conceitos, análises e perspectivas.
Bahia: Edufba, 2011.