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Contextualização literária

Contextualização literária de "Os Maias"

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Descrição da obra e personagens e como estão inseridas na obra.

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Page 1: Contextualização literária de "Os Maias"

Contextualização literária

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A geração de setenta foi um movimento

académico de Coimbra que veio revolucionar

varias vertentes da cultura portuguesa desde a

política á literatura onde se manifestou a

introdução ao realismo.

Puderam, pois, aperceber-se da diferença que

havia entre o estado das ciências, das artes, da

filosofia e das próprias formas de organização

social no país e em nações como a Inglaterra, a

França ou a Alemanha. Em consequência, esta

juventude progressista não se revia nos

formalismos estéticos que alastravam naquilo

que consideravam ser a imobilidade social,

institucional, económica e cultural a que

assistiam.

O seu inconformismo manifestou-se em

diversas ocasiões, com várias repercussões

públicas.

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Este é o nome pelo qual ficou conhecido um grupo

informal formado por algumas das personalidades

intelectuais de maior anti-relevo da vida cultural

portuguesa das últimas três décadas do século XIX,

com fortes ligações à Geração de 70. A

denominação decorre claramente da renúncia dos

membros do grupo às suas aspirações de juventude.

Reuniram-se com certa regularidade entre 1888 e

1894.

Encontravam-se para convívio intelectual e

diversão no Tavares, no Hotel Bragança ou na

residência de um dos participantes. Vários destes

intelectuais estiveram associados a iniciativas de

renovação da vida social e cultural portuguesa de

então, como as Conferências do Casino.

Os Vencidos da Vida (fotografia de P. Marinho,

in Brasil-Portugal, a. II, 1900):António Maria Vasco de

Melo César e Meneses, Luís Augusto Pinto de

Soveral, Carlos Mayer, Francisco Manuel de Melo

Breyner, Guerra Junqueiro, Ramalho Ortigão, Carlos

Lobo d'Ávila, Bernardo Pinheiro Correia de Melo, Eça

de Queirós e J. P. de Oliveira Martins

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ROMANTISMO:Surge com a revolução liberal

Inicia-se com o pré-romantismo

Termina com a Questão Coimbrã

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Características:

-Individualismo-Subjetivismo-Idealização-Sentimentalismo exacerbado-Egocentrismo-Natureza interagindo com o eu lírico-Grotesco e sublime-Medievalismo

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Foi um movimento artístico e literário surgido nas últimas décadas do século XIX na Europa, mais especificamente na França, em reação

ao Romantismo

O Realismo é mais estético, preocupa-se com o caracter do romance naturalista.

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-Veracidade;-Contemporaneidade;-Retrato fiel das personagens-Gosto pelos detalhes: lentidão na narrativa;-Amor: a mulher objeto de prazer/adultério;-Denúncia das injustiças sociais;-Determinismo e relação entre causa e efeito;-Linguagem próxima à realidade: simples, natural, clara e equilibrada.

Características:

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Fundadores:-Eça de Queirós através -Questão de Coimbrã-Antero de Quental -Conferências no

casino

Como resposta ao exagero do ROMANTISMO

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Questão do Bom Senso e Bom

Gosto

Escrita por:Antero de Quental

Polémica Literária

do séc. XIX

Ataca a corrupção poética da “pequenez

intelectual do país”

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“INVOCAÇÃO Á MOCIDADE

Sonhos da mocidade! ardentes

devaneios,

que me affagais gentís quando

esmorece o sol!

frescas visões de amor! suavissimos

gorgeios,

que desprende em meu peito ignoto

rouxinol!

vagas aspirações! poemas indiziveis,

que na fragrante balsa e no rosal colhi!

vago e meigo scismar d’amores

impossiveis

com virgens ideaes, phantasmas que

entrevi!”

Pinheiro ChagasEscrito por:

PosfácioEscrito por: António Feliciano

de Castilho

•Ridicularizava

o aparato

filosófico e os

novos modelos

literários.

•Fez elogios rasgados

, chegando ao ponto

de propor o jovem

poeta para reger a

cadeira de Literatura

no Curso Superior de

Letras.

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•João de EgaBoémio, excêntrico, exagerado, e caricaturial.

Anarquista sem Deus e sem moral.

É inseparável de Carlos, o qual conhece em

Coimbrã, quando tira o curso de direito.

Não e capaz de fazer uma canalhice.

Sofre de diletantismo (é incapaz de um empenho

profissional serio).

Defende a escola realista, opõem-se ao

romantismo.

Apresenta um discurso demolidor a qual serve para

Eça atingir as instituições e os valores que pretendia

denunciar.

“Ega, trovejou: justamente o fraco realismo estava

em ser ainda pouco cientifico, inventar enredos, criar

dramas, abandonar-se à fantasia literária1 A forma

pura da arte naturalista devia ser a monografia, o

estudo seco de um tipo, de um vicio, de uma paixão,

tal qual como se se tratasse de um caso patológico,

sem pitoresco e sem estilo…”.

Cap. VI, pagina 168

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•Tomás de Alencar

Alencar era alto, tinha nariz aquilino, longos e

espessos bigodes.

Toda a sua pessoa era calva, e havia alguma coisa

de antiquado.

Apresenta uma linguagem sempre rebuscada,

efusiva com os gestos, sendo estes um elemento não

só da sua personalidade mas também de uma atitude

literária a qual Alencar defendia, o romantismo.

E poeta, e opositor ao realismo.

Baseia-se na moralidade, por não te mais

argumentos, contra o realismo.

É o prótido de poeta romântico, á portuguesa.

Serve a Eça para figurar as discussões entre as

escolas realistas e românticas.

Tem um grande e generoso coração.

“Então Alencar refugiou-se na “moralidade” como uma

rocha sólida. O naturalismo, com as suas aluviões de

obscenidade, ameaçava corromper o puder social?

Pois bem. Ele, Alencar, seria o paladino da moral, o

gendarme dos bons costumes.”

Cap. VI, pág.. 167

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