OsProdutoresIntelectuaisdoBumba

Embed Size (px)

Citation preview

  • 8/3/2019 OsProdutoresIntelectuaisdoBumba

    1/5

    ~ ~:Fam1Jorde caoula DQMaranhiim:om rim de aJ~rlaR(j}/iri: itQSan1Jqs........... ~ _ ..... '. ..... '............ ; .: " ....... : - , H ,.:. s ; ; ' ~ .~ 0 3 : ' ; 'Os:produto~s intelectmus QUbumba-meu-boi1f'rin4lda M artins .., , , _ , ;' :.. ..'. . '~.. ...... ' 04' I t d l } C e e devo~iio0brinquedo da ilba. a reJigiosidade un bumba-meu-boi iAbmalena. Sanchs ~.:.~ , "...." :., " .._........"' :".;.' .,. ~ ~ O~A c o e : ' X i s t i n c . m pacifica entre 0lurisni:o e it ctilftitia- reaiidad;eon utopia'!C4!li .a liny Di'Jlllz Carmlho ..,..; 7 . ' , ' i" : : , , _, , 13 .O&. : tr ra ia i s J '1 .. uUnose 0tunsEo en i Sao L~ ~'Liz R enata LIm a D iu ..s ~ W ashing ton $ouza r:.o elh iJ , .:.. , _ ~ ee " ; ':.1 14

    CDNSEl.I1S EDITORIAL:.Sergio F igue ir edo Fe rre tt iCa r los Or lB f ido de L imal zaunna Mar ia de Azevedo NunesMa ri a M ie ll ol P in tw de CarvalnoMundic a rr no Ma ria Ro cha F ene tt iZeI inda de Castro de LimaRoza Maria Santos

    .... &idente: se rg io F Igue ir edo Ferrettir.pI8Si4~e: Ca rl os O r la ndo de l..iina_1IIIirIia:Raza Mar ia Santos

    A~ op ln iees pub liG

    respG f lsab ll idade de seus au to res ,n iio c om pr om ete fld o a CMF.

  • 8/3/2019 OsProdutoresIntelectuaisdoBumba

    2/5

    Boletim26 {Agosto 2003Os produtores intelectuais_ - \ 5 Iin ha s qu e. s e se gu em ten tara o da r con-

    ~-' de u rn fe no men oso cia l de gra nde im po r-~ ln ci a em Sao LU Is d o M a ra nh ao , a ce le bra -~ :;.o do b umba -r ne u-b oi. S u a ocor rencia C r e-;bu-ada oficialmentc pelos o rg a os d e i nc en ti -.,) aculturapelos meios de cornunicacao 10,-.a is e p elo s i nt ele ct ua is e n tr e os me se s d e m a io= outubro, at ingindo 0climax em junho, quan-j,) o co rre m a pr ese nta eo es pu blic a s pa tr oc i-nadas pelo G overno do Estado , M eu principal.ibjetivo e esrabelecer que tipo de entendimento.enho acerca do assunto, ou 0 que seria, se-gundo a , r n in h a op in ia o , 0 tao fes t e j ado b um -oa-boi, assunto privilegiado de premios jor-.ialfsricos em Sao LUI s, p re o c upa e a o mar deJi ve r so s i n tc le c tu a isma r a nhen ses .

    Tentarei tomar 0 lema a partir de um an~gulo pouco usual. procurando resgatar as re-presentacoes dos inteleotuais acerca do hoi0:. assim, alertando para o seu carater de fe-norneno construido por urna serie de discur-'os, Esses ultimos ernanados par distintositOFCS socials.

    Antes de qualquer considcracao acercada citada nocao de b umba -b o i propriamentedita, acredito tornar-se necessaria a infer-mayao de qual concepcao adoto para 0 con-ceito de cultura popular. Utilize-a a partir ciaperspective de CANCLINI (200!' p. 125).segundo a qual existemcasos em.que deter-minados agentesestatais possuem a visao deque um certo nivel de apropriacao das rnani-(cstayoes do povo serve como meio cficazde manutencao de uma deterrninada identi-d ad e , r ne smo que haja feno rnenos que apon-tern para u rn c r es cen te desen ra izamen to , nasgrandes cidadcs, dos indivfduos com rela-~ao aos caractcres locais de identifica~ao,?ass::mdo a partilhar de urn sistema mais.unplo, que inclui uma cultura transnaciona-lizada. Com efeito, segundo 0 autor (CAN-CLINI: op_ cit., V. 126), a chegada de imi-gr:mles e turistas, 0 desenvolvimento i ndus-:rial transnacionalizadotlm cidades que SU ~reram QS dez milh6es de habitantes sao ele-mentos que apontam para mmi dis~o]ll(;:aodas' : : i c a s monoidentidades.

    :-\0 entanto, cssa pode ser uma situayao_:;;.;ee ad eq ue co m m ais pro wiedade a eiO a-.itS com o S ao Pau lo , Nova York e ou trasrr ,egal6poles. E, para a ldades menores e com?

  • 8/3/2019 OsProdutoresIntelectuaisdoBumba

    3/5

    Boletim 26/ Agosto 2003bumba-meu -bo idiseurso verdadeiro; sa o a mb os re pre se nta -~5es em disputa, o n de um deles seria 0 de -ten to r d a hegem on ia , en qu an to o u tro nao . 1 3 ,exa tam cn tc po r iS50 qu e 0 au to r n ao d isso -cia a questao da ve rdad e da questao do po -der (FOUCAULT : 2001, p. 12).o d iscu rso pro n un ciado pe l o s de ten te -res da representacao hegem 6n iea assum e.a ssim , a fo rm a de u rn po de r qu e po de a tee ria r co isa s e , desse m odo , in flu en cia e in s-titu i um a o rde rn com o leg itim a. S en do a v er-dade um poder , qu a n do esta Jig ada a gruposso cia ls qu e , em d ispu ta in vcstem -se d e au -toridade co n sagrada e instituida, ela se re-veste de u r n carater inquestionavel, mesmoqu a n do ha o utro s a ge nte s discordando o ure ivindicando as su as proposicoes 0 di re i tode serern ouvidos,

    A nocao de representacao legf t ima encon-tra -se m u ito be rn fo rm u lad a em (BOU R-DIEU: 1996, p. 91):

    "a especi fic idade do discurso de au -to r ida de re s ide n o fa to de q u e n do ba s -ta q ue e le se ja c omp r e e n d i d o , e precisoq ue e le se ja reconhecido e n q u a n t o ta lpara q u e po ss a exe rce r se u efeuo pro-pr io . Ta l re co n h e cu n e n to s o m en te temlu g a r co m o se fo ra a lg o evide n te so bd ete rm in a da s co n diciie s, a s m e sm a s q u edefinem 0 usa legitimo: tal uso devese r pr on un cia do pe la pe s so a a uto riza -da a faze- in , 0 detentor do cetro, co -n he cido e reco nh ecido po r su a h abil i-da de e ta m be m a pto a produzir e s ta c la s -se pa rticu la r de discu rso s, ( . . .)."o m ovirn en to fo lc lo rico Io i in ic iado n o

    M aran hao a partir de 1948, te nd o n a fig ura d e :D om in go s V ieira F ilh o 0e xp oe nte m a xim o

    " A e xi st en c ia ho j e , da Com i s s a oM a ra nlie n se de Fo lclo re (eMF;. dea g e n da s g o ve rn a m en ta is co m o (IC e n -tro de C ultu ra Po pu la r ; q u e leva o se un om e, da B iblio te ca R olddo L im a Iem[u ncio na m en to de sde 19-:6" e da He-me ro t e c a . ia tr ibu idc pe lo s dim s in -telectuais ma r a n h e n s e s 00 i dea l i smo ,in ce n tivo e lu ta de D om in g o s V ie iraF i l h o " . (BRA.G_-\ : 2,( ,O} p. 33).

    Ao qu e pa rece , o s in te lec tu a is qu e se m o-vem n os cam po s in te r-re lac io nado s (in te lec-tual, politico e cu ltu ra l) he rda ram su a au to -ridade de su a pro pria tra je to ria in te lectu a l,m as, tam bern de um a red e de re laco es in i-c iada em rn eado s do secu lo xx. S uas pro ~po sico es e 0 m odo com o tra tam as gu es-to es, so bre tu do n o qu e d i z r e spe it o ao bum-ba -meu -bo i , n ao se d esv in cu la rn to ta lm en tedas pro po sico es gestadas n a pro du cao in te -lectual de D om in go s V ie ira F ilho .

    Ta lvez 0 p rim e ir o e stu dio so m a ra nh en se .co m r ec on he cim en to p or su a insercao em ins-t i tu icoes de consagracao d o ca mp o in te lecrualo u me smo p or s ua s p re oc up ac oe s i nt el ec tu ai s.a d ebru ca r-se so bre 0 bumba -me u - bo i t cnhasido VIEIR-\ ffiHO .Isto n o qu e d iz respeito aproducao intelecrual maranhense , pois ,

    "An te s de le . em 1938, a M is siiode Pesq uisa s Fo lcl6r iea s, o rg an iza dapo r M a r io de An dra de , e n tiio D ire to rdo D epa r ta m e n to de C u l tu ra do M u-n icipio de sao Paulo, fe z u m a via -g em de pesq uisa s fo lc lo rica s, co le ta n-do e docunientando a spec to s de m a -nijestacoes da cu ltu ra po pu la r. Pore s ta ocas i i io . e s te ve em Sao L u is e re -g i s t rou f ilm e s , fo to s e o u tro s m ate r i-a is sabre ta mbo rde m in a, tam ba r dee rro l / fa e bumba-meu-boi. Em 1947fo i p u bl ic a do 0 re la to rio de s te tra ba -lh o . e [em s ido pu bl ica do s dive r so smateriais sobre 0 tema. Em 1945 e am ane de Mario de An dra de e I1 d um ava s ta biblio g ra fia po s tu m a de s te a / l-tor sobre 0 bumba-meu-boi. " (De-po im en to d o P ro f. Sergio Ferre t t i DEP-SANIUFMA. : 03/03)No traba lho d e 1977 de V ie ira F ilh o , n o

    qu a l 0 au to r descreve u ma serie d e m a n ife s-taco es, segu n do a su a opiniao, folcloricas,e le dedica u rn capitu lo especia l ao bumba-meu-boi. N ilo m e nc io n a 0 t e rmo sotaque,descreven do -o d e fo rm a gen e ra lizada . A ea -tcgoria p a r cle u tilizad a pa ra re ferir-se aobumba-meu-boi e a d e folguedo [olclorico(V IEIRA FlLHO : 197 7 , p. 25). Ja n aqu elaepo ca , d e d elirn ita u ma Ia ixa d o te rr it6 rio m a-ran hen se qu e seria , segu n do a su a o pin iao ,

    Arinaldo Martinslo ca is o nd e a brincadeira alcanca tnaior es-ple n do r e s ig nffiea r; iio n a vida po pu la r (I lhad e S ao LUIS ,Ba ixada Ociden t a l Maranhensee reg iao do R io M un im ).

    An t e s desse trabalho, an te s da cam pan had o e sta do a uto rita rio p 6s-6 4 p ela " va lo riz ac aodo folclore", em 1948, e le h av ia p ro du zi do u rnt ra ba lh o so b re a b ib Eo g ra fi a maranhense a r es-pe ito do fo lclo re qu e foi reeditado varias ve -zes, a te me sm o d epo is de su a rnorte . N o in te r-valo de tem po qu e va i de 1945 a te 1982, esseau to r publico u cerca d e 6 4 a rti go s e m jo m aisd a c a pi ta l; 14 a rtig os em rev istas e bolet ins daAcademia Maranhense d e L e tr as , I n st ir u to His-t or ic o e Ge o g ra fi co d o M a ra nh ao , Rev is ta M a -ran hen se d e C ultu ra e A sso ciacao C om ercia ldo Mara n ha o , alem de ar t igos em am bito n a -c io n a l: r e la t o ri o s e apresentacoes d e tr ab alh o sem C ong resses de Fo lclo re ; tex to s para ca ta -logos, exposicoes, port - fo l ios e calendarios;a rtigo s em jo rn a is de o u tro s estado s; e ce rcad e 2 .+ p ub li ca co e s de o bra s. A rn aio ria d essapro du cao in te lec tu a l ve rsav a so bre tem a dasc ul ru ra s p op ul ar es e d u as d ela s fo ram publica-das posrumamen te (BRAGA : 2000, p 149-158).Toda essa trajetoria, alicercada em umaau to r id ade in te lec tu al reco nhecid a pa r in sti-.u ico cs d e co n sagracao , pa rece te r perm iti-d o a o tr ab alh o d e V ie ir a Filho s er v a lo r iz a dope lo s ag en te s e sta ta is, pe lo m en o s em do ism em en to s d istin to s: n o G ovem o de N ew to nBelo e depo ts n o de Jo se Samey.

    A partir das re laco es de V ieira F ilho como utro s agen tes, o s in te lectu ais qu e tra tam dascu ltu ras po pu la res n o M aran hao en co n tra -ram u rn cam po fe rtil pa ra pro du zir e se remreco n hecido s com o pro du to re s de co n heci-men t o . E, po r o utro lado, a eMF" t e rn seuembriao n a S u b-C om iss ao Maranhense deFo lclo re - SM FL, criada em 194R, cu jo S c-cre ta rio G eral e ra A nto nio L op es, in tcle ctu alreco n hee id o e pred ecesso r d e V ie ira F ilho ,orgao filiado it Com issao Nacio n a l de Fo l-clo re , criada n o an o de 1947 , cu jo S ecre ta -r io -g era l e ra R en ato A lm eid a.

    A pes a m ortc d e An to n io Lo pes, Dom in -go s V ie ira Filh o assum e a S ecre ta ria G eral c .apos a ida do s membros da citada Subeo -m issao , in ic ia a lu ta po r im prim ir n a popu la -~a o da capi ta l 0 sen tirn en to d e valor izacaodas rrad ico es popu la re s ' .

    2 C om issI: '.'..:_-'.:.::o~_,:- ce Fo lclo re , in stitu icao do cam po in tc le c tu a l qu e se co n sti tu i com o um f6 rum de d iscu sso es a re spcito da s m an ife sta co e s cu ltu ra is: L -: -, .: -:: .':: .:. :~ .'-- t am b er n a in di sc uti ve l c on tr ib ui ca o, n o c am p o d as p oli ri ca s d ir cc io na da s a s m an ife sta ciie s c ultu ra is. d a S ra , Z elin da L im a. q ue n ao e sta va n~;l~:c~ '_ . ~~:..:.:..::-.:'..:.. , - ca mpo in rc lcc taa l. E ntre a s d eca das d e 19 50 e 6 0. a cita da a ge nte esta ta I traba lh av a n " dire;~Llc :e o r g ao s d e i nc e nt iv e 30 t ur i- rn o . r ai , C(1:--, '~

  • 8/3/2019 OsProdutoresIntelectuaisdoBumba

    4/5

    Boletim 26/ Agosto 2003

    CONTINUA~AO ITentando entcnder a diversidade existen-

    :: entre as grupos e observando os que fo-:.:-: 'urgindo par intermedio do estabeleci-~~=~toe seus donos e brincantes na cidade~:: S iD LU Is, a partir da decada de 70, estu-: ,'~DS dessa cidade tiraram conclusoes a:,'peito do assunto e elaboraram conceitos::._entativa de abarcar as suas peculiarida-::~S.OS primeiros trabalhos procuraram tra-::, dos aspectos pitorescos, tais como: as:.iferen

  • 8/3/2019 OsProdutoresIntelectuaisdoBumba

    5/5

    Boletim 26/ Agosto 2003

    Em 1986 , o u rra au to ra cla ssifica o s g ru -po s qu an to ao qu e den om in a d e estilo, divi -dindo-os em apenas tres so ta qu es : za bu m -ba, matraca e orquestra ! . J . .RAUJO, M .:1986 , p. 6 2-6 4). A lg un s autores, a epoca,acred itava rn qu e haveria u m sotaque originale depo is fo ram su rg in do de rivaco es po r co ntada apro priacao de e lem en to s, ta is ,'('InO am atraca e a o rqu estra ,

    A te a p ub li ca c ao de "Matracas qu e dO',3.-fiam 0 tem po ", em 19 95, o s au to re s cla sx ifi-cavam 0 bum ba-m eu -bo i em qu a tro se ta-qu es. Ta l classificacao esten deu -se . e pas-so u -se a v isu a liza r c in co , recen tem en te , i ll-c1u indo 0 sotaque qu e fico u chamado, porco n ta do m o do com o o s ritm istas to cam o sins t rurnen tos : co sta de m ilo . A tc nd en ci a a tu a le d e en ten de r cada so taqu e com um a rea li-d ad e "su i g en eris", n ao h av en d o d er iv ac ao ".o faro de estarern de aco rdo a re spe itodo tra tam en to do bumba-meu-boi com o agrande rnanifestacao cu ltu ra l do M aran h ao ed e su a cla ssificacao em so taqu es e su a de li-m itacao em u ma fa ixa especffica do te rr it6 -ri o maranhense d iz re spe ito a e st ar er n i ns er i-do s n um con texte especifico S eu s tra ba -Iho s sao pro du to s d e um a configuracdo so-c io - h i s t o r i ca especffica.

    O u seja , 0 co nh ecim en to d o in te le ctu aln ao e pro du zido po r ele so zin ho . E le esta emco n ta to com a pro du cao do s o u tro s in te lec-tu a is e com um a trad icao de pro du cao d e co -n h ecim en to . q u e in cIu i co n ce ito s e ca tego -l ia s d est in a do s a i nst ru m e nt al iz ar 0 t r a t amen -to dos objetos

    Ha a to re s so cia is qu e n ao pro du zem tra -ba lh os, m as e n un c iam i nt er pr et ac o es diferen-tes para 0 assunto , preferindo nao enqua -d ra r 0 bumba-boi nesses so taqu es e n em aregiao geografica de lim itada (Ba ixada O ci-den t a l M aranhense, Ilha de S ao Lu fs e re -giao do R io \Iu n im ) o u mesmo ao s mesesda festa (segundo essas interpretacoes, 1 : 3 .bu rn ba -bo is cu e se apresen ta rn n o pen o dcn ata lin o e a te n o:'Carnava l , ou a i nda manter :um a in tcn ,a re lacao com a com u n icace .t ranscenden.io 0 c ic Io d e a pre se nta cc e- c : . :mes ju n in . S ao e ssas in terpretacoes c;,,;caqui c!12.n:0 de repre sen tacoe s 5:i",, : , , : : 'C;1SFO CC ~t'LT : 1992, p, 23) q ue ,cr::~-:-".

    '.' ... !. ( ... ) toda una serie de sabe-r.'C que habian side descalificados_"'10 110 competentes 0 i n su f i c i en t e -

    r.ente elaborados: saberes ingenues,.erdrquicamente ilf/eriores. por deba-

    jo de l nivel de conocimienio 0 cienii-ficidad req ue r ido . Y fa cr itica se efec-tu o a tra vis de la re a pa ricio n de e s to ss abe re s ba jo s, n o ca lifica do s 0 h a s t ade sca lifi ca do s ( ... ).A p ar tir d a s c o ns id e ra c oe s t ec idas pode-

    rfamos dizer qu c 0en ten d im en to do qu e seja

    b um ba -r ne u-b oi e sta ria vinculado a um con -texto de producao intelectual e depende dasv er da de s e nu n cia da s pel o s ag en te s qu e d e-tern 0 po de r de fa lar . Nesse sen t ido , 0 h um -ba -me u - bo i do Ma r a n h a o e 0 pro du to de sis-tem as d e cla ssificacao , arte fa to co nstru idocom o resu ltado de um a co n figu racao s6cio -h ist6 ric a q ue e le ge u de te rminados e lemen to sdent ro de u rn u n iv er so .

    BmL IOGRAFIA CONSULTADA:\R-\U JO , M aria do Socorro , Tu Con t a s ! EuConte': carac te r izacao do Bumba-meu-boi) 1 ' ; " " ; a populaciio do bairro da Madre deD e us . co m o e xpr es siio da Cu l t u r a Popular ea o }))ESmO t empo como la ze r em S i lo L u is doMaranhao. S ao Lu is: S IOGE, 1986 .AZE \'EDO NETO , Am erico , Bumba-meu-boi no Maranhao, 2 il e d, S ao Lu is: Alurnar,1 99 7 (1 98 3.1 .BO URDIEL Pie rre . 0P o de r S im b o li co . Lis-bo a : D IFEL. 1989._ ~ ~ ~ . A eco n om ia da s tro ca sl ing i i i s t icas : 0que fala r quer d izer . S ao Pau -lo : E DU S P, 1996.BRAGA , Ana S o co rr o R am o s. Fo lclo re e Po -Utica Cultural: a. trajetoria intelectual deDom i n g o s He i r a F ilh o e a in stitu cio na liza -~'ao do movimento [olclorico no Maranhao.U niversidade Fede ra l do M a ran hao , M estra -do em Po litica s P iib lica s. S ao Lu is, 2000.C AN CL0;I. N esto r G arcia . As cu l tu ra s po -pu l a re s IW cap i t a l i smo . S a o P au lo : B ra sil ie n -se , 1983.__ ~ . Culturas hibrl-das: esrrateg ias para en trar e sail ' d a m od er-n idade . ~~ ed. S ao Pau lo : EDU SP, 1998._ _ _ _ _ _ _ ~ _ _ . C o n su m ido re s e.:: d.: ;d iio s: co n flit os m u lticu lt ur ais d a g lo ba -'.>,,;iio. 4~ed . R io de Jan eiro : Ed ito ra U FR J,

    :,:'tJIc ~'\,[J AO , Isa nd a M a ria F alc ao . Bumba-meu-.7('i. 0 r ito pede 'pa ssa g em ' em Sao L u is doMa r a n h a o . Dissertacao d e M estrado em An -t ro po lo g ia , U n i ve rs id a de Fede ra l do R io G ran -de d o S uI, Jn stitu to d e F ilo so fia e Ciencias Hu -r n an a s, P ro g ram a de Pos-graduacao em An -tr op olo gia S o cia l. P or to A le gre , 2001. 246 p.CARVALHO , M aria M ich al P in ho de. M a-fracas que desafiam 0 tempo: Ii 0 Bumba-meu -b o i do Maranhao - u r n . estudo da tra-dicdo/modemidade n a cu ltu ra po pu la r. S aoLu is, 1995.C HA M PA GN E, Pa tr ick e t ali.lf!icia~'iio a prd-fica soclologica. P etro po lis: V ozes, 19 96 .

    D IN IZ , L uz an dr a M aria G am a, D e m u tu ca adona da brincadeira: a participacao [ em i -nina no bumba-meu-boi do Ma r a n h a o . (mo -n og ra fia ). S ao LUIS, 1998.F OU CAU L T, M ich el. G en ea lo gia de l R acis -m o : de L a g ue rra de la s ra za s a l r a cism o deEstado. Madrid: Las Edicio n es d e La P iqu e -ta, 1992 ._ ~ ~ ~ ' M icro fis ica do Poder .16" ed . R io d e Jan eiro : Edicoes Graa l , 2001,(1979) .GU IM ARAES , Karla C ristin a d e S a . Bum-ba -m eu -bo i de prom es sa em Viana: re s i s t en -cia cu l tu ra l e co n se rva cdo de ra ize s e tradi-r o e s . (monografia), Sao LUIS, 1998.L IMA , C a rlo s d e. B um b a-m cu -b oi. in Le g e n -da. Ano 1, n, 2 . Sao Lu is, 1968.M ARQU ES , Fran cisca Ester de S a. M idia ee xpe r ien cia e s te tica n Cl cul tura popular: 0ca so do bu m ba -m e u-bo i. S ao L uis: Im pren -sa U ni versi tar ia , 1999.PRADO , Reg in a Pau la do s San to s. Todo anote rn : a s [e s ta s n a e s tru tu ra so cia l ca mpo ne -sa. U niv ersidade Fed era l d o R io de Jan e iro ,M useu Nacio n a l, P ro gram a de P6s-g radu a-,!ao em An tro po lo g ia . R io de Jan eiro , 197 7.R EfS , J ose Ribamar Sou s a dos, Bumba -m e u -hoi, 0 maior espetdculo popular doMaranhao. 3" Ed. S ao Lu is, 2000. (1980).RIO S, A drian o Fa ria s. Tradicdo e moderni-dade : a bumba -me u - bo i do Ma r a n h a o . (mo -n o gra fia ). S ao Lu is, 1999 .SAN CHES , Abm alen a S an to s. Capricho doP ovo : e stu do so br e 0 bu m ba -m eu -bo i da M a -dre de D eu s , (m on o g ra fia ). S ao Lu is, 1997 "SANTOS , Jo se de Jesu s. Bu t n ba -me u - bo ido Maranhao. Sao Lu fs: DEC , 197 1.VIEIRA FILHO , Dom in go s. Fo lclo re doM aran hao in Cultura. Ano 3, n . II . ME t ,ou t . de? 1973.___________ . Folclore bra-sileiro: Mara n ha o . MEC/DAC/FUNARTEIC am pan ha de D efesa d o Fo lclo re B rasile iro .[977.

    - L~c:-~.~.:;:~~: ~,"m a qual concordol e dos autores que publicaram mais recenternente, como Carvalho, Marques e tambern Reis, na segunda edicao do