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8/20/2019 Os Lusíadas Educação Literária Leitura e Gramática (1)
1/97
Os Lusíadas(EDUCAÇÃO
LITERÁRIA )
Leiturae
Gramática
Língua Portuguesa – 9º ano,
turma CDocente: Paula Lebre
8/20/2019 Os Lusíadas Educação Literária Leitura e Gramática (1)
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Cantos/ estrofes
Proposição Início da Narração
Canto I , EE! a " Canto I, E!#
P$anosda
narrati%a
ViagemHistória de Portugal
MitológicoPoeta
Viagem para a Índia
PersonagensPovo luso/portugus
Vasco da !ama e a sua armada
&ção "presenta#$o dos assuntos a abordar na obra
In Media Res %viagem a meio & t'pico das
epopeias cl(ssicas)
'empo *+9
Espaço-ceano Índico %.unto a
Mo#ambiue)
Narrador(es) Poeta Vasco da !ama
Narratário(s) Leitores 0ei de Melinde
*a$or+istrico
e
sim-$ico'ipo$ogia do episdio
Síntese
1
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Cantos/ estrofes
Consí$io dos Deuses In.s de Castro
Canto I, EE 0 a 1! Canto III, EE!!2 a !"3
P$anos
danarrati%a 2euses ou mitológico
História de Portugal e do poeta%Cam3es mani4esta rep5dio pela
insensibilidade do rei e doscarrascos)
Personagens
2euses6& 7aco
& 85piter& Vnus& Marte
& :ns de Castro& 2; "4onso :V
&Pedro& carrascos
&
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Cantos/ estrofes
4ata$+a de &$5u-arrotaDespedidas em 4e$6m (Partida
das naus)
Canto I*, EE2 a 17 Canto I*, EE 2" a #"
P$anosda
narrati%a
História de Portugal História de Portugal e da viagem
Personagens
& ropas portuguesas ecastel=anas & 2; 8o$o : de Castela e dePortugal& 2; Duno "lvares Pereira& traidores
Vasco da !ama e a sua armada,gente da cidade e religiosos
&ção
7atal=a entre Portugal eCastela;-s portugueses venceramos castel=anos
Partida das naus para a Índia%analepse)
'empo *+ de agosto de *>E? E de .ul=o de *+9Espaço "l.ubarrota 7elm
Narrador(es) Vasco da !ama Vasco da !amaNarratário(s) 0ei de Melinde 0ei de Melinde
*a$or+istricoe
sim-$ico
FBaltar o valor do povo luso,enuanto guerreiros
@o4rimento causado pelas viagensdos 2escobrimentos
'ipo$ogia do episdio 7lico
Síntese
+
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Cantos/ estrofes
8 &damastor 'empestade e C+egada 9 ndia
Canto *, EE "3 a ;0 Canto *I, EE30 a #1
P$anos
danarrati%a
História de Portugal e da
viagem Mitológico e da viagem
PersonagensVasco da !ama e a suaarmada e "damastor
Vasco da gama e a sua armada,nin4as, 7aco, Vnus e ventos
&ção2obrar o Cabo das
ormentas
empestade e c=egada G 'ndia
'empo 11 de novembro de *+9 maio de *+9E
Espaço Cabo das ormentas Calecute
Narrador(es) Vasco da !ama Poeta
Narratário(s) 0ei de Melinde Leitores
*a$or+istrico
esim-$ico
ValoriAar e eBaltar ascapacidades do povo luso %a4or#a, a coragem e apersistncia – a luta paraconseguir alcan#ar oob.etivo pretendido)
FBaltar a coragem dos portuguesesao ultrapassar o obst(culo datempestade e ao descobrir ocamin=o mar'timo para a Índia
'ipo$ogia do episdio @imbólicoDaturalista %4enómenos da
natureAa)
Síntese
?
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1 partes
E=& IN'E=N&
Proposição In%ocação Dedicatria Narração
- autorapresentao assunto
- poeta pedeinspira#$oGs musaspara levara cabo o
seu pro.eto
- poetadedica o seu
poema a 2; @ebasti$o
Darra#$oda
a#$o
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E=& IN'E=N&
" obra apresenta 1p$anos narrati%os
ue orientam a a#$o6
P$ano da *iagem6 re4ere&se Gnarra#$o da viagem de Lisboaat G Índia, com a partida de7elm, a paragem em Melindee a c=egada a Calecute;
P$ano da ?istria: re4ere&seaos momentos em ue se
apresentam 4actos da Históriade Portugal;
P$ano dos Deuses: tambmc=amado mitológico pelainterven#$o dos deuses naa#$o, 4acilitando ecomplicando a viagem;
P$ano do Poeta: re4ere&se Gsconsidera#3es pessoais ue opoeta tece;
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E
Episdios
Episdios @ peuenas
narrativas de
4actos reais ouimagin(rios;
'IP8
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9
Estrutu
raeBterna:
Canto :,FF *, 1
e >
Estrutura
interna:
*J parte
Proposição
ProposiçãoCanto I, EE !, e "
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ProposiçãoCanto I, EE !, e "
*I
*
"s armas e os bar3es assinalados,Kue da ocidental praia Lusitana,Por mares nunca de antes navegados,Passaram ainda alm da aprobana,Fm perigos e guerras es4or#ados,Mais do ue prometia a 4or#a =umana,F entre gente remota edi
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**
partes$gicas
Fstro4es* e 1
apresentam o assuntodo poema
Fstro4es 1 e >
introduAem novoselementos
ProposiçãoCanto I, EE !, e "
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*1
8 poeta pretende cantar/e$ogiar:
Estrofe !
•
as 4a#an=asguerreiras dos=omens ilustresue se
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*>
8s no%os e$ementos são os seus (do poeta)?E=HI
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*+
& importncia das formas %er-ais: JcessemK,
Jca$eseK e JcesseKEstrofe ", %% !, " e 3
• "pesar de estarem no presente do
con5unti%o, as tr.s formas %er-ais
transmitem a ideia de ordem %imperativo
deiBem de elogiar os =eróis antigos); Para o
poeta, os 4eitos dos outros =eróis at agora
venerados n$o tm compara#$o com os dosportugueses ue merecem, por isso, ser
digni
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*?
Miguras de retrica (guras de esti$o)
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*
P$anos narrati%os:
Da Proposição est$o patentes os 1 p$anos narrati%os dao-ra6
• P$ano da *iagemOPor mares nunca dantes navegados, / Passaram ainda alm da
aprobana,Q %F; *, vv; > e +)• P$ano do poetaOCantando espal=arei por toda a parte, / @e a tanto me a.udar oengen=o earte;Q %F; 1, vv; e E)
• P$ano da ?istria de Portuga$OF tambm as memórias gloriosas / 2aueles 0eis ue 4oramdilatandoQ %F; 1, vv; * e 1)
•P$ano mito$gico
O" uem Deptuno e Marte obedeceram6Q %F; >, v; )
ProposiçãoCanto I, EE !, e "
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Início da narraçãoJin media resKCanto I, E !#
*
*9
8( no largo -ceano navegavam,"s inuietas ondas apartando-s ventos brandamente respiravam,2as naus as velas cncavas inc=ando2a branca escuma os mares se mostravamCobertos, onde as proas v$o cortando
"s mar'timas (guas consagradas,Kue do gado de Próteo s$o cortadas,
Estrutura
eBterna:Canto :,
F *9
Estrutura
interna:+J parte
Narração
J in media resK
" narra#$o da a#$o central,
pormenores da viagem, inicia&seuando esta .( vai a meio, -ceanoÍndico " este processo narrativo deiniciar a narra#$o Ja meioKc=amamos Jin media resK econstitui uma regra das antigas
epopeias greco&romanas
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*E
• Narrador
Vasco da !ama
• Narratário 0ei de Melinde
• P$ano da *iagem
O8( no largo -ceano navegavam, %F; *9, v; *)
Início da narraçãoJin media resKCanto I, E !#
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*9
Estrofe !#
• " partir da estro4e *9, Canto :, Cam3es come#a a narrar os 4actos da
História de Portugal, a narração da ação centra$ %iagem de *asco
da Gama 9 ndia inter%a$ada por outros episdios Esta 6 a partemais $onga e tam-6m a mais importante do poema, começando
no Canto I at6 ao na$, Canto
•
Do início da narração, os navegadores encontram&se no Canal deMo#ambiue %Olargo -ceanoQ); " viagem decorre 4avoravelmente6 as
ondas s$o peuenas, os ventos sopram brandamente e uma espuma
branca cobre as (guas;
Início da narraçãoJin media resKCanto I, E !#
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1I
Estrofe !# 8( no $argo 8ceano navegavam,
"s inuietas ondas apartando
-s %entos brandamente
respiravam,2as naus as %e$as cncavas inc=an
do
2a -ranca escuma os mares se
mostravam
Cobertos, onde as proas v$o
cortando
"s marítimas águas consagradas,
Kue do gado de Próteo s$o cortadas
• Campo $eBica$Fste grupo de palavras destacadas (aau$) est( relacionado com umamesma realidade, a navega#$o;Campo $eBica$ um con.unto depalavras ue 4aAem parte da mesmarealidade;
• &d5eti%o anteposto ao nome@e reparares bem, a maioria dosad.etivos (a %erde) aparece antesdos nomes ue uali
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1*
Estrofe !# 8( no largo -ceano navegavam,"s inuietas ondas apartando
-s ventos brandamente
respiravam,
2as naus as velas cncavas inc=ando
2a branca escuma os mares se
mostravam
Cobertos, onde as proas %ão
cortando "s mar'timas (guas consagradas,
Kue do gado de Próteo s$o
cortadas
• Con5ugação perifrástica (!) %;;;) onde as proas %ão cortandoK
•
rata&se de uma con5ugaçãoperifrástica; @e substitu'sses aeBpress$o Ov$o cortando ger5ndioQpor OcortamQ, a 4rase
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Miguras de retrica (guras de esti$o)
&nimismo ou personicação (!)
•
O-s ventos brandamente respiravam,Q %F; *9, v; >)6 a viagem decorrede 4orma 4avor(vel, pois os ventos sopram brandamente
• %*) &nimismo ou personicação & consiste em atribuir propriedades =umanasa uma coisa, a um ser inanimado ou a um ente abstrato;
Início da narraçãoJin media resKCanto I, E !#
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Consí$io dos DeusesCanto I, EE 0 a 1!
1>
1I
Kuando os 2euses no -limpo luminoso,-nde o governo est( da =umana gente,@e a.untam em conc'lio glorioso@obre as cousas 4uturas do -riente;Pisando o cristalino Cu 4ormoso,Vm pela Via&L(ctea .untamente,Convocados da parte do onante,Pelo neto gentil do vel=o "tlante;
1*
2eiBam dos sete Cus o regimento,Kue do poder mais alto l=e 4oi dado,"lto poder, ue só coWo pensamento!overna o Cu, a erra, e o Mar irado;
"li se ac=aram .untos num momento-s ue =abitam o "rcturo congelado,F os ue o "ustro tem, e as partes onde" "urora nasce, e o claro @ol se esconde;
11
Fstava o Padre ali sublime e dino,Kue vibra os 4eros raios de Vulcano,Dum assento de estrelas cristalino,Com gesto alto, severo e soberano;2o rosto respirava um ar divino,Kue divino tornara um corpo =umanoCom uma coroa e ceptro rutilante,
2e outra pedra mais clara ue diamante;
1>
Fm luAentes assentos, marc=etados2e ouro e de perlas, mais abaiBo estavam-s outros 2euses todos assentados,Como a raA$o e a ordem concertavam6
Precedem os ant'guos mais =onradosMais abaiBo os menores se assentavamKuando 85piter alto, assim diAendo,CWum tom de voA come#a, grave e=orrendo6
C í$i d D
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1+
1+
TFternos moradores do luAenteFstel'4ero pólo, e claro assento,@e do grande valor da 4orte gente2e Luso n$o perdeis o pensamento,2eveis de ter sabido claramente,Como dos 4ados grandes certo intento,Kue por ela se esue#am os =umanos2e "ss'rios, Persas, !regos e 0omanos;
1?
T8( l=e 4oi %bem o vistes) concedidoCWum poder t$o singelo e t$o peueno,
omar ao Mouro 4orte e guarnecido oda a terra, ue rega o e.o ameno6
Pois contra o Castel=ano t$o temido,@empre alcan#ou 4avor do Cu sereno;"ssim ue sempre, en
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1?
1E
TPrometido l=e est( do ado eterno,Cu.a alta Lei n$o pode ser uebrada,Kue ten=am longos tempos o governo2o mar, ue v do @ol a roBa entrada;Das (guas tm passado o duro inverno" gente vem perdida e trabal=ada
8( parece bem 4eito ue l=e se.aMostrada a nova terra, ue dese.a;
19
TF porue, como vistes, tm passadosDa viagem t$o (speros perigos,
antos climas e cus eBperimentados, anto 4uror de ventos inimigos,
Kue se.am, determino, agasal=adosDesta costa a4ricana, como amigos;F tendo guarnecida a lassa 4rota,
ornar$o a seguir sua longa rota;O
>I
Fstas palavras 85piter diAia,Kuando os 2euses por ordemrespondendo,Da senten#a um do outro di4eria,0aA3es diversas dando e recebendo;- padre 7aco ali n$o consentiaDo ue 85piter disse, con=ecendo
Kue esuecer$o seus 4eitos no -riente,@e l( passar a Lusitana gente;
>*
-uvido tin=a aos ados ue viriaUma gente 4ort'ssima de Fspan=aPelo mar alto, a ual su.eitaria
2a Índia tudo uanto 2óris ban=a,F com novas vitórias venceria" 4ama antiga, ou sua, ou 4osse estran=a;"ltamente l=e dói perder a glória,2e ue Disa celebra inda a memória;
Consí$io dos DeusesCanto I, EE 0 a 1!
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>1
V ue .( teve o :ndo so.ugado,F nunca l=e tirou ortuna, ou caso,Por vencedor da Índia ser cantado2e uantos bebem a (gua de Parnaso;
eme agora ue se.a sepultado@eu t$o clebre nome em negro vaso2W(gua do esuecimento, se l( c=egam-s 4ortes Portugueses, ue navegam;
>>
@ustentava contra ele Vnus bela,"4ei#oada G gente Lusitana,Por uantas ualidades via nela2a antiga t$o amada sua 0omana
Dos 4ortes cora#3es, na grande estrela,Kue mostraram na terra ingitana,F na l'ngua, na ual uando imagina,Com pouca corrup#$o cr ue a Latina;
>+
Fstas causas moviam Citereia,F mais, porue das Parcas claro entendeKue =( de ser celebrada a clara 2eia,-nde a gente bel'gera se estende;"ssim ue, um pela in4Smia, ue arreceia,F o outro pelas =onras, ue pretende,2ebatem, e na por
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>
Mas Marte, ue da 2eusa sustentavaFntre todos as partes em por
" viseira do elmo de diamante"levantando um pouco, mui seguro,Por dar seu parecer, se ps diante2e 85piter, armado, 4orte e duro6
F dando uma pancada penetrante,Com o conto do bast$o no sólio puro,- Cu tremeu, e "polo, de torvado,Um pouco a luA perdeu, como enE
F disse assim6 TX Padre, a cu.o imprio udo auilo obedece, ue criaste,@e esta gente, ue busca outro=emis4rio,Cu.a valia, e obras tanto amaste,D$o ueres ue pade#am vituprio,Como =( .( tanto tempo ue ordenaste,
D$o on#as mais, pois s .uiA direito,0aA3es de uem parece ue suspeito;
>9
TKue, se aui a raA$o se n$o mostrasseVencida do temor demasiado,7em 4ora ue aui 7aco os sustentasse,
Pois ue de Luso vem, seu t$o privadoMas esta ten#$o sua agora passe,Porue en
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1E
+I
TF tu, Padre de grande 4ortaleAa,2a determina#$o, ue tens tomada,D$o tornes por detr(s, pois 4raueAa2esistir&se da cousa come#ada;Merc5rio, pois eBcede em ligeireAa"o vento leve, e G seta bem tal=ada,L=e v( mostrar a terra, onde se in4orme2a 'ndia, e onde a gente se re4orme;T
+*
Como isto disse, o Padre poderoso," cabe#a inclinando, consentiuDo ue disse Mavorte valeroso,F nctar sobre todos esparAiu;
Pelo camin=o L(cteo gloriosoLogo cada um dos 2euses se partiu,aAendo seus reais acatamentos,Para os determinados aposentos
Estrutura eBterna: Canto *, FF; 1I a
+*
Estrutura interna: +J parte & Darra#$o
Narrador: o poeta – narrador=eterodiegtico
Narratário: os leitores
P$ano narrati%o: dos deuses oumitológico;
'ipo do episdio: mitológico
Consí$io dos DeusesCanto I, EE 0 a 1!
C í$i d D
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19
Consí$io dos DeusesCanto I, EE 0 a 1! Y o cons'lio dos 2euses no -limpo um modo de interligar os deuses com a viagem;
@er( no -limpo ue se decidir( “sobre as cousas futuras do Oriente” %F; 1I, v;+) e 4oieste cons'lio convocado por 85piter & pai dos 2euses;
" disposi#$o =ier(ruica, ue 4eita nesta reuni$o, apresenta&se de maneira aue os considerados deuses menores %deuses dos Osete cusQ) eBpon=am tambm assuas opini3es sobre o seguimento ou n$o da armada portuguesa em dire#$o ao-riente; - pai dos 2euses pro4ere o seu discurso, anunciando a sua boa vontadedo prosseguimento da viagem dos lusitanos, e ue estes se.am recebidos comobons amigos na costa a4ricana;
85piter diA ue o 4acto dos portugueses en4rentarem mares descon=ecidos, e de estar
decidido pelos ados ue o povo lusitano 4ar( esuecer atravs dos seus 4eitos os"ss'rios, os Persas, os !regos e os 0omanos, motivo para ue a navega#$o continue; "pós este discurso, s$o consideradas outras posi#3es em ue se destaca a oposi#$ode 7aco, pois este receia vir a perder toda a 4ama ue =avia aduirido no -riente casoos portugueses atin.am o ob.etivo; Uma outra posi#$o de destaue a de Vnus ue de4ende os portugueses n$o sópor se tratar de uma gente muito semel=ante G do seu amado povo latino e com
uma l'ngua derivada do Latim, como tambm por terem demonstrado grande valentiano norte de N4rica;Y tambm Marte & 2eus da guerra & um 2eus de4ensor desta gente lusitana, porue oamor antigo ue o ligava a Vnus o leva a tomar essa posi#$o e porue recon=ece abravura deste povo;Do seu discurso, Marte pretende ue 85piter n$o volte atr(s com a sua palavra e pedea Merc5rio & o 2eus mensageiro & ue col=a in4orma#3es sobre a Índia, pois come#a adescon
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>I
Consí$io dos DeusesCanto I, EE 0 a 1!
Di%isão em 1 momentos$gicos:
Q momento
+; 2iscurso de 85piterue determinaaprote#$o dos
Portugueses;%F; 1+ a 19)
?; :ntrodu#$o doPoeta
G discuss$ogerada;%F; >I)
"Q momento
; 0aA3es de 7acocontra osPortugueses; %FF; >I&>1)
; 0aA3es de Vnus a4avor dos Portugueses;
%FF; >>&>+)
E; 2ivis$o dos deusesem doispartidos; %FF; >+&>?)
9; 2escri#$o de Marte ;%FF; >&>)
*I; 2iscurso de Marteue contradiA asraA3es de 7aco e
suplica a 85piter ueenvie Merc5rio para
1Q momento
**; 85piter aceita asugest$o deMarte, despede&sedos deuses e cadaum regressa ao
seu aposento; %F;+*)
!Q momento
*; CircunstSncias eambiente em
ue prosseguia a
armadaportuguesa, na
alturado cons'lio dos
deuses; %FF; *9&1I)
1; Partida dosdeuses das
diversas regi3esdo
cu e c=egadaao
cons'lio; %FF; 1I&1*)
>; 2escri#$o dotrono de
5 iter da sua
C í$i d D
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>*
Consí$io dos DeusesCanto I, EE 0 a 1!
Discurso de Rpiter pai dos deuses a fa%or dos
portugueses:Discurso
Introdução %F; 1+)-s portugueses v$o 4aAer esuecer outros povos
&rgumentos %FF; 1? – 1E)venceram os mourosvenceram os castel=anosvenceram os romanos lutaram contra as 4or#as da natureAa
os ados prometeram ue eles iriam governar no -rienteos portugueses est$o cansados
Decisão %F; 19)os portugueses devem ser abrigados na costa a4ricana antes
de c=egar G Índia;
C í$i d D
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>1
Consí$io dos DeusesCanto I, EE 0 a 1!
&rgumentos dos deuses a fa%or e contra
os portugueses:a fa%or contra=aSes de *6nus
• gostava da gente lusitana pelas ualidades, uevia neste povo, semel=antes Gs do povo romano,ue ela tanto amava
• gostava tambm dos portugueses pela l'ngua ueela ac=ava ser, com pouca di4eren#a, a l'ngualatina
• sabia ue seria celebrada em todos os lugaresonde os portugueses c=egassem
=aSes de 4aco
• sabia pelos fados ue osportugueses dominariamtodo o -riente, ue era seudom'nio e ue n$o ueriaperder
• tin=a dominado toda aÍndia e ainda nen=um poetatin=a cantado a sua vitória,
temendo agora ue o seunome caia no esuecimento,se os 4ortes portugueses l(c=egarem %se osportugueses c=egarem GÍndia gan=ar$o o estatuto dedeuses, pois realiAar$o algo
ue só um deus tin=arealiAado perder( o seu
=aSes de Aarte• o grande amor ue antigamente tivera a Vnus,tambm 4avor(vel aos portugueses
• a bravura dos portugueses, recon=ecida at pelopróprio 85piter
• a 4alsidade das raA3es apresentadas por 7aco
C í$i d D
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>>
Consí$io dos DeusesCanto I, EE 0 a 1!
Dimensão sim-$ica deste episdio mito$gico• -s deuses recon+ecem o %a$or dos portugueses ao decidirem a.ud(&los na
conuista do seu ob.etivo – c=egar G Índia por mar &, logo os $usos t.m tanto
%a$or e poder uanto os +a-itantes do 8$impo;
• *a$or sim-$ico do mara%i$+oso pagão em Os Lusíadas
" interven#$o dos deuses pag$os constitui n$o apenas um adorno eBterno do poema de
Cam3es, tornando&o semel=ante Gs grandes epopeias antigas; Mas esta bela alegoria dos
deuses reveste&se de um alto valor simbólico, relacionado com a própria inten#$o do
poema6 eBaltar o empreendimento mar'timo dos portugueses; " descoberta da Índia era t$o
importante ue interessou Gs próprias divindades; " convivncia das deusas, na :l=a dos
"mores, com os nautas portugueses representa n$o apenas uma concess$o 4ormal do poetaaos processos e mentalidade renascentistas, mas insere&se dentro de uma linguagem
altamente liter(ria e simbólica6 o empreendimento mar'timo da descoberta da Índia era de
tal 4orma eBtraordin(rio ue o poeta se serviu dos deuses para real#ar a transcendncia
dessa descoberta;
Y este portanto o valor simbólico da mitologia em Os Lusíadas6 uma alegoria de eBalta#$odo rande 4eito dos ortu ueses;
C í$i d
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>+
Consí$io dos DeusesCanto I, EE 0 a 1!
Perífrase (!): O%Z) neto gentil do vel=o "tlanteQ %F; 1I,
v;E)
(!) FBpress$o por diversas palavras dauilo ue se poderia diAermais concisamente ou apenas por uma palavra;
2esigna#$o dada a Merc5rio;
Perífrase: O%Z) luAente / Fstel'4ero Pólo e claro "ssentoQ%F; 1+, vv; * e 1)
2esigna#$o dada ao -limpo;
&pstrofe () e perífrase: OFternos moradores do
luAenteQ %e; 1*, v;*)
() "pelo do autor, atravs de interrup#3es, invocando pessoasausentes, coisas ou ideias sob 4orma eBclamativa;
"póstro4e com ue 85piter sedirige aos restantes deuses do-limpo;
Perífrase: O4orte gente / de LusoQ %F; 1+, vv; > e +)2esigna#$o dada aosportugueses;
) 0e4erncia aos mouros;
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>?
Consí$io dos DeusesCanto I, EE 0 a 1!
&d5eti%o
Estrofe "!-uvido tin=a aos ados ue viria
Uma gente fortíssima de
Fspan=a
Pelo mar alto, a ual su.eitaria
2a Índia tudo uanto 2óris ban=a,
F com novas vitórias venceria
" 4ama antiga, ou sua, ou 4osse
estran=a;
"ltamente l=e dói perder a glória,
2e ue Disa celebra inda a
memória;
• Grau do ad5eti%o
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In.s de CastroCanto III, EE !!2 a !"3
>
Estrutura
eBterna:Canto :::,
FF;**E
a
*>?
Estrutur
ainterna:+J parte
Narração
• Narrador: Vasco da !ama –narrador =eterodiegtico
• Narratário: rei de Melinde
•
P$anos narrati%os: História de Portugal e do poeta %Cam3es mani4esta rep5dio pela
insensibilidade do rei e dos
carrascos)
• 'ipo do episdio: l'rico
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In.s de CastroCanto III, EE !!2 a !"3
>
**E Passada esta t$o próspera vitória,
ornado "4onso G Lusitana erra," se lograr da paA com tanta glóriaKuanta soube gan=ar na dura guerra,- caso triste e dino da memória,Kue do sepulcro os =omens desenterra,"conteceu da m'sera e mesuin=a
Kue despois de ser morta 4oi 0ain=a;**9
u, só tu, puro "mor, com 4or#a crua,Kue os cora#3es =umanos tanto obriga,2este causa G molesta morte sua,Como se 4ora pr
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In.s de CastroCanto III, EE !!2 a !"3
>E
*1IFstavas, linda :ns, posta em sossego,
2e teus anos col=endo doce 4ruto,Dauele engano da alma, ledo e cego,Kue a ortuna n$o deiBa durar muito,Dos saudosos campos do Mondego,2e teus 4ormosos ol=os nunca enButo,"os montes ensinando e Gs ervin=as
- nome ue no peito escrito tin=as;*1*2o teu Pr'ncipe ali te respondiam"s lembran#as ue na alma l=e moravam,Kue sempre ante seus ol=os te traAiam,Kuando dos teus 4ormosos se apartavam
2e noite, em doces son=os ue mentiam,2e dia, em pensamentos ue voavamF uanto, en
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In.s de CastroCanto III, EE !!2 a !"3
>9
*112e outras belas sen=oras e Princesas
-s dese.ados t(lamos en.eita,Kue tudo, en
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+I
*1+ raAiam&na os =orr'
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+*
*1& \@e .( nas brutas 4eras, cu.a menteDatura 4eA cruel de nascimento,F nas aves agrestes, ue somenteDas rapinas areas tm o intento,Com peuenas crian#as viu a gente
erem t$o piadoso sentimentoComo com a m$e de Dino .( mostraram,F cos irm$os ue 0oma edi
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+1
• "t os animais 4eroAes e as aves de rapina tm piedade para com ascrian#as %F; *1);
• D$o =umano matar uma donAela 4raca e sem 4or#a só por amar a uem a
conuistou%F; *1, vv; * a +);
• 2evia ter respeito por auelas crian#as,
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+>
*>IKueria perdoar&l=e o 0ei benino,Movido das palavras ue o magoamMas o pertinaA povo e seu destino%Kue desta sorte o uis) l=e n$o perdoam;"rrancam das espadas de a#o *Kual contra a linda mo#a Policena,Consola#$o eBtrema da m$e vel=a,Porue a sombra de "uiles a condena,
Co 4erro o duro Pirro se aparel=aMas ela, os ol=os com ue o ar serena%7em como paciente e mansa ovel=a)Da m'sera m$e postos, ue endoudece,"o duro sacri4'cio se o4erece6
*>1 ais contra :ns os brutos matadores,Do colo de alabastro, ue sustin=a"s obras com ue "mor matou de amores"uele ue depois a 4eA 0ain=a,"s espadas ban=ando, e as brancas^ores,
Kue ela dos ol=os seus regadas tin=a,@e encarni#avam, 4rvidos e irosos,Do 4uturo castigo n$o cuidosos;
In.s de CastroCanto III, EE !!2 a !"3
ace aos argumentos de s5plica e de de4esa
de :ns, o rei =esita %F; *>I, vv; * e 1), mas 4aceG insistncia do povo e dos algoAes %F;; *>I, vv;
> e +), perpetrado o b(rbaro assass'nio de:ns de Castro pelos algoAes, %F; *>I, vv; ? a EFF; *>* e *>1), comparando o poeta esta cruela#$o com a b(rbara morte da linda moçaPolicena;
Desen%o$%imento/
ConTito
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++
Desen%o$%imento/ConTito
E%o$ução psico$gica do rei D &fonso I*:
(EE !1 e !"0)
E%o$ução psico$gica do rei D &fonso I*
• no in'cio, toma a decis$o de mandar matar :ns, devido ao Omurmurardo povoQ;
• uando os O=orr'&+)
• no I, v;*), mas o povo e o destino n$o deiBaram %F; *>I, vv;>&+);
In.s de Castro
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+?
*>>7em puderas, ó @ol, da vista destes,
eus raios apartar auele dia,Como da seva mesa de iestes,Kuando os +"ssim como a bonina, ue cortada"ntes do tempo 4oi, cSndida e bela,@endo das m$os lacivas maltratada2a minina ue a trouBe na capela,- c=eiro traA perdido e a cor murc=ada6
al est(, morta, a p(lida donAela,@ecas do rosto as rosas e perdida" branca e viva cor, com a doce vida;
*>?"s ?);
Conc$usão/ Desen$ace
In.s de Castro
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+
*>>7em puderas, ó @ol, da vista destes,
eus raios apartar auele dia,Como da seva mesa de iestes,Kuando os +"ssim como a bonina, ue cortada"ntes do tempo 4oi, cSndida e bela,@endo das m$os lacivas maltratada2a minina ue a trouBe na capela,- c=eiro traA perdido e a cor murc=ada6
al est(, morta, a p(lida donAela,@ecas do rosto as rosas e perdida" branca e viva cor, com a doce vida;
*>?"s
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+
*>D$o correu muito tempo ue a vingan#aD$o visse Pedro das mortais 4eridas,Kue, em tomando do 0eino a governan#a," tomou dos 4ugidos =omicidas;2o outro Pedro cru'ssimo os alcan#a,Kue ambos, imigos das =umanas vidas,- concerto Fste, castigador 4oi rigoroso2e latroc'nios, mortes e adultrios6aAer nos maus crueAas, 4ero e iroso,Fram os seus mais certos re4rigrios;"s cidades guardando .usti#oso2e todos os soberbos vituprios,Mais ladr3es castigando G morte deu,Kue o vagabundo "leides ou eseu;
In.s de CastroCanto III, EE !!2 a !"3
Conc$usão/ Desen$ace
& %ingança de D Pedro
• Mal subiu ao trono, 2; Pedro 4eA um acordo comoutro Pedro crudel'ssimo %o rei de Castela), tendoconseguido ue os =omicidas de :ns l=e 4ossementregues %F; *>);
• 2urante o seu reinado, 4oi implac(vel com os
criminosos, de4endeu as cidades com a opress$odos poderosos e mandou matar muitos ladr3es %F;*>);
In.s de Castro
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+E
In.s de CastroCanto III, EE !!2 a !"3
Características da trag6diac$ássica
•" ação 6 trágica, atingindo o seu ponto culminante com a morte daprotagonista %:ns
de Castro)
• Personagens da c$asse no-re6 Odepois de ser morta 4oi rain=aQ %F;**E, v;E)
• "o longo da a#$o, surgem os sentimentos fundamentais datrag6dia6
& o +orror
& a piedade
• 0espeito pela $ei das tr.s unidades6& ação
& espaço & tempo
• :nterven#$o do destino, da fata$idade
• " 4un#$o do coro pode ver&se nas inter%ençSes emocionais dopoeta, ue vai
comentando apaiBonadamente o desenrolar da a#$o %F; **9, vv; ? a E e
In.s de Castro
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+9
In.s de CastroCanto III, EE !!2 a !"3
Miguras de retrica (guras de esti$o)
Perífrase: OLusitana erraQ 2esigna Portugal; 2esigna Portugal;
Perífrase: O%Z) da m'sera e mesuin=a / Kue despois de sermorta 4oi 0ain=aQ
2esigna 2; :ns de Castro
&pstrofe: OuQ- poeta dirige&se ao amor, o ual aparecepersoni
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4ata$+a de &$5u-arrotaCanto I*, EE 2 a 17
?I
*9
EstruturaeBterna:Canto :V,
FF; 1E a +?
Estrutura
interna:+J parte
Narração
Narrador: Vasco da !ama –
narrador =eterodiegtico
Narratário: rei de Melinde
P$ano narrati%o: História dePortugal
'ipo do episdio: blico
4ata$+a de &$5u-arrota
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?*
2
2eu sinal a trombeta Castel=ana,Horrendo, 4ero, ingente e temeroso-uviu&o o monte "rtabro, e !uadiana"tr(s tornou as ondas de medroso;-uviu&o o 2ouro e a terra ranstaganaCorreu ao mar o e.o duvidosoF as m$es, ue o som terr'bil escuitaram,
"os peitos os
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?1
"Fis ali seus irm$os contra ele v$o
%Caso 4eio e cruel_) mas n$o se espanta,Kue menos uerer matar o irm$o,Kuem contra o 0ei e a P(tria se alevanta;2estes arrenegados muitos s$oDo primeiro esuadr$o, ue se adiantaContra irm$os e parentes %caso estran=o),Kuais nas guerras civis de 85lio e Magno;
""X tu, @ertório, ó nobre Coriolano,Catilina, e vós outros dos antigosKue contra vossas p(trias com pro4anoCora#$o vos
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?>
";@entiu 8oane a a4ronta ue passava
Duno, ue, como s(bio capit$o, udo corria e via e a todos dava,Com presen#a e palavras, cora#$o;Kual parida lioa, 4era e brava,Kue os
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?+
10" muitos mandam ver o Fst'gio lago,
Fm cu.o corpo a morte e o 4erro entrava;- Mestre morre ali de @antiago,Kue 4ortissimamente pele.avaMorre tambm, 4aAendo grande estrago,-utro Mestre cruel de Calatrava;-s Pereiras tambm, arrenegados,Morrem, arrenegando o Cu e os ados;
1!Muitos tambm do vulgo vil, sem nome,V$o, e tambm dos nobres, ao Pro4undo,-nde o tri4auce C$o perptua 4ome
em das almas ue passam deste mundo;F por ue mais aui se amanse e dome
" soberba do imigo 4uribundo," sublime bandeira Castel=anaoi derribada s ps da Lusitana;
1
"ui a 4era batal=a se encrueceCom mortes, gritos, sangue e cutiladas" multid$o da gente ue perece
em as ^ores da própria cor mudadas; 8( as costas d$o e as vidas .( 4alece- 4uror e sobe.am as lan#adas
8( de Castela o 0ei desbaratado@e v e de seu propósito mudado;
1"- campo vai deiBando ao vencedor,Contente de l=e n$o deiBar a vida;@eguem&no os ue
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??
11"lguns v$o maldiAendo e blas4emando
2o primeiro ue guerra 4eA no mundo-utros a sede dura v$o culpando2o peito cobi#oso e sitibundo,Kue, por tomar o al=eio, o miserandoPovo aventura Gs penas do Pro4undo,2eiBando tantas m$es, tantas esposas,@em E>; - 0ei de Castela invade Portugal e poucos eram osue ueriam combater pela P(tria; Mas os ue estavamdispostos a de4ender o seu 0eino, onde se destacavaDuno Nlvares Pereira, iriam de4ende&lo com aconvic#$o da vitória, pois o pa's viAin=o tin=aen4rauecido bastante no reinado de 2; ernando e 2;
8o$o : era garantia de valor e sucesso e nunca Portugaltin=a sa'do derrotado dos combates contra osCastel=anos; Do in'cio desta batal=a, o som da trombeta
castel=ana causa e4eitos n$o só nos guerreiros, como nasm$es, ue apertam os
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?
*; :n'cio da batal=a – EE 2 e #
1; Darra#$o da batal=a – EE "0 a 1
>; Vitória dos portugueses – EE 1" a 17
4ata$+a de &$5u-arrotaCanto I*, EE 2 a 17
Di%isão do episdio -6$ico em "
partes $gicas
4ata$+a de &$5u-arrota
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?
1E
2eu sinal a trombeta Castel=ana,Horrendo, 4ero, ingente e temeroso-uviu&o o monte "rtabro, e !uadiana"tr(s tornou as ondas de medroso;-uviu&o o 2ouro e a terra ranstaganaCorreu ao mar o e.o duvidosoF as m$es, ue o som terr'bil escuitaram,
"os peitos os
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?E
Canto I*, EE 2 a 17
U parte
Desen%o$%imento
(EE "0 e 1)
•
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Canto I*, EE 2 a 17
U parte
Desen%o$%imento
• E ""
• X tu, @ertório, ó nobre Coriolano,Catilina, e vós outros dos antigosKue contra vossas p(trias compro4anoCora#$o vos
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I
4ata$+a de &$5u-arrotaCanto I*, EE 2 a 17
"U parte
Conc$usão
EE 1" a 17
•
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Despedidas em 4e$6m (Partida das naus)Canto I*, EE 2" a #"
*
*9
EstruturaeBterna:Canto :V,
FF; E> a E9
Estrutura
interna:+J parte
Narração
Narrador: Vasco da !ama –narrador
autodiegtico OnósQ os nautas portugueses
personagem principal
Narratário: rei de Melinde
P$anos narrati%os: viagem eHistória de
Portugal
&ssunto: Partida das naus para aÍndia
&na$epse
Despedidas em 4e$6m (Partida das naus)
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Despedidas em 4e$6m (Partida das naus)Canto I*, EE 2" a #"
1
*9 No na$ do canto I*, *asco da Gama termina anarração da ?istria dePortuga$ e conta os preparati%os da %iagem para andia Nas estrofes/estncias 21 a #", descre%e apartida da sua armada, do porto de 4e$6m, em Lis-oa8 canto termina com as pa$a%ras de um %e$+o, o*e$+o do =este$o (!), ue se dirige aos marin+eiros e
os surpreende com o seu pessimismo(!)C>=I8
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>
2"oram de Fmanuel remunerados,
Por ue com mais amor se apercebessem,F com palavras altas animadosPera uantos trabal=os sucedessem;"ssi 4oram os M'nias a.untados,Pera ue o Vu dourado combatessem,Da 4at'dica nau, ue ousou primeira
entar o mar FuB'nio, aventureira;
21F .( no porto da 'nclita Ulisseia,Cum alvoro#o nobre e cum dese.o%-nde o licor mistura e branca areiaCo salgado Deptuno o doce e.o)"s naus prestes est$o e n$o re4reia
emor nen=um o .uvenil despe.o,Porue a gente mar'tima e a de MarteFst$o pera seguir&me a toda a parte,
27
Pelas praias vestidos os soldados2e v(rias cores vm e v(rias artes,F n$o menos de es4or#o aparel=adosPera buscar do mundo novas partes;Das 4ortes naus os ventos sossegados-ndeiam os areos estandartesFlas prometem, vendo os mares largos,2e ser no -limpo estrelas, como a de"rgos;
2;2espois de aparel=ados, desta sorte,2e uanto tal viagem pede e manda,"parel=(mos a alma pera a morte,Kue sempre aos nautas ante os ol=os
anda;Pera o sumo Poder, ue a etrea Corte@ustenta só co a vista veneranda,:mplor(mos 4avor ue nos guiasseF ue nossos come#os aspirasse;
Despedidas em 4e$6m (Partida das naus)Canto I*, EE 2" a #"
Despedidas em 4e$6m (Partida das naus)
http://www.alvarenga.net/canto4.htmhttp://www.alvarenga.net/canto4.htmhttp://www.alvarenga.net/canto4.htmhttp://www.alvarenga.net/canto4.htmhttp://www.alvarenga.net/canto4.htmhttp://www.alvarenga.net/canto4.htm
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+
23Partimo&nos assi do santo templo
Kue nas praias do mar est( assentado,Kue o nome tem da terra, pera eBemplo,2onde 2eus 4oi em carne ao mundo dado;Certi
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2"oram de Fmanuel remunerados,
Por ue com mais amor se apercebessem,F com palavras altas animadosPera uantos trabal=os sucedessem;"ssi 4oram os M'nias a.untados,Pera ue o Vu dourado combatessem,Da 4at'dica nau, ue ousou primeira
entar o mar FuB'nio, aventureira;
21F .( no porto da 'nclita Ulisseia,Cum alvoro#o nobre e cum dese.o%-nde o licor mistura e branca areiaCo salgado Deptuno o doce e.o)"s naus prestes est$o e n$o re4reia
emor nen=um o .uvenil despe.o,Porue a gente mar'tima e a de Marte
Fst$o pera seguir&me a toda a parte,
p ( )Canto I*, EE 2" a #"
• 2; Manuel : custeou a viagem de Vasco da!ama e animou os marin=eiros portugueses,com palavras de encora.amento, a partiremem busca do Mundo Dovo, dauilo ue estavapara alm do vis'vel e do con=ecido;
• 2a mesma 4orma ue os "rgonautas, osnavegadores portugueses reuniram&se antesde partir; %-s "rgonautas, a bordo da nau"rgo, 4oram em busca do OVelo de -uroQ, a
lanugem de um carneiro alado, guardada porum drag$o, na regi$o de Cóluida;)
• "s naus est$o preparadas para a partida,no porto de Lisboa, no preciso local onde o
e.o desagua no mar; Marin=eiros e soldados,ousados e cora.osos, seguem lealmente o seu
mestre, Vasco da !ama, para toda a parte;
•me Vasco da !ama narrador participanteue participa como personagem principal;
Portanto, narrador autodiegtico;
Despedidas em 4e$6m (Partida das naus)
http://www.alvarenga.net/canto4.htmhttp://www.alvarenga.net/canto4.htmhttp://www.alvarenga.net/canto4.htmhttp://www.alvarenga.net/canto4.htm
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Pelas praias vestidos os soldados2e v(rias cores vm e v(rias artes,F n$o menos de es4or#o aparel=adosPera buscar do mundo novas partes;Das 4ortes naus os ventos sossegados-ndeiam os areos estandartesFlas prometem, vendo os mares largos,2e ser no -limpo estrelas, como a de "rgos;
2;2espois de aparel=ados, desta sorte,2e uanto tal viagem pede e manda,"parel=ámos a alma pera a morte,
Kue sempre aos nautas ante os ol=os anda;Pera o sumo Poder, ue a etrea Corte@ustenta só co a vista veneranda,:mplorámos 4avor ue nos guiasseF ue nossos come#os aspirasse;
p ( )Canto I*, EE 2" a #"
• :ncide sobre os preparativos dos tripulantespara a partida, em particular, os soldados; "snaus est$o tambm preparadas, com osestandartes ue se agitam com a brisamar'tima; al como aconteceu com a nau"rgos, ser$o um dia imortaliAadas;
• -s ue iam partir 4aAiam tambm aprepara#$o da Oalma para a morte,/Kuesempre ao nautas ante os ol=os andaQ, numaigre.a próBima do local de embarue, reAandoe implorando a 2eus ue os guiasse e
protegesse;
• "parel=ámos/ :mplorámos/ nos/nossos Vasco da !ama %e os seusmarin=eiros) narrador participante ueparticipa como personagem principal;Portanto, narrador autodiegtico;
Despedidas em 4e$6m (Partida das naus)
http://www.alvarenga.net/canto4.htmhttp://www.alvarenga.net/canto4.htm
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Partimo&nos assi do santo temploKue nas praias do mar est( assentado,Kue o nome tem da terra, pera eBemplo,2onde 2eus 4oi em carne ao mundo dado;Certi
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E
#0
TKual vai diAendo6 &T X
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9
p ( )Canto I*, EE 2" a #"
Estncias
=esumo e comentário
E+ a E
Do porto de Lisboa, em 7elm, as naus est$o preparadaspara a viagem e uer os marin=eiros, uer os militares est$odispostos a seguir, sem medo, o seu capit$o, Vasco da !ama,em busca de novos lugares no mundo; -s =omens preparam&se para o pior e imploram a 2eus ue os guie e os 4avore#a, noin'cio da viagem;
E a 91
Partem emocionados da ermida de @anta Maria de 7elm%F; E), em dire#$o aos batis; Desse percurso, s$oacompan=ados por uma prociss$o e rodeados de amigos,4amiliares e curiosos %F; EE); -s ue assistem G partida das naus n$o acreditam no
sucesso da viagem e, por isso, as mul=eres c=oram e os=omens emocionam&se %F; E9); "lgumas m$es e esposas, desesperadas, dirigem&se aosentes ueridos e a
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I
pCanto I*, EE 2" a #"
Estrofe/
%erso
Miguras de
retrica(guras de esti$o) EBemp$o
E+, v; Per'4rase OPorue a gente mar'tima e a de MarteQ
E, vv; + e? Per'4rase
O Kue sempre as nautas ante os ol=os anda/ Pera osumo Poder, ue a etrea CorteQ
E, vv; 1 e>
"n(4oraO Kue nas praias do mar est( assentado,/ Kue onome tem da terra, pra eBemplo,Q
E, v; ? "póstro4e O Certi
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Canto *, EE "3 a ;0
*
*9Narrador: Vasco da !ama –
narrador autodiegtico personagem principal
Narratário: rei de Melinde
P$anos narrati%os: viagem eHistória de
Portugal
'ipo de episdio: simbólico
*a$oriar e eBa$tar as capacidadesdo po%o $uso (a força, a coragem
e a persist.ncia @ a $uta paraconse uir a$can ar o o- eti%o
EstruturaeBterna:Canto V
FF; >9 a I
Estrutura
interna:+J parte
Narração
8 &damastorCome#ando na estro4e > e arrastando se at G I temos auele ue
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Canto *, EE "3 a ;0 Come#ando na estro4e > e arrastando&se at G I, temos auele ue
um dos episódios mais con=ecidos e certamente mais retratados de toda aobra Os Lusíadas6 o "damastor; Cinco dias depois de partirem de @antaHelena, as naus de Vasco da !ama c=egam ao Cabo da ormentas, onde umanuvem assustadora e terr'vel Ops nos cora#3es um grande medoQ; - própriocapit$o da armada 4aA um apelo a 2eus, mas antes mesmo de terminar .(uma
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"3
TPorm 5á cinco ma nu%em ue os ares escurece @obre nossas cabe#as aparece;
"2
T$o temerosa vin=a e carregada,Kue ps nos cora#3es um grande medo7ramindo o negro mar, de longe brada
Como se desse em v$o nalgum roc=edo;& TH Potestade, disse, su-$imadaXFue ameaço di%ino, ou ue segredoEste c$ima e este mar nos apresenta,Fue mor cousa parece ue tormenta[T &
Canto *, EE "3 a ;0
Cinco dias depois de partirem
de
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+
>9
D$o acabava, uando uma
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?
+>
& @abe ue uantas naus esta viagemKue tu 4aAes,
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& Ver$o morrer com 4ome os
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?*
& ui dos
& Como 4osse imposs'vel alcan#(&laPela grandeAa 4eia de meu gesto,2eterminei por armas de tom(&la,F a 2óris este caso mani4esto;2e medo a 2eusa ent$o por mim l=e 4alaMas ela, com um 4ormoso riso =onesto,0espondeu6 TKual ser( o amorbastante
2e Din4a ue sustente o dum !igante[
?+
& Contudo, por livrarmos o -ceano2e tanta guerra, eu buscarei maneira,Com ue, com min=a =onra, escuse o
dano;T al resposta me torna a mensageira;Fu, ue cair n$o pude neste engano,%Kue grande dos amantes a cegueira)Fnc=eram&me com grandes abondan#as- peito de dese.os e esperan#as;
Canto *, EE "3 a ;0
8 &damastor
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E
??
& 8( nscio, .( da guerra desistindo,Uma noite de 2óris prometida,Me aparece de longe o gesto lindo2a branca tis 5nica despida6Como doido corri de longe, abrindo-s bra#os, para auela ue era vida2este corpo, e come#o os ol=os belos" l=e bei.ar, as 4aces e os cabelos;
?
& 8+_ Kue n$o sei de no.o como o conte_Kue, crendo ter nos bra#os uem amava,"bra#ado me ac=ei com um duro monte2e (spero mato e de espessura brava;Fstando com um penedo 4ronte a 4ronte,Kue eu pelo rosto anglico apertavaD$o
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?9
& Converte&se&me a carne em terra dura,Fm penedos os ossos se
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EI
Canto *, EE "3 a ;0
Cinco dias depois da paragem na 7a'a de @anta Helena, c=ega Vasco da !ama ao Cabo das ormentas e
surpreendido por uma nuvem negra “t6o temerosa e carre+ada ” ue ps nos cora#3es dos portuguesesum grande OmedoQ e leva Vasco da !ama a evocar o próprio 2eus todo poderoso;oi o aparecimento do !igante "damastor, uma
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E*
Canto *, EE "3 a ;0
EE "# e 10
aparecimento
do !igante e a
sua descri#$o
EE 1! a12
discurso
amea#ado
r e
pro4tico
do !igante
EE 1# a 7#
discurso
autobiogr(
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E1
Canto *, EE "3 a ;0EE 1! a 12
● discurso ameaçador e prof6tico do Gigante
a recon=ece a valentia dos Portugueses mani4estada em muitas guerras %F; +*, vv;* a +)- declara ue nunca os segredos do mar 4oram descobertos %F;+*, vv; ?&E/ F; +1,vv; *a +)c anuncia os castigos ue vai lan#ar contra os Portugueses %F; +1, vv; ? a E)d os castigos sucedem&se em progress$o ascendente de grandeAa %FF; +> a +E)
EE 1# a 7#● discurso auto-iográco do Gigante
a uma v'tima do amor n$o correspondido- apaiBona&se pela bela tis ue o re.eita pela “+rande2a feia do seu +esto” ; 2ecide ent$o,“tom.3la
por armas” e revela o seu segredo a 2óris, m$e de tis, ue serve de intermedi(ria; "resposta de tis amb'gua,
mas ele acredita na sua boa 4
c acaba por ser enganado; Kuando na noite prometida .ulgava apertar o seu lindo corpo ebei.ar os seus “olhos belos*
as faces e os cabelos” , ac=a&se abra#ado “cum duro monte de .spero mato e de espessurabra0a* /unto de um penedo*
outro penedo” ; oi rodeado pela sua amada tis, o mar, sem l=e poder tocar
;
demo%er os portugueses da %iagemempreendida
8 &damastorC t * EE "3 ;0
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Canto *, EE "3 a ;0?
& X Din4a, a mais 4ormosa do -ceano,
8( ue min=a presen#a n$o te agrada,Kue te custava ter&me neste engano,8u fosse monte, nu%em, son+o,ou nada[2aui me parto irado, e uase insano2a m(goa e da desonra ali passada," buscar outro inundo, onde n$o visseKuem de meu pranto e de meu mal serisse,
no
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E+
Canto *, EE "3 a ;0
• rea$ mara%i$+oso %di
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E?
Canto *, EE "3 a ;0
a) Geogracamente @ simboliAa o Cabo das ormentas,posteriormente c=amado
da 7oa Fsperan#a
-) Aito$ogicamente @ gigante apaiBonado pela deusa tis,trans4ormado empromontório pelos deuses, ue n$o toleram ousadias s'mbolo
da 4rustra#$oamorosa
c)
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E
Canto *, EE "3 a ;0Estrofe/%erso
Miguras de retrica(guras de esti$o)
EBemp$o
F;>9, v; 1 &d5eti%açãoeBpressi%a
O@e nos mostra no mar, robusta e v(lidaQ
F;+I, v; Comparação OKue pareceu sair do mar pro4undoQ
F;+*, v; * &pstrofeOF disse6 & \X gente ousada mais ue
uantas]
F;+?, v; * Perífrase
OF do primeiro :lustre %*),ue a venturaQ
%*) 2; rancisco de "lmeida, vice&rei da Índia
F;+E, vv; e E
Eufemismo
OZas almas soltar$oQ/ O2a 4ermosa emisrrima pris$oQ
• -s versos transcritos suaviAam a ideia demorte;
F; ?, v; * &pstrofe e+ip6r-o$e
OH Ninfa, a mais fermosa do 8ceanoQ
F;?, v; +
Gradação %1)
%1) -rdena#$o dasideias em escala
crescente oudecrescente;
O-u 4osse monte, nuvem, son=o ou nada[Q
'empestadeC t *I EE 30 #!
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Canto *I, EE 30 a #!
E
*9
Narrador: o poeta – narrador
=eterodiegtico
Narratário: os leitores
P$anos narrati%os: viagem eHistória de
Portugal
'ipo de episdio: naturalista%4enómenos
da natureAa)
FBaltar a coragem dos portuguesesao ultrapassar o obst(culo da
tempestade e ao descobrir ocamin=o mar'timo ara a Índia
EstruturaeBterna:Canto V :
FF; I a 9*
Estrutura
interna:+J parte
Narração
'empestadeCanto *I EE 30 a #!
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Canto *I, EE 30 a #!
EE
30Mas neste passo, assi prontos estando,Fis o mestre, ue ol=ando os ares anda,- apito toca6 acordam, despertando,-s marin=eiros da e doutra banda,F, porue o vento %in+a refrescando,-s trauetes das g(veas tomar manda;– \"lerta %disse) estai, ue o vento crece2auela nuvem negra ue aparece_]
3!D$o eram os trauetes bem tomados,Kuando d( a grande e s5bita procela;– \"maina %disse o mestre a grandes brados),"maina %disse), amaina a grande vela_]D$o esperam os ventos indinadosKue amainassem, mas, .untos dando nela,Fm peda#os a 4aAem cum ru'doKue o Mundo pareceu ser destru'do_
3- cu 4ere com gritos nisto a gente,Cum s5bito temor e desacordo
Kue, no romper da vela, a nau pendente oma gr$o suma dW (gua pelo bordo;– \"li.a %disse o mestre ri.amente,"li.a tudo ao mar, n$o 4alte acordo_V$o outros dar G bomba, n$o cessandof bomba, ue nos imos a$agando_]
3"Correm logo os soldados animosos" dar G bomba e, tanto ue c=egaram,-s balan#os ue os mares temerosos2eram G nau, num bordo os derribaram;
rs marin=eiros, duros e 4or#osos," menear o leme n$o bastaram
al=as l=e pun=am, da e doutra parte,@em aproveitar dos =omens 4or#a e arte;
P=IAEI=& P&='E
(EE 30 a 3"):
primeira 4ase datempestade,observada atravsdos seus e4eitos nointerior da nau de @;!abriel, da' o poetarecorrer ainda aalgumas formas%er-aisperifrásticas, comos auBiliares \ir] e\vir] O%in+arefrescandoQ %F;
I, v; ?), Onos imosa$agandoQ %F; 1,v; E) para sugeriro progressi%oagra%amento da
situação
'empestadeCanto *I, EE 30 a #!
http://www.alvarenga.net/canto6.htmhttp://www.alvarenga.net/canto6.htmhttp://www.alvarenga.net/canto6.htmhttp://www.alvarenga.net/canto6.htmhttp://www.alvarenga.net/canto6.htmhttp://www.alvarenga.net/canto6.htmhttp://www.alvarenga.net/canto6.htmhttp://www.alvarenga.net/canto6.htm
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Canto *I, EE 30 a #!
E9
31-s ventos eram tais ue n$o puderamMostrar mais 4or#a dW 'mpeto cruel,@e pera derribar ent$o vieram
" 4ort'ssima orre de 7abel;Dos alt'ssimos mares, ue creceram," peuena grandura dum batelMostra a possante nau, ue move espanto,Vendo ue se sustm nas ondas tanto;
37" nau grande, em ue vai Paulo da !ama,Kuebrado leva o masto pelo meio,
Ku(si toda alagada a gente c=ama"uele ue a salvar o mundo veio;D$o menos gritos v$os ao ar derrama oda a nau de Coel=o, com receio,Conuanto teve o mestre tanto tentoKue primeiro amainou ue desse o vento;
3;"gora sobre as nuvens os su-iam"s ondas de Deptuno 4uribundo"gora a ver parece ue desciam"s 'ntimas entran=as do Pro4undo;Doto, "ustro, 7óreas, Nuilo, ueriam"rruinar a m(uina do Mundo& noite negra e feia se a$umiaCos raios em ue o P$o todoardia_
33
"s "lciónias aves triste canto 8unto da costa brava levantaram,Lembrando&se de seu passado pranto,Kue as 4uriosas (guas l=e causaram;-s del
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9I
20Vendo Vasco da !ama ue t$o perto
2o
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Canto *I, EE 30 a #!
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21"ssi diAendo, os %entos, ue $utam
Como touros indmitos,bramando,Mais e mais a tormenta acrecentavam,Pela mi5da enB(rcia assoviando;
=e$mpados medon+os n$ocessavam,
Meros tro%Ses, ue %.mrepresentandoCair o C6u dos eiBos so-re a'erra,Consigo os E$ementos teremguerra;
F>&='& P&='E
(E 21)
o poeta sublin=a o 4acto de a s5plica deVasco da !ama n$o ter diminu'do a 4or#ada tempestade e, portanto, os recursosestil'sticos usados s$o semel=antes aos
da segunda parte6
comparação
ad5eti%ação eBpressi%a
+ip6r-o$e
'empestadeCanto *I EE 30 a #!
http://www.alvarenga.net/canto6.htmhttp://www.alvarenga.net/canto6.htm
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2;– \Fstas obras de 7aco s$o, por certo
%2isse), mas n$o ser( ue avante leve $o danada ten#$o, ue descobertoMe ser( sempre o mal a ue se atreve;]:sto diAendo, dece ao mar aberto,Do camin=o gastando espa#o breve,Fnuanto manda as Din4as amorosas!rinaldas nas cabe#as pr de rosas;
23
!rinaldas manda pr de v(rias cores@obre cabelos louros a por
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9>
EA
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9+
# 8( a man=$ clara dava nos outeirosPor onde o !anges murmurando soa,Kuando da celsa g(vea os marin=eiros
FnBergaram terra alta, pela proa; 8( 4ora de tormenta e dos primeirosMares, o temor v$o do peito voa;2isse alegre o piloto Melindano6– \erra de Calecu, se n$o me engano;
#"\Fsta , por certo, a terra ue buscais2a verdadeira Índia, ue apareceF se do mundo mais n$o dese.ais,Vosso trabal=o longo aui 4enece;]@o4rer aui n$o pde o !ama mais,2e ledo em ver ue a terra se con=ece-s giol=os no c=$o, as m$os ao Cu," merc grande a 2eus agardeceu;
#1"s gra#as a 2eus dava, e raA$otin=a,
Kue n$o somente a terra l=emostravaKue, com tanto temor, buscandovin=a,Por uem tanto trabal=oeBprimentava,Mas via&se livrado, t$o asin=a,2a morte, ue no mar l=eaparel=ava- vento duro, 4rvido e medon=o,Como uem despertou de =orrendoson=o;
Narrador: o poeta – narrador=eterodiegtico
Narratário: os leitores
P$anos narrati%os: viagem eHistória de
Portugal
C+egada 9 ndiaCanto *I EE # a #1
http://www.alvarenga.net/canto6.htmhttp://www.alvarenga.net/canto6.htmhttp://www.alvarenga.net/canto6.htmhttp://www.alvarenga.net/canto6.htmhttp://www.alvarenga.net/canto6.htmhttp://www.alvarenga.net/canto6.htm
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Canto *I, EE # a #1
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# 8( a man=$ clara dava nos outeirosPor onde o !anges murmurando soa,Kuando da celsa g(vea os marin=eiros
FnBergaram terra alta, pela proa; 8( 4ora de tormenta e dos primeirosMares, o temor v$o do peito voa;2isse alegre o piloto Melindano6– \erra de Calecu, se n$o me engano;
#"\Fsta , por certo, a terra ue buscais2a verdadeira Índia, ue apareceF se do mundo mais n$o dese.ais,Vosso trabal=o longo aui 4enece;]@o4rer aui n$o pde o !ama mais,2e ledo em ver ue a terra se con=ece8s gio$+os no c+ão, as mãos ao C6u,& merc. grande a Deus agardeceu
#1"s gra#as a 2eus dava, e raA$otin=a,
Kue n$o somente a terra l=emostravaKue, com tanto temor, buscandovin=a,Por uem tanto trabal=oeBprimentava,Mas via&se livrado, t$o asin=a,2a morte, ue no mar l=eaparel=ava- vento duro, 4rvido e medon=o,Como uem despertou de =orrendoson=o;
C+egada 9 ndiaora dos perigos e das di
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Canto *I, EE # a #1
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# 8( a man=$ clara dava nos outeirosPor onde o !anges murmurando soa,Kuando da celsa g(vea os marin=eiros
FnBergaram terra alta, pela proa; 8( 4ora de tormenta e dos primeirosMares, o temor v$o do peito voa;2isse alegre o piloto Melindano6– \erra de Calecu, se n$o me engano;
#"\Fsta , por certo, a terra ue buscais2a verdadeira Índia, ue apareceF se do mundo mais n$o dese.ais,Vosso trabal=o longo aui 4enece;]@o4rer aui n$o pde o !ama mais,2e ledo em ver ue a terra se con=ece-s giol=os no c=$o, as m$os ao Cu," merc grande a 2eus agardeceu;
#1"s gra#as a 2eus dava, e raA$otin=a,Kue n$o somente a terra l=e
mostravaKue, com tanto temor, buscandovin=a,Por uem tanto trabal=oeBprimentava,Mas via&se livrado, t$o asin=a,2a morte, ue no mar l=e
aparel=ava- vento duro, 4rvido e medon=o,Como uem despertou de =orrendoson=o;
C+egada 9 ndia
Fste peueno teBto desenvolve&se em tr.s momentos6
a) os uatro primeiros versos da estro4e 91, em ue os marin=eiros,numa man=$ luminosa %OclaraQ), l( do mais alto %OcelsoQ) cestode g(vea, avistam a Índia
b) os oito versos seguintes %segunda parte da estro4e 91 eprimeira parte da estro4e 9>), em ue se enunciam asconseuncias imediatas do 4acto re4erido na primeira parte6 odesaparecimento do medo %Oo temor v$o do peito voaQ) e o
discurso de con
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Canto *I, EE # a #1# 8( a man+ã c$ara dava nos outeirosPor onde o Ganges murmurando soa,Kuando da ce$sa gá%ea os marin=eiros
FnBergaram terra a$ta, pela proa; 8( 4ora de tormenta e dos primeirosMares, o temor %$o do peito voa; (!)2isse alegre o piloto Melindano6– \erra de Calecu, se n$o me engano;
#"\Fsta , por certo, a terra ue -uscais2a verdadeira Índia, ue apareceF se do mundo mais n$o dese5ais,Vosso trabal=o longo aui 4enece;]@o4rer aui n$o pde o !ama mais,2e ledo em ver ue a terra se con=ece-s giol=os no c+ão, as mãos ao C6u C6u," merc grande a 2eus agardeceu;
#1"s gra#as a 2eus dava, e raA$otin=a,Kue n$o somente a terra l=e
mostravaKue, com tanto temor, buscandovin=a,Por uem tanto trabal=oeBprimentava,
Mas via&se livrado, t$o asin+a,2a morte, ue no mar l=e
aparel=ava- vento duro, 4rvido e medon=o,Como uem despertou de =orrendoson=o;
•
perífrase %Índia)•personicação do Ganges OmurmurandoQ•ad5eti%ação %Oman=$ claraQ, Ocelsa g(veaQ, OterraaltaQ)• a$iteração em v• metáfora %OvoaQ %*)• sin6doue %Odo peitoQ)•ad5eti%ação eBpressi%a %Ov$oQ)•a$ternncia rimática em OaisQ e OeQ como osad.etivos OalegreQ, OverdadeiraQ e OlongoQ sugerempositividade•antítese Oc=$o/CuQ
asin+a
arca'smo%palavra uecaiu emdesusosigni