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Mensário da Junta de Freguesia | Ano V | Edição N.º 70 | OUTUBRO de 2010 | Distribuição gratuita | www.noticiasdafreguesia.blogspot.com | [email protected] Director José Carlos Gomes Editor Ângela Duarte Padre José Baptista “Signos de mudança” P.2 Orlando Cardoso “Cores de Outono” P.6 Dr. Gustavo Desouzart “Outono - Tempo de tranquilidade” P.7 Fotos: NF Habemus Pavilhão! As vitórias da Juve Lis na Challenge Cup animaram a inauguração do Pavilhão do Souto da Carpalhosa, que contou com a presença do Secretário de Estado da Juventude e Desporto, Laurentino Dias. P.4/5 [email protected] noticiasdafreguesia.blogspot.com facebook.com/noticiasdafreguesia twitter.com/noticiasdafreguesia Pedir o bolinho ou dar o bolinho? Em tempos de crise, jovens da freguesia dão o exemplo P.8

OUTUBRO2010#NF

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Edição de Outubro de 2010 do jornal NOTÍCIAS DA FREGUESIA - Souto da Carpalhosa

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Mensário da Junta de Freguesia | Ano V | Edição N.º 70 | OUTUBRO de 2010 | Distribuição gratuita | www.noticiasdafreguesia.blogspot.com | [email protected]

Director José Carlos GomesEditor Ângela Duarte

Padre José Baptista

“Signos de mudança” P.2

Orlando Cardoso

“Cores de Outono” P.6

Dr. Gustavo Desouzart

“Outono - Tempo de tranquilidade” P.7

Foto

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Habemus Pavilhão!

As vitórias da Juve Lis na Challenge Cup animaram a inauguração do Pavilhão do Souto da Carpalhosa,

que contou com a presença do Secretário de Estado da Juventude e Desporto, Laurentino Dias. P.4/5

[email protected] noticiasdafreguesia.blogspot.comfacebook.com/noticiasdafreguesia twitter.com/noticiasdafreguesia

Pedir o bolinho ou dar o bolinho? Em tempos de crise, jovens da freguesia dão o exemplo P.8

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2 | OUTUBRO2010 | NOTÍCIASDAFREGUESIA | OPINIÃO

FICHA TÉCNICA

Notícias da Freguesia de Souto da Carpalhosa

Título anotado na ERCDepósito Legal 282840/08

DirectorJosé Carlos Gomes

EditorÂngela Duarte

Colaboradores Albino de Jesus Silva, André Reis Duarte, Carlos Duarte, Cidalina Reis, Eulália Crespo, Elisa Duarte, Filipe Relva, Gastão Crespo, Guilherme Domingues, Gustavo Desouzarte, Hugo Duarte, José

Baptista (Pe.), Luisa Duarte, Márcio Santos, Mário Duarte, Orlando Cardoso, Simão João, Associações e Escolas da Freguesia.

Propriedade Junta de Freguesia Largo Santíssimo Salvador, nº 4482425-522 Souto da Carpalhosa

Telefone 244 613 198Fax 244 613 751E-mail [email protected]

Website noticiasdafreguesia.blogspot.com

Tiragem 1000 exemplaresPeriodicidade Mensal

Distribuição Gratuita

Projecto gráfico www.3do3.blogspot.com

Impressão OFFSETLIS, Marrazes, LeiriaTel.: 244 859 900 Web: www.offsetlis.pt

AberturaJosé Carlos Gomes

Signos de mudança

Pe. José BaptistaAs palavras do senhor prior

Em nome da autarquia a que me orgulho de presidir, em meu nome pessoal e da população da freguesia de Souto da Carpalho-sa, a todos dou as boas vindas, sendo uma grande honra tê-los entre nós, neste dia histórico, que é o da inauguração do Pa-vilhão Desportivo Municipal de Souto da Carpalhosa.

Esta inauguração representa o culminar de um longo caminho que foi percorrido para que esta infra-estrutura desportiva fosse uma realidade. Falamos do sonho de muitos, a luta de tantos ou-tros e uma conquista para todos. É uma concretização no Souto da Carpalhosa.

Lembro, neste dia, os passos decisivos que foram dados, a partir da aprovação do concurso

público para a sua construção, em reunião de Câmara de 21 Dezembro de 2006.

Hoje, vemos um investimen-to que vem qualificar o parque desportivo nesta freguesia e re-forçá-lo no concelho. Estão, pois, todos de parabéns.

A todos os intervenientes neste processo, sem excepção, e que em nós confiaram, a fregue-sia apresenta uma profunda gra-tidão. O nosso muito obrigado.

Sempre tivemos a perfeita noção do que representa para a nossa freguesia uma obra desta envergadura. Para nós, este pavilhão ultrapassa largamente os limites geográficos da nos-sa freguesia. Seria utópico, da nossa parte, pensar nele só para utilização dos nossos clubes e

colectividades. Consideramo-lo, no mínimo, um pavilhão para servir o concelho.

Estamos também convictos que irá fazer despertar e incen-tivar os nossos jovens e as asso-ciações para a prática de novas modalidades desportivas. Talvez resida aqui o mote impulsiona-dor que faltava para essa prática, e até mesmo a emergência de equipas federadas.

A freguesia do Souto da Carpalhosa é uma das maiores do concelho de Leiria, tanto ao nível de área geográfica como ní-vel populacional. Com o Pavilhão Desportivo Municipal do Souto da Carpalhosa, pensamos que a freguesia irá também sofrer um impacto sócio-económico muito positivo, uma vez que o fluxo de

atletas e simpatizantes do des-porto irá dar forte contributo na dinamização do comércio local.

Será sem margem para dú-vida, um meio de afirmação da nossa freguesia no concelho e projectá-la, por que não dizê-lo, a nível distrital, dando-lhe desta forma mais visibilidade, tornan-do-a mais conhecida.

Falamos de uma freguesia com um passado histórico, com um presente firme e com um futuro a perpetuar.

Uma última palavra aos que permitiram abrir a porta deste pavilhão com chave-de-ouro. Apresentar esta obra à comuni-dade com uma competição eu-ropeia como a Challenge Cup de Andebol Feminino é, para todos nós, uma honra.

Louvo, assim, todos os que contribuíram para o sucesso do desfecho desta obra e exorto todos os que prosseguirão pelo caminho até agora percorrido. Está concretizada a aspiração de muitos anos. Um bem-haja a todos.

* Discurso proferido pelo Presiden-te da Junta de Souto da Carpalhosa aquando a inauguração do Pavilhão

Municipal Desportivo, a 16 de Outubro de 2010

As folhas começaram a cair e o vento bem se encarrega de as ir varrendo de lado para lado parecendo não lhes querer dar descanso. Mudam, esvoaçando permanentemente, como muda-ram já as suas cores. As nuvens e o frio vieram roubar-nos o sol e o calor. As chuvas caindo, desalma-das em alguns lugares, disseram-nos que o Outono está aí.

Aparentemente, as vidas vão sendo ceifadas, mas para quem acredita sabe que, como as plan-tas, apenas se trata de mudança. As árvores desfolhadas, e aparen-temente mortas, recuperam força que as faça suportar o Inverno e renascer, tempos depois, em pujantes vidas de flores e frutos. As vidas humanas terminadas entram em passagem para uma eternidade sem fim. Tudo é simplesmente mudança, como o é o crescer das crianças em me-

tamorfose perma-

nente, em que, dia-a-dia, se vão tornando homens e mulheres de futuro. Transformação tranquila e lenta ou agressiva. Porque tudo o que é mudança traz a sua dose de sofrimento e custa deixar-se de ser o que se é para se tornar em algo ou alguém que é novidade, é muito difícil mudar.

Agarrados que estamos às pessoas, às histórias e aos espa-ços do nosso passado, vamo-nos consolando com o “quando eu era pequeno…”, “aqui há uns anos…” e de lamento em la-mento impedimos que o hoje do nosso tempo traga muitas coisas de novo. Talvez por isso mesmo, nos escondemos no ontem e nos fechamos em nós mesmos sem tempo para viver momentos de histórias de encantar com as crianças ou a deixar que os jovens cresçam sem terem que se situar a níveis demasiado elevados nas exigências intelectuais, para te-rem um futuro monetariamente garantido.

Olhando o passado de três anos que, mais ou menos, vivi nesta paróquia e escu-

tando as “histórias” de tempos idos

e não muito distantes, creio, com razão poder afirmar, que nesta fre-guesia, nesta terra, se está em ac-ção, ainda que lenta, de mudança. Nasceram os jardins, mudou-se a casa e tornou-se mais claro e aber-to o espaço envolvente da igreja, que precisa ainda de ver lavada na totalidade da torre e, porque não, nas escadas para que se tornem mais grandiosas? Mudou-se a pos-sibilidade de se fazer mais e me-lhor desporto. Estão a mudar-se as estradas para que seja possível dotar de saneamento alguns luga-res, esperando que os restantes o consigam também quanto antes. Não é minha intenção aproveitar o momento, agora, para dizer se tudo isso está bem ou não, se foram ou não tomadas as melho-res opções. Uma coisa é certa: a sede da freguesia respira agora com outra imagem e, em alguns campos, foram criadas melhores condições que aquelas que num passado recente existiam.

Manter a história e a cultura do ontem para no hoje criar raízes sobre as quais se construa o futu-ro. É urgente guardar o passado, não em estruturas de passado, para que o presente seja novo e o futuro seja diferente, para melhor.

Com relativa facilidade se mudaram estruturas (e outras

há que é urgente mudar), mas

não se mudam mentalidades de um momento para o outro. Tudo pode tornar-se vão e inútil se o lavar da cara não é acompanhado de purificação interior que nos aproxime voluntariosamente uns dos outros para que, como equipa, aproveitemos para jogar o jogo da vida com regras para que tal jogo tenha sentido. Vivemos uma passagem da história em que a pessoa humana é relegada para um segundo ou terceiro plano nas intenções dos poderosos, para quem importa mais a estabilida-de diante dos mercados mundiais que o viver condigno da humani-dade, como se algum mercado ou nação pudesse viver sem as pesso-as. Estamos a ser empurrados para uma situação em que nos veremos forçados a aproximarmo-nos uns dos outros não por vontade mas

por necessidade.E as árvores continuam de pé,

por elas passando folhas, flores e frutos, que nascem, crescem e morrem mantendo-se a estrutura, o tronco, como base de vidas nas-centes e moribundas em cada ano que passa. Nascem as crianças, morrem os mais velhos. Ficam as estruturas e ficarão perdidas as vidas se não são passadas com a intensidade de quem se entrega na construção de um presente de comunhão e participação criativa. Vidas fechadas no passado dificil-mente se abrirão no futuro, por serem realmente mal vividas no presente.

Inauguração do Pavilhão Desportivo Municipal de Souto da Carpalhosa*

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| 3OPINIÃO . SOCIAL | NOTÍCIASDAFREGUESIA | OUTUBRO2010

Trabalhos da Junta

No decorrer do mês de Outubro, foram concreti-zados pela Junta de Freguesia vários trabalhos um pouco por todos os lugares. Assim, aqui deixamos a indicação dos mesmos.

- Abertura de caminho no lugar de Várzeas;- Limpeza na Charneca do Nicho;- Trabalhos com motoniveladora no lugar de Ar-

roteia e Carpalhosa; - Trabalhos de limpeza junto à sede do Rancho

dos Conqueiros;- Arranjo do fontenário da Camarneira;- Limpeza em estradas no Vale da Pedra, Sargaçal,

Chã da Laranjeira;- Pequenos trabalhos na Escola Primária do Vale

da Pedra;- Trabalhos de limpeza no lugar do Souto e Vale

da Pedra;- Transporte de barraquinhas e montagem no

Souto da Carpalhosa.

Divulgamos as novas condições de inscrição e confirmação ao Benefício Fiscal ao Gasóleo Colorido e Marca-do para o sector agrícola e florestal, vulgarmente conhecido por Gasóleo Verde.

Uma das medidas do SIMPLEX2010 dispensa a obrigatoriedade de Con-firmação Anual de candidatura ao Benefício Fiscal ao Gasóleo Colorido e Marcado destinado ao sector agrícola e florestal.

Ficam, contudo, os beneficiários sujeitos, sob pena de incorrerem em infracção tributária, a comunicar, junto das Direcções Regionais de Agricultura e Pescas, que procederam à instrução dos respectivos processos de candidatura, ou das instituições por estas devidamente credenciadas para o efeito, qualquer alteração dos pressupostos do benefício fiscal, designadamente, a cessação de activi-dade ou outras alterações relevantes, como sejam a alteração dos equipa-mentos autorizados, a transferência da propriedade dos equipamentos, cedência ou substituição destes, ou as alterações nas áreas regadas por bombagem a gasóleo.

Os beneficiários que não autorizem a DGADR a consultar as respectivas situações tributárias e contributivas deverão, no período de 18 de Outu-bro a 20 de Dezembro, fazê-lo ou, caso contrário, proceder à entrega das res-

pectivas declarações de não dívida. Os beneficiários que, face aos

equipamentos e áreas regadas por bombagem a gasóleo manifestados, possuem um plafond anual superior a 3.600 litros estão obrigados a ter actividade declarada, nos termos da legislação tributária aplicável, pelo que, sob pena de ficarem suspensos do acesso ao benefício fiscal, deverão entregar declaração comprovativa dessa actividade, dentro do prazo atrás indicado, ou autorizar a DGADR a validar a situação.

Os agricultores interessados em efectuar uma nova candidatura de-verão dirigir-se aos serviços regionais da sua área geográfica, munidos dos seguintes documentos:

- Bilhete de Identidade e/ou Cartão de Cidadão;

- Cartão de Identificação Fiscal;- Declaração de não dívida às Finan-

ças e à Segurança Social ou preenchi-mento de autorização de consulta;

- Comprovativo do exercício de uma actividade declarada, nos termos de legislação tributária aplicável, para plafonds anuais superiores a 3.600 li-tros ou preenchimento de autorização de consulta;

- Comprovativo da titularidade ou legítima detenção dos equipamentos e das áreas regadas por bombagem a gasóleo.

Cantinhos dos Miúdos & Graúdos

Boas maneirasDiz o ditado popular “De

pequenino é que se torce o pepino”. Quer isto dizer que a aprendizagem começa desde que nascemos. Mas não é só quando somos pequenos que aprendemos! A todo o mo-mento estamos a aprender e a ensinar algo de novo a alguém. Aprendemos também com os nossos próprios erros. Errar! Qualquer ser humano erra independentemente da idade, cultura ou religião. Para além idade que possamos ter, o im-portante é estarmos sempre de mente “aberta” a novas aprendi-zagens. Deixo hoje para os mais pequenos - e porque não para os mais crescidos também - algu-mas dicas de boas maneiras.

À mesa:-Lavar sempre as mãos antes

de ir para a mesa;-Sentar-se direito(a). Não

é a cabeça que baixa mas sim os braços que sobem com a comida;

-Pôr pouca comida de cada vez na boca e mastigar com a boca fechada;

-Não falar de boca cheia;-Limpar a boca ao guardana-

po antes de beber;-Beber pouco de cada vez;-Pegar nos alimentos com

as mãos ou lamber os dedos dá mau aspecto;

-O garfo fica na mão esquer-da e a faca na mão direita (salvo para quem é esquerdino);

-Quando se acaba de comer deixa-se ambos os talheres vira-dos para o lado esquerdo;

-Ao sair da mesa não arrastar a cadeira, levantar ligeiramente a parte de trás fazendo assim menos barulho.

Em convívio:-É muito feio falar alto e pior

ainda gritar; -Sempre que nos dirigirmos

a alguém devemos olhar a pessoa nos olhos e falar pau-sadamente;

-Não interromper a pessoa que está a falar, escutar e depois então podemos falar;

-Ao andar em transportes públicos dar o nosso lugar à pessoa que tem dificuldade em viajar de pé;

-Agradecer algo que nos ofe-reçam mesmo que não seja do nosso agrado;

-Se por qualquer motivo es-barrarmos em alguém, devemos pedir desculpa;

-Cada pessoa é diferente, com gostos e ideias diferentes, e o nosso dever é respeitar para que nos respeitem também.

Souto da Carpalhosa

Rancho promove BaileDia 20 de Novembro (Sábado)

Baile com Virgílio Pereira, a partir das 21h00

Na sede do Rancho Folclórico e Etno-gráfico de Souto da Carpalhosa

Benefício ao Gasóleo Verde

DIR

EITO

S RE

SERV

ADOS

Souto da Carpalhosa

Voltar à escola!

Um novo ano começou…E o Outono Já chegou!Fizemos alguns trabalhos na escola relaciona-

dos com o Outono. Aqui vão algumas fotografias para que possam ver os lindos trabalhos.

Beijinhos dos meninos, da educadora e da assistente da Pré Escola do Souto da Carpalhosa

Várzeas

Festa de São Martinho com sardinhadaO lugar das Várzeas irá realizar as festas em honra de S. Martinho, no próximo

dia 14 de Novembro.Os festejos começam com missa solene, por volta das 15h30, em honra do seu

padroeiro, seguindo-se a procissão pelas ruas do lugar. Depois da cerimónia solene, a festa continua com a tradicional sardinhada e, ainda, o magusto. O organista Luís Crespo irá animar estes festejos ao som de música de baile.

A organização convida a todos a passarem nas Várzeas neste dia de festa.

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4 | OUTUBRO2010 | NOTÍCIASDAFREGUESIA | FESTIVIDADESFo

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Pavilhão já temos, venham as equipas

Barraquinhas, rancho, música, muito público, andebol, futsal, representantes das autarquias vizinhas, presidente da Câmara de Leiria, Raul Castro, e até um Secretário do Estado (Juventude e Desporto), Laurentino Dias (na foto, em cima). Animação foi o que não faltou na inauguração do Pavilhão Desportivo Municipal de Souto da Carpalhosa. Três dias para recordar...

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| 5FESTIVIDADES | NOTÍCIASDAFREGUESIA | OUTUBRO2010

Facebookérito (facebook.com/noticiasdafreguesia)

Ecos da inauguração na InternetEste fim-de-semana [15 a 17 de Outubro] a freguesia de Souto

da Carpalhosa conheceu o seu Pavilhão Desportivo Municipal. Para além da inauguração, com a presença de Sua Ex.ª Secretário de Esta-do da Juventude e Desporto, Dr. Laurentino Dias, a freguesia rece-beu, de entre outros jogos, a Challenge Cup de Andebol Feminino. O NOTÍCIAS DA FREGUESIA gostaria de saber a sua opinião sobre esta apresentação à comunidade.

ACDR VárzeasSem dúvida uma mais-valia para a nossa freguesia. Peca por ser

tardia, mas mais vale tarde que nunca. Acho que todos estamos de acordo que é uma obra importante para o desenvolvimento do desporto da freguesia e, como se viu já na inauguração, nos coloca no mapa das grandes competições.

José AlvesUma reivindicação de muitos anos, por mim próprio reclamada

em 1997 e até antes. Ultrapassado incompreensivelmente pelo da Bajouca. Depois de adquirido e pago à paróquia o terreno, tornou-se possível com o querer do Executivo da Freguesia. Como disse o Presidente da Câmara, Raul Castro, já não é tempo de polémicas, e discussão do planeamento desportivo do nosso concelho. É tem-po de nos congratularmos com a sua inauguração, de darmos os parabéns aos intervenientes e sobretudo aos habitantes do Souto da Carpalhosa e num tempo de crise desejarmos que cada tostão gasto seja um investimento no desporto local e concelhio. Que tal pavilhão se gaste e desgaste fruto do uso intensivo a que seja sub-metido por todos nós.

Ricardo BrochadoÉ nesta obra, como em outras que já se fizeram, que se vê o

bom trabalho que esta junta tem feito. Souto da Carpalhosa está de parabéns. Agora vamos dinamizar esta freguesia mais, pois temos bons jogadores em vários desportos que agora podem-no fazer mais perto de casa.

Gastão CrespoEu estive lá! Vejo este “Monumento Desportivo” congregador da

população do Souto da Carpalhosa. Vamos lançar ideias desafiadoras para a utilização deste espaço…

Pedro GaudêncioEspero que existam condições para que este equipamento há

muito necessário esteja ao dispor da população.

Helder HenriquesEu estive lá, embora por motivo de trabalho. Mas entendo que

seja uma boa obra para um bom desenvolvimento da freguesia.

Fábio EsperançaAcho que já há muito que era preciso um edifício com estas condi-

ções, pelo que pude assistir, é bom para a freguesia. Só praticamente a nossa não tinha um pavilhão. Foi boa ideia organizar o Challenge Cup de Andebol Feminino. Vamos ver se não pára por aqui… Muito boas condições… muito bonito mesmo. Agora é disponibilizar para que todos possam desfrutar de tudo. Já agora, parabéns a todos os envolvidos pelo esforço e trabalho.

David da Piedade FerreiraPenso que seja uma obra que irá projectar o nome Souto da

Carpalhosa além fronteiras. O desafio que se impõe agora é aos habitantes da nossa freguesia: dinamizar e promover desporto de qualidade.

Valter BarreirinhasAntes de mais, louvo os que fizeram com que esta infra-estrutura

se viesse a erguer. Parabéns a todos. Subscrevo as ideias referidas, mas ressalvo uma importante, a dinamização e promoção do despor-to na nossa freguesia, que penso, há muito tempo esquecida desde a bancarrota das mais diversas actividades que se iam fazendo.

Penso que para além do desporto se podem realizar eventos sociais, até para que outros que não possam praticar desporto des-frutem desse espaço, cumprindo, como é óbvio, com as devidas condições de preservação e segurança.

Votos para que toda a comunidade possa desfrutar desta infra-estrutura.

“Usem o pavilhão e façam dele a vossa casa”. Foi este o apelo que Laurentino Dias, secre-tário de Estado da Juventude e do Desporto, deixou à população do Souto da Carpalhosa, no dia 16 de Outubro, na inauguração do Pavilhão Desportivo Municipal de Souto da Carpalhosa.

Com cinquenta e cinco mi-nutos de atraso – discutia-se à mesma hora o Orçamento de Estado – Laurentino Dias foi recebido com toda a pompa e circunstancia por populares, pelo Agrupamento de Escutei-ros, barraquinhas de artesanato e, ainda, com a pequena actuação do Rancho Folclórico e Etnográfi-co do Souto da Carpalhosa.

O descerrar da placa foi o gesto que oficializou a abertura da infra-estrutura de prática desportiva, seguindo-se a bênção pelo Padre André Batista.

Depois de uma visita às insta-lações e ao espaço envolvente, e já com as equipas internacionais a quererem entrar em campo para mais um jogo da Challenge Cup de Andebol feminino, José Carlos Gomes, proferiu algumas palavras aos presentes enquanto anfitrião e presidente da Junta de Freguesia, frisando que esta era “uma conquista para todos” (ver Abertura, na página 2).

O presidente da Câmara Mu-nicipal de Leiria, Raul Castro, deu a todos os “parabéns por esta in-fra-estrutura”. “Se por momentos houve dúvidas, agora a obra está feita”, afirmou. De olhos postos para as bancadas, completamen-te lotadas, Raul Castro salientou ainda que o sucesso para o pavi-lhão se traduz num “esforço co-

lectivo entre a Câmara Municipal de Leiria, a Junta de Freguesia e os populares… todos a usufruir”. No seu discurso, o autarca referiu ainda que “agora cabe aos jovens e aos menos jovens rentabilizar o espaço”.

Também o secretário de Es-tado, Laurentino Dias, foi firme na mesma ideia, afirmando que “jovens e menos jovens, todos devem rentabilizar o investi-mento”, dirigindo-se ainda num cumprimento especial ao Agrupa-mento de Escuteiros. “Nestes úl-timos dias, eu e os meus colegas, temos tido como preocupação prioritária o Orçamento de Esta-do”, disse, mas “os sacrifícios de hoje não podem perturbar-nos os nossos objectivos de querermos vencer.”

Ainda focando-se no uso do pavilhão, Laurentino Dias salien-tou que “só vale a pena se todos vocês lhe derem uso. Todos jun-tos, associações, colectividades… todos”. “Os investimentos são sempre bem aplicados quando se usufrui”, rematou.

A recepção de uma compe-tição europeia, com foi o caso

da Challenge Cup de Andebol Feminino, foi o abrir de portas em grande deste pavilhão. A inauguração oficial antecedeu o segundo jogo da fase eliminató-ria da Challenge Cup de Andebol Feminino, desta vez entre a equi-pa inglesa e a equipa grega. No fim das contas feitas, e de três jogos realizados neste pavilhão para a competição europeia, a Juventude do Lis saiu vitoriosa ao mais alto nível, preparando-se agora para a terceira eliminatória, marcada para os dias 13 e 20 de Novembro com uma equipa da Letónia.

Ainda nos três dias de festa no pavilhão – 15 a 17 de Outu-bro – realizaram-se outros jogos, nomeadamente com equipas da freguesia que puderam, desde o primeiro minuto, testar o asfalto do pavilhão.

Resta agora, concretizar o que tanto foi afirmado. Depois de tantos anos de espera, agora com a obra concretizada, é dar uso.

Três dias de festa para mais tarde recordar...

“Agora traga a miuda-gem para cá e mostre que a sua freguesia é que é! Já chega a Leiria um espaço vazio, só com cadeiras.” Um recado que o Secretá-rio de Estado da Juventu-de e Desporto, Laurentino Dias, deixou ao presidente da Junta de Freguesia do Souto da Carpalhosa, José Carlos Gomes, antes de deixar a freguesia.

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Marcações no Pavilhão Os interessados em fazer marcações no pavilhão, seja

para treinos e/ou jogos, deverão fazê-lo entrando em contac-to com a entidade que gere a infra-estrutura, a Leirisport.

O regulamento bem com a tabela de preços estão no site da Leirisport, em www.leirisport.pt, e para efectuar pedidos de marcações poderá proceder ao pedido via email para [email protected] ou [email protected].

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6 | OUTUBRO2010 | NOTÍCIASDAFREGUESIA | OPINIÃO . NECROLOGIA

Aleixo Pedrosa Ferrei-ra, de 86 anos, faleceu dia 13 de Outubro. Era viúvo de Maria Inácia Gaspar. Foi a sepultar no cemitério de Souto de Carpalhosa.

Cores de OutonoO Outono traz-nos a lembrança de muitos dos

produtos da terra que, nessa altura, se recolhiam. O fascínio dos cachos amadurecidos e da sua vindima, com o cheiro do mosto fresco nas adegas pressagian-do um vinho que poderia ser bom, conforme o ano tivesse corrido ou não, de feição. Outra bela obra da natureza e do esforço dos homens eram abóboras enchendo os nossos campos, secando enquanto não viesse a hora da recolha.

Contava a minha mãe que, quando era criança, só então a família partia para a praia, esperando que as águas frias do nosso mar lhe concedessem a graça da saúde e a resistência física necessária ao ciclo agrícola que sucederia ao que então se encerrava. Desses banhos rituais e quase sagrados, contudo, falarei noutra oportunidade.

Outubro era também o tempo em que as romãs se abriam, com a casca seca de tanto calor suportado ao longo dos derradeiros dias. Os frutos vermelhos, extremamente bonitos, derramavam-se nas fruteiras antigas que pareciam esperar todo o ano pela sua vinda. Fruto antigo, a memória da romã perde-se na raiz dos tempos. Terá tido a sua origem na antiga Pérsia, que corresponde em grande parte ao actual Irão, de onde terá sido trazida pelos fenícios, que a espalharam pelas costas mediterrânicas, incluindo as da Península Ibérica.

Contudo, eram as abóboras espalhadas pelos terrenos ou coroando os muros das eiras, que mais me encantavam. Serviam para tudo, mesmo para as brincadeiras, algumas vezes ousadas, que eu e outros miúdos organizávamos. Fazíamos com elas carantonhas que iluminávamos com cotos de velas de cera, revivendo uma tradição que coincidia com as celebrações dos santos no primeiro dia de Novembro. Nessa noite, um conhecido personagem da aldeia, o sr. Palhas, regressava a casa vindo da caça. De repente, deparou com uma carantonha iluminada no cimo de uma oliveira junto da estrada. Depois de soltar meia dúzia de palavrões, pegou na espingarda e despejou dois tiros desfazendo a desgraçada abóbora. Atrás de um muro nós tremíamos de medo enquanto o caçador não seguiu o seu caminho, torcendo-se movido a álcool.

Os frutos de Outono seguem as cores cada vez mais desmaiadas dos dias que passam. E é por isso que são tão belos.

* [email protected]

Orlando Cardoso*

Uma crónica de vez em quando...

Albino de Jesus SilvaOpinião

Alminhas, Procissões e Ladainhas *

Referimo-nos aqui, à devoção e à tradição que envolveram os habitantes desta freguesia nos séculos precedentes, temas que faziam parte da vida e do civismo destes povoados desde D. Henrique de Bor-gonha.

Os fidalgos e o povo integravam as fileiras da corte em forma de procis-são, galhardamente vestidos por túnicas brancas, com a Cruz de Cristo ao rubro à frente e atrás. Estes hábitos provinham das anteriores expedições dos cristãos da Europa Central, baseados na civilização romana, como lema para enfrentar o dia-a-dia e também para as lutas travadas com povos diferentes, nomeadamente com os muçulmanos.

Após um empreendi-mento sumido, ou uma batalha travada em que saís-sem vencedores, os homens formavam cortejos e, disci-plinadamente, marchavam ao longo de grandes percur-sos ocupando os lugares de vanguarda e seguidos pelas mulheres e crianças. Estas cerimónias repetiam-se no final de cada conflito, ou aniversário de uma data, desde os povoados onde vi-viam até aos palácios onde a corte se encontrasse, ou os seus representantes estives-sem sedeados, em homena-gem aos santos invocados e venerados no reino.

Estes eventos permane-ceram durante muito tempo na nossa região, devido ao facto de os primeiros reis aqui terem residido: pri-meiro em Coimbra, num constante vai e vem até Leiria, que queriam ver conquistada aos mouros.

Apesar de não figurarem com o destaque merecido nas páginas da História de Portugal, foi nestes campos, entre montes e vales, que pernoitaram os soldados do reino. Por aqui preparavam-se para a guerra e para os repetidos assaltos ao castelo

de Leiria que se encontrava na posse dos muçulmanos, até ser tomado em 1145.

Os templários, residen-tes em Soure, a norte do território da freguesia do Souto, preparavam e leva-vam a cabo a tarefa da cris-tianização sob a orientação dos padres franciscanos.

Um extracto do historial do vale do Mondego refere ter sido frei Gonçalo Cóz, natural de Tentúgal, o pri-meiro abade nomeado por D. Sesnando, a vir pregar e baptizar para as terras do Souto a comunidade cristã, mas regressou a Coimbra pouco depois, onde viria a falecer.

Para confirmarem a sua presença, os membros da Ordem construíram peque-nas e ermidas nas encruzi-lhadas e nos caminhos que atravessavam as florestas mais longínquas de forma a informarem os mouros de que aquelas eram as suas terras e estavam ocupadas por cristãos: um crucifixo pregado numa árvore ou colocado um pequeno ni-cho construído para o efeito tinha por fim afugentar os inimigos.

Sempre que os populares se deslocavam de um burgo para o outro, geralmente em grupos, receavam ser atacados por outros grupos desconhecidos, em embos-cadas, ou no interior das longas florestas que atraves-savam. Então, para disfarçar o medo, entoavam em voz alta o nome de todos os san-tos conhecidos, invocando a sua protecção e a sua força, ao longo da marcha.

Com estas práticas dos irmãos franciscanos as tradicionais procissões das

Ladaínhas mantiveram-se por muito tempo.

Em meados do século XX, ainda não há muito tempo, as procissões saíram da igreja paroquial em direc-ção à Carreira e à Ortigosa, alternando entre cantadas e rizadas, evocando o nome dos santos, com paragens nas Alminhas para as ora-ções apropriadas. Também estes consumos se perde-ram e só os mais velhos se lembram.

Convém explicar o sig-nificado histórico de todos estes vestígios à nossa ju-ventude, pois o passar dos anos delapida as tradições mais vincadas dos povos da nossa terra e da nossa sociedade.

Quer queiramos, quer não, esta foi a cultura que recebemos e as raízes são bem profundas. Deste passado podemos retirar exemplos das últimas décadas: o modo como se incorporavam as pessoas nas procissões, os homens à frente e as mulheres atrás, o vestir capas vermelhas, símbolo de uma irmandade existente na comunidade religiosa (creio que do San-tíssimo Sacramento).

As pessoas incorpora-vam-se nas procissões, ladai-nhas e funerais. Os filiados nesta aliança beneficiavam, após a morte, de três missas de sufrágio, celebradas parti-cularmente na presença dos outros membros.

Outras irmandades destacavam-se em dias festivos, distinguindo-se os respectivos membros pelas suas indumentárias. Assim, as “Irmãs de Maria” vestiam saia preta, blusa branca e um lenço a cobrir a cabeça e

agregavam normalmente as mulheres casadas.

A “J.A.C.F.”era o movi-mento católico das rapari-gas moças e solteiras. Elas ostentavam saia azul-escu-ro e uma blusa azul-celeste, com a nuca coberta por um rendado de cor preta ou branca.

As crianças dispunham também da sua libré: aque-las que frequentavam a catequese envergavam os “Cruzados”, uma faixa para os meninos e uma túnica para as meninas.

Todos estes símbolos traduziam as longínquas origens dos nossos antepas-sados e vigoraram durante anos e anos.

Tristemente hoje já não podemos ver nos primeiros domingos de cada mês as cruzes vermelhas sobre um fundo branco, que enchiam de cor a nave da nossa igreja.

A divergência de indu-mentárias era estimulada por todos, inclusivamente pelo pároco que defendia com sucesso todas as ver-tentes religiosas.

Hoje os comentários são mais mediáticos: não se recorre ao pau para com-bater uma religião, nem ao santo protector para o restabelecimento das boas relações. Vence a desordem, abandona-se a ventura e des-perdiçam-se os valores da civilização que nos educou, permanecendo, contudo, danos destrutivos.

A falta de informação, de esclarecimento sobre a nos-sa própria doutrina, seguida de acanhamento e vergonha por sermos quem somos, contribuiu, naturalmente, para o aumento do consu-mo de droga, prostituição e delinquência juvenil actual e são estas as páginas dos anos 2000…

* Retirado do seu livro “Souto da Carpalhosa – Subsídios

para a sua história”, Edição do Autor, 2006.

Emília de Jesus, de 80 anos, faleceu dia 15 de Outubro. Era viúva de Augusto de Jesus Oli-veira. Foi a sepultar no cemitério de Souto da Carpalhosa.

António de Jesus de Ma-tos, de 74 anos, faleceu dia 24 de Outubro. Resi-dia em Chã da Laranjeira e era casado com Maria da Luz Domingues. Foi a sepultar no cemitério de Souto da Carpalhosa.

Artur Antunes da Silva, de 65 anos, faleceu dia 26 de Outubro. Residia em Arroteia e era casa-do com Hortense Inácia Reis. Foi a sepultar no cemitério de Várzeas.

Manuel Gaspar Antu-nes, de 78 anos, faleceu dia 28 de Outubro. Resi-dia em Várzeas e era ca-sado com Maria Ferreira Gago do Oiteiro. Foi a sepultar no cemitério de Várzeas.

José de Oliveira, de 95 anos, faleceu dia 30 de Outubro. Residia em São Miguel e era casado com Maria Domingues Carreira. Foi a sepultar no cemitério de Souto da Carpalhosa.

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| 7OPINIÃO | NOTÍCIASDAFREGUESIA | OUTUBRO2010

Outono – Tempo de Tranquilidade

O ano está a aproximar-se do fim. Lá se foram o frio e introspecção do Inverno, o florescer e desabrochar da Primavera e o calor e excitação do Verão. Com o Outono, chegamos ao fim de uma série de reportagens sobre as estações do ano em relação ao Pensamento e Filosofia Chinesa.

Para a Filosofia Chinesa, tudo que acontece na Natureza acontece também connosco, assim como acontece com a terra, com as plantas ou com os animais. Isto dá-se porque todos esses elementos juntos - terra, plantas, animais e nós, humanos - são o que compõe a Natureza, no sentido de ser a Natureza.

Agora estamos a caminhar para o Outono, e podemos perceber que nosso corpo se contrai novamente. Esponta-neamente, buscamos ambientes um pouco mais fechados para estarmos com os amigos mais próximos. O Outono traz uma busca de maior intimidade nos relacionamentos. Estamo-nos a preparar para o Inverno, para o recolhimento, e cozinhamos mais os alimentos conforme caminhamos para ele. Já podemos assar algumas carnes ou tortas, e fazer sopas de cozeduras mais lentas. O Outono pede alimentos contractivos, como os de sabor ácido e as raízes como cenoura ou nabo, que nos dão foco e firmam o nosso centro. Precisamos também do sabor picante da cebola, alho, gengibre, canela, que aquecem e levam a energia para dentro fortalecendo os nossos pulmões.

Os três meses de Outono chamam-se o período de tranquilidade da nossa conduta. As folhas secam e caem. Nasceram na Primavera, atingiram o auge no Verão e estão a ir embora, a árvore fica nua! É o momento da renovação. Prepare-se para o aconchego do Inverno, para a introspec-ção. No Outono as pessoas devem deitar-se cedo e levantar-se cedo, com o cantar do galo. Devem ter o espírito em paz, a fim de minimizarem as consequências do Outono.

O desequilíbrio do corpo neste período reflecte-se por perda de recursos, que no organismo humano pode ser por retenção de excessos, por exemplo, obstipação, ou ainda por falta de vitalidade, indisposição generalizada, problemas de garganta e do esófago, certo tipo de paralisias, doenças debilitantes, fragilidade emocional, depressão, melancolia, discurso incoerente, eczema, asma, bronqui-te, gripe, nariz entupido, choro frequente, membros ou costas dolorosas.

Como sinal deste desequilíbrio poderemos ter o dormir de bruços que demonstra intestinos sempre sobrecarrega-dos, o que predispõe a doenças.

Prepare o seu corpo e a sua mente para o Inverno. O tempo mais frio pede roupas, ambientes e alimentos mais quentes. Desfrute de um bom Outono para passar um excelente Inverno.

A partir de agora, iremos abordar algumas patologias (doenças), relacionadas, ou não, com as estações do ano. Mas, faço uma proposta para o leitor. Faça chegar ao “NO-TÍCIAS DA FREGUESIA” as suas dúvidas ou questões sobre problemas de saúde e, saiba como a Medicina Chinesa responde a estas patologias.

Nunca esqueça que existem quatro coisas na vida que não se recuperam:

A pedra - depois de atirada;A palavra - depois de proferida;A ocasião - depois de perdida;O tempo - depois de passado. Saúde e Paz para Todos!

Medicina tradicional chinesaDr. Gustavo DesouzartEspaço Saúde

e Simão João (ilustração)Gastão CrespoOpinião

Pavilhão Gimnodesportivo: Custo ou Oportunidade

Ao longo de várias décadas e após muitos mandatos autárquicos, aí está “O Monumento ao Desporto” do Souto da Carpalhosa. Um pavilhão de cariz internacional com instalações adequadas aos mais diversos desportos cobertos.

Esse pavilhão apelidado de Municipal está disponível para ser utilizado pelas mais diversas equipas do concelho, ou simplesmente por grupos de apaixonados pelo desporto que pretendam manter-se em forma.

Neste tempo de crise poderemos questionar se a ma-nutenção deste equipamento considerado um “Ferrari” dos gimnodesportivos trará mais um custo para o erário público?

Para os economicistas, os negativistas, aqueles para quem o desporto é um luxo apenas praticado por quem não quer trabalhar, a resposta é sim, um custo!

Mas também existem aqueles para quem o desporto é um complemento da sua vida, que têm uma actividade desportiva regular extensiva ao seu dia de trabalho. Pois, o trabalho não é tudo na vida e acreditam que a prática regu-lar de desporto previne doenças. Para esses o “Monumento ao desporto” é uma oportunidade, um bem próximo, um equipamento acessível.

Existem ainda aqueles que apenas contabilizam os cus-tos anuais, os gastos mensais, as despesas diárias, aquilo que na realidade sai do bolso. Outros há que o consideram um investimento actual para a poupança no futuro, agora que as comparticipações estatais em medicamentos estão a reduzir. Sabiam que são muitos os estudos efectuados que confirmam que a prática regular de uma actividade física previne e reduz a probabilidade de incidência de várias doenças ao nível mental e físico, como por exemplo as depressões e os problemas cardíacos entre outras?

Agora sim, é tempo de oportunidade! Terminaram as desculpas. O “Ferrari” está pronto a ser utilizado. A porta aberta. Chegou o momento de rentabilizar o investimento, “usar” e “abusar”, desporto e mais desporto.

Lanço o desafio. No final de 2011, cinquenta por cento da população da freguesia do Souto da Carpalhosa praticará desporto regular! Com este desafio vamos diminuir as idas ao médico também em cinquenta por cento.

Seja feliz! Faça alguém feliz, e já agora pratique desporto todos os dias.todos os dias.

Carlos DuarteDaTerra

Crise terá solução! Portugal terá solução?

A situação actual de Portugal - tal como a de alguns outros países - resulta de gastar mais do que o que se ga-nha, o que passarei a comparar a uma “casa rica” que vive numa quinta antiga.

Esta família vivia do que a terra produzia, dava empre-go aos vizinhos, ajudava os pobres, e era governada com sensatez.

Com o desenvolvimento industrial e dos transportes, todos os outros donos das outras quintas, introduziram novas culturas, melhoraram a distribuição dos seus pro-dutos, e passaram a produzir mais e mais barato que a nossa “casa rica”.

Cada vez com menos rendimentos, a “casa rica” passou um período de conflitos internos, até que nomearam um capataz, “Salazar”, que tomou conta da quinta, expulsou todos os que tivessem ideias diferentes e cortou nas des-pesas e manteve a “casa rica” a funcionar, mas cada vez mais pobre que os vizinhos.

Décadas depois, os donos da “casa rica” nomearam novo capataz com novas ideias, e que tenta recuperar o atraso da quinta.

Pediram dinheiro, mandaram os filhos para a escola, compraram electrodomésticos, construíram estradas, com-pram automóveis, muitos automóveis, e também investem algum dinheiro em novas produções.

Todos os que não conseguissem trabalhos nas novas produções, ficavam a ajudar o capataz, com bons ordena-dos, com mais carros e mais despesa.

Parecia que a vida estava melhor, até que chega a data em que se tem que pagar os empréstimos.

Como a quinta estava tão “bem”, o capataz prometeu aos donos da “casa rica” que com as novas produções po-deriam pagar as dívidas e com a ajuda dos seus ajudantes convenceu-os a pedir mais dinheiro e até fazer festas onde gastavam muito dinheiro.

Entretanto, as quintas vizinhas melhoraram novamente as suas produções, a nossa “casa rica” já nem sequer pro-duzia os seus bens alimentares – tinha de comprar tudo, e também novos automóveis, mais electrodomésticos...

A nossa história está neste ponto, agora com a agravante que os credores (a quem se pediu o dinheiro) não querem emprestar mais, e até já pensam em mandar um capataz de outra quinta para gerir “casa rica”.

Com medo de perder o emprego, o capataz, em vez de despedir todos os ajudantes que nada fazem e cortar nas despesas com festas, pensou agora reduzir os salários dos trabalhadores em 5%, e pensou também deixar de ajudar os pobres, espera com essas migalhas pagar os juros e as dívidas – Está louco.

Os donos da “casa rica” bem o querem despedir, mas ainda não encontraram entre os ajudantes, um novo ca-pataz para o substituir.

Lá chegaremos, mas já sairá com uns anos de atraso.

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OUTUBRO2010 O optimismo é a fé em acção. Nada se pode levar a efeito sem optimismo. Helen Keller, educadora norte-americana [1880-1968]

Jovens meteram as mãos na massa e deram o exemplo

“Oh tia, quer bolinho?”SMAS informa

Tarifa de ligação de saneamento com redução de 50%

Tendo sido concluída e estando em condições de entrada em funcionamento a rede de saneamento no lugar de Souto da Carpalhosa (parte), da freguesia de Souto da Carpalhosa, os Serviços Municipalizados de Água e Saneamento de Leiria (SMASL) comunicam aos proprietários e/ou usufrutuários dos prédios abrangidos que deverão proceder à requisição da respectiva ligação à rede pública de esgotos, de acor-do com a legislação em vigor (DR n.º23/95, de 23/8), devendo dirigir-se a estes serviços municipalizados, sitos em Rua Machado Santos, n.º25 D-Leiria ou Rua da Cooperativa – São Romão, para preenchimento de impresso próprio, na posse dos seguintes documen-tos: documento onde conste o número da matriz do prédio e respectivo valor patrimonial devidamente actualizado (por exemplo, Caderneta Predial Urbana), ou, no caso de prédio novo, número de aprovação nos SMASL do projecto predial de esgotos, bem como o número de contribuinte.

Mais se informa que, por decisão do Conselho de Administração dos SMAS Leiria, será considerada uma redução de 50% na tarifa de ligação de sanea-mento devida, função do valor patrimonial do prédio, no intervalo de tempo de vigência da campanha que decorre entre 15 de Outubro de 2010 e 15 de Janeiro de 2011, incluindo apenas as requisições de ramal efectuadas estritamente dentro deste período. Ao valor da tarifa acrescerá o custo do ramal de sane-amento.

Em tempos, no dia de Todos-os-Santos, as crian-ças saiam à rua em bandos para pedirem o pão-por-Deus de porta-em-porta. A tradição cimentou-se, e o Dia do Bolinho ainda é uma prática bem visível, principalmente, em locali-dades pequenas.

O grupo de jovens do Souto da Carpalhosa, no passado dia 1 de Novembro, decidiu “inverter” um pou-co a tradição. Ao invés de pedir bolinho, o grupo de dez jovens andou de porta-em-porta a dar o tradicional bolinho.

A iniciativa surge num tempo em que a palavra de ordem é “crise” e em que todo o lado se vê a necessi-dade de dar mais do pouco que se tem. Foi também um pouco com este intuito que

os jovens saíram à rua, para dar - bolinho e afectos – em tempos de crise.

O último dia de Outu-bro foi dedicado à produção dos mais de cem bolinhos que no dia seguinte foram distribuídos pelas mãos dez dos jovens, oriundos de vários lugares da paróquia, pelas casas das Várzeas e do Picoto.

A chuva deu tréguas e o sol acompanhou-os logo pela manhã, na distribuição de bolinho pelas Várzeas.

“É a primeira vez que vêm à minha porta para me dar bolinho. Pedir, cos-tumavam pedir…”, disse uma habitante das Várze-as, já de idade avançada, e com grande espanto por ver aquele grupo chegar com sacas e cestas cheias de bolinhos para dar. O mo-

mento permitiu ainda que houvesse dois minutos para a senhora relembrar como vivia o Dia do Bolinho, em tempos passados, e tentar decifrar as caras dos jovens que por ali passavam. “Não saio, não conheço ninguém desta malta nova… é mui-to bom ver que eles vêm a nossa casa”, disse.

Conforme de avançava na distribuição, e apesar de por vezes calhar ninguém abrir a porta, quem recebia estes jovens não disfarçava o ar surpreso. “Eu é que tenho dado a muita gente. A mim, nunca vieram dar nada…”, disse uma senho-ra na Rua dos Helenos. O espanto era tal que brotava uma pequena insistência para retribuir. “Não estou acostumada a isto”, disse.

Na casa em frente, ou-

tra senhora abriu a porta a quem, de mão estendida, lhe oferecia um bolinho. “Acho muito bonito. É uma forma de os jovens virem vi-sitar as pessoas”.

Já no período da tarde, os jovens deram continua-ção à distribuição do boli-nho, no lugar do Picoto.

Para este grupo, a ideia inicial passava por ir visitar as pessoas neste dia, dar a conhecer o grupo de jovens do Souto e mudar um pouco a ideia de ir pedir bolinho, sendo original e diferente, neste dia, sem se ser ofen-sivo para a tradição. “As pessoas ficam muito co-movidas com a nossa visita e o nosso gesto”, disse uma das jovens do grupo.

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Dia Mundial da Alimentação

No dia 15 de Outubro, a escola E.B.1 do Souto da Car-palhosa comemorou o Dia Mundial da Alimentação.

O dia começou com uma visita de estudo à padaria da localidade, onde ficámos a conhecer o processo de fabrico do pão. Depois foi altura para pensarmos um pouco sobre o que costumamos trazer para o lanche e reparámos que nem sempre é o mais saudável. Decidimos passar a comer mais pão e fruta e menos bolos. Por fim, fizemos cartazes e escrevemos textos, onde pudemos mostrar tudo o que aprendemos com este dia.

E… Por favor! Façam uma alimentação saudável!

E.B. 1 de Souto da Carpalhosa

Responsabilidade Civil

Moscas em S. Miguel

No passado mês uma praga de moscas invadiu São Miguel. Dizemos praga sem risco de exagerar, pois o número de moscas era de uma enormidade tal, que as paredes das casas brancas ficaram negras. A origem desta praga poderá estar no incumprimento do espalhamento de dejectos de animais, assim que são colocados nas terras.

A lei existe e para ser cumprida. O não espalha-mento quase imediato dos dejectos que são coloca-dos nas terras, poderá originar graves situações que coloquem em causa a saúde pública – já para não falar nos transtornos e incómodos que estas situa-ções trazem.

Para denúncia destas situações, ou de quaisquer outras que possam violar a legislação ambiental e os instrumentos de Ordenamento do Território, deve expor a sua situação ao SEPNA – Serviço de Protec-ção da Natureza e Ambiente, GNR, através do serviço SOS Ambiente e Território, pelo contacto telefónico 800 200 520.

Em honra de Senhor Jesus dos Aflitos

Festas no Vale da Pedra

No último fim-de-semana de Outubro e até ao primeiro de Novembro, o Vale da Pedra celebrou os festejos em honra do Sr. Jesus dos Aflitos.

Foram quatro com muita música, muita animação e muitas actividades a decorrer. O estado do tempo nem sempre ajudou, mas isso não demoveu as pessoas de irem a estas festas, já bem conhecidas.

Aqui fica um pequeno registo do dia 1 de Novembro, último dia de festejos e o dia em que a chuva e o mau tempo deram tréguas.

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