70
UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL Page 1 RELATÓRIO UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL Novembro de 2015.

OS INDICADORES DO TCU E UMA COMPARAÇÃO FURB E IFES · O custo mínimo de que trata este artigo será calculado pela União ao final de cada ano, ... da escola (espaço físico

  • Upload
    hanhu

  • View
    212

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL

Page 1

RELATÓRIO

UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE

(CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL

Novembro de 2015.

UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL

Page 2

1. O percurso da qualidade na legislação educacional a partir da Constituição Federal

de 1988

A Constituição Federal (CF) de 1988 estabeleceu os princípios sob os quais o ensino

deve ser ministrado indicando que deve existir a “garantia de padrão de qualidade”. Além

disso, afirmou que: “A distribuição dos recursos públicos assegurará prioridade ao

atendimento das necessidades do ensino obrigatório, no que se refere a universalização,

garantia de padrão de qualidade e equidade, nos termos do plano nacional de educação”.

(grifos nossos)

Em 1996, a Lei No. 9.394, a LDB, reafirma o princípio constitucional e o artigo 74

explicita que:

Art. 74 A União, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os

Municípios, estabelecerá padrão mínimo de oportunidades educacionais para o

ensino fundamental, baseado no cálculo do custo mínimo por aluno, capaz de

assegurar ensino de qualidade.

Parágrafo único. O custo mínimo de que trata este artigo será calculado pela

União ao final de cada ano, com validade para o ano subsequente, considerando

variações regionais no custo dos insumos e as diversas modalidades de ensino.

(BRASIL.LEI No 9.394, Art. 74, grifos nossos).

O artigo 75 da LDB estabelece as ações supletivas e redistributivas da União e dos

Estados:

Art. 75 A ação supletiva e redistributiva da União e dos Estados será exercida

de modo a corrigir, progressivamente, as disparidades de acesso e garantir o

padrão mínimo de qualidade de ensino.

§ 1º A ação a que se refere este artigo obedecerá a fórmula de domínio público

que inclua a capacidade de atendimento e a medida do esforço fiscal do

respectivo Estado, do Distrito Federal ou do Município em favor da manutenção

e do desenvolvimento do ensino.

§ 2º A capacidade de atendimento de cada governo será definida pela razão

entre os recursos de uso constitucionalmente obrigatório na manutenção e

desenvolvimento do ensino e o custo anual do aluno, relativo ao padrão mínimo

de qualidade.

§ 3º Com base nos critérios estabelecidos nos §§ 1º e 2º, a União poderá fazer a

transferência direta de recursos a cada estabelecimento de ensino, considerado o

número de alunos que efetivamente frequentam a escola.

§ 4º A ação supletiva e redistributiva não poderá ser exercida em favor do

Distrito Federal, dos Estados e dos Municípios se estes oferecerem vagas, na

área de ensino de sua responsabilidade, conforme o inciso VI do art. 10 e o

UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL

Page 3

inciso V do art. 11 desta Lei, em número inferior à sua capacidade de

atendimento. (BRASIL.LEI No 9.394, Art. 75).

A lei que estabeleceu o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e

de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), a Lei No. 11.494 de 20 de junho de

2007, diz em ser artigo 30, inciso IV, que é preciso realizar “estudos técnicos com vistas na

definição do valor referencial anual por aluno que assegure padrão mínimo de qualidade

do ensino”. (BRASIL.LEI No 11.494, Art. 30, inciso IV, grifos nossos).

A alusão constitucional contida no §3º do artigo 212 da CF ao plano nacional de

educação se concretizou na Lei No. 13.005 de 25 de junho de 2014, que estabeleceu o Plano

Nacional de Educação para o período 2014-2024.

Com relação ao financiamento das metas do PNE (2014-2024), a sua meta 20

estabeleceu que se deve:

ampliar o investimento público em educação pública de forma a atingir, no

mínimo, o patamar de 7% (sete por cento) do Produto Interno Bruto - PIB do

País no 5o (quinto) ano de vigência desta Lei e, no mínimo, o equivalente a 10%

(dez por cento) do PIB ao final do decênio. (BRASIL. LEI No 13.005, 2014).

As estratégias de 20.6 a 20.10 associadas à meta 20 tratam especificamente do Custo-

Aluno-Qualidade:

Estratégia 20.6 - no prazo de 2 (dois) anos da vigência deste PNE, será

implantado o Custo Aluno-Qualidade inicial - CAQi, referenciado no conjunto

de padrões mínimos estabelecidos na legislação educacional e cujo

financiamento será calculado com base nos respectivos insumos indispensáveis

ao processo de ensino-aprendizagem e será progressivamente reajustado até a

implementação plena do Custo Aluno Qualidade – CAQ.

Estratégia 20.7 - implementar o Custo Aluno Qualidade - CAQ como parâmetro

para o financiamento da educação de todas etapas e modalidades da educação

básica, a partir do cálculo e do acompanhamento regular dos indicadores de

gastos educacionais com investimentos em qualificação e remuneração do

pessoal docente e dos demais profissionais da educação pública, em aquisição,

manutenção, construção e conservação de instalações e equipamentos

necessários ao ensino e em aquisição de material didático-escolar, alimentação e

transporte escolar.

Estratégia 20.8 - o CAQ será definido no prazo de 3 (três) anos e será

continuamente ajustado, com base em metodologia formulada pelo Ministério

da Educação - MEC, e acompanhado pelo Fórum Nacional de Educação - FNE,

pelo Conselho Nacional de Educação - CNE e pelas Comissões de Educação da

Câmara dos Deputados e de Educação, Cultura e Esportes do Senado Federal.

UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL

Page 4

Estratégia 20.9 - regulamentar o parágrafo único do art. 23 e o art. 211 da

Constituição Federal, no prazo de 2 (dois) anos, por lei complementar, de forma

a estabelecer as normas de cooperação entre a União, os Estados, o Distrito

Federal e os Municípios, em matéria educacional, e a articulação do sistema

nacional de educação em regime de colaboração, com equilíbrio na repartição

das responsabilidades e dos recursos e efetivo cumprimento das funções

redistributiva e supletiva da União no combate às desigualdades educacionais

regionais, com especial atenção às regiões Norte e Nordeste.

Estratégia 20.10 - caberá à União, na forma da lei, a complementação de

recursos financeiros a todos os Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios

que não conseguirem atingir o valor do CAQi e, posteriormente, do CAQ.

Há, portanto, que se estabelecer o valor a ser aplicado por estudante para que exista um

certo padrão de qualidade na educação básica brasileira; fato caracterizado no contexto

educacional pela sigla CAQ, Custo-Aluno-Qualidade.

2. Uma metodologia para o cálculo do CAQ na educação básica

Uma determinada qualidade na educação infantil, no ensino fundamental e no ensino

médio parece que pode ser alcançada definindo-se parâmetros mínimos para a infraestrutura

da escola (espaço físico, instalações sanitárias, mobiliário, equipamentos, material pedagógico

etc.), para a qualificação dos profissionais que ali trabalham, e para a elaboração do projeto

pedagógico da escola. Esses parâmetros estão refletidos, por exemplo, nas metas contidas no

Plano Nacional de Educação (PNE) que teve vigência de janeiro de 2001 a janeiro de 2011

(BRASIL.PNE, 2010).

As metas 2 e 9 desse PNE, relativas à educação infantil, afirmavam:

Meta 2. Elaborar, no prazo de um ano, padrões mínimos de infra-estrutura para

o funcionamento adequado das instituições de educação infantil (creches e pré-

escolas) públicas e privadas, que, respeitando as diversidades regionais,

assegurem o atendimento das características das distintas faixas etárias e das

necessidades do processo educativo quanto a:

a) espaço interno, com iluminação, insolação, ventilação, visão para o espaço

externo, rede elétrica e segurança, água potável, esgotamento sanitário;

b) instalações sanitárias e para a higiene pessoal das crianças;

c) instalações para preparo e/ou serviço de alimentação;

d) ambiente interno e externo para o desenvolvimento das atividades, conforme

as diretrizes curriculares e a metodologia da educação infantil, incluindo o

repouso, a expressão livre, o movimento e o brinquedo;

e) mobiliário, equipamentos e materiais pedagógicos;

f) adequação às características das crianças especiais.

UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL

Page 5

Meta 9. Assegurar que, em três anos, todas as instituições de educação infantil

tenham formulado, com a participação dos profissionais de educação neles

envolvidos, seus projetos pedagógicos. (BRASIL.PNE, 2010)

As metas 4 e 8 tratavam do ensino fundamental:

Meta 4. Elaborar, no prazo de um ano, padrões mínimos nacionais de infra-

estrutura para o ensino fundamental, compatíveis com o tamanho dos

estabelecimentos e com as realidades regionais, incluindo:

a) espaço, iluminação, insolação, ventilação, água potável, rede elétrica,

segurança e temperatura ambiente;

b) instalações sanitárias e para higiene;

c) espaços para esporte, recreação, biblioteca e serviço de merenda escolar;

d) adaptação dos edifícios escolares para o atendimento dos alunos portadores

de necessidades especiais;

e) atualização e ampliação do acervo das bibliotecas;

f) mobiliário, equipamentos e materiais pedagógicos;

g) telefone e serviço de reprodução de textos;

h) informática e equipamento multimídia para o ensino.

Meta 8. Assegurar que, em três anos, todas as escolas tenham formulado seus

projetos pedagógicos, com observância das Diretrizes Curriculares para o

ensino fundamental e dos Parâmetros Curriculares Nacionais. (BRASIL.PNE,

2010)

Com relação ao ensino médio, as metas 5, 6, 9 e 10, afirmavam:

Meta 5. Assegurar, em cinco anos, que todos os professores do ensino médio

possuam diploma de nível superior, oferecendo, inclusive, oportunidades de

formação nesse nível de ensino àqueles que não a possuem.

Meta 6. Elaborar, no prazo de um ano, padrões mínimos nacionais de infra-

estrutura para o ensino médio, compatíveis com as realidades regionais,

incluindo:

a) espaço, iluminação, ventilação e insolação dos prédios escolares;

b) instalações sanitárias e condições para a manutenção da higiene em todos os

edifícios escolares;

c) espaço para esporte e recreação;

d) espaço para a biblioteca;

e) adaptação dos edifícios escolares para o atendimento dos alunos portadores

de necessidades especiais;

f) instalação para laboratórios de ciências;

g) informática e equipamento multimídia para o ensino.

h) atualização e ampliação do acervo das bibliotecas incluindo material

bibliográfico de apoio ao professor e aos alunos;

i) equipamento didático-pedagógico de apoio ao trabalho em sala de aula;

j) telefone e reprodutor de texto;

Meta 9. Assegurar que, em cinco anos, todas as escolas estejam equipadas, pelo

menos, com biblioteca, telefone e reprodutor de textos.

Meta 10. Assegurar que, em cinco anos, pelo menos 50%, e, em 10 anos, a

totalidade das escolas disponham de equipamento de informática para

UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL

Page 6

modernização da administração e para apoio à melhoria do ensino e da

aprendizagem. (BRASIL.PNE, 2010)

É recorrente, portanto, as referências às instalações físicas, ao projeto pedagógico e à

qualificação dos professores. Numa escola privada essas indicações presentes no PNE

(2001-2011) podem ser consideradas no estabelecimento de seu padrão de qualidade.

Debatendo sobre a qualidade da educação básica, o Instituto Nacional de Estudos e

Pesquisa Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou em 2006 o relatório de pesquisa

“Problematização da qualidade em pesquisa de custo-aluno-ano em escolas de educação

básica”, em que foram levantados os custos-aluno-ano em escolas públicas de educação

básica que, no entender do Inep e do grupo de pesquisadores dos estados de Goiás, Pará,

Paraná, Piauí, Rio Grande do Sul, São Paulo e Ceará, “oferecem condições para a oferta de

um ensino de qualidade” (BRASIL.INEP, 2006, p.11). Uma das conclusões desse estudo,

realizado nesses estados, foi a de que uma escola pública de educação básica, de qualidade,

deve ter as seguintes condições básicas (BRASIL.INEP. 2006, p. 85-105).:

- quadro de professores qualificado;

- existência de carga horária disponível para o desenvolvimento de atividades que não

sejam de aulas;

- dedicação dos professores a uma só escola;

- aumento de salários de acordo com a formação continuada e titulação;

- corpo docente pertencente ao quadro efetivo com entrada por meio de concurso

público;

- dedicação dos funcionários a uma só escola;

- instalações bem conservadas;

- existência de biblioteca e laboratórios;

- motivação para o trabalho;

- diretor eleito e com experiência docente e de gestão;

- participação da comunidade escolar;

- integração da escola com a comunidade local e existência de Conselho Escolar ou

equivalente, atuante;

- cuidados com a segurança da comunidade escolar;

- desenvolvimento de projetos especiais com governos e comunidade local.

Estes são, portanto, novos indicadores para o estabelecimento de um padrão de

qualidade nas escolas privadas.

UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL

Page 7

A partir da metodologia para o cálculo do CAQ desenvolvida pela Campanha pelo

Direito à Educação (Campanha) foram definidas as seguintes categorias a serem consideradas

nas escolas públicas em que se pretende o estabelecimento de um CAQ (CARREIRA e

PINTO, 2007, p. 28):

1) estrutura e funcionamento;

2) trabalhadoras e trabalhadores em educação;

3) gestão democrática;

4) acesso e permanência.

Os “insumos” associados a cada uma dessas vertentes seriam os seguintes:

1) estrutura e funcionamento, são aqueles relacionados “à construção e à manutenção

dos prédios, a materiais básicos de conservação e a equipamentos de apoio ao

ensino.” (CARREIRA e PINTO, 2007, p. 29);

2) trabalhadoras e trabalhadores em educação. se referem às “condições de trabalho e

a formação inicial e continuada.” (IDEM, p. 29);

3) gestão democrática, abarcam diversos fatores: “estímulo para o trabalho em

equipe, a construção conjunta do projeto pedagógico (...), fortalecimento dos

conselhos de escolas e conselhos de educação (...), participação de pais e mães,

alunos e profissionais da educação na escolha dos dirigentes (...), existência de

grêmios estudantis (...), aproximar mais da sociedade (...), o fomento a práticas

participativas de avaliação(...)”. (IDEM, 2007, p. 30-31);

4) acesso e permanência, são aqueles que se relacionam ao “material didático,

transporte, alimentação, vestiário.” (IDEM, 2007, p. 31).

A Campanha definiu ainda o Custo-Aluno-Qualidade inicial (CAQi), isto é, um valor

mínimo de referência, por estudante, que todas as escolas públicas brasileiras deveriam

possuir. A Campanha observa sobre o CAQi:

1. Os valores do CAQ por etapas e modalidades (...) estabelecem um

patamar mínimo de qualidade de educação e não um valor médio ou

ideal, portanto, o mais adequado é defini-lo como Custo Aluno-

Qualidade inicial, um primeiro passo decisivo rumo à qualidade que

almejamos como a ideal.

UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL

Page 8

2. O valor do CAQi é essencialmente dinâmico e tende a crescer à medida

que melhora a qualidade da educação pública oferecida e conforme os

padrões de exigência da população aumentem.

3. O valor do CAQi é calculado a partir dos insumos indispensáveis ao

desenvolvimento dos processos de ensino e aprendizagem.

4. O valor do CAQi deve ser diferenciado em função dos diferentes níveis e

modalidades de ensino.

5. O CAQi deve assegurar uma remuneração condigna aos profissionais do

magistério, assim como aos demais trabalhadores em educação.

6. O CAQi deve considerar os parâmetros de infraestrutura e qualificação

docente definidos pelo PNE. (CARREIRA e PINTO, 2007, p. 77-78)

A metodologia e os resultados para o CAQi na escola de tempo regular pode ser

encontrado em CARREIRA e PINTO (2007), sendo que para a Creche a educação

considerada é integral, com uma jornada de 10 horas diárias. A tabela 01 apresenta uma

síntese dos valores a serem aplicados por estudante, nas escolas que tivessem os parâmetros

estabelecidos pela Campanha, para o CAQi.

Tabela 01 – Síntese dos valores a serem aplicados por estudante – parâmetros da Campanha para o

CAQi

Tipo de Escola Creche Pré-

Escola

Anos

Iniciais

Anos

Finais

Ensino

Médio

Tamanho Médio (número de alunos) 130 240 480 600 900

Jornada diária dos alunos (horas) 10 5 5 5 5

Média de alunos por turma 13 20 24 30 14

Pessoal + Encargos 83,7% 78,2% 77,6% 76,7% 72,8%

Custo MDE (R$) 6.988 2.725 2.599 2.573 4.811

Custo Total (R$) 7.480 2.930 2.772 2.727 5.110

Custo total (% do PIB per capita) 39,3% 15,4% 14,6% 14,3% 36,9%

Fonte: (CARREIRA e PINTO, 2007)

A Campanha ao analisar os dados da tabela 01 conclui que “observa-se uma razoável

coerência interna entre os diferentes valores obtidos. Apenas o CAQi da creche se encontra

bem acima dos demais, o que se explica pela jornada integral e pelo pequeno número de

crianças por adulto (...).” (IDEM, 2007, p. 110).

Há, portanto, uma ligação direta entre custo-aluno-qualidade e os recursos

financeiros aplicados em educação e esse fator deve ser considerado nas escolas públicas.

Um salário para professores e funcionários melhor, uma infraestrutura mais adequada,

materiais em quantidades convenientes, são importantes para a qualidade da educação

oferecida aos estudantes e impactam fortemente os recursos totais aplicados na escola.

UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL

Page 9

Dessa análise pode-se extrair as seguinte conclusões:

1) A qualidade da educação exige a análise de diversos fatores e, por isso, é uma

discussão complexa.

2) Diversos estudos estabelecem condições de qualidade que precisam ser

examinadas pelas Escolas Privadas no estabelecimento de seu padrão de

qualidade (PNE(2001-2011); INEP; CAMPANHA).

3) A metodologia do CAQ desenvolvido pela Campanha assume que há uma

relação entre qualidade e os recursos financeiros aplicados por aluno,

estabelecida a partir da definição de “insumos” – salário dos professores e

funcionários da escola; infraestrutura; materiais em quantidade suficiente etc.

3. A educação integral na escola de tempo integral

A discussão sobre a implementação de uma educação integral em tempo integral tomou

dimensões maiores no Brasil desde o estabelecimento do Fundeb, quando foram estabelecidos

valores financeiros por estudante diferenciados para uma jornada chamada de integral. O

ápice desse movimento foi atingido na discussão que culminou com a aprovação do Plano

Nacional de Educação para o período 2014-2024, quando estabeleceu como uma de suas

metas, a Meta 6, que o Brasil deve “oferecer educação em tempo integral em, no mínimo,

50% (cinquenta por cento) das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos 25% (vinte e

cinco por cento) dos(as) alunos(as) da educação básica”.

A Conferência Nacional de Educação realizada em 2010 (Conae 2010), entendeu que

uma educação integral em tempo integral não deve

A escola de tempo integral não deve, pois, se configurar como simples

ampliação/duplicação das atividades que a educação básica atual desenvolve.

Há que se garantir estrutura física e profissionais qualificados para o

atendimento, bem como conceber um projeto político-pedagógico que lhe dê

sentido e faça com que a permanência dos/das estudantes por mais tempo na

escola melhore a prática educativa, com reflexos na qualidade da aprendizagem

e da convivência social, elementos constitutivos da cidadania. Assim, cabe

conceber um projeto com conteúdos, metodologias e atividades das mais

diversas, adequadas tanto à realidade social quanto à natureza dos

conhecimentos e às necessidades e potencialidades dos/das estudantes.

(CONAE, 2010, p.73)

A legislação brasileira, a partir da CF de 1988 vem estabelecendo referencias para a

educação integral em tempo integral. Dos artigos 205, 206 e 227 da CF pode-se apreender a

UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL

Page 10

necessidade de uma educação num tempo maior que a da educação regular. O artigo 205

afirma que “A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e

incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa,

seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”.

O artigo 206 estabelece os princípios que servem de base para o ensino ser ministrado:

I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o

saber;

III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, e coexistência de

instituições públicas e privadas de ensino;

IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;

V - valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da

lei, planos de carreira, com ingresso exclusivamente por concurso público de

provas e títulos, aos das redes públicas;

VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei;

VII - garantia de padrão de qualidade.

VIII - piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação

escolar pública, nos termos de lei federal.

Parágrafo único. A lei disporá sobre as categorias de trabalhadores considerados

profissionais da educação básica e sobre a fixação de prazo para a elaboração ou

adequação de seus planos de carreira, no âmbito da União, dos Estados, do

Distrito Federal e dos Municípios.

O artigo 227 afirma que é dever:

da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao

jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à

educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à

liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de

toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e

opressão.

§1º O Estado promoverá programas de assistência integral à saúde da criança,

do adolescente e do jovem, admitida a participação de entidades não

governamentais, mediante políticas específicas e obedecendo aos seguintes

preceitos:

I - aplicação de percentual dos recursos públicos destinados à saúde na

assistência materno-infantil;

II - criação de programas de prevenção e atendimento especializado para as

pessoas portadoras de deficiência física, sensorial ou mental, bem como de

integração social do adolescente e do jovem portador de deficiência, mediante o

treinamento para o trabalho e a convivência, e a facilitação do acesso aos bens e

serviços coletivos, com a eliminação de obstáculos arquitetônicos e de todas as

UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL

Page 11

formas de discriminação.

§2º - A lei disporá sobre normas de construção dos logradouros e dos edifícios

de uso público e de fabricação de veículos de transporte coletivo, a fim de

garantir acesso adequado às pessoas portadoras de deficiência.

§3º - O direito a proteção especial abrangerá os seguintes aspectos:

I - idade mínima de quatorze anos para admissão ao trabalho, observado o

disposto no art. 7º, XXXIII;

II - garantia de direitos previdenciários e trabalhistas;

III - garantia de acesso do trabalhador adolescente e jovem à escola;

IV - garantia de pleno e formal conhecimento da atribuição de ato infracional,

igualdade na relação processual e defesa técnica por profissional habilitado,

segundo dispuser a legislação tutelar específica;

V - obediência aos princípios de brevidade, excepcionalidade e respeito à

condição peculiar de pessoa em desenvolvimento, quando da aplicação de

qualquer medida privativa da liberdade;

VI - estímulo do Poder Público, através de assistência jurídica, incentivos

fiscais e subsídios, nos termos da lei, ao acolhimento, sob a forma de guarda, de

criança ou adolescente órfão ou abandonado;

VII - programas de prevenção e atendimento especializado à criança, ao

adolescente e ao jovem dependente de entorpecentes e drogas afins;

§4º - A lei punirá severamente o abuso, a violência e a exploração sexual da

criança e do adolescente.

§5º - A adoção será assistida pelo Poder Público, na forma da lei, que

estabelecerá casos e condições de sua efetivação por parte de estrangeiros.

§6º - Os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção, terão os

mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações

discriminatórias relativas à filiação.

§7º - No atendimento dos direitos da criança e do adolescente levar-se- á em

consideração o disposto no art. 204.

§8º A lei estabelecerá:

I - o estatuto da juventude, destinado a regular os direitos dos jovens;

II - o plano nacional de juventude, de duração decenal, visando à articulação das

várias esferas do poder público para a execução de políticas públicas.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (PDB), Lei 9.394/1996 estabeleceu

em seus artigos 34 e 87:

Art. 34. A jornada escolar no ensino fundamental incluirá pelo menos quatro

horas de trabalho efetivo em sala de aula, sendo progressivamente ampliado o

período de permanência na escola.

UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL

Page 12

(…)

§ 2º O ensino fundamental será ministrado progressivamente em tempo

integral, a critério dos sistemas de ensino.

Art. 87. É instituída a Década da Educação, a iniciar-se um ano a partir da

publicação desta Lei.

(…)

§ 5º Serão conjugados todos os esforços objetivando a progressão das redes

escolares públicas urbanas de ensino fundamental para o regime de escolas de

tempo integral. (grifos nossos)

A Resolução CNE/CEB No. 7, de 14 de dezembro de 2010 que fixou as diretrizes

curriculares nacionais para o Ensino Fundamental de nove anos legislou sobre a educação em

tempo integral estabelecendo em seu artigo 36 que “considera-se como de período integral

a jornada escolar que se organiza em 7 (sete) horas diárias, no mínimo, perfazendo uma

carga horaria anual de pelo menos 1.400 (mil e quatrocentas) horas”. Além disso, o artigo

37 estabeleceu que

A proposta educacional da escola de tempo integral promoverá a ampliação

de tempos, espaços e oportunidades educativas e o compartilhamento da tarefa

de educar e cuidar entre os profissionais da escola e de outras áreas, as famílias

e outros atores sociais, sob a coordenação da escola e de seus professores,

visando alcançar a melhoria da qualidade da aprendizagem e da convivência

social e diminuir as diferenças de acesso ao conhecimento e aos bens culturais,

em especial entre as populações socialmente mais vulneráveis. (Grifos nossos).

Sobre o currículo da escola de tempo integral, a Resolução CNE/CEB No. 7 estabeleceu nos

parágrafos do artigo 37 que:

§1o O currículo da escola de tempo integral, concebido como um projeto

educativo integrado, implica a ampliação da jornada escolar diária mediante o

desenvolvimento de atividades como o acompanhamento pedagógico, o reforço

e o aprofundamento da aprendizagem, a experimentação e a pesquisa científica,

a cultura e as artes, o esporte e o lazer, as tecnologias da comunicação e

informação, a afirmação da cultura dos direitos humanos, a preservação do meio

ambiente, a promoção da saúde, entre outras, articuladas aos componentes

curriculares e às áreas de conhecimento, a vivências e práticas socioculturais.

§2o As atividades serão desenvolvidas dentro do espaço escolar conforme a

disponibilidade da escola, ou fora dele, em espaços distintos da cidade ou do

território em que está situada a unidade escolar, mediante a utilização de

equipamentos sociais e culturais aí existentes e o estabelecimento de parcerias

com órgãos ou entidades locais, sempre de acordo com o respectivo projeto

político-pedagógico.

§3o Ao restituir a condição de ambiente de aprendizagem à comunidade e à

cidade, a escola estará contribuindo para a construção de redes sociais e de

UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL

Page 13

cidades educadoras.

§4o Os órgãos executivos e normativos da União e dos sistemas estaduais e

municipais de educação assegurarão que o atendimento dos alunos na escola de

tempo integral possua infraestrutura adequada e pessoal qualificado, além do

que, esse atendimento terá caráter obrigatório e será passível de avaliação em

cada escola.

Há, portanto, desde a Constituição Federal de 1988 até à Resolução CNE/CEB No 7

de 2010, passando pelo PNE (2014-2024), definições a respeito da educação integral numa

escola de tempo integral.

Das análises deste item pode-se extrair duas conclusões importantes que podem ser

observadas pela escolas privadas:

1) A Conferência Nacional de Educação realizada em 2010 (CONAE 2010), entendeu

que uma educação integral em tempo integral não deve

A escola de tempo integral não deve, pois, se configurar como simples

ampliação/duplicação das atividades que a educação básica atual desenvolve.

Há que se garantir estrutura física e profissionais qualificados para o

atendimento, bem como conceber um projeto político-pedagógico que lhe dê

sentido e faça com que a permanência dos/das estudantes por mais tempo na

escola melhore a prática educativa, com reflexos na qualidade da aprendizagem

e da convivência social, elementos constitutivos da cidadania. Assim, cabe

conceber um projeto com conteúdos, metodologias e atividades das mais

diversas, adequadas tanto à realidade social quanto à natureza dos

conhecimentos e às necessidades e potencialidades dos/das estudantes.

(CONAE, 2010, p.73)

2) A Resolução CNE/CEB No. 7, de 14 de dezembro de 2010 que fixou as diretrizes

curriculares nacionais para o Ensino Fundamental de nove anos legislou sobre a educação em

tempo integral estabelecendo em seu artigo 36 que “considera-se como de período integral

a jornada escolar que se organiza em 7 (sete) horas diárias, no mínimo, perfazendo uma

carga horária anual de pelo menos 1.400 (mil e quatrocentas) horas”. Além disso, o artigo

37 estabeleceu que

A proposta educacional da escola de tempo integral promoverá a ampliação

de tempos, espaços e oportunidades educativas e o compartilhamento da tarefa

de educar e cuidar entre os profissionais da escola e de outras áreas, as famílias

e outros atores sociais, sob a coordenação da escola e de seus professores,

visando alcançar a melhoria da qualidade da aprendizagem e da convivência

social e diminuir as diferenças de acesso ao conhecimento e aos bens culturais,

em especial entre as populações socialmente mais vulneráveis. (Grifos nossos).

UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL

Page 14

4. Uma proposta de metodologia para o cálculo do CAQ numa escola privada de

educação integral

Baseando-se na metodologia apresentada pela Campanha, apresentaremos, a seguir,

uma proposta de metodologia para o cálculo do CAQ para uma escola privada (EP) de

educação integral, com duas características diferentes:

a) uma escola que ofereça a Educação Infantil (creche e pré-escola) e o Ensino

Fundamental (anos iniciais). Será chamada EP EI/EF(anos inicias); e

b) uma escola que ofereça o Ensino Fundamental (anos finais) e o Ensino Médio. Será

Chamada EP EF(anos finais)/EM.

Outras combinações são possíveis, devendo apenas alterar-se as etapas da educação

básica presentes na sua constituição.

O estabelecimento do CAQ, utilizando-se a metodologia desenvolvida pela Campanha

exige a elaboração das seguintes etapas:

- Construção do Prédio;

- Equipamentos e Materiais Permanentes;

- “Insumos” básicos para o funcionamento da escola;

- Determinação dos custos: pessoal docente; pessoal de gestão; bens e serviços;

alimentação; administração central; e custos totais.

A metodologia da Campanha foi utilizada também pela pela Câmara de Educação

Básica do Conselho Nacional de Educação ao estabelecer “como referência para a construção

de matriz de Padrões Mínimos de Qualidade para a Educação Básica pública no Brasil”, no

contexto da discussão que aprovou a Resolução No 8/2010 que estabeleceu “normas para

aplicação do inciso IX do artigo 4o da Lei No 9.394/96 (LDB), que trata dos padrões mínimos

de qualidade do ensino para a Educação Básica pública”. Resolução que ainda não foi

homologada pelo Ministro da Educação.

4.1 A construção do prédio

A escola privada deve, em primeiro lugar, estabelecer os ambientes que deverão existir

no prédio a ser construído – é claro que se o prédio já existir será preciso mapeá-lo para

promover possíveis adaptações.

UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL

Page 15

A Resolução CNE/CEB No 8/2010 estabeleceu as características do prédio para

abrigar as diversas etapas da EB creche, pré-escola, ensino fundamental (anos iniciais), ensino

fundamental (anos finais), e ensino médio.

4.1.1 A EP EI/EF(anos iniciais)

Para a EP EI/EF(anos iniciais) a Resolução apresenta as seguintes planilhas de

necessidades de ambientes para a creche, pré-escola e ensino fundamental (anos iniciais):

CRECHE

A Resolução CNE/CEB No 08/2010 considerou uma creche com as seguintes

características:

- 120 crianças;

- 13 crianças por turma;

- 20 professores com jornada de 30 horas semanais, sendo 24 horas dedicadas às

crianças e 6 horas para planejamento, formação e avaliação;

- jornada diária de 10 horas.

O quadro 01 apresenta os ambientes propostos pela CNE para a creche com essas

características, em que acrescentamos o item 15 que são outros ambientes a serem

especificados pela Escola Privada.

Ressalte-se que neste caso a jornada diária de 10 horas já se caracteriza como de

tempo integral.

O prédio da creche se constituiria, portanto, de um espaço físico de (915 + Y)m2 em

que Y seria a área total de outros ambientes a serem especificados pela Escola Privada.

UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL

Page 16

Quadro 01 – CRECHE: ambientes do prédio

Descrição do prédio Quantidade m2/item

1. Salas de aula 10 30

2. Sala de direção/equipe 02 20

3. Sala de professores 01 15

4. Sala de leitura/biblioteca 01 45

5. Berçário 01 30

6. Refeitório 01 45

7. Lactário 01 20

8. Copa/Cozinha 01 15

9. Pátio coberto 01 200

10. Parque infantil 01 10

11. Banheiro de funcionários/professores 02 10

12. Banheiro de crianças 10 10

13. Sala de depósito 03 15

14. Salas de TV/Vídeo 01 30

15. Outros Ambientes a serem especificados pela

Escola Privada

X Y

15. Total (m2) - 915 + Y

Fonte: Tabela 15 da Resolução CNE/CEB No 08/2010, com acréscimos deste estudo.

PRÉ-ESCOLA

A Resolução CNE/CEB No 08/2010 considerou uma pré-escola com as seguintes

características, em que acrescentamos o item 13 que são outros ambientes a serem

especificados pela Escola Privada.

Ressalte-se que a análise dos ambientes deve considerar a ampliação da jornada diária

que foi considerada de 5 horas e, portanto, não é de tempo integral.

- 240 crianças;

- 20 crianças por turma;

- 12 professores com jornada de 40 horas semanais;

- jornada diária de 5 horas.

O quadro 02 apresenta os ambientes propostos pela CNE para a pré-escola com essas

características, em que acrescentamos o item 13 que são outros ambientes a serem

especificados pela Escola Privada.

UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL

Page 17

Quadro 02 - PRÉ-ESCOLA: ambientes do prédio

Descrição do prédio Quantidade m2/item

1. Salas de aula 06 30

2. Sala de direção/equipe 02 20

3. Sala de professores 01 15

4. Sala de leitura/biblioteca/computação 01 45

5. Refeitório 01 45

6. Copa/Cozinha 01 15

7. Quadra coberta 01 200

8. Parque infantil 01 10

9. Banheiro de funcionários/professores 02 10

10. Banheiro de alunos 06 10

11. Sala de depósito 03 15

12. Salas de TV/DVD 01 30

13. Outros Ambientes a serem especificados pela

Escola Privada

X Y

14. Total (m2) - 705 + Y

Fonte: Tabela 18 da Resolução CNE/CEB No 08/2010, com acréscimos deste estudo.

O prédio da pré-escola se constituiria, portanto, de um espaço físico de (705 + Y)m2

em que Y seria a área total de outros ambientes a serem especificados pela Escola Privada.

ENSINO FUNDAMENTAL (anos iniciais)

A Resolução CNE/CEB No 08/2010 considerou um ensino fundamental (anos

iniciais) com as seguintes características, em que acrescentamos o item 15 que são outros

ambientes a serem especificados pela Escola Privada.

Ressalte-se que a análise dos ambientes deve considerar a ampliação da jornada diária

que foi considerada de 5 horas e, portanto, não é de tempo integral.

- 480 alunos;

- 24 alunos por turma;

- 20 professores com jornada de 40 horas semanais;

- jornada diária de 5 horas.

O quadro 03 apresenta os ambientes propostos pela CNE, para o ensino fundamental

(anos iniciais) com essas características, em que acrescentamos o item 15 que são outros

ambientes a serem especificados pela Escola Privada.

UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL

Page 18

Quadro 03 - ENSINO FUNDAMENTAL (ANOS INICIAIS): ambientes do prédio

Descrição do prédio Quantidade m2/item

1. Salas de aula 10 45

2. Sala de direção/equipe 02 20

3. Sala de professores 01 25

4. Sala de leitura/biblioteca/computação 01 80

5. Laboratório de informática 01 50

6. Laboratório de ciências 01 50

7. Refeitório 01 50

8. Copa/Cozinha 01 15

9. Quadra coberta 01 200

10. Parque infantil 01 20

11. Banheiros 04 20

12. Sala de depósito 03 15

13. Salas de TV/DVD 01 30

14. Sala de Reprografia 01 15

15. Outros Ambientes a serem especificados pela

Escola Privada

X Y

16. Total (m2) - 1.150 + Y

Fonte: Tabela 21 da Resolução CNE/CEB No 08/2010, com acréscimos deste estudo.

O prédio do ensino fundamental (anos iniciais) se constituiria, portanto, de um espaço

físico de (1.150 + Y)m2 em que Y seria a área total de outros ambientes a serem especificados

pela Escola Privada.

Portanto, esta escola EI/EF(anos iniciais), com educação integral, seria constituída de

3 (três) módulos, sendo que o módulo Creche teria (915+Y) m2, o da Pré-Escola, (705+Y) m2

e o do Ensino Fundamental (anos iniciais), (1.150+Y) m2.

O projeto arquitetônico a ser elaborado poderia facilitar a integração entre os módulos

definindo/estabelecendo ambientes comuns para otimizar o espaço total da Escola e propiciar

um dimensionamento para o quadro de funcionários que torne os serviços mais integrados e

colaborativos.

4.1.2 A EP EF(anos finais)/EM

Para a EP EF(anos finais)/EM a Resolução apresenta as seguintes planilhas de

necessidades de ambientes para o ensino fundamental (anos finais) e para o ensino médio:

UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL

Page 19

ENSINO FUNDAMENTAL (Anos Finais)

A Resolução CNE/CEB No 08/2010 considerou um ensino fundamental (anos finais)

com as seguintes características, em que acrescentamos o item 15 que são outros ambientes a

serem especificados pela Escola Privada.

Ressalte-se que a análise dos ambientes deve considerar a ampliação da jornada diária

que foi considerada de 5 horas e, portanto, não é de tempo integral.

- 600 alunos;

- 30 alunos por turma;

- 20 professores com jornada de 40 horas semanais;

- jornada diária de 5 horas.

O quadro 04 apresenta os ambientes propostos pela CNE, para o ensino fundamental

(anos finais) com essas características, em que acrescentamos o item 15 que são outros

ambientes a serem especificados pela Escola Privada.

O prédio do ensino fundamental (anos finais) se constituiria, portanto, de um espaço

físico de (1.650 + Y)m2 em que Y seria a área total de outros ambientes a serem especificados

pela Escola Privada.

Quadro 04 - ENSINO FUNDAMENTAL (ANOS FINAIS): ambientes do prédio

Descrição do prédio Quantidade m2/item

1. Salas de aula 10 45

2. Sala de direção/equipe 04 20

3. Sala de professores 01 50

4. Sala de leitura/biblioteca/computação 01 80

5. Sala do Grêmio Estudantil 01 45

6. Laboratório de informática 01 50

7. Laboratório de ciências 01 50

8. Refeitório 01 80

9. Copa/Cozinha 01 20

10. Quadra coberta 01 500

11. Banheiros 06 20

12. Sala de depósito 02 30

13. Salas de TV/DVD 01 50

14. Sala de Reprografia 01 15

15. Outros Ambientes a serem especificados pela

Escola Privada

X Y

15. Total (m2) - 1.650 + Y

Fonte: Tabela 24 da Resolução CNE/CEB No 08/2010, com acréscimos deste estudo.

UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL

Page 20

ENSINO MÉDIO

A Resolução CNE/CEB No 08/2010 considerou um ensino médio com as seguintes

características, em que acrescentamos o item 15 que são outros ambientes a serem

especificados pela Escola Privada.

Ressalte-se que a análise dos ambientes deve considerar a ampliação da jornada diária

que foi considerada de 5 horas e, portanto, não é de tempo integral.

- 900 alunos;

- 30 alunos por turma;

- 30 professores com jornada de 40 horas semanais;

- jornada diária de 5 horas.

O quadro 05 apresenta os ambientes propostos pela CNE, para o ensino médio com

essas características, em que acrescentamos o item 16 que são outros ambientes a serem

especificados pela Escola Privada.

Quadro 05 - ENSINO MÉDIO: ambientes do prédio

Descrição do prédio Quantidade m2/item

1. Salas de aula 15 45

2. Sala de direção/equipe 02 30

3. Sala de equipe pedagógica 02 30

3. Sala de professores 01 50

4. Sala de leitura/biblioteca/computação 01 100

5. Sala do Grêmio Estudantil 01 45

6. Laboratório de informática 01 50

7. Laboratório de ciências 03 50

8. Refeitório 01 80

9. Copa/Cozinha 01 25

10. Quadra coberta 01 500

11. Banheiros 08 20

12. Sala de depósito 02 30

13. Salas de TV/DVD 01 50

14. Sala de Reprografia 01 15

15. Outros Ambientes a serem especificados pela

Escola Privada

X Y

16. Total (m2) - 2.080 + Y

Fonte: Tabela 27 da Resolução CNE/CEB No 08/2010, com acréscimos deste estudo.

O prédio do ensino médio se constituiria, portanto, de um espaço físico de (2.080 +

Y)m2 em que Y seria a área total de outros ambientes a serem especificados pela Escola

Privada.

UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL

Page 21

Portanto, esta escola EF(anos finais)/EM, com educação integral, seria constituída de

2 (dois) módulos, sendo que o módulo Ensino Fundamental (anos finais), (1.150+Y) m2 e

Ensino Médio, (2080 + Y)m2.

O projeto arquitetônico a ser elaborado poderia facilitar a integração entre os módulos

definindo/estabelecendo ambientes comuns para otimizar o espaço total da Escola e propiciar

um dimensionamento para o quadro de funcionários que torne os serviços mais integrados e

colaborativos.

4.2 Equipamentos e Materiais Permanentes

A escola privada deve, em segundo lugar, estabelecer os equipamentos e materiais

permanentes que deverão existir na escola. A Resolução CNE/CEB No 8/2010 estabeleceu os

equipamentos e materiais permanentes que devem existir para cada uma das

etapas/modalidades da educação básica: creche, pré-escola, ensino fundamental (anos

iniciais), ensino fundamental (anos finais), e ensino médio.

4.2.1 A EP EI/EF(anos iniciais)

CRECHE

As características da creche são aquelas descritas no item 4.1.1. O quadro 06

apresenta os equipamentos e materiais permanentes propostos pela CNE, para a creche com

essas características, em que os itens 1.3, 2.7, 3.6, 4.9, 5.5, 6.16 e 7.6, foram acrescentados

para serem especificados pela Escola Privada.

Ressalte-se, novamente, que neste caso a jornada diária de 10 horas já se caracteriza

como de tempo integral.

UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL

Page 22

Quadro 06 – CRECHE: Equipamentos e Materiais Permanentes

Descrição Quantidade

1. Esportes e brincadeiras

1.1. Colchonetes 20

1.2. Conjunto de brinquedos para parquinho 01

1.3. Outros Itens a serem estabelecidos pela Escola Privada X

2. Cozinha

2.1. Congelador de 305 litros 01

2.2. Refrigerador de 270 litros 02

2.3. Fogão comum para lactário 01

2.4. Fogão industrial 01

2.5. Liquidificador industrial 01

2.6. Botijão de gás de 13 quilos 02

2.7. Outros Itens a serem estabelecidos pela Escola Privada Y

3. Coleções e materiais bibliográficos

3.1. Enciclopédias 01

3.2. Dicionário Houaiss ou Aurélio 01

3.4. Literatura infantil 1.200

3.5. Material complementar de apoio pedagógico 200

3.6. Outros Itens a serem estabelecidos pela Escola Privada Z

4. Equipamentos para áudio, vídeo e foto

4.1. Retroprojetor 01

4.2. Tela para retroprojetor 01

4.3. Televisor de 20 polegadas (10 salas de aula) 10

4.4. Videocassete 01

4.5. Suporte para vídeo e TV 10

4.6. DVD (10 salas de aula) 10

4.7. Máquina fotográfica 01

4.8. Aparelho de CD e rádio 10

4.9. Outros Itens a serem estabelecidos pela Escola Privada W

5. Setor de informática

5.1. Computador para administração/docentes 04

5.2. Impressora a laser 02

5.3. Copiadora multifuncional 01

5.4. Guilhotina 01

5.5. Outros Itens a serem estabelecidos pela Escola Privada K

6. Mobiliária em geral

6.1. Mobiliário infantil 120

6.2. Cadeiras 160

6.3. Mesa tipo escrivaninha 10

6.4. Arquivo de aço com 4 gavetas 10

6.5. Armário madeira com 2 portas 10

6.6. Mesa de leitura 01

6.7. Mesa de reunião da sala de professores 01

6.8. Armário com 2 portas para secretaria 01

6.9. Mesa para refeitório 05

6.10. Mesa para impressora 02

6.11. Mesa para computador 04

6.12. Estantes para biblioteca 04

6.13. Berços e colchões 30

6.14. Banheira com suporte 02

6.15. Quadro para sala 10

6.16. Outros Itens a serem estabelecidos pela Escola Privada L

7. Aparelhos em geral

7.1. Bebedouro elétrico 02

7.2. Circulador de ar 10

7.3. Máquina de lavar roupa 01

7.4. Secadora 01

7.5. Telefone 01

7.6. Outros Itens a serem estabelecidos pela Escola Privada M

Fonte: Tabela 16 da Resolução CNE/CEB No 08/2010, com acréscimos deste estudo.

UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL

Page 23

A EP deverá especificar outros itens de equipamentos e materiais permanentes para os

setores: esportes e brincadeiras; cozinha; coleções e materiais bibliográficos; equipamentos

para áudio, vídeo e foto; setor de informática; mobiliária em geral; e aparelhos em geral.

PRÉ-ESCOLA

As características da pré-escola são aquelas descritas no item 4.1.1. O quadro 07

apresenta os equipamentos e materiais permanentes propostos pela CNE, para a pré-escola

com essas características, em que os itens 1.2, 2.6, 3.6, 4.8, 5.6 e 6.19 foram acrescentados

para serem especificados pela Escola Privada.

Ressalte-se, novamente, que a análise dos equipamentos e materiais permanentes deve

considerar a ampliação da jornada diária que foi considerada de 5 horas e, portanto, não é de

tempo integral.

A EP deverá especificar outros itens de equipamentos e materiais permanentes para os

setores: esportes e brincadeiras; cozinha; coleções e materiais bibliográficos; equipamentos

para áudio, vídeo e foto; processamento de dados; mobiliária e aparelhos em geral.

Quadro 07 – PRÉ-ESCOLA: Equipamentos e Materiais Permanentes

Descrição Quantidade

1. Esportes e brincadeiras

1.1. Colchonetes (para educação física) 25

1.2. Outros Itens a serem estabelecidos pela Escola Privada X

2. Cozinha

2.1. Freezer de 305 litros 01

2.2. Geladeira de 270 litros 01

2.3. Fogão industrial 01

2.4. Liquidificador industrial 01

2.5. Botijão de gás de 13 quilos 02

2.6 Outros Itens a serem estabelecidos pela Escola Privada Y

3. Coleções e materiais bibliográficos

3.1. Enciclopédias 01

3.2. Dicionário Houaiss ou Aurélio 01

3.3. Outros dicionários 02

3.4. Literatura infantil 2.640

3.5. Material complementar de apoio pedagógico 100

3.6. Outros Itens a serem estabelecidos pela Escola Privada Z

4. Equipamentos para áudio, vídeo e foto

4.1. Retroprojetor 01

4.2. Tela para projeção 01

4.3. Televisor de 20 polegadas 06

4.4. Suporte para TV e DVD 06

4.5. Aparelho de DVD 06

UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL

Page 24

4.6. Máquina fotográfica 01

4.7. Aparelho de CD e rádio 06

4.8 Outros Itens a serem estabelecidos pela Escola Privada W

5. Processamento de Dados

5.1. Computador para administração/docentes 05

5.2. Impressora jato de tinta 01

5.3. Impressora laser 01

5.4. Copiadora multifuncional 01

5.5. Guilhotina de papel 01

5.6 Outros Itens a serem estabelecidos pela Escola Privada K

6. Mobiliária e aparelhos em geral

6.1. Carteiras 132

6.2. Cadeiras 132

6.3. Mesa tipo escrivaninha 06

6.4. Arquivo de aço com 4 gavetas 06

6.5. Armário de madeira com 2 portas 06

6.6 Mesa para computador 05

6.7. Mesa de leitura 01

6.8. Mesa de reunião da sala de professores 01

6.9. Armário com 2 portas para secretaria 01

6.10. Mesa para refeitório 07

6.11. Mesa para impressora 02

6.12. Estantes para biblioteca 09

6.13. Quadro para sala de aula 06

6.14. Bebedouro elétrico 02

6.15. Circulador de ar de parede 06

6.16. Máquina de lavar roupa 01

6.17 Máquina Secadora 01

6.18 Telefone 01

6.19 Outros Itens a serem estabelecidos pela Escola Privada L

Fonte: Tabela 19 da Resolução CNE/CEB No 8/2010.

ENSINO FUNDAMENTAL (anos iniciais)

As características do ensino fundamental (anos iniciais) são aquelas descritas no

item 4.1.1. O Quadro 08 apresenta os equipamentos e materiais permanentes propostos pela

CNE, para o ensino fundamental (anos iniciais) com essas características, em que os itens 1.3,

2.6, 3.8, 4.8, 5.7 e 6.20 foram acrescentados para serem especificados pela Escola Privada.

Ressalte-se, novamente, que a análise dos equipamentos e materiais permanentes deve

considerar a ampliação da jornada diária que foi considerada de 5 horas e, portanto, não é de

tempo integral.

Quadro 08 – Ensino Fundamental (anos iniciais): equipamentos e materiais permanentes

Descrição Quantidade

1. Esportes e brincadeiras

1.1. Colchonetes (para educação física) 25

1.2. Brinquedos para parquinho 01

1.3. Outros Itens a serem estabelecidos pela Escola Privada X

2. Cozinha

UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL

Page 25

2.1. Freezer de 305 litros 01

2.2. Geladeira de 270 litros 01

2.3. Fogão industrial 01

2.4. Liquidificador industrial 01

2.5. Botijão de gás de 13 quilos 02

2.6. Outros Itens a serem estabelecidos pela Escola Privada Y

3. Coleções e materiais bibliográficos

3.1. Enciclopédias 01

3.2. Dicionário Houaiss ou Aurélio 02

3.3. Outros dicionários 25

3.4. Literatura infantil 4.000

3.5. Literatura infanto-juvenil 4.000

3.6. Paradidáticos 400

3.7. Material complementar de apoio pedagógico 160

3.8. Outros Itens a serem estabelecidos pela Escola Privada Z

4. Equipamentos para áudio, vídeo e foto

4.1. Retroprojetor 01

4.2. Tela para projeção 01

4.3. Televisor de 20 polegadas 10

4.4. Suporte para TV e DVD 10

4.5. Aparelho de DVD 10

4.6. Máquina fotográfica 01

4.7. Aparelho de CD e rádio 10

4.8. Outros Itens a serem estabelecidos pela Escola Privada W

5. Processamento de Dados

5.1. Computador para sala de informática 25

5.2. Computador para administração/docentes 06

5.3. Impressora jato de tinta 01

5.4. Impressora laser 01

5.5. Fotocopiadora 01

5.6. Guilhotina de papel 01

5.7. Outros Itens a serem estabelecidos pela Escola Privada K

6. Mobiliária e aparelhos em geral

6.1. Carteiras 240

6.2. Cadeiras 240

6.3. Mesa tipo escrivaninha 10

6.4. Arquivo de aço com 4 gavetas 10

6.5. Armário de madeira com 2 portas 10

6.6 Mesa para computador 31

6.7. Mesa de leitura 01

6.8. Mesa de reunião da sala de professores 01

6.9. Armário com 2 portas 10

6.10. Mesa para refeitório 08

6.11. Mesa para impressora 02

6.12. Estantes para biblioteca 25

6.13. Quadro para sala de aula 10

6.14. Kit de ciências (p/ 40 alunos) 05

6.15. Bebedouro elétrico 02

6.16. Circulador de ar de parede 10

6.17. Máquina de lavar roupa 01

6.18 Máquina Secadora 01

6.19 Telefone 01

6.20. Outros Itens a serem estabelecidos pela Escola Privada L

Fonte: Tabela 22 da Resolução CNE/CEB No 8/2010.

UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL

Page 26

A EP deverá especificar outros itens de equipamentos e materiais permanentes para os

setores: esportes e brincadeiras; cozinha; coleções e materiais bibliográficos; equipamentos

para áudio, vídeo e foto; processamento de dados; mobiliária e aparelhos em geral.

4.2.2 A EP EF(anos finais)/EM

ENSINO FUNDAMENTAL (anos finais)

As características do ensino fundamental (anos finais) são aquelas descritas no item

4.1.2. O Quadro 09 apresenta os equipamentos e materiais permanentes propostos pela CNE,

para o ensino fundamental (anos finais) com essas características, em que os itens 1.2, 2.6,

3.9, 4.8, 5.7 e 6.19 foram acrescentados para serem especificados pela Escola Privada.

Ressalte-se, novamente, que a análise dos equipamentos e materiais permanentes deve

considerar a ampliação da jornada diária que foi considerada de 5 horas e, portanto, não é de

tempo integral.

Quadro 09 – Ensino Fundamental (anos finais): equipamentos e materiais permanentes

Descrição Quantidade

1. Esportes e brincadeiras

1.1. Colchonetes (para educação física) 30

1.2. Outros Itens a serem estabelecidos pela Escola Privada X

2. Cozinha

2.1. Freezer de 305 litros 02

2.2. Geladeira de 270 litros 02

2.3. Fogão industrial 02

2.4. Liquidificador industrial 02

2.5. Botijão de gás de 13 quilos 02

2.6. Outros Itens a serem estabelecidos pela Escola Privada Y

3. Coleções e materiais bibliográficos

3.1. Enciclopédias 02

3.2. Dicionário Houaiss ou Aurélio 04

3.3. Outros dicionários 30

3.4. Literatura infanto-juvenil 3.000

3.5. Literatura brasileira 3.000

3.6. Literatura estrangeira 3.000

3.7. Paradidáticos 600

3.8. Material complementar de apoio pedagógico 200

3.9. Outros Itens a serem estabelecidos pela Escola Privada Z

4. Equipamentos para áudio, vídeo e foto

4.1. Retroprojetor 01

4.2. Tela para projeção 01

4.3. Televisor de 20 polegadas 10

4.4. Suporte para TV e DVD 10

4.5. Aparelho de DVD 10

4.6. Máquina fotográfica 01

4.7. Aparelho de CD e rádio 10

UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL

Page 27

4.8. Outros Itens a serem estabelecidos pela Escola Privada W

5. Processamento de Dados

5.1. Computador para sala de informática 30

5.2. Computador para administração/docentes 08

5.3. Impressora jato de tinta 02

5.4. Impressora laser 02

5.5. Fotocopiadora 01

5.6. Guilhotina de papel 01

5.7. Outros Itens a serem estabelecidos pela Escola Privada K

6. Mobiliária e aparelhos em geral

6.1. Carteiras 300

6.2. Cadeiras 300

6.3. Mesa tipo escrivaninha 10

6.4. Arquivo de aço com 4 gavetas 10

6.5. Armário de madeira com 2 portas 10

6.6 Mesa para computador 38

6.7. Mesa de leitura 04

6.8. Mesa de reunião da sala de professores 02

6.9. Armário com 2 portas 10

6.10. Mesa para refeitório 10

6.11. Mesa para impressora 04

6.12. Estantes para biblioteca 25

6.13. Quadro para sala de aula 10

6.14. Kit de ciências (p/ 40 alunos) 10

6.15. Bebedouro elétrico 04

6.16. Circulador de ar de parede 10

6.17. Máquina de lavar 01

6.18 Telefone 02

6.19. Outros Itens a serem estabelecidos pela Escola Privada L

Fonte: Tabela 25 da Resolução CNE/CEB No 8/2010.

A EP deverá especificar outros itens de equipamentos e materiais permanentes para os

setores: esportes e brincadeiras; cozinha; coleções e materiais bibliográficos; equipamentos

para áudio, vídeo e foto; processamento de dados; mobiliária e aparelhos em geral.

ENSINO MÉDIO

As características do ensino médio são aquelas descritas no item 4.1.2. O Quadro 10

apresenta os equipamentos e materiais permanentes propostos pela CNE, para o ensino médio

com essas características, em que os itens 1.2, 2.6, 3.8, 4.8, 5.8 e 6.21 foram acrescentados

para serem especificados pela Escola Privada.

Ressalte-se, novamente, que a análise dos equipamentos e materiais permanentes deve

considerar a ampliação da jornada diária que foi considerada de 5 horas e, portanto, não é de

tempo integral.

UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL

Page 28

Quadro 10 – Ensino Médio: equipamentos e materiais permanentes

Descrição Quantidade

1. Esportes e brincadeiras

1.1. Colchonetes (para Educação Física) 30

1.2. Outros Itens a serem estabelecidos pela Escola Privada X

2. Cozinha

2.1. Freezer de 305 litros 02

2.2. Geladeira de 270 litros 02

2.3. Fogão industrial 02

2.4. Liquidificador industrial 02

2.5. Botijão de gás de 13 quilos 04

2.6. Outros Itens a serem estabelecidos pela Escola Privada Y

3. Coleções e materiais bibliográficos

3.1. Enciclopédias 03

3.2. Dicionário Houaiss ou Aurélio 06

3.3. Outros dicionários 30

3.4. Literatura brasileira 4.500

3.5. Literatura estrangeira 4.500

3.6. Paradidáticos 900

3.7. Material complementar de apoio pedagógico 300

3.8. Outros Itens a serem estabelecidos pela Escola Privada Z

4. Equipamentos para áudio, vídeo e foto

4.1. Retroprojetor 03

4.2. Tela para projeção 03

4.3. Televisor de 20 polegadas 15

4.4. Suporte para TV e DVD 15

4.5. Aparelho de DVD 15

4.6. Máquina fotográfica 01

4.7. Aparelho de CD e rádio 15

4.8. Outros Itens a serem estabelecidos pela Escola Privada W

5. Processamento de Dados

5.1. Computador para sala de informática 31

5.2. Computador para administração/docentes 08

5.3. Impressora jato de tinta 04

5.4. Impressora laser 02

5.5. Fotocopiadora 01

5.6. Copiadora Multifuncional 01

5.7. Guilhotina de papel 01

5.8. Outros Itens a serem estabelecidos pela Escola Privada K

6. Mobiliária e aparelhos em geral

6.1. Carteiras 450

6.2. Cadeiras 450

6.3. Mesa tipo escrivaninha 15

6.4. Arquivo de aço com 4 gavetas 15

6.5. Armário de madeira com 2 portas 15

6.6 Mesa para computador 30

6.7. Mesa de leitura 08

6.8. Mesa de reunião da sala de professores 02

6.9. Armário com 2 portas 10

6.10. Mesa para refeitório 12

6.11. Mesa para impressora 06

6.12. Estantes para biblioteca 34

6.13. Quadro para sala de aula 15

6.14. Kit de Biologia (p/ 40 alunos) 10

6.15. Kit de Química (p/ 40 alunos) 10

UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL

Page 29

6.16. Kit de Física (p/ 40 alunos) 10

6.17. Bebedouro elétrico 04

6.18. Circulador de ar de parede 15

6.19. Máquina de lavar 01

6.20. Telefone 03

6.21. Outros Itens a serem estabelecidos pela Escola Privada L

Fonte: Tabela 28 da Resolução CNE/CEB No 8/2010.

A EP deverá especificar outros itens de equipamentos e materiais permanentes para os

setores: esportes e brincadeiras; cozinha; coleções e materiais bibliográficos; equipamentos

para áudio, vídeo e foto; processamento de dados; mobiliária e aparelhos em geral.

4.3 “Insumos” básicos

Os “insumos” básicos para o funcionamento das etapas da educação básica foram

estabelecidas pela Resolução CNE/CEB No 8/2010 e se distribuem nos seguintes itens:

pessoal docente; pessoal de gestão; bens e serviços; alimentação; e custos da administração

central.

4.3.1 “Insumos” básicos para o funcionamento da EP EI/EF(anos iniciais)

CRECHE

As características da creche são aquelas descritas no item 4.1.1. O quadro 11

apresenta os “insumos” propostos pela CNE, para a creche com essas características, em que

foram acrescentados outros itens que a Escola Privada deve estabelecer.

Ressalte-se, novamente, que neste caso a jornada diária de 10 horas já se caracteriza

como de tempo integral.

A EP deverá especificar outros itens de “insumos” básicos para : pessoal docentes;

pessoal de gestão escolar; bens e serviços; alimentação; e custos da administração central.

UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL

Page 30

Quadro 11 – Creche: “Insumos” de referência para o funcionamento da Creche

Insumos Quantidade

1. Pessoal docente

Professor com ensino superior (40h) 03

Professor com ensino médio (40h) 17

Outros professores a serem estabelecidos pela Escola Privada X

2. Pessoal de Gestão

Direção 01

Secretária 01

Manutenção e infraestrutura 02

Coordenador pedagógico 01

Outros profissionais serem estabelecidos pela Escola Privada Y

3. Bens e serviços

Água/luz/telefone (mês) 12

Material de limpeza 12

Materiais pedagógicos e brinquedos por criança 130

Projetos de ações pedagógicas por criança 130

Material de escritório (mês) 12

Conservação predial (ano) 01

Manutenção e reposição de equipamento (mês) 12

Outros Itens a serem estabelecidos pela Escola Privada Z

4. Alimentação

Funcionários 02

Alimentos (5 refeições / dia por criança) 130

Outros Itens a serem estabelecidos pela Escola Privada W

5. Custos na administração central

Formação profissional 27

Encargos sociais (20% do pessoal) -

Administração e supervisão (5%) -

Outros Custos a serem estabelecidos pela Escola Privada K

Fonte: Tabela 17 da Resolução CNE/CEB No 8/2010.

PRÉ-ESCOLA

As características da pré-escola são aquelas descritas no item 4.1.1. O quadro 12

apresenta os “insumos” propostos pela CNE, para a pré-escola com essas características, em

que foram acrescentados outros itens que a Escola Privada deve estabelecer.

Ressalte-se, novamente, que a análise dos “insumos” deve considerar a ampliação da

jornada diária que foi considerada de 5 horas e, portanto, não é de tempo integral.

A EP deverá especificar outros itens de “insumos” básicos para: pessoal docentes;

pessoal de gestão escolar; bens e serviços; alimentação; e custos da administração central.

UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL

Page 31

Quadro 12 – Pré-Escola: “Insumos” de referência para o funcionamento da Pré-Escola

Insumos Quantidade

1. Pessoal docente

Professor com ensino superior (40h) 06

Professor com Ensino Médio (40h) 06

Outros professores a serem estabelecidos pela Escola Privada X

2. Pessoal de gestão escolar

Direção 01

Secretária 01

Manutenção e infraestrutura 03

Coordenador pedagógico 01

Outros profissionais serem estabelecidos pela Escola Privada Y

3. Bens e serviços

Água/luz/telefone (mês) 12

Material de limpeza (mês) 12

Material didático (por aluno ao ano) 240

Projetos de ações pedagógicas (por aluno ao ano) 240

Material de escritório (mês) 12

Conservação predial (ano) 01

Manutenção e reposição de equipamento (mês) 12

Outros Itens a serem estabelecidos pela Escola Privada Z

4. Alimentação

Funcionários 02

Alimentos ( refeição/dia) 240

Outros Itens a serem estabelecidos pela Escola Privada W

5. Custos na administração central

Formação profissional 20

Encargos sociais (20% do pessoal) -

Administração e supervisão (5%) -

Outros Custos a serem estabelecidos pela Escola Privada K

Fonte: Tabela 20 da Resolução CNE/CEB No 8/2010.

ENSINO FUNDAMENTAL (Anos Iniciais)

As características do ensino fundamental (anos iniciais) são aquelas descritas no

item 4.1.1. O quadro 13 apresenta os “insumos” propostos pela CNE, para o ensino

fundamental (anos iniciais) com essas características, em que foram acrescentados outros

itens que a Escola Privada deve estabelecer.

Ressalte-se, novamente, que a análise dos “insumos” deve considerar a ampliação da

jornada diária que foi considerada de 5 horas e, portanto, não é de tempo integral.

A EP deverá especificar outros itens de equipamentos e materiais permanentes para os

“insumos”: pessoal docentes; pessoal de gestão escolar; bens e serviços; alimentação; e custos

da administração central.

UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL

Page 32

Quadro 13 – Ensino Fundamental (anos inicias): “Insumos” de referência para o funcionamento do

Ensino Fundamental (anos iniciais)

Insumos Quantidade

1. Pessoal docente

Professor com ensino superior (40h) 10

Professor com Ensino Médio (40h) 10

Outros professores a serem estabelecidos pela Escola Privada X

2. Pessoal de gestão escolar

Direção 01

Secretária 01

Manutenção e infraestrutura 05

Coordenador pedagógico 01

Auxiliar de biblioteconomia 01

Outros profissionais serem estabelecidos pela Escola Privada Y

3. Bens e serviços

Água/luz/telefone (mês) 12

Material de limpeza (mês) 12

Material didático (por aluno ao ano) 480

Projetos de ações pedagógicas (por aluno ao ano) 480

Material de escritório (mês) 12

Conservação predial (ano) 01

Manutenção e reposição de equipamento (mês) 12

Outros Itens a serem estabelecidos pela Escola Privada Z

4. Alimentação

Funcionários 05

Alimentos ( refeição/dia) 480

Outros Itens a serem estabelecidos pela Escola Privada W

5. Custos na administração central

Formação profissional 32

Encargos sociais (20% do pessoal) -

Administração e supervisão (5%) -

Outros Custos a serem estabelecidos pela Escola Privada K

Fonte: Tabela 23 da Resolução CNE/CEB No 8/2010.

4.3.2 “Insumos” básicos para o funcionamento da EP EF(anos finais)/EM

ENSINO FUNDAMENTAL (anos finais)

As características do ensino fundamental (anos finais) são aquelas descritas no item

4.1.2. O quadro 14 apresenta os “insumos” propostos pela CNE, para o ensino fundamental

(anos finais) com essas características, em que foram acrescentados outros itens que a Escola

Privada deve estabelecer.

Ressalte-se, novamente, que a análise dos “insumos” deve considerar a ampliação da

jornada diária que foi considerada de 5 horas e, portanto, não é de tempo integral.

UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL

Page 33

Quadro 14 – Ensino Fundamental (anos finais): “Insumos” de referência para o funcionamento do

Ensino Fundamental (anos finais)

Insumos Quantidade

1. Pessoal docente

Professor com ensino superior (40h) 20

Outros professores a serem estabelecidos pela Escola Privada X

2. Pessoal de gestão escolar

Direção 01

Secretária 01

Manutenção e infraestrutura (nível de EF) 04

Manutenção e infraestrutura (nível de EM) 02

Coordenador pedagógico 01

Bibliotecário 01

Outros profissionais serem estabelecidos pela Escola Privada Y

3. Bens e serviços

Água/luz/telefone (mês) 12

Material de limpeza (mês) 12

Material didático (por aluno ao ano) 600

Projetos de ações pedagógicas (por aluno ao ano) 600

Material de escritório (mês) 12

Conservação predial (ano) 01

Manutenção e reposição de equipamento (mês) 12

Outros Itens a serem estabelecidos pela Escola Privada Z

4. Alimentação

Funcionários 06

Alimentos ( refeição/dia) 600

Outros Itens a serem estabelecidos pela Escola Privada W

5. Custos na administração central

Formação profissional 30

Encargos sociais (20% do pessoal) -

Administração e supervisão (5%) -

Outros Custos a serem estabelecidos pela Escola Privada K

Fonte: Tabela 26 da Resolução CNE/CEB No 8/2010.

A EP deverá especificar outros itens de “insumos” básicos para: pessoal docentes;

pessoal de gestão escolar; bens e serviços; alimentação; e custos da administração central.

ENSINO MÉDIO

As características do ensino médio são aquelas descritas no item 4.1.2. O quadro 15

apresenta os “insumos” propostos pela CNE, para o ensino médio com essas características,

em que foram acrescentados outros itens que a Escola Privada deve estabelecer.

Ressalte-se, novamente, que a análise dos “insumos” deve considerar a ampliação da

jornada diária que foi considerada de 5 horas e, portanto, não é de tempo integral

UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL

Page 34

Quadro 15 – Ensino Médio: “Insumos” de referencia para o funcionamento do Ensino Médio

Descrição Quantidade

1. Pessoal docente

Professor com ensino superior (40h) 30

Outros professores a serem estabelecidos pela Escola Privada X

2. Pessoal de gestão escolar

Direção 02

Secretária 04

Manutenção e infraestrutura (nível de E.F.) 04

Manutenção e infraestrutura (nível de E.M.) 04

Coordenador pedagógico 02

Bibliotecário 02

Outros profissionais serem estabelecidos pela Escola Privada Y

3. Bens e serviços

Água/luz/telefone (mês) 12

Material de limpeza (mês) 12

Material didático (por aluno ao ano) 900

Projetos de ações pedagógicas (por aluno ao ano) 900

Material de escritório (mês) 12

Conservação predial (ano) 01

Manutenção e reposição de equipamento (mês) 12

Outros Itens a serem estabelecidos pela Escola Privada Z

4. Alimentação

Funcionários 08

Alimentos ( refeição/dia) 900

Outros Itens a serem estabelecidos pela Escola Privada W

5. Custos na administração central

Formação profissional 48

Encargos sociais (20% do pessoal) -

Administração e supervisão (5%) -

Outros Custos a serem estabelecidos pela Escola Privada K

Fonte: Tabela 29 da Resolução CNE/CEB No 8/2010.

A EP deverá especificar outros itens de “insumos” básicos para : pessoal docentes;

pessoal de gestão escolar; bens e serviços; alimentação; e custos da administração central.

5. Determinação dos Custos das Escolas Privadas

Nesta etapa da metodologia a Escola Privada precisa estabelecer:

- salários mensais dos professores;

- salários do pessoal de gestão;

- custo mensal de água/luz/telefone;

- custo mensal de material de limpeza;

- custo mensal dos materiais pedagógicos;

- custo mensal dos projetos de ações pedagógicas;

- custo mensal do material de escritório;

UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL

Page 35

- custo anual da conservação predial;

- custo mensal da manutenção e reposição de equipamentos;

- salários dos funcionários da alimentação;

- valor por dia, por criança, da alimentação;

- custo mensal da formação profissional;

- outros itens acrescentados pela Escola Privada.

5.1.1 Custos para o funcionamento da EP EI/EF(anos iniciais)

Pessoal Docente

CRECHE

A tabela 02 deve ser elaborada pela Escola Privada estabelecendo o salário mensal do

professor, o custo total do ano que deve considerar os encargos trabalhistas e o custo aluno

por ano, considerando-se o número de crianças na creche.

Tabela 02 – CRECHE: Salário mensal dos professores e custo do aluno por ano devido a este pagamento

Pessoal Docente Quantidade Custo por mês (em

R$)

Custo total no ano

(em R$)

Custo aluno por ano

(em R$)

Professor com

ensino superior

(40h)

03

Professor com

ensino médio (40h)

17

Outros professores

a serem

estabelecidos pela

Escola Privada

Custo Total por aluno (em R$)

PRÉ-ESCOLA

A tabela 03 deve ser elaborada pela Escola Privada estabelecendo o salário mensal do

professor, o custo total do ano que deve considerar os encargos trabalhistas e o custo aluno

por ano, considerando-se o número de crianças na pré-escola.

UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL

Page 36

Tabela 03 – PRÉ-ESCOLA: Salário mensal dos professores e custo do aluno por ano devido a este

pagamento

Pessoal Docente Quantidade Custo por mês (em

R$)

Custo total no ano

(em R$)

Custo aluno por ano

(em R$)

Professor com

ensino superior

(40h)

06

Professor com

Ensino Médio

(40h)

06

Outros professores

a serem

estabelecidos pela

Escola Privada

Custo Total por aluno (em R$)

ENSINO FUNDAMENTAL (anos iniciais)

A tabela 04 deve ser elaborada pela Escola Privada estabelecendo o salário mensal do

professor, o custo total do ano que deve considerar os encargos trabalhistas e o custo aluno

por ano, considerando-se o número de crianças no ensino fundamental (anos iniciais).

Tabela 04 – ENSINO FUNDAMENTAL (anos iniciais): Salário mensal dos professores e custo do aluno

por ano devido a este pagamento

Pessoal Docente Quantidade Custo por mês (em

R$)

Custo total no ano

(em R$)

Custo aluno por ano

(em R$)

Professor com

ensino superior

(40h)

10

Professor com

Ensino Médio

(40h)

10

Outros professores

a serem

estabelecidos pela

Escola Privada

Custo Total por aluno (em R$)

Pessoal de Gestão

CRECHE

A tabela 05 deve ser elaborada pela Escola Privada estabelecendo o salário mensal do

pessoal de gestão, o custo total do ano que deve considerar os encargos trabalhistas e o custo

aluno por ano, considerando-se o número de crianças na creche.

UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL

Page 37

Tabela 05 – CRECHE: Salário mensal do pessoal de gestão e custo do aluno por ano devido a este

pagamento

Pessoal de Gestão Quantidade Custo por mês (em

R$)

Custo total no ano

(em R$)

Custo aluno por ano

(em R$)

Direção 01

Secretária 01

Manutenção e

infraestrutura

02

Coordenador

pedagógico

01

Outros

profissionais serem

estabelecidos pela

Escola Privada

Custo Total por aluno (em R$)

PRÉ-ESCOLA

A tabela 06 deve ser elaborada pela Escola Privada estabelecendo o salário mensal do

pessoal de gestão, o custo total do ano que deve considerar os encargos trabalhistas e o custo

aluno por ano, considerando-se o número de crianças na pré-escola.

Tabela 06 – PRÉ-ESCOLA: Salário mensal do pessoal de gestão e custo do aluno por ano devido a este

pagamento

Pessoal de Gestão Quantidade Custo por mês (em

R$)

Custo total no ano

(em R$)

Custo aluno por ano

(em R$)

Direção 01

Secretária 01

Manutenção e

infraestrutura

03

Coordenador

pedagógico

01

Outros

profissionais serem

estabelecidos pela

Escola Privada

Custo Total por aluno (em R$)

ENSINO FUNDAMENTAL (anos iniciais)

A tabela 07 deve ser elaborada pela Escola Privada estabelecendo o salário mensal do

pessoal de gestão, o custo total do ano que deve considerar os encargos trabalhistas e o custo

aluno por ano, considerando-se o número de crianças no ensino fundamental (anos iniciais).

UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL

Page 38

Tabela 07 – ENSINO FUNDAMENTAL (anos iniciais): Salário mensal do pessoal de gestão e custo do

aluno por ano devido a este pagamento

Pessoal de Gestão Quantidade Custo por mês (em

R$)

Custo total no ano

(em R$)

Custo aluno por ano

(em R$)

Direção 01

Secretária 01

Manutenção e

infraestrutura

05

Coordenador

pedagógico

01

Auxiliar de

biblioteconomia

01

Outros

profissionais serem

estabelecidos pela

Escola Privada

Custo Total por aluno (em R$)

Bens e Serviços

CRECHE

A tabela 08 deve ser elaborada pela Escola Privada estabelecendo o custo mensal dos

bens e serviços, o custo total do ano e o custo aluno por ano, considerando-se o número de

crianças na creche.

Tabela 08 – CRECHE: Custo mensal dos bens e serviços e custo do aluno por ano devido a este

pagamento

Bens e serviços Quantidade Custo por mês (em

R$)

Custo total no ano

(em R$)

Custo aluno por ano

(em R$)

Água/luz/telefone

(mês)

12

Material de

limpeza

12

Materiais

pedagógicos e

brinquedos por

criança

130

Projetos de ações

pedagógicas por

criança

130

Material de

escritório (mês)

12

Conservação

predial (ano)

01

Manutenção e

reposição de

equipamento (mês)

12

UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL

Page 39

Outros Itens a

serem

estabelecidos pela

Escola Privada

Custo Total por aluno (em R$)

PRÉ-ESCOLA

A tabela 09 deve ser elaborada pela Escola Privada estabelecendo o custo mensal dos

bens e serviços, o custo total do ano e o custo aluno por ano, considerando-se o número de

crianças na pré-escola.

Tabela 09 – PRÉ-ESCOLA: Custo mensal dos bens e serviços e custo do aluno por ano devido a este

pagamento

Bens e serviços Quantidade Custo por mês (em

R$)

Custo total no ano

(em R$)

Custo aluno por ano

(em R$)

Água/luz/telefone

(mês)

12

Material de

limpeza (mês)

12

Material didático

(por aluno ao ano)

240

Projetos de ações

pedagógicas (por

aluno ao ano)

240

Material de

escritório (mês)

12

Conservação

predial (ano)

01

Manutenção e

reposição de

equipamento (mês)

12

Outros Itens a

serem

estabelecidos pela

Escola Privada

Custo Total por aluno (em R$)

ENSINO FUNDAMENTAL (anos iniciais)

A tabela 10 deve ser elaborada pela Escola Privada estabelecendo o custo mensal dos

bens e serviços, o custo total do ano e o custo aluno por ano, considerando-se o número de

crianças no ensino fundamental (anos iniciais).

Tabela 10 – ENSINO FUNDAMENTAL (anos iniciais): Custo mensal dos bens e serviços e custo do aluno

por ano devido a este pagamento

Bens e serviços Quantidade Custo por mês (em

R$)

Custo total no ano

(em R$)

Custo aluno por ano

(em R$)

UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL

Page 40

Água/luz/telefone

(mês)

12

Material de

limpeza (mês)

12

Material didático

(por aluno ao ano)

480

Projetos de ações

pedagógicas (por

aluno ao ano)

480

Material de

escritório (mês)

12

Conservação

predial (ano)

01

Manutenção e

reposição de

equipamento (mês)

12

Outros Itens a

serem

estabelecidos pela

Escola Privada

Custo Total por aluno (em R$)

Alimentação

CRECHE

A tabela 11 deve ser elaborada pela Escola Privada estabelecendo o custo mensal da

alimentação, o custo total do ano e o custo aluno por ano, considerando-se o número de

crianças na creche.

PRÉ-ESCOLA

A tabela 12 deve ser elaborada pela Escola Privada estabelecendo o custo mensal da

alimentação, o custo total do ano e o custo aluno por ano, considerando-se o número de

crianças na pré-escola.

Tabela 11 – CRECHE: Custo mensal da alimentação e custo do aluno por ano devido a este pagamento

Alimentação Quantidade Custo por mês (em

R$)

Custo total no ano

(em R$)

Custo aluno por ano

(em R$)

Funcionários 02

Alimentos (5

refeições / dia por

criança)

130

Outros Itens a

serem

estabelecidos pela

Escola Privada

Custo Total por aluno (em R$)

UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL

Page 41

Tabela 12 – PRÉ-ESCOLA: Custo mensal da alimentação e custo do aluno por ano devido a este

pagamento

Alimentação Quantidade Custo por mês (em

R$)

Custo total no ano

(em R$)

Custo aluno por ano

(em R$)

Funcionários 02

Alimentos (

refeição/dia)

240

Outros Itens a

serem

estabelecidos pela

Escola Privada

Custo Total por aluno (em R$)

ENSINO FUNDAMENTAL (anos iniciais)

A tabela 13 deve ser elaborada pela Escola Privada estabelecendo o custo mensal da

alimentação, o custo total do ano e o custo aluno por ano, considerando-se o número de

crianças no ensino fundamental (anos iniciais).

Tabela 13 – ENSINO FUNDAMENTAL (anos iniciais): Custo mensal da alimentação e custo do aluno por

ano devido a este pagamento

Alimentação Quantidade Custo por mês (em

R$)

Custo total no ano

(em R$)

Custo aluno por ano

(em R$)

Funcionários 05

Alimentos (

refeição/dia)

480

Outros Itens a

serem

estabelecidos pela

Escola Privada

Custo Total por aluno (em R$)

Administração Central

CRECHE

A tabela 14 deve ser elaborada pela Escola Privada estabelecendo o custo mensal com

a administração central, o custo total do ano e o custo aluno por ano, considerando-se o

número de crianças na creche.

UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL

Page 42

Tabela 14 – CRECHE: Custo mensal com a administração central e custo do aluno por ano devido a este

pagamento

Administração

Central

Quantidade Custo por mês (em

R$)

Custo total no ano

(em R$)

Custo aluno por ano

(em R$)

Formação

profissional

27

Encargos sociais

(20% do pessoal)

-

Administração e

supervisão (5%)

-

Outros Custos a

serem

estabelecidos pela

Escola Privada

Custo Total por aluno (em R$)

PRÉ-ESCOLA

A tabela 15 deve ser elaborada pela Escola Privada estabelecendo o custo mensal com

a administração central, o custo total do ano e o custo aluno por ano, considerando-se o

número de crianças na pré-escola.

Tabela 15 – PRÉ-ESCOLA: Custo mensal com a administração central e custo do aluno por ano devido a

este pagamento

Administração

Central

Quantidade Custo por mês (em

R$)

Custo total no ano

(em R$)

Custo aluno por ano

(em R$)

Formação

profissional

20

Encargos sociais

(20% do pessoal)

-

Administração e

supervisão (5%)

-

Outros Custos a

serem

estabelecidos pela

Escola Privada

Custo Total por aluno (em R$)

ENSINO FUNDAMENTAL (anos iniciais)

A tabela 16 deve ser elaborada pela Escola Privada estabelecendo o custo mensal com

a administração central, o custo total do ano e o custo aluno por ano, considerando-se o

número de crianças no ensino fundamental (anos iniciais).

UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL

Page 43

Tabela 16 – ENSINO FUNDAMENTAL (anos iniciais): Custo mensal com a administração central e custo

do aluno por ano devido a este pagamento

Administração

Central

Quantidade Custo por mês (em

R$)

Custo total no ano

(em R$)

Custo aluno por ano

(em R$)

Formação

profissional

32

Encargos sociais

(20% do pessoal)

-

Administração e

supervisão (5%)

-

Outros Custos a

serem

estabelecidos pela

Escola Privada

Custo Total por aluno (em R$)

5.1.2 Custos para o funcionamento da EP EF(anos finais)/EM

Pessoal Docente

ENSINO FUNDAMENTAL (anos finais)

A tabela 17 deve ser elaborada pela Escola Privada estabelecendo o salário mensal do

professor, o custo total do ano que deve considerar os encargos trabalhistas e o custo aluno

por ano, considerando-se o número de crianças no ensino fundamental (anos finais).

Tabela 17 – ENSINO FUNDAMENTAL (anos finais): Salário mensal dos professores e custo do aluno por

ano devido a este pagamento

Pessoal Docente Quantidade Custo por mês (em

R$)

Custo total no ano

(em R$)

Custo aluno por ano

(em R$)

Professor com

ensino superior

(40h)

10

Professor com

Ensino Médio

(40h)

10

Outros professores

a serem

estabelecidos pela

Escola Privada

Custo Total por aluno (em R$)

ENSINO MÉDIO

UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL

Page 44

A tabela 18 deve ser elaborada pela Escola Privada estabelecendo o salário mensal do

professor, o custo total do ano que deve considerar os encargos trabalhistas e o custo aluno

por ano, considerando-se o número de crianças no ensino médio.

Tabela 18 – ENSINO MÉDIO: Salário mensal dos professores e custo do aluno por ano devido a este

pagamento

Pessoal Docente Quantidade Custo por mês (em

R$)

Custo total no ano

(em R$)

Custo aluno por ano

(em R$)

Professor com

ensino superior

(40h)

30

Outros professores

a serem

estabelecidos pela

Escola Privada

Custo Total por aluno (em R$)

Pessoal de Gestão

ENSINO FUNDAMENTAL (anos finais)

A tabela 19 deve ser elaborada pela Escola Privada estabelecendo o salário mensal do

pessoal de gestão, o custo total do ano que deve considerar os encargos trabalhistas e o custo

aluno por ano, considerando-se o número de crianças no ensino fundamental (anos finais).

Tabela 19 – ENSINO FUNDAMENTAL (anos finais): Salário mensal do pessoal de gestão e custo do

aluno por ano devido a este pagamento

Pessoal de Gestão Quantidade Custo por mês (em

R$)

Custo total no ano

(em R$)

Custo aluno por ano

(em R$)

Direção 01

Secretária 01

Manutenção e

infraestrutura

(nível de EF)

04

Manutenção e

infraestrutura

(nível de EM)

02

Coordenador

pedagógico

01

Bibliotecário 01

Outros

profissionais serem

estabelecidos pela

Escola Privada

Custo Total por aluno (em R$)

UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL

Page 45

ENSINO MÉDIO

A tabela 20 deve ser elaborada pela Escola Privada estabelecendo o salário mensal do

pessoal de gestão, o custo total do ano que deve considerar os encargos trabalhistas e o custo

aluno por ano, considerando-se o número de crianças no ensino médio.

Tabela 20 – ENSINO MÉDIO: Salário mensal do pessoal de gestão e custo do aluno por ano devido a este

pagamento

Pessoal de Gestão Quantidade Custo por mês (em

R$)

Custo total no ano

(em R$)

Custo aluno por ano

(em R$)

Direção 02

Secretária 04

Manutenção e

infraestrutura

(nível de E.F.)

04

Manutenção e

infraestrutura

(nível de E.M.)

04

Coordenador

pedagógico

02

Bibliotecário 02

Outros

profissionais serem

estabelecidos pela

Escola Privada

Custo Total por aluno (em R$)

Bens e Serviços

ENSINO FUNDAMENTAL (anos finais)

A tabela 21 deve ser elaborada pela Escola Privada estabelecendo o custo mensal dos

bens e serviços, o custo total do ano e o custo aluno por ano, considerando-se o número de

crianças no ensino fundamental (anos finais).

Tabela 21 – ENSINO FUNDAMENTAL (anos finais): Custo mensal dos bens e serviços e custo do aluno

por ano devido a este pagamento

Bens e serviços Quantidade Custo por mês (em

R$)

Custo total no ano

(em R$)

Custo aluno por ano

(em R$)

Água/luz/telefone

(mês)

12

Material de

limpeza (mês)

12

UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL

Page 46

Material didático

(por aluno ao ano)

600

Projetos de ações

pedagógicas (por

aluno ao ano)

600

Material de

escritório (mês)

12

Conservação

predial (ano)

01

Manutenção e

reposição de

equipamento (mês)

12

Outros Itens a

serem

estabelecidos pela

Escola Privada

Custo Total por aluno (em R$)

ENSINO MÉDIO

A tabela 22 deve ser elaborada pela Escola Privada estabelecendo o custo mensal dos

bens e serviços, o custo total do ano e o custo aluno por ano, considerando-se o número de

crianças no ensino médio.

Tabela 22 – ENSINO MÉDIO: Custo mensal dos bens e serviços e custo do aluno por ano devido a este

pagamento

Bens e serviços Quantidade Custo por mês (em

R$)

Custo total no ano

(em R$)

Custo aluno por ano

(em R$)

Água/luz/telefone

(mês)

12

Material de

limpeza (mês)

12

Material didático

(por aluno ao ano)

900

Projetos de ações

pedagógicas (por

aluno ao ano)

900

Material de

escritório (mês)

12

Conservação

predial (ano)

01

Manutenção e

reposição de

equipamento (mês)

12

Outros Itens a

serem

estabelecidos pela

Escola Privada

Custo Total por aluno (em R$)

UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL

Page 47

Alimentação

ENSINO FUNDAMENTAL (anos finais)

A tabela 23 deve ser elaborada pela Escola Privada estabelecendo o custo mensal da

alimentação, o custo total do ano e o custo aluno por ano, considerando-se o número de

crianças no ensino fundamental (anos finais).

Tabela 23 – ENSINO FUNDAMENTAL (anos iniciais): Custo mensal da alimentação e custo do aluno por

ano devido a este pagamento

Alimentação Quantidade Custo por mês (em

R$)

Custo total no ano

(em R$)

Custo aluno por ano

(em R$)

Funcionários 06

Alimentos (

refeição/dia)

600

Outros Itens a

serem

estabelecidos pela

Escola Privada

Custo Total por aluno (em R$)

ENSINO MÉDIO

A tabela 24 deve ser elaborada pela Escola Privada estabelecendo o custo mensal da

alimentação, o custo total do ano e o custo aluno por ano, considerando-se o número de

crianças no ensino médio.

Tabela 24 – ENSINO MÉDIO: Custo mensal da alimentação e custo do aluno por ano devido a este

pagamento

Alimentação Quantidade Custo por mês (em

R$)

Custo total no ano

(em R$)

Custo aluno por ano

(em R$)

Funcionários 08

Alimentos (

refeição/dia)

900

Outros Itens a

serem

estabelecidos pela

Escola Privada

Custo Total por aluno (em R$)

UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL

Page 48

Administração Central

ENSINO FUNDAMENTAL (anos finais)

A tabela 25 deve ser elaborada pela Escola Privada estabelecendo o custo mensal com

a administração central, o custo total do ano e o custo aluno por ano, considerando-se o

número de crianças no ensino fundamental (anos finais).

Tabela 25 – ENSINO FUNDAMENTAL (anos finais): Custo mensal com a administração central e custo

do aluno por ano devido a este pagamento

Administração

Central

Quantidade Custo por mês (em

R$)

Custo total no ano

(em R$)

Custo aluno por ano

(em R$)

Formação

profissional

30

Encargos sociais

(20% do pessoal)

-

Administração e

supervisão (5%)

-

Outros Custos a

serem

estabelecidos pela

Escola Privada

Custo Total por aluno (em R$)

ENSINO MÉDIO

A tabela 26 deve ser elaborada pela Escola Privada estabelecendo o custo mensal com

a administração central, o custo total do ano e o custo aluno por ano, considerando-se o

número de crianças no ensino médio.

Tabela 26 – ENSINO MÉDIO: Custo mensal com a administração central e custo do aluno por ano devido

a este pagamento

Administração

Central

Quantidade Custo por mês (em

R$)

Custo total no ano

(em R$)

Custo aluno por ano

(em R$)

Formação

profissional

48

Encargos sociais

(20% do pessoal)

-

Administração e

supervisão (5%)

-

Outros Custos a

serem

estabelecidos pela

Escola Privada

Custo Total por aluno (em R$)

UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL

Page 49

5.3. Custos Totais da EP EI/EF(anos iniciais)

As tabelas que seguem resumem os custos apresentados no item 5.1 e a última tabela

apresenta o Custo Total por Aluno (em R$).

CRECHE

Tabela 27 – CRECHE: Custo por aluno da Creche

“Insumos” Custo por aluno ( em R$) da Creche

1) Pessoal Docente

2) Pessoal de Gestão

3) Bens e Serviços

4) Alimentação

5) Administração Central

Total

PRÉ-ESCOLA

Tabela 28 – PRÉ-ESCOLA: Custo por aluno da Pré-Escola

“Insumos” Custo por aluno ( em R$)

1) Pessoal Docente

2) Pessoal de Gestão

3) Bens e Serviços

4) Alimentação

5) Administração Central

Total

ENSINO FUNDAMENTAL (anos iniciais)

Tabela 29 – ENSINO FUNDAMENTAL (anos iniciais): Custo por aluno do Ensino Fundamental (anos

iniciais)

“Insumos” Custo por aluno ( em R$)

1) Pessoal Docente

2) Pessoal de Gestão

3) Bens e Serviços

4) Alimentação

5) Administração Central

Total

A tabela 30 apresenta o custo por aluno da EP EI/EF(anos iniciais), obtido dividindo-

se os valores obtidos para os gastos totais nesta EP e o número total de alunos da Escola.

Tabela 30 - Custo Total por aluno da EP EI/EF(anos iniciais)

“Insumos” Custo por aluno da EP EI/EF(anos iniciais) ( em R$)

1) Pessoal Docente

2) Pessoal de Gestão

3) Bens e Serviços

4) Alimentação

5) Administração Central

Total

UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL

Page 50

5.4. Custos Totais da EP EF(anos finais)/EM

As tabelas que seguem resumem os custos apresentados no item 5.1 e a última tabela

apresenta o Custo Total por Aluno (em R$).

ENSINO FUNDAMENTAL (anos finais)

Tabela 31 – ENSINO FUNDAMENTAL (anos finais): Custo por aluno do Ensino Fundamental (anos

finais)

“Insumos” Custo por aluno ( em R$)

1) Pessoal Docente

2) Pessoal de Gestão

3) Bens e Serviços

4) Alimentação

5) Administração Central

Total

ENSINO MÉDIO

Tabela 32 – ENSINO MÉDIO: Custo por aluno do Ensino Médio

“Insumos” Custo por aluno ( em R$)

1) Pessoal Docente

2) Pessoal de Gestão

3) Bens e Serviços

4) Alimentação

5) Administração Central

Total

A tabela 33 apresenta o custo por aluno da EP EF(anos finais)/EM, obtido dividindo-

se os valores obtidos para os gastos totais nesta EP e o número total de alunos da Escola.

Tabela 33 - Custo Total por aluno da EP EF(anos finais)/EM

“Insumos” Custo por aluno ( em R$)

1) Pessoal Docente

2) Pessoal de Gestão

3) Bens e Serviços

4) Alimentação

5) Administração Central

Total

UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL

Page 51

6. Comparações com custos nacionais e internacionais

A Escola Privada deve comparar os custos que foram obtidos com aqueles presentes

na Resolução CNE/CEN No 08/2010, com os valores definidos no âmbito do Fundeb e com os

valores médios aplicados pelos países membros da OCDE. A tabela 34 mostra esses valores

Tabela 34 – Valores para comparação

Escolas EI/EF/EM Resolução

CNE/CEB No

8/2010 (ver Tab.

34)

Valor estabelecido

no item 7 deste

estudo.

Média OCDE

(US$/PPP) (2011)

(Ver Tab. 37)

Valor obtido para a

Escola Privada

Creche

Pré-Escola

EF (anos iniciais)

EF (anos finais)

Ensino Médio

6.1 Comparação com o valor médio dos países membros da OCDE

A Escola privada poderá balizar o valor obtido para os custos por estudante com

aqueles da OCDE, examinando o perfil da renda per capita do país da OCDE com aquele da

cidade em que a EP está instalada. A tabela 35 mostra a renda per capita em US$/PPP* para

os países membros a OCDE e tabela 36 apresenta esse mesmo parâmetro para as capitais

brasileiras, como exemplificação dessa etapa da metodologia. Como resultado dessa

comparação a EP pode redefinir seus parâmetros como: número de estudantes por turma;

número de professores; jornada de trabalho dos professores; jornada diária de aulas; salários

dos professores e funcionários etc. A tabela 37 apresenta os valores aplicados em cada país da

OCDE para cada etapa/modalidade da educação básica.

UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL

Page 52

Tabela 35 – Renda per capita (US$/PPP)

País Renda per capita (US$/PPP), valor estimado para 2014

Austrália 46.400

Bélgica 43.000

Chile 23.000

Dinamarca 44.300

Alemanha 45.900

Estônia 27.000

Finlândia 40.300

França 40.400

Grécia 25.900

Irlanda 49.200

Islândia 43.600

Israel 32.700

Itália 35.500

Japão 37.400

Canadá 44.800

Coréia do Sul 35.300

Luxemburgo 92.000

México 17.900

Nova Zelândia 35.200

Holanda 47.400

Noruega 66.900

Áustria 46.400

Polônia 25.100

Portugal 27.000

Suécia 46.000

Suíça 58.100

Eslováquia 28.100

Eslovênia 29.700

Espanha 33.700

Rep. Tcheca 29.900

Turquia 19.600

Hungria 24.900

Reino Unido 39.500

Estados Unidos 54.600

Fonte: www.cia.gov.br/library/publications/resources/the-world-

factbook/fields/2004.html#br. Acesso em 20/out./2015.

UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL

Page 53

Tabela 36 - Capitais brasileira: renda per capita (US$/PPP)

País Renda per capita em R$, em

2012, a preços correntes

Renda per capita, em

US$/PPP*

Rio Branco 14.200 10.252

Maceió 5.027 3.630

Manaus 26.761 19.321

Amapá 15.530 11.213

Salvador 14.706 10.617

Fortaleza 17.360 12.534

Brasília 64.653 46.679

Vitória 14.645 10.574

Goiânia 22.591 16.311

São Luiz 23.664 17.086

Belo Horizonte 24.365 17.592

Campo Grande 21.071 15.213

Cuiabá 23.691 17.105

Belém 14.576 10.524

João Pessoa 15.119 10.916

Recife 23.679 17.096

Teresina 14.823 10.702

Curitiba 33.292 24.037

Rio de Janeiro 34.572 24.961

Natal 16.257 11.737

Porto Velho 22.081 15.943

Boa Vista 17.925 12.942

Porto Alegre 33.883 24.463

Florianópolis 29.123 21.027

Aracaju 16.699 12.056

São Paulo 43.895 31.692

Palmas 17.065 12.321

Fonte: cidades.ibge.gov.br/xtras/temas.php?lang=&codnum=.....Acesso em 20/out./2015.

*1R$ = 0,722 US$/PPP, considerando as informações da CIA sobre o valor do PIB em

US$/PPP e o valor do PIB em R$, em www.ipeadata.gov.br.

UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL

Page 54

Tabela 37 – Valor anual aplicado por estudante (todas as despesas) – 2011 (US$/PPP)

País EI (crianças

de 3 a 5 anos)

EF (anos

iniciais)

EF (anos

finais)

Ensino Médio

Austrália 10.734 8.671 10.689 9.859

Bélgica 6.333 9.281 - -

Chile 5.083 4.551 4.494 4.496 (2012)

Dinamarca 14.148 9.434 10.971 10.908

Alemanha 8.351 7.579 9.247 12.022

Estônia 2.618 5.328 6.009 6.688

Finlândia 5.700 8.159 12.545 8.467

França 6.615 6.917 9.668 13.071

Grécia - - - -

Irlanda - 8.520 11.442 11.576

Islândia 9.138 10.339 10.160 7.461

Israel 4.058 6.823 - -

Itália 7.868 8.448 8.686 8.519

Japão 5.591 8.280 9.677 10.093

Canadá - 9.232 - 11.607

Coréia do Sul 6.861 6.976 6.674 9.698

Luxemburgo 25.074 23.871 16.125 16.238

México 2.568 2.622 2.344 4.034

Nova Zelândia 11.088 8.084 8.670 10.023

Holanda 8.020 8.036 12.031 12.171

Noruega 6.730 12.459 12.769 14.838

Áustria 8.933 10.600 13.547 13.666

Polônia 6.409 6.233 5.995 5.764

Portugal 5.674 5.865 8.294 9.139

Suécia 6.915 10.295 10.823 11.022

Suíça 5.267 12.907 15.124 16.521

Eslováquia 4.653 5.517 5.109 4.783

Eslovênia 8.136 9.260 9.947 7.724

Espanha 6.725 7.288 9.335 10.090

Rep. Tcheca 4.302 4.587 7.730 6.886

Turquia 2.412 2.218 2.250 3.239

Hungria 4.564 4.566 4.709 4.455

Reino Unido 9.692 9.857 13.894 6.491

Estados Unidos 10.010 10.958 12.338 13.143

Média OCDE 7.428 8.296 9.377 9.506

Fonte: Education at a Glance 2014, Table B1.1a.

Deve-se, portanto, comparar, como referência, o valor da EP EI/EF (anos iniciais)

com o país escolhido. O mesmo procedimento, para a EP EF(anos finais)/EM.

6.2 Informações que podem balizar os valores a serem utilizados nas Escolas

A definição do salario do professor, o quantitativo de estudantes por sala de aula e o

número de estudantes por professor podem ser balizados na Escola Privada pelos valores

existentes nos países membros da OCDE. A tabela 38 apresenta o salario do professor, por

UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL

Page 55

estudante. A tabela 39 mostra o número de estudantes por sala de aula e a tabela 40 apresenta

o número de estudantes por professor.

Tabela 38 – Salário dos professores: valor por estudante – 2012 (US$/PPP)

País EF (anos

iniciais)

EF (anos

finais)

Ensino Médio

Austrália 3.301 4.355 4.355

Bélgica 3.797 5.833 6.037

Chile 1.117 1.102 1.093

Dinamarca 4.310 4.310 -

Alemanha 3.884 4.840 5.318

Estônia 957 1.270 886

Finlândia 2.909 4.775 2.863

França 1.795 2.398 3.790

Grécia 2.839 - -

Irlanda 3.410 3.676 3.676

Islândia - - -

Israel 1.935 1.974 2.327

Itália 2.769 3.102 2.895

Japão 2.680 3.377 -

Canadá 3.596 3.696 4.152

Coréia do Sul 2.725 2.757 3.243

Luxemburgo 10.704 12.019 12.019

México 724 822 -

Nova Zelândia - - -

Holanda 3.463 4.354 3.656

Noruega 3.763 3.719 4.335

Áustria 3.572 5.185 4.897

Polônia 1.653 2.101 2.175

Portugal 2.923 3.605 4.550

Suécia - - -

Suíça - - -

Eslováquia 797 1.044 964

Eslovênia 2.066 4.133 2.334

Espanha 3.118 4.321 4.727

Rep. Tcheca 1.027 1.766 1.771

Turquia 1.325 1.376 1.706

Hungria 1.263 1.279 1.255

Inglaterra 1.959 2.907 2.421

Estados Unidos 3.003 3.068 3.249

Média OCDE 2.575 3.129 3.212

Fonte: Education at a Glance 2014, p. 295, Table B7.1.

UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL

Page 56

Tabela 39 – Número de estudantes por sala – 2012

País EF (anos

iniciais)

EF (anos

finais)

Austrália 25 25

Bélgica - -

Chile 31 31

Dinamarca 18 20

Alemanha 21 24

Estônia 15 12

Finlândia 18 22

França 23 26

Grécia 20 24

Irlanda - -

Islândia 15 13

Israel 24 23

Itália 20 22

Japão 30 34

Canadá - -

Coréia do Sul 29 33

Luxemburgo 20 20

México 19 24

Nova Zelândia - -

Holanda - -

Noruega - -

Áustria 19 22

Polônia 12 18

Portugal 21 25

Suécia - -

Suíça - -

Eslováquia 16 18

Eslovênia 22 18

Espanha 24 25

Rep. Tcheca 15 19

Turquia 20 20

Hungria 20 20

Reino Unido 17 18

Estados Unidos 18 20

Média OCDE 21 22

Fonte: Education at a Glance 2014, Table D2.1.

UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL

Page 57

Tabela 40 – Número de estudantes por professor – 2012

País EI (3 anos ou mais) EF(anos

iniciais)

EF(anos

finais)

Ensino Médio

Prof+Assit. Somente Prof.

Austrália - - 16 - -

Bélgica 16 16 13 8 10

Chile 11 22 22 22 24

Dinamarca - - - 12 -

Alemanha 10 12 16 14 14

Estônia - 7 13 10 14

Finlândia - 11 14 9 16

França 14 22 19 15 10

Grécia - - 9 - -

Irlanda - - 16 - -

Islândia 6 6 10 11 11

Israel 13 27 15 14 11

Itália - 12 12 12 13

Japão 15 15 18 14 12

Canadá - - - 16 14

Coréia do Sul 16 16 18 18 15

Luxemburgo - 11 9 11 8

México 25 25 28 32 27

Nova Zelândia - 7 16 16 14

Holanda 14 16 16 16 19

Noruega - - 10 10 10

Áustria 10 14 12 9 10

Polônia - 16 11 10 11

Portugal - 16 12 10 8

Suécia 6 6 12 11 13

Suíça - - - - -

Eslováquia 12 12 17 13 14

Eslovênia 9 9 16 8 14

Espanha - 13 13 11 10

Rep. Tcheca 14 14 19 11 11

Turquia - 21 20 20 16

Hungria - 11 11 11 12

Reino Unido 12 19 21 14 17

Estados Unidos 10 12 15 15 15

Média OCDE 13 14 15 14 14

Fonte: Education at a Glance 2014, Table D2.2.

UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL

Page 58

7. O valor aplicado por aluno e a qualidade

A educação brasileira possui muitos pontos de estrangulamento quando se discute

sobre a sua qualidade: baixos salários dos professores; infraestrutura das escolas/instituições

deficientes; titulação dos professores incompatível com a docência em diferentes níveis,

etapas e modalidades educacionais; grande desigualdade dos estudantes, tanto no nível

cultural quanto econômico etc.

Isto faz com que uma questão relevante nessa discussão seja o vínculo entre qualidade

e financiamento, uma vez que diversos dos pontos de estrangulamento exigem um maior

aporte de recursos financeiros para as instituições educativas. A vinculação qualidade-

financiamento, em geral, pode ser analisada utilizando-se o valor aplicado por estudante, nos

diversos níveis e etapas educacionais (PINTO, 2014, p. 148-150).

Adotaremos como referencial de qualidade a pontuação média obtida pelos estudantes

ao realizarem a prova do Programme for International Student Assessment (PISA) ou

Programa Internacional de Avaliação de Estudantes, em português. Por este referencial será

assumido, portanto, que os países que possuem pontuações mais elevadas no PISA

desenvolveriam processos educacionais que levam a uma maior qualidade. Desta forma

podemos desenvolver análises comparativas do Brasil com outros países, para podermos

identificar quais são os valores a serem aplicados por estudante, que permitiriam afirmar que a

educação brasileira atingiu um determinado nível de qualidade.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa Educacionais Anísio Teixeira (INEP) é

responsável no Brasil pela coordenação do Programa. As provas são aplicadas em intervalos

de três anos e “abrangem três áreas do conhecimento - Leitura, Matemática e Ciências –

havendo, a cada edição do programa, maior ênfase em cada uma dessas áreas.”

(BRASIL.INEP, 2014a).

Foram utilizados neste estudo os resultados da aplicação das provas no ano de 2012 e

que tiveram como ênfase a área de matemática. A tabela 41 mostra os resultados do PISA

(BRASIL.INEP, 2014a) para países selecionados que possuem os valores aplicados por

estudante nos níveis e etapas educacionais divulgados no Education at a Glance 2014 da

Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico. (OCDE, 2015).

UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL

Page 59

Tabela 41 – Valor Médio da prova do PISA de 2012

Pontuação

na prova de

Matemática

Pontuação

na prova de

Leitura

Pontuação

na prova de

Ciências

Valor Médio

da

pontuação

Coréia do Sul 554 536 538 543

Japão 536 538 547 540

Finlândia 519 524 545 529

Estônia 521 516 541 526

Canadá 518 523 525 522

Polônia 518 518 526 521

Holanda 523 511 522 519

Suíça 531 509 515 518

Alemanha 514 508 524 515

Irlanda 501 523 522 515

Austrália 504 512 521 512

Bélgica 515 509 505 510

Nova Zelândia 500 512 516 509

Reino Unido 494 499 514 502

Áustria 506 490 506 501

Rep. Tcheca 499 493 508 500

França 495 505 499 500

Eslovênia 501 481 514 499

Dinamarca 500 496 498 498

Noruega 489 504 495 496

Letônia 491 489 502 494

Estados Unidos 481 498 497 492

Itália 485 490 494 490

Luxemburgo 490 488 491 490

Espanha 484 488 496 489

Portugal 487 488 489 488

Hungria 477 488 494 486

Islândia 493 483 478 485

Lituânia 479 477 496 484

Suécia 478 483 485 482

Rússia 482 475 486 481

Israel 466 486 470 474

Eslováquia 482 463 471 472

Grécia 453 477 467 466

Turquia 448 475 463 462

Bulgária 439 436 446 440

Chile 423 441 445 436

México 413 424 415 417

Brasil 391 410 405 402

Argentina 388 396 406 397

Colômbia 376 403 399 393

Indonésia 375 396 382 384

Fonte: (BRASIL.INEP, 2015a)

Na tabela 41 os países estão listados por ordem de seus resultados na prova do PISA,

do maior para o menor. No conjunto dos países selecionados o de maior PISA é a Coréia do

Sul, 543, e o de menor é a Indonésia, com valor médio de 384 pontos.

Para estudarmos o vínculo entre o valor aplicado por estudante e o resultado do PISA

UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL

Page 60

utilizaremos a seguinte metodologia: para cada uma das etapas da educação básica (para

efetivar as comparações internacionais as etapas consideradas serão as seguintes: creche e

pré-escola; ensino fundamental, anos iniciais; ensino fundamental, anos finais; e ensino

médio) traçaremos um gráfico que contém o valor aplicado por estudante no eixo horizontal e

o resultado do PISA na vertical. Traçaremos duas linhas perpendiculares, uma vertical,

marcando o valor médio do valor aplicado por estudante e uma horizontal com o valor médio

do resultado do PISA. Dessa forma, ficam explicitadas quatro regiões com características

diferentes:

a) A Região 1, constituída por países que aplicaram por aluno, recursos abaixo da média

do conjunto dos países e obtiveram como resultado na prova do PISA um valor acima

da média do PISA, do conjunto de países;

b) a Região 2, em que estão presentes aqueles países que aplicaram, por aluno, um valor

maior do que a média e obtiveram um resultado para a prova também acima da média;

c) a Região 3 apresenta os países que aplicaram valores por aluno menores do que a

média e, também, apresentaram resultados para o PISA abaixo da média;

d) a Região 4 que conta com aqueles países que aplicaram valores por estudante acima da

média e apresentaram valores abaixo da média para o PISA.

Os países que se situarem na Região 1, por possuírem resultados para o PISA acima da

média e valores aplicados por estudante abaixo da média podem ser considerados “altamente

eficientes” nesse contexto que relaciona financiamento com os resultados do PISA.

Assumiremos neste estudo, que o valor médio aplicado pelos países da Região 1 será o valor

limite a ser aplicado por estudante, aquém do qual os resultados do PISA caem e além do qual

o resultado do PISA, obrigatoriamente, não se eleva.

Aplicaremos inicialmente a metodologia para o caso da creche e pré-escola. A tabela

42 mostra os resultados do PISA e os valores aplicados por estudante para diversos países. Os

países estão ordenados por valores aplicados por estudante, do maior para o menor e estão em

US$/PPP, o que significa valores em dólares que sofreram correções para se obter a paridade

do poder de compra (Purchasing Power Parity – PPP).

UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL

Page 61

Tabela 42 – Creche e Pré-Escola: resultado do PISA e valor aplicado por estudante

País Resultado do PISA

(2012)

Valor aplicado por estudante (2011)

(US$/PPP)

Luxemburgo 490 25.074,00

Dinamarca 498 14.148,00

Nova Zelândia 509 11.088,00

Austrália 512 10.734,00

Estados Unidos 492 10.010,00

Reino Unido 502 9.692,00

Islândia 485 9.138,00

Áustria 501 8.933,00

Alemanha 515 8.351,00

Eslovênia 499 8.136,00

Holanda 519 8.020,00

Itália 490 7.868,00

Suécia 482 6.915,00

Coréia do Sul 543 6.861,00

Noruega 496 6.730,00

Espanha 489 6.725,00

França 500 6.615,00

Polônia 521 6.409,00

Bélgica 510 6.333,00

Finlândia 529 5.700,00

Portugal 488 5.674,00

Japão 540 5.591,00

Suíça 518 5.267,00

Chile 436 5.083,00

Eslováquia 472 4.653,00

Hungria 486 4.564,00

Letônia 494 4.359,00

Rep. Tcheca 500 4.302,00

Israel 474 4.058,00

Colômbia 393 3.491,00

Estônia 526 2.618,00

México 417 2.568,00

Turquia 462 2.412,00

Brasil 402 2.349,00

Argentina 397 1.979,00

Indonésia 384 205,00

Valor Médio 485 6.740,00

Fonte: (BRASIL.INEP, 2015a) e (OCDE, 2015)

Lançando os valores aplicados por estudante na horizontal e os resultados do PISA no

eixo vertical, obtemos o gráfico 01.

UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL

Page 62

Gráfico 01 - Creche e Pré-Escola: resultado do PISA e valor aplicado por estudante

Fonte: (BRASIL.INEP, 2015a) e (OCDE, 2015)

No gráfico 01 já aparecem assinaladas as quatro regiões delimitadas pela linha vertical

que marca o valor médio aplicado por estudante, que foi de U$$/PPP 6.740,00 e o eixo

horizontal que marca o valor médio dos resultados do PISA, de 485 pontos.

Os países que estão na Região 1, listados na tabela 43 são aqueles que aplicaram por

estudante valores abaixo da média de todos os países que constam da tabela 01 mas,

entretanto, obtiveram resultados na prova do PISA superiores à média dos países.

UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL

Page 63

Tabela 43 – Região 1 – Creche e Pré-Escola: resultado do PISA e valor aplicado por estudante

País Resultado do PISA (2012) Valor aplicado por estudante

(2011)

(US$/PPP)

Noruega 496 6.730,00

Espanha 489 6.725,00

França 500 6.615,00

Polônia 521 6.409,00

Bélgica 510 6.333,00

Finlândia 529 5.700,00

Portugal 488 5.674,00

Japão 540 5.591,00

Suíça 518 5.267,00

Hungria 486 4.564,00

Letônia 494 4.359,00

Rep. Tcheca 500 4.302,00

Estônia 526 2.618,00

Valor Médio 507 5.453,00

Fonte: (BRASIL.INEP, 2015a) e (OCDE, 2015) e análises deste estudo

O valor médio aplicado pelos países da Região 1 foi de US$/PPP 5.453,00 e o valor

médio do PISA foi de 507 pontos. São, portanto, países que podem ser considerados

altamente “eficientes” quando se analisa simplesmente a relação entre os valores aplicados

por estudante e os resultados do PISA.

Na Região 2 estão os países elencados na tabela 44 e são aqueles em que os recursos

aplicados foram superiores à média de todos os países da tabela 01 e os resultados do PISA

foram também maiores que o resultado médio do PISA.

Tabela 44 – Região 2 – Creche e Pré-Escola: resultado do PISA e valor aplicado por estudante

País Resultado do PISA

(2012)

Valor aplicado por estudante (2011)

(US$/PPP)

Austrália 512 10.734,00

Áustria 501 8.933,00

Dinamarca 498 14.148,00

Alemanha 515 8.351,00

Itália 490 7.868,00

Coréia do Sul 543 6.861,00

Luxemburgo 490 25.074,00

Holanda 519 8.020,00

Nova Zelândia 509 11.088,00

Eslovênia 499 8.136,00

Reino Unido 502 9.692,00

Estados Unidos 492 10.010,00

Valor Médio 506 10.743,00

Fonte: (BRASIL.INEP, 2015a) e (OCDE, 2015) e análises deste estudo

UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL

Page 64

Neste caso o valor médio dos recursos aplicados por estudante pelos países foi de

U$$/PPP 10.743,00 (97% maior do que o valor médio daquele da Região 1) e o valor médio

do resultado do PISA foi de 506 pontos, um pouco inferior ao valor de 507 dos países da

Região 1.

Estes resultados associados àqueles da Região 1 nos leva a concluir que não há uma

relação direta entre recursos aplicados por estudante e os resultados do PISA.

A Região 3 mostra os países listados na tabela 45, que são aqueles que aplicaram

valores por estudante menor do que a média de todos os países da tabela 01 e que obtiveram

resultados do PISA também menores que os da média de todos os países.

Tabela 45 – Região 3 – Creche e Pré-Escola: resultado do PISA e valor aplicado por estudante

País Resultado do PISA (2012) Valor aplicado por estudante (2011)

(US$/PPP)

Chile 436 5.083,00

Israel 474 4.058,00

México 417 2.568,00

Eslováquia 472 4.653,00

Turquia 462 2.412,00

Argentina 397 1.979,00

Brasil 402 2.349,00

Colômbia 393 3.491,00

Indonésia 384 205,00

Valor Médio 426 2.978,00

Fonte: (BRASIL.INEP, 2015a) e (OCDE, 2015) e análises deste estudo

Neste caso o valor médio aplicado por estudante foi de US$/PPP 2.978,00, bem mais

baixo que aquele da Região 1, que foi de US$/PPP 5.453,00. O valor médio do resultado do

PISA foi, também, bem mais baixo, de 426, comparado com 507 dos países da Região 1.

Nota-se que o Brasil se encontra presente nesta Região 3, aplicando por estudante da Creche

Pré-Escola, o valor de US$/PPP 2.349,00, considerando-se as informações da OCDE (OCDE,

2015).

Pode-se concluir, portanto, que apesar de não existir uma relação direta entre o valor

aplicado por estudante e resultado do PISA, como já analisamos, a análise da Região 3 nos

mostra que deve existir um valor limite a ser aplicado por estudante, a partir do qual um valor

menor que este já interferiria no resultado do PISA, abaixando-o.

Desta análise pode-se concluir:

Não existe uma relação direta entre o valor aplicado por estudante e o resultado do

PISA; entretanto, deve existir um valor limite a partir do qual um valor menor que este

UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL

Page 65

interferiria no resultado do PISA, abaixando-o. Na educação básica o Brasil está exatamente

nessa situação, aplicando recursos abaixo desse limite, o que vem interferindo no resultado

do PISA.

Na Região 4 está presente apenas a Suécia, que aplicou recursos por estudante acima

da média, US$/PPP 6.915,00 e obteve resultado do PISA abaixo da média; no limítrofe entre

as regiões 3 e 4 ficou a Islândia, que teve como resultado exatamente o valor médio do PISA e

aplicou US$/PPP 9.138,00, valor bem superior à média de todos os países da tabela 8, que foi

de US$/PPP 6.740,00.

Este resultado, associado àquele da Região 2, nos permite concluir novamente que

deve existir um valor limite a ser aplicado por estudante, a partir do qual uma elevação dos

valores por estudante também pode não significar um resultado do PISA mais alto.

Assumiremos neste estudo que esse valor limite seria o valor médio dos países que

aparecem na Região 1, por conseguirem valores elevados do PISA e a aplicação de recursos

financeiros por estudante abaixo do valor médio. Portanto, para creche e pré-escola, esse valor

seria de US$/PPP 5.453,00. Como o valor aplicado pelo Brasil foi de US$/PPP 2.349,00, para

atingir esse valor limite o país deveria elevar 132,1% o valor aplicado por estudante da

Creche e Pré-Escola. Esse valor limite será utilizado neste estudo para estimar o total de

recursos a serem aplicados na creche e pré-escola em 2024, último ano do PNE (2014-2024).

Aplicando a mesma metodologia para o ensino fundamental (EF), anos iniciais, ensino

fundamental (EF), anos finais e ensino médio (EM), encontraremos, por Região de análise, os

valores médios do PISA e os valores médios aplicados por estudante.

Para o ensino fundamental, anos iniciais, considerando os países selecionados, o

resultado médio do PISA (2012) foi de 487 pontos e o valor médio aplicado por estudante em

2011 foi de US$/PPP 7.532,00.

A tabela 46 apresenta para essa etapa, por Região de análise, os dois indicadores em

estudo.

Tabela 46 – EF, anos iniciais: valores médios por Região de análise

Países, por Região de análise Valor médio

do PISA

Valor médio aplicado por estudante

(2011) (US$/PPP)

Região 1: Espanha, Coréia do Sul, Polônia,

Portugal, Estônia, Letônia e Rep. Tcheca

509 5.894,00

Região 2: Luxemburgo, Suíça, Noruega,

Estados Unidos, Áustria, Reino Unido,

Dinamarca, Bélgica, Eslovênia, Canadá,

Austrália, Irlanda, Itália, Japão, Finlândia,

Nova Zelândia, Holanda e Alemanha

509

10.222,00

UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL

Page 66

Região 3: Israel, Eslováquia, Hungria,

Chile, Brasil, México, Turquia, Argentina,

Colômbia e Indonésia

432

3.377,00

Região 4: Islândia e Suécia 484 10.317,00

Fonte: (BRASIL.INEP, 2015a) e (OCDE, 2015) e análises deste estudo

O valor médio da Região 1 é de US$/PPP 5.894,00 e este será o valor limite para essa

etapa educacional. Neste caso, o valor aplicado pelo Brasil foi de US$/PPP 2.673,00 e atingir

o valor limite necessitaria de um aumento nesse valor de 120,5%.

Para o ensino fundamental, anos finais, o resultado médio do PISA (2012) para os

países selecionados foi de 486 pontos e o valor médio aplicado por estudante foi de US$/PPP

8.416,00.

A tabela 47 apresenta, por Região de análise, o resultado médio do PISA e o valor

médio aplicado por estudante.

Tabela 47 – EF, anos finais: valores médios por Região de análise

Países, por Região de análise Valor médio

do PISA

Valor médio aplicado por estudante

(2011) (US$/PPP)

Região 1: Rep. Tcheca, Estônia, Coréia do

Sul, Polônia, Portugal, Letônia

512 6.620,00

Região 2: Luxemburgo, Suíça, Reino

Unido, Áustria, Noruega, Finlândia, Estados

Unidos, Holanda, Irlanda, Dinamarca,

Austrália, Eslovênia, Japão, França,

Espanha, Alemanha, Itália, Nova Zelândia e

Turquia

504 10.998,00

Região 3: Eslováquia, Chile, Argentina,

Brasil, México, Colômbia e Indonésia

414 2.887,00

Região 4: Suécia e Islândia 484 10.492,00

Limítrofe entre as Regiões 1 e 3: Hungria 486 4.709,00

Fonte: (BRASIL.INEP, 2015a) e (OCDE, 2015) e análises deste estudo

O valor médio aplicado por estudante nos países da Região 1 foi de US$/PPP

6.620,00; este será, portanto, o valor limite a ser utilizado neste estudo para o EF, anos finais.

No ano de 2011 o Brasil aplicou o equivalente a US$/PPP 2.700,00 (OCDE, 2015), o que

significará elevar este valor em 145,2% para atingir o valor limite, média da Região 1.

Para países selecionados, o resultado médio do PISA (2012) foi de 487 e o valor

médio por estudante em 2011 foi de US$/PPP 8.567,00 para a etapa correspondente ao Ensino

Médio.

Por Região de análise, o valor médio do PISA e o valor médio aplicado por estudante

estão explicitados na tabela 48.

UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL

Page 67

Tabela 48 – Ensino Médio: valores médios por Região de análise

Países, por Região de análise Valor médio

do PISA

Valor médio aplicado por estudante

(2011) (US$/PPP)

Região 1: Itália, Finlândia, Eslovênia, Rep.

Tcheca, Estônia, Reino Unido, Polônia e

Letônia

508

6.694,00

Região 2: Suíça, Luxemburgo, Noruega,

Áustria, Estados Unidos, França, Holanda,

Alemanha, Canadá, Irlanda, Dinamarca,

Japão, Espanha, Nova Zelândia, Austrália,

Coréia do Sul e Portugal

509

12.039,00

Região 3: Islândia, Eslováquia, Chile,

Hungria, México, Turquia, Argentina,

Brasil, Colômbia e Indonésia

433

3.720,00

Região 4: Suécia 482 10.492,00

Fonte: (BRASIL.INEP, 2015a) e (OCDE, 2015) e análises deste estudo

Para essa etapa educacional o valor limite obtido foi de US$/PPP 6.694,00 e este será

o valor utilizado neste estudo para realizar as projeções para o final do PNE (2014-2024). O

valor aplicado pelo Brasil em 2011 foi de US$/PPP 2.605,00 (OCDE, 2015); para atingir

US$/PPP 6.694,00 será preciso elevar esse valor médio brasileiro em 157,0%.

Portanto, podemos tirar conclusões muito parecidas com aquelas da creche e pré-

escola, para o EF, anos iniciais, EF, anos finais e ensino médio, com relação a cada uma das

Regiões em análise. Dessa forma, pudemos obter os valores limites a serem aplicados por

estudante em cada uma das etapas consideradas para a educação básica; se for menor, corre-se

o risco de se obter resultados do PISA mais baixo e se forem maiores, não é garantido que os

resultados do PISA serão maiores. A tabela 49 resume os valores limites e que utilizaremos

para simular os recursos financeiros a serem aplicados em 2024, para que as metas do PNE

(2014-2024) sejam cumpridas.

Tabela 49 – Valores limites a serem aplicados por estudante para as etapas educacionais

Etapas Educacionais Valor limite a ser

aplicado por estudante

(US$/PPP)

Valor aplicado por

estudante no Brasil

(2011)

% de aumento no Brasil

para atingir os valores

limites

Creche e Pré-Escola 5.453,00 2.349,00 132,1

Ensino Fundamental,

anos iniciais

5.894,00 2.673,00 120,5

Ensino Fundamental,

anos finais

6.620,00 2.700,00 145,2

Ensino Médio 6.694,00 2.605,00 157,0

Fonte: (BRASIL.INEP, 2015a) e (OCDE, 2015) e análises deste estudo

Considerando-se os elevados percentuais de aumento para o Brasil atingir os valores

limites estabelecidos, pode-se afirmar que serão enormes os desafios a enfrentar para que

esses valores sejam atingidos até 2024.

UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL

Page 68

Apesar de na educação superior (ES) só podermos fazer uma relação indireta com o

resultado do PISA, pois a ES forma os professores que atuam na educação básica, usaremos a

mesma metodologia anterior para estabelecer o valor limite a ser utilizado para a educação

superior.

No caso da ES a tabela 50 apresenta os países que ficaram em cada uma das Regiões

de análise e valores, por Região.

Tabela 50 – Ensino Superior: valores médios por Região de análise

Países, por Região de análise Valor médio

do PISA

Valor médio aplicado por estudante

(2011) (US$/PPP)

Região 1: Nova Zelândia, Eslovênia, Itália,

Coréia do Sul, Polônia, Rep. Tcheca,

Estônia e Letônia

510

9.423,00

Região 2: Estados Unidos, Canadá, Suíça,

Dinamarca, Noruega, Finlândia, Holanda,

Alemanha, Japão, Austrália, Irlanda,

Bélgica, França, Áustria e Reino Unido

511

18.215,00

Região 3: Israel, Brasil, Portugal, Hungria,

Islândia, Chile, Turquia, Eslováquia,

México, Rússia, Colômbia e Indonésia

448

7.845,00

Região 4: Suécia 482 20.818,00

Limítrofe entre as Regiões 3 e 4: Espanha 489 13.173,00

Fonte: (BRASIL.INEP, 2015a) e (OCDE, 2015) e análises deste estudo

Verifica-se, portanto, na educação superior que o valor médio da Região 1, que seria o

valor limite para os valores aplicados por estudante, já é um pouco inferior ao valor constante

no documento Education at a Glance 2014 da OCDE, que é de US$/PPP 10.902,00 (OCDE,

2015). Neste caso o valor por estudante no Brasil poderia sofrer uma pequena de 13,6%.

Considerando-se este resultado, pode-se concluir que na educação brasileira há que se

elevar, primeiro, os valores aplicados por estudante, na educação básica; portanto, é preciso

diminuir a distância existente entre os valores aplicados, por estudante, na educação básica e

na educação superior.

Dessa análise pode concluir:

No Brasil, há que se diminuir a distância existente entre os valores aplicados por

estudante, na educação básica pública e na educação superior pública, pela elevação dos

valores aplicados na educação básica, praticamente mantendo o valor da educação superior.

UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL

Page 69

Os valores obtidos nessa análise podem, também, servir de parâmetros para a

definição do custo-aluno da Escola Provada; neste caso pode-se afirmar que há um certo

vínculo com a qualidade.

Referências

AMARAL, N. C. O novo PNE e o financiamento da educação no Brasil: os recursos como um

percentual do PIB. In: III Seminário Brasileiro de Educação. CEDES, 28 fev. a 2 mar.,

2011, Unicamp-SP.

AMARAL, Nelson Cardoso. Financiamento da Educação Superior: Estado X Mercado. São

Paulo e Piracicaba: Cortez e Unimep, 2003.

BRASIL.IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio/2013. Disponível em: <

http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/trabalhoerendimento/pnad2013/brasil_def

aultxls.shtm >. Acesso em: 12/dez./2014a.

BRASIL.INEP. Sobre o PISA. Disponível em: < http://portal.inep.gov.br/basica-censo-

escolar-sinopse-sinopse>. Acesso em: 10/out./2014a.

BRASIL.LEI No 13.005 de 15 de junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de Educação –

PNE e dá outras providências. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-

2014/Lei/L13005.htm. Acesso em: 9/nov./2014.

CARA, D. O custo da qualidade (Educação Básica) 2011. Disponível em:

<http://www2.camara.gov.br/atividade-legislativa/comissões/comissoes-

temporarias/especiais/54a-legislatura/pl-8035-10-plano-nacional-de-educacao/o-custo-da-

qualidade-daniel-cara>. Acesso em: 10/dez./2012.

EUA.CIA. The World Factbook. Disponível em:

<https://www.cia.gov/library/publications/rsources/the-world-factbook?. Acesso em:

20/mar./2015.

OCDE. Education at a Glance 2014. Disponível em: <http://www.oecd.org/edu/Education-at-

a-Glance-2015.pdf>. Acesso em: 20/jan./2015.

PINTO, J. M. R. Dinheiro traz felicidade? A relação entre insumos e qualidade na educação.

Em: Para onde vai o dinheiro? Caminhos e descaminhos do financiamento da educação.

PINTO, J. M. R. e SOUZA S. A. (Orgs.). São Paulo, Xamã, 2014.

PINTO, J. M. R. Quanto custa financiar um “PNE pra Valer”? Disponível em:

<http://www2.camara.gov.br/atividade-legislativa/comissões/comissoes-

temporarias/especiais/54a-legislatura/pl-8035-10-plano-nacional-de-educacao/arquivos/pne-

audiencia-25.5.11>. Acesso em: 10/dez./2011.

BRASIL.CF. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília-DF, 1988.

BRASIL.CONAE. CONAE-2010 – Construindo o sistema nacional articulado de educação: o

plano nacional de educação, diretrizes e estratégias de ação. (Documento Final).

<http://www.conae.mec.gov.br>. Acesso em: 26 fev. 2011.

BRASIL.INEP. Pesquisa Nacional Qualidade na Educação: problematização da

qualidade em pesquisa de custo-aluno-ano em escolas de educação básica (Relatório de

Pesquisa). Brasília-DF: Inep, 2006.

UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL

Page 70

BRASIL.LDB. Lei Nº. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e bases da

Educação Nacional. Disponível em: <http://www4.planalto.gov.br/legislacao>. Acesso em: 28

nov. 2010.

BRASIL.LEI 11.494. Lei Nº. 11.494, de 20 de junho de 2007. Regulamenta o Fundo de

Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da

Educação - FUNDEB, de que trata o art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais

Transitórias; altera a Lei no 10.195, de 14 de fevereiro de 2001; revoga dispositivos das Leis

nos 9.424, de 24 de dezembro de 1996, 10.880, de 9 de junho de 2004, e 10.845, de 5 de

março de 2004; e dá outras providências. Diário Oficial da União. Brasília-DF, 22 jun. 2007.

CARREIRA, D.; PINTO, J.M.R. Custo aluno-qualidade inicial: rumo à educação pública

de qualidade no Brasil. São Paulo: Global, 2007.

Goiânia, novembro de 2015.