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UNISALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Administração Adriel Leal Diniz Gustavo de Carvalho Lazzari Jaqueline Suelen Faria Ventura Lisandra Silva Pinheiro Marcos Vinícius Constâncio OS DESAFIOS DOS LÍDERES NA CONDUÇÃO DAS GERAÇÕES BABY BOMMERS, X E Y NO AMBIENTE DE TRABALHO Prefeitura Municipal de Lins LINS SP 2015

OS DESAFIOS DOS LÍDERES NA CONDUÇÃO DAS … · proximidade e destreza em todas as fases da pesquisa, nos ajudando e tirando nossas dúvidas. Agradecemos à Profª Máris que orientou

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UNISALESIANO

Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium

Curso de Administração

Adriel Leal Diniz

Gustavo de Carvalho Lazzari

Jaqueline Suelen Faria Ventura

Lisandra Silva Pinheiro

Marcos Vinícius Constâncio

OS DESAFIOS DOS LÍDERES NA CONDUÇÃO

DAS GERAÇÕES BABY BOMMERS, X E Y NO

AMBIENTE DE TRABALHO

Prefeitura Municipal de Lins

LINS – SP

2015

ADRIEL LEAL DINIZ

GUSTAVO DE CARVALHO LAZZARI

JAQUELINE SUELEN FARIA VENTURA

LISANDRA SILVA PINHEIRO

MARCOS VINÍCIUS CONSTÂNCIO

OS DESAFIOS DOS LÍDERES NA CONDUÇÃO DAS GERAÇÕES BABY

BOMMERS, X E Y NO AMBIENTE DE TRABALHO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de Administração, sob a

orientação da Profª Ma. Máris de Cássia Ribeiro Vendrame e orientação técnica da

Profª Ma. Heloisa Helena Rovery da Silva

LINS – SP 2015

Diniz, Adriel Leal; Lazzari, Gustavo de Carvalho; Ventura, Jaqueline Suelen

Faria; Pinheiro, Lisandra Silva; Constâncio, Marcos Vinicius.

Os desafios dos líderes na condução das gerações Baby Bommers, X e

Y no Ambiente de Trabalho: Prefeitura Municipal de Lins-SP / Adriel Leal

Diniz; Gustavo de Carvalho Lazzari; Jaqueline Suelen Faria Ventura;

Lisandra Silva Pinheiro; Marcos Vinicius Constâncio. – – Lins, 2015.

100 p. il. 31cm.

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano

Auxilium – UNISALESIANO, Lins-SP, para graduação em Administração,

2015.

Orientadores: Máris de Cássia Ribeiro Vendrame; Heloisa Helena

Rovery da Silva

1. Liderança. 2. Gerações. 3. Ambiente de Trabalho. 4. Desafios. 5.

Trabalho em Equipe I Título. CDU 658

ADRIEL LEAL DINIZ

GUSTAVO DE CARVALHO LAZZARI

JAQUELINE SUELEN FARIA VENTURA

LISANDRA SILVA PINHEIRO

MARCOS VINÍCIUS CONSTÂNCIO

OS DESAFIOS DOS LÍDERES NA CONDUÇÃO DAS GERAÇÕES BABY

BOMMERS, X E Y NO AMBIENTE DE TRABALHO

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium,

para obtenção do título de Bacharel em Administração.

Aprovada em: _____/_____/_______

Banca Examinadora:

Profª Orientadora Máris de Cássia Ribeiro Vendrame

Mestre em Administração pela Universidade Metodista de Piracicaba - UNIMEP

Assinatura: _________________________________

1º Prof.(a):_______________________________________________________

Titulação: _______________________________________________________

Assinatura: _________________________________

2º Prof(a): _______________________________________________________

Titulação: _______________________________________________________

Assinatura: _________________________________

Primeiramente agradeço a Deus por me permitir realizar esse grande sonho de finalizar minha graduação; Dedico esse trabalho aos meus pais que estiveram ao meu lado em todos os momentos, em especial a minha Mãe que tornou isso possível, financeira e emocionalmente, sendo um enorme suporte; Dedico também a todos da minha família que estiveram comigo nas melhores e piores situações; Aos meus amigos mais próximos, que me ajudaram escrever uma das fases mais importantes da minha história. Em lembrança a minha querida vó Edna, que sempre me impulsionou, para que eu conseguisse realizar todos os meus sonhos, Saudades eternas... Por fim aos integrantes do meu grupo que deram seus melhores e se empenharam para que juntos conseguíssemos alcançar a realização e o sucesso juntos! Obrigado a todos!

Adriel Leal Diniz Aos meus pais Giulio e Carmen e minha avó Stella. Aos meus avós João, Fulvio e Franca que já cumpriram sua missão neste mundo. Pelo amor incondicional. Pela excelente criação e exemplo que me deram. Pelo infindável incentivo e apoio. Por me darem a estrutura necessária para ser capaz de alcançar mais esta etapa em minha vida. Às minhas filhas Beatriz e Mariana, por constituírem a minha fonte inesgotável de motivação. Por existirem, me proporcionando a extraordinária sensação de orgulho. Pela compreensão durante os momentos de ausência e empenho despendido em meus estudos. Ao meu irmão Fabio, pelo prazer de compartilhar ideias e por poder contar sempre com sua ajuda e destreza dotadas de muita sabedoria. À minha querida Adriana, minha companheira a todo instante. Pelo estímulo incessante, pelo amor vibrante, pelo carinho e paciência nos momentos de dificuldades. O amor constrói e através dele, encontrei em você as forças para acreditar que posso concretizar meus sonhos! Ao nosso grupo, Adriel, Lisandra, Jaque e Marcos, pela determinação e garra, sem vocês não seria possível este trabalho.

Gustavo de Carvalho Lazzari

Dedico este trabalho primeiramente a Deus por permitir a realização deste sonho, pois sem a permissão de Deus nada acontece em nossas vidas, através desta realização novos caminhos serão abertos em busca de novas conquistas. Em todos os momentos difíceis que Deus me deu força para prosseguir e não me deixou sozinha, esteve sempre comigo e me fez acreditar que com fé, esperança e força de vontade é possível alcançar nossas metas. Dedico ao meu pai Wilson e minha mãe Angela que sempre acreditaram na minha capacidade de vencer na vida, guiando e me ensinando o melhor caminho a seguir. Todos os meus familiares e amigos que me acompanharam nesses quatro anos, apoiando e incentivando durante este percurso da minha vida, pessoas importantíssimas, que jamais esquecerei o quanto se empenharam contribuindo no alcance do meu objetivo. Muitas foram as pessoas que estiveram ao meu lado, em especial meus dois filhos Phelipe e Rebeca que souberam compreender os momentos em que precisei me ausentar em busca de aprendizado e oportunidades. Aos companheiros do grupo que sempre estivemos juntos com ideias e iniciativas tornando possível a idealização deste projeto.

Jaqueline Suelen Faria Ventura Dedico este trabalho primeiramente a Deus, por ser essencial m minha vida, autor de meu destino, meu guia, socorro presente na hora da angústia. Agradeço a minha mãe Cleonice Roque da Silva Pinheiro, heroína que me deu apoio, incentivo nas horas difíceis, de desânimo e cansaço. Ao meu pai Joaquim Olimpio Pinheiro que apesar de todas as dificuldades me fortaleceu e que para mim foi muito importante.A minha professora orientadora que teve paciência e que me ajudou bastante á concluir este trabalho, agradeço também aos meus professores que durante muito tempo me ensinaram e que me mostraram o quanto estudar é bom. A todos aqueles que de alguma forma estiveram e estão próximos de mim, fazendo esta vida valer cada vez mais a pena. Aos meus avós maternos José e Thomazia que infelizmente não estão mais entre nós para presenciar esse momento, mas se faz necessário agradecer a educação recebida, o exemplo de luta, o amor dedicado que me faz fortalecida até hoje. Aos meus avós paternos José e Benedita que me ajudaram muito e que tanto amo. Ao meu namorado, Luiz Henrique Paiva da Silva, que de forma especial e carinhosa me deu força e coragem, me apoiando nos momentos de dificuldades que passei. Aos

meus amigos, pelas alegrias, tristezas e dores compartilhas. Com vocês, as pausas entre um parágrafo e outro de produção melhora tudo o que tenho produzido na vida. É a vocês que eu dedico essa vitória!!

Lisandra Silva Pinheiro

A Deus e Nossa Senhora Aparecida. Primeiramente gostaria de agradecer a Deus e a Nossa Senhora Aparecida pelo dom da minha vida, por me abençoar e iluminar nesta longa e difícil jornada de minha vida. Por estarem sempre na minha vida, por nunca me desamparar e por nos momentos difíceis que passei sempre me iluminar e o me mostrar o caminho certo. Obrigado meu Pai e minha mãezinha por mais essa vitória conquistada, por iluminar meus passos e meus caminhos e por estarem sempre ao meu lado me iluminando abençoando e protegendo sempre de todas as coisas ruins. Amo o Senhor a Senhora e lhes dedico mais está vitória. Aos meus familiares (pais, irmãs, sobrinhos, cunhados e avós). Obrigado por estarem sempre ao meu lado me ajudando, estendendo as mãos quando precisei, pela palavra amiga e apoio quando estava triste e sozinho, pela rigorosidade quando estava errado, por nunca me deixarem sozinho e sempre me ajudar com tudo que precisei. Obrigado por existirem e serem essa luz na minha vida, independente pra onde eu vá. Se ficar ou for embora levarei todos vocês comigo sempre na minha mente e no coração.Amo a todos vocês, obrigado por tudo. A vocês dedico mais essa vitória. A minha noiva e futura esposa (Maria Suzane) Obrigado meu amor por estar ao meu lado todos esses anos dessa jornada que se encerra esse ano, por estar comigo sempre, por me amar. Apesar de termos começado esse sonho juntos, infelizmente não pode continuar ao meu lado com a parceria maravilhosa que eu tinha, mas graças a Deus você conseguiu achar seu caminho. Agora que aqui cheguei, conquistei esse sonho por nós dois e dedico a você essa vitória. Te amo.. Aos meus amigos e companheiros de trabalho (Adriel, Gustavo,Jaqueline e Lisandra)E finalmente agradecer ao meus amigos e companheiro de monografia, que estiveram ao meu lado durante todo esse ano. Que junto comigo se esforçaram e correram atrás pela conquista desse sonho. Obrigado pela amizade, companheirismo, pela dedicação e paciência que tiveram. Onde quer que eu vá os levarei para sempre no meu coração e nos meus pensamentos. A vocês dedico essa vitória. Obrigado meus amigos.

Marcos Vinícius Constâncio

AGRADECIMENTOS

Agradecemos a Deus, por tudo e sempre. Pelo privilégio da vida. Nossa saúde, vontade e capacidade de superação são dádivas que antes de qualquer coisa devemos agradecer ao nosso Deus. Com fé tudo é possível. Agradecemos pela possibilidade de chegar até aqui concretizando nosso objetivo e com a graça divina, continuarmos prosperando no campo profissional e como seres humanos. À Prefeitura Municipal de Lins, por abrir as portas à nossa proposta e receber o nosso grupo com cordialidade. Por não medir esforços para nos auxiliar em todas as etapas da pesquisa, desde as primeiras visitas até o término deste trabalho. Agradecemos ao Sr. Valdir da Silva Bressan, Secretário dos Negócios Administrativos que nos recebeu com presteza e facilitou os acessos a todos os setores e informações, ao Sr. Carlos Eduardo Motta Carvalho (Didu), Gerente do Centro de Memória Histórica, por fornecer os dados históricos que precisávamos, ao Sr. Nilton Cesar Nunes, Chefe de Gabinete, que esteve acompanhando de perto o andamento da pesquisa, contribuindo com sua experiência e intermediando junto

ao Prefeito, ao Exmo Sr. Edgar de Souza, que concedeu ao nosso grupo o privilégio de estudar a Prefeitura que comanda. Agradecemos a todos os funcionários pela participação efetiva na pesquisa colaborando com as entrevistas e respondendo os questionários que foram fundamentais para que o estudo se tornasse uma realidade. Aos mestres professores que nos deram a sábia orientação direcionando-nos aos melhores caminhos para a execução deste trabalho. Pelo apoio constante, proximidade e destreza em todas as fases da pesquisa, nos ajudando e tirando nossas dúvidas. Agradecemos à Profª Máris que orientou o nosso grupo com todo seu carinho, categoria e habilidade, acompanhando-nos no dia a dia, dividindo nossas preocupações e ajudando-nos a superar todos os obstáculos com energia e vontade. Agradecemos à Profª Heloísa, que através de sua elegância e experiência formidável nos ensinou como se faz um TCC e esteve de prontidão para efetuar as observações que nos levaram a aperfeiçoar o trabalho até o fim. Agradecemos a todos os professores que fizeram parte da nossa jornada durante este curso de Administração, contribuindo com seus conhecimentos e nos permitindo alcançar as condições necessárias de não só elaborar este trabalho, mas também de buscarmos nossas realizações profissionais. A todos os funcionários do Salesiano e todas as pessoas que direta ou indiretamente contribuíram para que chegássemos até aqui com saúde, conhecimento e com a satisfação de concluir uma importante etapa de nossas vidas.

RESUMO

Este trabalho tem como objetivo apresentar os desafios enfrentados

pelos líderes ao conduzir suas equipes enfatizando as vantagens e desvantagens da convivência entre indivíduos de diferentes gerações em um mesmo ambiente de trabalho. Mostra como a liderança pode ser usada para

extrair o melhor de cada geração e de que forma as diferentes características de cada líder podem afetar diretamente nos resultado que a equipe apresenta diante da organização. Através de pesquisa bibliográfica e pesquisa de campo,

teoria e prática experimentam-se para evidenciar o perfil e estilo dos líderes, o trabalho em equipe, a identificação das gerações baby bommers, X e Y, as

ocorrências de conflitos, facilidades e dificuldades na condução das diferentes

gerações e caracterização do ambiente de trabalho. O estudo foi realizado na Prefeitura Municipal de Lins, no Centro Administrativo, unidade responsável pelo controle da administração de todo o órgão. O tema requer muita atenção

no cenário que vem se formando com o encontro de trabalhadores de diferentes aptidões e valores – uma condição expressiva que se origina das transformações ocorridas na sociedade economicamente ativa nos últimos

anos. Com a elevação constante da expectativa de vida, que mantém as pessoas por mais tempo em atividade e a crescente imersão de jovens em posições importantes nas empresas, a conjugação deste híbrido e complexo

material humano exige significativa dose de dedicação. A convivência entre experientes, conservadores, impacientes e inovadores é uma realidade inevitável nas organizações e obriga o gestor a buscar a conciliação de suas

expectativas para o bom desempenho da equipe. Através de uma análise da evolução histórica da empresa e sua estrutura atual, em confronto com os conceitos de liderança, trabalho em equipe e gerações, foi elaborado o plano da pesquisa com a criação de questionários para os colaboradores. As

entrevistas com os líderes e os liderados, com questionários específicos a cada categoria, permitiram reunir informações e formar o panorama que a Prefeitura apresenta em relação ao tema. Alguns pontos mostraram destaque como a

harmonia entre os funcionários e pouca ocorrência de conflitos, fatores atribuídos ao ambiente caracterizado pela baixa competitividade. Outras evidências, como a segmentação de ideias e apontamento de carências na

comunicação, são resultados da configuração equilibrada do quadro de funcionários no tocante às gerações, que apresentou importante paridade das gerações X e Y, com menor parcela, mas relevante, de baby boomers.

Palavras-chave: Liderança. Gerações. Ambiente de trabalho. Desafios. Trabalho em equipe.

ABSTRACT

This work aims to present the challenges faced by leaders to lead their

teams emphasizing the advantages and disadvantages of cohabitation between individuals of different generations in the same work environment. It shows how leadership can be used to extract the best of each generation, and how the

different characteristics of each leader can directly affect the result that the team has on the organization. Through literature and field research, theory and practice experience to highlight the profile and style of leadership, teamwork,

identification of generations baby Bommers, X and Y, the occurrences of conflicts, facilities and difficulties in conducting diferentes generations and characterization of work environment. The study was conducted in

the municipal government of Lins, in the Administrative Center, unit responsible for controlling the management of the public body. The subject requires much attention in the scenario that has been forming with the meeting of workers of

different skills and values - a significant condition that arises from the changes occurring in the economically active society in recent years. With the steady rise in life expectancy, which keeps people in activity servisse for longer and

increasing immersion of young people in important positions in business, the combination of this hybrid and complex human material requires significant amount of dedication. The coexistence of experienced, conservative, impatient

and innovative is an unavoidable reality in organizations and forces the manager to seek to reconcile their expectations for good performance of the team. Through an analysis of the historical evolution of the company and its

current structure in comparison with the concepts of leadership, teamwork and generations, it was developed the research plan with the creation of questionnaires for employees. Interviews with the leaders and the led, with specific questionnaires to every category, allow gather information and form the

panorama that the municipality express about the issue. Some points showed prominence as the harmony between employees and little occurrence of conflicts, factors attributed to environment characterized by low

competitiveness. Other evidence, such as fragmentation ideas and pointing to deficiencies in communication, are the result of the balanced configuration of the staff with regard to generations who had significant parity of generations X

and Y, with smaller portion, but relevant, baby boomers.

Key works: Leadership. Generations. Workplace. Challanges. Team work.

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Vista parcial de Lins na década de 1940 ............................................. 20

Figura 2: Lins atual, foto aérea ........................................................................... 20

Figura 3: Estação Ferroviária Albuquerque Lins ................................................ 22

Figura 4: Ata de instalação do município de Albuquerque Lins ........................ 23

Figura 5: Paço Municipal outrora, Rua Olavo Bilac, 640, Centro ...................... 24

Figura 6: Centro Administrativo Dr. Heitor Umberto Teixeira da Silva .............. 25

Figura 7: Organograma básico ........................................................................... 28

Figura 8: Elementos de liderança ....................................................................... 37

Figura 9: A base do poder: Organizacional e Individual .................................... 45

Figura 10: Três focos do estudo dos líderes ...................................................... 47

LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Estilos de liderança ............................................................................ 41

Quadro 2: Três visões de conflito ....................................................................... 49

Quadro 3: Técnicas de solução de conflitos ....................................................... 51

Quadro 4: Classificação geracional .................................................................... 52

Quadro 5: Geração Y no mercado ...................................................................... 59

Quadro 6: Premissas da Teoria X e Y ................................................................ 60

LISTA DE TABELAS

Tabela 01: Gênero dos colaboradores ............................................................... 63

Tabela 02: Estado civil dos colaboradores ......................................................... 63

Tabela 03: Escolaridade dos colaboradores ....................................................... 64

Tabela 04: Tempo de empresa dos colaboradores ............................................ 64

Tabela 05: Ano do nascimento dos colaboradores ............................................. 65

Tabela 06: O que é mais importante no trabalho ................................................ 66

Tabela 07: Problemas com superiores de idade diferentes .............................. 66

Tabela 08: Você encontra conflitos com colegas (mais novos ou mais velhos)

com que frequência ............................................................................................. 67

Tabela 09: Diferenças percebidas entre os profissionais mais novos .............. 68

Tabela 10: Principais diferenças percebidas entre os profissionais (colegas de

trabalho / superiores) mais velhos ...................................................................... 69

Tabela 11: Você lê jornal?.................................................................................... 69

Tabela 12: Pratica atividade física? ..................................................................... 70

Tabela 13: Tem perfil em rede social? ................................................................ 70

Tabela 14: Checa e-mail pelo celular? ................................................................ 71

Tabela 15: É fumante? ......................................................................................... 71

Tabela 16: Prima pela qualidade de vida? .......................................................... 71

Tabela 17: Você recebe todas as informações que precisa para fazer bem o

seu trabalho? ........................................................................................................ 72

Tabela 18: Fator essencial para permanência na empresa ............................... 72

Tabela 19: Qual das gerações você pertence?................................................... 73

Tabela 20: Gênero dos líderes............................................................................. 73

Tabela 21: Estado civil dos líderes ...................................................................... 74

Tabela 22: Escolaridade dos líderes .................................................................. 74

Tabela 23: Tempo de empresa dos líderes ........................................................ 74

Tabela 24: Você já ouviu falar das gerações baby boomers, x e y? .................. 75

Tabela 25: Você consegue identificar as diferentes gerações? ......................... 75

Tabela 26: Você possui dificuldades com equipamentos eletrônicos? .............. 76

Tabela 27: O que é necessário mudar para reduzir conflitos de gerações e

aumentar o desempenho empresarial? .............................................................. 77

Tabela 28: Na sua opinião, o Recursos Humanos da empresa, conhece sobre

as gerações? ........................................................................................................ 77

Tabela 29: Você considera –se um líder: ............................................................ 78

Tabela 30: Você prefere trabalhar com profissionais com: ................................ 78

Tabela 31: A diferença de idade entre os funcionários influencia a dinâmica do

trabalho em equipe? ............................................................................................. 79

Tabela 32: Em sua opinião, o desempenho de sua equipe está de acordo com

o esperado? .......................................................................................................... 80

Tabela 33: Assinale a (s) qualidade (s) que você julgar ter ................................ 80

LISTA DE SIGLAS

CEJUSC - Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania

CEO - Centro de Especialidades Odontológicas

CI - Comunicação interna

CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes

CNPJ - Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica

CTA - Centro de Testagem e Aconselhamento

DRH - Divisão de Recursos Humanos

DST - Doenças sexualmente transmissíveis

EFNOB - Estrada de Ferro Noroeste do Brasil

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

ISS - Imposto sobre serviços

LDO - Lei de Diretrizes Orçamentárias

LOA - Lei Orçamentária Anual

LRF - Lei de Responsabilidade Fiscal

PAT - Posto de Atendimento ao Trabalhador

RPA - Recibo de pagamentos a autônomos

SAMAS - Secretaria de Agricultura, Meio Ambiente e

Sustentabilidade

SEDESU - Secretaria de Desenvolvimento Sustentado

SEMAS - Secretaria de Assistência Social

SEMEL - Secretaria de Esportes e Lazer

SENA - Secretaria dos Negócios Administrativos

SENEJUR - Secretaria dos Negócios Jurídicos

SEPLAFI - Secretaria de Planejamento e Finanças

SERIP - Secretaria de Relações Institucionais, Participações e

Parcerias

SESA - Secretaria de Saúde

SME - Secretaria de Educação

SUS - Sistema Único de Saúde

SUSOP - Secretaria de Urbanismo, Obras e Serviços Públicos

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .................................................................................................... 16

CAPÍTULO I – A PREFEITURA MUNICIPAL DE LINS .................................... 19

1 O MUNICÍPIO DE LINS ............................................................................ 19

1.1 Localização e população ........................................................................... 19

1.2 Origem do município ................................................................................ 19

1.2.1 Formação administrativa ........................................................................... 19

1.2.2 Histórico ..................................................................................................... 21

1.2.3 A primeira legislatura e comarca .............................................................. 22

2 A PREFEITURA MUNICIPAL DE LINS .................................................. 24

2.1 Serviços .................................................................................................... 25

2.2 Estrutura administrativa ............................................................................ 26

2.3 Funcionamento ......................................................................................... 26

2.4 Organização hierárquica .......................................................................... 27

2.5 Organograma ............................................................................................. 27

2.6 Centro Administrativo ............................................................................... 29

2.7 Secretarias municipais ............................................................................. 30

2.8 Secretaria dos Negócios Administrativos ................................................ 30

2.8.1 Licitações e compras ................................................................................ 30

2.8.2 Divisão de Recursos humanos ................................................................ 31

2.9 Gastos com pessoal ................................................................................. 33

2.10 Admissão de pessoal ............................................................................... 33

2.11 Cargos em comissão ................................................................................ 34

2.11.1 Percentual mínimo .................................................................................... 34

2.12 Jornada de trabalho .................................................................................. 35

2.13 Estatuto ..................................................................................................... 35

CAPÍTULO II – A LIDERANÇA E AS DIFERENTES GERAÇÕES .................. 36

1 LIDERANÇA ............................................................................................. 36

1.1 Liderança transformacional ....................................................................... 36

1.2 Liderança carismática ............................................................................... 36

1.3 Teorias de liderança ................................................................................. 38

1.4 As teorias situacionais de liderança .......................................................... 39

1.5 Estilos de liderança ................................................................................... 39

1.5.1 Liderança autocrática ............................................................................... 40

1.5.2 Liderança liberal ....................................................................................... 40

1.5.3 Liderança democrática ............................................................................. 40

1.6 Líder .......................................................................................................... 42

1.6.1 Características pessoais do líder ............................................................. 42

1.6.2 Traços de Personalidade de um líder ...................................................... 43

1.6.3 Motivação do líder .................................................................................... 43

1.6.4 Habilidades Pessoais de um líder ............................................................ 43

1.6.5 Bases do poder do líder ........................................................................... 44

1.6.6 As funções do líder ................................................................................... 45

1.6.7 Tipos de líder com base na relação com os liderados ............................ 46

1.7 Liderados ................................................................................................... 46

1.7.1 Motivações ................................................................................................. 46

1.7.2 Competências dos liderados .................................................................... 47

1.7.3 Tarefa ou missão ...................................................................................... 47

1.8 Gestão de conflitos ................................................................................... 48

2 AS GERAÇÕES BABY BOOMERS, X, Y................................................ 52

2.1 Surgimento das gerações ........................................................................ 52

2.2 Tipos de gerações .................................................................................... 53

2.2.1 Geração baby boomers ............................................................................ 53

2.2.2 Geração X ................................................................................................. 55

2.2.3 Geração Y ................................................................................................. 56

2.2.3.1 A Geração Y e o mercado de trabalho ................................................... 58

2.2.4 Integração entre as gerações .................................................................. 60

CAPÍTULO III – A PESQUISA ............................................................................ 62

1 INTRODUÇÃO........................................................................................... 62

2 CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA DOS COLABORADORES ......... 63

3 CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA DOS LÍDERES ........................... 73

4 PARECER FINAL DO CASO .................................................................. 81

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO ........................................................................ 83

CONCLUSÃO ....................................................................................................... 84

REFERÊNCIAS .................................................................................................... 86

APÊNDICES ......................................................................................................... 90

16

INTRODUÇÃO

Entre as inúmeras responsabilidades atribuídas aos gestores,

possivelmente, a que possui maior importância é a capacidade de liderar. Pode

haver um grande abismo separando uma pessoa na condição de líder e um

líder verdadeiramente efetivo. Exercer a influência sobre pessoas, ser

admirado e possuir seguidores, requerem atitudes que vão muito além de

possuir uma patente. Para ser um líder é preciso viver a liderança, acordar e

dormir respirando liderança, é necessário esbanjar humildade, compreender os

relacionamentos, entender e servir às pessoas.

Conforme Vergara (2009, p. 83), “liderança requer humildade suficiente

para se aprender, permanentemente, a lidar com indivíduos e grupos, de forma

a mobilizá-los para uma causa, no caso, atreladas as escolhas da empresa”.

Entender os pormenores do relacionamento entre trabalhadores de

diferentes gerações é um desafio necessário para qualquer administrador

contemporâneo, porém é uma missão um tanto quanto complexa e merece

uma generosa dose de atenção. O trabalho em equipe é indispensável e o bom

resultado disso depende fundamentalmente da harmonia entre os grupos de

colaboradores.

A composição do capital humano nas empresas está cada vez mais

heterogênea em virtude das circunstâncias ocorridas nas últimas décadas. A

expectativa de vida vem aumentando e o tempo de vida ativa também. Em

contrapartida, a juventude ganha espaço cada vez mais cedo, trazendo consigo

importante bagagem teórica. A explosão da informática e os avanços

tecnológicos frenéticos transformaram o cotidiano do meio corporativo. Neste

cenário expressivo e extremamente relevante, a prática administrativa se vê

compelida a lidar com pessoas de diferentes aptidões e necessidades na

desafiadora tarefa de conduzi-las em favor dos melhores resultados possíveis.

Cada geração possui diferentes características provenientes das

conjunturas socioeconômicas, culturais e temporais em que foram formadas.

Estas diferenças, muitas vezes formadas por ideias antagônicas, são

inevitáveis e podem favorecer a troca de experiências entre seus participantes.

Nesta perspectiva, a incumbência do líder é a de alinhar as expectativas destas

pessoas aos objetivos propostos, trançando metas e produzindo harmonia que

17

seja suficiente como meio de satisfazer a missão da organização.

O objetivo geral deste estudo foi direcionado a verificar os desafios dos

líderes na condução das diferentes gerações no ambiente de trabalho.

Os objetivos específicos para esta análise foram assim compostos:

a) Descrever a evolução histórica da empresa.

b) Fundamentar as teorias referentes à: líder, perfil dos líderes,

liderança, estilos de liderança, trabalho em equipe, gerações baby

boomers, X, Y e conflitos.

c) Identificar o perfil dos gestores da empresa classificando-os em: baby

boomers, geração X ou geração Y.

d) Identificar o perfil dos colaboradores da empresa classificando-os

em: baby boomers, geração X ou geração Y.

e) Verificar quais as facilidades e as dificuldades na condução das

equipes das gerações apontadas.

f) Verificar quais os desafios presentes e futuros na condução das

equipes das gerações apontadas.

g) Verificar se há conflitos e ganhos em um ambiente mesclado de

gerações baby boomers, X, Y.

A pesquisa foi realizada no Centro Administrativo da Prefeitura Municipal

de Lins, cadastrada no CNPJ 44.531.788/001-38 desde 20/12/1974, órgão

público da Administração direta representante do poder executivo na cidade de

Lins, município emancipado em 1920.

Com 1577 funcionários, diversas repartições e uma extensa gama de

responsabilidades voltadas para o bem estar da população, a Prefeitura de Lins

busca constantemente elaborar iniciativas amparadas pelas diversas normas

que configuram o sistema legal do município, do estado e da nação, para

beneficiar pessoas através de pessoas.

O questionamento que surge diante do exposto é o seguinte: A

convivência de várias gerações em um único ambiente de trabalho pode

desencadear conflitos e ganhos?

Em resposta a tal pergunta surgiu a seguinte hipótese: O equilíbrio, a

harmonia e o respeito devem ser promovidos pelo líder com a finalidade de

obter das diferentes gerações suas qualidades, seus pontos fortes em prol dos

objetivos. Dessa forma os ganhos podem superar os conflitos, desde que o

18

gestor esteja apto a estruturar adequadamente o ambiente, motivando,

direcionando e coordenando as pessoas, seus anseios, valores e culturas.

Os métodos e técnicas utilizadas na pesquisa de campo estão descritos

no Capítulo III.

O plano do trabalho realizado possui a seguinte estrutura:

O Capítulo I trata da evolução histórica da Prefeitura Municipal de Lins;

O Capítulo II discorre sobre as teorias relacionadas à liderança e

gerações;

O Capítulo III descreve a pesquisa realizada no Centro Administrativo da

Prefeitura Municipal de Lins;

Por fim foi elaborada a Proposta de Intervenção e a Conclusão.

19

CAPÍTULO I

A PREFEITURA MUNICIPAL DE LINS

1 O MUNICÍPIO DE LINS

1.1 Localização e população

Lins situa-se na região noroeste do estado de São Paulo, com latitude

21º40’43” e longitude 49º44’43”. É praticamente um ponto de circunscrição das

cidades de Bauru, Araçatuba, São José do Rio Preto e Marília, distanciando-se

delas, em média, por aproximadamente 100 km. Eleva-se à altitude de 437

metros em relação ao nível do mar e distancia-se da capital do estado em 429

km.

As rodovias marechal Rondon e BR 153 tangenciam o perímetro urbano,

proporcionando o privilégio de uma ótima e estratégica localização viária.

Pela via de acesso David Eid, o rio Dourado pode ser acessado em um

percurso de 23 km e o rio Tietê em 33 km.

Conforme dados extraídos do portal eletrônico do Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística (IBGE), a população estimada para 2015 é de 70.092

habitantes e a densidade demográfica é de 124,98 habitantes por Km2.

O município possui área de unidade territorial de 570 km2 e faz divisa

com os municípios de Sabino-SP, (ao norte), Cafelândia (ao leste), Guaimbê e

Getulina (ao sul) e Guaiçara (ao oeste).

1.2 Origem do município

1.2.1 Formação administrativa

Pela Lei Estadual nº 1408 de 30 de dezembro de 1913 o patrimônio ora

conhecido como Santo Antônio do Campestre passou a ser um distrito de paz

pertencente ao município de Bauru, com o nome de Albuquerque Lins, uma

homenagem ao major Joaquim Manoel de Albuquerque Lins (governador de

20

São Paulo entre os anos de 1908 e 1912).

Figura 1: Vista parcial de Lins na década de 1940

Fonte: Prefeitura Municipal de Lins, acervo digital, 2015

O distrito foi emancipado através da Lei Estadual nº 1708 de 27 de

dezembro de 1919 elevando-se a categoria de município, tendo sua instalação

efetivada em 21 de abril de 1920 (aniversário da cidade). Em 29 de dezembro

de 1926, passou a ter a denominação de simplesmente Lins por força da Lei

Estadual nº 2182-A, nome que figura até hoje.

Figura 2: Lins atual, foto aérea

Fonte: Prefeitura Municipal de Lins, acervo digital, 2015

21

1.2.2 Histórico

A cidade de Lins começou a ter seus primeiros sinais de existência no

início do século XX. Um córrego denominado Douradinho, que mais tarde

passaria a ser conhecido como Campestre, trazia em suas proximidades uma

remota trilha de índios coroados e a construção de um trecho da Estrada de

Ferro Noroeste do Brasil (EFNOB) que cortava o estado de São Paulo em

direção ao Mato Grosso.

Desde o ano de 1906, São Sebastião de Pirajuí (hoje Pirajuí) já era

distrito de paz do município de Bauru, e, devido à proximidade, algumas

famílias se deslocavam de lá para estas terras em busca de caça e pesca.

Homens da EFNOB trabalhavam no desmatamento abrindo caminho para o

assentamento dos trilhos em direção ao oeste. Uma vila começava a se formar.

Em 1908, os habitantes primitivos edificaram uma rudimentar capela em

reverência a Santo Antônio e o lugarejo recebeu a alcunha de Santo Antônio do

Campestre. Nesta época várias estações ferroviárias foram construídas na

região e, na área onde atualmente se situa o Museu Histórico e Arqueológico,

estava a do Km 152 que ficou conhecida por Estação Campestre.

Em 16 de fevereiro de 1908, o Senhor Afonso Pena, então Presidente da

República, inaugurava quatro estações em um trecho da ferrovia, e com ele

estava o Major Manoel Joaquim de Albuquerque Lins, acompanhando-o no

percurso. Desconhecida eventualidade impediu o major de seguir viagem e

neste mesmo dia, em sua homenagem, a estação de número 152 recebeu o

nome de “Albuquerque Lins”.

Mais tarde, em 1913, o Coronel Joaquim de Toledo Piza e Almeida e sua

esposa, doaram à Câmara Municipal de Bauru uma gleba junto à estação de

Albuquerque Lins para que se estabelecesse no local um povoado. Aos 30 de

dezembro deste mesmo ano, Carlos Augusto Pereira Guimarães, vice-

presidente do Estado, criou o Distrito de Paz de Albuquerque Lins, através da

Lei Estadual nº 1408 de 30 de dezembro de 1913.

O distrito de Albuquerque Lins, até então administrado pelo município de

Bauru, foi transferido à Pirajuí pela Lei estadual nº 1428 de 03 de dezembro de

1914 e pela Lei estadual nº 1708 de 27 de dezembro de 1919, foi

desmembrado e elevado à categoria de município. Meses depois era

22

constituída a sede, oficialmente instalada em 21 de abril de 1920.

Figura 2: Estação Ferroviária Albuquerque Lins

Fonte: Prefeitura Municipal de Lins, acervo digital, 2015

A cidade que na gestão do atual governo é representante do lema

“construindo um novo tempo” caracteriza-se pela prosperidade e elevado

potencial de desenvolvimento, privilegiando-se durante sua história de algumas

intitulações como “O maior centro Cafeeiro do Mundo”, “Princesa da Noroeste”,

“A Cidade das Escolas” e “A maior Bacia Leiteira do Estado de São Paulo”.

1.2.3 A primeira legislatura e comarca

Em 21 de abril de 1920, ocorreu a sessão solene de instalação do

município de Albuquerque Lins. O ato histórico aconteceu no edifício da

Câmara Municipal, na Avenida 4, às 14:30 horas. Várias autoridades estavam

presentes, dentre eles o Dr. Múcio Floriano de Toledo, Juiz de Direito da

Comarca de Pirajuí, que usou a palavra e saudou o novo município. Os

vereadores eleitos que prestigiavam o evento eram: Dr. Urbano Telles de

Menezes, Coronel João Pinto Ramalho, Dr. João Luiz de Souza, Tenente

23

Floriano Pupo Netto, José Antunes da Silveira e Manoel de Sá Fortes

Junqueira Júnior. Este último foi quem lavrou o primeiro documento do

município, Ata de instalação do município de Albuquerque Lins.

Figura 3: Ata de instalação do município de Albuquerque Lins

Fonte: Prefeitura Municipal de Lins, acervo digital, 2015

A Comarca de Lins foi estabelecida em 28 de abril de 1928, ocasião em

que, dentre uma reunião de autoridades presentes, o Exmo Sr. Dr. Antônio

Carlos de Salles Júnior, Secretário da Justiça e da Segurança Pública fez um

24

pronunciamento declarando sua instalação. Durante a solenidade, ocorrida na

Rua Rodrigues Alves, nº 1, edifício designado para abrigar o Fórum à época, o

Exmo. Sr. Sebastião Soares, fez a leitura da Lei nº 2.199, de 27 de setembro

de 1927, que criava a Comarca de Lins e o investia nas atribuições do seu

cargo, o primeiro Juiz de Direito de Lins.

2. A PREFEITURA MUNICIPAL DE LINS

Prefeitura Municipal é a entidade da Administração direta representante

do poder executivo da esfera municipal. A figura da prefeitura municipal surgiu

após a revolução de 1930, até então o poder executivo era exercido pelas

câmaras municipais. De acordo com as explanações das ciências políticas, a

função do poder executivo é garantir a prática das leis, ou ainda, mais

profundamente, é a única autoridade responsável pela administração diária da

burocracia do Estado. Praticar o que a lei determina é dever de todos os

cidadãos, e para tanto, há necessidade da máquina pública para viabilizar este

feito.

Figura 5: Paço Municipal outrora, Rua Olavo Bilac, 640, Centro

Fonte: Prefeitura Municipal de Lins, acervo digital, 2015

A sede do poder executivo de Lins já esteve instalada em quatro

25

endereços, estando por mais tempo situada na Rua Olavo Bilac, 640, no centro

(figura 5). Atualmente, situa-se na Avenida Nicolau Zarvos, 754, bairro vila

Clélia, no prédio denominado Centro Administrativo Dr. Heitor Umberto Teixeira

da Silva, homenagem ao ex-prefeito que governou a cidade em meados de

1994, ocasião em que era vice-prefeito e assumiu o governo durante o

afastamento do titular, Roberto Pires da Silva.

Figura 6: Centro Administrativo Dr. Heitor Umberto Teixeira da Silva

Fonte: Prefeitura Municipal de Lins, 2015

2.1 Serviços

Diversos são os serviços oferecidos pela Prefeitura Municipal de Lins,

entre eles estão: coleta de lixo; poda e abate de árvores; capinação de terrenos

públicos; manutenção e revitalização de praças; serviços de emergência

(conhecido pelo seu número de atendimento, o 192); transporte de pacientes e

usuários do Sistema único de Saúde (SUS) a outras cidades; oficinas culturais

que proporcionam aulas de balé, artes plásticas, canto, entre outras; aulas

gratuitas de 19 modalidades esportivas; campanhas de prevenção de doenças

e conscientização; campanha do agasalho; controle de vetores com visitas

domiciliares e orientações de combate a dengue e outras endemias;

26

atendimentos de saúde; Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), que

proporciona exames gratuitos para DST; Centro de Especialidades

Odontológicas (CEO); varrição de ruas; construção e conservação de galerias;

serviço de transporte público; ISS online; campanha melhor em casa da

Secretaria de Saúde; posto de atendimento ao empreendedor (orientações e

suporte a abertura de empresas), entre outros.

Existem ainda Convênios com o Posto de Atendimento ao Trabalhador

(PAT); Banco do Povo; Fundação Procon e Centro de Solução de Conflitos e

Cidadania (CEJUSC). A cidade também possui sede do POUPATEMPO, que

através de um conjunto de esforços do atual governo para firmar uma parceria

com o governo do Estado de São Paulo foi possível viabilizar este feito.

2.2 Estrutura administrativa

A Prefeitura Municipal de Lins, com sede no Centro Administrativo Dr.

Humberto Teixeira, av. Nicolau Zarvos, 754, conta atualmente com 1577

funcionários e a seguinte estrutura administrativa:

a) Gabinete do Prefeito

b) Gabinete do Vice-Prefeito

c) Chefia de Gabinete

d) 11 Secretarias

e) 1 Coordenadoria

f) 16 diretorias

g) 31 gerências

São dezenas de repartições distribuídas em mais de 20 unidades de

ensino e educação, 15 unidades ligadas à saúde, 5 centros de atendimento de

assistência social, uma unidade denominada garagem municipal e outra

chamada de divisão de limpeza pública pertencentes à Secretaria de Obras

No Centro Administrativo, estão instaladas as sedes das Secretarias

Municipais, com exceção da SAMAS que se estabelece no Horto Municipal.

2.3 Funcionamento

O funcionamento da Prefeitura é regulamentado por diversas normas.

27

Os dispositivos legais que regem a cidade são: Lei Orgânica do Município de

Lins, Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Município de Lins, Leis

Municipais, Leis Complementares, Decretos, Instruções, Código Tributário,

Código de Obras e Código de Posturas.

O horário padrão dos atendimentos à população é entre às 12 horas e

18 horas, todavia, alguns setores funcionam também pela manhã para

viabilizar o cumprimento de algumas demandas específicas.

Cada secretaria possui um gabinete próprio onde o Secretário Municipal

da pasta trata de exercer o comando.

O desenvolvimento das atividades deriva basicamente de requerimentos

protocolados ou comunicações internas (CI) que são enviados entre os setores

ou secretarias, por entidades ou pela população, solicitando ou prestando

informações, documentos e pareceres e determinando as ações que

caracterizam os trabalhos do dia-a-dia.

2.4 Organização hierárquica

A hierarquia é organizada fundamentalmente pelo Prefeito.

Historicamente, em Prefeituras consideráveis mudanças ocorrem na hierarquia

sempre que termina um mandato. Após um Prefeito ser eleito, a tendência é

que o mesmo nomeie pessoas de sua confiança para coordenar as pastas e

divisões da Prefeitura, fazendo uma reorganização do quadro que se

estruturava ao atendimento do mandatário antecessor.

Os cargos de chefia são caracterizados pelo comissionamento, ou seja,

são de livre nomeação e exoneração por iniciativa do Prefeito. Cada setor

possui um líder, que pode ser desde diretor a encarregado de unidade. Os

setores se reportam às secretarias e dependendo do nível de responsabilidade

recebem o devido tipo de comissionamento.

2.5 Organograma

A estrutura organizacional básica da gestão atual é composta conforme

o diagrama a seguir:

28

Figura 7: Organograma básico

PREFEITO

Edgar de Souza

VICE – PREFEITO

Rogério A. F. Barros

CHEFE DE GABINETE

Nilton Cesar Nunes

ASSESSORIA DE GABINETE

FUNDO SOCIAL

DE

SOLIDARIEDADE

Fonte: Elaborado pelos autores, 2015

COMITÊ DE

GESTAO

ASSESSORIA

DE

COMUNICAÇÃO

DIRETORIA

DE CULTURA

DEFESA

CIVIL

SME

SESA

SUSOP

SENA

SEPLAFI

SENEJUR

SEMEL

SEDESU

SEMAS

SAMAS

SERIP

DIRETORIAS E GERÊNCIAS

DIVISÕES, DEPARTAMENTOS, SEÇÕES E SETORES

29

No organograma apresentado, as siglas representam as Secretarias

Municipais e possuem o seguinte significado:

a) SME – Secretaria de Educação;

b) SESA – Secretaria de Saúde;

c) SUSOP – Secretaria de Urbanismo, Obras e Serviços Públicos;

d) SENA – Secretaria dos Negócios Administrativos;

e) SPLAFI – Secretaria de Planejamento e Finanças;

f) SENEJUR – Secretaria dos Negócios Jurídicos;

g) SEMEL – Secretaria de Esportes e Lazer;

h) SEDESU – Secretaria de Desenvolvimento Sustentado;

i) SERIP – Secretaria de Relações Institucionais, Participações e

Parcerias;

j) SEMAS – Secretaria de Assistência Social;

k) SAMAS – Secretaria de Agricultura, Meio Ambiente e

Sustentabilidade.

Os Secretários Municipais coordenam suas pastas distribuindo as

responsabilidades entre as diretorias e gerências. Reportam-se diretamente ao

Prefeito ou à Chefia de Gabinete. As seções que englobam a Assessoria de

Comunicação, Fundo Social de Solidariedade, Defesa Civil e Diretoria de

Cultura possuem ligação imediata ao gabinete do Prefeito. Os casos mais

relevantes são resolvidos pelo Comitê de Gestão que é formado pelo prefeito,

vice-prefeito, chefe de gabinete, secretários da SENA, e SEPLAFI. Os setores,

divisões e departamentos e seções ficam subordinados aos correspondentes

Secretários da área formando o esquema hierárquico.

2.6 Centro Administrativo

O Centro Administrativo é a sede da Prefeitura e traz em suas

dependências o gabinete do Prefeito e praticamente todas as sedes das

Secretarias Municipais, com exceção apenas da Secretaria de Agricultura

(SAMAS), que tem sede externa, fixada atualmente no Horto Municipal.

A estrutura física do Centro Administrativo é ampla permitindo boa

integração e fluidez na execução dos trabalhos, pois unifica em um só espaço

as principais pastas. Fato novo e bem sucedido, haja vista que até meados de

30

2012, a administração municipal era estabelecida em um espaço bastante

menor, no prédio atualmente apelidado de “Antigo Paço Municipal”, situado à

Rua Olavo Bilac, 640.

2.7 Secretarias municipais

As onze secretarias ou pastas são como diferentes empresas

trabalhando em conjunto organizadas pelo Prefeito. Existe uma concepção que

as divide em dois tipos característicos: secretarias meio e secretarias fim.

Secretarias fim são aquelas que lidam diretamente com o munícipe, que

efetivamente executam os serviços aos cidadãos. São exemplos: as

secretarias de Educação, de Saúde, de Assistência Social e de Obras.

As secretarias meio tem a maior parte de suas responsabilidades

direcionadas em gerar condições para que as secretarias fim possam operar.

São exemplos, as secretarias dos Negócios Administrativos, Secretaria de

Planejamento e Finanças e Secretaria dos Negócios Jurídicos.

2.8 Secretaria dos Negócios Administrativos

A secretaria dos Negócios Administrativos é considerada uma secretaria

meio, ou seja, tem grande parte de sua responsabilidade voltada para o

atendimento das demais secretarias. Servindo como principal engrenagem da

Prefeitura, gera as condições necessárias para que as outras pastas alcancem

seus objetivos principais, o que, simplificadamente, pode-se resumir em servir

aos munícipes. Gera os devidos meios para que as coisas aconteçam. Esta

empreitada envolve tarefas relacionadas a licitações, compras, protocolos,

recursos humanos, almoxarifado, frota e patrimônio. O controle dos atos

administrativos (Leis, Decretos, Portarias, Memorandos e Instruções), também

é responsabilidade da SENA.

2.8.1 Licitações e compras

A divisão de Licitações está subordinada à Secretaria dos Negócios

Administrativos. É o ente responsável por tornar lícita qualquer aquisição de

31

insumos, materiais, produtos ou serviços. Está localizada no Centro

Administrativo, 1º andar. A lei das Licitações nº 8.666/1993 determina as

seguintes modalidades: Concorrência, Tomada de Preços, Convite, Concurso e

Leilão.

O setor faz também Registros de Pagamento de Autônomos

(contratratos de RPA) que são úteis para atender serviços pontuais, como a

contratação de palestrantes, por exemplo, em que não há viabilidade de

realizar Concursos Públicos.

Anualmente, após a abertura do orçamento, exigido pela Lei

Orçamentária Anual (LOA) e Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), o setor de

compras solicita a todas as secretarias e divisões correspondentes, uma

relação de materiais de expediente e de consumo para transmitir à divisão de

licitações. Este procedimento é precedido por uma reunião com as chefias dos

setores, pela qual são fornecidas as instruções que devem ser seguidas.

Cada setor tem uma pessoa que possui o acesso ao sistema de

compras e, após levantar o que necessita para aquele ano, emite um relatório e

o envia ao departamento de compras em um prazo pré-estabelecido (em torno

de 1 mês).

O setor de compras, após receber os relatórios, trabalha estas

informações juntamente com o setor de licitações, agrupando itens e

planejando a melhor forma de elaborar os editais.

A Divisão de compras controla informações no sistema que ficam

disponíveis aos demais setores, realiza cadastros, cotações e mantém o

catálogo de produtos e serviços com os respectivos códigos e valores.

A aquisição de serviços também está sujeita a estes procedimentos. Há

compras de baixo valor que podem ser feitas com dispensa de licitação, no

entanto este procedimento é muito observado pelo Tribunal de Contas e deve

ser evitado para que a administração não fique sujeita apontamentos

indesejados.

2.8.2 Divisão de Recursos humanos

A Divisão de Recursos Humanos está no âmago dos serviços públicos.

Trata diretamente com os servidores (funcionários públicos) e ao mesmo tempo

32

com a administração municipal. Quem presta os serviços diretamente à

comunidade é o servidor, que na administração pública municipal de Lins,

caracteriza-se por possuir forte ligação com a divisão de recursos humanos. O

RH é o espelho dos serviços públicos e tem por principal atribuição dar o

exemplo.

A Divisão de Recursos Humanos (DRH) caracteriza-se pela

centralização das atividades relacionadas à administração de pessoal, haja

vista a ausência de profissionais da área nos demais setores, tendo que lidar

com considerável sobrecarga de atendimentos e serviços. Está localizado no

térreo, na primeira sala à esquerda da portaria de acesso ao centro

administrativo. O horário de funcionamento é integral, das 8 às 18 horas e o

atendimento ao público e aos funcionários é restrito ao período entre 11 e 18

horas, sendo o período da manhã destinado a trabalhos internos.

Este departamento faz a folha de pagamentos, contrata e rescinde

contratos de funcionários e estagiários, controla os registros de apontamento

de frequência, férias, licenças, desenvolve medicina do trabalho, organiza

concursos e processos seletivos, emite portarias e certidões de pessoal, presta

assistência social e psicológica aos servidores, organiza eleições da Comissão

Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), dá assistência ao corpo jurídico na

defesa de processos trabalhistas, lida constantemente com rigorosa

fiscalização do Tribunal de Contas do Estado, apoia e subsidia decisões

administrativas, regulamentações de Leis, Decretos, Instruções e reformas do

Estatuto.

O Diretor distribui os serviços e coordena o processamento da folha e de

todo o setor. O Assistente trata de assuntos voltados a processos judiciais,

questões legais, auxilia na folha de pagamentos e na coordenação da equipe.

Os demais funcionários lidam com serviços específicos, ou seja, existe um

responsável pelo controle de férias e licenças, um para estagiários, um para

certidões, portarias, tempo de serviço e aposentadorias, um para concursos e

admissões, um para horas extras, vale alimentação e vale transporte, um para

controle de ponto e um para assistência social.

Há grande complexidade envolvida nas atividades de Recursos

Humanos no setor público, haja vista que a burocracia e a grande quantidade

de normas caracterizam esta atividade de uma forma bem diferente daquela

33

encontrada nas empresas privadas.

2.9 Gastos com pessoal

Conforme determina a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) os gastos

com pessoal não podem ultrapassar 54% da receita total do município.

Atualmente este percentual encontra-se dentro do limite legal. A inobservância

desta obrigação ocasiona grave penalidade ao Prefeito. Constantemente o

estudo do impacto financeiro é realizado em conjunto com a Secretaria de

Planejamento e Finanças a fim de prever futuros problemas. Um fato que

assombra este controle é a queda na arrecadação, pois esta ocorrência reduz

a receita e consequentemente aumenta o índice de percentual da folha.

A preocupação é considerável, já que a folha é composta de direitos

determinados por lei o que dificulta a redução do seu valor.

Não significa que não seja possível a mobilidade dos gastos, isto pode

ocorrer, mas depende de aprovação de atos pelo legislativo com iniciativa do

executivo e ainda, como essas medidas envolvem o sindicato e um bocado de

burocracia, não é considerada uma tarefa fácil.

A integração dos setores administrativo e financeiro é essencial para que

este controle seja rígido e preventivo o suficiente para evitar o descumprimento

da norma.

2.10 Admissão de pessoal

A Prefeitura admite seus funcionários por meio de Concursos Públicos,

conforme determina a Constituição Federal de 1988. Os Concursos são

realizados por empresa terceirizada vencedora de Licitação. Todo o

acompanhamento deste processo é feito pela Divisão de Recursos Humanos

no que tange à observação dos prazos de inscrição, provas e homologação,

assim como à análise e revisão dos Editais elaborados pelas empresas.

As nomeações são feitas por Decreto, com base nas listas de

classificação dos Concursos. Conforme se dá a vacância de um cargo, por

aposentadoria, exoneração, falecimento, ou quando surgem novas demandas

de serviço, os setores fazem a solicitação ao DRH para a contratação.

34

2.11 Cargos em comissão

Os cargos comissionados são direcionados às funções de chefia,

direção e assessoramento. Através deles, o Prefeito emana as diretrizes aos

servidores, sendo estes, caracterizados por serem propriamente os líderes da

municipalidade. Ao todo são 11 tipos de funções que, em ordem de hierarquia,

são compostos por: Encarregado de Unidade, encarregado de Setor,

Encarregado de Núcleo, Chefe de Seção, Assistente, Gerente, Assessor,

Assessor Jurídico, Diretor, Coordenador e Secretário Municipal.

São 165 funcionários exercendo funções em comissão, distribuídos por

toda a Prefeitura. A investidura neste tipo de atividade se dá através de ato do

Prefeito (Portaria de nomeação) e o seu provimento é de livre vontade do chefe

do executivo. Isso não impede que o governante delegue às hierarquias

subsequentes o arbítrio em escolher os comissionados de sua pasta, o que

frequentemente acontece. Ou seja, em outras palavras, o Prefeito pode deixar

a critério de cada Secretário Municipal, fazer a escolha dos líderes de sua

secretaria. No entanto, legalmente, a decisão deve ser chancelada pelo

Prefeito e pelo Secretário dos Negócios Administrativos, no ato de assinatura

da Portaria, realizada formalmente em conjunto.

Esta sistemática já foi diferente quando havia processos seletivos

internos para o ingresso em funções de chefia. Ocasião em que o servidor

poderia se inscrever e concorrer ao cargo, realizando um exame e alcançando

aprovação, o que lhe garantia a permanência na liderança de um determinado

setor. Mecanismo que foi abolido em após o advento da Constituição Federal

de 1988, quando o município baixou norma reenquadrando os servidores em

cargos similares. A partir daí, o livre provimento passou a ser incumbência da

administração municipal.

2.11.1 Percentual mínimo

De acordo com a legislação municipal metade dos cargos

comissionados deve ser ocupada por funcionários de carreira, ou seja,

servidores efetivos admitidos por Concurso Público. Esta medida além de

objetivar o controle de gastos, já que o funcionário efetivo em comissão recebe

35

apenas uma diferença de salário como adicional, proporciona também

equilíbrio para o gestor no sentido administrativo, pois garante em boa parte, a

motivação dos servidores que almejam desenvolvimento e crescimento na

empresa.

2.12 Jornada de trabalho

A jornada de trabalho é fixada em Lei e não pode exceder trinta horas

semanais. O horário de trabalho em geral é das 12 às 18 horas. Alguns

setores, principalmente os ligados a área da saúde, praticam o horário e das 07

às 13 horas: Vigilância epidemiológica, vigilância sanitária, postos de saúde

entre outros. Os funcionários comissionados (líderes) tem a jornada integral, ou

seja, quarenta horas semanais, que é fixada no horário entre as 08 e 18 horas.

Alguns cargos possuem jornadas específicas, como por exemplo, o

Médico, 12 horas semanais e o Dentista, 20 horas semanais. Para toda

contratação, o Edital de Concurso Público faz constar a jornada de cada cargo

permitindo o conhecimento dos ingressantes.

Esta configuração faz o andamento das atividades da Prefeitura,

possibilitando que todas as tarefas sejam realizadas em harmonia e que os

atendimentos aos munícipes sejam devidamente cumpridos.

2.13 Estatuto

O Estatuto, Lei Complementar nº 97/92 é a principal norma que rege as

atividades funcionais dos servidores públicos do município de Lins. Toda a vida

funcional do trabalhador é respaldada pelo Estatuto que é o mecanismo de

viabilização legal de todos os procedimentos realizados pelo quadro de

pessoal. Estabelecer os direitos, deveres, proibições e benefícios aos

funcionários e as formas de regulamentação para o cumprimento das leis

municipais, estaduais, federais, bem como a constituição federal, são os

principais atributos do Estatuto.

O documento fica disponível para consulta de qualquer cidadão no site

da Câmara Municipal de Lins que se encarrega de mantê-lo sempre atualizado.

36

CAPÍTULO II

A LIDERANÇA E AS DIFERENTES GERAÇÕES

1 LIDERANÇA

A liderança sempre se faz presente quando existe a necessidade de

alcançar um objetivo ou uma meta traçada por uma equipe ou uma empresa,

onde todos os membros irão trabalhar juntos sob a liderança de um único

membro em busca de realizar o objetivo estabelecido e consequentemente,

alcançar o sucesso esperado, auxiliando na condução e orientação das tarefas

a serem realizadas. Segundo Chiavenato (1989), liderança é a capacidade de

influenciar as pessoas e seus comportamentos.

Através da influência, Griffin e Moorhead (2006), citam duas abordagens

que estão ligadas a liderança que são a liderança transformacional e a

liderança carismática.

1.1 Liderança transformacional

Consegue transformar o comportamento e pensamento dos liderados,

percebendo a necessidade de mudança com antecedência, capacitando sua

equipe para vencer os obstáculos.

Para Sobral e Peci (2008), está relacionada com a habilidade especial

em fazer a mudança no ambiente organizacional, transformando um

comportamento ou pensamento em outro, motivando a equipe a desempenhar

suas tarefas e alcançar os objetivos da empresa.

1.2 Liderança carismática

Influenciada pela característica pessoal do líder cuja capacidade de se

obter sucesso de seus liderados torna-se maior quando este é aceito

transmitindo apoio e confiança.

37

Segundo Sobral e Peci (2008), quando o ambiente envolve um alto nível

de estresse e incerteza, a liderança carismática pode ser a mais adequada.

Robbins e Decenzo (2004) enfatizam que a liderança carismática inclui

visão convincente com um futuro melhor para a organização, expectativa e

autoconfiança na realização da tarefa, bem como envolvimento com a equipe

no desempenho do trabalho.

Se a liderança é aplicada de maneira aceitável buscando envolver os

colaboradores, estes trabalham mais e melhor, de forma criativa, participativa e

produtiva em busca das metas e objetivos a serem alcançados (RIBEIRO,

2003).

Liderança é um processo que envolve três elementos: pessoas, poder e

influência. Primeiramente pessoas, pois estas precisam ser dirigidas,

orientadas a realizar uma tarefa. Em seguida, poder, que transmite uma

relação de delegação na liderança onde o líder distribui a tarefa. E por fim, a

influência, capaz de fazer com que as pessoas desempenhem suas funções da

melhor maneira possível (SOBRAL; PECI 2008).

Figura 8: Elementos de liderança

Fonte: Sobral; Peci, 2008, p. 216

38

O processo de liderança deve acontecer de forma positiva ao ponto que

a pressão, imposição e autoridade são características que dificultam a

aceitação das pessoas, o que pode gerar desconfortos, conflitos e resistência

por parte dos liderados.

Segundo Griffin e Moorhead (2006, p. 276), “liderança não envolve força

nem coerção. Um gestor que confia somente na força e na autoridade formal

para gerenciar o comportamento dos subordinados não exerce liderança”.

Para Kanaane (1999), o processo de liderança deve enfatizar tanto as

necessidades individuais como às da equipe, considerando estes como centro

de execução do trabalho, agindo de maneira facilitadora e reforçadora.

A comunicação clara, adequada e precisa são componentes de extrema

importância no processo da liderança, pois todos precisam estar cientes de

quais são as metas e quais os procedimentos a serem adotados para a

realização das tarefas. A boa comunicação é uma ferramenta estratégica para

obter sucesso nas organizações.

A liderança abrange vários tipos de comportamentos e características,

dependendo muito de cada situação e de suas complexidades, algumas de

fácil resolução e outras com maiores níveis de dificuldade. Segundo Griffin e

Moorhead (2006, p. 282), “seu foco é na compreensão de como diferentes

situações exigem diferentes tipos de liderança”.

1.3 Teorias de liderança

Sobral e Peci (2008) revelam estudos que deram origem a três teorias

que fundamentam a liderança conforme segue: traços de liderança, liderança

comportamental e liderança contingencial.

Os traços de liderança são características intrínsecas à personalidade

da pessoa do líder. Parte do pressuposto que o individuo nasce com este traço,

onde o mesmo não pode ser treinado ou especializado para tal função, pois já

nasce com esta especialidade.

Pesquisas realizadas referentes a esta teoria mostram que são traços

necessários e importantes no processo de liderança, porém, não são

suficientes para caracterizar uma liderança de sucesso.

39

A Liderança comportamental é baseada nas manifestações do

comportamento, através da realização da sua função onde verifica a:

comunicação, delegação, integração, motivação da equipe e o gerenciamento

de conflitos. Um grande diferencial nesta teoria é que o comportamento pode

ser aprendido, impulsionando os seguidores a desenvolver tal comportamento.

A Liderança contingencial está relacionada com as situações do

ambiente de trabalho, ao clima organizacional, e das variáveis que envolvem

as tomadas de decisões que levam ao sucesso da empresa. Existem alguns

fatores importantes que abrangem a liderança contingencial tais como: a

experiência do líder; os valores e princípios; a maturidade e a responsabilidade

da equipe; a cultura e as políticas da organização.

1.4 As teorias situacionais de liderança

Exploram o modo de liderar de maneira mais ampla, diferentemente dos

estilos de liderança que tem uma abordagem mais simples e limitada, levando

em consideração poucas variáveis. As teorias situacionais tendem a ser mais

inovadoras ao invés de procurar um estilo para a maneira de liderar procura

adaptá-las de um modelo de liderança para a situação.

Quando se trata da abordagem situacional, o líder pode ter diferentes

padrões de liderança, para se tratar seus subordinados, aplicando a qual se

encaixa melhor na situação. Isso tem muita relação com cada tipo de

funcionário, aquele que tem um senso maior de responsabilidade e

independência fazendo suas tarefas de maneira adequada; e aqueles que o

líder precisa ser mais firme, pois esse funcionário tem a tendência de cometer

muitos erros, necessitando assim, de uma maior autoridade. (CHIAVENATO,

2001).

1.5 Estilos de liderança

Os estilos ou tipos de liderança são características pessoais de cada

líder; essas características apresentam-se a partir de decisões, atitudes e

posições que cada um vem a tomar em determinadas situações dentro da

organização. Dentre os estilos tem-se: autocrática, democrática e liberal.

40

1.5.1 Liderança autocrática

Trata se da liderança na qual o líder designa, quais são os caminhos e

as diretrizes a serem seguidas sem a intervenção do grupo de colaboradores.

Esse estilo frequentemente mostra certa aversão dos colaboradores que

não gostam do ambiente de trabalho, mesmo gostando de sua função, tendem

a não demonstrar, além de que as atividades são feitas apenas quando o líder

está presente. (RIBEIRO, 2003).

1.5.2 Liderança liberal

Esse estilo de liderança apresenta suas próprias peculiaridades, sendo

elas a total liberdade do grupo em tomar as decisões sozinhos, desde a

maneira de se realizar a tarefa até com quem deseja trabalhar. A participação

do líder é mínima, apresenta o que a organização espera e mostra as

ferramentas disponíveis para tal execução, mas não organiza, ou avalia a

situação, assim não impondo respeito. (RIBEIRO, 2003).

1.5.3 Liderança democrática

A participação do grupo junto ao líder nas estratégias, tomadas de

decisões e ideias é a principal característica desse estilo de liderança.

Aqui o líder procura igualar-se mesmo ao grupo, mostrando ser acessível e

aberto a diálogos abertos e cordiais.

Nesse contexto, o líder além de cumprir seu papel em relação a traçar

um objetivo em conjunto está para aconselhar de maneira técnica, para sugerir

possíveis alternativas para os obstáculos que surgirem. O grupo trabalhando a

partir dessa ótica de liderança, apresenta bons resultados com a presença

física ou não do líder. (RIBEIRO, 2003).

Segundo Ribeiro (2003), além desses estilos citados acima, tem-se

outros enfoques que ajudam a definir as características e atribuições de um

líder tais como:

a) liderança centrada na tarefa: tem apenas o enfoque nas realizações

das tarefas e apresentação de seus resultados;

41

b) liderança centrada nas pessoas: sua principal preocupação são as

pessoas e os aspectos humanos, tendo sempre em vista o bem estar

de seus subordinados para que se mantenha uma equipe de pé e

motivada;

c) ênfase na produção: esse estilo é voltada exclusivamente para os

resultados na realizações das tarefas.

Quadro 1: Estilos de liderança

Autocrática Democrática Liberal (laissez-faire)

O Líder fixa as diretrizes, sem qualquer

participação do grupo.

As diretrizes são debatidas e decididas pelo grupo, que

é estimulado e assistido pelo líder.

Há liberdade total para as decisões grupais ou individuais, e mínima participação do líder.

O líder determina as providências para a

execução das tarefas, cada uma por sua vez, na medida em que se tornam

necessárias e de modo imprevisível para o grupo.

O grupo esboça as providências para atingir o alvo e é aconselhado pelo

líder, que sugere alternativas para o grupo

escolher. As tarefas ganham novas perspectivas

com os debates.

A participação do líder é limitada, apresentando

apenas materiais variados ao grupo, esclarecendo que poderia fornecer

informações desde que as pedissem.

O líder determina qual a tarefa que cada um deve

executar e qual seu companheiro de trabalho.

A divisão das tarefas fica a critério do grupo e cada

membro tem liberdade de escolher seus

companheiros de trabalho.

A divisão das tarefas e escolha dos colegas fica

totalmente a cargo do grupo. Absoluta falta de

participação do líder.

O líder é dominador e é “pessoal” nos elogios e nas críticas ao trabalho

de cada membro.

O líder procura ser um

membro normal do grupo em espírito. O líder é

“objetivo” e limita-se aos “fatos” nas críticas e

elogios.

O líder não avalia o grupo nem controla os

acontecimentos. Apenas comenta as atividades quando perguntado.

Fonte: Elaborado pelos autores, 2015.

42

1.6 Líder

Líder é aquele que conduz e influencia um grupo para o mesmo objetivo.

É aquele que trabalha suas motivações e de seus seguidores e tem essa

capacidade em todos os momentos e situações.

Segundo Petracca (apud CHIAVENATO, 2001), líderes são os que, em

um grupo, ocupam uma posição de poder que tem condições de influenciar, de

forma determinante, todas as decisões de caráter estratégico. O poder é

exercido ativamente e encontra legitimação na correspondência com as

expectativas do grupo.

Todo administrador deveria ser um líder para tratar devidamente os seus

colaboradores, porém um líder não precisa necessariamente ser um

administrador.

1.6.1 Características pessoais do líder

De acordo Maximiano (2000) algumas características são importantes

para que o líder tenha um desempenho eficaz; tais como:

a) boa comunicação;

b) relacionamento interpessoal;

c) empatia;

d) persuasão;

e) imparcialidade;

f) administração de conflitos;

g) diplomacia;

h) dinamismo;

i) feedback;

j) ser bom ouvinte;

k) trabalho em equipe.

Existem pessoas que tem maior motivação do que outras para exercer a

função de líder e há pessoas que são mais habilidosas do que outras para

liderar. Possivelmente, tais características são vinculadas. É provável que

pessoas com maior motivação também tenham maior habilidade.

43

1.6.2 Traços de Personalidade de um líder

Apesar de inúmeros estudos abordando os traços de personalidades em

situações em que alguém desempenhou algum papel de liderança, até hoje,

não foi possível detectar um conjunto de traços de personalidade comum a

todos os líderes. (MAXIMIANO, 2000).

Os traços mais característicos são o senso de identidade pessoal e a

iniciativa nas relações pessoais. Porém, nem todas as pessoas que possuem

esses traços de personalidade se tornam líderes. (MAXIMIANO, 2000).

1.6.3 Motivação do líder

Existem pessoas que são líderes pelo prazer de liderar e não por suas

habilidades. Esse tipo de pessoa procura satisfazer essa necessidade

alcançando posições em que possa influenciar o comportamento alheio.

Segundo McClelland (apud CHIAVENATO, 2000) pode-se satisfazer a

necessidade de poder de muitas maneiras (controle de recursos, informação e

pessoas). Além disso, a necessidade de poder desconsidera a recompensa

material – o que importa é o que a pessoa consegue fazer com o poder.

1.6.4 Habilidades Pessoais de um líder

As habilidades podem se desenvolver através das aptidões, ou seja, a

liderança é uma qualidade que pode ser desenvolvida por qualquer pessoa

desde que haja motivação. Logo, o estudo das habilidades mostra que a

liderança é alcançável através da educação, treinamento e experiência.

Algumas organizações, como partidos políticos, sindicatos, movimentos

sociais e centros acadêmicos podem ser apontados como escolas de liderança.

A habilidade de comunicação demonstra muito bem que algumas

características de líderes podem ser desenvolvidas. A comunicação é

imprescindível para a liderança, dado que a exigência básica para liderar é ser

capaz de transmitir as mensagens de modo a motivar, inspirar ou persuadir

seus seguidores. Não é apenas uma habilidade no modo de dizer as palavras,

44

mas a capacidade de transformar ideias em mensagens convincentes.

(MAXIMIANO, 2000).

1.6.5 Bases do poder do líder

O poder em uma empresa é a habilidade de controlar e afetar as

decisões e ações de outras pessoas. Autoridade é o poder que se tem pela

posição que ocupa em uma organização.

A capacidade de motivar, induzir e influenciar os seguidores está muito

ligada ao poder que o líder utiliza. Um líder pode possuir cinco tipos de poder;

que segundo Chiavenato (1999) são:

a) poder coercitivo: é o poder baseado no medo e na imposição. O

liderado percebe que se não atingir as metas impostas pelo líder

poderá sofrer penalidades e punição que ele quer evitar;

b) poder de recompensa: é o poder em que o líder oferece um incentivo,

recompensa ou reconhecimento que seu liderado pretende obter;

c) poder legitimado: é o poder que é obtido pelo cargo ocupado pela

pessoa na hierarquia da organização;

d) poder de competência: é o poder adquirido pelas aptidões e

conhecimentos do indivíduo. Os seguidores percebem que o líder

possui maiores conhecimentos que os seus;

e) poder de referência: mais conhecido como carisma é o poder obtido

por características pessoais e um magnetismo que influenciam as

pessoas. O mundo foi marcado por líderes carismáticos, tais como:

Moisés, Jesus, Gandhi, Napoleão, Vargas, Kennedy, e outros.

Dentre os poderes mostrados existem os que decorrem da posição

ocupada pelo administrador que são: poder legitimado, poder de recompensa e

poder de coerção. Por outro lado, o poder de competência e o poder de

referência são decorrentes da própria pessoa. (CHIAVENATO, 1999).

A verdadeira liderança decorre dos poderes baseados na pessoa do

líder. Para um bom administrador o desafio está em saber migrar dos poderes

baseados na posição em que ele ocupa para uma liderança baseada em seu

poder pessoal.

45

Figura 9: A base do poder: Organizacional e Individual

Fonte: Chiavenato, 1999, p. 557

1.6.6 As funções do líder

O modo como um líder emprega suas funções define o sucesso ou

fracasso de sua empresa. Dentre funções do líder, conforme Chiavenato (1999)

destacam-se:

a) arbitragem: quando os membros da organização não se entendem

quanto ao rumo a ser tomado. Diante disso o líder deve encontrar a

melhor solução para evitar conflitos e interrupções;

b) catalisação: é uma força que é provida pela ação do líder como um

catalisador para conduzir os membros ao trabalho coletivo;

c) segurança: o líder deve dar segurança aos seus liderados mantendo

uma atitude otimista e positiva diante dos problemas que surgirem;

d) representação: o líder é um símbolo da empresa e a representa

diante dos outros. Por isso deve sempre passar uma boa impressão;

e) inspiração: o líder deve fazer com que seus liderados sintam que

suas funções são importantes e necessárias para que eles se sintam

inspirados e aceitem as metas da organização com entusiasmo e

trabalhem em direção ao seu alcance;

f) orgulho: um orgulho sincero do líder com seus seguidores pode

satisfazer as suas necessidades de reconhecimento.

Coercitivo (temor)

Recompensa

(necessidades)

Legitimado (cargo)

Competência

(respeito ou

conhecimento)

Referência

(carisma)

Seguidores

Poder do líder

apoiado na

organização

Poder do líder

apoiado nas próprias

qualidades

Comportamento

Objetivos

46

1.6.7 Tipos de líder com base na relação com os liderados

Conforme o Maximiano (2000) existem três tipos de líder que podem ser

definidos com base na relação com os liderados:

a) líderes que arrastam multidões: são capazes de ter uma grande ideia

e de reunir uma multidão suficientemente grande para concretizá-la;

b) líderes que interpretam as multidões: são habilidosos em esclarecer

os pensamentos e sentimentos que se encontram na multidão de

forma confusa e obscura;

c) líderes que representam as multidões: limitam-se apenas a expressar

a opinião coletiva.

1.7 Liderados

Segundo Petracca (apud CHIAVENATO, 2000), líder e liderados

encontram-se numa relação de influência recíproca. Os liderados são

colaboradores de quem exerce a liderança. Sem liderados não há liderança,

nem missão.

1.7.1 Motivações

A motivação e a liderança são interligadas. O líder estabelece uma

missão ou tarefa aos seus liderados porque é de seu interesse realizá-la.

Os subordinados podem aceitar desde que também seja de seu

interesse. Por isso podemos afirmar que toda liderança é transacional, sempre

existe uma troca entre o líder e os liderados (MAXIMIANO, 2000).

De acordo com Maximiano (2000) existem dois tipos de motivações:

a) seguidores fiéis: os quais se deixam atrair pela mensagem que o

líder passa, pela missão que propõe, pela organização que

representa ou por outros fatores de origem moral, simbólica ou

emocional;

b) seguidores mercenários: para os quais o líder representa um

instrumento para obter recompensas materiais ou psicológicas;

47

1.7.2 Competências dos liderados

A competência dos liderados é uma variável determinante da liderança.

A competência dos liderados varia de forma inversamente proporcional à

liderança. Quanto maior a competência dos seguidores menos necessidade de

intervenção do líder. (MAXIMIANO, 2000).

1.7.3 Tarefa ou missão

É a tarefa ou missão que une o líder aos liderados. Sem esse

ingrediente não existe liderança, apenas popularidade ou influência.

(MAXIMIANO, 2000).

Baseado no tipo de recompensa que os liderados recebem ou esperam

é possível identificar três tipos de missão: moral, calculista e alienatória,

conforme a figura 10 abaixo:

Figura 10: Três focos do estudo dos líderes

Fonte: Maximiano, 2000, p. 395.

A missão de conteúdo moral possui um problema ou desafio para os

seguidores resolverem. O líder que propõe o desafio apela às habilidades,

aptidões, desejos, valores e outros comportamentos dos seguidores.

(MAXIMIANO, 2000)

A recompensa que o subordinado recebe é a realização da tarefa. É

provável que a vontade dos liderados de se deixar influenciar dependa muito

mais do tipo de missão que das qualidades do líder.

MISSÃO

MORAL (desafio, realização)

CALCULISTA

(recompensa)

ALIENATÓRIA

(coerção, obrigação)

48

Já missão de conteúdo calculista, o líder estabelece metas e oferece

incentivos para sua realização. A transação tende a ser racional, sem o fundo

emocional que caracteriza a missão de conteúdo moral. (MAXIMIANO, 2000).

Vários incentivos oferecidos pelas empresas baseiam-se em uma

combinação de contratos calculistas e morais. Os seguidores são convocados

a se comprometer com a realização de objetivos recebendo incentivos e

prêmios em troca de seu esforço.

Na missão de conteúdo alienatório, os seguidores obedecem por estar

sendo coagidos ou para evitar um castigo e não estão convencidos da

necessidade de obedecer. (MAXIMIANO, 2000).

Essa missão não faz parte do universo da liderança, pois a coerção não

é uma das bases legítimas de influência. Apesar disso, a missão alienatória

combinada com a missão calculista pode ser aceita por atender à necessidade

de um grupo ou pessoa.

1.8 Gestão de conflitos

A habilidade de administrar conflitos é uma das habilidades mais

importantes que um gerente deve ter. Uma pesquisa realizada pela American

Management Association mostra que o gerente médio passa aproximadamente

20% de tempo lidando com conflitos.

A gestão de conflitos segundo pesquisa realizada com os gerentes foi

classificada como mais importante que a tomada de decisão, liderança ou

habilidades de comunicação (ROBBINS; DECENZO, 2004).

São diferenças percebidas que resultam em algum tipo de interferência

ou oposição. Se as pessoas perceberem essas diferenças, existe então um

estado de conflito. Outra definição mostra outras formas de interferências sutis,

indiretas e altamente controladas ou, até mesmo atos abertos, tais como:

greves, protestos e guerras.

De acordo com Robbins e Decenzo (2004), com o passar dos anos três

pontos de vista diferentes sobre conflitos se evoluíram: ponto de vista

tradicional do conflito, ponto de vista de relações humanas sobre o conflito e

ponto de vista interacionista do conflito. Que poderão ser melhores explicados

no quadro a seguir.

49

Quadro 2: Três visões de conflito

Ponto de vista tradicional

A abordagem anterior supunha conflito como um

coisa ruim e que sempre teria impacto negativo

sobre a organização. Conflito tornou-se sinônimo

de violência, destruição e irracionalidade. Como o

conflito era prejudicial, ele deveria ser evitado. A

administração tinha a responsabilidade de livrar a

organização de conflitos. Esse ponto de vista

tradicional dominou a literatura administrativa

durante o século XIX e continuou até meados dos

anos 40.

Ponto de vista de

relações humanas

Para as relações humanas, o conflito era uma

ocorrência natural e inevitável em todas as

organizações. E, sendo inevitável, a abordagem

das relações humanas defendia sua aceitação.

Essa visão racionalizou a existência do conflito;

ele não pode ser eliminado, e existem momentos

em que pode até ser benéfico para a

organização. O ponto de vista das relações

humanas dominou o pensamento sobre conflito

do final dos anos 40 até meados dos anos 70.

Ponto de vista

interacionista

A atual perspectiva teórica sobre o conflito é a

abordagem interacionista. Se a visão das

relações humanas aceita conflito, a abordagem

interacionista encoraja-o, baseada na ideia de

que uma organização harmoniosa, pacífica,

tranquila e cooperativa tem tendência a se tornar

estática, apática e a não responder às

necessidades de mudanças e inovações. A

principal contribuição da abordagem

interacionista, portanto, é que ela encoraja os

gerentes a manter um nível mínimo de conflito

contínuo o suficiente para manter as unidades

viáveis, autocríticas e criativas.

Fonte: Robbins e Decenzo, 2004.p.270

50

A visão interacionista não propõe que todo conflito seja bom, mas

existem conflitos funcionais (construtivos), que apoiam a organização e outros

que impedem a organização alcançar metas como os conflitos disfuncionais

(destrutivos).

Nenhum conflito pode ser adotado como aceitável e inaceitável sob

todas as condições. O tipo de conflito que promovem tratamento saudável e

positivo em um departamento, pode em outro departamento ser totalmente

disfuncionais, portanto, funcionalidade e disfuncionalidade é uma questão de

julgamento. Os gerentes devem estimular os conflitos para alcançar benefícios,

porém, reduzindo seu nível quando esses conflitos tornarem-se destrutivos.

(ROBBINS; DECENZO, 2004).

Em qualquer organização pode haver conflitos, a qualquer momento que

se junte pessoas terá uma grande probabilidade que haja conflitos, pois alguns

indivíduos podem achar que outros afetam ou estão prestes a afetar

negativamente algo com o qual se importam.

Thomas (apud ROBBINS; DECENZO, 2004), reconheceu que, em

situações repletas de conflitos, primeiramente, é preciso determinar a intenção

da outra parte, ou seja, é preciso especular sobre o propósito da outra pessoa

em causar o conflito para poder responder àquele comportamento. Conclui

também que a resposta dependerá da cooperatividade ou da agressividade da

pessoa.

Thomas (apud ROBBINS; DECENZO, 2004), conseguiu identificar

quatro técnicas distintas para lidar com conflitos e mais uma combinação

intermediária, são elas: a competição (assertiva, porém não-cooperativa), a

colaboração (agressiva e cooperativa), a evitação (não-agressiva e não-

cooperativa), a acomodação (não-agressiva, mas cooperativa) e a

compromissiva (intermediária entre agressividade e a cooperatividade).

Os gerentes podem recorrer a qualquer uma dessas técnicas de solução

de conflitos para reduzir o conflito excessivo. Cabe aos gestores tomar a

iniciativa para organizar as suas equipes bem como utilizar mecanismos de

influência aos colaboradores com o intuito de converter os conflitos prejudiciais

em conflitos construtivos ou até mesmo inibir a equipe de conviver em conflitos,

utilizando assim os diferentes pontos de vista dos funcionários em favor dos

objetivos da organização.

51

O quadro abaixo demonstra algumas destas técnicas:

Quadro 3: Técnicas de solução de conflitos Estratégia Mais bem usada quando

Evitação

O conflito é trivial, as emoções estão muito

exacerbadas e é preciso tempo para acalmá-las; ou

quando a destruição em potencial proveniente de

alguma ação agressiva supera os benefícios da

solução.

Acomodação

A questão em disputa não é tão importante para você;

ou quando você deseja acumular créditos para

questões posteriores.

Forçamento

Você necessita de uma rápida solução para questões

importantes que exigem a tomada de medidas

impopulares; e quando o compromisso de outros à sua

solução não é um ponto crítico.

Compromissiva

As partes em conflito são aproximadamente iguais em

poder; quando é desejável chegar a uma solução

temporária para uma questão complexa; ou quando as

pressões de tempo exigem uma solução expediente.

Colaboração

As pressões de tempo são mínimas; quando todas as

partes realmente desejam uma solução ganha-ganha; e

quando a questão é excessivamente importante para

ser comprometida.

Fonte: Robbins; Decenzo, 2004.p.273.

Segundo Robbins e Decenzo (2004), conflitos não surgem simplesmente

do nada, eles têm causas. Essas causas podem ser separadas em três

categorias: diferenças de comunicação, diferenças estruturais e diferenças

pessoais.

Finalmente, pode-se nomear um advogado do diabo, uma pessoa que

apresenta propositalmente argumentos que irão contra o que foi proposto pela

maioria das pessoas ou contra as práticas atuais. Ele tem o papel de crítico,

até o ponto de argumentar contra posições com as quais na verdade até ele

mesmo concorda. Quando se presta bem atenção, o advogado do diabo pode

melhorar a qualidade da tomada de decisão em grupo. Porém, outras pessoas

52

os veem como desperdiçadores de tempo, e sua indicação quase certamente

atrasará qualquer processo decisório. (ROBBINS; DECENZO, 2004).

2 AS GERAÇÕES BABY BOOMERS, X, Y

2.1 Surgimento das gerações

Um questionamento muito comum é como que surgiram tantas

gerações, e como são definidas as gerações a partir de que aspectos e

características que se define quem é de qual geração. Mesmo estando ligado

diretamente à idade de cada indivíduo, não é a maneira mais simples de se

identificar a qual geração ele pertence, pois para que essa classificação seja

feita, leva-se em consideração inúmeros outros fatores como, cultura, família,

educação, poder econômico e a localização. (OLIVEIRA, 2012).

A maneira mais adequada de se identificar a geração, leva em

consideração os acontecimentos sócios e culturais que afetaram e definiram o

futuro dos mais jovens, além de aspectos comportamentais, facilitando a

identificação.

Essa maneira de classificação tem como objetivo apontar as diferenças

que são apresentadas na maneira como cada geração se comportava, e os

grandes movimentos históricos que ajudaram a interferir nas mudanças que

ocorreram e ocorrem na sociedade.

Quadro 4: Classificação geracional

Nome Períodos

Nascidos nas décadas

Centro da geração

Características Principal

ansiedade

Belle Époque 1920/1930 75 anos Idealistas

Sonhadores Disciplina

Baby Boomers

1940/1950 60 anos Estruturadores Construtores

Revolução

Geração X 1960/1970 45 anos Céticos

Tolerantes Facilidades

Geração Y 1980/1990 22 anos Desestruturados Contestadores

Inovações

Geração Z 2000/2010 10 anos Conectados e relacionados

Equilíbrio?

Fonte: Oliveira, 2012 p. 26

53

Essas informações vêm como auxílio para explicar e tentar entender

como cada geração funciona bem como dar um parâmetro de tempo, para que

se possa ter a ideia de quando se começa e quais eram os ideais de cada uma

delas.

Geração entende-se por um grupo de pessoas que nasceram no mesmo

ano ou em uma mesma época e que vivenciaram as mesmas histórias ou

semelhantes que marcaram suas personalidades. (OLIVEIRA, 2012).

As gerações possuem características distintas, opiniões diversificadas,

comportamentos extremamente desiguais, pois cada uma delas nasceu em

épocas com situações diferentes, cresceram e se desenvolveram em

ambientes onde as mudanças estavam sempre presentes. Portanto, cada

geração possui suas prioridades, habilidades, seu potencial e diferencial que

agregam valores as organizações.

Segundo Erickson (2011, p.3), “O comportamento de um indivíduo diz

respeito ao aprendizado que é repassado a partir da adolescência, onde

surgem os valores e as conclusões”.

2.2 Tipos de gerações

2.2.1 Geração baby boomers

Erickson (2011), classifica os baby boomers os nascidos no período de

1946 a 1964, geração voltada à extrema competição que empenha-se no

trabalho com objetivo de conquistar um cargo hierárquico na empresa.

Após dois grandes conflitos mundiais, o mundo tornou-se algo que

ninguém espera um lugar estranho. É a partir desse cenário que os jovens da

época viram-se responsáveis por reconstruir o mundo.

Com a cultura militar ainda forte na mente da população, a maneira

escolhida para se estruturar a nova família, seria, com disciplina e ordem,

valores mais evidenciados, que se criou uma famosa frase, primeiro o dever e

depois o lazer.

Os jovens que seriam os construtores dessa nova fase são derivados na

geração Belle Époque, que contribuíram com o aumento da natalidade. Esse

fato foi de repercussão nos Estados Unidos, o país que saiu vencedor da

54

guerra, contribuiu com uma grande parcela da nova geração que estaria por vir,

os baby boomers.

Mesmo com a ideia dos militares da família ideal ser composta pelo pai

que tinha que prover a casa, e a mãe que era responsável pelo cuidado da

casa e dos filhos, essa rigorosa ideia, não durou muito tempo. No final dos

anos 1950, já se notava certa aversão desses ideais.

Conforme Oliveira (2012), a família considerada como ideal não durou

muito tempo. Os anos dourados ficaram para trás quando as primeiras crianças

nascidas nas décadas de 1940 e 1950 chegaram à sua própria juventude.

A presença dessa nova geração com seus jovens começou a se tornar

notável, pois estes começaram a contestar a maneira que se vivia, desde o

modelo de família imposto, até em relação à maneira de ensino das

instituições. Não mostraram medo, foram para rua contestar e impor suas

fortes opiniões, desencadeando importantes revoluções políticas. (OLIVEIRA,

2012).

Foi a partir dessa atitude e do resultado que trouxe que, se colocou em

discussão: a diversidade social, a raça, a preferência sexual, no papel da

mulher e o próprio modelo familiar.

Com o espírito mais desafiador e contestado, os jovens da geração baby

boomers. Criou suas famílias de maneira diferente de seus pais, a família já

não seguia aquela ideia de hierarquia como imposta antes. O pai não era o

único que supria às necessidades financeiras da casa, a mãe passou a ter

parte importante nisso. Mesmo com as dificuldades que se apresentavam para

ela no ambiente de trabalho, tendo opções limitadas, seus filhos também

tinham um certo espaço, e liberdade para pequenas reivindicações infantis.

Os baby boomers buscam valorização e reconhecimento individual. Sua

motivação esta diretamente ligada ao dinheiro e estão dispostos a assumir

cargos de responsabilidade desde que sejam altamente recompensados. Este

traço competitivo, individual, e empenhado revela a busca incansável pelo

sucesso profissional.

Para Malafaia (2011), os baby boomers valorizam a carreira, são fiéis a

organização e possuem valores dominantes tais como: realização, ambição e

status. Esta geração passou por fases difíceis na adolescência momentos

marcados pelos movimentos civis, pela Guerra no Vietnã e a Ditadura Militar.

55

Ressalta-se também que a geração baby boomers apresentava difícil

relacionamento com os pais na adolescência, porém quando se tornaram pais

se empenharam para uma boa formação de seus filhos a futura geração X.

(ERICKSON, 2011).

2.2.2 Geração X

Segundo Erickson (2011), a geração X compreende os nascidos entre

1965 a 1979, que passou por diversas situações no momento da adolescência,

fatores tais como: economia estagnada aumentando de maneira significativa, o

desemprego dos adultos, eventos políticos como a primeira Guerra do Golfo e

o Impeachment na presidência. Na ciência, houve a adulteração do

medicamento Tylenol em 1982 que resultou em mortes e também

presenciaram a clonagem de uma ovelha no ano de 1997. No ambiente

familiar, crescimento dos divórcios onde as mães tiveram que ingressar no

mercado de trabalho, em consequência, a geração X teve que assumir

responsabilidade mais cedo que o esperado, tais como cuidar dos irmãos ou

ficar sozinhos em casa.

A maioria passa os primeiros anos da vida adulta e estabelece

autonomia pessoal. É quase certo que este foi o foco nos seus últimos 10 ou

20 anos de vida, ou quem sabe ainda na sua adolescência, em razão da

precocidade com que muitos de vocês assumiram responsabilidades.

(ERICKSON, 2011).

No momento em que os X ingressaram no mercado de trabalho tiveram

que competir com a experiência dos babys bommers, concorrer por vagas onde

a maioria já estavam ocupadas.

A geração X luta para conquistar seu espaço no ambiente de trabalho e

nos dias de hoje, existe a concorrência com a geração Y que estão surgindo

atraindo olhares e aumentando as expectativas das empresas.

Atualmente, muitos da geração X buscam conciliar trabalho com família, ou

seja, qualidade de vida no ambiente empresarial e familiar, necessidade de

passar um tempo no convívio da família, empenham-se em ser bons pais em

busca da satisfação pessoal e profissional.

56

Após um longo período na carreira, os funcionários da geração X

tendem a se sentir desmotivados, cansados e insatisfeitos. É preciso definir

quais as prioridades e buscar o encaixe juntamente com a empresa.

Para Erickson (2011), não são suficientes apenas os braços e as pernas;

os corações e as mentes são essenciais.

2.2.3 Geração Y

Segundo Erickson (2011), a geração Y compreende os que nasceram

entre 1980 a 1995, e sempre esteve ligada à tecnologia. Desde muito cedo

aprenderam a explorar esta vantagem competitiva, possuem autoconfiança,

autossuficiência e cada vez mais buscam aprimorar suas habilidades. Possuem

grande facilidade de relacionamento e comunicação tanto na família como na

empresa, os pais são dedicados e presentes. Uma geração que busca

compartilhar seus conhecimentos, reconhecimento e respeito mútuo em

relação às outras gerações.

O fator que é considerado um dos pontos mais altos quando se trata da

geração Y é a internet, levando a comunicação e o alcance de informações a

outro nível, quebrando barreiras e facilitando a globalização. Acontecimentos

sociais e manifestações que antes se mantinham restritas passaram a escala

de acesso mundial, ajudando a moldar e tornando-se uma grande referência

até a vida adulta. (OLIVEIRA, 2012).

A internet surgiu como uma endemia: “O crescimento contínuo da

internet nos últimos 15 anos permitiu o acesso de bilhões de pessoas a um

conteúdo dinâmico, mutante e absolutamente diversificado.” (OLIVEIRA, 2012

p. 10).

Contudo, a internet veio para modificar a maneira de como se viver, ela

pode ser considerada uma das principais razões de inúmeras manifestações,

tantos sócios quanto comportamentais. Esse fenômeno vem de frente e

ultrapassa barreiras impostas principalmente no fator socioeconômico.

O resultado dessa evolução tecnológica é a ideia de que todos são

iguais e estabelecer a internet como um marco definitivo nas transições de

comportamentos e cultura de diferentes países.

57

Os jovens da Geração Y já perceberam isso e são os mais engajados

nessa transformação cultural. Por isso, tem dificuldades em classifica-los pelos

padrões tradicionais e com facilidade os caracterizamos como mutantes,

ansiosos e inconstantes. (OLIVEIRA, 2012).

Na geração Y existe uma mistura de expectativa e otimismo que faz com

que os jovens considerem o futuro como os melhores tempos que virão.

A geração Y é a primeira a se favorecer do futuro, porque seus

integrantes possuem várias comodidades que não existiam no passado.

Podem também dispor de todos os avanços tecnológicos e das possibilidades

de comunicação imediata e sem custo com qualquer pessoa para ser um

profissional competitivo.

Esse cenário é efeito de muitos esforços conjuntos e de escolhas, certas

e erradas, dos últimos anos. Obviamente, este cenário traz grandes desafios

para a geração Y, pois ela deve usar toda a capacidade que possui para

propiciar as gerações futuras os avanços ainda não alcançados, trazendo uma

melhor gestão para o meio ambiente e melhor qualidade de vida para a

sociedade.

A geração Y está em seu melhor momento, porém deve ter calma, em

especial com os veteranos que ocupam o lugar que ela almeja.

Quando essa geração que é formada por jovens nascidos entre 1983 e

1994 dominar as posições em escritórios de organizações de todos os portes, é

natural que as empresas mudem sua maneira de pensar e principalmente seus

mecanismos de relacionamento.

Os jovens da geração Y também são conhecidos por fazer muitas

tarefas ao mesmo tempo, como enviar mensagens, conversar no telefone,

acessar sites de relacionamentos e até ouvir músicas.

Esta característica de multitarefa é obtida por meio da tecnologia. Fator

muito valioso em uma equipe de trabalho, pois estes profissionais estão

sempre a procurar informações atualizadas e buscam uma resolução simples e

rápida para os problemas. Além disso, eles são muito habilidosos com

tecnologias em geral como o uso de computadores e dispositivos portáteis para

todos os tipos de tarefas. Em suma, os integrantes dessa geração não

possuem dificuldades diante das tecnologias como as gerações anteriores.

(OLIVEIRA, 2012).

58

É possível definir como características dessa geração: inteligência, ajuda

ao meio ambiente, sustentabilidade, busca por ter menos filhos e um

engajamento para planejar um futuro melhor para as próximas gerações.

(OLIVEIRA, 2012).

2.2.3.1 A Geração Y e o mercado de trabalho

Um aspecto interessante da geração Y é a forma de interação desses

jovens na área profissional. Anteriormente, a comunicação era formal e de

menor interação entre os colaboradores, especialmente ao se tratar de cargos

superiores e inferiores. Hoje, não existe toda essa formalidade, há uma maior

interação e troca de conhecimentos, sejam pessoas com maior estudo ou não.

Essa forma de interação rompe barreiras e acaba formando laços de

amizade, sem esquecer o profissionalismo.

A geração Y é formada por pessoas mais maduras, com uma grande

inteligência emocional, que não misturam as situações. São considerados

ótimos colaboradores, que não geram problemas desnecessários de

relacionamento interpessoal.

As pessoas da geração Y são ideais para fazer parte de uma equipe,

pois asseguram um ambiente de trabalho calmo e verdadeiro, especialmente

porque estes jovens costumam ser fiéis no que acreditam, e se comprometem

a cumprir suas metas e atingir seus objetivos dentro da organização.

(OLIVEIRA, 2012).

O gestor que procura empregar estes tipos de colaboradores é sempre

acessível para ouvi-los e procurar se comunicar através de celular, e-mails e

redes sociais que são os meios mais eficazes de contato com essas pessoas.

Outra característica relevante da geração Y, é que vinte por cento desses

jovens já são chefes de equipe, demonstrando uma grande capacidade e

espírito de liderança.

Esta geração quer uma ascensão rápida de cargo e busca atender todas

as necessidades da organização, sem gerar rivalidade entre os colaboradores

da mesma. Em virtude dessas características relacionadas ao estilo de vida e a

pró-atividade, foram necessárias reestruturações em várias empresas a fim de

59

adaptação. O ambiente é mais limpo, com menos salas e paredes, facilitando a

interação entre todos os integrantes da equipe.

A geração Y é formada por pessoas que vão obter mais lucros para as

organizações através de sua mentalidade mais avançada. São profissionais

que se adaptam melhor em todas as áreas e propiciam aos gestores de

empresas e líderes melhores resultados e certeza de bons negócios.

Quadro 5: Geração Y no mercado

Principais mudanças que a geração Y trouxe para o mercado de trabalho

Antes da geração Y Depois da geração Y

Vida profissional é diferente de vida

pessoal

Vida Profissional e vida pessoal estão

integradas

Tempo de serviço= promoção Talento= promoção

Expediente das 9 ás 18h, local de

trabalho definido

Horário indefinido, local de trabalho

indefinido

Preferência por contado pessoal Preferência por contato visual

Veste sempre camisa Veste a camisa quando necessário se

suas necessidades forem atendidas

Veste-se pensando no sucesso Veste-se pensando na expressão de

sua individualidade

Comunicação hierárquica, chefe

merece respeito

Comunicação lateral, chefe tem de

demonstrar coerência naquilo que fala

para conquistar o respeito

Ações sociais são importantes Ações sociais são fundamentais

Fonte: Lipiking ; Perrymore, 2010, p. 33.

Robbins e Decenzo (2004) fazem uma comparação entre as teorias X e

Y com a teoria das necessidades de Maslow. A geração X está mais ligada às

necessidades fisiológicas e de segurança (alimento, abrigo, satisfação sexual,

segurança e proteção contra danos físicos e emocionais). Já a geração Y, é

comparada à necessidade social, estima e autorrealização (participação,

aceitação, reconhecimento e alcance de seu potencial).

60

Segundo Robbins e Decenzo (2004), estas são algumas premissas da

Teoria X e da Teoria Y:

Quadro 6: Premissas da Teoria X e Y Fonte: Robbins; Decenzo, 2004.p.205.

2.2.4 Integração entre as gerações

Existem ações que as empresas podem tomar para fazer uma boa

integração entre as gerações, dentre elas três conceitos devem ser

observados: desenvolver, potencializar e conectar. (OLIVEIRA, 2012).

Para desenvolver, é necessário detectar as deficiências de

conhecimento que o jovem profissional traz ao vir da universidade, bem como

identificar quais as competências que estão faltando para gerenciar suas

Teoria X: Um gerente que vê os funcionários pela ótica da teoria X.

Os funcionários naturalmente não gostam de trabalhar e, sempre que possível, tentarão evitar o trabalho.

Como os funcionários não gostam de trabalhar, eles precisam ser coagidos, controlados ou ameaçados com punição para alcançar os objetivos desejados.

Os funcionários se esquivarão das responsabilidades e procurarão orientação formal sempre que possível.

A maioria dos trabalhadores coloca a segurança acima de todos os outros fatores associados com trabalho e mostrará pouca ambição.

Teoria Y: Um gerente que vê os funcionários pela ótica da teoria Y.

Os funcionários podem ver o trabalho como algo natural como descanso ou lazer.

Homens e mulheres exercerão a auto orientação e o autocontrole se estiverem comprometidos com os objetivos.

A pessoa comum pode aprender a aceitar, e até mesmo buscar, responsabilidades.

A habilidade de tomar boas decisões está amplamente dispersa por toda a população e não é necessariamente condição exclusiva dos gerentes.

61

expectativas. Diante disso, é possível criar mecanismos para incentivar os

recém-chegados, através do e-learning e da própria prática diária.

Quando é detectada a lacuna de conhecimento dessa nova geração, é

preciso potencializar esse conhecimento. Para isso, o integrante da geração Y

deve ser ajudado a descobrir de que maneira pode auxiliar a empresa dentro

de sua estrutura. É necessário que haja espaço na cultura da organização.

O terceiro conceito a ser valorizado com esse novo colaborador é a

conexão, que se resume basicamente em criar condições para que o jovem Y

comunique-se com os líderes, e companheiros de trabalho para trocar ideias e

experiências.

62

CAPÍTULO III

A PESQUISA

1 INTRODUÇÃO

No ambiente de trabalho é comum encontrar diferentes gerações

exercendo as mais diversas ocupações dentro das organizações. As gerações

apresentam-se através de diferentes características, não apenas por conta de

suas idades, mas também pelas suas formações históricas e genealógicas,

sendo que, a identificação de cada uma delas se dá em face de suas

personalidades distintas.

Surgindo no final da segunda guerra mundial, os babys Boomers,

pessoas com mais experiência, caracterizam-se por gostarem de um emprego

fixo e estabilidade financeira; já a geração X, que veio no início do

desenvolvimento tecnológico, é famosa por não se precipitar em decisões,

procurando manter seu cargo. Finalmente, a inovadora geração Y, que mostrou

os maiores avanços tecnológicos, com sua principal característica voltada a

fazer muitas coisas ao mesmo tempo e sempre buscando novas experiências.

Com o objetivo de verificar os desafios dos líderes na condução das

gerações baby boomers, X e Y no ambiente de trabalho, foi realizada uma

pesquisa de campo com abordagem qualitativa e quantitativa no Centro

Administrativo da Prefeitura Municipal de Lins, registrada no CNPJ

44.531.788/0001-38 desde 20/12/1974, com sede localizada na Avenida

Nicolau Zarvos, 754, vila Clélia, na cidade de Lins-SP, município emancipado

em 1920.

A Prefeitura Municipal de Lins, poder executivo responsável por conduzir

o município na empreita de cumprir as leis, tem em seu quadro de funcionários

1.577 colaboradores, sendo: 252 lotados no Centro Administrativo e os demais

nas diversas repartições espalhadas pela cidade. A estrutura é organizada pela

integração entre 11 secretarias que emanam as diretrizes do governo, gerando

as condições para que os serviços sejam executados em harmonia e alcancem

todas as camadas da população.

63

Para a realização da pesquisa utilizou-se dos seguintes métodos:

a) Método de estudo de caso

b) Método de observação sistemática

c) Método histórico

d) Método estatístico

Por tratar-se de levantamento de comportamento humano e

organizacional de três gerações, utilizou-se um método quantitativo, utilizando

questionários-pesquisa com profissionais do Centro Administrativo da

Prefeitura Municipal de Lins das gerações baby boomers, X e Y, para verificar

como procedem em situações de conflitos.

Foram recebidas 164 respostas de um universo de 250 funcionários,

sendo 200 liderados, aqui tratados como colaboradores, e 50 líderes. O

questionário foi elaborado com perguntas fechadas, mesclando-se com poucas

perguntas abertas. Segue relato e análise da pesquisa.

2 CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA DOS COLABORADORES

Tabela 1: Gênero dos colaboradores

Especificação F Fr%

Masculino 67 58,26%

Feminino 48 41,74%

Total 115 100%

Fonte: Dados coletados pelos autores, 2015

Tabela 2: Estado Civil dos colaboradores

Especificação F Fr%

Solteiro 29 25,22%

Casado 70 60,88%

Divorciado/Separado 11 9,56%

Viúvo 3 2,60%

Sem Resposta 2 1,74%

Total 115 100%

Fonte: Dados coletados pelos autores, 2015

64

Tabela 3: Escolaridade dos colaboradores

Especificação F Fr%

Ensino Fundamental incompleto 2 1,75%

Ensino Fundamental completo 5 4,35%

Ensino médio incompleto 3 2,60%

Ensino médio completo 30 26,08%

Ensino Superior incompleto 16 13,91%

Ensino Superior completo 47 40,87%

Pós-graduado 12 10,44%

Total 115 100%

Fonte: Dados coletados pelos autores, 2015

Tabela 4: Tempo de Empresa dos colaboradores

Especificação F Fr%

Até 1 ano 7 6,08%

De 1,1 a 2 anos 3 2,60%

De 2,1 a 5 anos 36 31,30%

De 5,1 a 10 anos 19 16,53%

Acima de 10 anos 50 43,49%

Total 115 100%

Fonte: Dados coletados pelos autores, 2015

Verificando os dados coletados, observa-se que 58,26% dos servidores

entrevistados pertencem ao gênero masculino e 41,74%, feminino. Casados

representam a maioria totalizando 60,88%. No tocante à escolaridade a

maioria, 40,87% possui nível superior e 26,08%, ensino médio completo.

Quanto ao tempo de empresa, 31,3% tem até 5 anos, 16,53% entre 5 e 10

anos.

Este panorama demonstra o real desejo da condição de segurança,

influência que o serviço público exerce diretamente no funcionário que assume

um cargo público e beneficia-se da estabilidade, um forte incentivo à

permanência nesta situação.

Existem dois aspectos a serem analisados: por um lado esta conjuntura

é favorável, pois a estabilidade oferece ao funcionário a garantia de emprego e

tranquilidade para se planejar em médio ou longo prazo. Com suas

65

necessidades básicas supridas é mais provável um bom desempenho

profissional.

De outro lado, a ausência de desafios tanto para progressão funcional,

como para a manutenção do cargo, criam uma sensação de conforto que pode

contribuir para a desmotivação do trabalhador e baixa qualidade na prestação

de serviços.

Tabela 5: Ano do Nascimento dos

colaboradores

Especificação F Fr%

Até 1945 - -

1946 a 1964 24 20,87%

1965 a 1977 47 40,87%

1978 a 2000 44 38,26%

A partir de 2000 - -

Total 115 100%

Fonte: Dados coletados pelos autores, 2015

O levantamento através das datas de nascimento deu-se com a

finalidade de identificar a que geração os líderes e liderados pertencem. Nota-

se que existe um equilíbrio entre liderados das gerações X (1965 a 1977) e Y

(1978 a 2000), além de uma considerável parcela de baby boomers (1946 a

1964), fato que comprova a evidente preocupação em compreender o estudo

das diferentes gerações.

Segundo Oliveira (2012, p. 25), “O grande debate não deve ser sobre a

existência ou não de uma geração, e sim sobre como alinhar as novas

expectativas profissionais”.

Os veteranos tardam cada vez mais a alcançar a aposentadoria

enquanto que os jovens, carregados de bagagem teórica e conhecimentos

tecnológicos, chegam para compartilhar seus conhecimentos em troca das

experiências dos companheiros mais vividos.

A paridade entre as gerações demonstra um cenário vistoso tendo em

conta que a existência de pessoas que possuem diferentes valores e culturas

trabalhando juntas cria condições férteis para o confronto de ideias.

66

Tabela 6: O que é Mais Importante no Trabalho

Especificação F Fr%

Desempenho profissional 45 39,14%

Estabilidade na empresa 23 20,00%

Relacionamento interpessoal 7 6,09%

Salário 11 9,56%

Qualidade de vida 17 14,78%

Sem resposta 12 10,43%

Total 115 100%

Fonte: Dados coletados pelos autores, 2015

Constatando que quase 80% do quadro de funcionários é composto

pelas gerações X e Y, nota-se uma distribuição dos aspectos de

comportamento dessas gerações evidenciados mais fortemente em três

características da tabela acima: Desempenho profissional; Estabilidade na

empresa e Qualidade de vida.

Tratando-se de empresa pública, a estabilidade é um fator muito atrativo;

já a qualidade de vida é um anseio marcante da geração Y e o desempenho

profissional, da geração X. Sidnei Oliveira já os havia caracterizado (geração X)

como viciados em trabalho. (OLIVEIRA, 2012).

Com uma boa concentração dessa geração X workaholic, percebe-se

que os funcionários do Centro Administrativo, certamente influenciados por ela

e pelo ambiente carregado de formalidade e rigor, preocupam-se em manter a

imagem de bons executores de suas tarefas.

Tabela 7: Problemas de relacionamentos

com superiores de idades diferentes

Especificação F Fr%

Sim 05 4,34%

Não 110 95,56%

Total 115 100%

Fonte: Dados coletados pelos autores, 2015

Observa-se que neste quesito problemas de relacionamento com

superiores de idades diferentes quase não há problemas. Inconteste que o bom

67

relacionamento com o líder é fundamental para o bem estar do funcionário e da

equipe, elementos essenciais para a qualidade e eficiência. A boa sincronia na

realização das tarefas contribui de forma abundante para a obtenção de bons

resultados.

Apesar de diferentes gerações comporem a estrutura do quadro, não há

apontamentos de desavenças entre chefias e subordinados, fator bastante

favorável ao andamento dos trabalhos.

O líder é peça fundamental na busca do equilíbrio entre as gerações, pois são os comunicadores e identificadores das diversas situações ocorridas no ambiente de trabalho. Assim, ele deverá ter um bom relacionamento com todas as gerações, influenciando-as e as integrando, de forma a desenvolver um serviço de alta qualidade, trazendo resultados positivos e eficientes para toda a organização. (MELLO, 2015).

Tabela 8: Você encontra conflitos com colegas (mais novos

ou mais velhos) com que frequência?

Especificação F Fr%

Nunca 36 31,30%

Raramente 50 43,48%

Às vezes 28 24,35%

Sempre 01 0,87%

Total 115 100%

Fonte: Dados coletados pelos autores, 2015

Indicando uma baixa taxa de conflitos entre colegas, percebe-se que a

convivência entre as gerações está equilibrada no ponto de vista dos

colaboradores, resultando em um melhor desenvolvimento no trabalho em

equipe.

Contudo, um quarto dos entrevistados respondeu que às vezes encontra

conflitos com colegas de outras idades. Considerando que os jovens da

geração Y estão ganhando cada vez mais espaço nas empresas, torna-se

imprescindível conferir especial atenção aos mesmos a fim de romper

paradigmas que criam entraves para o desenvolvimento das organizações.

Para Oliveira (apud LADEIRA; COSTA; COSTA, 2013) “o conflito entre

as gerações anteriores e a geração Y se dá, à medida que os mais velhos

68

tentam julgar os mais novos pela ‘ciência do retrovisor’, ou seja, utilizando

modelos de suas próprias gerações”.

Tabela 9: Diferenças percebidas entre os profissionais mais novos?

Especificação F Fr%

Convencimento 6 5,22%

Facilidade com novas tecnologias 32 27,83%

Executar várias tarefas simultaneamente 11 9,56%

Falta de comprometimento 18 15,65%

Não percebe nenhuma diferença 41 35,65%

Sem resposta 7 6,09%

Total 115 100%

Fonte: Dados coletados pelos autores, 2015

Uma parcela significativa dos colaboradores (35,65%), não percebe

diferenças nos profissionais mais novos, porém percebe-se que a geração mais

jovem tende a ter maior facilidade quando se trata de novas tecnologias

(27,83%). Outro ponto relevante evidenciado foi a falta de comprometimento

(15,65), aspecto importante a ser trabalhado na geração Y.

Os integrantes da geração Y são considerados filhos da tecnologia por

representarem a primeira geração da história “totalmente imersa na

interatividade, hiperestimulação e ambiente digital” (TAPSCOTT apud

LADEIRA; COSTA; COSTA, 2013).

Para a organização é fundamental buscar mecanismos gerencias que

proporcionem a utilização dos conhecimentos das novas gerações no sentido

de transmiti-los aos profissionais veteranos que não possuem as mesmas

habilidades com a tecnologia. Percebe-se que o elevado índice de indiferença

mostrado nas respostas deste quesito denota o desinteresse dos funcionários

mais velhos em entender e aproximar-se dos mais jovens para aprender o que

estes podem ensinar com suas aptidões.

A falta de comprometimento dos mais novos indica uma barreira a ser

transposta. Para que a troca de conhecimentos seja mais recorrente, o líder

precisa estimular e mobilizar a equipe neste sentido, fornecendo condições

concretas de obtenção e aplicação dos novos conhecimentos.

69

Tabela 10: Quais as principais diferenças percebidas entre os

profissionais (colegas de trabalho/superiores) mais velhos?

Especificação F Fr%

Retenção de conhecimento 10 8,69%

Comprometimento/dedicação 18 15,65%

Resistência à mudança 44 38,26%

Não percebe nenhuma diferença 39 33,91%

Sem resposta 4 3,49%

Total 115 100%

Fonte: Dados coletados pelos autores, 2015

Muitos entrevistados manifestaram indiferença ao responder esta

questão, mostrando inclinação de boa parcela dos colaboradores a um baixo

grau de conhecimento do assunto relacionado às gerações.

Entretanto, pôde-se visualizar que a principal diferença percebida nos

profissionais mais velhos, foi apresentar resistência às mudanças (38,26%).

O jovem da geração Y é mais impaciente, é flexível e aceita mudanças

facilmente; uma vez trabalhando em um ambiente burocrático e de natureza

conservadora, essas características se potencializam. Ao dividir tarefas e

responsabilidades com pessoas mais velhas, estes jovens, muitas vezes não

se satisfazem com os modelos tradicionais empregados pelos veteranos.

A geração X é o grupo mais conservador da força de trabalho e na vida

pessoal, essa geração não é particularmente fã de regras, mas acha que no

trabalho, elas devem ser cumpridas (RUGGIERO, 2008).

Tabela 11: Você lê jornal?

Especificação F Fr%

Sim 96 83,48%

Não 19 16,52%

Total 115 100%

Fonte: Dados coletados pelos autores, 2015

Percebe-se que grande parte dos colaboradores lê jornal, isto representa

mais de 80% dos entrevistados, identificando um clima conservador.

70

Para Serrano (2010), a internet está para geração Y como as bibliotecas

ou bancas de jornal para as gerações anteriores. A Geração Y não sente a

necessidade de se aprofundar e de decorar, uma vez que ao precisar de uma

informação, saberá onde encontrá-la.

As gerações baby boomers e X, mais habituadas à leitura de jornais,

abrangem por volta de 61% dos colaboradores. No entanto, nota-se que essa

prática estende-se também aos jovens, naturalmente por influência e também

por conta das atividades desenvolvidas que muitas vezes se associam ao

noticiário impresso, mostrando variação do cenário abordado por Serrano.

Tabela 12: Pratica atividade física?

Especificação F Fr%

Sim 63 54,78%

Não 52 45,22%

Total 115 100%

Fonte: Dados coletados pelos autores, 2015

Com a pesquisa verificou-se que 54,78% dos entrevistados praticam

atividades físicas, característica marcante da geração Y que prima pela

qualidade de vida.

Os membros da Geração Y, geralmente, praticam esportes, aulas de

músicas, participam de redes sociais online e respondem e-mails e mensagens

instantaneamente. (OLIVEIRA; PICCININI; BITENCOURT apud JACQUES, et

al, 2014).

Tabela 13: Tem perfil em rede social?

Especificação F Fr%

Sim 92 80%

Não 23 20%

Total 115 100%

Fonte: Dados coletados pelos autores, 2015

No tocante a ter um perfil em rede social, 80% dos entrevistados

responderam que possuem, característica também marcante da geração Y a

71

qual é a apaixonada por tecnologia.

Tabela 14: Checa e-mail pelo celular?

Especificação F Fr%

Sim 54 46,96%

Não 61 53,04%

Total 115 100%

Fonte: Dados coletados pelos autores, 2015

Quanto ao checar e-mail pelo celular, 46,96% responderam que sim e

53,04% que não. Outra característica ligada à geração Y que vive a tecnologia.

Tabela 15: É fumante?

Especificação F Fr%

Sim 13 11,30%

Não 102 88,70%

Total 115 100%

Fonte: Dados coletados pelos autores, 2015

Ao serem questionados se são ou não fumantes, 88,70% disseram que

não. Característica marcante da geração Y que zela pela saúde.

Tabela 16: Prima pela qualidade de vida?

Especificação F Fr%

Sim 115 100%

Não - -

Total 115 100%

Fonte: Dados coletados pelos autores, 2015

Em unanimidade os funcionários disseram que primam pela qualidade

de vida. A Geração Y é formada por jovens da década de 80 e 90, são pessoas

que valorizam a qualidade de vida e não o trabalho e buscam resultados, são

impacientes, ansiosos, extremamente informados, querem reconhecimento,

curtir a vida, não gostam de burocracia, são ágeis e habilidosos com

eletrônicos e informática, são pró-ativos. (SANTOS apud BASTOS, 2012).

72

Tabela 17: Você recebe todas as informações que precisa para fazer

bem o seu trabalho?

Especificação F Fr%

Sim 77 66,95%

Não 34 29,57%

Sem resposta 04 3,48%

Total 115 100%

Fonte: Dados coletados pelos autores, 2015

Pôde ser visualizado que a maioria dos colaboradores recebe as

informações que precisa para fazer seu trabalho, mas uma fração relevante

alega não contar com essa garantia.

A concessão de informações é uma das maneiras de demonstrar

reconhecimento ao funcionário, atribuindo ao mesmo sentimento de

importância, responsabilidade e status.

Siqueira (apud MAMONA, 2010), alerta que o reconhecimento dos

profissionais é uma das formas mais eficazes das gerações conviverem com

maior sinergia, seja ela X, Y ou baby boomers.

Tabela 18: Fator essencial para permanência na empresa.

Especificação F Fr%

Remuneração Mais relevante 15 9,75%

Menos relevante 5 3,25%

Desenvolvimento profissional Mais relevante 15 9,75%

Menos relevante 7 4,55%

Possibilidade de Ascensão Mais relevante 3 1,94%

Menos relevante 49 31,81%

Ambiente de trabalho Mais relevante 5 3,24%

Menos relevante 10 6,49%

Estabilidade Mais relevante 39 25,32%

Menos relevante 6 3,90%

Total 154 100%

* F diferente do total pesquisado em razão de respostas múltiplas

Fonte: Dados coletados pelos autores, 2015

73

No tocante ao fator essencial para a permanência na empresa, a

concentração de respostas evidenciou que, basicamente, a permanência na

empresa se dá em função da estabilidade (25,32%). O fator menos relevante

para este aspecto foi a possibilidade de ascensão (31,81%), mostrando o

impacto do sistema de admissão através de concursos públicos.

Este resultado ilustra bem como o setor público pode ser um alvo para

os jovens que almejam uma alavancagem na carreira e passam a utilizar as

condições de estabilidade como apoio para saltarem em direção a novos

desafios. A estadia da geração Y é passageira, uma vez que estes

profissionais não se prendem a paradigmas e não se contentam com a

calmaria.

Estes jovens, segundo Gonçalves (apud SANTOS, et al, 2011),

“precisam de razões e estímulos para se manter no emprego.”

3 CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA DOS LÍDERES

Tabela19: Qual das gerações você pertence?

Especificação F Fr%

Tradicionalistas (nascidos até 1945) 1 2,04%

Baby-Boomers (entre 1946 e 1964) 11 22,44%

X (entre 1965 e 1977) 18 36,73%

Y (entre 1978 e 2000) 16 32,65%

Z (a partir de 2000) - -

Sem resposta 3 6,12%

Total 49 100%

Fonte: Dados coletados pelos autores, 2015

Tabela 20: Gênero dos líderes

Especificação F Fr%

Masculino 25 51,02%

Feminino 24 48,98%

Total 49 100%

Fonte: Dados coletados pelos autores, 2015

74

Tabela 21: Estado Civil dos líderes

Especificação F Fr%

Solteiro 14 28,57%

Casado 29 59,18%

Divorciado / Separado 5 10,20%

Viúvo 1 2,04%

Total 49 100%

Fonte: Dados coletados pelos autores, 2015

Tabela 22: Escolaridade dos líderes

Especificação F Fr%

Ensino Fundamental Completo - -

Ensino Fundamental Incompleto - -

Ensino médico completo 6 12,24%

Ensino médio incompleto 1 2,04%

Ensino Superior Completo 17 34,69%

Ensino Superior incompleto 6 12,24%

Pós-graduado 19 38,77%

Total 49 100%

Fonte: Dados coletados pelos autores, 2015

Tabela 23: Tempo de empresa dos líderes

Especificação F Fr%

Até 1 ano 1 2,04%

De 1,1 a 2 anos - -

De 2,1 a 5 anos 12 24,49%

De 5,1 a 10 anos 11 22,45%

Acima de 10 anos 25 51,02%

Total 49 100%

Fonte: Dados coletados pelos autores, 2015

No tocante à que gerações pertencem os líderes, 36,73% são da

geração X, 32,65% da geração Y e 22,44% são baby boomers. Observa-se um

equilíbrio dos líderes nos gêneros masculino (51,02%) e feminino (48,98%),

bem como no estado civil: 59,18% são casados e 57,14%, solteiros. Verificou-

75

se também que 34,69% possui ensino superior completo e 38,77% são pós

graduados e a maioria (51,02%), está na empresa há mais de 10 anos.

Tabela 24: Você já ouviu falar das gerações baby boomers, x e y?

Especificação F Fr%

Sim 25 51,02%

Não 24 48,98%

Total 49 100%

Fonte: Dados coletados pelos autores, 2015

Percebe-se que existe um equilíbrio de respostas dos líderes

entrevistados em relação ao assunto abordado. No entanto, este equilíbrio não

é saudável para a empresa, pois a identificação da geração é o primeiro passo

para a compreensão de suas habilidades, virtudes e deficiências. Sem o

conhecimento destes aspectos é mais difícil utilizar as diferenças em prol dos

objetivos da organização.

Conforme Shinyashiki (2009) “é importante que os gestores estejam

preparados para uma realidade, que envolve a integração entre experiência e

inovação, isto é, a união de diferentes gerações no ambiente de trabalho”.

Tabela 25: você consegue identificar as diferentes gerações?

Especificação F Fr%

Nunca 1 2,04%

Às vezes 13 26,53%

Quase sempre 9 18,36%

Sempre 1 2,04%

Sem resposta 25 51,02%

Total 49 100%

Fonte: Dados coletados pelos autores, 2015

De acordo com a tabela acima a maioria dos líderes, 51,02% não soube

responder se identifica ou não as diferentes gerações e 26,53% disseram que

conseguem fazer isso às vezes, o que denota a falta de conhecimento para

identificar as gerações baby boomers, X e Y.

76

Não é muito simples identificar uma geração apenas pelo seu período de nascimento, já que existem outros fatores que interferem na formação de um ser humano, tais como cultura, família, educação, padrão econômico e localização. (OLIVEIRA 2012, p. 25).

Mesmo que a identificação das gerações implique em uma análise

relativamente complexa, é muito importante que os gestores coloquem em

prática esta empreitada. O resultado apresentado na tabela acima indica um

baixo índice de familiaridade com o assunto, o que remete à necessidade de

maior dedicação dos líderes em assimilar esta matéria.

Tabela 26: Você possui dificuldade com equipamentos eletrônicos?

Especificação F Fr%

Sim 15 30,61%

Não 34 69,38%

Total 49 100%

Fonte: Dados coletados pelos autores, 2015

O interessante da geração Y é a habilidade com a tecnologia. Muitos da

geração X também lidam com a tecnologia com perfeição, e vários boomers

estão aprendendo a usá-la com desenvoltura. (ERICKSON apud ALONSO,

2009, p.90).

Quase um terço dos líderes (30,61%), assumiu que tem dificuldade em

lidar com equipamentos eletrônicos. A tendência é que este número caia para

próximo a zero nos próximos anos. O mundo empresarial é cada vez mais

dependente dos meios eletrônicos e até as informações mais simples passam

a compor sistemas para facilitar as análises de dados e as tomadas de

decisão. Com a renovação das lideranças, os jovens de hoje passarão ao

comando das equipes e consigo trarão esta importante bagagem tecnológica,

ratificando assim o advento generalizado da tecnologia pelas empresas.

Mas o resultado observado é muito pertinente correlacionando-o com a

temática das gerações. Com uma significativa lacuna a ser desenvolvida, a

Prefeitura carece de evolução, coisa que se pode obter a partir da troca de

conhecimentos entre os jovens e os mais experientes, enriquecendo assim os

profissionais de diferentes idades e agregando valor à organização.

77

Tabela 27: O que é necessário mudar para reduzir conflitos de gerações

e aumentar o desempenho empresarial

Especificação F Fr%

Quebra de paradigma 9 18,36%

Regras mais rígidas 2 4,08%

Líderes mais autoritários - -

Maior liberdade - -

Líderes mais flexíveis 6 12,24%

Bom ambiente de trabalho 19 38,77%

Sem resposta 13 26,53%

Total 49 100%

Fonte: Dados coletados pelos autores, 2015

Destaca se uma relevância de trabalhar com respeito e harmonia, com

uma taxa de 38,77% para um bom ambiente de trabalho e também a

necessidade da quebra de paradigma essencial para realizar um trabalho com

uma visão holística e aprender com o novo.

Qualquer empresa é capaz de perceber que estas diferentes gerações

ajudam a compor o quadro ideal para competirem num mercado cada vez mais

mutante. O maior desafio dos seus líderes é justamente criarem o ambiente

que possibilite às pessoas o espírito de tolerância para conviverem com

aqueles que se guiam por outros paradigmas e, por isso, podem completá-los.

(MOREIRA, 2012).

Tabela 28: Na sua opinião, o Recursos Humanos da empresa,

conhece sobre as gerações?

Especificação F Fr%

Sim 14 28,58%

Não 32 65,30%

Sem resposta 3 6,12%

Total 49 100%

Fonte: Dados coletados pelos autores, 2015

Apresentando resultado com elevado índice de opiniões negativas, os

líderes, em sua maioria, não acreditam que os Recursos Humanos possam

78

conhecer sobre as gerações e suas peculiaridades.

Este é um cenário significativo haja vista que o departamento que lida

diretamente com o capital humano, precisa ser ativo na relação direta, não

apenas com os colaboradores, mas também com os líderes, buscando

envolvê-los nos assuntos modernos de gestão de pessoas.

É necessário que o departamento de Recursos Humanos seja bem

estruturado, a fim de proporcionar bom desenvolvimento dos funcionários e da

capacidade de trabalho em equipe. (MELLO, 2015)

Tabela 29: Você considera-se um líder:

Especificação F Fr%

Autoritário - -

Democrático 46 93,88%

Liberal 2 4,08%

Sem resposta 1 2,04%

Total 49 100%

Fonte: Dados coletados pelos autores, 2015

Apontando um resultado muito positivo, com quase todos os líderes se

considerando democráticos, representa um interesse maior por parte do líder

em ser flexível e participativo.

O dicionário Roget’s Theasaurus possui os seguintes sinônimos para liderança: administração, autoridade, comando, controle, direção, domínio, previsão, orientação, hegemonia, influência, iniciativa, gerenciamento, poder, preeminência, primazia, habilidade, superintendência, superioridade, supremacia. A expectativa é que um líder esteja logo a frente, para indicar o norte e fornecer todas as respostas. (ERICKSON, 2011, p. 161).

Tabela 30: Você prefere trabalhar com profissionais com:

Especificação F Fr%

Até 35 anos 17 34,69%

Acima de 35 anos 14 28,57%

Sem resposta 18 36,74%

Total 49 100%

Fonte: Dados coletados pelos autores, 2015

79

Grande parte dos líderes mostrou-se indiferente com relação à

preferência de uma ou outra geração. Contudo, apesar de certo equilíbrio nas

demais respostas, nota-se sensível inclinação para a preferência em trabalhar

com profissionais mais novos. A tendência do meio corporativo verte para as

questões de tecnologia e inovações, habilidades predominantes nos jovens. O

dinamismo do mercado exige maior flexibilidade no trabalho, possibilitando a

execução das tarefas de diversos meios, com foco em resultados e

substituindo o conceito tradicional de trabalho vinculado apenas ao espaço

físico.

Os membros das gerações mais velhas falam em “ir ao

trabalho”, enquanto os mais jovens tendem a pensar em “fazer

um trabalho”. Para os primeiros, o significado é de um lugar

aonde se vai; os mais jovens o consideram uma atividade que

fazem em qualquer lugar e momento. (ERICKSON apud

ALONSO, 2009, p. 90)

Tabela 31: A diferença de idade entre os funcionários influencia a

dinâmica do trabalho em equipe?

Especificação F Fr%

Sim 32 65,30%

Não 14 28,57%

Sem resposta 3 6,13%

Total 49 100%

Fonte: Dados coletados pelos autores, 2015

Grande maioria dos líderes entende que há correlação entre as idades

dos profissionais e o dinamismo do trabalho em equipe. O trabalho em equipe

é uma realidade inevitável dentro das organizações e exige maior atenção

quando se trata em gerações. Com a característica exigente dos baby boomers

e a ambição dos Y nota-se traços fortes em suas personalidades, colocando-os

em evidência para com os funcionários da geração X.

“Ao analisar as características das diferentes gerações no trabalho, em

geral, ressaltam-se a experiência e o conhecimento dos boomers e o

entusiasmo e a criatividade dos Y. Parece que os X ficam em segundo plano...”

(ERICKSON apud ALONSO, 2009, p. 90).

80

Tabela 32: Em sua opinião, o desempenho de sua equipe está de

acordo com o esperado?

Especificação F Fr%

Sim 30 61,23%

Não 18 36,73%

Sem resposta 1 2,04%

Total 49 100%

Fonte: Dados coletados pelos autores, 2015

Com a maioria das respostas positivas (61,23%), mostra uma situação

favorável, ainda assim se apresenta um nível alto de líderes que consideram

que sua equipe poderia ter um despenho mais satisfatório. A partir das

respostas coletadas verificou-se o seguinte relato:

“Está dentro do desejado. É interessante observar as trocas que

ocorrem entre as gerações durante o trabalho.”

Tabela 33: Assinale a (s) qualidade (s) que você julgar ter:

Especificação F Fr%

Comunicativo 32 10,85%

Criativo 17 5,76%

Responsável 44 14,92%

Assertivo 13 4,41%

Dedicado 37 12,54%

Flexível 41 13,89%

Experiente 20 6,77%

Inovador 15 5,08%

Proativo 24 8,14%

Respeitador 42 14,24%

Burocrático 8 2,71%

Centralizador 2 0,68%

Total 295 100%

* F diferente do total pesquisado em razão de respostas múltiplas

Fonte: Dados coletados pelos autores, 2015

81

A pesquisa abordou de forma discursiva algumas questões como

subsídios complementares para analisar a opinião dos líderes a fim de ampliar

o campo de visão do estudo e proporcionar maior compreensão do assunto

abordado. Alguns exemplos foram destacados, conforme segue:

Questão descritiva 14:

Em sua opinião, a mistura de diferentes idades no setor que você

gerencia gera mais conflitos ou ganhos? Por quê?

Resposta: “Mais ganhos, temos ótimos funcionários, não foi preciso

treinamento intensivo, mas somos exceção da regra”.

Questão descritiva 15:

Se você tivesse que escolher entre um funcionário criativo e outro

experiente, qual escolheria?

Resposta: “Eu apostaria e escolheria o criativo. A experiência se

adquire, criatividade não”.

Questão descritiva 16:

Em sua opinião, o que é importante para um líder conquistar o respeito

de seus liderados?

Resposta: “Vejo o respeito fundamental em qualquer relação em um

ambiente de trabalho e para conquistá-la é primeiramente tratar o outro com

respeito, ser consistente e presente junto à equipe, saber corrigir uma falha e

delegar funções”.

4 PARECER FINAL DO CASO

Através dos dados coletados foi possível obter um panorama dos

funcionários e seus comportamentos como líderes e liderados, em relação ao

tema relacionado às gerações no ambiente de trabalho.

A composição do quadro de funcionários caracteriza-se pelo equilíbrio

entre as gerações X e Y com uma menor parcela de baby boomers. Mais da

metade dos colaboradores têm graduação e menos de um décimo não concluiu

o ensino médio, formando uma boa configuração acadêmica. A maioria é

82

casada e quase metade está na empresa há mais de 10 anos.

Notou-se elevada preocupação com a estabilidade, poucos problemas

de relacionamento e baixa identificação de conflitos.

Algumas respostas foram tratadas com indiferença, indicando certa

apatia dos funcionários com relação ao tema das gerações.

Os mais velhos foram identificados pelo comprometimento e dedicação

ao trabalho, mas indicados como pessoas resistentes às mudanças, e os mais

jovens pela facilidade com tecnologias, mas também pela falta de

comprometimento.

A possibilidade de ascensão é pouco cobiçada e o principal fator de

permanência na empresa é a estabilidade, o que implica em um ambiente

pouco competitivo, perspectiva relativamente natural num ambiente de serviços

públicos.

Há importante reconhecimento por parte dos líderes de que a diferença

de idade dos colaboradores influencia na dinâmica do trabalho em equipe, e

baixo índice de conhecimento para identificar as gerações e suas diferentes

características.

Aproximadamente 30% dos colaboradores revelaram a falta de

informações necessárias para realizar um bom trabalho, percentual expressivo

que sinaliza deficiência de comunicação com as chefias.

Os líderes se consideram responsáveis, respeitadores e flexíveis, e,

majoritariamente, democráticos. No entanto, para pouco mais de um quarto

deles, o rendimento de sua equipe está abaixo do esperado. A maioria deles

não acredita que o departamento de Recursos Humanos possa entender sobre

as diversas gerações. Há também importante segmentação em relação à

preferência entre uma ou outra geração.

Foi possível observar que existe um bom ambiente de trabalho, com

portfolio de profissionais favorável à troca de experiências e, certamente sob a

influência das características empregatícias públicas. Todavia, existe uma

significativa divisão de ideias relacionadas às gerações, indícios de uma

comunicação com deficiências e considerável carência de aprofundamento no

tema abordado.

83

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO

Através do estudo realizado no Centro Administrativo da Prefeitura

Municipal de Lins verificou-se que há bom relacionamento entre os

colaboradores e poucos conflitos. A administração se preocupa com a busca

constante de inovações e criação de estratégias voltadas ao bem estar dos

funcionários. No entanto existem algumas falhas de comunicação e na

qualidade de distribuição de tarefas. Notou-se também certo desinteresse entre

os colaboradores e líderes para a compreensão e aplicação dos conceitos

relacionados ao tema de gerações.

Diante disso propõe-se:

a) Desenvolver treinamentos para melhor instruir os gestores no campo

de estudo sobre as gerações;

b) Elaborar uma cartilha para os colaboradores com definições claras

sobre a política da empresa, destacando a importância da troca de

conhecimentos para a organização;

c) Fortalecer a Divisão de Recursos Humanos no tocante à

administração de pessoas, para qualificar o fluxo de informações

entre gestores e colaboradores e otimizar a execução das tarefas;

d) Desenvolver plano de atribuições que definam as tarefas

correspondentes aos cargos;

e) Elaborar um fluxograma para padronizar rotinas e modelos de

documentos como, por exemplo, a comunicação interna.

84

CONCLUSÃO

Este trabalho apresentou um panorama da estrutura de comando da

Prefeitura Municipal de Lins e de seus colaboradores no tocante à convivência

de diferentes gerações no mesmo ambiente de trabalho e os desafios

enfrentados pelos líderes frente a esta realidade. Para o campo de pesquisa

adotou-se o Centro Administrativo Dr. Heitor Umberto Teixeira da Silva,

unidade responsável pela direção de toda a organização.

Foi constatado que a organização possui grande preocupação com a

transparência e a ética, preza pelo atendimento à população e zela pelo bem

estar de seus funcionários. O governo apresenta uma política de gestão

voltada para inovação, incentivos e valorização do funcionalismo público.

No decorrer do estudo o grupo foi capaz de debater ideias e confrontar

opiniões em crescente consonância, utilizando conhecimentos teóricos e

observando as práticas da empresa, proporcionando evolução gradual da

pesquisa.

A escolha do tema mostrou-se oportuna, haja vista que o encontro das

diferentes gerações no trabalho é uma realidade inevitável e muito significativa

para a qualidade na gestão de pessoas, fatos que têm trazido à tona

abundantes estudos dedicados à área. Em relação à Prefeitura Municipal de

Lins, esta pesquisa foi propícia por diversas razões, entre elas destacam-se a

admissão imposta por Concursos Públicos e a característica organizacional de

baixa mobilidade hierárquica, fatores que intensificam a necessidade de

desenvolvimento deste tema.

Foram fundamentadas as teorias sobre liderança, gerações e trabalho

em equipe. Os profissionais foram classificados pelos seus perfis de acordo

com as gerações pertencentes e pôde-se observar um equilíbrio entre as

gerações X e Y. Verificou-se os desafios, facilidades e dificuldades na

condução das equipes em relação à configuração por funcionários com

diferentes características.

O balanço extraído desta análise teve inclinação favorável para a

convivência de diferentes gerações, sendo notória a harmonia no ambiente de

trabalho e baixo o índice de conflitos entre os colaboradores. Os gestores

85

contam com capital humano qualificado e em boas condições de cooperar para

a evolução dos serviços prestados pela Prefeitura Municipal de Lins.

A apresentação do escopo desta pesquisa teve total aceitação pelos

dirigentes da Prefeitura que facilitaram o acesso a informações e documentos e

mantiveram as portas abertas para a realização de visitas e entrevistas. Com

ajuda do gerente do Centro de Memória Histórica, Carlos Eduardo Motta

Carvalho foi possível obter dados da evolução histórica do município e da

Prefeitura de Lins. Com o apoio de Valdir da Silva Bressan, Secretário dos

Negócios Administrativos, Nilton Cesar Nunes, Chefe de Gabiente e do Exmo

senhor Edgar de Souza, Prefeito de Lins, a organização demonstrou

cooperação e incentivo à realização do trabalho.

É importante destacar o suporte e orientação oferecidos constantemente

pelos professores ao grupo que se manteve compenetrado, unido e disposto

desde o início a alcançar seu objetivo.

Esta pesquisa destina-se à comunidade científica para servir como

subsídio a estudantes de Administração, profissionais ou acadêmicos que

necessitem de informações sobre o assunto abordado. A matéria permanece

aberta a novas análises merecendo constante renovação e contextualização

para manutenção do ciclo de produção de conhecimento.

86

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90

APÊNDICES

91

APÊNDICE A – ROTEIRO DE ESTUDO DE CASO

1 INTRODUÇÃO

Levantamento de dados da evolução histórica da Prefeitura Municipal de

Lins bem como do seu modo de gestão.

2 RELATO DO TRABALHO REALIZADO REFERENTE AO ASSUNTO

ESTUDADO

Coleta de informações através de entrevista para os gestores de

departamentos e colaboradores do Centro Administrativo da Prefeitura

Municipal de Lins e visita ao local da empresa.

3 DISCUSSÃO

Através da pesquisa será realizado confronto entre teoria e prática,

através de referencial teórico estudado.

4 PARECER FINAL

Parecer final sobre o caso e sugestões sobre melhoria da condução das

gerações X, Y e Z.

92

APÊNDICE B – ROTEIRO DE OBSERVAÇÃO SISTEMÁTICA

I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Empresa:

Localização:

Cidade: Estado:

Atividade:

II ASPECTO A SEREM OBSERVADOS

1 O processo de gestão dos líderes

2 O perfil dos líderes

3 O estilo de liderança

4 A identificação das gerações: Baby boomers, X, Y e bem como o seu

modo de relacionar

5 Os desafios dos líderes na condução das gerações no mesmo ambiente

de trabalho

6 A identificação de conflitos e ganhos no ambiente mesclado de

diferentes gerações

93

APÊNDICE C – ROTEIRO DO HISTÓRICO DA EMPRESA

I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Empresa:

Localização:

Cidade: Estado:

Atividade:

Data da Fundação:

II ASPECTOS HISTÓRICO DA PREFEITURA MUNICIPAL DE LINS

1 Surgimento

2 Missão, visão, valores, crenças

3 Evolução

4 Número de funcionários

5 Serviços

6 Organograma

7 Normas

94

APÊNDICE D – ROTEIRO DE ENTREVISTA PARA OS COLABORADORES

DA EMPRESA

I PERGUNTAS ESPECÍFICAS

1. Gênero

( ) masculino

( ) femenino

2. Estado civil

( ) solteiro

( ) casado

( ) divorciado / separado

( ) viúvo

3. Escolaridade

( ) fundamental completo

( ) fundamental incompleto

( ) ensino médio completo

( ) ensino médio incompleto

( ) superior completo

( ) superior incompleto

( ) pós graduado

4. Tempo de empresa

( ) até 1 ano

( ) de 1,1 a 2 anos

( ) de 2,1 a 5 anos

( ) de 5,1 a 10 anos

( ) acima de 10 anos

95

5. Qual ano do seu nascimento?

( ) até 1945;

( ) 1946 a 1964

( ) 1965 a 1977

( ) 1978 a 2000

( ) a partir de 2000

6. O que é mais importante para você no seu trabalho?

( ) Desempenho profissional

( ) Estabilidade na empresa

( ) Relacionamento interpessoal

( ) Salário

( ) Qualidade de vida

7. Você tem problemas de relacionamentos com superiores de idades

diferentes (mais novos ou mais velhos)?

( ) Sim

( ) Não

8. Você encontra conflitos com colegas (mais novos ou mais velhos) com que

freqüência?

( ) Nunca

( ) Raramente

( ) Ás vezes

( ) Sempre

9. Quais as principais diferenças percebidas entre profissionais ( colegas de

trabalho / superiores) mais novos?

( ) Convencimento

( ) Facilidade com novas tecnologias

( ) Executar várias tarefas simultaneamente

( ) Falta de comprometimento

( ) Não percebe nenhuma diferença

96

10. Quais as principais diferenças percebidas entre profissionais ( colegas de

trabalho / superiores) mais velhos?

( ) Retenção de conhecimento

( ) Comprometimento / dedicação

( ) Resistência a mudança

( ) Não percebe nenhuma diferença

11. Você :

lê jornal? ( ) sim ( ) não

pratica atividade física? ( ) sim ( ) não

tem perfil em rede social? ( ) sim ( ) não

checa e-mail pelo celular? ( ) sim ( ) não

é fumante? ( ) sim ( ) não

prima pela qualidade de vida? ( ) sim ( ) não

12. Você recebe todas as informações que precisa para fazer bem o seu

trabalho?

( ) Sim

( ) Não

13. Enumere em ordem de prioridade de 1 (mais relevante) a 5 (menos

relevante), qual o fator mais essencial que te faz permanecer na empresa.

( ) Remuneração

( ) Estabilidade

( ) Possibilidade de ascensão

( ) Desenvolvimento profissional

( ) Ambiente de trabalho

97

APÊNDICE E – ROTEIRO DE ENTREVISTA PARA OS LÍDERES DA

EMPRESA

I PERGUNTAS ESPECÍFICAS

1. Gênero

( ) masculino

( ) femenino

2. Estado civil

( ) solteiro

( ) casado

( ) divorciado / separado

( ) viúvo

3. Escolaridade

( ) fundamental completo

( ) fundamental incompleto

( ) ensino médio completo

( ) ensino médio incompleto

( ) superior completo

( ) superior incompleto

( ) pós graduado

4.Tempo de empresa

( ) até 1 ano

( ) de 1,1 a 2 anos

( ) de 2,1 a 5 anos

( ) de 5,1 a 10 anos

( ) acima de 10 anos

98

5. Qual das gerações você pertence?

( ) Tradicionalistas (nascidos até 1945);

( ) Baby-Boommers (entre 1946 e 1964);

( ) X (entre 1965 e 1977);

( ) Y (entre 1978 e 2000);

( ) Z (a partir de 2000).

6. Você já ouviu falar das gerações baby boomers, x e y?

( ) Sim

( ) Não

6.1 Se sim, você consegue identificar as diferentes gerações?

( ) Nunca

( ) Ás vezes

( ) Quase sempre

( ) Sempre

7. Você possui dificuldade com equipamentos eletrônicos?

( ) Sim

( ) Não

8. As diferenças de comportamento entre as gerações baby boomers, x e y já

são conhecidas e percebidas. O que é necessário mudar para reduzir conflitos

e aumentar o desempenho empresarial?

( ) Quebra de paradigma

( ) Regras mais rígidas

( ) Líderes mais autoritários

( ) Maior liberdade

( ) Líderes mais flexíveis

( ) Bom ambiente de trabalho

99

9. Na sua opinião, o Recursos Humanos da empresa, conhece sobre as

gerações?

( ) Sim

( ) Não

10. Você considera-se um líder:

( ) autoritário

( ) democrático

( ) liberal

11. Você prefere trabalhar com profissionais:

( ) até 35 anos

( ) acima de 35 anos

Justifique:

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

12. A diferença de idade entre os funcionários influencia a dinâmica do trabalho

em equipe?

( ) Sim

( ) Não

Justifique:

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

13. Na sua opinião, o desempenho de sua equipe está de acordo com o

esperado?

( ) Sim

( ) Não

Justifique:

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

100

14. Na sua opinião, a mistura de diferentes idades no setor que você gerencia

gera mais conflitos ou ganhos? Por que?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

15. Se você tivesse que escolher entre um funcionário criativo e outro

experiente, qual escolheria? Por que?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

16. Na sua opinião, o que é importante para um líder conquistar o respeito de

seus liderados?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

17. Assinale as qualidade que você julga ter:

( ) comunicativo

( ) criativo

( ) responsável

( ) assertivo

( ) dedicado

( ) flexível

( ) experiente

( ) inovador

( ) próativo

( ) respeitador

( ) burocrátivo

( ) centralizador