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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Geografia que sem esse recurso lhes seria muito difícil ... Com esta pratica pedagógica busca-se obter elementos para trabalhar

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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ - SEED

SUPERINTÊNCIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO

DIRETORIA DE POLÍTICAS PÚBLICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

A GEOGRAFIA PARA ESTUDANTES CEGOS E COM BAIXA VISÃO NA REDE

ESTADUAL DE ENSINO REGULAR

SILVANA REGINA BORDIM FACHIN CARMO

CURITIBA

2013

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SILVANA REGINA BORDIM FACHIN CARMO

A GEOGRAFIA PARA ESTUDANTES CEGOS E COM BAIXA VISÃO NA REDE

ESTADUAL DE ENSINO REGULAR

Produção Didático Pedagógica apresentada como parte dos requisitos do Programa de Desenvolvimento Educacional 2013, ofertado pela Secretaria de Estado da Educação do Paraná/SEED, na área de Ciências, em parceria com a Universidade Federal do Paraná/UFPR Orientador: Prof. Edmilson César Paglia

CURITIBA

2013

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Ficha para Identificação

PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

Título: A Geografia para estudantes cegos e com baixa visão na rede estadual de ensino regular

Autor: Silvana Regina Bordim Fachin Carmo

Disciplina/Área (ingresso no PDE) Geografia

Escola de implementação do Projeto e sua localização

Escola Estadual Luarlindo dos Reis Borges – Ensino Fundamental

Núcleo da escola NRE Norte

Núcleo Regional de Educação NRE Norte

Professor Orientador Prof. Edmilson Cezar Paglia

Instituição de Ensino Superior Universidade Federal do Paraná - UFPR

Relação interdisciplinar

Resumo

A experiência vivenciada com estudantes de inclusão mostrou a necessidade de criar materiais pedagógicos diferenciados para poder dispor conhecimentos a esses educandos sem que a inclusão se torne uma exclusão, porque uma postura educacional inclusiva não é aquela que faz de conta que todos são iguais, mas a que pressupõe que a partir das diferenças pode-se construir um universo mais rico de aprendizagem e de produção da vida socieducacional. É a partir da crença de que todos portadores de deficiências, seja ela qual for, podem ser atendidas para expandir sua consciência na busca do seu espaço justo e merecido na sociedade em que vive é que Produção Didática Pedagógica, apresentada na forma de Unidade Didática - UD aborda o ensino de Geografia para estudantes incluídos a partir do sexto ano, direcionada para estudantes cegos ou com dificuldades de visão e com ênfase no trabalho com mapas táteis. A unidade didática tem como objetivo reunir uma sequência de atividades a serem desenvolvidas com alunos cegos do Ensino Fundamental e se pauta pelo trabalho de sensibilização do tato, aumentando gradativamente de maneira a possibilitar ao aluno trabalhar com mapas táteis em sala de aula e, dessa maneira assimilar conceitos de Geografia que sem esse recurso lhes seria muito difícil compreender.

Palavras-chave Estudantes cegos. Geografia. Mapas Táteis.

Formato do material didático Unidade Didática

Público alvo Estudantes cegos e com baixa visão na rede de ensino regular Estadual (a partir do 6° ano)

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Apresentação

A experiência vivida com estudantes de inclusão mostrou a necessidade de criar

materiais pedagógicos diferenciados para poder dispor conhecimentos a esses educandos

sem que a inclusão se torne uma exclusão.

Mas, como fazer uma reflexão sobre o ensino da geografia para estudantes cegos

ou com baixa visão? Conforme explica Martins (2002), uma postura inclusiva não é aquela

que faz de conta que todos são iguais, mas é aquela que pressupõe que a partir das

diferenças pode-se construir um universo mais rico de aprendizagem e de produção da vida

socieducacional.

É a partir da crença de que todos portadores de deficiências, seja ela qual for,

podem ser atendidas para expandir sua consciência na busca do seu espaço justo e merecido

na sociedade em que vive é que Produção Didática Pedagógica, apresentada na forma de

Unidade Didática - UD, aborda como tema o ensino de geografia para estudantes de

inclusão, a partir do sexto ano, direcionada para estudantes cegos ou com dificuldades de

visão e sua ênfase é o trabalho com mapas táteis

O trabalho tem como base a publicação do médico neurologista Oliver Sacks, “O

olhar da mente”, que acompanha pacientes cegos e seus jeitos de “ver” o mundo. Através

deste e outros pesquisadores, o objetivo do trabalho é fazer uma reflexão sobre o ensino da

geografia para estudantes cegos ou com baixa visão.

Considerando uma das exigências do MEC de que todos os livros didáticos devem

ser acessíveis aos estudantes cegos - e que estes livros devem ser falados e não só em braile

e, sabendo que o programa utilizado não descreve imagens, apenas textos e, as imagens

seriam descritas - permanece a questão de como descrever uma imagem a um estudante,

que na grande maioria, nunca teve este contato com a mesma?

Com esta pratica pedagógica busca-se obter elementos para trabalhar com

estudantes com pouca visão e cegos inseridos na escola regular fazendo com que consigam

ter entendimento de imagens, mapas, e outros.

É importante pensar sobre os “preconceitos” relacionados aos deficientes,

principalmente na sua inserção no espaço educacional. As escolas e os professores, não

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estão preparados para esta inclusão, permanecendo a dúvida de como formar os

professores para trabalhar com a inclusão? Para sustentar a inclusão de estudantes, cabe à

escola dar suporte aos educadores e educandos, bem com a comunidade, uma inclusão

socioeducacional.

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Síntese das atividades a serem desenvolvidas

O presente estudo visa apresentar uma colaboração para o processo de ensino de

geografia para estudantes cegos ou com baixa visão, porque, como regra geral, as escolas

possuem uma cultura visual e, nesse contexto, os estudantes com deficiência visual se

encontram com dificuldade de adaptação, o que confere à iniciativa de inclusão uma forma

mal disfarçada de exclusão, pois os objetivos educacionais não são atingidos.

Apesar das dificuldades, vários educadores já conseguiram resultados positivos para

promover o desenvolvimento das aptidões dos estudantes, para isto é muito importante se

conhecer bem a identidade dos estudantes, sabendo seus gostos, seus interesses, o que

representaria um bom caminho andado.

O estudante com deficiência visual não pode ser visto como estudante limites, por

isso torna-se necessário ao professor, conhecer as habilidades de seus estudantes com

deficiência visual para assim poder desenvolvê-las.

Com base nestas informações durante a intervenção serão desenvolvidas as

seguintes atividades:

Mediação – quando os educadores descreverão a figura, dentre outros aspectos

do objeto de estudo;

Sensibilização tátil – na forma de exercício de sensibilização dos estudantes com

deficiência visual, para a percepção dos objetos em si;

Alto relevo ou textura – quando serão utilizados diferentes materiais (como

barbantes, palito, massas de modelas, dentre outro) e formas diversificadas,

como maquetes e mapas em relevo, para que os estudantes possam tatear

sobre as reproduções de mapas e figuras.

Todas as atividades serão organizadas de forma bastante objetiva, haja visto que

muitos detalhes prejudicam a percepção do cego.

Observe-se, ainda, que tanto o tato quanto a mediação por meio do diálogo sobre

um mapa ou figura, são imprescindíveis à colaboração dos estudantes entre si para a

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ampliação e compreensão do objeto citado. E, nesse contexto, deve-se ter o cuidado na

descrição dos objetos e no fazer as matrizes táteis dos mapas e espaços, não se esquecendo

de salientar a redução dos mesmos.

Materiais e Métodos

A metodologia empregada nesta UD caderno compreende a utilização de técnicas de

trabalho coletivo, de sensibilização e experimentação de situações que permitam o

desenvolvimento do estudante pela utilização de representações de formas.

A adoção de técnicas de trabalho coletivo confere uma abordagem sociocultural à

proposta de trabalho, posto que essa objetiva contribuir para a mudança nas formas de

ensinar e aprender. E, nesse sentido, ressalta-se o papel do docente no processo,

relativamente à escolha das melhores estratégias de ensino para o processo de ensino e

aprendizagem de estudantes com deficiência visual.

Essa abordagem evidencia o caráter transformador da educação, que deve iniciar

pela constante atualização dos recursos utilizados nos processos educativos, estratégia

necessária para que os estudantes com limitações, como a visual – que é a situação dos

estudantes que são objeto desta intervenção – possam inteirar-se de forma mais ampla

sobre as características dos aspectos geográficos da terra e suas regiões.

O desenvolvimento do trabalho compreende uma pesquisa de campo feita com

estudantes com deficiência visual, a partir do 6° ano, da Escola Estadual Luarlindo dos Reis

Borges – Ensino Fundamental, necessária para conhecer a dinâmica das aulas de Geografia,

o potencial de cada estudante e o seu nível de aproveitamento em sala de aula dada às suas

limitações. A base teórica da UD foi realizadas a partir de pesquisa bibliográfica feita em

fontes primárias e secundárias (MARCONI, LAKATOS, 2009).

Os encontros serão realizados em encontros semanais previamente agendados.

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Calendário das atividades de intervenção

QUADRO 1- CALENDÁRIO

Datas Sequência de aulas

Atividades e conteúdos

Semana Pedagógica Apresentação do projeto no Encontro Pedagógico para o 1° Semestre de 2014

12/02/2014

1

Aplicação de questionário: Conhecer os estudantes que são o público-alvo do projeto de intervenção e suas principais dificuldades e iniciar os trabalho de desenvolvimento da sensibilidade do toque: trabalho com geoplano e formas geométricas

2 Desenvolvendo a sensibilidade do toque: trabalho com geoplano e formas geométricas

19/02/2014 3

Trabalhando com massa de modelar e/ou argila: Com a utilização de massa de modelar ou argila, os estudantes deverão, sob a orientação do professor, reproduzirem escala aproximada os planetas do sistema solar

4

26/02/2014 5

6

05/03/2014 7

Delimitando espaços: Com o auxílio de geoplanos, os estudantes poderão perceber como é o arruamento do entorno de sua escola, desenvolvendo habilidades para trabalhar com o mapa tátil.

8

12/03/2014 9

10

19/03/2014 11

12

26/03/2014 13 Percebendo as diferenças na textura (saliências) em mapas feitos em papelão

reciclado 14

02/04/2014 15

Introduzindo maquetes nas aulas com mapas táteis feitos de papelão 16

09/04/2014 17

18

16/04/2014 19

Trabalhando com mapas confeccionados em folhas de alumínio

20

23/04/2014 21

22

30/04/2014 23

24

07/05/2014 25

26

14/05/2014 27

Aulas Trabalhando com mapas táteis com recortes em EVA 28

21/05/2014 29

Trabalhando com os símbolos (convenções/padrões) já estabelecidos para a leitura de mapas táteis

30

28/05/2014 31

32

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Geografia para estudantes cegos e com baixa visão na rede

estadual de ensino regular

Professor,

Para começar, é preciso conhecer os estudantes.

Assim, antes de começar os trabalhos, torna-se necessário delinear o perfil do

público-alvo e identificar, por meio de respostas objetivas, determinados aspectos da

dinâmica das aulas de Geografia na percepção desses estudantes, assim como as limitações

dos professores no que tange ao ensino para estudantes com deficiência.

O modelo de questionário apresentado na sequência traz uma série de perguntas

que o auxiliarão nesse processo e, para facilitar sua aplicação, o professor poderá ajudar os

estudantes, registrando suas respostas.

QUADRO 2 - QUESTIONÁRIO

1) Nome 2) Idade

3) Nas aulas de Geografia, seu professor faz explanações que lhes permitem compreender características da regiçao ou fenômeno explicado?

( ) Sim ( ) Não ( ) Algumas vezes

4) Seu professor o auxilia na compreensão dos limites dos mapas?

( ) Sim ( ) Não ( ) Algumas vezes

5) Você já trabalhou com maquetes em sala de aula para estudar conteúdos de Geografia?

( ) Sim ( ) Não ( ) Algumas vezes

6) Qual o seu nível de conhecimento e habilidades no uso de recursos informatizados?

( ) Baixo ( ) Médio ( ) Bom ( ) Muito bom

7) No que se refere às suas limitações visuais, você pode afirmar, sobre si mesmo que possui

( ) Baixa visão (BV: consegue enxergar com auxílio de lentes e tecnologia assistiva)

( ) Deficiência visual (DV: cegueira)

8) Para as alternativas abaixo, indique BV ou DV, de acordo com seu caso, acerca dos recursos utilizados em sala de aula e a frequência de sua utilização

Recursos utilizados:

( ) Lentes

( ) Braile

( ) Mapas em braile

( ) Sites especializados

( ) Outros: _______________

________________________

10) Frequência:

( ) sempre

( ) raramente

( ) nunca

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Após a aplicação do questionário e recolhimento das folhas, deverá ser feita a

tabulação dos dados em planilha eletrônica (Aplicativo Excell – MS Office), alocando as

respostas de acordo com o número das questões e, preferencialmente, fazendo uma

demonstração gráfica dos resultados de forma a permitir uma melhor visualização da

tendência das respostas, as quais fornecerão ao professor as informações de que necessita

para conhecer as possibulidades do estudante, o que eles já conhecem e utilizam em termos

de tecnologias assistivas e como conduzir as atividades de sensibiliação e exploração de

formas e conteúdos de Geografia.

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Atividades de Intervenção

A primeira impressão que se tem, numa sala de aula com estudantes com

deficiência visual, é que falta ao professor o apoio das imagens para possibilitar uma

explanação mais rica e detalhada. Nesse momento, o único recurso que resta ao professor é

a própria voz. Mas, será mesmo que os estudantes cegos ou com baixa visão precisam ficar

limitados ao que o professor diz, sem poder comparar, perceber, analisar, ou seja, sem

compreender, efetivamente, o que está sendo abordando?

Analisando essa questão, as professoras Adriane Cristine Kirst e Maria Cristina da

Rosa Fonseca da Silva no artigo “Quando o cego vai ao museu”, enfatizam que é preciso

incluir as pessoas deficientes na sociedade.

As imagens estão presentes no cotidiano das pessoas de forma cada vez maior e mais rápida na medida em que a sociedade trona-se cada vez mais uma sociedade guiada pelo visual. As pessoas cegas fazem parte dessa sociedade, portanto das condições para que estas saibam lidar com a visualidade tornam-se imprescindível (KIRST, SILVA, 2006, p.10).

Fonseca da Silva e Bornelli (2007) apontam a necessidade de produção de materiais

pedagógicos para ampliar as possibilidades de inclusão nas escolas regulares, bem como

atividades que estimulem a aprendizagem e o entendimento, onde cada ação pode

proporcionar aos estudantes momentos de reflexão que colaboram para a autonomia do

grupo, resultando naturalmente na inclusão.

Algumas metodologias visam preparar o estudante para o trabalho com conceitos e

conteúdos que exigem maiores habilidades dos sentidos para compensar a deficiência visual,

como explica Barborsa (2003), para quem

[...] buscar os recursos mais adequados para trabalhar com alunos portadores de deficiência visual é tarefa que exige do professor enxergar além da deficiência, lembrando que há peculiaridades no desenvolvimento de todas as crianças, tendo elas deficiência ou não. A criatividade foi e continua sendo um elemento indispensável para o homem superar problemas e desafios gerados pelo seu ambiente físico e social. É encarada como uma construção do indivíduo em suas interações com as propriedades do objeto (BARBOSA, 2003, p 19).

Segundo Vieira, Silva (2013) os exercícios com formas geométricas são importantes

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para que os estudantes com deficiência visual possam vivenciar o universo que os cerca em

suas formas e consistências, habilitando-se, dessa maneira, a fazer associações,

transferências, adquirindo mecanismos interpretativos e formadores de conceitos e imagens

mentais. Nesse sentido, o professor precisa “intensificar o uso de materiais concretos, para

ajudar na abstração dos conceitos”, pois, quanto mais os alunos trabalham com situações

concretas de aprendizagem, mais facilmente conseguirão realizar abstrações (VIEIRA, SILVA,

2013, p. 8).

Por sua vez, Vieira de Melo (2011) ressalta o uso do audio-livro nas aulas de

Geografia, destacando que na atualidade, diversos recursos podem ser utilizados no

processo de ensino e aprendizagem de estudantes com cegueira ou baixa visão. Para o

autor, os instrumentos de trabalho devem ser escolhidos de acordo com as características

dos estudantes e adaptados às limitações desses, motivando-os a desenvolver habilidades

extras para facuilitar o aprovietamento escolar; e isso equivael dizer que “não basta a escola

ser inclusiva, se não garante a oportunidade de aprendizado em equidade para alunos com

necessidades educacionais especiais” (VIEIRA DE MELO, 2011, p. 35-36).

A autora explica, ainda, que o áudio livro se evidencia no contexto dos recursos e

metodologias adaptadas aos estudantes com deficiência visuais para o ensino de Geografia,

pelo fato de reproduzir a prática milenar de leitura e contação de histórias, tão familiar ao

estudante.

[...] desde a antiguidade, era muito comum à prática da leitura em voz alta para as outras pessoas ou para si mesmo, devido a uma convenção cultural que associa fortemente o texto e a voz, a leitura, a declamação e a escuta. A transmissão da leitura não ocorria somente na oralidade de um texto, mas nas habilidades da comunicação para os que não sabiam ler ou não podiam mais fazer uma leitura, nas cidades medievais (VIEIRA DE MELO, 2011, p. 38).

Na medida em que o áudio livro descreve os conteúdos, torna-se mais fácil aos

estudantes construir, no campo da imaginação, os cenários que ela já começou a conhecer

por meio das atividades anteriormente trabalhadas nesta proposta de intervenção.

Como se pode perceber, as atividades aqui propostas são simples e com

características familiares ao estudante com cegueira ou baixa visão, e buscam proporcionar

situações de experimentação que permitirão a esses estudantes, perceber aspectos que lhes

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tornará possível a uma melhor compreensão sobre as informações e conceitos que

constituem o domínio de conhecimento da disciplina

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Conjunto de Atividades para exercitar a sensibilidade tátil, a

percepção das formas e a localização, reconhecer o mapa tátil e

suas convenções

Número de aulas: 32 h/a

Objetivo

Essa atividade visa explorar a sensibilidade e a percepção tátil dos estudantes,

familiarizando-os com imagens planas de paisagens, as quais, a rigor, contêm elementos

como relevo, vegetação, e as construções (intervenções) feitas pelo homem. Busca-se,

ainda, proporciona o desenvolvimento da coordenação motora e da noção espacial,

relaxamento, concentração e habilidade manual.

Metodologia

Os estudantes receberão diferentes materiais como formas geométricas, geoplano,

massa de modelar e/ou arguila, gravuras reproduzidas em papelão, folhas de alumínio ou

em EVA para perceber as formas e seus contornos, necessários à percepção e compreensão

de conceitos e conteúdos trabalhadas nos conteúdos de Geografia.

Os conteúdos trabalhados em sala de aula devem ter como apoio essas

reproduções, de maneira que esse material deve ser reservado antecipadamente à aula.

Aulas 1 e 2

Desenvolvendo a sensibilidade do toque: Os estudantes receberão geoplanos e

elásticos; assim como modelos desmontáveis, em papelão e em diferentes tamanhos, de

formas geométricas como quadrado, paralelepípedo, triângulo, dentre outros, para,

primeiramente, montar, desmontar, manusear e remontar diversas vezes, como forma de

compreender as diferentes dimensões visuais de um elemento, aspecto esse necessário para

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apreender noções espaciais, de distância, altura, largura e profundidade, dentre outros

conceitos implícitos nos conteúdos de Geografia e que permitem estabelecer comparações

sobre relevo, por exemplo.

Em seguida, o professor deverá pedir para o estudante identificar as figuras

definidas no geoplano e nominar as figuras planas presentes nas caixas desmontadas;

recompor a caixa; identificar as partes do sólido geométrico utilizado; e estabelecer a

diferença entre sólidos geométricos e figuras geométricas planas.

Aulas 3, 4, 5 e 6

Trabalhando com massa de modelar e/ou argila: Com a utilização de massa de

modelar ou argila, os estudantes deverão, sob a orientação do professor, reproduzirem

escala aproximada os planetas do sistema solar, dispondo-os corretamente e reconhecendo-

os por suas posições e tamanhos.

A mesma estratégia poderá ser adotada para trabalhar o conceito de revelo

(montes, morros, montanhas, planícies), dentre outros elementos que constituem objeto de

estudo da Geografia.

Aulas 7, 8, 9 e 10

Delimitando espaços: Com o auxílio de geoplanos, os estudantes poderão

perceber como é o arruamento do entorno de sua escola, desenvolvendo habilidades para

trabalhar com o mapa tátil. Nesta atividade diferentes orientações podem ser dadas aos

estudantes, como considerar quadras/quarteirões contadas a partir da localização (pontos

cardeais) e indicar sua casa, ou um ponto de ônibus, banco, dentre outros elementos ou

logradouros das proximidades.

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Aulas 11 e 12

Percebendo as diferenças na textura (saliências) em mapas feitos em papelão

reciclado: Os estudantes receberão mapas (conforme modelo mostrado na Figura 1)

produzidos pelo professor, representando a conformação do quarteirão da escola, seus

arruamentos e diferentes dimensões nas áreas ali existentes.

Figura 1 – exemplo de mapa confeccionado com papelão reciclável para as atividades com os estudantes

Fonte: Almeida, Loch (2005, p. 8)

Aulas 13 , 14, 15 e 16

Introduzindo maquetes nas aulas com mapas táteis feitos de papelão: Com base nas

referências de localização da escola, a professora deverá apresentar aos seus estudantes,

maquetes de edificações presentes nas proximidades da escola, para que os estudantes

possam conhecer esses elementos, sua disposição e forma, e assim perceber melhor as

características do entorno do local onde estudam e vivem.

Aulas 17 e 18, 19 e 20, 21 e 22, 23 e 24

Trabalhando com mapas confeccionados em folhas de alumínio: Os estudantes

receberão mapas (conforme modelos mostrados nas Figuras 2, 3, 4 e 5) produzidos pelo

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professor, com diferentes desenhos (mapa do rosto humano, uma planta baixa de uma casa,

arruamento já trabalhado na atividade com papelão, como arruamentos, mapa do Brasil,

mapa Mundi ou os diferentes climas e relevos das regiões brasileiras).

Figura 2 – Arruamento em folha de alumínio

Fonte: UFSC apud ALMEIDA, LOCH (2006)

Figura 3 - exemplo de mapa confeccionado em folha de alumínio

Fonte: UNESP (2013)

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Figura 4 – Exemplos de Mapas feitos em alumínio que podem ser explorados nas aulas de Geografia

Fonte: Almeida, Loch (2006, p. 17).

Figura 5 – Exemplos de Mapas feitos em alumínio que podem ser explorados nas aulas de Geografia

Fonte: Harlos et al. (2012)

Aulas 25 e 26

Aulas Trabalhando com mapas táteis com recortes em EVA: Os estudantes

receberão mapas produzidos pelo professor ou adquiridos pela escola, com diferentes

desenhos: mapa do Brasil, mapa Mundi; ou mesmo uma sequência de mapas mostrando

conforme a deriva continental que originou a atual formação dos continentes (conforme

modelo mostrado na Figura 6).

Page 20: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Geografia que sem esse recurso lhes seria muito difícil ... Com esta pratica pedagógica busca-se obter elementos para trabalhar

Figura 6 – mapas táteis confeccionados em EVA

Fonte: UNESP (2013)

Com a introdução gradativa dos conceitos e de atividades, torna-se mais fácil para

os estudantes compreender as representações geográficas e cartográficas, como explicam

Almeida, Passini (1989, p. 24), com os mapas táteis os estudantes o poderão construir pré-

aprendizagens que facilitarão a leitura de mapas, como orientação, pontos de referência,

localização com a utilização de coordenadas, proporcionalidade, forma, tamanho e

comprimento; assim como decodificar aspectos de seu cotidiano, adentrando às funções

simbólicas no mapeamento e à leitura propriamente dita, engloba : decodificar, ligando o

significante e o significado para melhor compreensão.

Como se pode perceber, a partir das atividades inicias, abre-se um grande leque de

possibilidades a serem exploradas em sala de aula, com material concreto para que os

estudantes possam compreender conceitos trabalhados teoricamente.

Aulas 27 e 28, 29 e 30, 31 e 32

Trabalhando com os símbolos (convenções/padrões) já estabelecidos para a

leitura de mapas táteis: Os estudantes precisam dominar o conceito de escala e de

simbologia para poder trabalhar com os elementos do mapa tátil.

A partir da Tabela 1 – mostrada na Figura 7, torna-se possível ao estudante

construir referenciais para reconhecer as informações presentes nos mapas táteis.

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Figura 7 – Padrões estabelecidos para alguns elementos cartográficos

]

Fonte: LOCH (2008)

É importante começar com atividades de assimilação (memorização das formas dos

símbolos), para que a partir desse conhecimento os estudantes possa desenvovler leituras

mais precisas dos mapas táteis trabalhados em sala de aula.

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REFERÊNCIAS

Almeida, R. D. e Passini, E.Y. O espaço geográfico: ensino e representação. São Paulo: Contexto, 1989.

ALMEIDA, Luciana C. LOCH, Ruth E. N. Mapa tátil – passaporte para a inclusão. Publicado na EXTENSIO - Revista Eletrônica de Extensão Número 3, ano 2005. Disponível em https://mail-attachment.googleusercontent.com/attachment/u/0/?ui=2&ik=5b29c4ef91&view=att&th=1421557cab08f7c6&attid=0.2&disp=inline&realattid=82e4443210ee6697_0.2&safe=1&zw&saduie=AG9B_P__n855gACD6iB-Gq8DoTjn&sadet=1385381837959&sads=hDYj1J5CRvfx5iDmTj2oVIA6ARg. Acessado em 17.Nov.2013.

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