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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CENTRO DE GEOCIÊNCIAS DEPARTAMENTO DE GEOQUÍMICA Grupo de Mineralogia e Geoquímica Aplicada Projeto GEOSEDINTAMA – Geoquímica dos Sedimentos e Solos Atuais Como Parâmetros de Avaliação da Ação do Intemperismo Tropical Na Amazônia: Importância Geológico-Arqueológica e Sócio-Econômica. Processo: 471109 / 2003-7 Os sedimentos em suspensão dos rios Purus e Juruá no Estado do Acre. Relatório das atividades desenvolvidas no período de Agosto de 2004 – Julho de 2005. Bolsista/IC: AlianeTrindade Carvalho. Processo: 101611/2004-8. Orientador: Prof. Dr. Marcondes Lima da Costa. Co-Orientador: Geol.MSc. Henrique Diniz Farias de Almeida. Agosto/2005

Os sedimentos em suspensão dos rios Purus e Juruá no ... · Projeto GEOSEDINTAMA – Geoquímica dos Sedimentos e Solos Atuais Como Parâmetros de Avaliação da Ação do Intemperismo

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CENTRO DE GEOCIÊNCIAS

DEPARTAMENTO DE GEOQUÍMICA Grupo de Mineralogia e Geoquímica Aplicada

Projeto GEOSEDINTAMA – Geoquímica dos Sedimentos e Solos Atuais Como Parâmetros de Avaliação da Ação do Intemperismo Tropical Na Amazônia: Importância Geológico-Arqueológica e Sócio-Econômica. Processo: 471109 / 2003-7 Os sedimentos em suspensão dos rios Purus e Juruá no Estado

do Acre.

Relatório das atividades desenvolvidas no período de Agosto de 2004 – Julho de 2005.

Bolsista/IC: AlianeTrindade Carvalho. Processo: 101611/2004-8.

Orientador: Prof. Dr. Marcondes Lima da Costa. Co-Orientador: Geol.MSc. Henrique Diniz Farias de Almeida.

Agosto/2005

1

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 2

1.1. Apresentação ..................................................................................................... 2 1.2. Objetivo da Pesquisa ........................................................................................ 2

2. MATERIAIS E MÉTODOS ................................................................................... 3 2.1. Separação do material em suspensão .............................................................. 4 2.2. Análise Granulométrica ................................................................................... 4 2.3. Análise Mineralógica ........................................................................................ 4

2.3.1. Difração de raios-X ................................................................................ 5 2.3.2. Microscopia Eletrônica de Varredura .................................................. 6

2.4. Análise Química ................................................................................................ 6 3. RESULTADOS OBTIDOS ..................................................................................... 6

3. 1. Concentração do material em suspensão ...................................................... 6 3. 2. Granulometria ................................................................................................. 10 3. 3. Mineralogia ...................................................................................................... 13

3.3.1. Difração de raios-X ............................................................................... 13 3.3.1.1. Amostra total ............................................................................. 13 3.3.1.2. Granulometria argila ................................................................ 21

3.3.2. Microscopia Eletrônica de Varredura ................................................. 27 3.4. Composição Química ....................................................................................... 28

4. DISCUSSÕES E CONCLUSÕES .......................................................................... 28 5. BIBLIOGRAFIA ..................................................................................................... 30

2

1. INTRODUÇÃO

1.1. Apresentação

O presente relatório refere-se as atividades desenvolvidas na pesquisa de

iniciação científica vinculada ao projeto de Pesquisa GEOSEDINTAMA - Geoquímica

de Sedimentos e Solos Atuais Como Parâmetros de Avaliação da Ação do Intemperismo

Tropical Na Amazônia: Importância Geológico-Arqueológica e Sócio-Econômica

(Processo: 471109 / 2003-7), sob coordenação do Prof. Dr. Marcondes Lima da Costa,

co-orientação do Mestre Henrique Diniz Farias de Almeida e apoio financeiro do CNPq.

Os dados apresentados neste relatório correspondem às atividades

desenvolvidas no período de Agosto de 2004 – Julho de 2005.

A área de trabalho situa-se no Estado do Acre, envolvendo as bacias

hidrográficas Purus e Juruá. Estas têm suas nascentes nos terrenos sub-andinos, no Peru,

em região limite com o Brasil, atravessando todo o Estado do Acre e sudoeste do Estado

Amazonas, desembocando no Rio Solimões.

São rios constituídos de águas brancas, mais conhecidas por águas barrentas,

devido à expressiva carga de sedimentos em suspensão, formada principalmente por

material de granulometria silte e argila, mineralogicamente constituída de quartzo,

feldspato e argilominerais (esmectita, caulinita, illita) e moscovita (COSTA, M.L., et.

al, 2003).

A quantidade de material inorgânico presente nestes rios no geral atinge 1%.

Esse material que é transportado pelos rios depositam-se nas planícies de inundação e

barras em pontal que na região são conhecidas como praias e assim contribuindo para

formação de sedimentos com alta fertilidade, proporcionando uma área de cultivo

durante a estiagem (COSTA, M.L., et. al, 2003).

O estudo do material em suspensão é de grande importância tanto para

identificação de sua fonte geológica quanto para avaliação de sua real contribuição para

formação das várzeas e praias, e desta forma sua fertilidade e finalmente a qualidade da

água.

1.2. Objetivo da Pesquisa

Caracterizações granulométricas, mineralógicas e químicas dos sedimentos em

suspensão dos rios Purus e Juruá e seus tributários dentro do Estado do Acre e procurar

3

avaliar a sua contribuição para fertilidade das várzeas e praias do Acre e seu impacto

sobre a potabilidade das águas fluviais.

2. MATERIAIS E MÉTODOS

A coleta do material utilizado nesta pesquisa foi realizada em dois períodos: o

chuvoso (março/2004) e seco (julho e setembro/2004), totalizando 50 amostras. Sendo

que 30 coletadas em março, 5 em julho e 15 em setembro (Figura 1).

Os suspensatos foram obtidos a partir de 4,5L de água no qual foram

adicionados 10mL de sulfato de alumínio a 10%, com o objetivo de acelerar a

decantação dos sedimentos. O excesso de água foi retirado e as amostras foram

acondicionadas em tubos cilíndricos cônicos de 50mL.

Os materiais e métodos utilizados consistem na separação do material em

suspensão e análises granulométrica, mineralógica (em amostra total e na granulometria

argila) e química.

B elém

Brasil

30 º

S c03

Sc02

12 34

5

1

23

4

119

710

5

B elém

Brasil

30 º

Figura 1- Mapa de amostragem das coletas realizadas nos meses de março, julho e setembro no Estado do Acre.

Legenda:

Março/2004

Julho/2004

Setembro/2004

4

2.1. Separação do material em suspensão

Através da centrifugação foi possível a separação dos sedimentos que ainda

estavam imersos em um pequeno volume de água, sendo submetidos a 1000 rotações

durante 5 minutos.

Os sedimentos obtidos foram secados em vidros de relógio a temperatura

ambiente e logo após pesados em balança analítica de precisão e com os resultados

calculou-se as concentrações.

2.2. Análise Granulométrica

A análise granulométrica foi realizada com laser-granulômetro no laboratório

da Universidade Halle (Alemanha) pelo coordenador do projeto.

2.3. Análise Mineralógica

A composição mineralógica foi identificada principalmente por difração de

raios-x (DRX) e complementarmente por microscopia eletrônica de varredura

(MEV/SED). Na figura 2 é mostrado o esquema analítico a que foram submetidas às

amostras para identificação mineral.

MEV/SED

AMO STRA TO TAL

O RIENTADA G LICO LADA AQ UECIDA

ARG ILO MINERAIS

DRX

PULVERIZAÇÃO (gral de ágata)

SECAG EM

AMO STRA

Figura 2- Representação dos métodos utilizados na análise mineralógica.

5

2.3.1. Difração de raios-X

As análises por difração de raios-x foram realizadas nas 50 amostras coletadas.

Inicialmente as amostras foram pulverizadas com o auxílio do gral de ágata, para análise

mineralógica em amostra total. Colocou-se uma camada fina sobre uma lâmina de vidro

(método do pó) e foram levadas à difração de raios-x.

A análise mineralógica para identificação de argilominerais foi realizada

iniciando-se com as lâminas orientadas. Devido as amostras estarem em pequenas

quantidades, foi feita uma adaptação retirando-se apenas uma fração suficiente para

preparação da lâmina, na qual acrescentou-se água destilada e em seguida agitou-se para

formar uma mistura. Posteriormente com uma pipeta retirou-se a mistura colocando-se

em uma lâmina de vidro.

Após a secagem foi realizada a difração da lâmina orientada, em seguida a

mesma foi glicolada e levada novamente à difração, e finalmente foi calcinada durante

duas horas à temperatura de 550ºC na Mufla do Laboratório de Química do Centro de

Geociências na UFPA e mais uma vez submetida à difração.

O aparelho utilizado chama-se difratômetro da marca PHILIPS, modelo PW

3710 BASED, do Centro de Geociências da UFPa, equipado com monocromador e

gerador de tensão e corrente ajustados para 45kV e 40mA, onde somente uma linha do

espectro discreto de raios-X, a linha Kα, é selecionada. A radiação difratada é registrada

eletronicamente por detectores. O difratograma é obtido através de uma varredura do

detector sobre o intervalo do ângulo 2θ desejado.

A identificação dos minerais foi feita utilizando o software MINERVA, como

banco de dados dos picos dos minerais encontrados (baseados no ICDD-International

Center for Difraction Data) e a dos argilominerais foi feita através de comparações de

espaçamentos basais dos difratogramas das amostras orientada, glicolada e aquecida a

550°C entre si e sua posição 2θ conforme a Tabela 1.

Tabela 1: Distâncias basais em Å e posição 2θ utilizadas para identificação de argilominerais. Adaptada de Carrol (1970) e Moore & Reynolds (1997).

Argilomineral Orientada/2θθ Glicolada/2θθ Aquecida

Esmectita 15 Å /6° 16,9 Å /5,2° 10 Å /8,4°

Illita 10 Å /8,4° 10 Å /8,4° 10 Å /8,4°

Caulinita 7,1 Å /12,5° 7,1 Å /12,5° desaparece

6

2.3.2. Microscopia eletrônica de varredura

Em um suporte de alumínio foi colocado uma porção do suspensato, sendo

levado à estufa sob temperatura de aproximadamente 30°C e logo após metalizados com

ouro através do EMITEC K550. Após este tratamento foi analisado com o microscópio

eletrônico de varredura, LEO VP 1450. Com operação controlada via software obtendo-

se imagens e análises semiquantitativas, com um sistema de espectrometria de dispersão

de raios-x (SED 500 DP). Este equipamento pertence ao laboratório de microscopia

eletrônica de varredura do Museu Paraense Emilio Goeldi.

2.4. Análise Química

A análise química foi realizada em amostras de maiores concentrações de

suspensatos, levando em consideração um número máximo de amostragem que

abrangesse toda a área de trabalho.

Separou aproximadamente 1g de suspensato, totalizando 12 amostras (2, 5, 8,

11, 16, 21, 22, 24, 25, 29, 41 e 43, verificar Figura1), em seguida foi enviada para o

Laboratório de Análise Química ActLabs (Activation Laboratories Ltd) no Canadá. Os

elementos analisados estão mostrados na Tabela 2.

Tabela 2: Método e Laboratório utilizados e elementos analisados. Método Elementos Analisados Laboratório

ICP-MS (Fusão)

SiO2, Al2O3, Fe2O3, MnO,

MgO, CaO, Na2O, K2O,

TiO2, P2O5 e LOI.

ActLabs

ICP-MS (Fusão)

Sc, Be, V, Cr, Co, Ni, Cu,

Zn, Ga, Ge, As, Rb, Sr, Y,

Zr, Nd, Mo, Ag, In, Sn, Sb,

Cs, Ba, Hf, Ta, W, Tl, Pb,

Bi, Th e U.

ActLabs

3. RESULTADOS OBTIDOS

3.1. Concentração do material em suspensão

A partir das massas obtidas pode-se constatar que os suspensatos

correspondentes a março (período chuvoso), apresentam concentração variando de

19,00 mg/L a 1055,18 mg/L e os correspondentes a julho e setembro (período seco),

7

apresentam concentração variando de 17,2 mg/L a 179,62 mg/L. Estes resultados nos

mostram que as concentrações dos suspensatos no período chuvoso estão de quatro a

cinco vezes maiores em relação ao período seco (Tabela 3 e 4).

Tabela 3- Descrição estatística.

Tabela 4- Cálculo em massa (g) e concentração (mg/L) do material em suspensão nos rios

do Acre. Estação Estação

Local Mar/2004

C (mg/L) Jul/2004 Set/2004

C (mg/L) 02 512,29 21 53,58 03 208,15 23 124,11 04 263,33 22 82,71 05 576,42 15 38,31 06 426,13 14 59,20

Rio Acre

08 840,07 13 57,78 11 840,40 17 133,22 Rio Purus 13 213,02 16 179,62 16 1055,18 18 172,67 Rio Iaco 12 975,29 20 139,31

Rio Macauã 14 313,07

Bacia Purus

Rio Caeté 15 216,31 19 151,93 21 806,42 62 677,24 24 570,80 6 169,58

Rio Envira

25 587,02 5 152,89 22 830,47 29 537,38 7 169,56

Rio Tarauacá 30 394,24 9 177,84

Rio Muru 31 549,58 8 167,27 Rio Jurupari 23 188,07

41 420,18 27 51,64 17 141,24 26 52,29 43 386,62 24 121,80

Rio Juruá

45 206,87 Paraná dos

Mouras 44 30,80

42 43,15 25 17,82 26 62,91

Rio Moa 46 62,82

Bacia Juruá

Ig. Barão 18 19,00

N°de Amostra

Média (mg/L)

Mínimo (mg/L)

Máximo (mg/L)

Desvio Padrão (mg/L)

Período chuvoso 30 431,82 19,00 1055,18 300,13 Período seco 20 113,66 17,82 179,62 55,45

8

Além destes resultados é possível observar também que através, de

histogramas, as concentrações dos dois períodos distribuem-se em três populações

(Figura 3).

a) Histograma (Período chuvoso)

y = 30 * 0,2 * normal (x; 2,468556; 0,46439)

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

<= 1,2 (1,2;1,4]

(1,4;1,6] (1,6;1,8]

(1,8;2,] (2;2,2]

(2,2;2,4] (2,4;2,6]

(2,6;2,8] (2,8;3,]

> 3

b) Histograma (Período seco)

y = 20 * 0,1 * normal (x; 1,9842; 0,284535)

0

1

2

3

4

5

6

7

<= 1,2 (1,2;1,3]

(1,3;1,4] (1,4;1,5]

(1,5;1,6] (1,6;1,7]

(1,7;1,8] (1,8;1,9]

(1,9;2,] (2;2,1]

(2,1;2,2] (2,2;2,3]

> 2,3

Figura 3- Histogramas das concentrações (mg/L): a) Período chuvoso e b) Período seco.

9

As concentrações mais elevadas encontram-se na parte central no estado do

Acre, nos rios Envira e Tarauacá, enquanto que as concentrações mais baixas são

encontradas nos rios Moa e Paraná dos Mouras, afluentes pela margem esquerda do rio

Juruá (Figuras 4 e 5). Os intervalos utilizados para mostrar a distribuição dos

suspensatos, foram baseados na média (X) e desvio padrão (DP), obtendo os seguintes

intervalos: <X – DP, (X – DP) a X , X a (X + DP) e >X + DP.

Figura 4- Mapa de distribuição das concentrações de suspensatos em águas fluviais (Período chuvoso) do Estado do Acre.

Média=431,82 mg/L D.Padrão=300,13 mg/L

L e ge n d a :

< 1 3 1 ,6 9 m g /L

1 3 1 ,6 9 - 4 3 1 ,8 2 m g /L

4 3 1 ,8 2 - 7 3 1 ,9 5 m g /L

> 7 3 1 ,9 5 m g /L

B el ém

B rasil

30º

S c03

Sc0 2

12 34

5

1

23

4

1 19

71 0

5

B el ém

B rasil

30º

10

3.2. Granulometria

A granulometria dos materias em suspensão estudados está situada entre a

fração silte a areia fina, com média de 12 micras, segundo análises feitas com laser-

granulométrico. Entretanto a fração silte predomina em relação a areia fina (Figuras 6,

7, 8 e 9).

L e g en d a :

< 58 ,2 1 m g /L

5 8 ,2 1 -11 3 ,6 6 m g/L

11 3 ,6 6 -1 6 9 ,11 m g/L

> 1 6 9 ,11 m g /L

Figura 5- Mapa de distribuição das concentrações de suspensatos em águas fluviais (Período seco) do Estado do Acre.

Média=113,66 mg/L D.Padrão=55,45 mg/L

B el ém

B rasil

0 º

30º

S c03

Sc0 2

12 34

5

1

23

4

1 19

71 0

5

B el ém

B rasil

0 º

30º

11

0

5

10

15

0,7 0,9 1 1,4 1,7 2 2,6 3,2 4 5 6 8 10 12 15 18 23 30 36 45 56 70 90Granulometria (µµm)

%

0

20

40

60

80

100

0,71

1,7 2,64 6 10 15 23 36 56 90

Granulometria (µµm)

%

Figura 6- Distribuição granulométrica dos suspensatos do rio Acre a jusante da cidade de Xapuri, mostrado pelo histograma e curva de freqüência acumulada da amostra GC05S, ressaltando a predominância de silte.

Figura 7- Distribuição granulométrica dos suspensatos do rio Purus, mostrado pelo histograma e curva de freqüência acumulada da amostra GC11S, ressaltando a predominância de silte.

0

5

10

15

0,7 0,9 1 1,4 1,7 2 2,6 3,2 4 5 6 8 10 12 15 18 23 30 36 45 56 70 90Granulometria (µµm)

%

0

20

40

60

80

100

0,71

1,7 2,64 6 10 15 23 36 56 90

Granulometria (µµm)

%

12

Figura 8- Distribuição granulométrica dos suspensatos do rio Envira a jusante da cidade de Feijó, mostrado pelo histograma e curva de freqüência acumulada da amostra GC24S, ressaltando a predominância de silte.

02468

10

0,7 0,9 1 1,4 1,7 2 2,6 3,2 4 5 6 8 10 12 15 18 23 30 36 45 56 70 90Granulometria (µµm)

%

0

20

40

60

80

100

0,71

1,7 2,64 6 10 15 23 36 56 90

Granulometria ((µµm)

%

02468

10

0,7 0,9 1 1,4 1,7 2 2,6 3,2 4 5 6 8 10 12 15 18 23 30 36 45 56 70 90

Granulometria (µµm)

%

0

20

40

60

80

100

0,71

1,7 2,64 6 10 15 23 36 56 90

Granulometria (µµm)

%

Figura 9- Distribuição granulométrica dos suspensatos do rio Juruá a montante da cidade de Cruzeiro do Sul, mostrado pelo histograma e curva de freqüência acumulada da amostra GC43S, ressaltando a predominância de silte.

13

3.3. Mineralogia

3.3.1. Difração de raios-X

3.3.1.1. Amostra total

Os minerais encontrados com maior freqüência, através do software

MINERVA, foram o quartzo, mica, albita e caulinita e com menor freqüência K-

feldspato e possivelmente outros argilominerais (esmectita). Estes resultados podem ser

observados na Tabela 3 e nas figuras 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16 e 17, representadas de

acordo com a localização regional das estações.

14

5 1 0 1 5 2 0 2 5 3 0 3 5 4 0 4 5 5 0 5 5 6 0 6 5

A G A bA bK f

G C 0 8 S

K

22 θθ

G C 0 6 S

A bA b

K

G C 0 5 S

A b

AGQz

GC02S

M M

AbAb M

MMM

M

QzQz

QzQz

Qz

QzQz Qz

Qz

Qz

AGAb

GC03S

K

K fK

G C 04S

Legenda: Qz- quartzo Kf- K-feldspato M- mica K- caulinita Ab- albita AG- argilomineral

Figura 10- DRX em amostra total na Região do rio Acre no período chuvoso.

Região do Rio Acre

15

Região do Rio Acre

MK

MM

QzQzQzQzQzQz

Qz

Qz

G21S2

AG MM G23S2

AbAb AbK MMMM M QzG22S2

MM G15S2

G14S2

5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 6522 θθ

QzM G13S2

Legenda: Qz- quartzo K- caulinita M- mica AG- argilomineral Ab- albita

Figura 11- DRX em amostra total na região do rio Acre no período seco.

16

Região da Cidade de Sena Madureira

5 1 0 1 5 2 0 2 5 3 0 3 5 4 0 4 5 5 0 5 5 6 0 6 5

A b

G C 1 6 S

22 θθ

GC15S

G C 14 S

M

G C 13 S

M

A b

A G

G C 1 2 SK f

A b

A GK

G C 1 1 S

MA b

MA b

MM

M Q z

Q zQ z

Q z

Q zQ zQ z

Q zQ z

Q z

Q z

A b

Legenda: Qz- quartzo Kf- K-feldspato M- mica K- caulinita Ab- albita AG- argilomineral

Figura 12- DRX em amostra total na região da cidade de Sena Madureira no período chuvoso.

17

Região da Cidade de Sena Madureira

AG

MMMQzQzQzQzQzQz

Qz

Qz

AbAbAbK G17S2

QzAG K AbAb Ab G20S2

Kf G16S2

MKG19S2

5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 6522 θθ

G18S2

Legenda: Qz- quartzo Kf- K-feldspato M- mica K- caulinita Ab- albita AG- argilomineral

Figura 13- DRX em amostra total na região da cidade de Sena Madureira no período seco.

18

Região das Cidades de Tarauacá e Feijó

A G

G C 2 1 S

Q z

Q zQ z

Q z

Q zQ zQ z

Q zQ z

Q zQ z

MA bA b

MM

M MM

Mk A b

GC22S

KfAbAbAb

Ab

5 1 0 1 5 2 0 2 5 3 0 3 5 4 0 4 5 5 0 5 5 6 0 6 5

G C 6 2 S

22 θθ

G C 3 1 SM

MG C 30S

G C 2 9 S

A bM A bM

G C 2 5 S

Ab

G C 24SKf

A b A b

G C 2 3 S

Figura 14- DRX em amostra total na região das cidades de Tarauacá e Feijó no período chuvoso.

Legenda: Qz- quartzo Kf- K-feldspato M- mica K- caulinita Ab- albita AG- argilomineral

19

Região das Cidades de Tarauacá e Feijó

MQzQzQzQzQzQzQzQz

Qz

QzM Ab

AbK

G06S2

AG

G05S2

AGM M G07S2

MK M AbAb G09S2

5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 6522θθ

MG08S2

Legenda: Qz- quartzo K- caulinita M- mica AG- argilomineral Ab- albita

Figura 15- DRX em amostra total na região das cidades de Tarauacá e Feijó no período seco.

20

Região da Cidade de Cruzeiro do Sul

A GA bA b

K

Q z

MM M

Q zQ zQ z

Q zQ zQ zQ z

Q z

G C 1 7 S

G C 1 8 S

K f G C 2 6 S

G C 4 1 S

G C 4 2 S

G C 4 3 S

5 1 0 1 5 2 0 2 5 3 0 3 5 4 0 4 5 5 0 5 5 6 0 6 5

G C 4 6 SA G Q z

MMK

22 θθ

G C 4 5 SQ zA b

G C 4 4 S

Figura 16- DRX em amostra total na região da cidade de Cruzeiro do Sul no período chuvoso.

Legenda: Qz- quartzo Kf- K-feldspato M- mica K- caulinita Ab- albita AG- argilomineral

21

3.3.1.2. Granulometria argila

Os argilominerais encontrados foram a esmectita, ilita e caulinita, além dos

minerais já identificados como o quartzo, mica e albita. Estes resultados podem ser

observados na Tabela 3 e nas figuras 18, 19, 20 e 21.

Região da Cidade de Cruzeiro do Sul

AG AbAb M Qz

QzQz

QzQzQzQz

QzQz

Qz

Qz

MM

MK

G27S2

AbAb

AbG24S2

MAbAb

G26S2

5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 6522θθ

Kf AbAb G25S2

Figura 17- DRX em amostra total na região da cidade de Cruzeiro do Sul no período seco.

Legenda: Qz- quartzo K- caulinita M- mica AG- argilomineral Ab- albita

22

Região do Rio Acre

4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36

IMM

K

Qz

Qz+ IGC02S-ORGC02S-GLGC02S-AQ

I

E

22 θθ

Ab

I

a)

4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36

Qz+ I

QzM

G21S2ORG21S2GLG21S2AQ

I

22 θθ

b)

Figura 18- DRX em amostra Orientada, Glicolada e Aquecida a 550°C. (a) Período chuvoso e (b) Período seco.

Legenda: E- esmectita Qz- quartzo I- ilita M- mica K- caulinita Ab- albita

23

Região da Cidade de Sena Madureira

4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36

IAbAb

Qz+ I

M

QzM

IK

E

GC11S-ORGC11S-GLGC11S-AQ

22 θθ

I

a)

4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36

Qz+ I

Qz

MMI

E

G17S2ORG17S2GLG17S2AQ

22 θθ

b)

Figura 19- DRX em amostra Orientada, Glicolada e Aquecida a 550°C. (a) Período chuvoso e (b) Período seco.

Legenda: E- esmectita Qz- quartzo I- ilita M- mica K- caulinita Ab- albita

24

Região das Cidades de Tarauacá e Feijó

4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36

GC24S-ORGC24S-GLGC24S-AQ

Ab

Qz+ I

Qz

MMK I

I

E

22 θθ

a)

4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36

IAb

Qz+I

QzM

K

I

E

G06S2ORG06S2GLG06S2AQ

M

22θθ

b)

Figura 20- DRX em amostra Orientada, Glicolada e Aquecida a 550°C. (a) Período chuvoso e (b) Período seco.

Legenda: E- esmectita Qz- quartzo I- ilita M- mica K- caulinita Ab- albita

25

Região da Cidade de Cruzeiro do Sul

4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36

K

M

Qz

M

Qz+I

AbII

E

GC41S-ORGC41S-GLGC41S-AQ

22θθ

I

a)

4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36

I

Qz+I

MQzM

K

G27S2ORG27S2GLG27S2AQ

I

E

22θθ

II

b)

Figura 21- DRX em amostra Orientada, Glicolada e Aquecida a 550°C. (a) Período chuvoso e (b) Período seco.

Legenda: E- esmectita Qz- quartzo I- ilita M- mica K- caulinita Ab- albita

26

Legenda: Qz-quartzo, M-mica, Ab- albita, Kf- K-feldspato, K-caulinita, AG-argilomineral, E-esmectita, I-illita.

Estação DRX Amostra total DRX Fração argila Estação DRX Amostra total DRX Fração argila Mar/04 Qz M Ab Kf K AG E I K Qz M Ab Jul/2004 Set/2004 Qz M Ab Kf K AG E I K Qz M Ab

2 * * * * * * * * * * 21 * * * * * * 3 * * * * * * * * * * * 23 * * * * * * * 4 * * * * * * * * * * 22 * * * * * * * * * * * 5 * * * * * * * * * * 15 * * * * * * * * * 6 * * * * * * * * * * 14 * * * * *

Rio Acre

8 * * * * * * * * * * * * 13 * * * * * * * 11 * * * * * * * * * * * 17 * * * * * * * * Rio

Purus 13 * * * * * * * * * * * 16 * * * * * * * * * * * * 16 * * * * * * * * * * 18 * * * * * * * * Rio Iaco 12 * * * * * * * * * * * 20 * * * * * * * * *

Rio Macauã 14 * * * * * * * * * *

Bacia Purus

Rio Caeté 15 * * * * * * * * * 19 * * * * *

21 * * * * * * * * * * 62 * * * * * * * * * * 24 * * * * * * * * * * * 6 * * * * * * * * * *

Rio Envira

25 * * * * * * * * * * 5 * * * * * * * * * * 22 * * * * * * * * * * * * 29 * * * * * * * * * * 7 * * * * * * * * * Rio

Tarauacá 30 * * * * * * * * * 9 * * * * * * * * *

Rio Muru 31 * * * * * * * * * 8 * * * * * *

Rio Jurupari 23 * * * * * * * * *

41 * * * * * * * * * * 27 * * * * * * * * * 17 * * * * * * * * * * * 26 * * * * * * * * * * * 43 * * * * * * * * * * 24 * * * * * * * * * *

Rio Juruá

45 * * * * * * * * * * Par. Dos Mouras 44 * * * * * * * * * * *

42 * * * * * * * * * 25 * * * * * * * * * 26 * * * * * * * * Rio Moa 46 * * * * * * * * *

Bacia Juruá

Ig.Barão 18 * * * * * * *

Tabela 5- Mineralogia dos suspensatos nos rios do Acre.

27

3.3.2. Microscopia Eletrônica de Varredura

A microscopia eletrônica de varredura que foi utilizado como método auxiliar

à difração de raios-X, veio confirmar os resultados obtidos mostrando que o

argilomineral esmectita é o mais abundante entre os argilominerais nesse material em

suspensão. Nas figuras 22, 23, 24 e 25 é possível observar imagens obtidas de

argilominerais por MEV além de seus respectivos EDS.

Figura 25- Imagem de MEV de esmectita nos suspensatos do rio Juruá e seu respectivo EDS, representado pela amostra GC43S.

Figura 23- Imagem de MEV de es Processo: 471109 / 2003-7mectita nos suspensatos do rio Macauã e seu respectivo EDS, representado pela amostra GC14S.

Figura 22- Imagem de MEV de esmectita nos suspensatos do rio Acre e seu respectivo EDS, representado pela amostra GC06S.

Figura 24- Imagem de MEV de esmectita nos suspensatos do rio Tarauacá e seu respectivo EDS, representado pela amostra GC29S.

28

3.4. Composição Química

Os resultados químicos mostram que estes sedimentos são ricos em SiO2

(55,69% ± 3,89%), Al2O3 (18,68% ± 1,76%), Fe2O3 (5,89% ± 0,41%), além de valores

significativos de K2O (1,93% ± 0,07%), MgO (1,17% ± 0,22%), Na2O (0,41% ±

0,06%), além de TiO2 (0,85% ± 0,10%). Os valores de P2O5 (0,10% ± 0,014%), CaO

(0,14% ± 0,17%) e MnO (0,10% ± 0,021%) estão em níveis crustais. Em termos de

elementos traços Ba, Zr, Rb, Sr, V e Cr, são os elementos que apresentam as maiores

concentrações.

4. DISCUSSÕES E CONCLUSÕES

Os resultados obtidos mostram os sedimentos em suspensão apresentam

distribuição em três populações, tanto no período chuvoso quanto no período seco,

conforme os histogramas apresentados (Figura 3). No período chuvoso as concentrações

de suspensatos são maiores em relação ao período seco, sendo que a distribuição é a

mesma para os dois períodos . De acordo com esses dados pode-se constatar que as

maiores concentrações de sedimentos em suspensão estão situados na região central no

estado do Acre, nos encontros dos rios Tarauacá/Envira e Iaco/Purus, enquanto as

menores ocorre nos rios Moa e no Paraná dos Mouras, rios de águas claras, e afluentes

pela margem esquerda do rio Juruá (Figuras 5 e 6). A granulometria apresentada por

estes suspensatos é essencialmente síltica (2mm-20mm) seguida de areia fina e pouca

argila conforme mostram as figuras 6, 7, 8 e 9.

Os rios da parte central do Acre têm como fonte dos sedimentos,

essencialmente os litotipos da Formação Solimões, ou seja, rocha síltica argilosas com

poucos e finos níveis de arenitos finos, enquanto que as da margem esquerda do rio

Juruá, além dos litotipos da formação Solimões tem influencia também de outras rochas

que afloram na região da Serra do Divisor constituída de material com maior

maturidade, como os arenitos da Formação Ramon.

A mineralogia identificada pelos métodos utilizados nessa pesquisa (DRX e

MEV/EDS) é constituída principalmente de quartzo, mica, albita, caulinita, K-feldspato,

illita, e esmectita (Figuras 10 a 25). Esta mineralogia é compatível com aquelas

encontrados em outros trabalhos realizados no Estado do Acre, bem como em

sedimentos dos rios Solimões e outros nos países vizinhos que têm como fonte também

rochas de Formação Solimões, como exemplo as pesquisas realizadas pelo Grupo de

29

Mineralogia e Geoquímica Aplicada (CG/UFPA) em sedimentos de praia durante a

realização do Projeto SelenMerAs, bem como aqueles encontrados por Gibbs R.J.

(1967), que estudando os sedimentos em suspensão dos rios da Bacia Amazônica desde

a nascente até a foz do rio Amazonas, e os trabalhos de Konhauser et al (1994) que

estudando os sedimentos do rio Solimões, próximo a Manaus, encontraram mineralogia

bem semelhante por nós encontrada.

Além do mais na interpretação dos difratogramas constatou-se que na região

das cidades de Tarauacá e Feijó há provavelmente uma maior concentração de

feldspatos nos sedimentos.

A composição química desses suspensatos é compatível com a mineralogia

encontrada, na qual apresenta concentrações elevadas de Si2O, Al2O3 e Fe2O, além de

K2O, MgO e Na2O, mostrando o predomínio de argilominerais e feldspatos nestes

sedimentos e sua importância como agente de fertilização das praias e das planícies de

inundação formadas por esses rios que drenam o território do Estado do Acre.

30

5. BIBLIOGRAFIA ACRE. Governo do Estado do Acre. Programa Estadual de Zoneamento Ecológico-

Econônimo do Estado do Acre. Zoneamento ecológico-econômico: recursos naturais e meio ambiente. Rio Branco: SECTMA, 2000. V.1.

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31

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