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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Toda essa evolução no domínio comercial mundial favoreceu à Inglaterra acúmulo de riquezas, indispensável para o investimento

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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

AS TECNOLOGIAS NO ENSINO DE HISTÓRIA

O USO DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO

E COMUNICAÇÃO (TICS) NAS AULAS DE

HISTÓRIA.

MARCOS ROQUE WESSELING

SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO – SUED

DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS – DPPE

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL

CADERNO PEDAGÓGICO

O USO DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

(TICS) NAS AULAS DE HISTÓRIA.

Marcos Roque Wesseling

NRE Pitanga

Professor Orientador: Marcelo de Souza Silva

PDE 2013

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO - SUED

DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS

EDUCACIONAIS – DPPE

Ficha para Identificação da Produção Didático-Pedagógica

Professor PDE - 2013

Título: O uso das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) nas aulas de

história

Autor: Marcos Roque Wesseling

Disciplina/Área História/2013

Escola de implementação do

projeto e sua localização

Colégio Estadual José de Anchieta –

EFMNP

Município da Escola Santa Maria do Oeste

Núcleo Regional de Educação Pitanga

Professor Orientador Marcelo de Souza Silva

Instituição de Ensino Superior UNICENTRO – Guarapuava

Relação interdisciplinar Português, Artes, Geografia, inglês.

Resumo O presente Caderno pedagógico tem como tema o uso das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) no ensino-aprendizagem do conteúdo de história na sala de aula como metodologia de ensino e uma construção do conhecimento coletiva.

A problemática fundamental que se estabelece é saber se com o uso de metodologias que utilizem as tecnologias de informação e

comunicação podemos auxiliar o aluno a melhorar seu conhecimento nas aulas de história, visto que nossa sociedade está fundada em um mundo tecnológico, as pessoas estão se correspondendo, relacionando, trabalhando com o uso das tecnologias; porém a educação ainda está muito aquém desta realidade. Será que com o uso das diferentes ferramentas tecnológicas em sala de aula podemos ter um aluno mais motivado, interessado, pesquisador, conhecedor?

O objetivo geral é estimular e oportunizar uma nova maneira de aprendizado e construção do conhecimento nas aulas de história com o uso das tecnologias de informação e comunicação. Os objetivos específicos são: refletir sobre a transformação da educação com o uso das tecnologias; perceber a evolução das tecnologias na educação: a superação de paradigmas; estimular o ensino-aprendizagem de história com as tecnologias por meio do uso de diferentes metodologias de ensino.

O conteúdo trabalhado será o da Revolução Industrial, fazendo um paralelo entre a revolução e a atual conjuntura econômica e industrial do século XXI. O conteúdo trabalhado será explicativo com a utilização de textos, vídeos, imagens, slides, pesquisa no laboratório de informática do colégio; utilizando as tecnologias para a exposição dos mesmos.

Formato do material didático Caderno Pedagógico

Público Alunos do 8º ano do Ensino Fundamental do Colégio Estadual José de Anchieta EFMNP.

APRESENTAÇÃO

Caro professor (a),

Sou do Núcleo Regional de Educação de Pitanga, município de Santa Maria

do Oeste Paraná com lotação no Colégio José de Anchieta, onde vou desenvolver o

projeto. Sou professor do ensino fundamental e médio na disciplina de História.

Nesta oportunidade do PDE, pensei num projeto que estivesse voltado para o

uso das tecnologias nos conteúdos de história para auxiliar na motivação e

aprendizado da disciplina aos alunos do ensino regular. A questão principal que

propus para a minha pesquisa é: saber se a utilização de metodologias que utilizem

as novas tecnologias de informação e comunicação pode auxiliar o aluno a melhorar

seu conhecimento e a melhoria da qualidade do ensino de história.

Escolhi trabalhar com o uso das TICs nas aulas de história, pois penso que

seja mais produtivo em sala de aula a transposição do conhecimento histórico com o

uso de ferramentas que tornem as aulas mais dinâmicas e adequadas ao cotidiano

dos alunos. Acredito que com novas metodologias e o uso de tecnologias as aulas

sejam mais eficazes na aprendizagem, promovendo no educando o interesse,

motivação e acima de tudo a busca pela construção do conhecimento.

O projeto foi elaborado com a orientação do Professor Marcelo de Souza

Silva da Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO), Guarapuava, tema

de estudo: As tecnologias na Educação e título: O uso das Tecnologias de

Informação e Comunicação (TICs) nas aulas de história, sendo apresentado em

forma de Caderno Pedagógico.

Tendo em vista que nenhum material didático é fechado, muitas

possibilidades poderão ser desenvolvidas a partir deste.

Colegas um ótimo trabalho para todos nós!

Professor Marcos.

PALAVRA CHAVES: metodologia de ensino, tecnologia, história,

aprendizagem, TICs.

[email protected]

[email protected]

Falando do projeto aos alunos

Motivação

http://educador.brasilescola.com/estrategias-ensino/aplicando-jogos-matematicos-sala-aula.htm. Acesso em: 21/10/2013

Que projeto

é esse?

Quem vai

participar?

Podemos

estudar em

equipes?

Que

legal!

A construção do

conhecimento

histórico?

Oba! Vamos

usar

tecnologias!

Observe o vídeo “QUEM MEXEU NO MEU QUEIJO” (aproximadamente 12 minutos).

Disponível em:

http://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=kUMVle68Usc. Acesso

dia 10/10/2013.

O vídeo conta a história de quatro ratinhos que vivem em um labirinto, retrata

a vida, os anseios, objetivos e as mudanças que todos nós estamos sujeitos e nos

alerta para não vivermos acomodados diante das situações que aparecem no

cotidano.

Que atitudes cada personagem assume diante das mudanças que foram

apresentadas? Identificou-se com algum personagem? De que forma podemos

crescer através de alguns obstáculos que aparecem em nossas vidas? Muitas vezes

precisamos fazer uma revolução no pensamento e nas atitudes?

Vamos assistir ainda ao vídeo “APRENDER A APRENDER” (aproximadamente 8

minutos).

Disponível em:

http://youtu.be/Pz4vQM_EmzI. Acesso dia 13/11/2013.

O vídeo retrata a relação do aprendiz com seu mestre, a dificuldade do

aprendiz em se concentrar e aprender a moldar potes de barro que podem ser

animados com magia. Retrata a necessidade de dedicação, empenho, paciência

para desenvolver um ofício.

ORGANIZANDO AS IDÉIAS!

O que podemos aprender com o vídeo? Qual é a nossa atitude diante das

dificuldades? Temos paciência e dedicação para aprender coisas novas? Desistimos

com facilidade ou enfrentamos os desafios? E na sala de aula, procuramos sempre

aprender mais?

REFLETINDO SOBRE O FILME!

DESENVOLVENDO O TEMA DO PROJETO!

Para começar o nosso trabalho vamos nos organizar em grupos e vamos refletir

alguns questionamentos:

Será que o mundo atual conseguiria sobreviver

sem tecnologia? Como seria nossa vida sem energia

elétrica, sem computador, sem televisão, vídeo game, lan

house, sem carros, caminhões, ônibus...? Vamos

imaginar um hospital sem os aparelhos para exames.

Seria possível realizar uma cirurgia sem a tecnologia que

dispomos atualmente?

E a aula? Como seria se o professor não utilizasse

vídeos, imagens, sons, slides? Como a tecnologia pode

ser utilizada na sala de aula? Quais seriam essas

tecnologias?

Você considera a tecnologia importante para

aprimorar o seu aprendizado? Com o uso das tecnologias

disponíveis no seu colégio é possível ter melhor ensino-

aprendizagem?

Após estas reflexões, chegamos a conclusões e questões que ainda não

conseguimos responder. Pensamos que o mundo no qual vivemos agora nem

sempre foi assim, ele foi passando por transformações múltiplas para chegar ao que

é hoje. Percebemos que durante a história da humanidade os seres humanos

passaram por processos que possibilitaram a criação de inventos que trariam

mudanças para as gerações futuras. É sobre esses fatos históricos que

aconteceram nos séculos XVIII e XIX que iremos refletir, questionar, aprender,

pesquisar, e problematizar.

Professor:

Espera-se que

os alunos

reflitam sobre a

influência das

tecnologias em

seu dia-a-dia e o

quão

dependentes

somos em

relação a estes

equipamentos e

que estão

presentes na

sala de aula e

são utilizados

para melhorar a

aprendizagem.

O recorte histórico que iremos estudar a partir deste momento é a:

Você já ouviu falar em REVOLUÇÃO? Você sabe o que foi a Revolução

Industrial? Sabe onde e quando ela ocorreu? Em quais países ela também se

desenvolveu? Quais foram seus precedentes? Quais foram os principais inventos

industriais? Quais foram suas conseqüências para a nossa vida? E para aquela

época? Como as pessoas assimilaram esses acontecimentos? É sobre esses fatos

e transformações que iremos estudar por algumas aulas.

1. A Primeira Fase da Revolução Industrial

Durante a história mundial foram vivenciadas

diversas revoluções, em todos os continentes e nos mais

diversos países do mundo. A grande parte dessas

revoluções foi motivada pela busca de riquezas, de poder,

prestígio, domínio e conquistas territoriais.

A chamada Revolução Industrial não foi uma exceção, foi uma busca

desenfreada pela riqueza, pelo aumento da produção e a utilização das máquinas

para conquistar esse objetivo. O desenvolvimento tecnológico foi o motriz dessas

grandes transformações que ocorreram inicialmente na Inglaterra após a metade do

século XVIII, e que posteriormente se estenderam para outros países como França,

Estados Unidos, Alemanha, Bélgica, Holanda, Suécia, Japão, isto já no século XIX.

Para que essa revolução industrial tivesse início na Inglaterra, ela contou com

uma série de fatores que já estavam se desenvolvendo dentro desse país. A

Inglaterra foi o país que mais acumulou capital através do comércio com suas

Conceito de Revolução

disponível em:

http://www.dicio.com.br/

revolucao/.

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

colônias na América, na Ásia e na África, mas também com o intercâmbio comercial

com outras metrópoles.

Pode ser feito um recorte

histórico sobre a independência dos

Estados Unidos, uma das colônias

inglesas na América.

Vamos aproveitar esse momento e tentar descobrir quais eram as colônias

inglesas nos continentes? Qual era a colônia mais importante para a Inglaterra no

século XVIII? Quando ela conseguiu sua independência da metrópole? Identifique e

relaciona-as no mapa a seguir que representa a totalidade da colonização inglesa no

mundo até o século XX, aproximadamente 1920, após o fim da Primeira Guerra

Mundial.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Imp%C3%A9rio_Brit%C3%A2nico. Acesso em

04/11/2013.

Agora vejamos qual era o domínio colonial inglês no auge do

desenvolvimento industrial no século XIX, aproximadamente 1885 no mapa que

mostra a sua evolução desde o século XVI.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:British_Empire_evolution3.gif. Acesso em

04/11/2013.

Toda essa evolução no domínio comercial mundial favoreceu à Inglaterra

acúmulo de riquezas, indispensável para o investimento em invenções que

começaram a se desenvolver inicialmente no campo têxtil, devido também a uma

grande produção de lã que foi gerada pela prática dos cercamentos ainda no século

XVI e que tomou proporções importantes ao longo dos anos na Inglaterra.

Sobre a independência das treze

colônias inglesas da América, poderá

ser aprofundado o conteúdo com a

leitura da sua declaração de

independência. Disponível em :

http://www.arqnet.pt/portal/teoria/

declaracao_vport.html. Acesso em

18/11/2013

Vamos retomar o conceito de cercamentos. O que ele contribuiu para que a

industrialização inglesa tivesse êxito. Veremos este conteúdo através da

apresentação de slides com textos e imagens no projetor multimídia do colégio.

Nesses slides serão apresentados:

1- O conceito de cercamentos;

2- As técnicas dos cercamentos;

3- As mudanças ocorridas nos campos com sua implantação;

4- As conseqüências para os camponeses que não se adaptaram aos

cercamentos.

5- A contribuição dos cercamentos para o aumento da força de trabalho nas

indústrias das cidades.

A Inglaterra detinha também uma enorme quantidade de jazidas de minério de

ferro e carvão, que eram a matéria prima para o desenvolvimento da mecanização

da indústria têxtil e posteriormente a indústria náutica e automobilística, com a

invenção do motor a vapor.

Na indústria têxtil as grandes invenções que revolucionaram o ritmo de produção

foram: a lançadeira volante de John Kay em 1735; o tear mecânico de Edmund

Cartwright de 1785, que iniciou a mecanização da tecelagem.

A disponibilidade de matéria prima e:

AS INVENÇÕES.

Foi em 1769 que James Watt aperfeiçoou

um modelo de motor transformando-o no primeiro

motor movido com força gerada pela queima de

carvão. Após esse invento sucederam-se outras

incontáveis tentativas, algumas não bem

sucedidas, de aprimorar os inventos e melhorá-los

até se chegar em 1804 com Richard Trevithick à

primeira locomotiva a vapor capaz de transportar

25 toneladas de carga. Ainda em 1814, George

Stephenson também desenvolveu uma locomotiva

a vapor. Porém foi em 1825 que a primeira

locomotiva começou a funcionar na Inglaterra.

Vamos agora ver algumas imagens dessas fantásticas invenções que

mudaram o mundo sem precedentes. Mas que também tiveram conseqüências

desastrosas para os seres humanos e a natureza.

As imagens serão apresentadas através de slides no projetor multimídia. O

conteúdo das imagens perpassa desde as primeiras máquinas inventadas:

lançadeira volante, roda de fiar, tear mecânico, os primeiros motores a vapor, os

navios a vapor, a locomotiva, as grandes máquinas nas siderúrgicas, e algumas

máquinas atuais, a robótica, a informática. Isto para contrapor aquela época aos

tempos atuais.

Curiosidade:

Você sabia que a locomotiva

Rocket, desenvolvida em 1829

por Robert, filho de George

Stefhenson, conseguia atingir a

velocidade média de 24 km/h?

Qual será a velocidade média de

um trem atualmente?

E os carros?

Onde e quando foram construídos?

Sabemos que o automóvel com o formato que

conhecemos hoje necessitava de um grande salto

tecnológico. Eles já existiam com motor a vapor, mas

eram desajeitados, barulhentos. No modelo como o temos

hoje era necessário inventar o motor a explosão e que

usava petróleo como combustível. Isso aconteceu por

volta do ano...

Podemos também dar uma pequena olhada na história do automóvel no

Brasil que teve início no século XX. O site retrata uma exposição da história dos

primeiros meios de transporte no utilizados no Brasil que vão desde as cadeirinhas,

de tração humana carregadas por escravos; as carruagens, de tração animal; e por

fim o automóvel com tração mecânica. Para matar a curiosidade dos carros antigos

utilizados no período republicano do início do ano 1900 podemos ler o texto e ver as

imagens disponíveis em:

Para saber como continua essa história, vamos dar uma

passeada pelo seguinte site no laboratório de informática.

http://mundoestranho.abril.com.br/materia/como-foi-

inventado-o-automovel. Acesso em 05/11/2013.

http://www.public-domain-

photos.com/people/old-car-

4.htm. Acesso em 05/11/2013.

Do móvel ao automóvel: transitando pela história.

http://www.museuhistoriconacional.com.br/mh-e-

330i.htm. Acesso em 11/11/2013.

Vamos fazer

ATIVIDADES.

1- Após a leitura dos textos faça um paralelo entre a Revolução Industrial que

teve início na Inglaterra com o desenvolvimento industrial no Brasil.

2- Como você percebe a evolução dos automóveis hoje.

3- Relacione os diversos meios de transporte citados no texto do museu

histórico nacional.

4- Em grupos, faça uma exposição de algumas imagens de carros que mais lhe

chamaram a atenção e exponha o que você conheceu deles.

5- Quais os impactos da evolução tecnológica nos modos de vida das pessoas?

Voltando para a época do início da Revolução Industrial na Inglaterra vemos que

a produção era artesanal. Os artesãos eram organizados em Corporações para

proteger os negócios, regulamentar a produção, e se defender da concorrência.

Para entender um pouco mais sobre a organização destas corporações vamos fazer

uma pesquisa sobre elas. Para orientar nossa pesquisa levaremos em conta as

seguintes questões:

1- O que era uma Corporação de Artesãos na Inglaterra?

2- Quem fazia parte dela?

3- Qual sua finalidade?

4- Como era organizado o trabalho, a produção, e a concorrência nessas

corporações?

5- Havia alguma proibição ou restrição ao uso de máquinas feito pelas

Corporações em seus países?

6- Quais as mudanças ocorreram com o advento das indústrias?

E a Revolução Industrial?

Com essas invenções houve o início da substituição do trabalho humano pelas

máquinas. O trabalhador começou a ser o operador das máquinas e deixou de ter

controle sobre o processo de produção. Iniciou-se então o surgimento indústrias.

Fragmento do filme: Revolução Industrial – parte I.

Disponível em:

http://www.historia.seed.pr.gov.br/modules/video/sh

owVideo.php?video=5918 acesso em 04/11/2013.

Tempo: 6:36.

Neste vídeo é possível identificar as causas do pioneirismo inglês, a formação e

difusão do sistema fabril na Inglaterra do século XVIII.

1- Faça uma ficha em seu caderno sobre esta primeira fase da Revolução

Industrial relatando:

A) Onde e quando ela teve início.

B) Quais foram os fatores para que ela encontrasse terreno fértil para se

desenvolver.

C) Qual foi o setor que primeiro se mecanizou e por quê.

D) Quais foram os principais inventos aplicados à produção.

2- Faça a leitura do texto: “As Origens e o desenvolvimento da revolução

industrial britânica” de Eric J. Hobsbawm. Em grupos de quatro colegas

discutam: quais os fatores que tornaram possível à Inglaterra a passagem de

uma economia rural à produção industrial.

Para complementar os

estudos realizados,

assistiremos ao

fragmento de um filme!

ATIVIDADES

Texto: “Discutiu-se freqüentemente sobre as condições gerais para a

“arrancada” inicial. A maioria está de acordo em que o estímulo particular que

impulsiona a indústria a atravessar a porta da revolução industrial pode

apenas ocorrer sob determinadas condições econômicas e sociais, que não

precisamos discutir extensamente aqui, pois atualmente não são objeto de

controvérsia, pelo menos no que diz respeito à Grã-Bretanha, em cujo século

XVIII não faltou nenhuma. Além disso, é consenso que a presença deste

estímulos é mais provável numa industria produtora de bens de consumo

amplamente difundidos, estandardizados razoavelmente mais para

compradores pobres do que para ricos, fabricados com matérias-primas...”

HOBSBAUM, Eric J. As Origens da Revolução Industrial. São Paulo: Global,

1979. In: MARQUES, Adhenar Martins; BERUTTI, Flávio; FARIA, Ricardo.

História Contemporânea através de textos. 11ª Ed., São Paulo: Contexto,

2008. (coleção Textos e Documentos, v. 5), p. 28-31.

3- Com base na leitura texto de Adam Smith em grupos debatam as questões: O

que esse processo de divisão do trabalho possibilitou? O trabalhador

continuava tendo controle sobre o processo todo da produção? Se um só

homem fazia o trabalho de muitos, o que acontecia com esses “outros”?

Texto: “Este considerável aumento de produção que, devido à divisão do

trabalho, o mesmo número de pessoas é capaz de realizar, é resultante de

três circunstâncias diferentes: primeiro, ao aumento da destreza de cada

trabalhador; segundo, à economia de tempo, que antes era perdido ao passar

de uma operação para outra; terceiro, à invenção de um grande número de

máquinas que facilitam o trabalho e reduzem o tempo indispensável, para o

realizar, permitindo a um só homem fazer o trabalho de muitos.” SMITH,

Adam. Investigação sobre a natureza e as causas da riqueza das nações

(1776). São Paulo: Abril Cultural, 1984. P. 7-12. (Coleção Os Pensadores). In:

PROJETO ARARIBÁ: HISTÓRIA. Organizadora Editora Moderna, 2ª Ed. São

Paulo: Moderna, 2007. P. 74.

2. A Segunda Fase da Revolução Industrial

Falamos muito sobre as indústrias até o momento, mas elas não faziam o

trabalho sozinho, precisavam de pessoas para que as invenções, as peças, os

produtos pudessem ser fabricados. Passaremos agora a segunda parte da

Revolução Industrial que já se encontra no século XIX e proliferada em diversos

países da Europa e na América. Dentre os aspectos relevantes dessa etapa vamos

dar importância à consolidação da indústria no panorama mundial; a vida dos

operários; o trabalho nas fábricas; aos movimentos e lutas operárias.

Após ter iniciado o processo de industrialização na Inglaterra na metade do

século XVIII, outros países também se lançaram no processo de industrialização.

Neste processo, temos um grande aumento da população das cidades de toda a

Europa em busca de empregos. Vamos ter uma migração dos povos rurais para a

cidade. A vida passa a ser controlada pelo relógio como necessidade de disciplinar o

horário de entrada e saída dos trabalhadores nas fábricas, o horário de levantar, o

almoço, o fim do expediente.

O modo de vida simples, pacato, e com controle do tempo pelos ciclos da

natureza: plantio, colheita, amanhecer, anoitecer, passa a ser controlado pelo apita

das fábricas, pelo relógio na torre das indústrias ou da igreja.

E a energia elétrica?!

Como ela foi inventada? Em que ano ela

começou a ser usada nas indústrias? Como ela

é produzida hoje? Quais as principais usinas do

Brasil?

Faça uma pesquisa sobre o tema para

aprofundar seus estudos.

As moradias nas cidades se tornam escassas e começam a surgir os bairros

próximos às fábricas. As casas, geralmente construídas pelos empregadores, eram

alugadas aos operários e eram pequenas, apertadas, sem rede de esgoto nem

divisórias. Todos dormiam amontoados, pela falta de espaço. Em muitos lugares os

dejetos eram jogados nas ruas, e exalavam cheiro muito ruim.

A alimentação era de péssima qualidade. Os trabalhadores recebiam pouco

pelo seu trabalho e não tinham condição financeira para comprar comida suficiente

ou diversificada, portanto, ela consistia de pão, batata, peixe, chá e carne. Na

maioria dos lares o que não faltava era pão, batata e chá. O lar que não tivesse chá

era considerado de extrema miséria. A carne era artigo de luxo, consumida somente

nos finais de semana, ou quando muito, duas ou três vezes na semana, pois era

muito cara.

Você já ouviu falar em Charles Chaplin? Deve ter visto alguma imagem dele

retratada em quadros, revistas, jornais, ou na TV. Charles Spencer Chaplin (1889-

1977) foi ator, produtor, cineasta, diretor e dançarino inglês. Ele também é

conhecido como “Carlitos”. Foi o mais expressivo representante da era do cinema

mudo mundial. Produziu vários filmes dentre os quais iremos destacar “Tempos

Modernos” em 1936, com a intenção de satirizar o sistema de mecanização da

produção, da produção em série, da alienação do trabalhador.

Vamos assistir ao fragmento do filme “Tempos

Modernos” de Chaplin disponível em:

http://www.historia.seed.pr.gov.br/modules/video/sh

owVideo.php?video=17301. Acesso em 04/11/2013.

Tempo: 9:15.

Que tal fazermos uma pesquisa sobre a Lei dos Pobres de 1834?

- O que ela retrata? A quem beneficiava? Qual o objetivo? Foi a

primeira lei para este segmento social?

Sinopse: O filme retrata a vida urbana e da fábrica

nos Estados Unidos, após a crise de 1929. Ele caracteriza

o modo de produção capitalista industrial na linha de

montagem, sua dependência do tempo da máquina, sua

alienação em relação à produção da qual ele não tem

consciência.

Questões para nortear a discussão.

1- Relacione os impactos da Revolução Industrial com os processos mecânicos

em relação à produção, lucro e desemprego?

2- Problematize a visão do patrão com a do proletário com relação ao sistema

de produção?

3- Que relações são possíveis com o trabalho nas indústrias atuais?

4- Você conhece alguma indústria na sua cidade? Sabe como ela funciona?

Quais os turnos de funcionamento? Quantos funcionários ela tem? Ela

proporciona intervalos de descanso aos funcionários durante o turno de

trabalho?

5- Para complementar as discussões sobre os aspectos sociais e os modos de

vida das pessoas na revolução industrial vamos ler e discutir o texto “Os

resultados humanos da Revolução Industrial” de Eric J. Hobsbawm.

Texto: “O debate a respeito dos resultados humanos da Revolução Industrial

ainda não se libertou inteiramente dessa atitude. Nossa tendência ainda é

perguntar: ela deixou as pessoas em melhor ou em pior situação? E até que

ponto?... Saber se a Revolução Industrial deu à maioria dos britânicos mais

Vamos

comentar

o filme!!

ou melhor alimentação, vestuário e habitação, em termos absolutos ou

relativos, interessa , naturalmente a todo historiador. Entretanto, ele terá

deixado de apreender o que a Revolução Industrial teve de essencial, se

esquecer que ela não representou um simples processo de adição e

subtração, mas sim uma mudança social fundamental. Ela transformou a vida

dos homens a ponto de torná-las irreconhecíveis...” HOBSBAUM, Eric J. Da

Revolução Industrial Inglesa ao Imperialismo. 3ª Ed., Rio de Janeiro: Editora

Forense-Universitária, 1983. In: MARQUES, Adhenar Martins; BERUTTI,

Flávio; FARIA, Ricardo. História Contemporânea através de textos. 11ª Ed.,

São Paulo: Contexto, 2008. (coleção Textos e Documentos, v. 5), p. 34-36.

Vamos analisar a letra da Música: Fábrica, do grupo Legião Urbana e tentar

fazer a relação com o conteúdo que estudamos:

1- Que relações podemos estabelecer com o conteúdo da Revolução

Industrial na frase: “Eu quero um trabalho honesto em vez de escravidão.

Deve haver algum lugar onde o mais forte não consegue escravizar quem

não tem chance.”

2- Qual a resposta para: “Quem guarda os portões das fábricas?

3- Que compreensões são possíveis quando lemos: “O céu já foi azul, agora

é cinza... quem me dera acreditar que não acontece nada de tanto brincar

com fogo”

“Fábrica.

...

Após as atividades, e para complementar os estudos, faremos a visita a

duas indústrias de nossa cidade para analisarmos como funciona o

sistema de produção e a divisão do trabalho?

Observação ao professor: Os próprios alunos, sob a orientação do

professor, poderão elaborar questões para entrevistar o proprietário da

indústria e os empregados.

Quero trabalhar em paz.

Não é muito o que lhe peço.

Eu quero um trabalho honesto.

Em vez de escravidão.

Deve haver algum lugar.

Onde o mais forte não

Consegue escravizar

Quem não tem chance

...

Quem guarda os portões das fábricas?

...

O céu já foi azul, mas agora é cinza

O que era verde aqui já não existe mais

Quem me dera acreditar

Que não acontece nada

De tanto brincar com fogo.

...”

Renato Russo. Fábrica.

Disponível em: http://www.vagalume.com.br/legiao-urbana/fabrica.html.

Acesso em 19/11/2013.

E as leis trabalhistas? O que elas garantiam de direitos aos operários? Qual

era a jornada de trabalha? Quando os operários conquistaram seus direitos? Quais

eram eles? E hoje, quais são os principais direitos trabalhistas?

Vamos fazer uma pesquisa sobre esse assunto

utilizando o laboratório de informática do colégio.

Para visualizar melhor a Revolução Industrial iremos perpassar o processo

industrial na França, o trabalho nas fábricas, as crianças operárias, o início das

greves dos operários e as revoltas dos grevistas, iremos assistir trechos do Filme:

Germinal. Disponível em:

http://www.historia.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=17293.

Acesso em 13/11/2013. Tempo: 2:42

http://www.historia.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=17296.

Acesso em 13/11/2013. Tempo: 6:14

http://www.historia.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=17295.

Acesso em 13/11/2013. Tempo: 5:51

http://www.historia.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=17297.

Acesso em 13/11/2013. Tempo: 2:09

1- Qual era o trabalho das crianças?

2- Elabore um texto sobre a realidade do trabalho dos operários apresentado

nos trechos dos filmes.

3- Você consegue identificar uma preocupação com a saúde dos operários?

O trabalho é salubre?

4- Como os operários se organizaram para a greve? Quais eram os motivos?

5- Organize um texto com base nos questionamentos a seguir: Os operários

obtiveram sucesso na revolta? E hoje como os trabalhadores das

indústrias, do comércio, dos diversos setores produtivos se organizam?

Eles possuem sindicados? Há alguém que os represente ou luta por eles?

ATIVIDADES SOBRE OS VÍDEOS

A questão do trabalho infantil é um tema recorrente a Revolução Industrial,

pois foi nesse período que as crianças foram empregadas nas fábricas de forma

maciça para ajudar na renda familiar que era baixa. Como era um período em que o

que contava era o volume da produção realizado pelo trabalhador, e ele recebia por

esse volume, as crianças sempre recebiam muito menos que um adulto.

A vida destas crianças mudou drasticamente após sua saída do campo para

as cidades. Elas passam a trabalhar nas fábricas deixando as brincadeiras e o

estudo de lado como falta de opção, pois deviam ajudar na renda familiar.

Inicialmente eram empregadas apenas crianças órfãs. Porém, não passado

tempo, as crianças de famílias também passam a engrossar as massas

trabalhadoras na indústria. Elas começavam a trabalhar desde muito novas, com

apenas seis anos de idade e tinham que suportar uma jornada diária de quatorze

horas de trabalho em condições insalubres.

A princípio, nas indústrias têxteis, cabia às crianças recolher a lã, e limpar

máquinas em que o fio travasse, entre outros. Isso gerou inúmeros acidentes com

amputação de mão, dedo, ou até a morte de muitas crianças sem que sequer

fossem indenizadas por isso.

Não muito distante no tempo, na atualidade, ainda é possível ver resquícios

daquela época. Ainda ouvimos nos noticiários, nas revistas, jornais, denúncias de

trabalho infantil, trabalho escravo. Isso ocorre agora em nosso país também.

Vamos ler um texto de Friedrich Engels: “A CLASSE TRABALHADORA NA

INGLATERRA EM MEADOS DO SÉCULO XIX” onde podemos compreender a

situação da classe trabalhadora inglesa do século XIX, as condições de vida e

também o trabalho infantil presente nas fábricas.

Texto: “Retiramos do discurso... alguns dados que não foram refutados pelos

industriais sobre a idade dos operários e a proporção de homens e mulheres. Estes

dados só se aplicam a uma parte da indústria inglesa. Dos 419.590 operários de

fábrica do império britânico (em 1839), 192.887 (ou seja, quase metade) tinham

menos de 18 anos e 242.996 eram do sexo feminino, dos quais 112.192 menores de

18 anos... O resultado inevitável é a alteração da ordem social existente, que,

precisamente porque é imposta, tem conseqüências muito funestas para os

operários...

O emprego de narcóticos com o fim de manter as crianças sossegadas não

deixa de ser favorecido por este sistema infame e está agora disseminado nos

distritos industriais...

Acontece que a servidão da fábrica, como qualquer outra e mesmo mais que

todas as outras, confere ao patrão o Jus primae noctis. Deste modo o industrial é

também o dono do corpo e dos encantos das suas operárias. A ameaça de

demissão é uma razão suficiente para, em 90 ou 99% dos casos, anular qualquer

resistência da parte das jovens...

A elevada mortalidade que se verifica entre os filhos dos operários, e

particularmente dos operários de fábrica, é uma prova suficiente da insalubridade à

qual estão expostos durante os primeiros anos... O filho de um operário, que cresceu

na miséria, entre as privações e as vicissitudes da existência, na umidade, no frio e

com falta de roupas, aos nove anos está longe de ter a capacidade de trabalho de

uma criança criada em boas condições de higiene. Com esta idade é enviado para a

fábrica, e aí trabalha diariamente seis horas e meia (anteriormente oito horas, e

outrora de doze a catorze horas, e mesmo dezesseis) até a idade de treze anos. A

partir deste momento, até os dezoito anos, trabalha doze horas. Aos fatores de

enfraquecimento que persistem junta-se também o trabalho...” ENGELS, Friedrich. A

Situação da Classe Trabalhadora na Inglaterra. São Paulo: Global, 1986. In:

MARQUES, Adhenar Martins; BERUTTI, Flávio; FARIA, Ricardo. História

Contemporânea através de textos. 11ª Ed., São Paulo: Contexto, 2008. (coleção

Textos e Documentos, v. 5), p. 37-42.

Faremos agora uma atividade com o Poema de Vinicius de Moraes:

“OPERÁRIO EM CONSTRUÇÃO” (1959). Poema escrito entre 1949 e 1956. Período

em que se intensifica o processo de industrialização dos centros urbanos no Brasil.

“Era ele que erguia casas onde antes só havia chão...”

Após a leitura do poema vamos:

- Identificar no poema trechos que destacam a situação de vida do operário;

- Fazer um debate sobre o tema do poema;

- Em qual trecho do poema o operário toma consciência do seu trabalho;

- Quando o operário começa a dizer “não” podemos dizer que começa o

desenvolvimento da consciência de classe dos trabalhadores?

- Podemos relacionar o poema a uma tentativa de conscientizar os

trabalhadores para o processo de industrialização nacional dos anos 1940 e 1950?

Vamos dar uma olhada em algumas charges e tirinhas sobre a Revolução

Industrial. O que podemos identificar? Existe relação com os modos de produção?

Qual a crítica presente nas charges?

http://fatoseacontecimentos.wordpress.com/2013/01/10/charges-e-tirinhas-

sobre-revolucao-industrial/. Acesso em 25-10-2013.

Como no poema “Operário em Construção” de Vinícius de Moraes o operário

disse “NÃO”, também os operários das fábricas européias do século XVIII e XIX

disseram “NÃO” à exploração, ao trabalho infantil, à jornada de trabalho excessiva, à

falta de direitos, entre outros. Eles começaram a se organizaram em sindicatos que

estavam proibidos em 1800. Através dessas organizações de trabalhadores eles

conseguiram conquistar alguns direitos que refletiram diretamente sobre as

condições de trabalho e de vida.

Esses movimentos ficaram conhecidos como o Ludismo e o Cartismo.

O ludismo foi o movimento de quebra máquinas que se espalhou por diversas

regiões da Inglaterra. Estas eram vistas como as responsáveis pela miséria do povo

e o desemprego. O movimento, porém, foi violentamente reprimido e chegou-se a

aplicar a pena de morte aos envolvidos

O cartismo visava a conquista de direitos políticos pelos trabalhadores que

até então não possuíam o direito ao voto secreto, direito ao voto masculino, entre

outros direitos como: aumento de salários, diminuição da jornada de trabalho. Esse

movimento teve adesão nacional na Inglaterra e aos poucos as conquistas foram se

implementando.

Para aprofundar o estudo do movimento ludista vamos ler o texto: “O

Ludismo” escrito por W. O. Henderson.

Texto: “O movimento luddite em Inglaterra, que atingiu o auge em 1811-1812,

começou como um levantamento dos fabricantes de meias no condado de

Nottingam. Nessa altura, a manufatura de meias era ainda uma indústria caseira. ..

Em 1811, os operários das meias queixaram-se de que os patrões estavam

lançando no mercado quantidades excessivas de produto ao mesmo tempo barato e

vistoso, e, para se manterem em concorrência, diminuíam os salários, tornando mais

dura a vida dos operários. Estes pediam o regresso aos métodos tradicionais de

produção e venda e às tabelas anteriores de pagamento e serviam-se do terror

como principal argumento... Os luddites agiam em grupos de cerca de cinqüenta e

invadiam, rápidos, uma aldeia após outra para destruir as máquinas de malhas,

desaparecendo tão silenciosamente como tinham chegado, sem que as autoridades

os conseguissem apanhar...” HENDERSON, W. O. A Revolução Industrial. São

Paulo: Verbo/Edusp, 1979. In: MARQUES, Adhenar Martins; BERUTTI, Flávio;

FARIA, Ricardo. História Contemporânea através de textos. 11ª Ed., São Paulo:

Contexto, 2008. (coleção Textos e Documentos, v. 5), p. 49-50.

3. Reflexões sobre a Educação: Tecnologias e Paradigmas

Agora que você já estudou sobre a Revolução Industrial, seus

desdobramentos mundiais, que percebeu suas contribuições para a sociedade e

também suas conseqüências para os trabalhadores, vamos refletir um pouco sobre

a educação. Ela também foi profundamente influenciada por todas as

transformações que a Revolução Industrial proporcionou no mundo moderno e

Professor, neste mesmo conteúdo pode

ser trabalhado também com os alunos o

filme Oliver Twist, 2005, direção de

Roman Polanski.

O Filme é baseado no Romance de

Charles Dickens e retrata a miséria dos

trabalhadores e o sofrimento das crianças

na sociedade industrial inglesa do século

XIX.

contemporâneo. E para falarmos em educação vamos falar de tecnologia aplicada à

educação.

Primeiro, em grupos, gostaria de saber um pouco o que você pensa sobre a

educação, como você a concebe, quais suas expectativas em relação ao ensino.

Depois, refletiremos um pouco sobre a tecnologia na educação, o assunto que

perpassou todas as nossas aulas desde o começo do nosso projeto.

- O que é tecnologia para você?

- Você acredita que a tecnologia é importante no mundo atual? Por quê? Em quais

setores ela é mais desenvolvida?

- Você sabia que o ensino nem sempre foi assim? Ele passou por diversas

transformações até chegar ao que ele é hoje. Vamos conversar com nossos pais e

saber como eram as aulas no tempo em que eles estudavam. Existiam tecnologias

nas salas de aula naquele tempo? Quais eram os materiais que eles e os

professores utilizavam para estudar? Eles acham o estudo importante?

Não podemos nos esquecer que a tecnologia sozinha não resolveu nenhum

problema da sociedade, sempre foram necessários seres humanos para que as

máquinas, as invenções tecnológicas fossem postas em prática. Então, quando

usamos a expressão tecnologia na educação devemos ter sempre a compreensão

de que é a metodologia do professor que fará com que as aulas estimulem a

produção do conhecimento, a pesquisa.

Para exemplificar esses aspectos da educação vamos utilizar a música:

“ANOTHER BRICK IN THE WALL”, parte 1 e 2, da banda inglesa: Pink Floyd. O

clipe da música no site do youtube.com e a letra da música. E ainda, um trecho do

filme: “A voz do Coração”, de 2004, com direção de Christophe Barratier.

Clipe da música “ANOTHER BRICK IN THE WALL” da banda Pink Floyd:

http://www.youtube.com/watch?v=xpxd3pZAVHI. Acesso em 01-11-2013. Tempo

5:35.

Letra da música “ANOTHER BRICK IN THE WALL” da banda Pink Floyd:

http://www.vagalume.com.br/pink-floyd/another-brick-in-the-wall-traducao.html.

Acesso em 22/11/2013.

Após assistir ao clipe, ouvir a música, ver o filme, fazer como atividade uma

reflexão/paralelo entre o sistema de ensino tradicional com o sistema de ensino

atual. Verificar as filas, o “adestramento” mental, a repetição, alguém que saia da

linha: escrevia poemas, era visto como desordeiro. A turma de alunos do orfanato

que tinha um professor sem “controle” da turma não tinham interesse em estudar,

após a chegada de outro professor, que utiliza outra metodologia, os alunos se

interessam, progridem nos estudos.

Hoje com as tecnologias já não podemos ter o mesmo quadro de educação

daquele tempo. Necessitamos adaptar as tecnologias nas aulas através de

metodologias que cativem os alunos, que despertem neles o gosto pelo estudo,

pesquisa, aprendizagem.

Para encerrarmos nosso estudo de história sobre o conteúdo da Revolução

Industrial e uma reflexão sobre a educação vamos assistir ao vídeo a seguir.

Disponível em: http://youtu.be/Pkc_xBD4Cyo. Acesso em 14/11/2013. Tempo:

1:23, Vídeo sobre trabalho em equipe.

Como atividade final do conteúdo proposto, a sugestão é que após as

pesquisas e estudos, em grupos, os alunos organizem uma apresentação dos

conteúdos tabulados com a utilização dos diversos recursos tecnológicos

disponíveis no colégio. Poderá ser utilizado: o data show, a TV pen drive, o

laboratório de informática, um programa de computador como Movie Maker, entre

outros de conhecimento e domínio do grupo.

Após as apresentações será realizada uma reflexão a respeito das

explicações com utilização dos recursos tecnológicos, com metodologias que

utilizem as TIC’s. Elas conseguem prender mais a atenção dos alunos, estimulam a

pesquisa, fazem com que aprendam mais os conteúdos de história?

concluindo !

Vamos fazer uma mesa redonda e conversar um pouco sobre essas nossas

aulas:

- Quais foram as aulas que você mais gostou?

- O que você não conseguiu aprender?

- Quais foram suas dificuldades?

- Você entendeu a Revolução Industrial?

Continue sempre estudando, pesquisando e

tendo curiosidades históricas.

Obrigado!

REFERÊNCIAS

PARANÁ. Secretaria do Estado de Educação – Departamento de Educação Fundamental. Diretrizes Curriculares Estaduais- História. - Curitiba: SEED/PR, 2008. LÉVY, Pierre. Cibercultura. Trad. Carlos I. da Costa. São Paulo: Ed.34, 2010.

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LITWIN, Edith (org.). Tecnologia educacional – política, histórias e propostas.

Porto Alegre: Artmed, 2001. 2ª reimpressão. MORAN, José Manuel; MASETTO, Marcos; BEHRENS, Marilda. Novas tecnologias e mediação pedagógica. São Paulo: Papirus, 2000.

FERRETTI, Celso João (org.). Novas tecnologias, trabalho e educação: um debate multidisciplinar. 9. ed. Petrópolis: Vozes, 2003. BAROM, Wilian Carlos Cipriani; CERRI, Luis Fernando. O ensino da história a partir da teoria de Jorn Rusen. Seminário de Pesquisa do PPE. UEL. MARINGÁ,

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Contemporânea através de textos. 11ª Ed. São Paulo: Contexto, 2008. (coleção

Textos e Documentos, v. 5).

PROJETO ARARIBÁ: História. Organizadora Editora Moderna; obra coletiva,

desenvolvida e produzida pela Editora Moderna; editora responsável: Maria Raquel

Apolinário. 2ª ed. São Paulo: Moderna, 2007.

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MARX, Karl. O CAPITAL: edição resumida. Resumo dos três volumes por Julian

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HOBSBAWM, Eric. A Era das Revoluções. 9ª Ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra,

1996.