UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL
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RELATÓRIO
UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE
(CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL
Novembro de 2015.
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1. O percurso da qualidade na legislação educacional a partir da Constituição Federal
de 1988
A Constituição Federal (CF) de 1988 estabeleceu os princípios sob os quais o ensino
deve ser ministrado indicando que deve existir a “garantia de padrão de qualidade”. Além
disso, afirmou que: “A distribuição dos recursos públicos assegurará prioridade ao
atendimento das necessidades do ensino obrigatório, no que se refere a universalização,
garantia de padrão de qualidade e equidade, nos termos do plano nacional de educação”.
(grifos nossos)
Em 1996, a Lei No. 9.394, a LDB, reafirma o princípio constitucional e o artigo 74
explicita que:
Art. 74 A União, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios, estabelecerá padrão mínimo de oportunidades educacionais para o
ensino fundamental, baseado no cálculo do custo mínimo por aluno, capaz de
assegurar ensino de qualidade.
Parágrafo único. O custo mínimo de que trata este artigo será calculado pela
União ao final de cada ano, com validade para o ano subsequente, considerando
variações regionais no custo dos insumos e as diversas modalidades de ensino.
(BRASIL.LEI No 9.394, Art. 74, grifos nossos).
O artigo 75 da LDB estabelece as ações supletivas e redistributivas da União e dos
Estados:
Art. 75 A ação supletiva e redistributiva da União e dos Estados será exercida
de modo a corrigir, progressivamente, as disparidades de acesso e garantir o
padrão mínimo de qualidade de ensino.
§ 1º A ação a que se refere este artigo obedecerá a fórmula de domínio público
que inclua a capacidade de atendimento e a medida do esforço fiscal do
respectivo Estado, do Distrito Federal ou do Município em favor da manutenção
e do desenvolvimento do ensino.
§ 2º A capacidade de atendimento de cada governo será definida pela razão
entre os recursos de uso constitucionalmente obrigatório na manutenção e
desenvolvimento do ensino e o custo anual do aluno, relativo ao padrão mínimo
de qualidade.
§ 3º Com base nos critérios estabelecidos nos §§ 1º e 2º, a União poderá fazer a
transferência direta de recursos a cada estabelecimento de ensino, considerado o
número de alunos que efetivamente frequentam a escola.
§ 4º A ação supletiva e redistributiva não poderá ser exercida em favor do
Distrito Federal, dos Estados e dos Municípios se estes oferecerem vagas, na
área de ensino de sua responsabilidade, conforme o inciso VI do art. 10 e o
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inciso V do art. 11 desta Lei, em número inferior à sua capacidade de
atendimento. (BRASIL.LEI No 9.394, Art. 75).
A lei que estabeleceu o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e
de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), a Lei No. 11.494 de 20 de junho de
2007, diz em ser artigo 30, inciso IV, que é preciso realizar “estudos técnicos com vistas na
definição do valor referencial anual por aluno que assegure padrão mínimo de qualidade
do ensino”. (BRASIL.LEI No 11.494, Art. 30, inciso IV, grifos nossos).
A alusão constitucional contida no §3º do artigo 212 da CF ao plano nacional de
educação se concretizou na Lei No. 13.005 de 25 de junho de 2014, que estabeleceu o Plano
Nacional de Educação para o período 2014-2024.
Com relação ao financiamento das metas do PNE (2014-2024), a sua meta 20
estabeleceu que se deve:
ampliar o investimento público em educação pública de forma a atingir, no
mínimo, o patamar de 7% (sete por cento) do Produto Interno Bruto - PIB do
País no 5o (quinto) ano de vigência desta Lei e, no mínimo, o equivalente a 10%
(dez por cento) do PIB ao final do decênio. (BRASIL. LEI No 13.005, 2014).
As estratégias de 20.6 a 20.10 associadas à meta 20 tratam especificamente do Custo-
Aluno-Qualidade:
Estratégia 20.6 - no prazo de 2 (dois) anos da vigência deste PNE, será
implantado o Custo Aluno-Qualidade inicial - CAQi, referenciado no conjunto
de padrões mínimos estabelecidos na legislação educacional e cujo
financiamento será calculado com base nos respectivos insumos indispensáveis
ao processo de ensino-aprendizagem e será progressivamente reajustado até a
implementação plena do Custo Aluno Qualidade – CAQ.
Estratégia 20.7 - implementar o Custo Aluno Qualidade - CAQ como parâmetro
para o financiamento da educação de todas etapas e modalidades da educação
básica, a partir do cálculo e do acompanhamento regular dos indicadores de
gastos educacionais com investimentos em qualificação e remuneração do
pessoal docente e dos demais profissionais da educação pública, em aquisição,
manutenção, construção e conservação de instalações e equipamentos
necessários ao ensino e em aquisição de material didático-escolar, alimentação e
transporte escolar.
Estratégia 20.8 - o CAQ será definido no prazo de 3 (três) anos e será
continuamente ajustado, com base em metodologia formulada pelo Ministério
da Educação - MEC, e acompanhado pelo Fórum Nacional de Educação - FNE,
pelo Conselho Nacional de Educação - CNE e pelas Comissões de Educação da
Câmara dos Deputados e de Educação, Cultura e Esportes do Senado Federal.
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Estratégia 20.9 - regulamentar o parágrafo único do art. 23 e o art. 211 da
Constituição Federal, no prazo de 2 (dois) anos, por lei complementar, de forma
a estabelecer as normas de cooperação entre a União, os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios, em matéria educacional, e a articulação do sistema
nacional de educação em regime de colaboração, com equilíbrio na repartição
das responsabilidades e dos recursos e efetivo cumprimento das funções
redistributiva e supletiva da União no combate às desigualdades educacionais
regionais, com especial atenção às regiões Norte e Nordeste.
Estratégia 20.10 - caberá à União, na forma da lei, a complementação de
recursos financeiros a todos os Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios
que não conseguirem atingir o valor do CAQi e, posteriormente, do CAQ.
Há, portanto, que se estabelecer o valor a ser aplicado por estudante para que exista um
certo padrão de qualidade na educação básica brasileira; fato caracterizado no contexto
educacional pela sigla CAQ, Custo-Aluno-Qualidade.
2. Uma metodologia para o cálculo do CAQ na educação básica
Uma determinada qualidade na educação infantil, no ensino fundamental e no ensino
médio parece que pode ser alcançada definindo-se parâmetros mínimos para a infraestrutura
da escola (espaço físico, instalações sanitárias, mobiliário, equipamentos, material pedagógico
etc.), para a qualificação dos profissionais que ali trabalham, e para a elaboração do projeto
pedagógico da escola. Esses parâmetros estão refletidos, por exemplo, nas metas contidas no
Plano Nacional de Educação (PNE) que teve vigência de janeiro de 2001 a janeiro de 2011
(BRASIL.PNE, 2010).
As metas 2 e 9 desse PNE, relativas à educação infantil, afirmavam:
Meta 2. Elaborar, no prazo de um ano, padrões mínimos de infra-estrutura para
o funcionamento adequado das instituições de educação infantil (creches e pré-
escolas) públicas e privadas, que, respeitando as diversidades regionais,
assegurem o atendimento das características das distintas faixas etárias e das
necessidades do processo educativo quanto a:
a) espaço interno, com iluminação, insolação, ventilação, visão para o espaço
externo, rede elétrica e segurança, água potável, esgotamento sanitário;
b) instalações sanitárias e para a higiene pessoal das crianças;
c) instalações para preparo e/ou serviço de alimentação;
d) ambiente interno e externo para o desenvolvimento das atividades, conforme
as diretrizes curriculares e a metodologia da educação infantil, incluindo o
repouso, a expressão livre, o movimento e o brinquedo;
e) mobiliário, equipamentos e materiais pedagógicos;
f) adequação às características das crianças especiais.
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Meta 9. Assegurar que, em três anos, todas as instituições de educação infantil
tenham formulado, com a participação dos profissionais de educação neles
envolvidos, seus projetos pedagógicos. (BRASIL.PNE, 2010)
As metas 4 e 8 tratavam do ensino fundamental:
Meta 4. Elaborar, no prazo de um ano, padrões mínimos nacionais de infra-
estrutura para o ensino fundamental, compatíveis com o tamanho dos
estabelecimentos e com as realidades regionais, incluindo:
a) espaço, iluminação, insolação, ventilação, água potável, rede elétrica,
segurança e temperatura ambiente;
b) instalações sanitárias e para higiene;
c) espaços para esporte, recreação, biblioteca e serviço de merenda escolar;
d) adaptação dos edifícios escolares para o atendimento dos alunos portadores
de necessidades especiais;
e) atualização e ampliação do acervo das bibliotecas;
f) mobiliário, equipamentos e materiais pedagógicos;
g) telefone e serviço de reprodução de textos;
h) informática e equipamento multimídia para o ensino.
Meta 8. Assegurar que, em três anos, todas as escolas tenham formulado seus
projetos pedagógicos, com observância das Diretrizes Curriculares para o
ensino fundamental e dos Parâmetros Curriculares Nacionais. (BRASIL.PNE,
2010)
Com relação ao ensino médio, as metas 5, 6, 9 e 10, afirmavam:
Meta 5. Assegurar, em cinco anos, que todos os professores do ensino médio
possuam diploma de nível superior, oferecendo, inclusive, oportunidades de
formação nesse nível de ensino àqueles que não a possuem.
Meta 6. Elaborar, no prazo de um ano, padrões mínimos nacionais de infra-
estrutura para o ensino médio, compatíveis com as realidades regionais,
incluindo:
a) espaço, iluminação, ventilação e insolação dos prédios escolares;
b) instalações sanitárias e condições para a manutenção da higiene em todos os
edifícios escolares;
c) espaço para esporte e recreação;
d) espaço para a biblioteca;
e) adaptação dos edifícios escolares para o atendimento dos alunos portadores
de necessidades especiais;
f) instalação para laboratórios de ciências;
g) informática e equipamento multimídia para o ensino.
h) atualização e ampliação do acervo das bibliotecas incluindo material
bibliográfico de apoio ao professor e aos alunos;
i) equipamento didático-pedagógico de apoio ao trabalho em sala de aula;
j) telefone e reprodutor de texto;
Meta 9. Assegurar que, em cinco anos, todas as escolas estejam equipadas, pelo
menos, com biblioteca, telefone e reprodutor de textos.
Meta 10. Assegurar que, em cinco anos, pelo menos 50%, e, em 10 anos, a
totalidade das escolas disponham de equipamento de informática para
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modernização da administração e para apoio à melhoria do ensino e da
aprendizagem. (BRASIL.PNE, 2010)
É recorrente, portanto, as referências às instalações físicas, ao projeto pedagógico e à
qualificação dos professores. Numa escola privada essas indicações presentes no PNE
(2001-2011) podem ser consideradas no estabelecimento de seu padrão de qualidade.
Debatendo sobre a qualidade da educação básica, o Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisa Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou em 2006 o relatório de pesquisa
“Problematização da qualidade em pesquisa de custo-aluno-ano em escolas de educação
básica”, em que foram levantados os custos-aluno-ano em escolas públicas de educação
básica que, no entender do Inep e do grupo de pesquisadores dos estados de Goiás, Pará,
Paraná, Piauí, Rio Grande do Sul, São Paulo e Ceará, “oferecem condições para a oferta de
um ensino de qualidade” (BRASIL.INEP, 2006, p.11). Uma das conclusões desse estudo,
realizado nesses estados, foi a de que uma escola pública de educação básica, de qualidade,
deve ter as seguintes condições básicas (BRASIL.INEP. 2006, p. 85-105).:
- quadro de professores qualificado;
- existência de carga horária disponível para o desenvolvimento de atividades que não
sejam de aulas;
- dedicação dos professores a uma só escola;
- aumento de salários de acordo com a formação continuada e titulação;
- corpo docente pertencente ao quadro efetivo com entrada por meio de concurso
público;
- dedicação dos funcionários a uma só escola;
- instalações bem conservadas;
- existência de biblioteca e laboratórios;
- motivação para o trabalho;
- diretor eleito e com experiência docente e de gestão;
- participação da comunidade escolar;
- integração da escola com a comunidade local e existência de Conselho Escolar ou
equivalente, atuante;
- cuidados com a segurança da comunidade escolar;
- desenvolvimento de projetos especiais com governos e comunidade local.
Estes são, portanto, novos indicadores para o estabelecimento de um padrão de
qualidade nas escolas privadas.
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A partir da metodologia para o cálculo do CAQ desenvolvida pela Campanha pelo
Direito à Educação (Campanha) foram definidas as seguintes categorias a serem consideradas
nas escolas públicas em que se pretende o estabelecimento de um CAQ (CARREIRA e
PINTO, 2007, p. 28):
1) estrutura e funcionamento;
2) trabalhadoras e trabalhadores em educação;
3) gestão democrática;
4) acesso e permanência.
Os “insumos” associados a cada uma dessas vertentes seriam os seguintes:
1) estrutura e funcionamento, são aqueles relacionados “à construção e à manutenção
dos prédios, a materiais básicos de conservação e a equipamentos de apoio ao
ensino.” (CARREIRA e PINTO, 2007, p. 29);
2) trabalhadoras e trabalhadores em educação. se referem às “condições de trabalho e
a formação inicial e continuada.” (IDEM, p. 29);
3) gestão democrática, abarcam diversos fatores: “estímulo para o trabalho em
equipe, a construção conjunta do projeto pedagógico (...), fortalecimento dos
conselhos de escolas e conselhos de educação (...), participação de pais e mães,
alunos e profissionais da educação na escolha dos dirigentes (...), existência de
grêmios estudantis (...), aproximar mais da sociedade (...), o fomento a práticas
participativas de avaliação(...)”. (IDEM, 2007, p. 30-31);
4) acesso e permanência, são aqueles que se relacionam ao “material didático,
transporte, alimentação, vestiário.” (IDEM, 2007, p. 31).
A Campanha definiu ainda o Custo-Aluno-Qualidade inicial (CAQi), isto é, um valor
mínimo de referência, por estudante, que todas as escolas públicas brasileiras deveriam
possuir. A Campanha observa sobre o CAQi:
1. Os valores do CAQ por etapas e modalidades (...) estabelecem um
patamar mínimo de qualidade de educação e não um valor médio ou
ideal, portanto, o mais adequado é defini-lo como Custo Aluno-
Qualidade inicial, um primeiro passo decisivo rumo à qualidade que
almejamos como a ideal.
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2. O valor do CAQi é essencialmente dinâmico e tende a crescer à medida
que melhora a qualidade da educação pública oferecida e conforme os
padrões de exigência da população aumentem.
3. O valor do CAQi é calculado a partir dos insumos indispensáveis ao
desenvolvimento dos processos de ensino e aprendizagem.
4. O valor do CAQi deve ser diferenciado em função dos diferentes níveis e
modalidades de ensino.
5. O CAQi deve assegurar uma remuneração condigna aos profissionais do
magistério, assim como aos demais trabalhadores em educação.
6. O CAQi deve considerar os parâmetros de infraestrutura e qualificação
docente definidos pelo PNE. (CARREIRA e PINTO, 2007, p. 77-78)
A metodologia e os resultados para o CAQi na escola de tempo regular pode ser
encontrado em CARREIRA e PINTO (2007), sendo que para a Creche a educação
considerada é integral, com uma jornada de 10 horas diárias. A tabela 01 apresenta uma
síntese dos valores a serem aplicados por estudante, nas escolas que tivessem os parâmetros
estabelecidos pela Campanha, para o CAQi.
Tabela 01 – Síntese dos valores a serem aplicados por estudante – parâmetros da Campanha para o
CAQi
Tipo de Escola Creche Pré-
Escola
Anos
Iniciais
Anos
Finais
Ensino
Médio
Tamanho Médio (número de alunos) 130 240 480 600 900
Jornada diária dos alunos (horas) 10 5 5 5 5
Média de alunos por turma 13 20 24 30 14
Pessoal + Encargos 83,7% 78,2% 77,6% 76,7% 72,8%
Custo MDE (R$) 6.988 2.725 2.599 2.573 4.811
Custo Total (R$) 7.480 2.930 2.772 2.727 5.110
Custo total (% do PIB per capita) 39,3% 15,4% 14,6% 14,3% 36,9%
Fonte: (CARREIRA e PINTO, 2007)
A Campanha ao analisar os dados da tabela 01 conclui que “observa-se uma razoável
coerência interna entre os diferentes valores obtidos. Apenas o CAQi da creche se encontra
bem acima dos demais, o que se explica pela jornada integral e pelo pequeno número de
crianças por adulto (...).” (IDEM, 2007, p. 110).
Há, portanto, uma ligação direta entre custo-aluno-qualidade e os recursos
financeiros aplicados em educação e esse fator deve ser considerado nas escolas públicas.
Um salário para professores e funcionários melhor, uma infraestrutura mais adequada,
materiais em quantidades convenientes, são importantes para a qualidade da educação
oferecida aos estudantes e impactam fortemente os recursos totais aplicados na escola.
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Dessa análise pode-se extrair as seguinte conclusões:
1) A qualidade da educação exige a análise de diversos fatores e, por isso, é uma
discussão complexa.
2) Diversos estudos estabelecem condições de qualidade que precisam ser
examinadas pelas Escolas Privadas no estabelecimento de seu padrão de
qualidade (PNE(2001-2011); INEP; CAMPANHA).
3) A metodologia do CAQ desenvolvido pela Campanha assume que há uma
relação entre qualidade e os recursos financeiros aplicados por aluno,
estabelecida a partir da definição de “insumos” – salário dos professores e
funcionários da escola; infraestrutura; materiais em quantidade suficiente etc.
3. A educação integral na escola de tempo integral
A discussão sobre a implementação de uma educação integral em tempo integral tomou
dimensões maiores no Brasil desde o estabelecimento do Fundeb, quando foram estabelecidos
valores financeiros por estudante diferenciados para uma jornada chamada de integral. O
ápice desse movimento foi atingido na discussão que culminou com a aprovação do Plano
Nacional de Educação para o período 2014-2024, quando estabeleceu como uma de suas
metas, a Meta 6, que o Brasil deve “oferecer educação em tempo integral em, no mínimo,
50% (cinquenta por cento) das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos 25% (vinte e
cinco por cento) dos(as) alunos(as) da educação básica”.
A Conferência Nacional de Educação realizada em 2010 (Conae 2010), entendeu que
uma educação integral em tempo integral não deve
A escola de tempo integral não deve, pois, se configurar como simples
ampliação/duplicação das atividades que a educação básica atual desenvolve.
Há que se garantir estrutura física e profissionais qualificados para o
atendimento, bem como conceber um projeto político-pedagógico que lhe dê
sentido e faça com que a permanência dos/das estudantes por mais tempo na
escola melhore a prática educativa, com reflexos na qualidade da aprendizagem
e da convivência social, elementos constitutivos da cidadania. Assim, cabe
conceber um projeto com conteúdos, metodologias e atividades das mais
diversas, adequadas tanto à realidade social quanto à natureza dos
conhecimentos e às necessidades e potencialidades dos/das estudantes.
(CONAE, 2010, p.73)
A legislação brasileira, a partir da CF de 1988 vem estabelecendo referencias para a
educação integral em tempo integral. Dos artigos 205, 206 e 227 da CF pode-se apreender a
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necessidade de uma educação num tempo maior que a da educação regular. O artigo 205
afirma que “A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e
incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa,
seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”.
O artigo 206 estabelece os princípios que servem de base para o ensino ser ministrado:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o
saber;
III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, e coexistência de
instituições públicas e privadas de ensino;
IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
V - valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da
lei, planos de carreira, com ingresso exclusivamente por concurso público de
provas e títulos, aos das redes públicas;
VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei;
VII - garantia de padrão de qualidade.
VIII - piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação
escolar pública, nos termos de lei federal.
Parágrafo único. A lei disporá sobre as categorias de trabalhadores considerados
profissionais da educação básica e sobre a fixação de prazo para a elaboração ou
adequação de seus planos de carreira, no âmbito da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios.
O artigo 227 afirma que é dever:
da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao
jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à
educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à
liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de
toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e
opressão.
§1º O Estado promoverá programas de assistência integral à saúde da criança,
do adolescente e do jovem, admitida a participação de entidades não
governamentais, mediante políticas específicas e obedecendo aos seguintes
preceitos:
I - aplicação de percentual dos recursos públicos destinados à saúde na
assistência materno-infantil;
II - criação de programas de prevenção e atendimento especializado para as
pessoas portadoras de deficiência física, sensorial ou mental, bem como de
integração social do adolescente e do jovem portador de deficiência, mediante o
treinamento para o trabalho e a convivência, e a facilitação do acesso aos bens e
serviços coletivos, com a eliminação de obstáculos arquitetônicos e de todas as
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formas de discriminação.
§2º - A lei disporá sobre normas de construção dos logradouros e dos edifícios
de uso público e de fabricação de veículos de transporte coletivo, a fim de
garantir acesso adequado às pessoas portadoras de deficiência.
§3º - O direito a proteção especial abrangerá os seguintes aspectos:
I - idade mínima de quatorze anos para admissão ao trabalho, observado o
disposto no art. 7º, XXXIII;
II - garantia de direitos previdenciários e trabalhistas;
III - garantia de acesso do trabalhador adolescente e jovem à escola;
IV - garantia de pleno e formal conhecimento da atribuição de ato infracional,
igualdade na relação processual e defesa técnica por profissional habilitado,
segundo dispuser a legislação tutelar específica;
V - obediência aos princípios de brevidade, excepcionalidade e respeito à
condição peculiar de pessoa em desenvolvimento, quando da aplicação de
qualquer medida privativa da liberdade;
VI - estímulo do Poder Público, através de assistência jurídica, incentivos
fiscais e subsídios, nos termos da lei, ao acolhimento, sob a forma de guarda, de
criança ou adolescente órfão ou abandonado;
VII - programas de prevenção e atendimento especializado à criança, ao
adolescente e ao jovem dependente de entorpecentes e drogas afins;
§4º - A lei punirá severamente o abuso, a violência e a exploração sexual da
criança e do adolescente.
§5º - A adoção será assistida pelo Poder Público, na forma da lei, que
estabelecerá casos e condições de sua efetivação por parte de estrangeiros.
§6º - Os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção, terão os
mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações
discriminatórias relativas à filiação.
§7º - No atendimento dos direitos da criança e do adolescente levar-se- á em
consideração o disposto no art. 204.
§8º A lei estabelecerá:
I - o estatuto da juventude, destinado a regular os direitos dos jovens;
II - o plano nacional de juventude, de duração decenal, visando à articulação das
várias esferas do poder público para a execução de políticas públicas.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (PDB), Lei 9.394/1996 estabeleceu
em seus artigos 34 e 87:
Art. 34. A jornada escolar no ensino fundamental incluirá pelo menos quatro
horas de trabalho efetivo em sala de aula, sendo progressivamente ampliado o
período de permanência na escola.
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(…)
§ 2º O ensino fundamental será ministrado progressivamente em tempo
integral, a critério dos sistemas de ensino.
Art. 87. É instituída a Década da Educação, a iniciar-se um ano a partir da
publicação desta Lei.
(…)
§ 5º Serão conjugados todos os esforços objetivando a progressão das redes
escolares públicas urbanas de ensino fundamental para o regime de escolas de
tempo integral. (grifos nossos)
A Resolução CNE/CEB No. 7, de 14 de dezembro de 2010 que fixou as diretrizes
curriculares nacionais para o Ensino Fundamental de nove anos legislou sobre a educação em
tempo integral estabelecendo em seu artigo 36 que “considera-se como de período integral
a jornada escolar que se organiza em 7 (sete) horas diárias, no mínimo, perfazendo uma
carga horaria anual de pelo menos 1.400 (mil e quatrocentas) horas”. Além disso, o artigo
37 estabeleceu que
A proposta educacional da escola de tempo integral promoverá a ampliação
de tempos, espaços e oportunidades educativas e o compartilhamento da tarefa
de educar e cuidar entre os profissionais da escola e de outras áreas, as famílias
e outros atores sociais, sob a coordenação da escola e de seus professores,
visando alcançar a melhoria da qualidade da aprendizagem e da convivência
social e diminuir as diferenças de acesso ao conhecimento e aos bens culturais,
em especial entre as populações socialmente mais vulneráveis. (Grifos nossos).
Sobre o currículo da escola de tempo integral, a Resolução CNE/CEB No. 7 estabeleceu nos
parágrafos do artigo 37 que:
§1o O currículo da escola de tempo integral, concebido como um projeto
educativo integrado, implica a ampliação da jornada escolar diária mediante o
desenvolvimento de atividades como o acompanhamento pedagógico, o reforço
e o aprofundamento da aprendizagem, a experimentação e a pesquisa científica,
a cultura e as artes, o esporte e o lazer, as tecnologias da comunicação e
informação, a afirmação da cultura dos direitos humanos, a preservação do meio
ambiente, a promoção da saúde, entre outras, articuladas aos componentes
curriculares e às áreas de conhecimento, a vivências e práticas socioculturais.
§2o As atividades serão desenvolvidas dentro do espaço escolar conforme a
disponibilidade da escola, ou fora dele, em espaços distintos da cidade ou do
território em que está situada a unidade escolar, mediante a utilização de
equipamentos sociais e culturais aí existentes e o estabelecimento de parcerias
com órgãos ou entidades locais, sempre de acordo com o respectivo projeto
político-pedagógico.
§3o Ao restituir a condição de ambiente de aprendizagem à comunidade e à
cidade, a escola estará contribuindo para a construção de redes sociais e de
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cidades educadoras.
§4o Os órgãos executivos e normativos da União e dos sistemas estaduais e
municipais de educação assegurarão que o atendimento dos alunos na escola de
tempo integral possua infraestrutura adequada e pessoal qualificado, além do
que, esse atendimento terá caráter obrigatório e será passível de avaliação em
cada escola.
Há, portanto, desde a Constituição Federal de 1988 até à Resolução CNE/CEB No 7
de 2010, passando pelo PNE (2014-2024), definições a respeito da educação integral numa
escola de tempo integral.
Das análises deste item pode-se extrair duas conclusões importantes que podem ser
observadas pela escolas privadas:
1) A Conferência Nacional de Educação realizada em 2010 (CONAE 2010), entendeu
que uma educação integral em tempo integral não deve
A escola de tempo integral não deve, pois, se configurar como simples
ampliação/duplicação das atividades que a educação básica atual desenvolve.
Há que se garantir estrutura física e profissionais qualificados para o
atendimento, bem como conceber um projeto político-pedagógico que lhe dê
sentido e faça com que a permanência dos/das estudantes por mais tempo na
escola melhore a prática educativa, com reflexos na qualidade da aprendizagem
e da convivência social, elementos constitutivos da cidadania. Assim, cabe
conceber um projeto com conteúdos, metodologias e atividades das mais
diversas, adequadas tanto à realidade social quanto à natureza dos
conhecimentos e às necessidades e potencialidades dos/das estudantes.
(CONAE, 2010, p.73)
2) A Resolução CNE/CEB No. 7, de 14 de dezembro de 2010 que fixou as diretrizes
curriculares nacionais para o Ensino Fundamental de nove anos legislou sobre a educação em
tempo integral estabelecendo em seu artigo 36 que “considera-se como de período integral
a jornada escolar que se organiza em 7 (sete) horas diárias, no mínimo, perfazendo uma
carga horária anual de pelo menos 1.400 (mil e quatrocentas) horas”. Além disso, o artigo
37 estabeleceu que
A proposta educacional da escola de tempo integral promoverá a ampliação
de tempos, espaços e oportunidades educativas e o compartilhamento da tarefa
de educar e cuidar entre os profissionais da escola e de outras áreas, as famílias
e outros atores sociais, sob a coordenação da escola e de seus professores,
visando alcançar a melhoria da qualidade da aprendizagem e da convivência
social e diminuir as diferenças de acesso ao conhecimento e aos bens culturais,
em especial entre as populações socialmente mais vulneráveis. (Grifos nossos).
UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL
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4. Uma proposta de metodologia para o cálculo do CAQ numa escola privada de
educação integral
Baseando-se na metodologia apresentada pela Campanha, apresentaremos, a seguir,
uma proposta de metodologia para o cálculo do CAQ para uma escola privada (EP) de
educação integral, com duas características diferentes:
a) uma escola que ofereça a Educação Infantil (creche e pré-escola) e o Ensino
Fundamental (anos iniciais). Será chamada EP EI/EF(anos inicias); e
b) uma escola que ofereça o Ensino Fundamental (anos finais) e o Ensino Médio. Será
Chamada EP EF(anos finais)/EM.
Outras combinações são possíveis, devendo apenas alterar-se as etapas da educação
básica presentes na sua constituição.
O estabelecimento do CAQ, utilizando-se a metodologia desenvolvida pela Campanha
exige a elaboração das seguintes etapas:
- Construção do Prédio;
- Equipamentos e Materiais Permanentes;
- “Insumos” básicos para o funcionamento da escola;
- Determinação dos custos: pessoal docente; pessoal de gestão; bens e serviços;
alimentação; administração central; e custos totais.
A metodologia da Campanha foi utilizada também pela pela Câmara de Educação
Básica do Conselho Nacional de Educação ao estabelecer “como referência para a construção
de matriz de Padrões Mínimos de Qualidade para a Educação Básica pública no Brasil”, no
contexto da discussão que aprovou a Resolução No 8/2010 que estabeleceu “normas para
aplicação do inciso IX do artigo 4o da Lei No 9.394/96 (LDB), que trata dos padrões mínimos
de qualidade do ensino para a Educação Básica pública”. Resolução que ainda não foi
homologada pelo Ministro da Educação.
4.1 A construção do prédio
A escola privada deve, em primeiro lugar, estabelecer os ambientes que deverão existir
no prédio a ser construído – é claro que se o prédio já existir será preciso mapeá-lo para
promover possíveis adaptações.
UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL
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A Resolução CNE/CEB No 8/2010 estabeleceu as características do prédio para
abrigar as diversas etapas da EB creche, pré-escola, ensino fundamental (anos iniciais), ensino
fundamental (anos finais), e ensino médio.
4.1.1 A EP EI/EF(anos iniciais)
Para a EP EI/EF(anos iniciais) a Resolução apresenta as seguintes planilhas de
necessidades de ambientes para a creche, pré-escola e ensino fundamental (anos iniciais):
CRECHE
A Resolução CNE/CEB No 08/2010 considerou uma creche com as seguintes
características:
- 120 crianças;
- 13 crianças por turma;
- 20 professores com jornada de 30 horas semanais, sendo 24 horas dedicadas às
crianças e 6 horas para planejamento, formação e avaliação;
- jornada diária de 10 horas.
O quadro 01 apresenta os ambientes propostos pela CNE para a creche com essas
características, em que acrescentamos o item 15 que são outros ambientes a serem
especificados pela Escola Privada.
Ressalte-se que neste caso a jornada diária de 10 horas já se caracteriza como de
tempo integral.
O prédio da creche se constituiria, portanto, de um espaço físico de (915 + Y)m2 em
que Y seria a área total de outros ambientes a serem especificados pela Escola Privada.
UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL
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Quadro 01 – CRECHE: ambientes do prédio
Descrição do prédio Quantidade m2/item
1. Salas de aula 10 30
2. Sala de direção/equipe 02 20
3. Sala de professores 01 15
4. Sala de leitura/biblioteca 01 45
5. Berçário 01 30
6. Refeitório 01 45
7. Lactário 01 20
8. Copa/Cozinha 01 15
9. Pátio coberto 01 200
10. Parque infantil 01 10
11. Banheiro de funcionários/professores 02 10
12. Banheiro de crianças 10 10
13. Sala de depósito 03 15
14. Salas de TV/Vídeo 01 30
15. Outros Ambientes a serem especificados pela
Escola Privada
X Y
15. Total (m2) - 915 + Y
Fonte: Tabela 15 da Resolução CNE/CEB No 08/2010, com acréscimos deste estudo.
PRÉ-ESCOLA
A Resolução CNE/CEB No 08/2010 considerou uma pré-escola com as seguintes
características, em que acrescentamos o item 13 que são outros ambientes a serem
especificados pela Escola Privada.
Ressalte-se que a análise dos ambientes deve considerar a ampliação da jornada diária
que foi considerada de 5 horas e, portanto, não é de tempo integral.
- 240 crianças;
- 20 crianças por turma;
- 12 professores com jornada de 40 horas semanais;
- jornada diária de 5 horas.
O quadro 02 apresenta os ambientes propostos pela CNE para a pré-escola com essas
características, em que acrescentamos o item 13 que são outros ambientes a serem
especificados pela Escola Privada.
UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL
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Quadro 02 - PRÉ-ESCOLA: ambientes do prédio
Descrição do prédio Quantidade m2/item
1. Salas de aula 06 30
2. Sala de direção/equipe 02 20
3. Sala de professores 01 15
4. Sala de leitura/biblioteca/computação 01 45
5. Refeitório 01 45
6. Copa/Cozinha 01 15
7. Quadra coberta 01 200
8. Parque infantil 01 10
9. Banheiro de funcionários/professores 02 10
10. Banheiro de alunos 06 10
11. Sala de depósito 03 15
12. Salas de TV/DVD 01 30
13. Outros Ambientes a serem especificados pela
Escola Privada
X Y
14. Total (m2) - 705 + Y
Fonte: Tabela 18 da Resolução CNE/CEB No 08/2010, com acréscimos deste estudo.
O prédio da pré-escola se constituiria, portanto, de um espaço físico de (705 + Y)m2
em que Y seria a área total de outros ambientes a serem especificados pela Escola Privada.
ENSINO FUNDAMENTAL (anos iniciais)
A Resolução CNE/CEB No 08/2010 considerou um ensino fundamental (anos
iniciais) com as seguintes características, em que acrescentamos o item 15 que são outros
ambientes a serem especificados pela Escola Privada.
Ressalte-se que a análise dos ambientes deve considerar a ampliação da jornada diária
que foi considerada de 5 horas e, portanto, não é de tempo integral.
- 480 alunos;
- 24 alunos por turma;
- 20 professores com jornada de 40 horas semanais;
- jornada diária de 5 horas.
O quadro 03 apresenta os ambientes propostos pela CNE, para o ensino fundamental
(anos iniciais) com essas características, em que acrescentamos o item 15 que são outros
ambientes a serem especificados pela Escola Privada.
UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL
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Quadro 03 - ENSINO FUNDAMENTAL (ANOS INICIAIS): ambientes do prédio
Descrição do prédio Quantidade m2/item
1. Salas de aula 10 45
2. Sala de direção/equipe 02 20
3. Sala de professores 01 25
4. Sala de leitura/biblioteca/computação 01 80
5. Laboratório de informática 01 50
6. Laboratório de ciências 01 50
7. Refeitório 01 50
8. Copa/Cozinha 01 15
9. Quadra coberta 01 200
10. Parque infantil 01 20
11. Banheiros 04 20
12. Sala de depósito 03 15
13. Salas de TV/DVD 01 30
14. Sala de Reprografia 01 15
15. Outros Ambientes a serem especificados pela
Escola Privada
X Y
16. Total (m2) - 1.150 + Y
Fonte: Tabela 21 da Resolução CNE/CEB No 08/2010, com acréscimos deste estudo.
O prédio do ensino fundamental (anos iniciais) se constituiria, portanto, de um espaço
físico de (1.150 + Y)m2 em que Y seria a área total de outros ambientes a serem especificados
pela Escola Privada.
Portanto, esta escola EI/EF(anos iniciais), com educação integral, seria constituída de
3 (três) módulos, sendo que o módulo Creche teria (915+Y) m2, o da Pré-Escola, (705+Y) m2
e o do Ensino Fundamental (anos iniciais), (1.150+Y) m2.
O projeto arquitetônico a ser elaborado poderia facilitar a integração entre os módulos
definindo/estabelecendo ambientes comuns para otimizar o espaço total da Escola e propiciar
um dimensionamento para o quadro de funcionários que torne os serviços mais integrados e
colaborativos.
4.1.2 A EP EF(anos finais)/EM
Para a EP EF(anos finais)/EM a Resolução apresenta as seguintes planilhas de
necessidades de ambientes para o ensino fundamental (anos finais) e para o ensino médio:
UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL
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ENSINO FUNDAMENTAL (Anos Finais)
A Resolução CNE/CEB No 08/2010 considerou um ensino fundamental (anos finais)
com as seguintes características, em que acrescentamos o item 15 que são outros ambientes a
serem especificados pela Escola Privada.
Ressalte-se que a análise dos ambientes deve considerar a ampliação da jornada diária
que foi considerada de 5 horas e, portanto, não é de tempo integral.
- 600 alunos;
- 30 alunos por turma;
- 20 professores com jornada de 40 horas semanais;
- jornada diária de 5 horas.
O quadro 04 apresenta os ambientes propostos pela CNE, para o ensino fundamental
(anos finais) com essas características, em que acrescentamos o item 15 que são outros
ambientes a serem especificados pela Escola Privada.
O prédio do ensino fundamental (anos finais) se constituiria, portanto, de um espaço
físico de (1.650 + Y)m2 em que Y seria a área total de outros ambientes a serem especificados
pela Escola Privada.
Quadro 04 - ENSINO FUNDAMENTAL (ANOS FINAIS): ambientes do prédio
Descrição do prédio Quantidade m2/item
1. Salas de aula 10 45
2. Sala de direção/equipe 04 20
3. Sala de professores 01 50
4. Sala de leitura/biblioteca/computação 01 80
5. Sala do Grêmio Estudantil 01 45
6. Laboratório de informática 01 50
7. Laboratório de ciências 01 50
8. Refeitório 01 80
9. Copa/Cozinha 01 20
10. Quadra coberta 01 500
11. Banheiros 06 20
12. Sala de depósito 02 30
13. Salas de TV/DVD 01 50
14. Sala de Reprografia 01 15
15. Outros Ambientes a serem especificados pela
Escola Privada
X Y
15. Total (m2) - 1.650 + Y
Fonte: Tabela 24 da Resolução CNE/CEB No 08/2010, com acréscimos deste estudo.
UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL
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ENSINO MÉDIO
A Resolução CNE/CEB No 08/2010 considerou um ensino médio com as seguintes
características, em que acrescentamos o item 15 que são outros ambientes a serem
especificados pela Escola Privada.
Ressalte-se que a análise dos ambientes deve considerar a ampliação da jornada diária
que foi considerada de 5 horas e, portanto, não é de tempo integral.
- 900 alunos;
- 30 alunos por turma;
- 30 professores com jornada de 40 horas semanais;
- jornada diária de 5 horas.
O quadro 05 apresenta os ambientes propostos pela CNE, para o ensino médio com
essas características, em que acrescentamos o item 16 que são outros ambientes a serem
especificados pela Escola Privada.
Quadro 05 - ENSINO MÉDIO: ambientes do prédio
Descrição do prédio Quantidade m2/item
1. Salas de aula 15 45
2. Sala de direção/equipe 02 30
3. Sala de equipe pedagógica 02 30
3. Sala de professores 01 50
4. Sala de leitura/biblioteca/computação 01 100
5. Sala do Grêmio Estudantil 01 45
6. Laboratório de informática 01 50
7. Laboratório de ciências 03 50
8. Refeitório 01 80
9. Copa/Cozinha 01 25
10. Quadra coberta 01 500
11. Banheiros 08 20
12. Sala de depósito 02 30
13. Salas de TV/DVD 01 50
14. Sala de Reprografia 01 15
15. Outros Ambientes a serem especificados pela
Escola Privada
X Y
16. Total (m2) - 2.080 + Y
Fonte: Tabela 27 da Resolução CNE/CEB No 08/2010, com acréscimos deste estudo.
O prédio do ensino médio se constituiria, portanto, de um espaço físico de (2.080 +
Y)m2 em que Y seria a área total de outros ambientes a serem especificados pela Escola
Privada.
UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL
Page 21
Portanto, esta escola EF(anos finais)/EM, com educação integral, seria constituída de
2 (dois) módulos, sendo que o módulo Ensino Fundamental (anos finais), (1.150+Y) m2 e
Ensino Médio, (2080 + Y)m2.
O projeto arquitetônico a ser elaborado poderia facilitar a integração entre os módulos
definindo/estabelecendo ambientes comuns para otimizar o espaço total da Escola e propiciar
um dimensionamento para o quadro de funcionários que torne os serviços mais integrados e
colaborativos.
4.2 Equipamentos e Materiais Permanentes
A escola privada deve, em segundo lugar, estabelecer os equipamentos e materiais
permanentes que deverão existir na escola. A Resolução CNE/CEB No 8/2010 estabeleceu os
equipamentos e materiais permanentes que devem existir para cada uma das
etapas/modalidades da educação básica: creche, pré-escola, ensino fundamental (anos
iniciais), ensino fundamental (anos finais), e ensino médio.
4.2.1 A EP EI/EF(anos iniciais)
CRECHE
As características da creche são aquelas descritas no item 4.1.1. O quadro 06
apresenta os equipamentos e materiais permanentes propostos pela CNE, para a creche com
essas características, em que os itens 1.3, 2.7, 3.6, 4.9, 5.5, 6.16 e 7.6, foram acrescentados
para serem especificados pela Escola Privada.
Ressalte-se, novamente, que neste caso a jornada diária de 10 horas já se caracteriza
como de tempo integral.
UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL
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Quadro 06 – CRECHE: Equipamentos e Materiais Permanentes
Descrição Quantidade
1. Esportes e brincadeiras
1.1. Colchonetes 20
1.2. Conjunto de brinquedos para parquinho 01
1.3. Outros Itens a serem estabelecidos pela Escola Privada X
2. Cozinha
2.1. Congelador de 305 litros 01
2.2. Refrigerador de 270 litros 02
2.3. Fogão comum para lactário 01
2.4. Fogão industrial 01
2.5. Liquidificador industrial 01
2.6. Botijão de gás de 13 quilos 02
2.7. Outros Itens a serem estabelecidos pela Escola Privada Y
3. Coleções e materiais bibliográficos
3.1. Enciclopédias 01
3.2. Dicionário Houaiss ou Aurélio 01
3.4. Literatura infantil 1.200
3.5. Material complementar de apoio pedagógico 200
3.6. Outros Itens a serem estabelecidos pela Escola Privada Z
4. Equipamentos para áudio, vídeo e foto
4.1. Retroprojetor 01
4.2. Tela para retroprojetor 01
4.3. Televisor de 20 polegadas (10 salas de aula) 10
4.4. Videocassete 01
4.5. Suporte para vídeo e TV 10
4.6. DVD (10 salas de aula) 10
4.7. Máquina fotográfica 01
4.8. Aparelho de CD e rádio 10
4.9. Outros Itens a serem estabelecidos pela Escola Privada W
5. Setor de informática
5.1. Computador para administração/docentes 04
5.2. Impressora a laser 02
5.3. Copiadora multifuncional 01
5.4. Guilhotina 01
5.5. Outros Itens a serem estabelecidos pela Escola Privada K
6. Mobiliária em geral
6.1. Mobiliário infantil 120
6.2. Cadeiras 160
6.3. Mesa tipo escrivaninha 10
6.4. Arquivo de aço com 4 gavetas 10
6.5. Armário madeira com 2 portas 10
6.6. Mesa de leitura 01
6.7. Mesa de reunião da sala de professores 01
6.8. Armário com 2 portas para secretaria 01
6.9. Mesa para refeitório 05
6.10. Mesa para impressora 02
6.11. Mesa para computador 04
6.12. Estantes para biblioteca 04
6.13. Berços e colchões 30
6.14. Banheira com suporte 02
6.15. Quadro para sala 10
6.16. Outros Itens a serem estabelecidos pela Escola Privada L
7. Aparelhos em geral
7.1. Bebedouro elétrico 02
7.2. Circulador de ar 10
7.3. Máquina de lavar roupa 01
7.4. Secadora 01
7.5. Telefone 01
7.6. Outros Itens a serem estabelecidos pela Escola Privada M
Fonte: Tabela 16 da Resolução CNE/CEB No 08/2010, com acréscimos deste estudo.
UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL
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A EP deverá especificar outros itens de equipamentos e materiais permanentes para os
setores: esportes e brincadeiras; cozinha; coleções e materiais bibliográficos; equipamentos
para áudio, vídeo e foto; setor de informática; mobiliária em geral; e aparelhos em geral.
PRÉ-ESCOLA
As características da pré-escola são aquelas descritas no item 4.1.1. O quadro 07
apresenta os equipamentos e materiais permanentes propostos pela CNE, para a pré-escola
com essas características, em que os itens 1.2, 2.6, 3.6, 4.8, 5.6 e 6.19 foram acrescentados
para serem especificados pela Escola Privada.
Ressalte-se, novamente, que a análise dos equipamentos e materiais permanentes deve
considerar a ampliação da jornada diária que foi considerada de 5 horas e, portanto, não é de
tempo integral.
A EP deverá especificar outros itens de equipamentos e materiais permanentes para os
setores: esportes e brincadeiras; cozinha; coleções e materiais bibliográficos; equipamentos
para áudio, vídeo e foto; processamento de dados; mobiliária e aparelhos em geral.
Quadro 07 – PRÉ-ESCOLA: Equipamentos e Materiais Permanentes
Descrição Quantidade
1. Esportes e brincadeiras
1.1. Colchonetes (para educação física) 25
1.2. Outros Itens a serem estabelecidos pela Escola Privada X
2. Cozinha
2.1. Freezer de 305 litros 01
2.2. Geladeira de 270 litros 01
2.3. Fogão industrial 01
2.4. Liquidificador industrial 01
2.5. Botijão de gás de 13 quilos 02
2.6 Outros Itens a serem estabelecidos pela Escola Privada Y
3. Coleções e materiais bibliográficos
3.1. Enciclopédias 01
3.2. Dicionário Houaiss ou Aurélio 01
3.3. Outros dicionários 02
3.4. Literatura infantil 2.640
3.5. Material complementar de apoio pedagógico 100
3.6. Outros Itens a serem estabelecidos pela Escola Privada Z
4. Equipamentos para áudio, vídeo e foto
4.1. Retroprojetor 01
4.2. Tela para projeção 01
4.3. Televisor de 20 polegadas 06
4.4. Suporte para TV e DVD 06
4.5. Aparelho de DVD 06
UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL
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4.6. Máquina fotográfica 01
4.7. Aparelho de CD e rádio 06
4.8 Outros Itens a serem estabelecidos pela Escola Privada W
5. Processamento de Dados
5.1. Computador para administração/docentes 05
5.2. Impressora jato de tinta 01
5.3. Impressora laser 01
5.4. Copiadora multifuncional 01
5.5. Guilhotina de papel 01
5.6 Outros Itens a serem estabelecidos pela Escola Privada K
6. Mobiliária e aparelhos em geral
6.1. Carteiras 132
6.2. Cadeiras 132
6.3. Mesa tipo escrivaninha 06
6.4. Arquivo de aço com 4 gavetas 06
6.5. Armário de madeira com 2 portas 06
6.6 Mesa para computador 05
6.7. Mesa de leitura 01
6.8. Mesa de reunião da sala de professores 01
6.9. Armário com 2 portas para secretaria 01
6.10. Mesa para refeitório 07
6.11. Mesa para impressora 02
6.12. Estantes para biblioteca 09
6.13. Quadro para sala de aula 06
6.14. Bebedouro elétrico 02
6.15. Circulador de ar de parede 06
6.16. Máquina de lavar roupa 01
6.17 Máquina Secadora 01
6.18 Telefone 01
6.19 Outros Itens a serem estabelecidos pela Escola Privada L
Fonte: Tabela 19 da Resolução CNE/CEB No 8/2010.
ENSINO FUNDAMENTAL (anos iniciais)
As características do ensino fundamental (anos iniciais) são aquelas descritas no
item 4.1.1. O Quadro 08 apresenta os equipamentos e materiais permanentes propostos pela
CNE, para o ensino fundamental (anos iniciais) com essas características, em que os itens 1.3,
2.6, 3.8, 4.8, 5.7 e 6.20 foram acrescentados para serem especificados pela Escola Privada.
Ressalte-se, novamente, que a análise dos equipamentos e materiais permanentes deve
considerar a ampliação da jornada diária que foi considerada de 5 horas e, portanto, não é de
tempo integral.
Quadro 08 – Ensino Fundamental (anos iniciais): equipamentos e materiais permanentes
Descrição Quantidade
1. Esportes e brincadeiras
1.1. Colchonetes (para educação física) 25
1.2. Brinquedos para parquinho 01
1.3. Outros Itens a serem estabelecidos pela Escola Privada X
2. Cozinha
UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL
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2.1. Freezer de 305 litros 01
2.2. Geladeira de 270 litros 01
2.3. Fogão industrial 01
2.4. Liquidificador industrial 01
2.5. Botijão de gás de 13 quilos 02
2.6. Outros Itens a serem estabelecidos pela Escola Privada Y
3. Coleções e materiais bibliográficos
3.1. Enciclopédias 01
3.2. Dicionário Houaiss ou Aurélio 02
3.3. Outros dicionários 25
3.4. Literatura infantil 4.000
3.5. Literatura infanto-juvenil 4.000
3.6. Paradidáticos 400
3.7. Material complementar de apoio pedagógico 160
3.8. Outros Itens a serem estabelecidos pela Escola Privada Z
4. Equipamentos para áudio, vídeo e foto
4.1. Retroprojetor 01
4.2. Tela para projeção 01
4.3. Televisor de 20 polegadas 10
4.4. Suporte para TV e DVD 10
4.5. Aparelho de DVD 10
4.6. Máquina fotográfica 01
4.7. Aparelho de CD e rádio 10
4.8. Outros Itens a serem estabelecidos pela Escola Privada W
5. Processamento de Dados
5.1. Computador para sala de informática 25
5.2. Computador para administração/docentes 06
5.3. Impressora jato de tinta 01
5.4. Impressora laser 01
5.5. Fotocopiadora 01
5.6. Guilhotina de papel 01
5.7. Outros Itens a serem estabelecidos pela Escola Privada K
6. Mobiliária e aparelhos em geral
6.1. Carteiras 240
6.2. Cadeiras 240
6.3. Mesa tipo escrivaninha 10
6.4. Arquivo de aço com 4 gavetas 10
6.5. Armário de madeira com 2 portas 10
6.6 Mesa para computador 31
6.7. Mesa de leitura 01
6.8. Mesa de reunião da sala de professores 01
6.9. Armário com 2 portas 10
6.10. Mesa para refeitório 08
6.11. Mesa para impressora 02
6.12. Estantes para biblioteca 25
6.13. Quadro para sala de aula 10
6.14. Kit de ciências (p/ 40 alunos) 05
6.15. Bebedouro elétrico 02
6.16. Circulador de ar de parede 10
6.17. Máquina de lavar roupa 01
6.18 Máquina Secadora 01
6.19 Telefone 01
6.20. Outros Itens a serem estabelecidos pela Escola Privada L
Fonte: Tabela 22 da Resolução CNE/CEB No 8/2010.
UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL
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A EP deverá especificar outros itens de equipamentos e materiais permanentes para os
setores: esportes e brincadeiras; cozinha; coleções e materiais bibliográficos; equipamentos
para áudio, vídeo e foto; processamento de dados; mobiliária e aparelhos em geral.
4.2.2 A EP EF(anos finais)/EM
ENSINO FUNDAMENTAL (anos finais)
As características do ensino fundamental (anos finais) são aquelas descritas no item
4.1.2. O Quadro 09 apresenta os equipamentos e materiais permanentes propostos pela CNE,
para o ensino fundamental (anos finais) com essas características, em que os itens 1.2, 2.6,
3.9, 4.8, 5.7 e 6.19 foram acrescentados para serem especificados pela Escola Privada.
Ressalte-se, novamente, que a análise dos equipamentos e materiais permanentes deve
considerar a ampliação da jornada diária que foi considerada de 5 horas e, portanto, não é de
tempo integral.
Quadro 09 – Ensino Fundamental (anos finais): equipamentos e materiais permanentes
Descrição Quantidade
1. Esportes e brincadeiras
1.1. Colchonetes (para educação física) 30
1.2. Outros Itens a serem estabelecidos pela Escola Privada X
2. Cozinha
2.1. Freezer de 305 litros 02
2.2. Geladeira de 270 litros 02
2.3. Fogão industrial 02
2.4. Liquidificador industrial 02
2.5. Botijão de gás de 13 quilos 02
2.6. Outros Itens a serem estabelecidos pela Escola Privada Y
3. Coleções e materiais bibliográficos
3.1. Enciclopédias 02
3.2. Dicionário Houaiss ou Aurélio 04
3.3. Outros dicionários 30
3.4. Literatura infanto-juvenil 3.000
3.5. Literatura brasileira 3.000
3.6. Literatura estrangeira 3.000
3.7. Paradidáticos 600
3.8. Material complementar de apoio pedagógico 200
3.9. Outros Itens a serem estabelecidos pela Escola Privada Z
4. Equipamentos para áudio, vídeo e foto
4.1. Retroprojetor 01
4.2. Tela para projeção 01
4.3. Televisor de 20 polegadas 10
4.4. Suporte para TV e DVD 10
4.5. Aparelho de DVD 10
4.6. Máquina fotográfica 01
4.7. Aparelho de CD e rádio 10
UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL
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4.8. Outros Itens a serem estabelecidos pela Escola Privada W
5. Processamento de Dados
5.1. Computador para sala de informática 30
5.2. Computador para administração/docentes 08
5.3. Impressora jato de tinta 02
5.4. Impressora laser 02
5.5. Fotocopiadora 01
5.6. Guilhotina de papel 01
5.7. Outros Itens a serem estabelecidos pela Escola Privada K
6. Mobiliária e aparelhos em geral
6.1. Carteiras 300
6.2. Cadeiras 300
6.3. Mesa tipo escrivaninha 10
6.4. Arquivo de aço com 4 gavetas 10
6.5. Armário de madeira com 2 portas 10
6.6 Mesa para computador 38
6.7. Mesa de leitura 04
6.8. Mesa de reunião da sala de professores 02
6.9. Armário com 2 portas 10
6.10. Mesa para refeitório 10
6.11. Mesa para impressora 04
6.12. Estantes para biblioteca 25
6.13. Quadro para sala de aula 10
6.14. Kit de ciências (p/ 40 alunos) 10
6.15. Bebedouro elétrico 04
6.16. Circulador de ar de parede 10
6.17. Máquina de lavar 01
6.18 Telefone 02
6.19. Outros Itens a serem estabelecidos pela Escola Privada L
Fonte: Tabela 25 da Resolução CNE/CEB No 8/2010.
A EP deverá especificar outros itens de equipamentos e materiais permanentes para os
setores: esportes e brincadeiras; cozinha; coleções e materiais bibliográficos; equipamentos
para áudio, vídeo e foto; processamento de dados; mobiliária e aparelhos em geral.
ENSINO MÉDIO
As características do ensino médio são aquelas descritas no item 4.1.2. O Quadro 10
apresenta os equipamentos e materiais permanentes propostos pela CNE, para o ensino médio
com essas características, em que os itens 1.2, 2.6, 3.8, 4.8, 5.8 e 6.21 foram acrescentados
para serem especificados pela Escola Privada.
Ressalte-se, novamente, que a análise dos equipamentos e materiais permanentes deve
considerar a ampliação da jornada diária que foi considerada de 5 horas e, portanto, não é de
tempo integral.
UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL
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Quadro 10 – Ensino Médio: equipamentos e materiais permanentes
Descrição Quantidade
1. Esportes e brincadeiras
1.1. Colchonetes (para Educação Física) 30
1.2. Outros Itens a serem estabelecidos pela Escola Privada X
2. Cozinha
2.1. Freezer de 305 litros 02
2.2. Geladeira de 270 litros 02
2.3. Fogão industrial 02
2.4. Liquidificador industrial 02
2.5. Botijão de gás de 13 quilos 04
2.6. Outros Itens a serem estabelecidos pela Escola Privada Y
3. Coleções e materiais bibliográficos
3.1. Enciclopédias 03
3.2. Dicionário Houaiss ou Aurélio 06
3.3. Outros dicionários 30
3.4. Literatura brasileira 4.500
3.5. Literatura estrangeira 4.500
3.6. Paradidáticos 900
3.7. Material complementar de apoio pedagógico 300
3.8. Outros Itens a serem estabelecidos pela Escola Privada Z
4. Equipamentos para áudio, vídeo e foto
4.1. Retroprojetor 03
4.2. Tela para projeção 03
4.3. Televisor de 20 polegadas 15
4.4. Suporte para TV e DVD 15
4.5. Aparelho de DVD 15
4.6. Máquina fotográfica 01
4.7. Aparelho de CD e rádio 15
4.8. Outros Itens a serem estabelecidos pela Escola Privada W
5. Processamento de Dados
5.1. Computador para sala de informática 31
5.2. Computador para administração/docentes 08
5.3. Impressora jato de tinta 04
5.4. Impressora laser 02
5.5. Fotocopiadora 01
5.6. Copiadora Multifuncional 01
5.7. Guilhotina de papel 01
5.8. Outros Itens a serem estabelecidos pela Escola Privada K
6. Mobiliária e aparelhos em geral
6.1. Carteiras 450
6.2. Cadeiras 450
6.3. Mesa tipo escrivaninha 15
6.4. Arquivo de aço com 4 gavetas 15
6.5. Armário de madeira com 2 portas 15
6.6 Mesa para computador 30
6.7. Mesa de leitura 08
6.8. Mesa de reunião da sala de professores 02
6.9. Armário com 2 portas 10
6.10. Mesa para refeitório 12
6.11. Mesa para impressora 06
6.12. Estantes para biblioteca 34
6.13. Quadro para sala de aula 15
6.14. Kit de Biologia (p/ 40 alunos) 10
6.15. Kit de Química (p/ 40 alunos) 10
UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL
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6.16. Kit de Física (p/ 40 alunos) 10
6.17. Bebedouro elétrico 04
6.18. Circulador de ar de parede 15
6.19. Máquina de lavar 01
6.20. Telefone 03
6.21. Outros Itens a serem estabelecidos pela Escola Privada L
Fonte: Tabela 28 da Resolução CNE/CEB No 8/2010.
A EP deverá especificar outros itens de equipamentos e materiais permanentes para os
setores: esportes e brincadeiras; cozinha; coleções e materiais bibliográficos; equipamentos
para áudio, vídeo e foto; processamento de dados; mobiliária e aparelhos em geral.
4.3 “Insumos” básicos
Os “insumos” básicos para o funcionamento das etapas da educação básica foram
estabelecidas pela Resolução CNE/CEB No 8/2010 e se distribuem nos seguintes itens:
pessoal docente; pessoal de gestão; bens e serviços; alimentação; e custos da administração
central.
4.3.1 “Insumos” básicos para o funcionamento da EP EI/EF(anos iniciais)
CRECHE
As características da creche são aquelas descritas no item 4.1.1. O quadro 11
apresenta os “insumos” propostos pela CNE, para a creche com essas características, em que
foram acrescentados outros itens que a Escola Privada deve estabelecer.
Ressalte-se, novamente, que neste caso a jornada diária de 10 horas já se caracteriza
como de tempo integral.
A EP deverá especificar outros itens de “insumos” básicos para : pessoal docentes;
pessoal de gestão escolar; bens e serviços; alimentação; e custos da administração central.
UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL
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Quadro 11 – Creche: “Insumos” de referência para o funcionamento da Creche
Insumos Quantidade
1. Pessoal docente
Professor com ensino superior (40h) 03
Professor com ensino médio (40h) 17
Outros professores a serem estabelecidos pela Escola Privada X
2. Pessoal de Gestão
Direção 01
Secretária 01
Manutenção e infraestrutura 02
Coordenador pedagógico 01
Outros profissionais serem estabelecidos pela Escola Privada Y
3. Bens e serviços
Água/luz/telefone (mês) 12
Material de limpeza 12
Materiais pedagógicos e brinquedos por criança 130
Projetos de ações pedagógicas por criança 130
Material de escritório (mês) 12
Conservação predial (ano) 01
Manutenção e reposição de equipamento (mês) 12
Outros Itens a serem estabelecidos pela Escola Privada Z
4. Alimentação
Funcionários 02
Alimentos (5 refeições / dia por criança) 130
Outros Itens a serem estabelecidos pela Escola Privada W
5. Custos na administração central
Formação profissional 27
Encargos sociais (20% do pessoal) -
Administração e supervisão (5%) -
Outros Custos a serem estabelecidos pela Escola Privada K
Fonte: Tabela 17 da Resolução CNE/CEB No 8/2010.
PRÉ-ESCOLA
As características da pré-escola são aquelas descritas no item 4.1.1. O quadro 12
apresenta os “insumos” propostos pela CNE, para a pré-escola com essas características, em
que foram acrescentados outros itens que a Escola Privada deve estabelecer.
Ressalte-se, novamente, que a análise dos “insumos” deve considerar a ampliação da
jornada diária que foi considerada de 5 horas e, portanto, não é de tempo integral.
A EP deverá especificar outros itens de “insumos” básicos para: pessoal docentes;
pessoal de gestão escolar; bens e serviços; alimentação; e custos da administração central.
UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL
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Quadro 12 – Pré-Escola: “Insumos” de referência para o funcionamento da Pré-Escola
Insumos Quantidade
1. Pessoal docente
Professor com ensino superior (40h) 06
Professor com Ensino Médio (40h) 06
Outros professores a serem estabelecidos pela Escola Privada X
2. Pessoal de gestão escolar
Direção 01
Secretária 01
Manutenção e infraestrutura 03
Coordenador pedagógico 01
Outros profissionais serem estabelecidos pela Escola Privada Y
3. Bens e serviços
Água/luz/telefone (mês) 12
Material de limpeza (mês) 12
Material didático (por aluno ao ano) 240
Projetos de ações pedagógicas (por aluno ao ano) 240
Material de escritório (mês) 12
Conservação predial (ano) 01
Manutenção e reposição de equipamento (mês) 12
Outros Itens a serem estabelecidos pela Escola Privada Z
4. Alimentação
Funcionários 02
Alimentos ( refeição/dia) 240
Outros Itens a serem estabelecidos pela Escola Privada W
5. Custos na administração central
Formação profissional 20
Encargos sociais (20% do pessoal) -
Administração e supervisão (5%) -
Outros Custos a serem estabelecidos pela Escola Privada K
Fonte: Tabela 20 da Resolução CNE/CEB No 8/2010.
ENSINO FUNDAMENTAL (Anos Iniciais)
As características do ensino fundamental (anos iniciais) são aquelas descritas no
item 4.1.1. O quadro 13 apresenta os “insumos” propostos pela CNE, para o ensino
fundamental (anos iniciais) com essas características, em que foram acrescentados outros
itens que a Escola Privada deve estabelecer.
Ressalte-se, novamente, que a análise dos “insumos” deve considerar a ampliação da
jornada diária que foi considerada de 5 horas e, portanto, não é de tempo integral.
A EP deverá especificar outros itens de equipamentos e materiais permanentes para os
“insumos”: pessoal docentes; pessoal de gestão escolar; bens e serviços; alimentação; e custos
da administração central.
UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL
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Quadro 13 – Ensino Fundamental (anos inicias): “Insumos” de referência para o funcionamento do
Ensino Fundamental (anos iniciais)
Insumos Quantidade
1. Pessoal docente
Professor com ensino superior (40h) 10
Professor com Ensino Médio (40h) 10
Outros professores a serem estabelecidos pela Escola Privada X
2. Pessoal de gestão escolar
Direção 01
Secretária 01
Manutenção e infraestrutura 05
Coordenador pedagógico 01
Auxiliar de biblioteconomia 01
Outros profissionais serem estabelecidos pela Escola Privada Y
3. Bens e serviços
Água/luz/telefone (mês) 12
Material de limpeza (mês) 12
Material didático (por aluno ao ano) 480
Projetos de ações pedagógicas (por aluno ao ano) 480
Material de escritório (mês) 12
Conservação predial (ano) 01
Manutenção e reposição de equipamento (mês) 12
Outros Itens a serem estabelecidos pela Escola Privada Z
4. Alimentação
Funcionários 05
Alimentos ( refeição/dia) 480
Outros Itens a serem estabelecidos pela Escola Privada W
5. Custos na administração central
Formação profissional 32
Encargos sociais (20% do pessoal) -
Administração e supervisão (5%) -
Outros Custos a serem estabelecidos pela Escola Privada K
Fonte: Tabela 23 da Resolução CNE/CEB No 8/2010.
4.3.2 “Insumos” básicos para o funcionamento da EP EF(anos finais)/EM
ENSINO FUNDAMENTAL (anos finais)
As características do ensino fundamental (anos finais) são aquelas descritas no item
4.1.2. O quadro 14 apresenta os “insumos” propostos pela CNE, para o ensino fundamental
(anos finais) com essas características, em que foram acrescentados outros itens que a Escola
Privada deve estabelecer.
Ressalte-se, novamente, que a análise dos “insumos” deve considerar a ampliação da
jornada diária que foi considerada de 5 horas e, portanto, não é de tempo integral.
UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL
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Quadro 14 – Ensino Fundamental (anos finais): “Insumos” de referência para o funcionamento do
Ensino Fundamental (anos finais)
Insumos Quantidade
1. Pessoal docente
Professor com ensino superior (40h) 20
Outros professores a serem estabelecidos pela Escola Privada X
2. Pessoal de gestão escolar
Direção 01
Secretária 01
Manutenção e infraestrutura (nível de EF) 04
Manutenção e infraestrutura (nível de EM) 02
Coordenador pedagógico 01
Bibliotecário 01
Outros profissionais serem estabelecidos pela Escola Privada Y
3. Bens e serviços
Água/luz/telefone (mês) 12
Material de limpeza (mês) 12
Material didático (por aluno ao ano) 600
Projetos de ações pedagógicas (por aluno ao ano) 600
Material de escritório (mês) 12
Conservação predial (ano) 01
Manutenção e reposição de equipamento (mês) 12
Outros Itens a serem estabelecidos pela Escola Privada Z
4. Alimentação
Funcionários 06
Alimentos ( refeição/dia) 600
Outros Itens a serem estabelecidos pela Escola Privada W
5. Custos na administração central
Formação profissional 30
Encargos sociais (20% do pessoal) -
Administração e supervisão (5%) -
Outros Custos a serem estabelecidos pela Escola Privada K
Fonte: Tabela 26 da Resolução CNE/CEB No 8/2010.
A EP deverá especificar outros itens de “insumos” básicos para: pessoal docentes;
pessoal de gestão escolar; bens e serviços; alimentação; e custos da administração central.
ENSINO MÉDIO
As características do ensino médio são aquelas descritas no item 4.1.2. O quadro 15
apresenta os “insumos” propostos pela CNE, para o ensino médio com essas características,
em que foram acrescentados outros itens que a Escola Privada deve estabelecer.
Ressalte-se, novamente, que a análise dos “insumos” deve considerar a ampliação da
jornada diária que foi considerada de 5 horas e, portanto, não é de tempo integral
UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL
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Quadro 15 – Ensino Médio: “Insumos” de referencia para o funcionamento do Ensino Médio
Descrição Quantidade
1. Pessoal docente
Professor com ensino superior (40h) 30
Outros professores a serem estabelecidos pela Escola Privada X
2. Pessoal de gestão escolar
Direção 02
Secretária 04
Manutenção e infraestrutura (nível de E.F.) 04
Manutenção e infraestrutura (nível de E.M.) 04
Coordenador pedagógico 02
Bibliotecário 02
Outros profissionais serem estabelecidos pela Escola Privada Y
3. Bens e serviços
Água/luz/telefone (mês) 12
Material de limpeza (mês) 12
Material didático (por aluno ao ano) 900
Projetos de ações pedagógicas (por aluno ao ano) 900
Material de escritório (mês) 12
Conservação predial (ano) 01
Manutenção e reposição de equipamento (mês) 12
Outros Itens a serem estabelecidos pela Escola Privada Z
4. Alimentação
Funcionários 08
Alimentos ( refeição/dia) 900
Outros Itens a serem estabelecidos pela Escola Privada W
5. Custos na administração central
Formação profissional 48
Encargos sociais (20% do pessoal) -
Administração e supervisão (5%) -
Outros Custos a serem estabelecidos pela Escola Privada K
Fonte: Tabela 29 da Resolução CNE/CEB No 8/2010.
A EP deverá especificar outros itens de “insumos” básicos para : pessoal docentes;
pessoal de gestão escolar; bens e serviços; alimentação; e custos da administração central.
5. Determinação dos Custos das Escolas Privadas
Nesta etapa da metodologia a Escola Privada precisa estabelecer:
- salários mensais dos professores;
- salários do pessoal de gestão;
- custo mensal de água/luz/telefone;
- custo mensal de material de limpeza;
- custo mensal dos materiais pedagógicos;
- custo mensal dos projetos de ações pedagógicas;
- custo mensal do material de escritório;
UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL
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- custo anual da conservação predial;
- custo mensal da manutenção e reposição de equipamentos;
- salários dos funcionários da alimentação;
- valor por dia, por criança, da alimentação;
- custo mensal da formação profissional;
- outros itens acrescentados pela Escola Privada.
5.1.1 Custos para o funcionamento da EP EI/EF(anos iniciais)
Pessoal Docente
CRECHE
A tabela 02 deve ser elaborada pela Escola Privada estabelecendo o salário mensal do
professor, o custo total do ano que deve considerar os encargos trabalhistas e o custo aluno
por ano, considerando-se o número de crianças na creche.
Tabela 02 – CRECHE: Salário mensal dos professores e custo do aluno por ano devido a este pagamento
Pessoal Docente Quantidade Custo por mês (em
R$)
Custo total no ano
(em R$)
Custo aluno por ano
(em R$)
Professor com
ensino superior
(40h)
03
Professor com
ensino médio (40h)
17
Outros professores
a serem
estabelecidos pela
Escola Privada
Custo Total por aluno (em R$)
PRÉ-ESCOLA
A tabela 03 deve ser elaborada pela Escola Privada estabelecendo o salário mensal do
professor, o custo total do ano que deve considerar os encargos trabalhistas e o custo aluno
por ano, considerando-se o número de crianças na pré-escola.
UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL
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Tabela 03 – PRÉ-ESCOLA: Salário mensal dos professores e custo do aluno por ano devido a este
pagamento
Pessoal Docente Quantidade Custo por mês (em
R$)
Custo total no ano
(em R$)
Custo aluno por ano
(em R$)
Professor com
ensino superior
(40h)
06
Professor com
Ensino Médio
(40h)
06
Outros professores
a serem
estabelecidos pela
Escola Privada
Custo Total por aluno (em R$)
ENSINO FUNDAMENTAL (anos iniciais)
A tabela 04 deve ser elaborada pela Escola Privada estabelecendo o salário mensal do
professor, o custo total do ano que deve considerar os encargos trabalhistas e o custo aluno
por ano, considerando-se o número de crianças no ensino fundamental (anos iniciais).
Tabela 04 – ENSINO FUNDAMENTAL (anos iniciais): Salário mensal dos professores e custo do aluno
por ano devido a este pagamento
Pessoal Docente Quantidade Custo por mês (em
R$)
Custo total no ano
(em R$)
Custo aluno por ano
(em R$)
Professor com
ensino superior
(40h)
10
Professor com
Ensino Médio
(40h)
10
Outros professores
a serem
estabelecidos pela
Escola Privada
Custo Total por aluno (em R$)
Pessoal de Gestão
CRECHE
A tabela 05 deve ser elaborada pela Escola Privada estabelecendo o salário mensal do
pessoal de gestão, o custo total do ano que deve considerar os encargos trabalhistas e o custo
aluno por ano, considerando-se o número de crianças na creche.
UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL
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Tabela 05 – CRECHE: Salário mensal do pessoal de gestão e custo do aluno por ano devido a este
pagamento
Pessoal de Gestão Quantidade Custo por mês (em
R$)
Custo total no ano
(em R$)
Custo aluno por ano
(em R$)
Direção 01
Secretária 01
Manutenção e
infraestrutura
02
Coordenador
pedagógico
01
Outros
profissionais serem
estabelecidos pela
Escola Privada
Custo Total por aluno (em R$)
PRÉ-ESCOLA
A tabela 06 deve ser elaborada pela Escola Privada estabelecendo o salário mensal do
pessoal de gestão, o custo total do ano que deve considerar os encargos trabalhistas e o custo
aluno por ano, considerando-se o número de crianças na pré-escola.
Tabela 06 – PRÉ-ESCOLA: Salário mensal do pessoal de gestão e custo do aluno por ano devido a este
pagamento
Pessoal de Gestão Quantidade Custo por mês (em
R$)
Custo total no ano
(em R$)
Custo aluno por ano
(em R$)
Direção 01
Secretária 01
Manutenção e
infraestrutura
03
Coordenador
pedagógico
01
Outros
profissionais serem
estabelecidos pela
Escola Privada
Custo Total por aluno (em R$)
ENSINO FUNDAMENTAL (anos iniciais)
A tabela 07 deve ser elaborada pela Escola Privada estabelecendo o salário mensal do
pessoal de gestão, o custo total do ano que deve considerar os encargos trabalhistas e o custo
aluno por ano, considerando-se o número de crianças no ensino fundamental (anos iniciais).
UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL
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Tabela 07 – ENSINO FUNDAMENTAL (anos iniciais): Salário mensal do pessoal de gestão e custo do
aluno por ano devido a este pagamento
Pessoal de Gestão Quantidade Custo por mês (em
R$)
Custo total no ano
(em R$)
Custo aluno por ano
(em R$)
Direção 01
Secretária 01
Manutenção e
infraestrutura
05
Coordenador
pedagógico
01
Auxiliar de
biblioteconomia
01
Outros
profissionais serem
estabelecidos pela
Escola Privada
Custo Total por aluno (em R$)
Bens e Serviços
CRECHE
A tabela 08 deve ser elaborada pela Escola Privada estabelecendo o custo mensal dos
bens e serviços, o custo total do ano e o custo aluno por ano, considerando-se o número de
crianças na creche.
Tabela 08 – CRECHE: Custo mensal dos bens e serviços e custo do aluno por ano devido a este
pagamento
Bens e serviços Quantidade Custo por mês (em
R$)
Custo total no ano
(em R$)
Custo aluno por ano
(em R$)
Água/luz/telefone
(mês)
12
Material de
limpeza
12
Materiais
pedagógicos e
brinquedos por
criança
130
Projetos de ações
pedagógicas por
criança
130
Material de
escritório (mês)
12
Conservação
predial (ano)
01
Manutenção e
reposição de
equipamento (mês)
12
UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL
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Outros Itens a
serem
estabelecidos pela
Escola Privada
Custo Total por aluno (em R$)
PRÉ-ESCOLA
A tabela 09 deve ser elaborada pela Escola Privada estabelecendo o custo mensal dos
bens e serviços, o custo total do ano e o custo aluno por ano, considerando-se o número de
crianças na pré-escola.
Tabela 09 – PRÉ-ESCOLA: Custo mensal dos bens e serviços e custo do aluno por ano devido a este
pagamento
Bens e serviços Quantidade Custo por mês (em
R$)
Custo total no ano
(em R$)
Custo aluno por ano
(em R$)
Água/luz/telefone
(mês)
12
Material de
limpeza (mês)
12
Material didático
(por aluno ao ano)
240
Projetos de ações
pedagógicas (por
aluno ao ano)
240
Material de
escritório (mês)
12
Conservação
predial (ano)
01
Manutenção e
reposição de
equipamento (mês)
12
Outros Itens a
serem
estabelecidos pela
Escola Privada
Custo Total por aluno (em R$)
ENSINO FUNDAMENTAL (anos iniciais)
A tabela 10 deve ser elaborada pela Escola Privada estabelecendo o custo mensal dos
bens e serviços, o custo total do ano e o custo aluno por ano, considerando-se o número de
crianças no ensino fundamental (anos iniciais).
Tabela 10 – ENSINO FUNDAMENTAL (anos iniciais): Custo mensal dos bens e serviços e custo do aluno
por ano devido a este pagamento
Bens e serviços Quantidade Custo por mês (em
R$)
Custo total no ano
(em R$)
Custo aluno por ano
(em R$)
UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL
Page 40
Água/luz/telefone
(mês)
12
Material de
limpeza (mês)
12
Material didático
(por aluno ao ano)
480
Projetos de ações
pedagógicas (por
aluno ao ano)
480
Material de
escritório (mês)
12
Conservação
predial (ano)
01
Manutenção e
reposição de
equipamento (mês)
12
Outros Itens a
serem
estabelecidos pela
Escola Privada
Custo Total por aluno (em R$)
Alimentação
CRECHE
A tabela 11 deve ser elaborada pela Escola Privada estabelecendo o custo mensal da
alimentação, o custo total do ano e o custo aluno por ano, considerando-se o número de
crianças na creche.
PRÉ-ESCOLA
A tabela 12 deve ser elaborada pela Escola Privada estabelecendo o custo mensal da
alimentação, o custo total do ano e o custo aluno por ano, considerando-se o número de
crianças na pré-escola.
Tabela 11 – CRECHE: Custo mensal da alimentação e custo do aluno por ano devido a este pagamento
Alimentação Quantidade Custo por mês (em
R$)
Custo total no ano
(em R$)
Custo aluno por ano
(em R$)
Funcionários 02
Alimentos (5
refeições / dia por
criança)
130
Outros Itens a
serem
estabelecidos pela
Escola Privada
Custo Total por aluno (em R$)
UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL
Page 41
Tabela 12 – PRÉ-ESCOLA: Custo mensal da alimentação e custo do aluno por ano devido a este
pagamento
Alimentação Quantidade Custo por mês (em
R$)
Custo total no ano
(em R$)
Custo aluno por ano
(em R$)
Funcionários 02
Alimentos (
refeição/dia)
240
Outros Itens a
serem
estabelecidos pela
Escola Privada
Custo Total por aluno (em R$)
ENSINO FUNDAMENTAL (anos iniciais)
A tabela 13 deve ser elaborada pela Escola Privada estabelecendo o custo mensal da
alimentação, o custo total do ano e o custo aluno por ano, considerando-se o número de
crianças no ensino fundamental (anos iniciais).
Tabela 13 – ENSINO FUNDAMENTAL (anos iniciais): Custo mensal da alimentação e custo do aluno por
ano devido a este pagamento
Alimentação Quantidade Custo por mês (em
R$)
Custo total no ano
(em R$)
Custo aluno por ano
(em R$)
Funcionários 05
Alimentos (
refeição/dia)
480
Outros Itens a
serem
estabelecidos pela
Escola Privada
Custo Total por aluno (em R$)
Administração Central
CRECHE
A tabela 14 deve ser elaborada pela Escola Privada estabelecendo o custo mensal com
a administração central, o custo total do ano e o custo aluno por ano, considerando-se o
número de crianças na creche.
UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL
Page 42
Tabela 14 – CRECHE: Custo mensal com a administração central e custo do aluno por ano devido a este
pagamento
Administração
Central
Quantidade Custo por mês (em
R$)
Custo total no ano
(em R$)
Custo aluno por ano
(em R$)
Formação
profissional
27
Encargos sociais
(20% do pessoal)
-
Administração e
supervisão (5%)
-
Outros Custos a
serem
estabelecidos pela
Escola Privada
Custo Total por aluno (em R$)
PRÉ-ESCOLA
A tabela 15 deve ser elaborada pela Escola Privada estabelecendo o custo mensal com
a administração central, o custo total do ano e o custo aluno por ano, considerando-se o
número de crianças na pré-escola.
Tabela 15 – PRÉ-ESCOLA: Custo mensal com a administração central e custo do aluno por ano devido a
este pagamento
Administração
Central
Quantidade Custo por mês (em
R$)
Custo total no ano
(em R$)
Custo aluno por ano
(em R$)
Formação
profissional
20
Encargos sociais
(20% do pessoal)
-
Administração e
supervisão (5%)
-
Outros Custos a
serem
estabelecidos pela
Escola Privada
Custo Total por aluno (em R$)
ENSINO FUNDAMENTAL (anos iniciais)
A tabela 16 deve ser elaborada pela Escola Privada estabelecendo o custo mensal com
a administração central, o custo total do ano e o custo aluno por ano, considerando-se o
número de crianças no ensino fundamental (anos iniciais).
UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL
Page 43
Tabela 16 – ENSINO FUNDAMENTAL (anos iniciais): Custo mensal com a administração central e custo
do aluno por ano devido a este pagamento
Administração
Central
Quantidade Custo por mês (em
R$)
Custo total no ano
(em R$)
Custo aluno por ano
(em R$)
Formação
profissional
32
Encargos sociais
(20% do pessoal)
-
Administração e
supervisão (5%)
-
Outros Custos a
serem
estabelecidos pela
Escola Privada
Custo Total por aluno (em R$)
5.1.2 Custos para o funcionamento da EP EF(anos finais)/EM
Pessoal Docente
ENSINO FUNDAMENTAL (anos finais)
A tabela 17 deve ser elaborada pela Escola Privada estabelecendo o salário mensal do
professor, o custo total do ano que deve considerar os encargos trabalhistas e o custo aluno
por ano, considerando-se o número de crianças no ensino fundamental (anos finais).
Tabela 17 – ENSINO FUNDAMENTAL (anos finais): Salário mensal dos professores e custo do aluno por
ano devido a este pagamento
Pessoal Docente Quantidade Custo por mês (em
R$)
Custo total no ano
(em R$)
Custo aluno por ano
(em R$)
Professor com
ensino superior
(40h)
10
Professor com
Ensino Médio
(40h)
10
Outros professores
a serem
estabelecidos pela
Escola Privada
Custo Total por aluno (em R$)
ENSINO MÉDIO
UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL
Page 44
A tabela 18 deve ser elaborada pela Escola Privada estabelecendo o salário mensal do
professor, o custo total do ano que deve considerar os encargos trabalhistas e o custo aluno
por ano, considerando-se o número de crianças no ensino médio.
Tabela 18 – ENSINO MÉDIO: Salário mensal dos professores e custo do aluno por ano devido a este
pagamento
Pessoal Docente Quantidade Custo por mês (em
R$)
Custo total no ano
(em R$)
Custo aluno por ano
(em R$)
Professor com
ensino superior
(40h)
30
Outros professores
a serem
estabelecidos pela
Escola Privada
Custo Total por aluno (em R$)
Pessoal de Gestão
ENSINO FUNDAMENTAL (anos finais)
A tabela 19 deve ser elaborada pela Escola Privada estabelecendo o salário mensal do
pessoal de gestão, o custo total do ano que deve considerar os encargos trabalhistas e o custo
aluno por ano, considerando-se o número de crianças no ensino fundamental (anos finais).
Tabela 19 – ENSINO FUNDAMENTAL (anos finais): Salário mensal do pessoal de gestão e custo do
aluno por ano devido a este pagamento
Pessoal de Gestão Quantidade Custo por mês (em
R$)
Custo total no ano
(em R$)
Custo aluno por ano
(em R$)
Direção 01
Secretária 01
Manutenção e
infraestrutura
(nível de EF)
04
Manutenção e
infraestrutura
(nível de EM)
02
Coordenador
pedagógico
01
Bibliotecário 01
Outros
profissionais serem
estabelecidos pela
Escola Privada
Custo Total por aluno (em R$)
UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL
Page 45
ENSINO MÉDIO
A tabela 20 deve ser elaborada pela Escola Privada estabelecendo o salário mensal do
pessoal de gestão, o custo total do ano que deve considerar os encargos trabalhistas e o custo
aluno por ano, considerando-se o número de crianças no ensino médio.
Tabela 20 – ENSINO MÉDIO: Salário mensal do pessoal de gestão e custo do aluno por ano devido a este
pagamento
Pessoal de Gestão Quantidade Custo por mês (em
R$)
Custo total no ano
(em R$)
Custo aluno por ano
(em R$)
Direção 02
Secretária 04
Manutenção e
infraestrutura
(nível de E.F.)
04
Manutenção e
infraestrutura
(nível de E.M.)
04
Coordenador
pedagógico
02
Bibliotecário 02
Outros
profissionais serem
estabelecidos pela
Escola Privada
Custo Total por aluno (em R$)
Bens e Serviços
ENSINO FUNDAMENTAL (anos finais)
A tabela 21 deve ser elaborada pela Escola Privada estabelecendo o custo mensal dos
bens e serviços, o custo total do ano e o custo aluno por ano, considerando-se o número de
crianças no ensino fundamental (anos finais).
Tabela 21 – ENSINO FUNDAMENTAL (anos finais): Custo mensal dos bens e serviços e custo do aluno
por ano devido a este pagamento
Bens e serviços Quantidade Custo por mês (em
R$)
Custo total no ano
(em R$)
Custo aluno por ano
(em R$)
Água/luz/telefone
(mês)
12
Material de
limpeza (mês)
12
UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL
Page 46
Material didático
(por aluno ao ano)
600
Projetos de ações
pedagógicas (por
aluno ao ano)
600
Material de
escritório (mês)
12
Conservação
predial (ano)
01
Manutenção e
reposição de
equipamento (mês)
12
Outros Itens a
serem
estabelecidos pela
Escola Privada
Custo Total por aluno (em R$)
ENSINO MÉDIO
A tabela 22 deve ser elaborada pela Escola Privada estabelecendo o custo mensal dos
bens e serviços, o custo total do ano e o custo aluno por ano, considerando-se o número de
crianças no ensino médio.
Tabela 22 – ENSINO MÉDIO: Custo mensal dos bens e serviços e custo do aluno por ano devido a este
pagamento
Bens e serviços Quantidade Custo por mês (em
R$)
Custo total no ano
(em R$)
Custo aluno por ano
(em R$)
Água/luz/telefone
(mês)
12
Material de
limpeza (mês)
12
Material didático
(por aluno ao ano)
900
Projetos de ações
pedagógicas (por
aluno ao ano)
900
Material de
escritório (mês)
12
Conservação
predial (ano)
01
Manutenção e
reposição de
equipamento (mês)
12
Outros Itens a
serem
estabelecidos pela
Escola Privada
Custo Total por aluno (em R$)
UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL
Page 47
Alimentação
ENSINO FUNDAMENTAL (anos finais)
A tabela 23 deve ser elaborada pela Escola Privada estabelecendo o custo mensal da
alimentação, o custo total do ano e o custo aluno por ano, considerando-se o número de
crianças no ensino fundamental (anos finais).
Tabela 23 – ENSINO FUNDAMENTAL (anos iniciais): Custo mensal da alimentação e custo do aluno por
ano devido a este pagamento
Alimentação Quantidade Custo por mês (em
R$)
Custo total no ano
(em R$)
Custo aluno por ano
(em R$)
Funcionários 06
Alimentos (
refeição/dia)
600
Outros Itens a
serem
estabelecidos pela
Escola Privada
Custo Total por aluno (em R$)
ENSINO MÉDIO
A tabela 24 deve ser elaborada pela Escola Privada estabelecendo o custo mensal da
alimentação, o custo total do ano e o custo aluno por ano, considerando-se o número de
crianças no ensino médio.
Tabela 24 – ENSINO MÉDIO: Custo mensal da alimentação e custo do aluno por ano devido a este
pagamento
Alimentação Quantidade Custo por mês (em
R$)
Custo total no ano
(em R$)
Custo aluno por ano
(em R$)
Funcionários 08
Alimentos (
refeição/dia)
900
Outros Itens a
serem
estabelecidos pela
Escola Privada
Custo Total por aluno (em R$)
UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL
Page 48
Administração Central
ENSINO FUNDAMENTAL (anos finais)
A tabela 25 deve ser elaborada pela Escola Privada estabelecendo o custo mensal com
a administração central, o custo total do ano e o custo aluno por ano, considerando-se o
número de crianças no ensino fundamental (anos finais).
Tabela 25 – ENSINO FUNDAMENTAL (anos finais): Custo mensal com a administração central e custo
do aluno por ano devido a este pagamento
Administração
Central
Quantidade Custo por mês (em
R$)
Custo total no ano
(em R$)
Custo aluno por ano
(em R$)
Formação
profissional
30
Encargos sociais
(20% do pessoal)
-
Administração e
supervisão (5%)
-
Outros Custos a
serem
estabelecidos pela
Escola Privada
Custo Total por aluno (em R$)
ENSINO MÉDIO
A tabela 26 deve ser elaborada pela Escola Privada estabelecendo o custo mensal com
a administração central, o custo total do ano e o custo aluno por ano, considerando-se o
número de crianças no ensino médio.
Tabela 26 – ENSINO MÉDIO: Custo mensal com a administração central e custo do aluno por ano devido
a este pagamento
Administração
Central
Quantidade Custo por mês (em
R$)
Custo total no ano
(em R$)
Custo aluno por ano
(em R$)
Formação
profissional
48
Encargos sociais
(20% do pessoal)
-
Administração e
supervisão (5%)
-
Outros Custos a
serem
estabelecidos pela
Escola Privada
Custo Total por aluno (em R$)
UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL
Page 49
5.3. Custos Totais da EP EI/EF(anos iniciais)
As tabelas que seguem resumem os custos apresentados no item 5.1 e a última tabela
apresenta o Custo Total por Aluno (em R$).
CRECHE
Tabela 27 – CRECHE: Custo por aluno da Creche
“Insumos” Custo por aluno ( em R$) da Creche
1) Pessoal Docente
2) Pessoal de Gestão
3) Bens e Serviços
4) Alimentação
5) Administração Central
Total
PRÉ-ESCOLA
Tabela 28 – PRÉ-ESCOLA: Custo por aluno da Pré-Escola
“Insumos” Custo por aluno ( em R$)
1) Pessoal Docente
2) Pessoal de Gestão
3) Bens e Serviços
4) Alimentação
5) Administração Central
Total
ENSINO FUNDAMENTAL (anos iniciais)
Tabela 29 – ENSINO FUNDAMENTAL (anos iniciais): Custo por aluno do Ensino Fundamental (anos
iniciais)
“Insumos” Custo por aluno ( em R$)
1) Pessoal Docente
2) Pessoal de Gestão
3) Bens e Serviços
4) Alimentação
5) Administração Central
Total
A tabela 30 apresenta o custo por aluno da EP EI/EF(anos iniciais), obtido dividindo-
se os valores obtidos para os gastos totais nesta EP e o número total de alunos da Escola.
Tabela 30 - Custo Total por aluno da EP EI/EF(anos iniciais)
“Insumos” Custo por aluno da EP EI/EF(anos iniciais) ( em R$)
1) Pessoal Docente
2) Pessoal de Gestão
3) Bens e Serviços
4) Alimentação
5) Administração Central
Total
UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL
Page 50
5.4. Custos Totais da EP EF(anos finais)/EM
As tabelas que seguem resumem os custos apresentados no item 5.1 e a última tabela
apresenta o Custo Total por Aluno (em R$).
ENSINO FUNDAMENTAL (anos finais)
Tabela 31 – ENSINO FUNDAMENTAL (anos finais): Custo por aluno do Ensino Fundamental (anos
finais)
“Insumos” Custo por aluno ( em R$)
1) Pessoal Docente
2) Pessoal de Gestão
3) Bens e Serviços
4) Alimentação
5) Administração Central
Total
ENSINO MÉDIO
Tabela 32 – ENSINO MÉDIO: Custo por aluno do Ensino Médio
“Insumos” Custo por aluno ( em R$)
1) Pessoal Docente
2) Pessoal de Gestão
3) Bens e Serviços
4) Alimentação
5) Administração Central
Total
A tabela 33 apresenta o custo por aluno da EP EF(anos finais)/EM, obtido dividindo-
se os valores obtidos para os gastos totais nesta EP e o número total de alunos da Escola.
Tabela 33 - Custo Total por aluno da EP EF(anos finais)/EM
“Insumos” Custo por aluno ( em R$)
1) Pessoal Docente
2) Pessoal de Gestão
3) Bens e Serviços
4) Alimentação
5) Administração Central
Total
UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL
Page 51
6. Comparações com custos nacionais e internacionais
A Escola Privada deve comparar os custos que foram obtidos com aqueles presentes
na Resolução CNE/CEN No 08/2010, com os valores definidos no âmbito do Fundeb e com os
valores médios aplicados pelos países membros da OCDE. A tabela 34 mostra esses valores
Tabela 34 – Valores para comparação
Escolas EI/EF/EM Resolução
CNE/CEB No
8/2010 (ver Tab.
34)
Valor estabelecido
no item 7 deste
estudo.
Média OCDE
(US$/PPP) (2011)
(Ver Tab. 37)
Valor obtido para a
Escola Privada
Creche
Pré-Escola
EF (anos iniciais)
EF (anos finais)
Ensino Médio
6.1 Comparação com o valor médio dos países membros da OCDE
A Escola privada poderá balizar o valor obtido para os custos por estudante com
aqueles da OCDE, examinando o perfil da renda per capita do país da OCDE com aquele da
cidade em que a EP está instalada. A tabela 35 mostra a renda per capita em US$/PPP* para
os países membros a OCDE e tabela 36 apresenta esse mesmo parâmetro para as capitais
brasileiras, como exemplificação dessa etapa da metodologia. Como resultado dessa
comparação a EP pode redefinir seus parâmetros como: número de estudantes por turma;
número de professores; jornada de trabalho dos professores; jornada diária de aulas; salários
dos professores e funcionários etc. A tabela 37 apresenta os valores aplicados em cada país da
OCDE para cada etapa/modalidade da educação básica.
UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL
Page 52
Tabela 35 – Renda per capita (US$/PPP)
País Renda per capita (US$/PPP), valor estimado para 2014
Austrália 46.400
Bélgica 43.000
Chile 23.000
Dinamarca 44.300
Alemanha 45.900
Estônia 27.000
Finlândia 40.300
França 40.400
Grécia 25.900
Irlanda 49.200
Islândia 43.600
Israel 32.700
Itália 35.500
Japão 37.400
Canadá 44.800
Coréia do Sul 35.300
Luxemburgo 92.000
México 17.900
Nova Zelândia 35.200
Holanda 47.400
Noruega 66.900
Áustria 46.400
Polônia 25.100
Portugal 27.000
Suécia 46.000
Suíça 58.100
Eslováquia 28.100
Eslovênia 29.700
Espanha 33.700
Rep. Tcheca 29.900
Turquia 19.600
Hungria 24.900
Reino Unido 39.500
Estados Unidos 54.600
Fonte: www.cia.gov.br/library/publications/resources/the-world-
factbook/fields/2004.html#br. Acesso em 20/out./2015.
UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL
Page 53
Tabela 36 - Capitais brasileira: renda per capita (US$/PPP)
País Renda per capita em R$, em
2012, a preços correntes
Renda per capita, em
US$/PPP*
Rio Branco 14.200 10.252
Maceió 5.027 3.630
Manaus 26.761 19.321
Amapá 15.530 11.213
Salvador 14.706 10.617
Fortaleza 17.360 12.534
Brasília 64.653 46.679
Vitória 14.645 10.574
Goiânia 22.591 16.311
São Luiz 23.664 17.086
Belo Horizonte 24.365 17.592
Campo Grande 21.071 15.213
Cuiabá 23.691 17.105
Belém 14.576 10.524
João Pessoa 15.119 10.916
Recife 23.679 17.096
Teresina 14.823 10.702
Curitiba 33.292 24.037
Rio de Janeiro 34.572 24.961
Natal 16.257 11.737
Porto Velho 22.081 15.943
Boa Vista 17.925 12.942
Porto Alegre 33.883 24.463
Florianópolis 29.123 21.027
Aracaju 16.699 12.056
São Paulo 43.895 31.692
Palmas 17.065 12.321
Fonte: cidades.ibge.gov.br/xtras/temas.php?lang=&codnum=.....Acesso em 20/out./2015.
*1R$ = 0,722 US$/PPP, considerando as informações da CIA sobre o valor do PIB em
US$/PPP e o valor do PIB em R$, em www.ipeadata.gov.br.
UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL
Page 54
Tabela 37 – Valor anual aplicado por estudante (todas as despesas) – 2011 (US$/PPP)
País EI (crianças
de 3 a 5 anos)
EF (anos
iniciais)
EF (anos
finais)
Ensino Médio
Austrália 10.734 8.671 10.689 9.859
Bélgica 6.333 9.281 - -
Chile 5.083 4.551 4.494 4.496 (2012)
Dinamarca 14.148 9.434 10.971 10.908
Alemanha 8.351 7.579 9.247 12.022
Estônia 2.618 5.328 6.009 6.688
Finlândia 5.700 8.159 12.545 8.467
França 6.615 6.917 9.668 13.071
Grécia - - - -
Irlanda - 8.520 11.442 11.576
Islândia 9.138 10.339 10.160 7.461
Israel 4.058 6.823 - -
Itália 7.868 8.448 8.686 8.519
Japão 5.591 8.280 9.677 10.093
Canadá - 9.232 - 11.607
Coréia do Sul 6.861 6.976 6.674 9.698
Luxemburgo 25.074 23.871 16.125 16.238
México 2.568 2.622 2.344 4.034
Nova Zelândia 11.088 8.084 8.670 10.023
Holanda 8.020 8.036 12.031 12.171
Noruega 6.730 12.459 12.769 14.838
Áustria 8.933 10.600 13.547 13.666
Polônia 6.409 6.233 5.995 5.764
Portugal 5.674 5.865 8.294 9.139
Suécia 6.915 10.295 10.823 11.022
Suíça 5.267 12.907 15.124 16.521
Eslováquia 4.653 5.517 5.109 4.783
Eslovênia 8.136 9.260 9.947 7.724
Espanha 6.725 7.288 9.335 10.090
Rep. Tcheca 4.302 4.587 7.730 6.886
Turquia 2.412 2.218 2.250 3.239
Hungria 4.564 4.566 4.709 4.455
Reino Unido 9.692 9.857 13.894 6.491
Estados Unidos 10.010 10.958 12.338 13.143
Média OCDE 7.428 8.296 9.377 9.506
Fonte: Education at a Glance 2014, Table B1.1a.
Deve-se, portanto, comparar, como referência, o valor da EP EI/EF (anos iniciais)
com o país escolhido. O mesmo procedimento, para a EP EF(anos finais)/EM.
6.2 Informações que podem balizar os valores a serem utilizados nas Escolas
A definição do salario do professor, o quantitativo de estudantes por sala de aula e o
número de estudantes por professor podem ser balizados na Escola Privada pelos valores
existentes nos países membros da OCDE. A tabela 38 apresenta o salario do professor, por
UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL
Page 55
estudante. A tabela 39 mostra o número de estudantes por sala de aula e a tabela 40 apresenta
o número de estudantes por professor.
Tabela 38 – Salário dos professores: valor por estudante – 2012 (US$/PPP)
País EF (anos
iniciais)
EF (anos
finais)
Ensino Médio
Austrália 3.301 4.355 4.355
Bélgica 3.797 5.833 6.037
Chile 1.117 1.102 1.093
Dinamarca 4.310 4.310 -
Alemanha 3.884 4.840 5.318
Estônia 957 1.270 886
Finlândia 2.909 4.775 2.863
França 1.795 2.398 3.790
Grécia 2.839 - -
Irlanda 3.410 3.676 3.676
Islândia - - -
Israel 1.935 1.974 2.327
Itália 2.769 3.102 2.895
Japão 2.680 3.377 -
Canadá 3.596 3.696 4.152
Coréia do Sul 2.725 2.757 3.243
Luxemburgo 10.704 12.019 12.019
México 724 822 -
Nova Zelândia - - -
Holanda 3.463 4.354 3.656
Noruega 3.763 3.719 4.335
Áustria 3.572 5.185 4.897
Polônia 1.653 2.101 2.175
Portugal 2.923 3.605 4.550
Suécia - - -
Suíça - - -
Eslováquia 797 1.044 964
Eslovênia 2.066 4.133 2.334
Espanha 3.118 4.321 4.727
Rep. Tcheca 1.027 1.766 1.771
Turquia 1.325 1.376 1.706
Hungria 1.263 1.279 1.255
Inglaterra 1.959 2.907 2.421
Estados Unidos 3.003 3.068 3.249
Média OCDE 2.575 3.129 3.212
Fonte: Education at a Glance 2014, p. 295, Table B7.1.
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Tabela 39 – Número de estudantes por sala – 2012
País EF (anos
iniciais)
EF (anos
finais)
Austrália 25 25
Bélgica - -
Chile 31 31
Dinamarca 18 20
Alemanha 21 24
Estônia 15 12
Finlândia 18 22
França 23 26
Grécia 20 24
Irlanda - -
Islândia 15 13
Israel 24 23
Itália 20 22
Japão 30 34
Canadá - -
Coréia do Sul 29 33
Luxemburgo 20 20
México 19 24
Nova Zelândia - -
Holanda - -
Noruega - -
Áustria 19 22
Polônia 12 18
Portugal 21 25
Suécia - -
Suíça - -
Eslováquia 16 18
Eslovênia 22 18
Espanha 24 25
Rep. Tcheca 15 19
Turquia 20 20
Hungria 20 20
Reino Unido 17 18
Estados Unidos 18 20
Média OCDE 21 22
Fonte: Education at a Glance 2014, Table D2.1.
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Page 57
Tabela 40 – Número de estudantes por professor – 2012
País EI (3 anos ou mais) EF(anos
iniciais)
EF(anos
finais)
Ensino Médio
Prof+Assit. Somente Prof.
Austrália - - 16 - -
Bélgica 16 16 13 8 10
Chile 11 22 22 22 24
Dinamarca - - - 12 -
Alemanha 10 12 16 14 14
Estônia - 7 13 10 14
Finlândia - 11 14 9 16
França 14 22 19 15 10
Grécia - - 9 - -
Irlanda - - 16 - -
Islândia 6 6 10 11 11
Israel 13 27 15 14 11
Itália - 12 12 12 13
Japão 15 15 18 14 12
Canadá - - - 16 14
Coréia do Sul 16 16 18 18 15
Luxemburgo - 11 9 11 8
México 25 25 28 32 27
Nova Zelândia - 7 16 16 14
Holanda 14 16 16 16 19
Noruega - - 10 10 10
Áustria 10 14 12 9 10
Polônia - 16 11 10 11
Portugal - 16 12 10 8
Suécia 6 6 12 11 13
Suíça - - - - -
Eslováquia 12 12 17 13 14
Eslovênia 9 9 16 8 14
Espanha - 13 13 11 10
Rep. Tcheca 14 14 19 11 11
Turquia - 21 20 20 16
Hungria - 11 11 11 12
Reino Unido 12 19 21 14 17
Estados Unidos 10 12 15 15 15
Média OCDE 13 14 15 14 14
Fonte: Education at a Glance 2014, Table D2.2.
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7. O valor aplicado por aluno e a qualidade
A educação brasileira possui muitos pontos de estrangulamento quando se discute
sobre a sua qualidade: baixos salários dos professores; infraestrutura das escolas/instituições
deficientes; titulação dos professores incompatível com a docência em diferentes níveis,
etapas e modalidades educacionais; grande desigualdade dos estudantes, tanto no nível
cultural quanto econômico etc.
Isto faz com que uma questão relevante nessa discussão seja o vínculo entre qualidade
e financiamento, uma vez que diversos dos pontos de estrangulamento exigem um maior
aporte de recursos financeiros para as instituições educativas. A vinculação qualidade-
financiamento, em geral, pode ser analisada utilizando-se o valor aplicado por estudante, nos
diversos níveis e etapas educacionais (PINTO, 2014, p. 148-150).
Adotaremos como referencial de qualidade a pontuação média obtida pelos estudantes
ao realizarem a prova do Programme for International Student Assessment (PISA) ou
Programa Internacional de Avaliação de Estudantes, em português. Por este referencial será
assumido, portanto, que os países que possuem pontuações mais elevadas no PISA
desenvolveriam processos educacionais que levam a uma maior qualidade. Desta forma
podemos desenvolver análises comparativas do Brasil com outros países, para podermos
identificar quais são os valores a serem aplicados por estudante, que permitiriam afirmar que a
educação brasileira atingiu um determinado nível de qualidade.
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa Educacionais Anísio Teixeira (INEP) é
responsável no Brasil pela coordenação do Programa. As provas são aplicadas em intervalos
de três anos e “abrangem três áreas do conhecimento - Leitura, Matemática e Ciências –
havendo, a cada edição do programa, maior ênfase em cada uma dessas áreas.”
(BRASIL.INEP, 2014a).
Foram utilizados neste estudo os resultados da aplicação das provas no ano de 2012 e
que tiveram como ênfase a área de matemática. A tabela 41 mostra os resultados do PISA
(BRASIL.INEP, 2014a) para países selecionados que possuem os valores aplicados por
estudante nos níveis e etapas educacionais divulgados no Education at a Glance 2014 da
Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico. (OCDE, 2015).
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Tabela 41 – Valor Médio da prova do PISA de 2012
Pontuação
na prova de
Matemática
Pontuação
na prova de
Leitura
Pontuação
na prova de
Ciências
Valor Médio
da
pontuação
Coréia do Sul 554 536 538 543
Japão 536 538 547 540
Finlândia 519 524 545 529
Estônia 521 516 541 526
Canadá 518 523 525 522
Polônia 518 518 526 521
Holanda 523 511 522 519
Suíça 531 509 515 518
Alemanha 514 508 524 515
Irlanda 501 523 522 515
Austrália 504 512 521 512
Bélgica 515 509 505 510
Nova Zelândia 500 512 516 509
Reino Unido 494 499 514 502
Áustria 506 490 506 501
Rep. Tcheca 499 493 508 500
França 495 505 499 500
Eslovênia 501 481 514 499
Dinamarca 500 496 498 498
Noruega 489 504 495 496
Letônia 491 489 502 494
Estados Unidos 481 498 497 492
Itália 485 490 494 490
Luxemburgo 490 488 491 490
Espanha 484 488 496 489
Portugal 487 488 489 488
Hungria 477 488 494 486
Islândia 493 483 478 485
Lituânia 479 477 496 484
Suécia 478 483 485 482
Rússia 482 475 486 481
Israel 466 486 470 474
Eslováquia 482 463 471 472
Grécia 453 477 467 466
Turquia 448 475 463 462
Bulgária 439 436 446 440
Chile 423 441 445 436
México 413 424 415 417
Brasil 391 410 405 402
Argentina 388 396 406 397
Colômbia 376 403 399 393
Indonésia 375 396 382 384
Fonte: (BRASIL.INEP, 2015a)
Na tabela 41 os países estão listados por ordem de seus resultados na prova do PISA,
do maior para o menor. No conjunto dos países selecionados o de maior PISA é a Coréia do
Sul, 543, e o de menor é a Indonésia, com valor médio de 384 pontos.
Para estudarmos o vínculo entre o valor aplicado por estudante e o resultado do PISA
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utilizaremos a seguinte metodologia: para cada uma das etapas da educação básica (para
efetivar as comparações internacionais as etapas consideradas serão as seguintes: creche e
pré-escola; ensino fundamental, anos iniciais; ensino fundamental, anos finais; e ensino
médio) traçaremos um gráfico que contém o valor aplicado por estudante no eixo horizontal e
o resultado do PISA na vertical. Traçaremos duas linhas perpendiculares, uma vertical,
marcando o valor médio do valor aplicado por estudante e uma horizontal com o valor médio
do resultado do PISA. Dessa forma, ficam explicitadas quatro regiões com características
diferentes:
a) A Região 1, constituída por países que aplicaram por aluno, recursos abaixo da média
do conjunto dos países e obtiveram como resultado na prova do PISA um valor acima
da média do PISA, do conjunto de países;
b) a Região 2, em que estão presentes aqueles países que aplicaram, por aluno, um valor
maior do que a média e obtiveram um resultado para a prova também acima da média;
c) a Região 3 apresenta os países que aplicaram valores por aluno menores do que a
média e, também, apresentaram resultados para o PISA abaixo da média;
d) a Região 4 que conta com aqueles países que aplicaram valores por estudante acima da
média e apresentaram valores abaixo da média para o PISA.
Os países que se situarem na Região 1, por possuírem resultados para o PISA acima da
média e valores aplicados por estudante abaixo da média podem ser considerados “altamente
eficientes” nesse contexto que relaciona financiamento com os resultados do PISA.
Assumiremos neste estudo, que o valor médio aplicado pelos países da Região 1 será o valor
limite a ser aplicado por estudante, aquém do qual os resultados do PISA caem e além do qual
o resultado do PISA, obrigatoriamente, não se eleva.
Aplicaremos inicialmente a metodologia para o caso da creche e pré-escola. A tabela
42 mostra os resultados do PISA e os valores aplicados por estudante para diversos países. Os
países estão ordenados por valores aplicados por estudante, do maior para o menor e estão em
US$/PPP, o que significa valores em dólares que sofreram correções para se obter a paridade
do poder de compra (Purchasing Power Parity – PPP).
UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL
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Tabela 42 – Creche e Pré-Escola: resultado do PISA e valor aplicado por estudante
País Resultado do PISA
(2012)
Valor aplicado por estudante (2011)
(US$/PPP)
Luxemburgo 490 25.074,00
Dinamarca 498 14.148,00
Nova Zelândia 509 11.088,00
Austrália 512 10.734,00
Estados Unidos 492 10.010,00
Reino Unido 502 9.692,00
Islândia 485 9.138,00
Áustria 501 8.933,00
Alemanha 515 8.351,00
Eslovênia 499 8.136,00
Holanda 519 8.020,00
Itália 490 7.868,00
Suécia 482 6.915,00
Coréia do Sul 543 6.861,00
Noruega 496 6.730,00
Espanha 489 6.725,00
França 500 6.615,00
Polônia 521 6.409,00
Bélgica 510 6.333,00
Finlândia 529 5.700,00
Portugal 488 5.674,00
Japão 540 5.591,00
Suíça 518 5.267,00
Chile 436 5.083,00
Eslováquia 472 4.653,00
Hungria 486 4.564,00
Letônia 494 4.359,00
Rep. Tcheca 500 4.302,00
Israel 474 4.058,00
Colômbia 393 3.491,00
Estônia 526 2.618,00
México 417 2.568,00
Turquia 462 2.412,00
Brasil 402 2.349,00
Argentina 397 1.979,00
Indonésia 384 205,00
Valor Médio 485 6.740,00
Fonte: (BRASIL.INEP, 2015a) e (OCDE, 2015)
Lançando os valores aplicados por estudante na horizontal e os resultados do PISA no
eixo vertical, obtemos o gráfico 01.
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Gráfico 01 - Creche e Pré-Escola: resultado do PISA e valor aplicado por estudante
Fonte: (BRASIL.INEP, 2015a) e (OCDE, 2015)
No gráfico 01 já aparecem assinaladas as quatro regiões delimitadas pela linha vertical
que marca o valor médio aplicado por estudante, que foi de U$$/PPP 6.740,00 e o eixo
horizontal que marca o valor médio dos resultados do PISA, de 485 pontos.
Os países que estão na Região 1, listados na tabela 43 são aqueles que aplicaram por
estudante valores abaixo da média de todos os países que constam da tabela 01 mas,
entretanto, obtiveram resultados na prova do PISA superiores à média dos países.
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Tabela 43 – Região 1 – Creche e Pré-Escola: resultado do PISA e valor aplicado por estudante
País Resultado do PISA (2012) Valor aplicado por estudante
(2011)
(US$/PPP)
Noruega 496 6.730,00
Espanha 489 6.725,00
França 500 6.615,00
Polônia 521 6.409,00
Bélgica 510 6.333,00
Finlândia 529 5.700,00
Portugal 488 5.674,00
Japão 540 5.591,00
Suíça 518 5.267,00
Hungria 486 4.564,00
Letônia 494 4.359,00
Rep. Tcheca 500 4.302,00
Estônia 526 2.618,00
Valor Médio 507 5.453,00
Fonte: (BRASIL.INEP, 2015a) e (OCDE, 2015) e análises deste estudo
O valor médio aplicado pelos países da Região 1 foi de US$/PPP 5.453,00 e o valor
médio do PISA foi de 507 pontos. São, portanto, países que podem ser considerados
altamente “eficientes” quando se analisa simplesmente a relação entre os valores aplicados
por estudante e os resultados do PISA.
Na Região 2 estão os países elencados na tabela 44 e são aqueles em que os recursos
aplicados foram superiores à média de todos os países da tabela 01 e os resultados do PISA
foram também maiores que o resultado médio do PISA.
Tabela 44 – Região 2 – Creche e Pré-Escola: resultado do PISA e valor aplicado por estudante
País Resultado do PISA
(2012)
Valor aplicado por estudante (2011)
(US$/PPP)
Austrália 512 10.734,00
Áustria 501 8.933,00
Dinamarca 498 14.148,00
Alemanha 515 8.351,00
Itália 490 7.868,00
Coréia do Sul 543 6.861,00
Luxemburgo 490 25.074,00
Holanda 519 8.020,00
Nova Zelândia 509 11.088,00
Eslovênia 499 8.136,00
Reino Unido 502 9.692,00
Estados Unidos 492 10.010,00
Valor Médio 506 10.743,00
Fonte: (BRASIL.INEP, 2015a) e (OCDE, 2015) e análises deste estudo
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Neste caso o valor médio dos recursos aplicados por estudante pelos países foi de
U$$/PPP 10.743,00 (97% maior do que o valor médio daquele da Região 1) e o valor médio
do resultado do PISA foi de 506 pontos, um pouco inferior ao valor de 507 dos países da
Região 1.
Estes resultados associados àqueles da Região 1 nos leva a concluir que não há uma
relação direta entre recursos aplicados por estudante e os resultados do PISA.
A Região 3 mostra os países listados na tabela 45, que são aqueles que aplicaram
valores por estudante menor do que a média de todos os países da tabela 01 e que obtiveram
resultados do PISA também menores que os da média de todos os países.
Tabela 45 – Região 3 – Creche e Pré-Escola: resultado do PISA e valor aplicado por estudante
País Resultado do PISA (2012) Valor aplicado por estudante (2011)
(US$/PPP)
Chile 436 5.083,00
Israel 474 4.058,00
México 417 2.568,00
Eslováquia 472 4.653,00
Turquia 462 2.412,00
Argentina 397 1.979,00
Brasil 402 2.349,00
Colômbia 393 3.491,00
Indonésia 384 205,00
Valor Médio 426 2.978,00
Fonte: (BRASIL.INEP, 2015a) e (OCDE, 2015) e análises deste estudo
Neste caso o valor médio aplicado por estudante foi de US$/PPP 2.978,00, bem mais
baixo que aquele da Região 1, que foi de US$/PPP 5.453,00. O valor médio do resultado do
PISA foi, também, bem mais baixo, de 426, comparado com 507 dos países da Região 1.
Nota-se que o Brasil se encontra presente nesta Região 3, aplicando por estudante da Creche
Pré-Escola, o valor de US$/PPP 2.349,00, considerando-se as informações da OCDE (OCDE,
2015).
Pode-se concluir, portanto, que apesar de não existir uma relação direta entre o valor
aplicado por estudante e resultado do PISA, como já analisamos, a análise da Região 3 nos
mostra que deve existir um valor limite a ser aplicado por estudante, a partir do qual um valor
menor que este já interferiria no resultado do PISA, abaixando-o.
Desta análise pode-se concluir:
Não existe uma relação direta entre o valor aplicado por estudante e o resultado do
PISA; entretanto, deve existir um valor limite a partir do qual um valor menor que este
UMA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO CUSTO-ALUNO-QUALIDADE (CAQ) EM UMA ESCOLA PRIVADA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL
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interferiria no resultado do PISA, abaixando-o. Na educação básica o Brasil está exatamente
nessa situação, aplicando recursos abaixo desse limite, o que vem interferindo no resultado
do PISA.
Na Região 4 está presente apenas a Suécia, que aplicou recursos por estudante acima
da média, US$/PPP 6.915,00 e obteve resultado do PISA abaixo da média; no limítrofe entre
as regiões 3 e 4 ficou a Islândia, que teve como resultado exatamente o valor médio do PISA e
aplicou US$/PPP 9.138,00, valor bem superior à média de todos os países da tabela 8, que foi
de US$/PPP 6.740,00.
Este resultado, associado àquele da Região 2, nos permite concluir novamente que
deve existir um valor limite a ser aplicado por estudante, a partir do qual uma elevação dos
valores por estudante também pode não significar um resultado do PISA mais alto.
Assumiremos neste estudo que esse valor limite seria o valor médio dos países que
aparecem na Região 1, por conseguirem valores elevados do PISA e a aplicação de recursos
financeiros por estudante abaixo do valor médio. Portanto, para creche e pré-escola, esse valor
seria de US$/PPP 5.453,00. Como o valor aplicado pelo Brasil foi de US$/PPP 2.349,00, para
atingir esse valor limite o país deveria elevar 132,1% o valor aplicado por estudante da
Creche e Pré-Escola. Esse valor limite será utilizado neste estudo para estimar o total de
recursos a serem aplicados na creche e pré-escola em 2024, último ano do PNE (2014-2024).
Aplicando a mesma metodologia para o ensino fundamental (EF), anos iniciais, ensino
fundamental (EF), anos finais e ensino médio (EM), encontraremos, por Região de análise, os
valores médios do PISA e os valores médios aplicados por estudante.
Para o ensino fundamental, anos iniciais, considerando os países selecionados, o
resultado médio do PISA (2012) foi de 487 pontos e o valor médio aplicado por estudante em
2011 foi de US$/PPP 7.532,00.
A tabela 46 apresenta para essa etapa, por Região de análise, os dois indicadores em
estudo.
Tabela 46 – EF, anos iniciais: valores médios por Região de análise
Países, por Região de análise Valor médio
do PISA
Valor médio aplicado por estudante
(2011) (US$/PPP)
Região 1: Espanha, Coréia do Sul, Polônia,
Portugal, Estônia, Letônia e Rep. Tcheca
509 5.894,00
Região 2: Luxemburgo, Suíça, Noruega,
Estados Unidos, Áustria, Reino Unido,
Dinamarca, Bélgica, Eslovênia, Canadá,
Austrália, Irlanda, Itália, Japão, Finlândia,
Nova Zelândia, Holanda e Alemanha
509
10.222,00
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Região 3: Israel, Eslováquia, Hungria,
Chile, Brasil, México, Turquia, Argentina,
Colômbia e Indonésia
432
3.377,00
Região 4: Islândia e Suécia 484 10.317,00
Fonte: (BRASIL.INEP, 2015a) e (OCDE, 2015) e análises deste estudo
O valor médio da Região 1 é de US$/PPP 5.894,00 e este será o valor limite para essa
etapa educacional. Neste caso, o valor aplicado pelo Brasil foi de US$/PPP 2.673,00 e atingir
o valor limite necessitaria de um aumento nesse valor de 120,5%.
Para o ensino fundamental, anos finais, o resultado médio do PISA (2012) para os
países selecionados foi de 486 pontos e o valor médio aplicado por estudante foi de US$/PPP
8.416,00.
A tabela 47 apresenta, por Região de análise, o resultado médio do PISA e o valor
médio aplicado por estudante.
Tabela 47 – EF, anos finais: valores médios por Região de análise
Países, por Região de análise Valor médio
do PISA
Valor médio aplicado por estudante
(2011) (US$/PPP)
Região 1: Rep. Tcheca, Estônia, Coréia do
Sul, Polônia, Portugal, Letônia
512 6.620,00
Região 2: Luxemburgo, Suíça, Reino
Unido, Áustria, Noruega, Finlândia, Estados
Unidos, Holanda, Irlanda, Dinamarca,
Austrália, Eslovênia, Japão, França,
Espanha, Alemanha, Itália, Nova Zelândia e
Turquia
504 10.998,00
Região 3: Eslováquia, Chile, Argentina,
Brasil, México, Colômbia e Indonésia
414 2.887,00
Região 4: Suécia e Islândia 484 10.492,00
Limítrofe entre as Regiões 1 e 3: Hungria 486 4.709,00
Fonte: (BRASIL.INEP, 2015a) e (OCDE, 2015) e análises deste estudo
O valor médio aplicado por estudante nos países da Região 1 foi de US$/PPP
6.620,00; este será, portanto, o valor limite a ser utilizado neste estudo para o EF, anos finais.
No ano de 2011 o Brasil aplicou o equivalente a US$/PPP 2.700,00 (OCDE, 2015), o que
significará elevar este valor em 145,2% para atingir o valor limite, média da Região 1.
Para países selecionados, o resultado médio do PISA (2012) foi de 487 e o valor
médio por estudante em 2011 foi de US$/PPP 8.567,00 para a etapa correspondente ao Ensino
Médio.
Por Região de análise, o valor médio do PISA e o valor médio aplicado por estudante
estão explicitados na tabela 48.
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Tabela 48 – Ensino Médio: valores médios por Região de análise
Países, por Região de análise Valor médio
do PISA
Valor médio aplicado por estudante
(2011) (US$/PPP)
Região 1: Itália, Finlândia, Eslovênia, Rep.
Tcheca, Estônia, Reino Unido, Polônia e
Letônia
508
6.694,00
Região 2: Suíça, Luxemburgo, Noruega,
Áustria, Estados Unidos, França, Holanda,
Alemanha, Canadá, Irlanda, Dinamarca,
Japão, Espanha, Nova Zelândia, Austrália,
Coréia do Sul e Portugal
509
12.039,00
Região 3: Islândia, Eslováquia, Chile,
Hungria, México, Turquia, Argentina,
Brasil, Colômbia e Indonésia
433
3.720,00
Região 4: Suécia 482 10.492,00
Fonte: (BRASIL.INEP, 2015a) e (OCDE, 2015) e análises deste estudo
Para essa etapa educacional o valor limite obtido foi de US$/PPP 6.694,00 e este será
o valor utilizado neste estudo para realizar as projeções para o final do PNE (2014-2024). O
valor aplicado pelo Brasil em 2011 foi de US$/PPP 2.605,00 (OCDE, 2015); para atingir
US$/PPP 6.694,00 será preciso elevar esse valor médio brasileiro em 157,0%.
Portanto, podemos tirar conclusões muito parecidas com aquelas da creche e pré-
escola, para o EF, anos iniciais, EF, anos finais e ensino médio, com relação a cada uma das
Regiões em análise. Dessa forma, pudemos obter os valores limites a serem aplicados por
estudante em cada uma das etapas consideradas para a educação básica; se for menor, corre-se
o risco de se obter resultados do PISA mais baixo e se forem maiores, não é garantido que os
resultados do PISA serão maiores. A tabela 49 resume os valores limites e que utilizaremos
para simular os recursos financeiros a serem aplicados em 2024, para que as metas do PNE
(2014-2024) sejam cumpridas.
Tabela 49 – Valores limites a serem aplicados por estudante para as etapas educacionais
Etapas Educacionais Valor limite a ser
aplicado por estudante
(US$/PPP)
Valor aplicado por
estudante no Brasil
(2011)
% de aumento no Brasil
para atingir os valores
limites
Creche e Pré-Escola 5.453,00 2.349,00 132,1
Ensino Fundamental,
anos iniciais
5.894,00 2.673,00 120,5
Ensino Fundamental,
anos finais
6.620,00 2.700,00 145,2
Ensino Médio 6.694,00 2.605,00 157,0
Fonte: (BRASIL.INEP, 2015a) e (OCDE, 2015) e análises deste estudo
Considerando-se os elevados percentuais de aumento para o Brasil atingir os valores
limites estabelecidos, pode-se afirmar que serão enormes os desafios a enfrentar para que
esses valores sejam atingidos até 2024.
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Apesar de na educação superior (ES) só podermos fazer uma relação indireta com o
resultado do PISA, pois a ES forma os professores que atuam na educação básica, usaremos a
mesma metodologia anterior para estabelecer o valor limite a ser utilizado para a educação
superior.
No caso da ES a tabela 50 apresenta os países que ficaram em cada uma das Regiões
de análise e valores, por Região.
Tabela 50 – Ensino Superior: valores médios por Região de análise
Países, por Região de análise Valor médio
do PISA
Valor médio aplicado por estudante
(2011) (US$/PPP)
Região 1: Nova Zelândia, Eslovênia, Itália,
Coréia do Sul, Polônia, Rep. Tcheca,
Estônia e Letônia
510
9.423,00
Região 2: Estados Unidos, Canadá, Suíça,
Dinamarca, Noruega, Finlândia, Holanda,
Alemanha, Japão, Austrália, Irlanda,
Bélgica, França, Áustria e Reino Unido
511
18.215,00
Região 3: Israel, Brasil, Portugal, Hungria,
Islândia, Chile, Turquia, Eslováquia,
México, Rússia, Colômbia e Indonésia
448
7.845,00
Região 4: Suécia 482 20.818,00
Limítrofe entre as Regiões 3 e 4: Espanha 489 13.173,00
Fonte: (BRASIL.INEP, 2015a) e (OCDE, 2015) e análises deste estudo
Verifica-se, portanto, na educação superior que o valor médio da Região 1, que seria o
valor limite para os valores aplicados por estudante, já é um pouco inferior ao valor constante
no documento Education at a Glance 2014 da OCDE, que é de US$/PPP 10.902,00 (OCDE,
2015). Neste caso o valor por estudante no Brasil poderia sofrer uma pequena de 13,6%.
Considerando-se este resultado, pode-se concluir que na educação brasileira há que se
elevar, primeiro, os valores aplicados por estudante, na educação básica; portanto, é preciso
diminuir a distância existente entre os valores aplicados, por estudante, na educação básica e
na educação superior.
Dessa análise pode concluir:
No Brasil, há que se diminuir a distância existente entre os valores aplicados por
estudante, na educação básica pública e na educação superior pública, pela elevação dos
valores aplicados na educação básica, praticamente mantendo o valor da educação superior.
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Os valores obtidos nessa análise podem, também, servir de parâmetros para a
definição do custo-aluno da Escola Provada; neste caso pode-se afirmar que há um certo
vínculo com a qualidade.
Referências
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percentual do PIB. In: III Seminário Brasileiro de Educação. CEDES, 28 fev. a 2 mar.,
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BRASIL.INEP. Sobre o PISA. Disponível em: < http://portal.inep.gov.br/basica-censo-
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BRASIL.LEI 11.494. Lei Nº. 11.494, de 20 de junho de 2007. Regulamenta o Fundo de
Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da
Educação - FUNDEB, de que trata o art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias; altera a Lei no 10.195, de 14 de fevereiro de 2001; revoga dispositivos das Leis
nos 9.424, de 24 de dezembro de 1996, 10.880, de 9 de junho de 2004, e 10.845, de 5 de
março de 2004; e dá outras providências. Diário Oficial da União. Brasília-DF, 22 jun. 2007.
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