7/24/2019 Os Maias Exertos

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“Em silêncio, até casa da Gouvarinho, Carlos foi ruminando a sua cóleracontra o Dâmaso. Aí estava pois rasada por a!uele im"ecil a penum"rasuave e favor#vel em !ue se a"riara o seu amor$ Aora %# se pronunciavao nome de &aria Eduarda no Grémio' o !ue o Dâmaso dissera ao Ea,repeti(lo(ia a outros, na Casa )avanesa, no *estaurante +ilva, talve nos

lupanares' e assim o interessante supremo da sua vida seria daí por dianteconstantemente pertur"ado, estraado, su%o pela taarelice reles doDâmaso$- ( /01

“E era esta a vantaem de 2is"oa, disse loo o conde, o conhecerem(setodos de reputa34o, o poder(se ter assim uma aprecia34o mais %usta doscaracteres. Em aris, por e5emplo, era impossível6 por isso havia tantaimoralidade, tanta rela5a34o...- ( /00

“7a sala de %antar, um pouco som"ria, forrada de papel cor de vinho,escurecida ainda por dois antios painéis de paisaem tristonha, a mesaoval, cercada de cadeiras de carvalho lavrado, ressaltava alva e fresca, comum esplêndido cesto de rosas entre duas serpentinas douradas. Carlos 8cou9 direita da condessa, tendo ao lado D. &aria da Cunha, !ue nesse diaparecia um pouco mais velha, e sorria com um ar cansado.- ( /0:

“eloiou a vista do al#cio de Cristal6 lem"rou o fecundo antaonismo !uee5iste entre 2is"oa e orto6 mais uma ve o comparou ao dualismo da;ustria e da )unria.- ( /:<

“= aís de rande prosperidade, a )olanda$... Em nada inferior ao nosso... ># conheci mesmo um holandês !ue era e5cessivamente instruído...A condessa "ai5ara os olhos, partindo vaamente um "ocadinho de p4o,mais séria de repente, mais seca, como se a vo de Carlos, eruendo(se t4otran!uila ao seu lado, tivesse avivado os seus despeitos.- ( /:<

“= Est# claro = diia o conde = !ue n4o temos nem os milh?es, nem amarinha dos @nleses.- ( /:

“Com a mania francesa e "uruesa de reduir todas as rei?es e todas asra3as ao mesmo tipo de civilia34o, o mundo ia tornar(se de uma monotoniaa"omin#vel.- ( /:B

“Durante um momento o +r. +ousa 7eto 8cou como desoraniado. Depoispassou o uardanapo so"re os "ei3os, preparou(se, encarou o Ea.= Ent4o ossa E5celência, nessa idade, com a sua inteliência, n4o acreditano proresso= Eu n4o, senhor.- ( /:B

“= menino conhece(o = peruntou D. &aria ao ouvido de Carlos, portr#s do le!ue. = F um horror de estupide... 7em francês sa"e$ De reston4o é pior !ue os outros... ue a !uantidade de monos, de sensa"or?es ede tolos !ue nos representam l# fora, até nos fa chorar... ois o menino n4oacha @sto é um país desra3ado.

= ior, minha cara senhora, muito pior. @sto é um país cursi.- ( /:H

7/24/2019 Os Maias Exertos

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“ conde a8rmou loo com e5u"erância !ue n4o ostava tam"ém deliteratas6 sim, decerto o luar da mulher era %unto do "er3o, n4o na"i"lioteca...- ( /:1

“ +r. 7eto encordoou. E muito direito, muito dino, falando do alto da suaconsider#vel posi34o "urocr#tica- ( /:0

“= E ossa E5celência de !ue ostou mais, de aris ou de 2ondresCarlos realmente n4o sa"ia, nem se podia comparar... Duas cidades t4odiferentes, duas civilia3?es t4o oriinais...= Em 2ondres = o"servou o conselheiro = tudo carv4o...+im, diia Carlos sorrindo, "astante carv4o, so"retudo nos fo?es, !uandohavia frio...- ( /::

“= E dia(me outra coisa = prosseuiu o +r. +ousa 7eto, com interesse,cheio de curiosidade inteliente. = Encontra(se por l#, em @nlaterra, destaliteratura amena, como entre nós, folhetinistas, poetas de pulso...- /::

“De resto isso é história antia, é como os amores de )elena e de #ris.- (I<<

“= J Ea, !uem é a!uele homem, a!uele +ousa 7eto, !ue !uis sa"er se em@nlaterra havia tam"ém literaturaEa olhou(o com espanto'= ois n4o adivinhaste 74o deduiste loo 74o viste imediatamente!uem neste país é capa de faer essa perunta= 74o sei... )# tanta ente capa...E o Ea radiante'= 8cial superior de uma rande reparti34o do Estado$

= De !ual= ra de !ual$ De !ual h# de ser... Da @nstru34o K"lica$- ( I<B