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OS JOVENS E A IMIGRAÇÃO:OS JOVENS E A IMIGRAÇÃO:seguindo os passos de uma investigação em ciências
sociais …Uma aproximação às Ciências
SociaisNo âmbito das actividades do Observatório Permanente de Escolas, sediado no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, jovens do ensino secundário são convidados a
participar num estágio de uma semana com o objectivo de desenvolverem uma pequena pesquisa em ciências sociais. Na edição de 2008, um grupo de jovens desenvolveu uma pesquisa
sobre a temática da imigração – Imigrantes em Portugal: construção de imagens e estereótipos. Para a sua concretização, seguiram os passos de uma investigação em ciências sociais…
I – As perguntas de pesquisaI – As perguntas de pesquisa
II – Definições e conceitosII – Definições e conceitos
III – MetodologiaIII – Metodologia V – ConclusõesV – Conclusões
IV – ResultadosIV – Resultados1. Como são vistos os imigrantes?
2. Que estereótipos existem em torno deste grupo? 3. Estão determinados estereótipos associados a atitudes de oposição à
imigração e de discriminação?
MIGRAÇÃO é o cruzamento de fronteiras entre países ou unidades administrativas por um certo período de tempo.
O QUE SÃO ESTEREÓTIPOS?“Os estereótipos são estruturas cognitivas que contêm os nossos conhecimentos, expectativas, e que determinam os nossos julgamentos e avaliações acerca de grupos humanos e os seus membros” (Hamilton & Trolier, 1996)
IMIGRAÇÃO EM PORTUGALComeça-se a falar em Portugal como país de imigrantes em finais da década de 90.Intensificação dos fluxos migratórios tornou-se mais visível e mais diversificada – surge a presença de pessoas do Leste da Europa (com especial destaque para a Ucrânia), mas também da Índia e de China. Regista-se também um aumento da população brasileira.
MODELO ANALÍTICO:
Estereótipos
Conhecimentos e expectativas Ideias pré-concebidas
MediaEscolaFamília
Grupos de pares
V. DependentesAtitudes de oposição à
imigraçãoDiscriminação
V. IndependentesAmeaça – segurança, trabalho(roubar trabalho, aumentar a
criminalidade)
Hipótese a testar
Depois da definição do problema a estudar, bem como do modelo e da hipótese a testar, os jovens elaboraram um inquérito por questionário, onde foram incluídas um conjunto de questões que permitissem aferir as dimensões previstas no modelo, isto é, os estereótipos (percepção de ameaça à segurança, ao emprego e à cultura), e atitudes de oposição à imigração e de discriminação.
Os inquéritos foram aplicados segundo o método face-a-face.
A amostra compreende 33 inquiridos do sexo masculino (54,5%) e feminino (45,5%), entre os 14 e os 79 anos.
Complementarmente, os jovens visitaram o ACIDI – Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural, onde realizaram uma entrevista a uma responsável do Centro de Documentação desta instituição (Dra. Thelma Cunha).
26,7
73,3
35,7
64,3
81,5
18,5
50 50
76,7
23,3
83,9
16,1
0102030405060708090
%
Antipáticos Mal-educados
Competentes Sérios eHonestos
Simpáticos ede trato fácil
Alegres ebem-
dispostos
Na sua opinião, os imigrantes em geral são:
Sim Não
6,1
21,2
39,4
21,2
0
5
10
15
20
25
30
35
40
%
Discordatotalmente
Discorda Concorda Concordatotalmente
Os imigrantes contribuem para o aumento da criminalidade
12,1
27,3
33,3
27,3
0
5
10
15
20
25
30
35
%
Discordatotalmente
Discorda Concorda Concordatotalmente
Os imigrantes vêm ocupar postos de trabalho que deveriam ser dos portugueses
Depois de concluídas estas várias etapas, os jovens elaboraram uma apresentação em formato powerpoint, e deram a conhecer o trabalho que desenvolveram durante a
semana numa sessão no Auditório Adérito Sedas Nunes (ICS-UL) no dia 5 de Setembro.
A maioria dos inquiridos concorda que os imigrantes contribuem para o aumento da criminalidade, e que vêm tirar postos de trabalho que deveriam ser dos portugueses. Ao mesmo tempo os inquiridos caracterizam este grupo como ‘alegres e bem dispostos’, ‘simpáticos’ e ‘competentesInteressantemente, verificam-se atitudes, de certa forma, conflituantes em relação a este grupo.Foi possível confirmar a hipótese de que o estereótipo em relação ao imigrantes ‘tirarem’ postos de trabalho que deveriam ser dos portugueses se relaciona significativamente com atitudes de oposição à imigração e de discriminação. Mas não foi possível confirmar, contudo, o mesmo no que se refere ao estereótipo de que os imigrantes são uma ameaça à segurança.
r = 0.05; nsr = 0.14; nsAmeaça à segurança 1
(Os imigrantes contribuem para o aumento da criminalidade)
r = 0.34; p < .05r = 0.32; p < .01
Ameaça ao trabalho 1
(Os imigrantes vêm ocupar postos de trabalho que deveriam ser
dos portugueses)
Discriminação 3
(Importava-se de ter um chefe imigrante + importava-se que um filho seu casasse com um
imigrante*)
Oposição à imigração 2
(O nº de imigrantes em PT, deveria aumentar, manter-se
ou diminuir)
r = 0.05; nsr = 0.14; nsAmeaça à segurança 1
(Os imigrantes contribuem para o aumento da criminalidade)
r = 0.34; p < .05r = 0.32; p < .01
Ameaça ao trabalho 1
(Os imigrantes vêm ocupar postos de trabalho que deveriam ser
dos portugueses)
Discriminação 3
(Importava-se de ter um chefe imigrante + importava-se que um filho seu casasse com um
imigrante*)
Oposição à imigração 2
(O nº de imigrantes em PT, deveria aumentar, manter-se
ou diminuir)
* α = 0.611 Escala: 1 (Discorda totalmente) a 4 (Concorda totalmente)2 Escala: 1 (Aumentar muito) a 5 (Diminuir muito)3 Escala: 1 (Não me importava nada) a 5 (Importava-me muito)
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