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Os Jovens Perguntam O que fazer da minha vida Parte 1 1 Watchtower Bible and Tract Society of New York, Inc. Brooklyn, New York, U.S.A. ©2004 Watchtower Bible and Tract Society of Pennsylvania All Rights Reserved Vídeo: “Os Jovens Perguntam – O que fazer da minha Vida?” (Parte 1) (música) - (conversa inaudível) (Narrador) Cada jovem cristão depara-se com uma importante pergunta: O que fazer da minha vida? Assim como os jovens cristãos hoje, um jovem chamado Timóteo confrontou-se com a decisão sobre o que fazer da sua vida. Timóteo viveu no primeiro século, provavelmente numa cidade chamada Listra, na província romana da Galácia. A sua mãe, Eunice e sua avó, Lóide, temiam a Deus e o criaram para servir e amar a Jeová. Mas, o pai de Timóteo não acreditava em Jeová e, por isso, provavelmente incentivou-o a buscar os alvos do mundo Romano. Assim como os jovens hoje, Timóteo sem dúvida estava sujeito à influência de professores que promoviam a filosofia do mundo. Que faria ele da sua vida? Um acontecimento marcante para Timóteo foi a visita do Apóstolo Paulo. Com o tempo, Lóide, Eunice e Timóteo tornaram-se cristãos. Timóteo nem imaginava como a influência de Paulo seria forte na sua vida. Quando Paulo voltou a Listra, Timóteo tinha-se tornado um jovem muito respeitado. Paulo o escolheu para ser o seu companheiro de viagem. Timóteo aproveitou bem o treinamento que recebeu de Paulo. Com o tempo, Timóteo também se qualificou para ser um superintendente viajante. Depois de anos de convivência, Paulo e Timóteo foram separados. Paulo foi preso e sentenciado à morte. Antes da execução, Paulo escreveu a Timóteo uma última carta. Quando Timóteo a recebeu, Paulo provavelmente já tinha sido executado. Qual foi o seu último conselho a Timóteo? “Mantém os teus sentidos em todas as coisas, faze a obra dum evangelizador, efetua plenamente o teu ministério.” Assim como Timóteo, os jovens cristãos hoje confrontam-se com uma decisão: usar a sua vida para objetivos fúteis ou para servir a Jeová. (Tempos modernos) André: Eu sempre gostei de correr. Começou quando eu era pequeno. Eu desafiava as outras crianças para corridas. Mais tarde corria para me distrair. Correr estava no meu sangue. Correr na equipe da escola tornou-se a coisa mais importante na minha vida. Mas, no fim do 11º amo. aconteceram coisas que me desviaram do desporto. ( Seis anos antes) Roberto :(grita) : Vai , vai Treinador :(grita): Acorda, André! André: Minha mãe e minha avó tinham-se tornado Testemunhas de Jeová. Eu ainda não era batizado, mas sabia que era a verdade. Quanto mais eu aprendia sobre a verdade, … mais me perguntava que importância correr devia ter na minha vida. Treinador: André, está tudo bem?

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Os Jovens Perguntam – O que fazer da minha vida – Parte 1

1 Watchtower Bible and Tract Society of New York, Inc. Brooklyn, New York, U.S.A. ©2004 Watchtower Bible and Tract Society of Pennsylvania All Rights Reserved

Vídeo:

“Os Jovens Perguntam – O que fazer da minha Vida?” (Parte 1)

(música) - (conversa inaudível)

(Narrador)

Cada jovem cristão depara-se com uma importante pergunta: O que fazer da minha vida? Assim

como os jovens cristãos hoje, um jovem chamado Timóteo confrontou-se com a decisão sobre o que

fazer da sua vida. Timóteo viveu no primeiro século, provavelmente numa cidade chamada Listra, na

província romana da Galácia.

A sua mãe, Eunice e sua avó, Lóide, temiam a Deus e o criaram para servir e amar a Jeová. Mas, o

pai de Timóteo não acreditava em Jeová e, por isso, provavelmente incentivou-o a buscar os alvos do

mundo Romano.

Assim como os jovens hoje, Timóteo sem dúvida estava sujeito à influência de professores que

promoviam a filosofia do mundo.

Que faria ele da sua vida?

Um acontecimento marcante para Timóteo foi a visita do Apóstolo Paulo.

Com o tempo, Lóide, Eunice e Timóteo tornaram-se cristãos. Timóteo nem imaginava como a

influência de Paulo seria forte na sua vida. Quando Paulo voltou a Listra, Timóteo tinha-se tornado

um jovem muito respeitado. Paulo o escolheu para ser o seu companheiro de viagem.

Timóteo aproveitou bem o treinamento que recebeu de Paulo. Com o tempo, Timóteo também

se qualificou para ser um superintendente viajante.

Depois de anos de convivência, Paulo e Timóteo foram separados. Paulo foi preso e sentenciado

à morte. Antes da execução, Paulo escreveu a Timóteo uma última carta. Quando Timóteo a recebeu,

Paulo provavelmente já tinha sido executado.

Qual foi o seu último conselho a Timóteo?

“Mantém os teus sentidos em todas as coisas, faze a obra dum evangelizador, efetua

plenamente o teu ministério.”

Assim como Timóteo, os jovens cristãos hoje confrontam-se com uma decisão: usar a sua vida

para objetivos fúteis ou para servir a Jeová.

(Tempos modernos)

André: Eu sempre gostei de correr. Começou quando eu era pequeno. Eu desafiava as outras

crianças para corridas. Mais tarde corria para me distrair. Correr estava no meu sangue. Correr na

equipe da escola tornou-se a coisa mais importante na minha vida. Mas, no fim do 11º amo.

aconteceram coisas que me desviaram do desporto.

( Seis anos antes)

Roberto :(grita) : Vai , vai

Treinador :(grita): Acorda, André!

André: Minha mãe e minha avó tinham-se tornado Testemunhas de Jeová. Eu ainda não era

batizado, mas sabia que era a verdade. Quanto mais eu aprendia sobre a verdade,… mais me

perguntava que importância correr devia ter na minha vida.

Treinador: André, está tudo bem?

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2 Watchtower Bible and Tract Society of New York, Inc. Brooklyn, New York, U.S.A. ©2004 Watchtower Bible and Tract Society of Pennsylvania All Rights Reserved

André: Sim. Está tudo bem.

Treinador: Dormiste no ponto e perdeste muito tempo.

André: É, eu sei.

Treinador: De ti espero muito mais. Pereces distraído. Não é por ter tirado do torneio do Inverno,

ou é?

André: Não, esquece, não é isso.

Treinador: A escola é severa quando há lesões. Seguros, indemnizações.

André: (suspirando) Não é isso. Eu estava distraído, mas não volta a acontecer.

Treinador: É isso o que gosto de ouvir. Quinta vamos ter treino extra.

André: Está bom.

Treinador: Ok

André: Ah, não vai dar, eu tenho a minha reunião.

Treinador: Reunião? Para a semana temos o troneio e em três semanas o campeonato. Já

perdeste reuniões antes.

André: Mas desta vez é diferente. Tenho de fazer um discurso.

Treinador: Sim, sim. Esta vez é um discurso.

André: Isso é muito importante para mim.

Treinador: Olha, a tua religião é contigo, mas esta equipe é minha. Se quiseres correr, eu preciso

de 100% de você. Quero-te concentrado, algo que ultimamente é um problema para ti. Olhe, André,

vencendo agora, vais para o campeonato estadual. Os olheiros das faculdades vão fazer fila para

falar contigo.

André: Eu quero mesmo vencer, mas…

Treinador: Agora podes provar quanto vales. Os teus colegas dependem de ti. Faz o que quiseres,

quinta à noite, se é importante para ti,… mas depois és meu, percebeste?

André: Percebi.

Treinador: Então, vai para o duche.

André: Está bem.

André: (pensando) O treinador sabia o quanto eu queria vencer. E ele tinha razão, eu estava

distraído. Essa semana, tinha o meu primeiro discurso na Escola do Ministério Teocrático. Já sabia

disso há um tempo, mas tinha estado a treinar tanto… que o nem tinha começado a preparar.

André: (lendo a Bíblia) “… uma sombra das boas coisas vindouras, mas não a própria

substância…”

Faltavam só dois dias e eu tinha de terminá-lo. Mas mesmo assim eu não conseguia concentrar-

me.

(som da multidão)

Árbitro de partida: Aos lugares. Pronto para partir.

Assistência gritando: André! André! André! André!

(Apito)

Roberto: André! Estava a ver se te encontrava.

André: E aí, Beto.

Roberto: (zombando) Meu, parece que vais ficar padre.

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Os Jovens Perguntam – O que fazer da minha vida – Parte 1

3 Watchtower Bible and Tract Society of New York, Inc. Brooklyn, New York, U.S.A. ©2004 Watchtower Bible and Tract Society of Pennsylvania All Rights Reserved

André: Estava só a ler um pouco.

Roberto: Devias ler sobre como correr a estafeta.

André: Parece que tu nunca erraste. Além disso, recuperei o atraso.

Roberto: A tua cabeça já não está na corrida desde que vais para aquela igreja.

André: Salão do Reino.

Roberto: Que seja. Não pareces mais o mesmo. Há quanto tempo não saímos juntos. Tens

sempre uma desculpa qualquer.

André: Tudo continua bem entre nós. Só tenho tido muito que fazer. (vê as horas):” Berto,

confia, vamos vencer.

Roberto: Espero que sim, por dois motivos. Primeiro: bolsa para a faculdade! Precisamos mesmo

dela.

André: E qual é o segundo?

Roberto: As nossas fotos por toda a parte.

André: (rindo) Primeiro o ouro nas Olimpíadas.

(Chegando a casa)

André: Olá, mãe. Olá, avó.

(Limpando as mãos, atira o papel para o lixo)

André : “Yes”!

André: O frango parece óptimo, mãe!

Mãe: André. Deves-me uma explicação.

André: Desculpe, o treino atrasou-se.

Mãe: De novo?

André: Como o pai diz: treinar traz perfeição.

Avó: Precisas treinar tanto assim? Quase não tens tempo para nada.

Mãe: Como o teu discurso desta semana.

(Pai entra em casa)

André: Olá, pai.

Avó: Olá, Will.

Mãe: Olá, querido.

Pai: Olá, filho. Olá, avó. Olá, querida.

Mãe: Como foi o teu dia?

Pai: (suspirando) Não foi dos melhores. Meu “Web Site” só deu problemas.

André: Pai, treinamos o passe-cego hoje. Está a ficar cada vez melhor. E o sprinte está

praticamente ganho!

Pai: Soa bem, filho.

André: O treinador ainda duvida, mas se vencermos na semana que vem,… o campeonato daqui

a três semanas está no papo.

Pai: Ah, o campeonato. (suspirando) Lamento, estarei fora nessa semana com alguns

investigadores.

André: (suspirando) Não tem problema, pai.

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Pai: (suspirando) Sei que estás desapontado. Vou compensar-te. Sei quanto treinaste para isso.

Mãe: É, talvez até demais.

Pai: Como assim?

Mãe: Ele quase não tem tempo para comer e sei que está a afetar as suas notas.

André: As minhas notas estão O.K.

Pai: O.K.? (suspirando) Isso não é o suficiente. No mundo dos negócios tens de ser o melhor,

senão passam-te a perna.

André: Tenho muita coisa ao mesmo tempo. Treinos, pontos.

Pai: Vamos ver. Treinos, provas. Não estás a esquecer de nada? E todo o tempo que gastas

naquelas reuniões?

André: Mas o pai disse que eu podia ir.

Pai: Se?

André: Se não interferisse com a escola.

Pai: Exacto.

Mãe: Querido, as reuniões no Salão do Reino não são o problema.

André: Não, é só que o treino aumentou muito.

Pai: Se tentas fazer tudo ao mesmo tempo, alguma coisa fica para trás. Tens de tornar-te mais

responsável, filho.

Avó: Quinta-feira, o André vai fazer algo muito responsável. Vai fazer um discurso perante cem

pessoas na congregação.

Pai: Não vejo como vai ajudá-lo a melhor na escola, ou noutra coisa.

Avó: Ele aprende a comunicar, a ensinar. Essas habilidades ajudarão o André no que for que ele

escolher fazer.

Mãe: Querido, por que não assistes para ver?

André: Sim, pai. Não precisa ficar a reunião toda.

Pai: Alto aí. Tivemos um entendimento, certo? Essa não é a minha religião, é a vossa. Sem

ofensa, mas não irei ao Salão do Reino, nunca. Entendido?

Mãe: Querido, só pensei que…

Pai: Agora, importam-se que eu termine o meu jantar em paz?

(No quarto lendo a Bíblia e…… olhando para as medalhas…)

Mãe: André, posso entrar?

André: Claro que pode.

Mãe: Eu trouxe-te algo para beber.

André: Obrigado, mãe.

Mãe: Estás a preparar o teu discurso?

André: Sim, está a andar bem.

Mãe: André, o teu pai estima-te muito. A vida tem sido dura para ele, e ele não quer passes pelo

mesmo… ou cometas os mesmos erros. Eu também não. Mas a tua avó e eu temos outra

preocupação. Sei que teu pai apoia teu corrida e eu não tento interferir. Não quero que nada se

torne mais importante para ti… do que a tua relação com Jeová.

André: Não posso amar correr e a Jeová?

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Mãe: Lembra-se do que Jesus disse? “Não podes servir a dois amos. Acabas por amar um e odiar

o outro.” Filho, eu sei que com a ajuda de Jeová… vais tomar a decisão certa.

André: Bem, é melhor eu terminar este discurso.

Mãe: Sei que vais fazer bem.

(Na reunião fazendo discurso)

André: “E, se ele retroceder, minha alma não terá prazer nela. Ora, nós não somos dos que

retrocedem para a destruição, mas dos que têm fé para perseverar viva a alma.” – Cristãos são

corredores, na corrida pela vida. Precisamos de perseverança para terminar a corrida. Os corredores

de longa distância em geral comem muitos carboidratos. Assim como um corredor de longa

distância… podemos acumular força espiritual por ingerir alimento espiritual. Isso nos ajudará a

correr com perseverança… e ganhar o prémio da vida eterna.

(Irmãos aplaudem)

Irmã: Parabéns pelo belo discurso.

Irmão: Aguardamos o próximo.

André: Obrigado.

(sotaque alemão)

Irmão Fleissig: ‘Boa noite, André.’

André: Olá, irmão Fleissig.

Irmão Fleissig: O teu primeiro discurso foi um marco. Um excelente trabalho.

André: Obrigado, irmão Fleissig.

Irmão Fleissig: A ilustração sobre comer carboidratos foi muito eficaz.

André: Falar sobre corridas é fácil para mim.

Irmão Fleissig: Já ouvi dizer. Eu também era atleta quando jovem.

André: Verdade?

Irmão Fleissig: Que esta bengala não te engane. Na tua idade eu sonhava nadar nas Olimpíadas.

André: Sério? Eu não sabia.

Irmão Fleissig: Um dia vou contar-te acerca disso. Diz-me, conheces por acaso um jovem

vigoroso… que me poderia ajudar num pequeno trabalho lá em casa?

André: (rindo) Claro, será um prazer ajudar. Sábado depois do treino, posso ir.

Irmão Fleissig: Maravilhoso. (“Wunderbar”)

André: O irmão Fleissig já era ancião há anos e tinha sido superintendente de circuito. Por isso,

fiquei um pouco nervoso. Até pensei em cancelar. Mas decide manter a palavra e ajudá-lo nesse dia.

Ainda bem que fiz isso.

(Trabalhando na cerca com o irmão Fleissig)

Joy: Está a ficar tarde. Entrem. Acabei de fazer uma limonada.

(Em casa do irmão Fleissig)

Joy: Pai, não seja teimoso. Sabe que tem de tomar o seu remédio.

Irmão Fleissig: Remédio é para os doentes. Eu nunca estive tão bem de saúde.

Joy: Sabe melhor. Às vezes abusa.

Irmão Fleissig: Não te pago para me dares um sermão.

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Joy: Não paga nada mesmo. Vamos, tome o remédio. Tenho de ir para casa. Jack e eu temos um

novo estudo Bíblico hoje.

(Falando em alemão)

Irmão Fleissig: “Estás contente agora”

Joy: “Obrigado, pai.” Divirtam-se. Não te deixes atrasar.

André: (rindo) Adeus, irmã Sanders.

Irmão Fleissig: André, quando ouvi teu discurso anteontem, pensei comigo… este jovem tem

potencial. Excelentes ilustrações. A propósito, ao preparar o discurso, usaste o Índice?

André: Que Índice?

Irmão Fleissig: Ah! O Índice é um mapa para tesouros. Só precisas saber como usá-lo. Estás a ver

o livro vermelho-escuro?

André: Este aqui?

Irmão Fleissig: Sim. Senta-te. Acende a luz, por favor. Este é o Índice das Publicações da Torre de

Vigia. Nele, encontras diferentes assuntos em ordem alfabética. Vamos usar um exemplo.

Suponhamos que queres informação sobre… perseverança. Vês essas entradas sob ‘perseverança’?

André: Sim, são tantas. Adversidade, desenvolver… Davi, Jeová, Jesus Cristo, Testemunhas

hodiernas.

Irmão Fleissig: Sob cada subentrada, vês uma lista de referências. Para descobrir o significado

destas abreviaturas… basta ir ao início do Índice. E aqui estão elas. E sabes, há outro recurso

interessante. Suponhamos que lês um texto bíblico, e queres saber o que significa.

(Treinando)

André: Nessa semana tivemos uma corrida e o campeonato aproximava-se. Os treinos tornaram-

se mais duros.

Treinador: Vamos lá, mexam-se. Podes ser mais rápido, André. Menos descuido, Baker e Jones.

O. K. Outra vez. Vamos lá.

(Apito)

Treinador: Chega de alongamentos. De pé.

(Apito) - (Pintando cerca do Irmão Fleissig)

Irmão Fleissig: Aqui tens mais tinta, meu amigo.

André: Obrigado.

Irmão Fleissig: Não te vi na reunião na quinta-feira. Espero que não estivesses doente.

André: Não. Temos um treino daqui a duas semanas e temos de treinar muito.

Irmão Fleissig: É preciso muito esforço para vencer, não é?

André: É.

Irmão Fleissig: Até onde pensais ir como corredor?

André: Sempre sonhei em ir às Olimpíadas mas não sei se sou assim tão bom. Uma bolsa para a

universidade, um bom emprego, já estaria feliz.

Irmão Fleissig: Educação. Um bom emprego. É sábio pensar nessas coisas. E quais são os alvos

espirituais?

André: Como batizar-me? Planeio fazer isso que eu estiver preparado.

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Irmão Fleissig: Excelente! O batismo abre a porta para uma vida de serviço a Jeová. Já pensas-te

nas oportunidades que abrem para um jovem como tu? Serviço de Betel, de pioneiro, Escola de

Treinamento Ministerial.

André: Não sei se isso é para isso, irmão Fleissig. Não é um requisito, ou é?

Irmão Fleissig: Requisito, não. Mas o que Jeová requer de nós é que lhe demos o nosso melhor.

André: Como se sabe o que é o nosso melhor?

Irmão Fleissig: O treinador diz que és o melhor. Por que pensa ele isso?

André: Ele sabe que me esforço no treino. Eu levo isso a sério.

Irmão Fleissig: Agora, digamos que começas a faltar aos treinos. Ficas distraído com outras

coisas. Chega o dia da grande corrida, e tu terminas em último. Como se sentiria o treinador?

André: Não ficaria nada feliz.

Irmão Fleissig: E porquê?

André: Ele sabe do que sou capaz. Ele saberia que eu não tinha dado o meu melhor.

(Nos treinos)

Roberto: Vai!

(No escritório do treinador) - (Suspiro)

André: Queria falar comigo?

Treinador: Olá, André. Entra, filho.

André: O senhor está bem?

Treinador: Sim, isto vem duma antiga lesão.

André: Como aconteceu?

Treinador: Ah! Foi no quarto ano da faculdade e estava a treinar para a final. Vinha numa curva…

e o meu joelho deslocou-se. Caí como um saco de babatas.

André: Não chegou a correr na final?

Treinador: Claro que eu corri. Tomei analgésicos muito fortes. Muitos atletas fazem isso.

André: Era do que eu precisava no último torneio.

Treinador: E quando a escola soubesse que te deixava correr lesionado… eu estaria na rua. Mas o

remédio funcionou. Eu venci a corrida.

André: Mas ficou mal da sua perna.

Treinador: Ah, duas cirurgias, analgésicos de vez em quando. Mas queres saber, não me

arrependo nem um pouco. Finalmente senti o gosto da vitória. Isso é o que importa!

André: Eu sei por que queria ver-me.

Treinador: Porque a tua performance não foi boa? André: Mais ou menos.

Treinador: Não. Não é por isso. Senta-te. André, conheço-te há quase três anos. Já passei mais

tempo contigo do que com meus filhos. És um dos melhores corredores. Se alguém nesta equipa é

capaz de vencer, és tu! Não se trata dum campeonato escolar. Trata-se do teu futuro. Filho, tens

talento. Um dom dado por Deus. Não o desperdices. Escuta o teu coração. Sê o que és capaz de

ser…um vencedor!

André: Com certeza.

Treinador: Vai para casa e vê se descansas. E André, vê lá se não te lesionas desta vez!

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(Arranjando a cerca do irmão Fleissig)

Irmão Fleissig: Então, o treinador ainda está a puxar por ti nos treinos?

André: Doutra maneira não vencemos.

Irmão Fleissig: Vencer é importante para ti, não é?

André: Ah! Cruzar a linha de chegada, ganhar o troféu. Não dá para explicar.

Irmão Fleissig: Ah! O toque final.

(lendo em alemão)

Irmão Fleissig: ‘Willkommen’ - “Bem-vindo”. André, recordas que eu te contei que eu

costumava nadar?

(Em casa)

Irmão Fleissig: há anos qeu não olho estas fotografias. Ah! Aqui está.

André: Irmão Fleissig ,é o irmão?

Irmão Fleissig: Nada mal, não é? Eu amava nadar. Sonhava ir aos olimpíadas, e os treinadores

diziam que eu tinha capaz.

André: E por que não foi?

Irmão Fleissig: O alvo parecia mesmo ao meu alcance. Mas, um dia…truz, truz,truz…

André: As Testemunhas.

Irmão Fleissig: Eu amava o que aprendia. Sabia que era a verdade. No começo, esforcei-me muito

para estar dedicado a Jeová… e ao meu desporto.

André: E conseguiu?

Irmão Fleissig: Perdi muitas reuniões. Entendi como eram certas as palavras de Jesus: ‘Não se

pode servir a dois amos’. Então, tomei o lado de Jeová e abandonei a equipa de natação. Foi a melhor

coisa que eu fiz.

André: Como assim?

Irmão Fleissig: O mundo entrou em guerra e as Olimpíadas foram canceladas. Muitos dos meus

ex-colegas entraram no exército de Hitler. Tremo só de pensar que eu poderia ter feito o mesmo.

André: O irmão nunca faria isso.

Irmão Fleissig: Milhões acreditaram nas promessas de Hitler. Mas foi por estar ativo na verdade

que eu não fui enganado. Como muitos dos nossos irmãos…fui preso e lançado num campo de

concentração. Muitos dos irmãos perderam a vida. Foi só com a ajuda de Jeová que perseverei. Mas

apesar de tudo isso, eu era feliz.

André: Feliz? Como podia ser feliz?

Irmão Fleissig: A felicidade não vem de ter sucesso neste mundo. A felicidade vem de saber que

está a agradar a Jeová. No campo tivemos a oportunidade de provar nosso amor a Jeová… e

aprendemos a ter confiança absoluta nele. Por isso éramos felizes. Vou mostrar-te uma coisa.

(Abre uma caixa de lata e tira uma tigela e uma colher)

Irmão Fleissig: No campo, eu tinha isto. Quando eu tinha tua idade, eu queria muitas coisas…

fama, dinheiro. Como dizem agora? A boa vida? No campo isso não valia nada. Mas esta tigela valia

muito. Com ela eu podia comer e viver. De vez em quando tiro-a para servir de lembrete.

André: Lembrete do quê?

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Os Jovens Perguntam – O que fazer da minha vida – Parte 1

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Irmão Fleissig: De que, quando Jeová vem primeiro, não precisamos de muitos bens. Tudo o que

precisamos… é a nossa colher e a tigela. Quando fui liberto do campo…decidi servir a Jeová por

tempo integral. Depois, casei-me com minha querida esposa, Gisela. Tivemos uma vida maravilhosa

no serviço de Jeová. Servimos juntos como pioneiros, depois no circuito… e criamos nossa filha, Joy.

André, vês todas estas pessoas com minha esposa e eu?

André: Sim, quem são?

Irmão Fleissig: São só algumas das pessoas que ajudámos a aprender a verdade. Nenhum troféu

poderia ter-me dado tanta alegria.

André: E se não tivesse havido a guerra? Ter-se-ia arrependido de ter abandonado os seus

sonhos?

(Batida na porta)

Joy: Pai, já vou trazer o seu remédio.

Irmão Fleissig: Obrigado, querida. André, quando chegares a casa… vê o que diz Filipenses 3:8.

Acho que isso vai responder à tua pergunta.

(André já em casa lendo a Bíblia)

André: ‘Ora, neste respeito, considero também, deveras, todas as coisas como perda, por causa…

do valor superior do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor. Por causa dele tenho a perda de

todas as coisas e as considero …como uma porção de refugo’. Avó, o que o irmão Fleissig quis dizer?

Avó: Bem, o apóstolo Paulo disse que aceitou a perda de todas as coisas. O que achas que ele

queria dizer?

André: Tudo o que ele abandonou.

Avó: Certo. Paulo era alguém bem instruído. Poderia ter sido rico e famoso. Mas quando

aprendeu a verdade, abriu mão de tudo isso. Lê novamente a parte final.

André: ‘Como uma porção de refugo’. Refugo, como lixo.

Avó: Paulo percebeu que, a longo prazo, tudo o que abandonou, era só lixo. Ganha-se hoje,

perde-se amanhã.

André: Avó, é errado eu tornar-me uma estrela no desporto?

Avó: É errado? Depende do preço que estás disposto a pagar.

André: O que quer dizer?

Avó: Satanás ofereceu a Jesus todos os reinos do mundo. O que queria ele em troca?

André: Queria que Jesus o adorasse.

Avó: Se queres ser uma estrala no mundo de Satanás… não vai ele querer algo de ti em troca?

(Nos treinos)

Roberto: Agora estamos com sincronia perfeita.

André: O troféu está no papo. Basta eu correr um pouco mais rápido.

Roberto: Eu ganho-te quando quiser.

André: Vai sonhando!

Roberto: Capitão de equipa. O queridinho. Grande estrela. Então quero ver. Daqui até o fim do

parque.

André: Não, Berto.

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Roberto: Foi o que pensei.

André: Já tomámos duche.

Roberto: Não queres ficar mal na frente das meninas.

André: Roberto….

Roberto: O quê?

André: Vai.

(Começam a correr. André lesiona-se)

Roberto: André, estás bem?

André: O treinador mata-me. Não é bom.

Roberto: Vamos lá, apoia-te em mim. Talvez tenhas rompido um ligamento, o mesmo da outra

vez.

André: Isto não é para rir. Como vou correr amanhã? Não acredito.

Roberto: Calma, calma. Uma injeção resolve. Um analgésico como os profissionais.

André: Não, esquece. Se alguém descobre, o treinador fica mal.

Roberto: A escola não vai saber. Ninguém vai! Eu sei o que precisas. André: Não. Deixa, Berto. Esquece.

Roberto: (gritando) Queres assistir à corrida outra vez do lado de fora? Sem ti a nossa equipe

afunda-se. Eu afundo! Agora não é tempo de fazeres de santo, André! Vamos lá. Não estás a violar

nenhuma lei, é só uma regra estúpida. Vamos antes que o professor te veja assim. Confie em mim,

vai dar certo.

Corrida. (Locutor)

Última chamada para a final masculina dos 100 metros Apresentem-se na linha de partida do lado Norte da pista.

Placar: Torneio Intercolegial

(Assistência aplaudindo e gritando)

Assistência: Vamos lá, André, vamos lá! Vai, André!

Equipe: Valeu! É! Uhu! Ah, é isso!

Treinador: Muito bem filho. Valeu, rapazes.

Roberto: Não de disse, não são capazes de parar os Wildcats. Nós conseguimos.

Treinador: O.K., rapazes. Cheguem mais perto.

Roberto: Não disse que ia funcionar? Não te preocupes. Não digo a ninguém.

Treinador: Vocês me deixaram orgulhoso hoje.

Equipe: (batendo palmas)

Treinador: Vejam esta beleza!

Equipe: É!

Treinador: Vocês merecem. Cada vez que passarem pelos troféus, vão ver isto.

Equipe: (batendo palmas)

Treinador: Oh,oh,oh! Mas precisamos ter cuidado. Não podemos descansar nos nossos louros. O

campeonato estadual aproxima-se. E para alguns de vós isto não precisa ser o fim. Quero de vós mais

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concentração, mais comprometimento, mais dedicação. Claro, vai exigir esforço e sacrifício, mas vale

a pena.

Equipe: (batendo palmas) –Sim.

Treinador: O ponto é: será que vão aguentar?

Equipe: Sim!

Treinador: Eu disse: Será que vocês aguentam?

Equipe: (gritando) Sim!

Treinador: Eu disse: Será que vão aguentar? Quem são os melhores?

(Gritando e pulando de alegria)

Equipe: Nós somos os melhores.

(Em casa, lendo a Bíblia e meditando)

Lembrando a avó: “Se queres ser uma estrela no mundo de Satanás… não vai ele querer algo de

ti em troca?”

Lembrando a mãe: “Mas tenho medo que correr estorve o teu progresso espiritual”.

Lembrando irmão Fleissig: “Nenhum troféu poderia ter-me dado tanta alegria.”

André: Mãe? Ah, está aí?

Mãe: O.k., eu digo para ele.

André: Vou sair um pouco. Vou visitar o irmão Fleissig.

Mãe: O.k., Joy. Até logo.

André: Está tudo Bem? O que se passa?

Mãe: (Chorando) André, era a Joy. O irmão Fleissig,… ele faleceu esta tarde.

André: Não!

Mãe: Sinto muito, querido. Sinto muito.

(Em casa do irmão Fleissig, depois do funeral)

(Irmãos falando em voz baixa)

“O discurso fúnebre foi lindo, não foi?”

“ Gostei muito do que ele disse…”

“ Todos ficavam encorajados com as experiências dele…”

“Lembro-me da primeira vez que ele bateu em casa…”

“Aquele senhor com sotaque alemão, perguntou se eu queria estudar a Bíblia.”

“Obrigado por nos ter recebido, se precisar de ajuda, avise-nos por favor. Sério mesmo, seu pai

fez tanto…”

Joy: Como vais, André?

(suspiro)

André: Eu queria tê-lo visto só mais uma vez. Eu tinha mesmo de falar com ele.

Joy: O meu pai gostava muito de ti, André. Ele deixou-te isso. Ele queria que ficasse para ti.

(A caixa com a tigela, a colher e uma carta do irmão Fleissig)

(voz do irmão Fleissig): “Meu querido amigo, André. Quero que fiques com essa pequena

lembrança da nossa amizade. Espero que sempre te lembres da lição que aprendi com isso. Tenho

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estado doente há um tempo… e receio que este meu velho coração vá parar… e não poderemos ter

mais as nossas conversas. Isto deixa-me muito triste. Mas não quero fiques pesaroso, André.

Alegra-te porque eu corri a corrida até ao fim. Meu jovem amigo… não sei o que vais fazer com a

vida preciosa que Jeová te deu. Só posso dizer que, a menos que a uses para servir a Jeová… sempre

te sentirás vazio. Usa sua vida para servi-lo, e terás alegria e felicidade.”

(lendo em voz alta)

“E lembra-te, ‘A bênção de Jeová… esta é o que enriquece, e Ele não lhe acrescenta dor alguma’.

Tenho a certeza que terás uma vida maravilhosa no serviço de Jeová. Para sempre teu amigo, Walter

Fleissig.”

(seis anos depois) - (No Salão sendo entrevistado)

Irmão orador: É uma carta e tanto, irmão Dempster. Que influência teve no irmão?

André: Eu comecei a pensar seriamente no meu futuro…o que devia fazer da minha vida. Então,

passo a passo, comecei a reordenar minhas prioridades.

Irmão orador: Por favor, diga a todos o que isso envolveu.

André: Para começar, eu tive de sair da equipa.

Irmão orador: E isso foi difícil?

André: Sim, foi, eu amava correr. Mas a pressão para vencer era muito forte. Quanto mais me

envolvia no desporto, ainda mais comprometido eu ficava. Acima de tido, isso ia interferir com os

meus novos alvos espirituais.

Irmão orador: Que alvos estabeleceu?

André: Primeiro as coisas básicas… estudo pessoal, oração, ir às reuniões…todas as reuniões, e

por fim batizar-me. O meu próximo alvo era o serviço de tempo integral. Agora já sou pioneiro há

quatro anos.

Irmão orador: Olhando para trás, irmão Dempster… está arrependido dos sacrifícios que teve de

fazer?

André: Não. Saber que estou a agradar a Jeová, que ajudo outros estudar a Bíblia… e encorajá-los

a ter alvos espirituais; não há nada que se compare a isso.

Irmão orador: Eu soube que em breve alcançará ainda outro alvo. É verdade?

André: Sim, é. A semana passada recebi o convite para a Escola de Treinamento Ministerial.

Irmão orador: Muito obrigado, irmão Dempster. Querem agradecer aos jovens pioneiros pelas

entrevistas encorajadoras?

(Palmas) - (correndo)

André: Acho que se pode dizer que eu sou abençoado. A mãe e a avó sempre me incentivaram a

procurar alvos espirituais… e o meu pai começou a mostrar interesse pela verdade. Mas Jeová

também me deu outra lição, uma amizade muito especial. O irmão Fleissig ajudou-me a descobrir

algo que mudou a minha vida. Que eu tinha algo para oferecer a Jeová, mais do que eu podia

imaginar.

Às vezes penso como seria a minha vida se tivesse optado por outros alvos. Será que teria

mais dinheiro, seria famoso? Talvez. Mas então lembro-me das palavras dum amigo muito querido.

“A menos que uses a vida para servir a Jeová…sempre te sentirás vazio.”

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Bem, eu não me sinto vazio. Sinto-me realizado, feliz, e com mais bênçãos do que possa

contar. Ah! E eu continuo a correr… mas numa corrida diferente. Na corrida pela vida. Nesta corrida

quero continuar a correr. E, com a ajuda de Jeová, é uma corrida que eu espero vencer.

“Corramos… a carreira que se nos apresenta, olhando atentamente para o … Aperfeiçoador da nossa fé, Jesus.” - Hebreus 12 : 1, 2

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Vídeo:

“Os Jovens Perguntam – O que fazer da minha Vida?”

Entrevistas Narrador:

Muitos jovens enfrentaram o desafio de decidir o que fazer se sua vida. Dois cristãos

relembram agora as decisões com que se confrontaram.

Relembrando:

Levi foi criado numa família dividida em sentido religioso e foi incentivo, por membros da família

não testemunhas a seguir uma carreira no futebol. E Susan estava a seguir uma carreira musical

quando começou a estudar a Bíblia.

Levi: Eu amava o futebol. Para ser honesto, eu adorava tudo aquilo. A adrenalina, a energia, a

corrida, tudo.

Susan: A ópera atraia-me muito. Eu amo música clássica. É como se estivesse se comunicando

com a plateia. É simplesmente fantástico.

Levi: Estive entre os três melhores do país e sempre saía na primeira página dos jornais.

Susan: Comecei como substituta no teatro de Eugene, Oregon. Passei várias temporadas em

programas para jovens artistas como central City Opera, Festival de Aldeburgh, e também cantei no

festival de Tanglewood.

Levi: Fui convidado pelas melhores faculdades, mas resolvi visitar a USC, em Janeiro de 1990.

(Sala dos troféus – USC)

Levi: Fomos até o estádio e eles me disseram que milhares de pessoas um dia estariam ali

gritando o meu nome. Então vi o meu nome no placar luminoso com os dizeres: “Levi, nós queremos

você.” Eu pensei: “Uau! Isto tem classe!”

Dúvidas: Susan: Batizei-me em 31 de Julho de 1993.

(Com sua instrutora, Zelda)

Susan: Eu tinha algumas dúvidas sobre minha carreira como cantora lírica. Um texto muito

importante para mim foi 2 Coríntios 5 : 15: “Que devemos viver para Aquele que morreu por nós e

não para nós mesmos.” Isso marcou-me muito, porque eu estava viver para mim mesma.

Levi: Meu pai considerou comigo princípios bíblicos sobre a amizade com o mundo, o ambiente

que existe no futebol e meus alvos no serviço de Jeová. Eu não poderia fazer as duas coisas.

Momentos decisivos: Levi: Voltando para casa de avião, comecei a dar testemunho informal a uma senhora. De

repente ocorreu-me: “estás a tentar explicar a ele como viver, mas olha para ti mesmo.”

Susan: Percebi que já não sentia tanta alegria em cantar e pensei: “na realidade eu posso abrir

mão disso.” E decidi parar.

Levi: Saiu na primeira página do jornal: “Levi decide carregar uma Bíblia em vez de uma bola de

futebol.” “Escolhe ficar com a religião” Prometi dar a Jeová o meu melhor. Então me batizei, comecei

como Pioneiro em 1991 e fui aprovado para Betel em Outubro de 1991. Saí de Betel para casar. Já

estamos servindo como pioneiros há sete anos, na cidade de Tulsa, Oklahoma.

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Susan: Comecei como pioneira, e claro a minha via mudou. Senti muita realização nesse serviço.

Também foi nessa ápoca que conheci meu marido, que já era betelita por muitos anos. Atualmente

sirvo em Betel há cinco anos.

Levi: Trabalho como bombeiro numa cidade com cerca de 600 mil habitantes. A vantagem deste

emprego é que trabalho um dia e folgo dois. Este horário permite-me servir como pioneiro e

sustentar minha esposa.

Susan: Eu trabalho como arrumadeira. Não é um serviço fascinante. Mas o importante em Betel,

mão é o serviço que se faz. O que conta é o ambiente espiritual; poder ajudar os irmãos. E há alguns

benefícios maravilhosos. Eu gosto da adoração matinal, e das preleções, uma vez por mês. E é um

grande privilégio conhecer os irmãos de Cristo e ser conhecida por eles. Esse é um privilégio especial

que eu prezo muito valor.

Nenhum arrependimento: Levi: Eu diria que é impossível dedicar-se ao desporto e a Jeová ao mesmo tempo. Concentrar-se

no serviço de Jeová exige dar tudo de si, e o desporto ocupa muito tempo. Tem de treinar, para ficar

mais forte, mais rápido. Dedicar-se ao desporto requer tempo, por isso, fazer as duas coisas é, de

fato, impossível.

Susan: Se realmente vamos dar a Jeová, temos de fazê-lo de toda a alma. Deve ser o mais

importante para nós. E a música também exige de toda a alma. Mas não se tem duas almas. Então,

ou dedica-se de toda a alma a Jeová ou acaba por dedicar-se à música.

Levi: Sempre vejo nos jornais os jogadores com quem eu jogava assinando contratos de três e

meio a sete milhões de euros, e olho para trás para essas coisas. Mas, ao mesmo tempo, tudo que eu

ganhei ultrapassa qualquer coisa que talvez pudesse ter tido no passado; as amizades, a organização,

a fraternidade. Não há dinheiro que pague tudo isso.

Susan: Às vezes vejo ou ouço notícias sobre o sucesso de pessoas com quem cursei Artes Cênicas.

E fico contente por eles, de verdade. Porque eu sei que isso é tudo o que eles conhecem.

Levi: Pergunto-me onde eu estaria hoje, porque não há garantia. O mundo não lhe dá nenhuma

garantia. Você pode lesionar uma perna, a coluna e o que seria de si?

Susan: Tudo o que se tem no mundo, é transitório, é cheio de dificuldades. Parece tão

maravilhoso, é só isso o que se vê. Não se vê o preço a pagar.

Levi: Eles querem usá-lo, querem espreme-lo tanto quanto podem. É como um copo descartável,

eles usam-no e jogam fora.

Susan: Não acho que eu perdi tudo, porque, na verdade eu ganhei tudo.

(Com o marido, Chris)

Tenho um marido maravilhoso, tenho uma vida maravilhosa, tenho um futuro maravilhoso.

Levi: Não me arrependo nem um pouco, com toda a certeza! Eu sou feliz no meu serviço a Jeová,

sou feliz com todas as bênçãos que Ele me deu até agora. Eu sou feliz!

“Tenho aceito a perda de todas as coisas e as considero como uma porção de refugo, para que

eu possa ganhar a Cristo” - Filipenses 3 : 8